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RELATO DE EXPERIÊNCIA
SOBRAL-CE
MAIO/2018
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RELATO DE EXPERIÊNCIA
Trabalho apresentado pela equipe de alunos para obtenção de nota para Avaliação
Parcial na disciplina de Direito Constitucional II, em primeiro semestre de 2018.
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Professor Orientador: Dr. Marcus Pinto Aguiar
CONCEITO: _____________
SOBRAL-CE
MAIO/2018
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 3
2 CONTEXTO DA INSTITUIÇÃO/EQUIPAMENTO............................................... 4
3 DESCRIÇÃO DA VISITA EXECUTADA.............................................................. 7
4 DO DIREITO FUNDAMENTAL GARANTIDO PELA INSTITUIÇÃO.................. 8
4.1 ACORDOS E TRATADOS INTERNACIONAIS ..................................... 8
4.1.1 O surgimento da Lei Maria da Penha 9
4.2 A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA COMO VALOR
FUNDAMENTAL A PROTEÇÃO DA MULHER ........................................... 11
4.3 DIREITO À VIDA .................................................................................. 13
4.3.1 Direito a uma vida sem violência ......................................... 14
5 RESUTADOS ...................................................................................................... 17
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 19
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1 INTRODUÇÃO
Flairton Marcelo Vale
Aos 2 (dois) dias do mês de maio de 2018, com o objetivo de verificar a política
de atendimento em defesa dos direitos da mulher, nós, alunos do 3º semestre do
curso de Direito noturno, do Centro Universitário INTA, realizamos visita à Delegacia
Especializada de Atendimento à Mulher de Sobral - CE, através dos seguintes
acadêmicos: Daniele Feijão Matos, Luiz Araújo Pontes Júnior, Islana Kelly Araújo
Rodrigues e Flairton Marcelo Vale. Chegando à Delegacia da Mulher, encontramos o
inspetor chefe, Dewayne Mesquita Sousa, a quem agradecemos pela receptividade
e pela valiosa entrevista com relatos do dia a dia da instituição. Indagamos ao
inspetor sobre o funcionamento da Delegacia, informou que tinha consciência das
deficiências existentes, porém fazia o possível para desenvolver suas atividades da
melhor forma. Ato continuo, prosseguimos a entrevista, onde abordamos os
seguintes questionamentos: Lei Maria da Penha e a sua importância para efetivação
dos Direitos Humanos; como proceder em casos de violação do referido diploma
legal; como é realizado o apoio a vitima; como os profissionais lotados na DDM
enxergam as recentes mudanças na lei 11.340/2006; indagamos ainda acerca dos
dados estatísticos da instituição; para concluir a entrevista, passamos a fala ao
entrevistado para considerações finais, e ele o- usou para reafirmar os objetivos da
especializada, dirigiu – se as mulheres - já que estávamos gravando em mídia
digital - para que não deixassem de procurar a Delegacia em casos de violação de
direitos, assegurou que, as mesmas contarão com apoio irrestrito do órgão.
Finalizamos a entrevista. Logo após, o inspetor Dewayne nos mostrou toda a
estrutura física do equipamento, nos apresentou aos demais profissionais lotados
naquela especializada, inclusive a Delegada Titular da DDM, Dra. Adriana Melo
Soares Savi, no entanto, por problemas de saúde da mesma, não foi possível
entrevista-la. Concluindo a visita, restou constatado que a Delegacia atua de forma
satisfatória no enfretamento à violência contra a mulher, e que apesar das suas
limitações físicas e/ou de pessoal, ali é desenvolvido um trabalho imprescindível
para a garantia dos direitos fundamentais e humanos.
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O desrespeito aos direitos das mulheres é um fato que ocorre no mundo inteiro.
Não existindo nenhuma distinção de idade, classe social ou grau de instrução, nem
de raça ou orientação sexual. A ideia de que a mulher é sexo frágil, submissa e
inferior ao homem, vem desde os primórdios da civilização. Contudo, essa
concepção ao longo do tempo tem se modificado e a realidade surge com a mulher
buscando ser reconhecida e valorizada no mesmo nível que o homem, sendo ambos
detentores de direitos e que por isso devem ser tratados de forma igualitária como
manda a Constituição Federal brasileira.
Para modificar esse cenário de violência e abusos surgiram vários movimentos
que cobravam a igualdade de direitos tantos sociais quanto fundamentais para
homens e mulheres e, leis que garantissem proteção à sua dignidade.
A violência doméstica e familiar contra a mulher é um fenômeno histórico.
Havia a figura patriarcal, em que o pai era o eixo da família e todos os demais eram
submissos a ele, o homem crescia com a ideia de que também quando chegasse a
fase adulta iria se tornar aquela figura, e sua mulher, consequentemente será
submissa. Assim, a mulher era tida como um ser sem expressão, que não podia
manifestar a sua vontade, e por isso sempre foi discriminada, humilhada e
desprezada.
Por mais que a sociedade lute para não haja desigualdade entre homens
e mulheres, como visa a própria Constituição Federal, ainda é cultivada essa ideia
da família patriarcal e de desigualdade entre os sexos, assim, como consequência a
criança que cresce vendo sua mãe sendo vítima da violência doméstica, e considera
a situação natural.
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Trabalho Interministerial que elaborou o projeto foi criado pelo Decreto 5.030/2004, e
tinha a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres como coordenadora.
A Deputada Jandira Feghali, relatora do projeto da Lei contra a violência
doméstica realizou audiências públicas em vários Estados, foram feitas alterações e
o Senado Federal substituiu o projeto original (PLC 37/2006), após a Lei nº 11.340
foi sancionada pelo Presidente da República em 07 de agosto de 2006, e está em
vigor desde 22 de setembro de 2006.
“Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
O histórico de luta das mulheres nos mostra que nem sempre seus direitos
eram garantidos. Foram necessários movimentos feministas que reivindicassem
essas garantias essenciais à vida com dignidade. Nesse sentido, foram criados
mecanismos que asseguram às mulheres proteção especial, considerando a
fragilidade que possuíam em relação ao sexo masculino.
Um desses meios utilizados pelo poder público a fim de propiciar a garantia dos
direitos protegidos pela Lei 11.340/06 é a Delegacia de Defesa da Mulher. Uma
delegacia especializada que busca efetivar os direitos adquiridos na Lei Maria da
Penha.
As Delegacias de Defesa da Mulher integram a estrutura da Polícia Civil, que é
um órgão do Sistema de Segurança Pública de cada estado e tem como finalidade o
atendimento especializado à mulher em situação de violência de gênero.
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prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos; determinar a
separação de corpos.
A DDE da cidade de Sobral, no estado do Ceará, atende mulheres da
comunidade e de distritos adjacentes, buscando levar a punição dos agressores dos
inúmeros casos existentes de violência contra a mulher, assim como inibir novos
casos. Na delegacia é feito o atendimento às vítimas, orientação sobre os
procedimentos e encaminhamento para órgãos especializados conforme a
necessidade. Assegurando que os direitos da mulher sejam protegidos, sobretudo o
direito à vida e sua integridade.
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5 RESULTADOS
Luiz Araújo Pontes Júnior
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho buscou apresentar a luta pelos direitos das mulheres, ligado
intrinsicamente à Lei Maria da Penha. Verificou-se que a Delegacia da Mulher é a
instituição estruturante de todo o trabalho jurídico de proteção às vítimas de
violência doméstica.
A Delegacia de Defesa dos Direitos da Mulher é uma Instituição séria que
procura garantir a efetivação da Lei Maria da Penha, bem como dar celeridade aos
processos investigativos e de recepção de denúncias.
A Instituição procura sempre fazer seu papel na sociedade de tornar a
legislação efetiva e válida, bem como assegurar a mulheres e transexuais direitos
fundamentais garantidos pela Constituição Federal de 1988.
O trabalho serve também de base para futuros estudos vinculados à Lei Maria
da Penha; os Direitos Fundamentais e a Delegacia de Defesa dos Direitos da
Mulher.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 24.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
p.35.
PAULO, V.; MARCELO, A.; Direito Constitucional Descomplicado: 14. Ed. Rio de
Janeiro: Forense; São Paulo: Método: 2015.