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PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS -

MEMORIAL TÉCNICO DESCRITIVO


CLIENTE: MITRA DIOCESANA DE GOVERNADOR VALADARES – PARÓQUIA
SANTA RITA
OBRA: REFORMA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DO SANUTÁRIO;
SISTEMA DE AR CONDICIONADO
REDIMENSIONAMENTO DO PADRÃO DE ENTRADA DE ENERGIA
ENDEREÇO: AV. WASHINGTON LUIZ Nº 2579
LOCAL: BAIRRO SANTA RITA GOVERNADOR VALADARES
DATA: 06/04/2015 (inicio do projeto)

1
INTRODUÇÃO: ............................................................................................................................... 3
ENTRADA DE ENERGIA: ................................................................................................................. 3
PADRÃO GERAL ............................................................................................................................. 3
ALIMENTADOR SECUNDÁRIO – 1 .............................................................................................. 4
ALIMENTADOR SECUNDÁRIO – 2 .............................................................................................. 4
RAMAL SECUNDÁRIO – 1........................................................................................................... 5
RAMAL SECUNDÁRIO – 2........................................................................................................... 6
RAMAL SECUNDÁRIO – 3........................................................................................................... 7
SISTEMA DE AR CONDICIONADO .................................................................................................. 7
CIRCUITOS DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO ...................................................................... 7
SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS .................................................................................. 8
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS EQUIPAMENTOS ................................................................ 9
CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO DO ALIMENTADOR SECUDÁRIO - 2 ......................................... 9
CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE – ALIMENTADOR SECUNDÁRIO - 2................... 10
CÁLCULO DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO PRESUMIDA ................................................... 11
CORRENTE DE CURTO CIRCUITO ATÉ O PADRÃO DE ENTRADA .............................................. 12
Impedância do transformador CEMIG ................................................................................ 12
CONTRIBUIÇÃO DOS MOTORES DE INDUÇÃO NAS CORRENTES DE FALTA ............................ 16
CORRENTE DE CURTO CIRCUITO DO PADRÃO DE ENTRADA ATÉ O QD-01 ......... 16
Corrente de curto circuito do Alimentador Secundário -1 .................................................. 19
AJUSTE DO DISJUNTOR GERAL DO PADRÃO DE ENTRADA ..................................................... 20
QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA: ................................................................................. 22
QD-01 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA DE AR CONDICIONADO..... 22
PROTEÇÃO CONTRA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO E CORRENTES DE
SOBRECARGA ...................................................................................................................... 23
QUADRO ANUNCIADOR DE ALARMES ........................................................................................ 23
QUADRO ANUNCIADOR DE ALARMES QA-01 ............................................................. 24
ANEXO 1 ...................................................................................................................................... 26

2
1. INTRODUÇÃO:

O presente memorial tem por finalidade descrever as reformas das instalações elétricas e
seus complementares incluindo o redimensionamento do padrão de entrada de energia
do Santuário, Sistema de Ar Condicionado e Pátio de festas. Os padrões existentes
foram desativados como medidores de consumo de energia passando essas instalações a
atuar como proteção das divisões dos circuitos existentes, sendo Circuito do Sistema de
Ar Condicionado circuito do Pátio de Festas e Circuito do Santuário.

2. ENTRADA DE ENERGIA:

As entradas de energia existentes em baixa tensão 220/127V, trifásica de 200A, para o


Padrão do Sistema de Ar Condicionado e baixa tensão 220/127V, trifásica de 100 A e
bifásica 60 A para o do Pátio de Festas e Santuário, estes padrões foram modificados
passando a funcionar como um sistema de
proteção dos ramais resultando num aumento da
capacidade instalada levando em consideração as
instalações existentes e permitindo uma
capacidade extra para contingências ou aumento
futuro de novas cargas, bem como atender aos
aumentos sazonais de cargas em função de festas
e outros eventos religiosos. Após as modificações
o sistema elétrico ficará, dimensionado conforme
segue:

3. PADRÃO GERAL

Composto por uma entrada subterrânea constituído


de Ramal de Ligação BT 3ᴓ com dois condutores
por fase tipo sintenax flex 0,6/1,0kV, com isolação
por composto termoplástico de PVC flexível SEM
CHUMBO, e antichama de seção #2X240mm2.
O Ramal de Ligação conecta-se ao Ramal de
Entrada no interior de uma caixa de passagem tipo Figura 1 - Caixa de disjuntor e TC's do padrão
ZC (770X670X900) CP-01. de entrada tipo CM18, com CM4 acoplada
Em seguida o padrão de entrada é acomodado em
duas caixas uma tipo CM-18, com um disjuntor de 400 A, TC´s e barramentos, conforme
detalhes na tabela abaixo, acoplada à esta, está uma caixa tipo CM4 para abrigar o
medidor de energia.

3
ITEM DESCRIÇÃO
01 Caixa tipo CM-18, Montada, com chapa isolante (fenolite),
pintura eletrostática.
02 Barramento: barra de cobre eletrolítico de 3/8" X 1 X 1/2 ",
densidade de corrente mínima 2,0 A/mm2
03 Caixa CM-4 acoplada, com plataforma para medidor
CEMIG
04 Disjuntor tripolar GE - COR. NOM. 400A - 415 Vca
Capacidade de interrupção Icu 65 Ka (240 V) - COD. GE
SPECTRA SGLA426AT0400B
05 Ramal de entrada: cabos tipo sintenax flex 0,6/1,0 kV, 3
fases mais 1 neutro, dois condutores por fase com isolação
por composto termoplástico de PVC flexível SEM
CHUMBO, e antichama de seção #2X240 mm2
06 Alimentador principal: cabos tipo sintenax flex 0,6/1,0 kV,
3 fases mais 1 neutro, dois condutores por fase com
isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM
CHUMBO, e antichama de seção #2X120 mm2

Apartir da caixa de passagem CP-02 tipo ZB (520X440X700), o Alimentador Principal


bifurca em Alimentador secundário -1 e Alimentador secundário – 2.

ALIMENTADOR SECUNDÁRIO – 1 – PATIO DE FESTAS E SANTUÁRIO


O Alimentador secundário – 1, é composto por cabos tipo sintenax flex 0,6/1,0 kV, com
isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM CHUMBO, e antichama de
seção #70 mm2, 3 fases e 1 neutro mais terra de 35mm2, sendo conduzido no interior de
eletroduto de PVC Ø75mm. Este alimentador passa por uma caixa CP-03 tipo ZC
(860X790X900), sendo direcionado à caixa de proteção de ramais CD-01 tipo CM2,
sendo conduzido no interior de eletroduto de PVC Ø75mm, e eletroduto de aço
galvanizado Ø75mm, externo na subida, onde é seccionado por um disjuntor
termomagnético GE 150 A, apartir deste ponto o circuito bifurca novamente em dois
ramais: Ramal secundário – 1 e Ramal secundário – 2.

ALIMENTADOR SECUNDÁRIO – 2 – AR CONDICIONADO


Conforme exposto no item anterior o Alimentador
secundário – 2, é conectado ao Alimentador
principal na caixa de passagem CP-02, e é
composto de cabos tipo sintenax flex 0,6/1,0 kV,
com isolação por composto termoplástico de PVC
flexível SEM CHUMBO, e antichama de seção
#185 mm2, 3 fases e 1 neutro, têmpera mole
encordoamento extra flexível classe 5, em
conformidade com a NBR7288, sendo cabos de cor Figura 2- Caixa de passagem CP-02 -
preta para fase, azul claro para os cabos neutro e Alimentadores

4
verde para o sistema de proteção de seção #50 mm2, sendo conduzido no interior de
eletroduto de PVC Ø100mm.
A caixa existente tipo CM3 foi mantida para abrigar a proteção do ramal secundário caixa
CD-02, o disjuntor existente 200 A foi alterado para um disjuntor com capacidade de 250
A Icu 42 a 65 kA, curva de disparo “C”. A partir deste ponto o circuito passa a ser
denominado
Ramal Secundário – 3.
Uma mureta foi edificada na frente do antigo padrão, para abrigar a nova caixa de
passagem de embutir metálica 30X30. Eletrodutos de PVC tigre de Ø100mm, interligam a
caixa de passagem do padrão até a caixa de passagem CP-05, construída para abrigar as
conexões e derivações de alimentação dos circuitos terminais. A caixa de passagem CP-
05 tipo ZC, possui dimensões 860X790X900, a partir da qual deriva a alimentação para o
pavimento laje do Santuário através de eletroduto de subida em aço galvanizado
Ø100mm.

RAMAL SECUNDÁRIO – 1
O Ramal secundário – 1 é composto de cabos tipo sintenax flex 0,6/1,0 kV, 3 fases mais
1 neutro, com isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM CHUMBO, e
antichama de seção #70 mm2, e
proteção #35mm2. Este circuito é
proveniente da caixa de proteção de
ramal CD-03 com disjuntor
termomagnético tripolar GE de 100 A,
Icu 5 kA, e é direcionado à caixa de
passagem CP-03, passando primeiro
pela caixa de passagem no pátio de
festas CP-03, onde bifurca em três
circuitos terminais de tomadas e
iluminação para o Santuário,
iluminação externa e salas externas:
Figura 3 - Caixa de proteção de ramais: CD-01 no centro
 Ramal secundário 1.1 – disjuntor de 150A e CD-02 e CD-03 nas laterais com disjuntor
Deriva da CP-05 para o QD-03 de 100A cada. Antigo padrão do Santuário e Pátio de Festas.
no interior da Sala do Dízimo,
composto de cabos tipo sintenax 0,6/1,0 kV, 3 fases
mais 1 neutro, com isolação por composto
termoplástico de PVC flexível SEM CHUMBO, e
antichama de seção #16 mm2, e proteção #10 mm2,
protegido por disjuntor trifásico GE 60 A, em série
com um supressor de surto para IMAX = 40 kA, In =
15 kA. Onde o circuito é divido nos circuitos terminas
de iluminação e tomadas da capela do Santíssimo,
Confessionário, banheiros, bebedouro, Sacristia e
sistema de som.
 Ramal secundário 1.2 – Deriva da CP-05 para o QD-
04 situado na parede externa do Santuário, composto Figura 4 - QD-03 quadro foi
de cabos tipo sintenax 0,6/1,0 kV, 3 fases mais 1 mantido, incluído supressores
de surto

5
neutro, com isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM
CHUMBO, e antichama de seção #6 mm2, e proteção #6 mm2, onde o circuito é
divido nos circuitos terminas de iluminação da frente do Santuário,
estacionamento das bicicletas e refletores superiores.
 Ramal secundário 1.3 –
Deriva da CP-05 para o QD-02 no
interior da Sacristia, para
alimentação da iluminação interna
do Santuário e Ventiladores e QD-
05 situado no sótão do Santuário
para alimentação do Altar e tomadas
no interior do Santuário. Composto
de cabos tipo sintenax 0,6/1,0 kV, 3
fases mais 1 neutro, com isolação
por composto termoplástico de PVC
flexível SEM CHUMBO, e
Figura 5- QD-02 durante montagem, na Sacristia. antichama de seção #16 mm2, e
proteção #10 mm2, este por sua
bifurca em dois circuitos no sótão do santuário em Ramal secundário 1.3.1 - 3
fases #16mm2 mais um neutro #16mm2 e terra #10mm2, que alimenta o QD-05
no sótão e Ramal secundário 1.3.2 - 3 fases #10mm2 mais um neutro #10mm2 e
terra #10mm2 que alimenta o QD-02 na Sacristia.

RAMAL SECUNDÁRIO – 2
O Ramal secundário – 2 é composto por cabos tipo sintenax flex 0,6/1,0 kV, 3 fases mais
1 neutro, com isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM CHUMBO, e
antichama de seção #25 mm2, e proteção #10mm2. Este circuito é proveniente da caixa
de proteção de ramal CD-03 com disjuntor termomagnético tripolar GE de 100 A, Icu 10
kA, e é direcionado à caixa de passagem CP-03, onde bifurca em três circuitos para o
Pátio de festas alimentando os circuitos terminais de iluminação e tomadas.
 Ramal secundário 2.1 – Deriva da CP-03 para um quadro de distribuição
próximo aos banheiros do Pátio de Festas, para alimentação de iluminação e
tomadas. Composto de cabos tipo sintenax 0,6/1,0 kV, 3 fases mais 1 neutro, com
isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM CHUMBO, e
antichama de seção #25 mm2, e proteção #10 mm2.
 Ramal secundário 2.2 – Deriva da CP-03 para um quadro de distribuição na
parede lateral do bar do Pátio de Festas, para alimentação de iluminação e
tomadas. Composto de cabos tipo sintenax 0,6/1,0 kV, 3 fases mais 1 neutro, com
isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM CHUMBO, e
antichama de seção #16 mm2, e proteção #16 mm2.
 Ramal secundário 2.3 – Deriva da CP-03, para a CP-06 daí para um quadro de
distribuição nas barracas do Pátio de Festas, para alimentação de iluminação e
tomadas. Composto de cabos tipo sintenax 0,6/1,0 kV, 3 fases mais 1 neutro, com
isolação por composto termoplástico de PVC flexível SEM CHUMBO, e
antichama de seção #16 mm2, e proteção #10 mm2.

6
RAMAL SECUNDÁRIO – 3
O Ramal secundário – 3 é composto por
cabos tipo sintenax flex 0,6/1,0 kV, 3 fases
mais 1 neutro, com isolação por composto
termoplástico de PVC flexível SEM
CHUMBO, e antichama de seção #185 mm2, e
proteção #95mm2, com esta seção
transversal até a caixa de passagem CP-05,
apartir deste ponto o ramal tem sua seção
reduzida, para #95mm2 nos três cabos fase e
#16mm2 no neutro (este neutro é utilizado
somente nos circuitos monofásicos existentes
no circuito do Sistema de Ar Condicionado
que são respectivamente, iluminação e
comando), foi inserido um disjuntor adicional
na CD-02 com corrente nominal 250 A para
proteção do ramal..
O circuito é direcionado ao Quando de
Distribuição – QD-01, onde são feitas as
derivações e proteções para os circuitos Figura 6 - CP-05 caixa de passagem tipo
ZC(Cemig)
terminais.

4. SISTEMA DE AR CONDICIONADO

Devido à alta carga imposta ao Alimentador Secundário-2 que alimenta o sistema de ar


condicionado, foi feito um estudo separado do circuito.

CIRCUITOS DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO


O sistema é composto por um Quadro de Distribuição Geral – QD-01, que abriga a
proteção para os seguintes circuitos terminais:
 Circuito de alimentação do Motor do Ventilador do Evaporador
 Circuito de alimentação do Motor do Compressor da Máquina 01
 Circuito de alimentação do Motor do Compressor da Máquina 02
 Circuito de alimentação do Motor do Compressor da Máquina 03
 Circuito de alimentação do Motor do Ventilador das Condensadoras 01, 02, e 03
 Circuito de proteção do Comando do Sistema
 Circuito de alimentação dos Motores das Cortinas de Ar 01 e 02
 Circuito de alimentação dos Motores das Cortinas de Ar 03 e 04
 Circuito de alimentação dos Motores das Cortinas de Ar 05 e 06
 Circuito de alimentação dos Motores das Cortinas de Ar 07 e 08
 Circuito de alimentação dos Motores das Cortinas de Ar 09 e 10
 Circuito de alimentação do Ar Condicionado da Capela

7
SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS CIRCUITOS
Os motores estão protegidos por reles
térmicos (exceto o motor do ar
condicionado da capela que está protegido
somente por disjuntor), disjuntores, fusíveis
(somente para o comando do motor do
Ventilador do Evaporador), e
intertravementos no sistema de comando
para proteção das máquinas como um todo.

Figura 8 - QD - 03 QuadroFigura 7 - QD -do


de comando 03Sistema
QuadrodedeAr
comando do Sistema de Ar
condicionado, situado nacondicionado, situado
Casa de Máquinas, na Casa de Máquinas, durante
durante
montagem. montagem.

EQUIPAMENTO RELÉ DISJUNTOR


TÉRMICO
Motor do Ventilador do Evaporador Ajuste 48 A 3x50 A
Motor do Compressor da Maq. - 01 Ajuste 48 A 3x60 A
Motor do Compressor da Maq. - 02 Ajuste 48 A 3x60 A
Motor do Compressor da Maq. -03 Ajuste 30 A 3x40 A
Motor do Ventilador da Maq. 01 Ajuste 4,0 A
Motor do Ventilador da Maq. 02 Ajuste 4,0 A 3x15 A
Motor do Ventilador da Maq. 03 Ajuste 4,0 A
Motor da Cortina de Ar 01 Ajuste 4,0 A 2x10 A
Motor da Cortina de Ar 02 Ajuste 4,0 A
Motor da Cortina de Ar 03 Ajuste 4,0 A 2x10 A
Motor da Cortina de Ar 04 Ajuste 4,0 A
Motor da Cortina de Ar 05 Ajuste 4,0 A 2x10 A
Motor da Cortina de Ar 06 Ajuste 4,0 A
Motor da Cortina de Ar 07 Ajuste 4,0 A 2x10 A
Motor da Cortina de Ar 08 Ajuste 4,0 A
Motor da Cortina de Ar 09 Ajuste 4,0 A 2x10 A
Motor da Cortina de Ar 10 Ajuste 4,0 A
Motor do Ar da Capela - 2x20 A

8
CARACTERÍSTICAS ELÉTRICAS DOS EQUIPAMENTOS
Abaixo um quadro com os equipamentos que compõem este circuito, características
elétricas de projeto, e desempenho em regime de operação.
EQUIPAMENTO POTÊNCIA CORRENTE DE CORRENTE DE
PROJETO OPERAÇÃO
Motor do Ventilador 15 CV – 12,3 KW 37,2 43,4*
do Evaporador
Motor do Compressor 17,20 KW 45,2 42,8
RAP200-MAQ1
Motor do Compressor 15,30 KW 46,9 43,7
RAP200-MAQ2
Motor do Compressor 9,90 KW 31,0 26,9
RAP120-MAQ3
Motor do Ventilador 1,10 KW 3,5 3,2
RAP200-01
Motor do Ventilador 1,10 KW 3,5 4,4
RAP200-02
Motor do Ventilador 0,76 KW 3,0 3,0
RAP120-01
Motor das Cortinas de 2*1,2 HP – 3,22 33,0
Ar 1 a 10 KW
Motor do Compressor 15,40 KW 15,0
Ar da Capela
TOTAL 78,76 kW 218,30

5. CÁLCULO DA QUEDA DE TENSÃO DO ALIMENTADOR


SECUNDÁRIO - 2

Comprimento do circuito da derivação na CP-01 até o QDF-01 (Quadro de Distribuição


na casa de máquinas) 65m
Queda de tensão máxima admissível 5,0%

( )
Onde:
S= Seção transversal do cabo (mm2)
r= Resistividade do Cobre =>1/58 (W*mm2/m)
e(%)= Queda de tensão em percentual
U=tensão entre fases do circuito em (V)
P= Potência total do circuito em (W)
L= Comprimento do lance de cabos em (m)

9
( )

S=72,9 mm2, portanto menor que 95mm2,  OK!

CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE – ALIMENTADOR


SECUNDÁRIO - 2
De acordo com as tabelas 35, 36 e 40 da norma NBR5410:2004 e método de referência
de instalação A1 e A2, da tabela 33 Todos os condutores atendem à tabela 35 quanto às
suas temperaturas características,
Temperatura Temperatura Temperatura
máxima para limite de limite de curto-
Tipo de Isolação serviço contínuo sobrecarga circuito
(condutor) (condutor) (condutor)
ºC ºC ºC
Policoreto de vinila (PVC)
70 100 160
até 300mm2
Tabela 35 – NBR5410:2004
E quanto à sua capacidade de condução de corrente tabela 36. Neste caso específico do
sótão do Santuário coberto por telha de zinco, aos cabos instalados neste local foi
aplicado um fator de correção da temperatura ambiente na capacidade de condução de
corrente dos mesmos.
Temperatura
Isolação
(ºC)
PVC EPR ou XLPE
Ambiente
25 1,06 1,04
35 0,94 0,96
40 0,87 0,91
Tabela 40 – NBR5410:2004
Considerando uma temperatura ambiente em torno de 35 ºC, aplicando a formula de
correção:

Onde:
= Corrente de projeto corrigida em (A)
= Corrente de projeto
= Fator de correção para temperaturas ambientes diferente de 30 ºC;
= Fator de correção para resistividade do solo, caso seja diferente de 2,5 K*m/W;
= Fator de correção de agrupamento (agrupamento de mais de um circuito no mesmo
eletroduto)
Neste estudo será demonstrado somente o cálculo para o Alimentador Secundário-2
Cálculo da corrente de projeto:

10

Cálculo da corrente de projeto corrigida:

6. CÁLCULO DA CORRENTE DE CURTO CIRCUITO PRESUMIDA

Ponto -1 Ponto de entrega de energia – CEMIG


Z*
(A) (A) (A) (mW) (kV)
⁄ ⁄ ⁄ ⁄
- (Fonte CEMIG)
Z* = calculado

Será desprezada a resistência do sistema de fornecimento de energia -


Será considerada somente a reatância reduzida do sistema.


Onde:
Potência de curto circuito no ponto de entrega em (kVA)
Tensão nominal primária no ponto de entrega em (kV)
Corrente de curto circuito simétrica em (A)

kVA

Escolha dos valores de base


Potencia de base = 1000 kVA
Tensão de base = 0,22 kV
Corrente de base

11
̇
= ̇
√ √

(A)
A reatância reduzida será:
e ̅̅̅̅̅

pu

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO ATÉ O PADRÃO DE ENTRADA


Impedância do transformador CEMIG
Mudança de base do transformador para o sistema
Potencia nominal (considerando transformador a ser instalado) - 150 kVA
Impedância percentual - 3,5 %
Perdas ôhmicas no cobre - 2050 W
Tensão nominal - 13,8/220-127 kV/V
Cálculo da Resistência -

( ) (pu)

ou (pu)

( )

( )

( )

Cálculo da Reatância -

( ) (pu ) √ ( )

( )

12
( )

( )

Impedância do circuito de conexão do transformador ao padrão de entrada de


energia -
Cálculo da Resistência -
(W)

(pu)
Onde:
Resistência do condutor, em W/m;
Comprimento do circuito, medido entre os terminais do transformador e o ponto
de conexão com o disjuntor do padrão de entrada em m;
Número de condutores por fase do circuito mencionado.
Cabo utilizado: sintenax flex 0,6/1,0kV, com isolação por composto termoplástico de
PVC flexível SEM CHUMBO, e antichama de seção #2x240mm sendo 2 condutores
por fase, sendo: = (0,0862 +j0,169) W/km.

(W)

(W)

(pu)

(pu)

Cálculo da Reatância -
(W)

(pu)

(W)

(W)

13
(pu)

(pu)
Logo:
(pu)

A impedância do barramento (CM18) que interliga os cabos do ramal de ligação ao


disjuntor é :

(pu)

A impedância total do circuito desde a fonte (secundário do transformador) até o padrão


de entrada é:

̇ (pu)

(pu)

(pu)

̇ (pu)

A corrente de curto circuito simétrica trifásica é:

̇ (kA)
̇

̇ (kA)
( ̇ )

̇ (kA)

A corrente de curto circuito bifásico será:

̇ √
(kA)

14
̇ (kA)

A corrente de curto circuito assimétrica será:

̇ ̇ (kA)

Onde FA = fator de assimetria, determinado segundo a relação

(Tabela)

̇ (kA)

̇ (kA)

Impulso da corrente de curto-circuito será:

√ (kA)

√ (kA)

(kA)

Corrente de curto circuito Fase Terra máxima é:

Cálculo da impedância de sequência zero do circuito que liga o transformador ao Padrão


de entrada de energia.
Para os cabos sintenax flexível isolação em PVC #240mm2 os valores de impedância de
sequência zero são respectivamente:

( ⁄ )
( ⁄

(W)

(W)

(W)

15
(pu)

(pu)

(pu)

(W)

(W)

(W)

(pu)

(pu)

(pu)

̇ (A)
̇ ̇ ̇

̇ (A)
( ) ( ) ( )

̇ (kA)

CONTRIBUIÇÃO DOS MOTORES DE INDUÇÃO NAS CORRENTES DE


FALTA

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO DO PADRÃO DE ENTRADA ATÉ O QD-01

Nota: Devido à magnitude da corrente envolvida no circuito do Alimentador Secundário -2


optou-se por um detalhamento do cálculo para presumir a real influência deste circuito no
comportamento global do sistema. Para o Alimentador Secundário -1 será adotado o método
simplificado para cálculo da corrente de curto circuito.

16
Impedância do circuito de conexão do Padrão de Entrada até o quadro de
distribuição QD-01 -

Neste percurso de circuito temos:


Seção do cabo Comprimento do Sequência positiva
circuito
2
mm m R1 (m W/m) X1 (m W/m)
95 50 0,2522 0,175
120 2x9 0,1697 0,173
185 35 0,1214 0,171

Como método de simplificação foi utilizado nos cálculos um comprimento de circuito


que corresponde à média ponderada dos cabos com seus respectivos comprimentos e
seções (25,7 m), e a seção considerada para efeito de utilização dos valores de sequência
positiva será utilizada a média geométrica (#173,33mm2) das seções dos cabos
utilizados e seu respectivo valor, resultado de interpolação exponencial dos valores
utilizados.

( ⁄ )
( ⁄

(W)

(W)

(pu)

(pu)

(W)

(W)

(pu)

(pu)

17
Impedância equivalente do agrupamento de motores.

Por se tratar de um sistema de ar condicionado onde todas as máquinas funcionarão


100% do tempo quando em operação, será considerado um fator de demanda de 100%,
consequentemente a soma das potências de todos os motores.
Potência dos motores: 78,76 kW
Fator de potência médio: 0,85
Rendimento médio: 0,85

(W)

(W)

( )

Resistência

Reatância

( )

(pu)

Impedância equivalente até o ponto de defeito considerado, ou seja, a conexão dos


cabos ao disjuntor do QD-01.

̇ ̇ ̇ (pu)

̇ (pu)

̇ (pu)

A corrente de curto circuito simétrica trifásica com a contribuição dos motores,


será:

̇ (kA)
( ̇ )

18
(kA)

A corrente de curto circuito bifásico com a contribuição dos motores será:

̇ √
(kA)

̇ (kA)

A corrente de curto circuito assimétrica com a contribuição dos motores será:

̇ ̇ (kA)

Onde FA = fator de assimetria, determinado segundo a relação

(Tabela, valor interpolado)

̇ (kA)

̇ (kA)

Impulso da corrente de curto-circuito com a contribuição dos motores será:

√ (kA)

√ (kA)

(kA)

Corrente de curto circuito do Alimentador Secundário -1

Pelo método simplificado utilizaremos a corrente nominal do disjuntor de proteção do


Alimentador Secundário – 1, instalado na CD-1.
A impedância do circuito será:

( )

( )

19
( )

( )

Impedância equivalente dos circuitos dos Alimentadores Secundários 1 e 2, será:

( )
( )
( )

( )

A corrente de curto circuito simétrica trifásica considerando os dois alimentadores


secundários, será:

̇ (kA)
( ̇ )

(kA)

7. AJUSTE DO DISJUNTOR GERAL DO PADRÃO DE ENTRADA

Conforme catálogos anexos do fabricante do disjuntor (GE-Spectra) podemos observar


que a corrente de serviço do disjuntor, ou seja; A CORRENTE DE CURTO
CIRCUITO DE SERVIÇO NA QUAL O DISJUNTOR ATUARÁ E VOLTARÁ A
FUNCIONAR NORMALMENTE,L deverá ser maior que 16,94 KA, o disjuntor
escolhido foi o de frame SGL com Icu=65kA e Ics=33kA, o próximo disjuntor abaixo
desse seria o de frame SGH com Icu=25kA, porem o Ics=17 kA, ou seja um valor
muito próximo à corrente de impulso do circuito na pior situação.

Com base na relação X/R do circuito, considerando a impedância equivalente do


circuito com os dois alimentadores secundário em operação, e o maior valor da corrente
de curto-circuito simétrica calculada, ou seja:

,e

̇ (kA)

Com base nesses dados calculemos a corrente de curto circuito em seu valor de crista
depois de decorrido 1/4 de ciclo do início do defeito que ocorreu quando a tensão
passava por zero no sentido crescente (ou seja, a pior condição)

20
( )

Onde: = é o coeficiente de amortecimento da componente contínua da corrente de


curto-circuito.

( )

Temos que: 1 rad = 57,2958º


Para ângulo de tempo considerando 1/4 de ciclo decorrido após o defeito, temos:

( )

( )

O ângulo que mede a relação entre a reatância e a resistência do sistema - –é


calculado por
( )
Conforme exposto anteriormente o momento crítico do acontecimento do curto-circuito
é quando a tensão passa pelo ponto zero, ou seja,

Logo a corrente de curto-circuito para 1/4 de ciclo decorrido, depois do instante da falta
será:

( ) √ ( ( ) ( )) ( )

( ) √ ( ( ) ( )) ( )

( ) ( )

O ajuste deverá ser o máximo 4080 (A)

21
8. QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA:

QD-01 – QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO PARA O SISTEMA DE AR


CONDICIONADO
O QD-01 está instalado na casa de máquinas no pavimento laje do Santuário, este
quadro novo abrigará os disjuntores de proteção dos motores das máquinas do sistema
de ar condicionado sendo:

EQUIPAMENTO DISJUNTOR
Motor do Ventilador do 3ᴓ 50 A – Curva “C” –
Evaporador Icc 10 kA
Motor do Compressor 3ᴓ 40 A – Curva “C” –
RAP120-01 Icc 10 kA
Motor do Compressor 3ᴓ 60 A – Curva “C” –
RAP200-01 Icc 10 kA
Motor do Compressor 3ᴓ 60 A – Curva “C” –
RAP200-02 Icc 10 kA
Motor do Ventilador
RAP120-01
Figura 9-QD-01- Montagem final.
Motor do Ventilador 3ᴓ 15 A – Curva “C” –
RAP200-01 Icc 10 kA
Motor do Ventilador
Os relés térmicos e contatores
RAP200-02
de partida dos motores dos
Motor das Cortinas de Ar 3ᴓ 10 A – Curva “C” – ventiladores das
01 e 02 Icc 10 kA condensadoras estão alojados
Motor das Cortinas de Ar 3ᴓ 10 A – Curva “C” – nas próprias máquinas. Para
03 e 04 Icc 10 kA as cortinas de ar os reles
Motor das Cortinas de Ar 3ᴓ 10 A – Curva “C” – térmicos estão instalados nas
05 e 06 Icc 10 kA caixas de conexões CC-01,
Motor das Cortinas de Ar 3ᴓ 10 A – Curva “C” – CC-02, CC-03, CC-04. Os
07 e 08 Icc 10 kA demais quadros de
Motor das Cortinas de Ar 3ᴓ 10 A – Curva “C” –
09 e 10 Icc 10 kA
Motor do Compressor Ar 3ᴓ 20 A – Curva “C” –
da Capela Icc 10 kA

distribuição existentes foram mantidos.


O circuito do sistema de som foi alterado para 220V, para
reduzir a corrente de operação do circuito, dessa forma
podemos manter a bitola existente nos cabos do circuito,
foi acrescido no quadro de distribuição QD-03 na sala do
dízimo um dispositivo de proteção contra surtos, para
garantir proteção adicional ao sistema de som, em casos Figura 10 - CC-01 Caixa de conexões e
de sobre corrente ou sobre tensão na alimentação. proteção- rele térmicos cortinas de ar

22
O sistema de aterramento desse circuito foi refeito sendo interligado ao aterramento
geral.

PROTEÇÃO CONTRA CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO E CORRENTES


DE SOBRECARGA

Além dos componentes recomendados


pela Hitachi conforme des. ESQUEMA
ELÉTRICO HLT1303 foi acrescentado
relês térmicos para todos os motores,
proteção através de fusíveis diazed
corrente nominal 1,45In do motor, os
disjuntores são dimensionados para
1,25In do motor e 1,15In do motor para
os reles térmicos.

9. QUADRO ANUNCIADOR DE
ALARMES

O funcionamento das máquinas são


como segue:
Após fechar a chave liga/desliga no QA-
01 os terminais A1 e A2 da bobina do
contator CMFE (Contato do Motor do
Ventilador do Evaporador) são
Figura 11 - Chave de partida do motor do evaporador energizados fechando os contatos de
adaptada para série-paralelo, durante montagem. força do contator CMFE (Contator do
Motor do Ventilador do Evaporador), é
dada a partida no Evaporador e começa a circular ar pelo sistema. O sensor de
temperatura interna do compressor habilita a atuação do circuito de comando dos
estágios após contagem do tempo pelo temporizador TR, na sequencia os contatores de
partida do compressor e ventilador do condensador, são acionados ligando os dois ciclos
simultaneamente. Apartir do momento que o ar de retorno vai informando o estado da
temperatura do ambiente, os ciclos vão desligando ou ligando conforme estipulado pelo
controlador de temperatura.

23
QUADRO ANUNCIADOR DE ALARMES QA-01

Neste quadro estão os comandos do sistema de ar condicionado, as lâmpadas de


sinalização de estado ligado – verde – para o ar condicionado, e estado defeito –
vermelho – para sobrecarga do motor do Evaporador – EVA-01, sobrecarga do motor
do compressor e ventilador das máquinas RAP120-01, RAP200-01 E RAP200-02.
As chaves de comando, liga/desliga do sistema de iluminação e ventiladores do
Santuário, e contatores de comando dos grupos de iluminação e grupo de ventiladores.

24
Governador Valadares, 2 de junho de 2016

RT. Clezio de Souza Rocha


Engenheiro Eletricista – CREA-MG 59820/D

25
ANEXO 1
CÁLCULO DA CARGA TÉRMICA DO SANTUÁRIO
A edificação é de alvenaria, com um layout em formato de cruz, coberta por um telhado
de telha galvaluminio sobre uma laje de concreto maciço, no lado interno um forro de
gesso performando um pé-direito de 6,80m. Está situada numa cidade do Hemisfério
Sul, (Governador Valadares) localização:
Latitude - 18º 51’ 04” Sul
Longitude - 41º 56’ 58” Norte
Altitude 198 m
Condições externas para projeto 38 ºC BS
27 ºC BU
Sendo a amplitude diária (daily range) de 7 ºC (∆Tdia).
A iluminação é predominantemente fluorescente eletrônica, três canhões de LED, e dois
refletores HMI, a taxa de iluminação considerada será de:
30 W/m²
A proteção contra insolação das janelas e portas de vidro é externa por intermédio de
brises de alvenaria protudentes ao longo de todo o pé-direito externo.
As condições a atingir são:
Temperatura: 22 ºC
Umidade relativa 55%

DADOS DA EDIFICAÇÃO

Pé direito 6,80 m
Área total 591 m2
Área de Janelas de vidro 32,14 m2
Area de vidro sobre as portas 102,0 m2
Área de portas 52,5 m2

SOLUÇÃO

Determinação do dia e hora para cálculo da carga térmica máxima


Os horários de maior ocupação do recinto são:
6:30 às 8:30
8:00 às 12:00 Domingo 9 h/dia
18:00 às 21:00
Supondo que a carga térmica dos ocupantes e iluminação é constante, conclui-se que a
carga térmica será máxima quando o ganho de calor devido à insolação e a transmissão
de calor forem máximos, já que estas são as parcelas variáveis com o tempo.
As fachadas são iguais e livres de obstáculos em quatro lados Oeste (aba do edifico do
lado de Santa Rita), e Sudoeste (saída para o pátio de festas), Norte (aba do edifico do
lado de Santo Antônio) e Noroeste (entrada principal Washington Luiz), observando a
planta baixa da edificação constata-se que estas fachadas são as mais propicias a
receberam maior índice de insolação e consequentemente maior carga térmica.

26
As fachadas Leste (aba do altar e pia batismal) e Sul (aba do lado de Nossa Senhora)
possuem obstáculos (construções) que contribuem para a redução da insolação.

PICO DE RADIAÇÃO SOLAR ATRAVÉS DOS VIDROS

Obtenção dos dados para determinar o índice de correção de It


Fachada Oeste
Máximo em Dezembro It 433 kcal / h.m2
Latitude 20 S
(Dado tabelado)
Fachada NE
Latitude 20 S dia 22 de Dezembro às 16:00hs
Junho
It = 398
(Dado tabelado)
Vale a pena lembrar que a temperatura do ar exterior e ponto de orvalho variam durante
as horas do dia atingindo um valor máximo de 35 ºC por volta das 15:00 hs, e em
função da amplitude diária (Dtdia), calcula-se as correções da temperatura do ar exterior
para o horário de pico de insolação encontrado, ou seja 16:00hs.

Dtdia 7 C
T(ext)BS 35 ºC às 15:00 horas

Através de dados tabelados, e interpolando os valores o novo valor para a temperatura


de bulbo seco do ar exterior será:

Dtdia 7 C
T(ext)BS 34,8 ºC às 16:00 horas

Logo o DT a ser removido será:


T(ext) - T(int) 34,8 – 22,0 = 12,8 ºC

Correção da insolação para a fachada Oeste (aba lado Santa Rita)

BS 34,8 ºC às 16:00 horas


às 16:00 hs
BU 27 – 0,2 = 26,8 ºC

Consultando uma Carta Psicrométrica determina-se a temperatura de orvalho:

Torv = 23,5 ºC

O valor de It corrigido ser portanto:

27
It(cor) = 433 * 1,17 * (1 – {(23,5 – 19,5) / 10}) * (1 + {(198 / 300) * 0,007})
It(cor) = 498,8 kcal/h.m2
Esta formula considera as seguintes parcelas:
Estrutura das janelas – aço = 1,17 (tabelado)
Ponto de orvalho acima de 19,5 ºC = (1 – {(23,5 – 19,5) / 10}) (corrigido)
Altitude = (1 + {(198 / 300) * 0,007}) (corrigido)

CALCULO DAS PARCELAS QUE VÃO INDICAR A HORA DA MÁXIMA


CARGA TÉRMICA

1. Insolação nas janelas da fachada Noroeste (portas de saída para pátio de festas)

Q1 = It * A * ϕ * a

Área das janelas 6 * 0,6 * 6,80 = 24,48 m2


Área das portas 2 * 3,00 * 6,80 = 40,80 m2
Área Total 65,28 m2
Fator de redução do vidro (ϕ)
Vidro comum com defletor externo colorido azul 0,60
Fator de armazenamento (a) (tabelado)
Janela sombreada
Operação 12h/dia
Construção média (500 kg/m2)

Hora 13:00 14:00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00


a 0,42 0,48 0,50 0,53 0,51 0,44 0,25

Q1(NO) = 498,8 * 65,28 * 0,60 *0,53


Q1(NO) = 10.354,61 kcal/h

2. Transmissão de calor através dos vidros das janelas/portas (portas de saída para
pátio de festas)

Q2(NO) = U * A * (Text – Tint)

U = Coeficiente global para transmissão de calor para vidro 3,0 mm de espessura

U = 5,582 kcal / h * m2 * ºC

Q2(NO) = 5,582 * 65,28 * 12,8


Q2(NO) = 4.664,14 kcal/h

3. Insolação e transmissão de calor na parede Noroeste (portas de saída para pátio


de festas)

28
Q3(NO) = U * A * DTe

U = Coeficiente global para parede externa (tabelado). Foi considerado parede de 25 cm


de espessura sendo necessário uma interpolação entre os valores da tabela
U = 1,7527
A => área de parede = 53,68 m2
DTe = Diferença de temperatura equivalente (tabelado) para latitude 40º N no mês de
Julho, que equivale ao mês de Janeiro, na latitude 40º S. Para latitudes diferentes,
corrigir por:

DTe = DTes + b(Rs/Rm) * (DTem – Dtes)

DTes e DTem deverão ser corrigidos em função da amplitude diária e da diferença (Text
– Tint) às 15:00hs, através de tabelas,
(Text – Tint) = 35 – 22 = 13 ºC
Assim para:
DTdia = 7 ºC

Portanto a correção para DTes ou DTem, com os seguintes dados:


Fachada Noroeste (laitude Sul) e Sudoeste (latitude Norte)
DTem Hora desejada 16:00hs
Peso da parede 300 kg/m2 (parede de tijolos furados 20 cm)
DTem = + 6,7 ºC (valor para correção)
Das tabelas obtem-se:
DTem = 17,8 ºC e DTes = 5,5

DTem(corrigido) = 17,8 + 6,7 = 24,5 ºC


DTes(corrigido) = 5,5 + 6,7 = 12,2 ºC
Rs = Pico de radiação para a fachada Noroeste, 20º S, às 16:00hs no dia 22 de
Dezembro
Rs = 149 kcal/h * m2
Rm = Pico de radiação para a fachada Noroeste 40º em 21 de Janeiro
Rs = 301 kcal/h * m2
Portanto:
DTe = 18,3 ºC

Q3(NO) = 1,7527 * 53,68 * 18,3


Q3(NO) = 1721,72 kcal/h

GANHO DE CALOR TOTAL DAS PAREDE E VIDROS - NOROESTE


(PORTAS PARA PÁTIO DE FESTAS)

QT(NO) = Q1 + Q2 + Q3

29
QT(NO) = 10.354,61 + 4.664,14 + 1721,72
QT(NO) = 16.740,47 kcal/h
Para as paredes Nordeste (entrada principal Washington Luiz) consideraremos os
mesmos valores, ou QT(NE) = 16.740,47 kcal/h, para as paredes Sudoeste e Sudeste
(lado Sacristia e lado Capela), consideraremos 70%, ou seja: QT(SO/SE) = 0,7 QT(NE.
Portanto a carga total de ganho de calor para paredes e vidros será:
QT(par,vid) = QT(NO) + QT(NE) + 0,7QT(NO) + 0,7QT(NO)
QT(par,vid) = 16.740,47 + 16.740,47 + (0,7 * 16.740,47) + (0,7 * 16.740,47)
QT(par,vid) = 56917,60 kcal/h

CARGAS INTERNAS

1. Iiluminação

Lâmpadas fluorescentes
Q4.1 = n * (1 + r) PL * 0,86
Onde:
n = número de lâmpadas
PL = Potência da lâmpada em (W)
r = corresponde à porcentagem de calor dissipado pelos reatores, sendo:
r = 0,250 para reatores eletromagnéticos, e
r = 0,075 para reatores eletrônicos
Q4.1 = 16 * (1 + 0,075) * 40 * 0,86
Q4.1 = 591,68 kcal/h

Lâmpadas de descarga
Q4.2 = 2 * (1 + 0,125) * 150 * 0,86
Q4.2 = 290,25 kcal/h

Demais lâmpadas fluorescentes


Q4.3 = 9 * (1 + 0,075) * 15 * 0,86
Q4.3 = 124,81 kcal/h

Q4 = Q4.1 + Q4.2 + Q4.3


Q4 = 591,68 + 290,25 + 124,81
Q4 = 1006,74 kcal/h

2. Calor liberado pelos aparelhos eletrônicos e instrumentos musicais

Considerando uma potência de som de aproximadamente 10kW, e 1kW dos demais


instrumentos, totaliza-se 11kW, e considerando uma liberação de 860 kcal/kW (NBR
6401), de calor sensível temos:

Q5 = 11 * 860

30
Q5 = 9460 kcal/h

3. Calor sensível liberado pelos ocupantes

Qsp = n * S,
Onde:
n = número de ocupantes;
S = Calor sensível liberado por ocupantes que depende da temperatura ambiente e da
atividade, valor tabelado NBR 6401.

A ocupação do recinto será considerada 0,75 m2/pessoa NBR 6401.


Calor liberado por pessoa, considerando o metabolismo de um homem adulto igual a 98
kcal/h

Qsp = 595 * 0,9 * 0,75 * 98


Qsp = 39.359,25 kcal/h
(Obs. Considerando uma taxa de ocupação de 90% da área num dia mais critico)

Calor latente interno do recinto

QL = n * L
Onde:
N = número de ocupantes, e
L = Calor latente liberado por ocupante (NBR 6401)

QL = 595 * 0,9 * 0,75 * 44


QL = 17.671,50 kcal/h

Qs = Q4 + Q5 + Qsp
Qs = 1006,74 + 9460 + 39.359,25
Qs = 49.825,99 kcal/h, e
QL = 17.671,50 kcal/h

4. Teto
Considerando que há um rebaixamento de gesso o ganho de calor será somente 80% do
calculado, logo:
U=
Q6 = 0,8 * [U A {(Text − Tint) − 3ºC}]
Q6 = 0,8 * [2,0 * 595 * {(35 - 22) − 3ºC}]
Q6 = 9520 kcal/h

Cálculo Final

QTsen = QT(par,vid) + Qs + Q6

31
QTsen = 56917,60 + 49.825,99 + 11.900
QTsen = 118643,59 kcal/h

Outros ganhos de calor sensível

Ganho de calor nos dutos


5 % de QTsen
Vazamento de ar nos dutos

Calor do Ventilador
Calor dos componentes elétricos de proteção 5 % de QTsen
e manobras na casas de máquinas

Assim este componentes representam 10 % de QTsen, ou seja;

QTsen ,final = 118643,59 * 1,10


QTsen ,final = 130507,95 kcal/h

Calculo da Capacidade Frigorifica do Condicionador de Ar

BS = 34,8 ºC
Condições do ar exterior às 16:00hs Wext = 19,4 g/kg
BU = 26,8 ºC

BS = 22,0 ºC
Condições do ar interior Wext = 8,7 g/kg
55 % UR
3
Vazão de ar exterior de ventilação = 25 m / pessoa
Vext = 595 * 0,9 * 0,75 * 25
Vext = 10040,63 m3/h

Calor sensível efetivo do recinto

QSef = QTsen ,final + {Vext * ρar * cp,ar * (Text − Tint ) * .b}


Onde:
cp,ar => calor específico à pressão constante do ar, = 1,0048 kJ/kg ºC
ρar => densidade do ar ao nível do mar, = 1,201 kg/m3

QSef = 130507,95 + {10040,63 * 1,16 * 1,0048 * (35 – 22) * 0,20}


QSef = 160935,85 kcal/h
Calor latente efetivo do recinto
QLef = 1,05 * QL + {Vext * ρar * clv * (wext − wint ) * .b}
Onde:
clv => calor latente de vaporização da água líquida, = 2,4535.103 kJ/kg

32
wext, wint => umidade absoluta

QLef = 1,05 * 17.671,50 + {10040,63 * 1,16 * 0,24535 * (0,0194 –


0,0087) * 0,20}
QLef = 18561,19 kcal/h

Fator de calor sensível do recinto

(fcs)ef = calor sensível efetivo


calor total efetivo
(fcs)ef = ( 160935,85 )
160935,85 + 18561,19

(fcs)ef = 0,897

Cálculo da potência do condicionador

Qo = 130507,95 + 24670,39 + {(0,2 * 10040,63 * 1,06 * 1,0048 * (35 – 22)) +


(0,2 * 10040,63 1,16 * 0,24535 * (0,0194 – 0,0087))}

Em BTU’s Qo = (160935,85 + 18561,19) * 3,965667


Qo = 711825 BTU

Em TR’s Qo = (160935,85 + 18561,19) / 3024


Qo = 59,36 TR

Calculo da vazão de ar

(fcs)ef = 0,897 ponto de orvalho do aparelho


Com a carga sensível efetiva, tem-se:

( )

( )

m3/h

DADOS PARA SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO A SER INSTALADO

VAZÃO DE AR = 62761m3/h
POTÊNCIA FRIGORÍFICA = 59,36 TR
FATOR DE BY-PASS = 0,20
TADP = 11,3 ºC

33
DADOS DO EQUIPAMENTO EXISTENTE

VAZÃO DE AR = 34000m3/h
POTÊNCIA FRIGORÍFICA = 50 TR
FATOR DE BY-PASS = não informado
TADP = 11,3 ºC
Fonte: Manual Hitachi unidades modulares linha RVT/RTC e RUV/RUT

34
ANEXO 2

DISJUNTOR ELETRÔNICO GE – SPECTRA RMS

ANEXO 3
COMPARCO – CORTINA DE AR DADOS TÉCNICOS

ANEXO 4
RELES TÉRMICOS ELETRONICOS GE

ANEXO 5

RELES DE SOBRECARGA TÉRMICA SCHNEIDER


ANEXO 6

MOTORES VOGES DADOS TÉCNICOS

ANEXO 7
SOLICITAÇÃO DE OPÇÃO DE ATENDIMENTO EM BAIXA TENSÃO

ANEXO 8

SOLICITAÇÃO DE ANÁLISE DE CARGA


* Campos obrigatórios

ANEXO 9

DESENHOS

35
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES REALIZADAS NO SISTEMA DE AR
CONDICIONADO

Adequação da alimentação elétrica do sistema


Inclusão de um circuito de monitoramento e alarme de defeito dos
principais equipamentos do sistema
Alteração do ponto de amostragem do ar tratado insuflado. Foi retirado
o sensor e controlador de temperatura da casa de máquinas e instalado
no interior do Santuário.
Ajuste das aletas dos difusores de ar tratado para a nave do Santuário
Substituição da polia motora do motor do evaporador para aumento da
velocidade e consequente aumento da vazão de ar insuflado no interior
do Santuário.
Instalação de coxins de borracha nos suportes dos dutos de saída do
evaporador para reduzir a transmissão de vibração para a laje do
Santuário
Recondicionamento do isolamento térmico das tubulações frigorígenas
das máquinas condensadoras

BIBLIOGRAFIA
Instalações Elétricas – Helio Creder 11ª Edição
Instalações Elétricas Industriais – João Mamede Filho 3 ª Edição
Apostila Ar Condicionado – ENG176 REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO –
UFBA – Prof. Dr.Marcelo José Pirani
Manual do Usuário – Projeto, Instalação, Proprietário, Operação – HITACHI
Programa de Formação Técnica Continua – Os efeitos do Curto-Circuito - Schneider

36

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