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SOCIEDADE DE CLASSES

História a 11ºf Mafalda FIDALGO 2022/23


INDICE

1 I N T RO D U Ç ÃO 5 A C O N D I Ç ÃO B U RG U E S A

UNIDADE E DIVERSIDADE DA
2 S O C I E D A D E O I T O C E N T I S TA
4 CURIOSIDADE

3 SOCIEDADE DE CLASSES
6 CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
A composição das diferentes classes médias da população portuguesa, as quais
podem explicar compor amentos políticos, sociais e económicos futuros da
população portuguesa. Especialmente entre os grupos sociais que aspiram à
semelhança com aqueles que, de alguma forma, eram determinantes na
sociedade. A impor ância da vitória liberal resul a do acto de se ter separado
o rei do reino, ou seja, o rei é um dos vários proprie ários agrícolas do país,
mas o reino não é dele; é do Es ado e, em última análise, é do Povo — e
ambém aqui há que perceber quem é Povo, pois nem todos têm esse
privilégio... é necessário ter personalidade scal para ser Povo, isto e, só quem
paga para o sustento do Es ado tem direito a participar nos destinos desse
mesmo Es ado. O Liberalismo, associado à mudança de paradigma
governativo — os partidos enquanto grupos agregadores de interesses de uma
burguesia sequiosa de poder — trouxe uma aceleração na mobilidade social.
Assim, ter-se-á de ten ar perceber como se foi processando essa mudança nas
transições de estratos dentro da sociedade.
UNIDADE E DIVERSIDADE DA
SOCIEDADE OITOCENTISTA
SOCIEDADE
DE CLASSES
A organização social do século XIX estrutura-se em função do
poder económico, da situação profissional e do grau de instrução
de cada um. Desaparecidos os privilégios de nascimento, serão
estes os critérios que ditarão as diferenças sociais. Mais flexível e
dinâmica, a nova sociedade de classes permite a mobilidade
social e aceita-a com bons olhos. O esforço, o trabalho, a
poupança, o investimento e a educação tornam-se as alavancas
da ascensão social.
SOCIEDADE
DE CLASSES
Distinguem-se, na sociedade oitocentista, duas grandes classes
sociais: o proletariado, composto por todos aqueles que nada mais
possuem para além da sua força de trabalho e a burguesia,
detentora dos meios produtivos e de outros bens próprios. Mas,
nem a burguesia, nem o proletariado são classes homogéneas. A
burguesia, em particular, era constituída por grupos muito
diversos, que ocupavam degraus bem diferentes na hierarquia
desta sociedade de classes.
A CONDIÇÃO BURGUESA
A ALTA BURGUESIA EMPRESARIAL E FINANCEI A

“Chamo burguês àquele que não deve os seus recursos ao trabalho das suas
mãos; àquele cujos rendimentos, seja qual for a origem ou valor, lhe permitem
um desafogo de meios e lhe fornecem uma segurança muito superior à das
possibilidades do salário operário; àquele cuja instrução, recebida na in ância, se
o es atuto amiliar for mais antigo, ou obtida no decurso de uma excecional
ascensão social, ultrapassa, pelo seu nível, o padrão de cultura comum; àquele,
en m, que se sente pertencer a uma classe destinada a dirigir a nação e por mil
de alhes, desde o traje, a linguagem, a decência, se sentem, mais ou menos
instintivamente, vinculados à originalidade deste grupo e ao seu prestígio
coletivo. (...)”
Marc Bloch, Une étrange dé aite, 1946.
A CONDIÇÃO
BURGUESA
A ALTA BURGUESIA EMPRESARIAL E FINANCEI A
No topo da hierarquia, encontramos a al a burguesia empresarial e
nanceira. Es a era uma elite restri a, compos a por grandes proprie ários,
empresários industriais, banqueiros e gestores das grandes companhias de
transportes. O seu poder económico advinha do controlo dos meios de
produção e das grandes fontes de riqueza que, de um modo geral, se
perpetuava na amília - autênticas dinastias burguesas controlavam o
mundo dos negócios.
De acordo com o país, a al a burguesia apresen ava características próprias.
Nos Es ados Unidos es a é represen ada por personagens emblemáticas:

A CONDIÇÃO John Pierpont Morgan;

BURGUESA John Rockefeller;


A ALTA BURGUESIA
EMPRESARIAL E FINANCEI A
Andrew Carnegie.

ue alimen aram o sonho capi alis a americano e o mito do self-made man.


A CONDIÇÃO BURGUESA
A ALTA BURGUESIA EMPRESARIAL E FINANCEI A

Na Alemanha a alta burguesia como os:

Thyssen Siemens Krupp

Em Franca, as antigas dinastias industriais, como os:

Schneider Wendel
A CONDIÇÃO BURGUESA
A ALTA BURGUESIA EMPRESARIAL E FINANCEI A

Jun a-se a burguesia dos novos setores industriais, como:

André Citröen Louis Renault Jean Pierre Peugeot


A CONDIÇÃO BURGUESA
A ALTA BURGUESIA EMPRESARIAL E FINANCEI A
E ambém ligada aos novos setores do automóvel e da eletricidade que, na I ália, as fortunas dos:

Agnelli Pirelli
A CONDIÇÃO
BURGUESA
A ALTA BURGUESIA EMPRESARIAL E FINANCEI A

Ao poder económico, es as elites jun am ainda o


poder político. Os grandes empresários chegavam
a depu ados, ministros e até a Presidentes da
República.
A elite burguesa assegura, en m, ambém o
poder social e cultural: os seus lhos bene ciam
de um sistema de ensino elitis a, lançam modas,
difundem os seus gostos e valores e in uenciam a
opinião pública.
A CONDIÇÃO
BURGUESA
COMPORTAMENTOS E VALORES

Com base no estudo histórico dos


compor amentos de segmentos sociais,
previamente de nidos em função de critérios
mais ou menos claros e compreensivos, de modo
a perceber-se quem é quem, de onde provém e
que tipo de futuro pode ser esperado pela
respetiva descendência, a burguesia assumiu-se,
progressivamente, como um grupo autónomo.
A CONDIÇÃO BURGUESA
A PROLIFE AÇÃO DO TERCIÁRIO E O
INCREMENTO DAS CLASSES MÉDIAS

Na composição das classes médias integram-se os pequenos industriais, bem como os


pequenos proprie ários de terras ou outros imóveis que lhes garantem um rendimento
confor ável. Foi, porém, ao desenvolvimento do setor terciário que as classes médias
deveram o seu incremento. Lojis as, empregados de escritório, telegra s as, técnicos
superiores, pro ssionais liberais, professores e mui as outras pro ssões ligadas ao
comércio e aos serviços conheceram um crescimento extraordinário. uanto às pro ssões
liberais (advogados, médicos, armacêuticos, engenheiros, no ários, intelectuais,
artis as), pouco cresceram em percen agem, mas, desde 1870-1880, valorizaram-se, pois o
saber cientí co conferia-lhes autoridade e es atuto.
"OS COLARINHOS B ANCOS"
“Em rmas menores, um único empregado costumava azer vendas, cobrar dívidas e ser respon sável pelas
entregas. As empresas maiores dividiam o trabalho entre um caixa, cuja experiência em con abilidade e caligra a
o quali cava para supervisionar os negócios do dia a dia de todo o escritório, um con ador que regis ava as
transa-ções, azia con as à ordem e produzia balanços quando necessário, um escriturário de vendas (ou vários)
[...] que mantinha as con as correntes, incluindo recei as, o seguro e as despesas [...), e que mui as vezes era
encarregado de sair para cobrar dívidas, um secre ário que organizava principalmente os livros particulares do
proprie ário [..), um empregado de receção e entrega, ambém responsável pelas con as dos fretes, pelas entradas de
mercadorias e pelo trabalho de outros funcionários [..]. "Operações de escri a" eram de suma impor ância no
escritório [...] Na verdade, a "maneira de escrever" e ciente e sem adornos, originalmente desenvolvida para
regis ar números em livros e emitir no as de crédito, tornou-se um padrão universal para os homens.”

Michael
Michael Zakim,
Zakim, ee Business
Business Clerk
Clerk as
as Social
Social Revolutionary,
Revolutionary, em
em Jounal
Jounal of
of the
the Early
Early Republic,
Republic, University
University of
of Pennsylvania
Pennsylvania Press,
Press, 2006.
2006.
A CONDIÇÃO BURGUESA
O CONSERVADORISMO DAS CLASSES MÉDIAS

Geralmente muito conservadores, os elementos das classes médias valorizam o


es atuto de cada um, o respeito pelas hierarquias, as convenções e a ordem
es abelecida. Junto das classes médias, respirava-se respei abilidade e decência,
verdadeiros pilares da moral burguesa. O seu quotidiano repartia-se entre o
trabalho e a amília, à qual impunham uma moral austera. A modéstia, a
regularidade dos hábitos de vida, a vigilância dos cerimoniais sociais e religiosos,
o cumprimento das regras de educação e de cortesia, a compostura e recato no
vestir, agir e alar, o respeito pelo chefe de amília e pelas virtudes domésticas
constituíam os mais marcantes traços do compor amento das classes médias. Foi
em torno destes valores que se a rmou a consciência de classe* da burguesia, que
conferiu aos seus membros uma identidade própria.
CURIOSIDADE
No
No século
século XIX,
XIX, asas elites
elites di
di avam
avam a moda
moda e,e, no
no topo
topo da
da elite
elite parisiense
parisiense es ava
ava a imperatriz
imperatriz Eugénia,
Eugénia, esposa
esposa de
de
Napoleão
Napoleão III. Em 1864, a imperatriz
Em 1864, a imperatriz apareceu na ópera com
com umum vestido deslumbrante,
deslumbrante, um de um verde luminoso,
luminoso, que
que
fez furor. O "Verde
fez furor. O "Verde de de Paris" (verde-esmeralda) tornou-se
tornou-se um sucesso
sucesso nos círculos de elite
de elite aristocrática e burguesa,
e burguesa,
usado em roupas, acessórios de
usado em roupas, acessórios moda e atémoda e até na decoração, como ores e papel de parede. Porém, os pigmentos
e papel de parede. Porém, os pigmentos
verdes,
verdes, resplandecentes duradouros, resul avam da mistura, al amente tóxica,
resplandecentes e duradouros, resul avam da mistura, al amente tóxica, de
de cobre ee arsénico.
arsénico. Em
Em breve, sese
multiplicaram os casos de lesões cu âneas,
multiplicaram os casos lesões cu âneas, diarreias ediarreias e até mortes, mais
mortes, mais arde, associados àà manipulação e uso do
uso do
"Verde de Paris". Hoje, os pigmentos à base de
"Verde de Paris". Hoje, os pigmentos base de arsénico arsénico são uma coisa do passado
uma coisa passado e e o verde ganhou
ganhou um es atuto
um es atuto
ecológico.
ecológico.
A velha sociedade de Antigo
Regime, estratificada em grupos
sociais, deu lugar à sociedade de
classes;

CONCLUSÃO A nova sociedade de classes


organiza-se de acordo com a
riqueza de cada um, sendo o
mérito a base da ascensão social;

A alta burguesia dominava a


nova sociedade, tinha um código
de conduta, eram conservadores
nos valores e tinham uma grande
consciência de classe.
OBRIGADO!

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