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Estas são as seguintes situações onde esta técnica pode ser usada:
• Inseminação artificial com esperma de doador – Formação de banco de esperma.
• Conveniência para os pacientes – Quando não for possível a presença do marido nos
procedimentos de inseminação intra-uterina ou FIV.
Criopreservação de Embriões
Esta técnica é realizada quando há produção de mais embriões do que o necessário para a
transferência. Apenas aqueles de boa qualidade têm maior oportunidade de sobrevivência. Os
embriões são colocados numa solução especial com uma substância chamada crioprotector, que
evita que os embriões sejam danificados com o frio excessivo; são então colocados em botijas de
azoto líquido, onde a temperatura chega a 196ºC negativos e podem permanecer aí por tempo
indeterminado.
Apesar dos embriões apresentarem menor taxa de sobrevivência do que os embriões a fresco, esta
técnica oferece a vantagem de uma nova oportunidade com menor custo. Os embriões são
descongelados 24 horas antes da transferência, cultivados e são, posteriormente, estudados quanto
à sua viabilidade.
Criopreservação de Oócitos II
Várias técnicas já estão a ser utilizadas em Portugal, no entanto os resultados ainda são poucos.
Acredita-se que em breve esta tecnologia já seja rotina nas clínicas de fecundação in vitro.
Entretanto algumas desvantagens da técnica ainda devem ser contornadas. Acredita-se que o fuso
mitótico (estrutura que segura o material genético do oócito maduro) é sensível a mudanças de
temperatura, e os erros genéticos podem ocorrer durante o processo de congelamento, resultando
em aneuploidias ( célula que teve o seu material genético alterado, sendo portador de um número
cromossómico diferente do normal da espécie) após a fertilização.
• Erro humano;
• Gestações múltiplas;
• Malformações congénitas (os bebés gerados por fertilização in vitro têm um risco maior de
desenvolver malformações congénitas)
• Complicações resultantes do tratamento hormonal ou de uma gestação múltipla aumentam
os riscos para a saúde da mãe;
• A laparoscopia exige anestesia geral e isso, em situações muito raras, pode trazer
complicações.
Na última década, proliferaram em Portugal as clínicas privadas de RMA, dado que aumentou o
número de mulheres que optam pela maternidade depois dos 30 anos, ignorando o pico da
fertilidade feminina, situado entre os 20 e os 25 anos, e arriscando a partir dos 35. Em Lisboa,
existem 6 clínicas, contra duas alternativas do Serviço Nacional de Saúde, enquanto no Porto,
existem 3 ofertas públicas e 3 privadas. O médico Alberto Barros é um dos especialistas
portugueses em RMA mais prestigiado, tendo sido, juntamente com a sua equipa, no Porto,
responsável pela introdução da metodologia da microinjeção intracitoplasmática no país.
Em Portugal, a primeira lei (n.º 32/2006) sobre a reprodução medicamente assistida foi aprovada
em Maio do presente ano e apenas permite a procriação assistida a casais heterossexuais, casados
ou a viver em união de facto registada (com pelo menos dois anos). Na sequência da promulgação
desta lei, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) abriu, desde Setembro deste
ano, um banco público de armazenamento de espermatozóides e óvulos.
Conclusão
Em síntese, a RMA é o processo segundo o qual são utilizadas diferentes técnicas médicas para
auxiliar à reprodução humana, onde estas são normalmente utilizadas em casais inférteis. Esta área
ainda está em expansão, principalmente pelo facto de ter aumentando o número de casais que
recorrem a esta técnica. ( por acabar)