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Existencialismo

Queridos alunos!
Espero que vocês estejam bem!
A crise que se apresenta com o estado de Pandemia
em que o mundo encontra-se, tem efeitos importantes na
vida das pessoas.
Como disse em sala para vocês, em fenomenologia, é
um fenômeno de proporções gigantescas, impactando de
forma diversa e em níveis variados a cada um, bem como
a todos os grupos sociais.
É muito importante, uma vez que vocês são
estudiosos do Ser Humano, observar para aprender a
ler a realidade fenomenal, pois é desta forma que
produzimos nosso exercício profissional e produzimos
ciência.
Dando sequência abordamos agora o
Existencialismo que emerge com força maior após a
segunda grande guerra, tendo como fonte de inspiração
trabalhando com a questão da existência como problema
filosófico encontra-se em Martin Heidegger, que, por
sua vez, foi influenciado por Friedrich Nietzsche e
Søren Kierkegaard. Embora esses pensadores tenham
elaborado explicações distintas, suas reflexões
iniciaram-se baseadas no ser humano em sua
concretude.
A Filosofia da Existência trata do problema do “ser-
no-mundo”.
A Existência é um momento fundamental, que junto
com outro momento a Essência constitui e é por isso todo
Ente e todo o Ser
A Existência mostra que algo existe e a Essência
revela que algo é, trata então da qualidade do Ser.
Kierkegaard escreveu a “Teologia Existencial” onde
expões a essência do Existencialismo
E Heidegger afirma que: “a angústia do ser humano
está na sua Existência ou está na sua qualidade de vida e
que ele próprio possui liberdade de escolha.”
O Existencialismo traz uma proposta de livrar o Ser
Humano desta angústia.
A base da proposta existencialista é analisar o ser
humano em seu todo e não dividido em aspectos internos
(sua mente, cognição e sentimentos) e externos (seu
corpo, comportamento e ações
Estamos diante de termos filosóficos:
Martin Heidegger reorientou a visão contemporânea
sobre o problema do ser ao propor que a pergunta pelo
ser só pode ser colocada por dasein (o “ser-aí”) ou o
homem que existe no mundo. Só o ser humano
existe efetivamente, uma vez que os demais seres e
objetos apenas são. É a investigação sobre essa pergunta
que evidencia o caráter existencialista de seu
pensamento em Ser e tempo (1927)
Dasein - Heidegger afirma que o Ser Humano é o
Ser que indaga o sentido do ser e o Existencialismo de
Heidegger prepara o caminho para uma Ontologia
Fundamental que é a ciência que busca do ser, busca o
primeiro e irredutível de onde se originaram os demais
seres.
Sartre é mundialmente conhecido por sua afirmação
de que a existência precede a essência, significando que
só se pode entender o ser humano com base em suas
ações no mundo. Conhecido por uma conferência
intitulada O existencialismo é um humanismo (1946), que
continha noções posteriormente revisadas e
abandonadas, sua grande obra é O ser e o nada,
publicada em 1943.
Ludwig Binswanger, considerado o pai da Psicanálise
Existencial, que estudaremos posteriormente, baseou-se
no cerne de toda a doutrina existencialista, a partir das
Essências do Existencialismo.
A conhecimento das Essências do Existencialismo é
por demais importante para compreendermos os
fenômenos pelos quais atravessam Ser Humano em sua
existência e ainda mais agora que as pessoas se sentem
angustiadas pelo risco de contágio, morte, a ameaça de
um vírus que pode atacá-los a qualquer momento.
As essências existenciais são:
Alienação Espacialidade
Autenticidade Engajamento
Anonimidade Alegria
Temor e desespero Morte

Alienação
A preocupação com a alienação do Ser Humano
frente ao Paradoxo Existencial.
O progresso trouxe para os indivíduos crescente
perturbação, pois a mecanização ( e agora a comunicação
e a internet) passou a tomar conta do trabalho e do
lazer. A partir de daí, passou a acontecer o
congelamento interpessoal (agora o distanciamento
virtual).
Os indivíduos passaram a apresentar-se cada vez
mais alienados, alienação esta que se dava em relação a si
mesmo e aos outros. As pessoas passavam a se isolar,
fechando-se num universo existencial próprio.
Como alertar o indivíduo para a “crescente
alienação”?
Heidegger interpretou a Alienação como
proveniente da quebra da moralidade básica com a qual o
Ser Humano sempre cuidou do seu irmão.
Kierkegaard interpreta a alienação como advinda da
perda de valores que ligam o Ser humano a Deus.
Os filósofos Sartre e Camus buscaram escrever na
“linguagem popular” para tentar libertar o ser humano da
alienação.
Os filósofos escreveram “Filosofia Popular”, “A
Peste”, “O Estrangeiro”, “As Moscas”, “ Sem Saída”.

A filosofia de Sartre e Camus, levaram as pessoas a


se autoindagarem, na autoindagação as pessoas entraram
em conflito e no conflito a psicanálise encontra seu
terreno fértil.
Surgiram então novas técnicas de terapia na
tentativa de livrar as pessoas da alienação.
Volta dos indivíduos aos ensinamentos religiosos e
também passaram a usar substâncias químicas na
tentativa de livrarem-se da alienação.
Ficou difícil para o cientista o conceito de
Normalidade e Anormalidade.
Surgiu a questão:
Quem vai para o Hospital?
Questão esta que até hoje perdura!
Psiquiatria e Psicanálise iniciaram seus confrontos.
Temas com Autorrealização e Autossatisfação
tornaram-se o lema da época.
Alienação do Eu e do Outro passou a ser
considerada a neurose da época.

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