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Biologia e Geologia – 10º Ano

© Cláudia Sobreiro

© Cláudia Sobreiro

8
Sismologia
Prof. Ana Cláudia Canas Sismologia 8
Será real o ar sereno que a Terra transmite quando vista do espaço?

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Não, a Terra é um planeta extremamente ativo.

Para testemunhar essa atividade, temos os agentes internos


modificadores do globo terrestre, como são os vulcões e os sismos.

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O que é que são sismos?

Sismos - Vibrações bruscas da superfície terrestre, provocadas por


libertações de energia.

Microsismos- Sismos não percecionados pela população, sendo


apenas registados por sismógrafos.
Macrosismos- Sismos de maior magnitude, que são percecionados
pela população.

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O que pode causar um sismo?

Vulcânicos

Origem natural De colapso

Sismos Impacto
meteorítico

Tectónicos

Origem artificial Resultam da actividade


Humana (ex. explosões em
minas, pedreiras e ensaios
nucleares, trânsito, actividade
industrial, etc)

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Onde será a origem dos sismos tectónicos?

Quais as zonas mais instáveis do planeta?

Limites das placas tectónicas

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Qual a origem dos sismos tectónicos?
Nos sismos de origem natural, os mais destruidores e por isso, os mais
importantes, são os de origem tectónica.

Forças distensivas

Forças compressivas

Forças de cisalhamento

Como o nome mostra, estes devem-se ao constante movimento das placas


tectónicas, o qual provoca a existência de grandes forças no interior do
planeta, as quais actuam continuamente sobre os materiais rochosos.

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Qual a Origem dos Sismos Tectónicos?

Elevadas Elevadas
Forças Temperaturas Limite de resistência e
de elasticidade das
rochas

Deformação do
Material rochoso em
material rochoso Fractura
profundidade
e acumulação de
energia
Movimento dos
Falha
blocos
resultantes
Libertação da
Sismo energia
acumulada
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A origem dos sismos tectónicos é explicada através da
Teoria do ressalto elástico
Deformação do material e
acumulação de energia

Tensões acumuladas

Novo deslocamento dos blocos

Fratura e deslocamento
dos blocos - SISMO

Os dois blocos resultantes da fractura movimentam-se originando a falha e


libertando energia. No entanto, devido às propriedades elásticas da geosfera,
os dois blocos em seguida sofrem um novo deslocamento, ocorre uma
acomodação dos materiais, que se designa por ressalto elástico, levando a
reajustamento das rochas, de forma a adquirirem uma posição mais
estável (é quando se diz que readquirem a “posição inicial”).

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Qual a origem dos sismos tectónicos?

Ausência de tensão

Tensão acumulada

Rotura

Energia libertada

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Quais os acidentes tectónicos ou deformações?

Falha Resulta da ruptura das rochas, acompanhada da


deslocação dos blocos. Podem ser provocadas por
forças: compressivas, distensivas ou de cisalhamento,
sobre materiais mais rígidos e quebradiços.

Dobra Ocorrem quando forças compressivas actuam sobre


material mais plástico, que tendem a enrugar e não a
partir.

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A deformação dos materiais
rochosos depende de:
Tipo de força aplicada ;
Natureza das rochas;
Temperatura;
Tempo de aplicação da força.

Ocorre
Falha Sismo
Diferentes Diferentes
materiais comportamentos
Dobra Não Ocorre
Sismo

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Qual a origem dos sismos tectónicos?

Falhas:

Forças de
Cisalhamento

Forças
Forças Distensivas
Compressivas

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Falha de Santo André (E.U.A.)

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Falha de Santo André (E.U.A.)
Descontinuidade
no
curso do rio

Falha
S.to André

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Localização Geográfica da
Falha de Santo André

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Quais são as fases de um sismo?

Fases de um Sismo:

Abalos premonitórios - Sismos mais fracos que


precedem o sismo principal.

Sismo principal

Réplicas - Sismos mais fracos que se seguem ao


sismo principal, fruto dos reajustamentos
do material.

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O que é o foco e o epicentro de um sismo?

Epicentro
Hipocentro ou foco

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O que é o foco e o epicentro de um sismo?

Hipocentro - O ponto no interior da geosfera onde ocorre a


libertação de energia que origina o sismo é designado foco
sísmico ou hipocentro.
Epicentro - O ponto na superfície terrestre, no exterior, localizado
na vertical em relação ao foco designa-se epicentro e corresponde
ao local onde o sismo é, geralmente, sentido com maior
intensidade.
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Como são classificados os sismos?

Classificação dos sismos - Os


sismos são classificados em
função da profundidade do foco.
Assim, ocorrem sismos superfi-
ciais (até 70 km), intermédios
(entre 70 e 350 km) ou profundos
(entre 350 e 670 km).
100

300 Os sismos superficiais são os mais


500 frequentes sendo os profundos
700 km
muito raros.

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Como são classificados os sismos?

Distribuição da ocorrência de sismos em função da profundidade do foco

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Como se propagam as ondas sísmicas?
Escarpa da falha

Epicentro
Frentes de onda

Foco
Raio sísmico
Falha

Ondas sísmicas - A energia libertada pela rotura e deslocamento


dos materiais propaga-se, a partir do foco, por ondas sísmicas
que fazem vibrar os materiais em todas as direcções e sentidos.

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Como se propagam as ondas sísmicas?
Escarpa da falha

Epicentro
Frentes de onda

Foco
Raio sísmico
Falha

Propagação das ondas - As superfícies correspondentes ao


conjunto de pontos que se encontram na mesma fase do
movimento ondulatório designam-se frentes de onda. As linhas
radiais, perpendiculares à frente de onda, denominam-se raios
sísmicos.
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Parâmetros Sísmicos

(Superfície em que todos os pontos


se encontram no mesmo estado de
vibração, ou seja, estão em fase)

(Local à superfície da Terra


situado directamente na
vertical do hipocentro, onde
o movimento vibratório do
solo é máximo)

(Zona do interior da
litosfera onde ocorre
libertação de energia) (Representação da
(Linha radial propagação da
perpendicular à energia a partir do
frente de onda) hipocentro)

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Quais são os tipos de ondas sísmicas?

Ondas Sísmicas - Classificam-se de acordo com o modo como as


partículas do solo se movimentam em relação à
direcção de propagação do raio sísmico.

Podem ser

ONDAS PROFUNDAS ONDAS SUPERFICIAIS

ONDAS P ONDAS S ONDAS LOVE ONDAS RAYLEIGH

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Quais são os tipos de ondas sísmicas?

Ondas P Ondas S

Ondas de Love Ondas de Rayleigh

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O que são ondas de profundidade ou de volume?

Ondas P

Ondas S

Ondas de profundidade ou de volume - Propagam-se no


interior do planeta, a partir do foco sísmico em todas as
direções, segundo trajetórias radiais.
Classificam-se em ondas P ou Primárias e ondas S ou
Secundárias.
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O que são ondas de profundidade ou de volume?

Mola Corda

Onda 1 Onda 1

Compressão
Onda 2
Onda 2
Distensão

Onda 3

Sentido da Sentido da
propagação propagação

Ondas P Ondas S

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Como são as ondas sísmicas de profundidade – Ondas P?

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Como são as ondas sísmicas de profundidade – Ondas P?

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Como são as ondas sísmicas de profundidade – Ondas S?

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Como são as ondas sísmicas de profundidade – Ondas S?

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Como são as ondas sísmicas de profundidade – Ondas P?

Propagação da onda

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Como são as ondas sísmicas de profundidade – Ondas S?

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Ondas P Ondas S

Mais rápidas Mais lentas


Movimento vibratório das partículas na Movimento vibratório das partículas
mesma direcção da propagação da perpendicular à direcção de
onda, movem-se paralelamente à propagação da onda
direcção de propagação da onda
Ondas de compressão e de distensão Efeito cisalhamento, torção ou rotação

Provocam variações de volume no Provocam mudança de forma mas não


material que atravessam de volume no material que atravessam
Propagam-se em meios sólidos, Apenas se propagam através de meios
líquidos e gasosos sólidos

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O que são ondas superficiais?

Ondas
Rayleigh

Ondas
Love

Ondas de superfície - A interação das ondas de volume com a


superfície da Terra origina ondas superficiais, denominadas
ondas Love e ondas Rayleigh.
Estas ondas, de grande amplitude, também são conhecidas por
ondas L ou longas.
São mais lentas do que as ondas de volume e têm grande poder
destrutivo.
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Como são as ondas sísmicas de superfície?

Ondas Love

Ondas Rayleigh

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Como são as ondas sísmicas de superfície – Ondas Rayleigh?

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Como são as ondas sísmicas de superfície – Ondas Rayleigh?

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Como são as ondas sísmicas de superfície – Ondas Love?

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Como são as ondas sísmicas de superfície – Ondas Love?

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Ondas Rayleigh Ondas Love

As partículas apresentam um
As partículas descrevem movimento na horizontal e na
movimentos de rotação perpendicular (transversal) à
elípticos direcção de propagação das
ondas

Provocam ondulações na Responsáveis pelas grandes


superfície terrestre destruições

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O que são sismógrafos e sismogramas?

Sismograma
Sismógrafo

P S

1 min

Tempo

Sismógrafo - Aparelho especializado que regista os movimentos do


solo provocados pelas ondas sísmicas. Regista a magnitude, hora e
duração dos tremores de terra e tipo de ondas sísmicas.
Sismograma- É o registo das diferentes ondas sísmicas realizado
pelo sismógrafo.
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O que são sismógrafos?

Sismoscópio Zhang Hen- O primeiro detetor de sismos foi criado pelo


matemático chinês Zhang Hen, no século II, no ano de132. A recriação
deste aparelho mostra que o seu funcionamento se devia basear no
princípio da inércia, e pretendia indicar apenas a ocorrência e direção
das ondas sísmicas.
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O que são sismógrafos?

Sismógrafo Gray-Milne- John Milne, cientista britânico e pai da


sismologia moderna. Inventou o primeiro sismógrafo de pêndulo
horizontal, em 1880. Este sismógrafo compreende 3 pesos montados
em braços móveis que correspondem a 3 eixos de espaço.
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O que são sismógrafos?

Registo de movimentos
horizontais

Massa inerte
Mola
Tambor giratório
Registo de movimentos
Sismograma verticais

Aparo

Sismógrafo

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O que são sismógrafos?

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O que são sismógrafos e sismogramas?

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O que são sismógrafos e sismogramas?

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O que são sismógrafos?

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O que são sismogramas?

P S

1 min

Tempo

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O que são sismogramas?

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O que regista um sismógrafo?

Chegada
das ondas L
Chegada
das ondas P

Chegada
das ondas S

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O que regista um sismógrafo?

Foco Minutos

Ondas L

Ondas S
Manto Ondas P Ondas S Ondas L
Ondas P

Núcleo

Sismógrafo Sismograma

Chegada das ondas sísmicas - Se não estiver muito perto do


epicentro, uma estação sismográfica regista, claramente, a
chegada das ondas P, em primeiro lugar, seguidas das ondas S e,
por último, das ondas L.

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Como será o sismograma se a estação estiver muito perto do
epicentro?

Quando a estação sismográfica está muito próxima do


epicentro, os 3 tipos de ondas chegam quase ao mesmo
tempo e não é possível distingui-las no sismograma.

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O que são sismógrafos e sismogramas?

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Que dados nos dão os sismogramas?

https://www.ipma.pt/pt/

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Que dados nos dão os sismogramas?

A análise dos sismogramas permite-nos obter: data e hora do sismo,


coordenadas do epicentro, profundidade do foco e magnitude do sismo.
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Como se localiza o epicentro?

Sismógrafo
A Sismógrafo
Sismógrafo
B
C

Epicentro
Epicentro
Hipocentro
Foco

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Como se localiza o epicentro?
Calcula-se o intervalo S-P nos simogramas de cada estação
sismográfica.

Qual a relação entre o intervalo S-P e a distância epicentral?


A diferença de tempo de chegada das ondas P e S à estação
sismográfica aumenta com o aumento da distância ao epicentro.
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Como se localiza o epicentro?

B
A – 1500 Km
B – 6000 Km
Zona de sombra sísmica
C – 8700 Km
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(não se registam ondas P ou S)
Sismologia 8
Como se localiza o epicentro?

Pág. 151

Distância epicentral - O intervalo de tempo entre a chegada das


ondas P e das ondas S, intervalo S-P, permite calcular a
distância da estação sismográfica ao epicentro do sismo, a
chamada distância epicentral.
A confrontação dos sismogramas de, pelo menos, três estações
diferentes, permite localizar o epicentro do sismo.

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Como é que avaliamos os
sismos? Como é que sabemos
se um sismo foi muito forte ou
muito fraco?

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Como se mede a grandeza de um sismo?

Intensidade sísmica Escala de Mercalli Modificada

Magnitude Escala de Richter

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Como se mede a grandeza de um sismo?

Escala de Mercalli Modificada Escala de Richter

Intensidade (I…XII); Magnitude (aberta);

Qualitativa; Quantitativa;

Destruição causada e Cálculo da energia libertada


percepção das vibrações no hipocentro do sismo;
pelas pessoas;
com base nos sismogramas,
com base em inquéritos, na amplitude máxima das
observação da destruição, ondas sísmicas e na
alterações geomorfológicas; distância epicentral
(intervalo S-P);
Subjectiva, pouco rigorosa.
Muito rigorosa.

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Escala de
Mercalli
Modificada

Pág. 152

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Escala de Mercalli Modificada

A intensidade de um sismo depende de:

Distância ao epicentro;
Localização do epicentro ( numa zona muito ou
pouco povoada)

Quantidade de energia libertada no


hipocentro (magnitude);

Profundidade a que se encontra o


hipocentro;
Natureza das rochas do subsolo;

Qualidade das construções.

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Escala de Richter

Como se determina a magnitude de um sismo?

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Escala de Richter

23 mm Como se determina a
magnitude de um sismo?

25 s

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Escala de Richter

A escala de Richter é uma escala logarítmica, isto é, o aumento de


uma unidade na escala corresponde, na amplitude da onda, a um
aumento de 30 vezes.

Exemplo:
Sismo de magnitude 6 amplitude de 30 vezes maior que sismo com
magnitude 5

Sismo de magnitude 7 amplitude 302 = 900x maior que um sismo de


magnitude 5

Sismo de magnitude 8 amplitude 303 = 27 000x maior que um sismo de


magnitude 5
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Para um mesmo sismo existe
uma única magnitude e
diferentes intensidades, de
acordo com os diferentes locais.

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O que são isossistas?

Isossistas - As isossistas são linhas que unem os pontos do


terreno onde o sismo ocorreu com a mesma intensidade, ou seja,
locais com idêntica destruição e perceção.
O seu mapeamento resulta numa carta de isossistas.
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Carta de isossistas
(sismo de 31 Março 1967, Açores)

A determinação da intensidade de um sismo, nos vários locais onde


ele foi sentido, e a localização do epicentro permitem traçar num
mapa as isossistas, permitindo desenhar uma carta de isossistas e
uma melhor visualização da área afectada pelo sismo.
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Carta de isossistas
(sismo de 1 de Novembro de 1755, Lisboa)

Geralmente, a intensidade do sismo


diminui com o afastamento ao epicentro.

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SISMOS
EA
TECTÓNICA DE PLACAS

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Onde ocorrem os sismos?

Superficial Intermédio Profundo

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Como se classificam os sismos tectónicos?

Sismos

Intraplacas Interplacas
(cerca de 5%) (cerca de 95%)

Limites Limites Limites


Divergentes Convergentes Conservativos

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O que são sismos interplaca?

Sismo
Sismo

Sismos interplaca - Os sismos interplaca são os que coincidem


com as zonas dos limites de placas, são os mais frequentes,
sobretudo nas zonas de convergência ou colisão tectónica, onde
são geradas maiores tensões e deformações do material rochoso.
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O que são sismos intraplaca?

Sismos intraplaca- No interior das placas, em zonas


tectonicamente estáveis, também podem ocorrer sismos,
designados por intraplaca.
Estes abalos estão, regra geral, relacionados com a existência de
falhas ativas.

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Onde ocorrem os sismos tectónicos?

Dorsais

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Onde ocorrem os sismos tectónicos?

Norte-Americana
Euro-asiática

Arábica
Pacífico Caraíbas
Cocos

Sul
Africana Americana
Indo-australiana Nazca

Sismos associados a movimentos de


expansão – dorsais
Sismos associados a zonas de
convergência Antárctica

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Porque ocorrem sismos nos limites convergentes?

Os bordos das duas placas são sujeitos a forças compressivas, que


apertam/comprimem as rochas, deformando-as até ultrapassarem o
seu limite de resistência, provocando deste modo a sua fratura e
deslocamento.
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Porque ocorrem sismos nos limites divergentes?

A crosta oceânica recém-formada é sujeita a forças distensivas que


provocam a distensão das rochas, provocando a sua fratura.
Nas zonas de dorsal verificam-se sismos do tipo superficial, com
hipocentros pouco profundos.
São menos frequentes do que os sismos associados a limites
convergentes.
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Porque ocorrem sismos nos limites conservativos?

O deslizamento entre os bordos das duas placas promove a


existência de tensões nas rochas, o que leva à sua deformação e à
acumulação de energia. Esta energia é subitamente libertada
quando as rochas ultrapassam o seu limite de resistência e de
elasticidade, fraturam e se deslocam.
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Como se distribuem os sismos nas proximidades de uma zona de
subducção?

1. Quais as placas
litosféricas em
confronto ao longo da
fossa do Japão?
2. Relacione a
profundidade dos
focos sísmicos com a
distância à fossa.
3. Explique a distribuição
dos sismos com focos
de diferentes
profundidades com
base na interpretação
do esquema.

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4. Descreva as diferenças nas fronteiras
evidenciadas na figura 1 e figura 2.
5. Os sismos que ocorrem ao longo das
cristas têm o foco a menos de 70 km de
profundidade. Como classifica estes Fig. 2
sismos quanto à posição do foco.
6. Caracterize as falhas que nos limites
conservativos apresentam actividade
sísmica.

Fig. 3

Fig. 1

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Como é a sismicidade na Península Ibérica?

Golfo de Cadiz e Banco do


Guadalquivir

Banco de Gorringe e
Planícies Abissais do
Tejo e da Ferradura

Falha Glória

Distribuição de epicentros de sismos históricos e instrumentais entre


33 dC e 1991

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Como é a sismicidade em Portugal?

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Como é a sismicidade em Portugal?
Carta Neotectónica de Portugal
Continental

Carta Neotectónica – mapa onde é


registada a atividade tectónica nos
últimos 3 milhões de anos, ou seja,
onde estão representadas as falhas
ativas.

Em Portugal continental existe uma


sismicidade significativa devido à
existência dum sistema de falhas
ativas nesse território – Sismicidade
intra-placas.

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Como é a sismicidade em Portugal?
Mapa de Neotectónica da Região do Algarve
Mapa sintético das principais falhas ativas do Algarve

9º W 8º 30’ 8º 7º 30’

N
S. Marcos da Serra

Aljezur
Monchique

37º 15’
Vila Real de S. António

Boliqueime S. Brás de Alportel


Loulé

Tavira 1
Dobra
Lagos 2
S agres Quarteira
Faro 3

37º N
4
0 20 km

Altitude em metros
>50 50-100 100-200 200-300 300-400 400-500 500-600 600-700 700-800 800-900 > 900

1- Falha provável; 2- Falha inversa (marcas no bloco superior); 3- Desligamento; 4- Falha com componente de movimentação vertical de estilo desconhecido

Dias, R. P. (2001) – Neotectónica da Região do Algarve. Tese doutoramento. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Lisboa, 369 pp.

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Como é a sismicidade em Portugal?

Carta de intensidades históricas Zonagem sísmica

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Qual a origem do tsunami?

Movimento
Tectónica de massa Vulcânico

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Como se forma um tsunami de origem tectónica?

Os sismos com epicentro na crosta oceânica, ao resultarem de


deslocamentos verticais dos blocos da falha, podem transmitir
parte da sua energia às massas de água e gerar colunas
verticais de grandes massas de água.
Como consequência podem formar-se ondas gigantes, os
tsunamis ou maremotos.
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Como se forma um tsunami de origem tectónica?

Ondas gigantes

Transmissão de energia
à coluna de água
Fundo marinho

Deslocamento vertical
dos blocos da falha

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Características das ondas de um tsunami?

Tipicamente, cerca de dez minutos antes de um tsunami, o mar


recua da costa, expondo parte do leito marinho. Este recuo pode
exceder os 800 metros, sendo um sinal de precursor de um
tsunami.

Num tsunami podem existir diversas ondas, que se sucedem de


forma não ritmada, com intervalos entre dois e quarenta e cinco
minutos.
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Características das ondas de um tsunami?
Declive menos acentuado faz as
ondas perderem força.

Declive mais abrupto promove a


amplitude e energia das ondas.

O tipo de ondas (altura, velocidade, comprimento de onda) de um tsunami


depende de vários fatores como: magnitude do sismo; profundidade do foco;
se está em alto mar ou perto da costa(em águas rasas); da morfologia do
terreno, etc.
À medida que o tsunami se aproxima da costa a amplitude (altura) das ondas
aumenta, a velocidade diminui e o comprimento de onda, distância entre as
cristas das ondas, diminui.
Geralmente, as ondas que atingem a costa têm entre 5 a 20 metros de altura
e velocidades entre 20 a 70 km/hora. No entanto, em alto mar, a altura é
mínima e a velocidade das ondas encontra-se entre os 500 a 750 km/hora.
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Como se forma um Tsunami de origem tectónica?
Indonésia, 2004

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Quais os efeitos de um tsunami?

Propagação de um tsunami – Indonésia, 2004


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Quais os efeitos de um tsunami?

Japão, 2011

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Quais os efeitos de um tsunami?

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Quais os maiores sismos do séc. XX - XXI?
DATA LOCAL MAGNITUDE VÍTIMAS
1960 Chile 9,5 1 655
1964 Alasca 9,2 128
2004 Indonésia 9,1 227 898
2011 Japão 9,0 15 703
1952 Rússia 9,0 0
2010 Chile 8,8 523
1906 Equador 8,8 1 500
1965 Alasca 8,7 0
2005 Indonésia 8,6 1 000
1920 China 8,6 180 000
1968 Japão 8,6 48
1964 Alasca 8,5 178
1962 Chile 8,5 4 000 – 5 000
1927 China 8,3 200 000
1923 Japão 8,3 60 000
1906 EUA (S. Francisco) 8,3 700
1985 México 8,1 12 000
1977 Irão 8,0 189
1923 Japão 7,9 142 800
2008 China 7,9 87 587
1979 Equador 7,9 600
1920 China 7,8 200 000
2015 Nepal 7,8 8 898
1978 Irão 7,7 15 000
1970 Perú 7,7 50 000 – 70 000
2005 Paquistão 7,6 86 000
1976 China 7,5 255 000
1908 Itália 7,5 120 000
1935 Paquistão 7,5 20 000 – 60 000
1985 Chile 7,4 177
1968 Irão 7,4 12 000
1908 Itália 7,2 72 000
2010 Haiti 7,0 222 570

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Quais os maiores sismos dos últimos 10 anos?

https://ds.iris.edu/gsv/

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Chile, 2010

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Sumatra – Indonésia, 2004

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Quais as diferenças entre estes 3 grandes sismos?

Dados Haiti Chile Indonésia


Magnitude 7,0 8,8 9,1
Profundidade 13 Km 35 Km 10 Km
do Foco
Localização Em terra – 25 Km No mar – região de No mar – 250 Km
do epicentro da capital (Port- Maule da ilha de Sumatra
au-Prince)
N.º de Mortos 222 570 523 227 898
Grau de VII - IX VIII IX
intensidade
Tsunami Não ocorreu Ocorreu Ocorreu
País muito pouco Deslocou o eixo da Terra Deslocou o eixo da
desenvolvido – – diminuiu os dias em Terra – diminuiu os
Observações construções de 1,26 micro-segundos dias em 6,8 micro-
baixa qualidade segundos
Data 12 de Janeiro de 27 de Fevereiro de 2010 26 de Dezembro
2010 de 2004

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Quais os sismos históricos de Portugal Continental?

DATA LOCAL MAGNITUDE VITIMAS

1531 VALE INTERIOR 7,0 ------


DO TEJO

1755 GORRINGE 8,5 70 000

1858 SETÚBAL 7,0 8

1909 BENAVENTE 6,5 30

1969 GORRINGE 7,9 13

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Lisboa, 1755

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Contributos da Sismologia

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Quais os contributos da sismologia?

Sismologia

Contribui

Minimização dos riscos sísmicos Estudo do interior da Terra


- prevenção e da sua dinâmica
- previsão

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Será possível a previsão da ocorrência de sismos?

Conhecer áreas de
maior risco sísmico Cálculo da
Previsão a longo probabilidade de
prazo um sismo ocorrer
Estudo do numa
comportamento das determinada área
falhas activas

Previsão a curto Está longe de


prazo acontecer

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Quais são os sinais precursores de sismos?

Ocorrência de microssismos devido às pequenas rupturas;

Modificações na densidade da rocha;

Variação do nível de água em poços próximos da falha;

Anomalias no comportamento dos animais.

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Quais são as medidas de prevenção de riscos sísmicos?

Estudo geológico do terreno, analisar e identificar a litologia local


e as falhas ativas;

Elaboração de mapa de risco sísmico;

Adoção de medidas de ordenamento na construção;

Desenvolvimento de planos de evacuação;

Organização de serviços de proteção civil;

Informação e sensibilização da população;

Aplicação de normas de construções


parassísmicas.

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Quais são as medidas de construção parassísmica?

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Quais são as medidas de construção parassísmica?

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Quais são as medidas de construção parassísmica?

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Quais são as medidas de construção parassísmica?

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Como é que os dados obtidos na sismologia ajudam no conhecimento
da estrutura interna da Terra?

Conhecimento da
propagação das Modelo da
Análise de
ondas sísmicas em estrutura interna
sismogramas
diferentes meios da Geosfera

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Refrações e
Reflexões da luz
na interface ar-água

As ondas sísmicas
comportam-se de modo
semelhante às ondas
de luz

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Como se comportam as ondas sísmicas?

REFLEXÃO

REFRAÇÃO

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Rápido

Onda
refletida

Onda Onda
refratada refratada
Lento

Lento Lento
Onda
refratada

Propagação das
ondas sísmicas Onda
em todas as direções refratada
Rápido
Rápido

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Comportamento das ondas sísmicas – Quando atravessam


meios com propriedades distintas (rigidez, incompressibilidade e
densidade), as ondas sísmicas mudam a sua trajetória e a sua
velocidade.

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Como varia a velocidade das ondas sísmicas?

A velocidade das ondas sísmicas ao atravessarem o interior da


Terra depende das propriedades dos materiais que atravessam:

rigidez (resistência à deformação)

Quanto maior a rigidez, MAIOR a velocidade

incompressibilidade (resistência à variação de volume)


Quanto mais incompressível for o material atravessado,
MAIOR é a velocidade

densidade (massa volúmica)


Quanto maior a densidade, MENOR a velocidade

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Como varia a velocidade das ondas sísmicas?

k + 4/3 m m
Vp = Vs =
r r

Rigidez (m)
(r) (k)

Incompressibilidade (k)
Incompressibilidade
Rigidez (m)
Densidade

Densidade
Velocidade das ondas sísmicas

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Como variam as propriedades dos materiais com a profundidade?

Com a profundidade:
a rigidez aumenta (de maneira geral);
a densidade aumenta;
incompressibilidade é muito baixa nos gases, maior nos meios
líquidos e elevada nos sólidos.

No global:
a velocidade das ondas P e S aumenta com a profundidade;
as ondas S não se propagam em meios líquidos.

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Um sismo que ocorra em qualquer local da Terra gera sempre uma


zona de sombra.

Qualquer estação sismográfica


0º (epicentro) situada entre os 103º e os 143º,
contados a partir do epicentro de
um sismo, não recebe ondas P
nem ondas S.

103º 103º

ZONA DE SOMBRA
Ondas S
143º 143º Ondas P

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Epicentro (à superfície)
Foco (em profundidade) Zona de sombra
para as ondas P

Ondas P
Ondas S Zona de sombra
para as ondas S

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Zona de sombra sísmica - Tendo por referência o epicentro do


sismo, existe uma faixa da superfície do planeta em que não
são captadas quaisquer ondas sísmicas.
Esta zona não é fixa, varia de um sismo para o outro, pois
depende da localização do epicentro.

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Variações brusca Permite detectar


na trajetória e superfícies que separam
velocidade das materiais com diferente
ondas sísmicas composição e
propriedades

Superfícies de
descontinuidade

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Como se comportam as ondas sísmicas no interior da geosfera?

Análise de sismogramas de informação relativa aos


estações sismográficas materiais que as ondas
localizadas a diferentes atravessaram.
distâncias do hipocentro
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Como se comportam as ondas sísmicas no interior da geosfera?

Estação 1

Estação 2

Estação 1
Estação 3

Estação 2

Estação 3

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Como se comportam as ondas sísmicas no interior da geosfera?

Estação sismográfica que Estação sismográfica


Estação sismográfica regista a chegada das onde as ondas Pn
que apenas regista as primeiras ondas chegam antes das Pg
ondas directas – Pg refractadas – Pn (≈60 km) (≈ 150 km)

Hipocentro

Velocidade de propagação : 5,6 Km/s

Velocidade de propagação : 8 Km/s

Ex. pág.164

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Como se comportam as ondas sísmicas?

Estação Estação
A B
Estação
1 2 C

3
4
Foco

Meio I

Meio II

Superfície de descontinuidade

1 2 Chegada mais cedo do que o previsto 1 2 3 Ondas diretas


3 Chegada muito mais cedo do que o previsto 4 Ondas indiretas
4 Chegada mais cedo do que 3

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de MOHO

Mohorovicic descobriu um aumento brusco da velocidade das ondas P:


(de 5,6 para 8 Km/s)

Descontinuidade de MOHOROVICIC ou MOHO

separa a Crosta do Manto

Sob os continentes Sob os oceanos localiza-


localiza-se entre os 30 e os se entre os 3 e os 15 km
60 Km de profundidade de profundidade

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de MOHO
Crusta
oceânica 5 km Descontinuidade de Moho

Crusta
continental
Manto

Descontinuidade de Mohorovicic ou Moho – Localiza-se a uma


profundidade média de 35 a 40 km, separando a crusta do manto.
Ao cruzar esta superfície, as ondas P e S adquirem maior
velocidade.

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de GUTENBERG

GUTENBERG descobriu a ”fronteira” entre o MANTO e o NÚCLEO


EXTERNO, a 2900 km de profundidade.

Descontinuidade de GUTENBERG

Como foi descoberta?

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de GUTENBERG
Ondas S
Ondas P Estações sismográficas
localizadas a partir dos 103º,
contados a partir do epicentro de
0º (epicentro) um sismo, deixam de receber
ondas S e passam a receber
ondas P com uma velocidade
inferior à esperada.

103º 103º
Presença de uma camada
com materiais no estado
fluído – Núcleo
143º 143º

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de GUTENBERG

Manto 2900 km Descontinuidade de Gutenberg

Núcleo
externo

Descontinuidade de Gutenberg – Situa-se a 2900 km de


profundidade. Separa o manto do núcleo externo.
Ultrapassada esta superfície, as ondas P tornam-se mais lentas
e as ondas S deixam de se propagar.

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de LEHMAN

Inge LEHMAN descobriu a ”fronteira” entre o NÚCLEO EXTERNO e


o NÚCLEO INTERNO, a 5150 km de profundidade

Descontinuidade de LEHMAN

Como foi descoberta?

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de LEHMAN
Ondas S
Ondas P Qualquer estação sismográfica
Ondas P
localizada a partir dos 143º,
contados a partir do epicentro de
0º (epicentro) um sismo, passa a receber ondas
P com uma velocidade superior à
esperada mas continua a não
receber ondas S.

103º 103º

143º 143º

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de LEHMAN

Presença de uma camada no estado sólido (rígidos) – Núcleo Interno

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Quais são as descontinuidades mais importantes?
Descontinuidade de LEHMAN

Núcleo
externo
5150 km Descontinuidade de Lehman

Núcleo interno

Descontinuidade de Lehman – Localiza-se a 5150 km de


profundidade, estabelecendo a separação entre o núcleo externo
e o núcleo interno.
Verifica-se um aumento da velocidade de propagação das
ondas P.
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Como varia a velocidade das ondas sísmicas através da Crosta e do Manto?

1. Que acontece à
velocidade das ondas
ao ultrapassarem a
descontinuidade de
Moho?
2. Como explicas essa
variação da velocidade?
3. Que acontece à
velocidade das ondas
na zona de baixa
velocidade?
4. Como explicas essa
variação da velocidade?

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