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Manual de Revestimentos de Argamassas PDF
Manual de Revestimentos de Argamassas PDF
Revestimentos
de Argamassa
Créditos
Textos
Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP)
Eng. Bruno Szlak
Enga. Eliana Taniguti
Enga. Elza Nakakura
Enga. Érika Mota
Enga. Mércia Bottura
Eng. Valter Frigieri
Contribuições técnicas
Associação Brasileira de Argamassa Industrializada (ABAI)
Eng. Adilson Schiavoni
Ana Starka
Eng. Arnaldo Battagin
Enga. Giselle Martins
Eng. Marcelo Coutinho
Eng. Pedro Bastos
Enga. Rubiane Antunes
Ilustrações
Malu Dias Marques – Drops Produções e Design
Diagramação
Maria Alice Gonzales - Drops Produções e Design
Capa e Divisórias
Azul Publicidade & Propaganda S/C Ltda.
Objetivos do manual
Custos
Produtividade
Introdução
Manual de revestimentos:
Ferramenta de um processo sistêmico
Revestimentos
Argamassas para revestimento
Materiais Constituintes
Características e Propriedades
Revestimentos
Revestimentos
O revestimento de argamassa pode ser entendido como a
proteção de uma superfície porosa com uma ou mais
camadas superpostas, com espessura normalmente
uniforme, resultando em uma superfície apta a receber de
Nota
maneira adequada uma decoração final.
Muitas vezes, as funções
do revestimento ficam
As principais funções de um revestimento de argamassa são:
comprometidas devido ao
desaprumo decorrente da falta
• proteger a base, usualmente de alvenaria e a estrutura
de cuidado, no momento da
da ação direta dos agentes agressivos contribuindo
execução da estrutura e
para o isolamento termoacústico e a estanqueidade à
alvenaria, fazendo com que
água e aos gases;
seja necessário “esconder na
• permitir que o acabamento final resulte numa
massa” as imperfeições.
base regular, adequada ao recebimento de outros
revestimentos, de acordo com o projeto arquitetônico,
por meio da regularização dos elementos de vedação.
Chapisco
Emboço
Reboco
Cimento Portland
Cal Hidratada
Porosidade - Aumenta -
Redutores de água (plastificante) São utilizados para melhorar a trabalhabilidade da argamassa sem alterar
a quantidade de água.
Características e propriedades
Capacidade de Aderência
Aderência inadequada entre o revestimento e o substrato Aderência inadequada entre o revestimento e o substrato
devido a baixa porosidade do substrato devido aos capilares sem força de sucção
Aderência inadequada entre o revestimento e o substrato Aderência inadequada entre o revestimento e o substrato
devido à existência de macroporos no substrato devido ao excesso de microporos no substrato
Argamassa com alto teor de cimento provocando fissuras na superfície por retração na secagem
Argamassa com baixo teor de cimento sem provocar fissuras na superfície mas com falhas na interface pasta/agregado
irá aumentar o consumo de água de amassamento e com isto, Para que ocorra a penetração
São fatores que podem regular a perda de água do e uma força para mover a
argamassa perder água, tanto melhor será para a resistência destas condições é eliminada,
Técnica de execução
Estanqueidade
Propriedades da superfície
Durabilidade
Via Seca
Via Úmida
Desperdício de materiais
Produzida em central Caso o planejamento e a utilização sejam corretos, ou seja, a quantidade pedida
é efetivamente utilizada, o índice de perdas do material tende a ser baixo
Ensacada Por não haver estoque de matérias-primas, a tendência é que haja pequena
perda de materiais, até porque há eliminação de etapas de manuseio.
Silos Pode-se avaliar que para os sistemas de silo com transporte em via seca,
a perda praticamente inexiste, já que o material fica lacrado no silo e é
misturado em seu local de aplicação. Já para a via úmida, pode haver
maior perda no transporte.
Ensacada Por ser apenas um item a ser controlado, fica mais fácil de ser gerido
do que os diversos itens que compõem a argamassa
Silos Deve-se atentar para que não falte material nos silos, uma vez que a
reposição não é imediata
Produzida em canteiro Tem que estar no contexto da logística do canteiro de obras como um todo.
Por ser uma área grande e que abastece todos os locais da obra, deve ser
escolhida com extremo cuidado. Provoca intenso tráfego de caminhões de
abastecimento de insumos que devem ter acesso facilitado
Produzida em central Não há produção na obra, mas é necessário prever local adequado para Argamassa
o abastecimento
Silos Dependendo do sistema, a mistura final pode ocorrer na base do silo (via
úmida), ou no local de aplicação (via seca). Na base do silo, há a vantagem
de se ter apenas um ponto de abastecimento de água, mas o equipamento
de elevação é mais pesado, gerando um consumo maior de energia para o
transporte. Já para o sistema de via seca, há a necessidade de abastecer
cada ponto de aplicação com água e energia, no entanto o consumo de
energia é minimizado
Perdas no transporte
Silos Não há perdas no transporte, a não ser na via úmida, onde os resíduos que
permanecem na tubulação representam valor a ser considerado e gerando
a necessidade de lavagem da tubulação
Produzida em canteiro Por se utilizar dos meios convencionais de transporte (elevador, grua, etc.), a
argamassa “compete” com outros elementos que devem ser transportados
por estes meios na obra, gerando por vezes congestionamentos no sistema
Produzida em central Se for bombeado, não há congestionamento. Se for por carrinho, pode
ocorrer o mesmo congestionamento do caso anterior
Silos Se for por via úmida, a instalação é centralizada, já que a mistura ocorre junto
ao silo. No caso de via seca, ocorre o mesmo que para o sistema de sacos
Produzida em canteiro Se houver estocagem de insumos sobre laje, deve-se atentar para
os limites de carga admissíveis
Produzida em central O caminhão betoneira não pode se posicionar sobre laje, a não ser
que tenha sido feita previsão específica
Manutenção de equipamentos
Disponibilidade de fornecedores
Responsabilidade na dosagem
Produzida em canteiro Apesar de ser uma tecnologia extremamente difundida, para que a
atividade de produção e transporte ocorra com a maior produtividade
possível é necessário que se invista em treinamento. Usualmente não há
domínio da tecnologia de dosagem, a qual na maioria das vezes é feita
empiricamente em função da experiência de mestres e encarregados
Produzida em central Uma vez que não há produção no canteiro, não há necessidade de
domínio de tecnologia e treinamento
Mão-de-obra e Produtividade
Produzida em canteiro Este é o tipo que mais necessita e utiliza mão-de-obra. No entanto, o
sistema vai na contramão da tendência atual de se retirar do canteiro
de obras atividades que não agregam valor diretamente ao produto final,
como a fabricação da argamassa
Produzida em central Planejamento similar ao de concretagem. Para que não ocorram problemas
no momento de aplicação, toda a infra-estrutra da obra deve estar pronta
Argamassa para receber um grande volume de material a ser aplicado rapidamente
Cronograma
Produzida em canteiro Há pouca interferência do cronograma sobre o sistema e seus custos, a não
ser no dimensionamento de estoques de insumos Apenas no caso de locação
do equipamento de mistura, há consideração como variável importante
Prazos de carência
Dimensionando recursos
Produção de argamassa
Aplicação
Fachada Mão-de-obra
Logística Equipamentos
Materiais
Materiais
Contrapiso Mão-de-obra
Equipamentos
Materiais
Logística
O que é logística?
Central de produção
Insumos e armazenagem
Transporte
Produção Equipamentos
Padiola
Descrição:
recipiente de madeira ou plástico ou metal, com dimensões
definidas e perfeito estado para não permitir a perda de
material. Pode estar acoplada a uma estrutura metálica com
rodas ou ter alças.
Finalidade:
medir a quantidade de agregado definida e transporta-la
para o local da mistura.
Cuidados:
Evitar impactos fortes na colocação do agregado (pode provocar
a alteração do produto final); armazenar em local coberto
Aplicação:
mistura manual; mistura mecânica
Betoneira
Descrição:
misturador mecânico composto por recipiente metálico
giratório. Apresenta diferentes capacidades e tipos (eixo
horizontal, vertical e inclinado). Pode ter pá carregadora como
acessório para a colocação de materiais no seu interior
Finalidade:
mistura mecânica da argamassa
Cuidados:
lavar o recipiente metálico para não deixar resíduo de ar-
gamassa incrustado; manutenção periódica; guardar em
local coberto; lavar antes do início da produção
Aplicação:
mistura mecânica
Argamassadeira
Descrição:
misturador mecânico dos materiais constituintes da
argamassa. Apresenta eixo horizontal ou vertical,
misturando os materiais de maneira mais eficiente. É leve
e possui rodas, podendo ser transportado facilmente.
Possui grelha serrilhada para a abertura de sacos e
carregamento de argamassa em seu interior
Aplicação
• trena metálica;
• prumo de face;
• prumo de centro;
• nível de mangueira;
• conjunto de arames de fachada
(arame galvanizado nº 18) e dispositivos de fixação;
• taliscas (preferencialmente placas cerâmicas).
• escova de aço;
• ponteira;
• marreta;
• espátula;
• vassoura;
• pincel;
• colher de pedreiro para aplicação do chapisco convencional;
• rolo para textura para aplicação do chapisco rolado;
• desempenadeira dentada de 6 x 6 mm para aplicação
do chapisco desempenado na estrutura.
• frisador de juntas;
• desempenadeira de pingadeira;
• régua gabarito de junta.
• Levantamento de necessidades
• Planejamento
• Programação
• Execução
• Avaliação
• Reciclagem periódica
Cimento
Cal
Areia
(na falta de uma especificação para agregado para argamassa)
Argamassa
Materiais:
cimento, cal e argamassa (ensacados e a granel)
Verificação da massa:
Os sacos da amostra devem ser pesados e ter seus valores
anotados. No caso de argamassa a granel, pode-se pesar
o caminhão antes e depois da descarga.
Quantidade:
Contar o número de sacos
Inspeção visual:
Através da inspeção visual, os seguintes itens devem
ser conferidos:
Material:
Comprando e areia
recebendo
Tamanho do lote para verificação:
1 entrega
Tamanho da amostra:
cerca de 1 kg
Inspeção visual:
aspecto geral e granulometria
Aceitação:
verificar visualmente a granulometria, cor, cheiro, existência
de matéria orgânica, torrões de argila ou qualquer outra
contaminação, rejeitando-se o lote conforme os critérios
das normas e especificações técnicas. Alguns ensaios estão
disponíveis caso necessário (NBR 7211), lembrando ainda
a importância da uniformidade da granulometria para a
manutenção da homogeneidade do produto argamassa.
Materiais ensacados:
cimento, cal e argamassas
Materiais a granel:
agregado
Quanto ao manuseio:
Introdução
Montagem de balancins
Planta de balancim
Preparo da base
• Remoção de sujidades;
• Remoção de irregularidades;
• Preenchimento de furos;
• Chapiscamento.
Remoção de sujidades
Remoção de irregularidades
Preenchimento de furos
Convencional
Consiste no lançamento
Chapiscamento
vigoroso de uma argamassa
fluida sobre a base, utilizando-
se uma colher de pedreiro. A
textura final deve ser a de uma
película rugosa, aderente e Notas
resistente. Esta argamassa O substrato de forma geral,
fluida é produzida com estrutura ou alvenaria, deve ser
cimento e areia grossa em completamente coberto pelo
proporcões que variam de chapisco, proporcionando uma
1:3 a 1:5 (em volume) em superfície contínua e homogênea
Chapisco tradicional função das características do para o recebimento da argamassa
agregado utilizado e da de revestimento.
superfície a ser chapiscada.
Quando da definição da argamassa
Desempenado a ser utilizada para o revestimento,
o substrato deverá ser preparado
Usualmente aplicado sobre a com o chapisco a ser empregado,
estrutura de concreto, esse tipo pois desta maneira será possível
de chapisco é feito com uma avaliar a compatibilidade da
argamassa industrializada para argamassa, chapisco e substrato.
esse fim, sendo necessário
acrescer somente água. É A técnica de aplicação do chapisco
aplicado com desempenadeira rolado deve ser cuidadosamente
denteada. controlada, pois deve resultar em
uma superfície rugas e nunca em
Rolado uma película que poderá diminuir o
Chapisco desempenado
potencial de aderência da argamassa
Feito com uma argamassa de revestimento ao substrato.
fluida obtida através da
mistura de cimento e areia,
com adição de água e
polímero, usualmente de
base PVAC. Pode ser
aplicada tanto na estrutura
como na alvenaria, usando-
se rolo para textura acrílica.
A parte liquida deve ser
misturada aos sólidos até
obter consistência de “sopa”.
Deve-se atentar para a
homogeinização constante e
Chapisco rolado
durante a aplicação.
Locação e descida
dos arames
• Vigas;
• Alvenaria, na meia distância do pé direito do andar; Mapeamento
• Pilares, na meia distância do pé direito do andar.
Notas
Tipo de Base Espessura Mínima do Revestimento
Caso as espessuras forem maiores
Estrutura de concreto em pontos localizados 10 mm ou menores que as especificadas
podem ser adotadas as
Vigas e pilares em regiões extensas 15 mm
se-guintes soluções:
Alvenaria em regiões externas 20 mm
(uma parede, por exemplo) • Executar o revestimento em
Aplicação da argamassa
Colocação dos arames nos diedros
Os balancins devem ser abastecidos de maneira que o
tempo útil de utilização da argamassa não ultrapasse
3 horas (em determindas condições de aplicação com muito
sol e vento, este tempo pode ser até menor. É recomendável
consultar o fabricante). O início do trabalho ocorre com a
execução de mestras entre as taliscas, com faixas de
argamassa de aproximadamente 15 cm de largura.
Execução do acabamento
Sarrafeamento
Desempeno grosso
Desempeno fino
Desempeno camurçado
• Argamassa armada
• Ponte de transmissão
Preparo da base
• Remoção de sujidades;
• Remoção de irregularidades;
• Preenchimento de furos;
• Chapiscamento.
Remoção de irregularidades
Preenchimento de furos
Convencional
Consiste no lançamento
vigoroso de uma argamassa
fluida sobre a base, utili- Chapiscamento
zando-se uma colher de
pedreiro. A textura final
deve ser a de uma película
rugosa, aderente e resis-
tente. Esta argamassa fluida Notas
é produzida com cimento e O substrato de forma geral,
areia grossa em proporcões estrutura ou alvenaria, deve
que variam de 1:3 a 1:5 (em ser completamente coberto
volume) em função das ca- pelo chapisco, proporcionando
Chapisco tradicional racterísticas do agregado uma superfície contínua e
utilizado e da superfície a homogênea para o recebimento
ser chapiscada. da argamassa de revestimento.
Chapisco desempenado
Rolado
Taliscamento Taliscamento
Execução de mestras
Aplicação da argamassa
Execução do acabamento
Sarrafeamento
Desempenado grosso
Desempenado fino
Desempenado camurçado
Quinas e cantos
Detalhes
construtivos
• esquadro;
• régua metálica;
• sargentos.
Preparo da base
• Polvilhamento de cimento
para que se forme uma
nata, a fim de garantir a
aderência da argamassa
de assentamento das
taliscas à base, pois essa
Transferência de nível para parede com mangueira de nível argamassa ficará incorpo-
rada ao contrapiso quando
da sua execução;
• Assentamento das
taliscas nas posições
previamente definidas
pelo projeto, sendo que
as mesmas devem ser
constituídas por material
de pequena espessura,
como por exemplo, cacos
de ladrilho cerâmico
Estabelecimento de nível de talisca utilizando a referência de nível
previamente marcada na parede ou de azulejo.
• Utilizando-se o soquete,
deve-se compactar, com
energia, a camada de
argamassa contra a base;
• Apoiando a régua de
alumínio sobre as
taliscas, deve-se “cortar”
a argamassa excedente
de modo a obter toda a
Compactação da argamassa para formação da mestra de piso faixa (mestra) de
argamassa no mesmo
nível das taliscas;
• Com as mestras
executadas, as taliscas
devem ser retiradas,
preenchendo-se com
argamassa o espaço
deixado e nivelando-o
com a régua metálica.
• Espalhada a argamassa,
a camada deve ser
compactada com energia,
empregando-se o soquete.
Se após a compactação,
a camada ficar abaixo do
nível das mestras, acres-
centar imediatamente Compactação da argamassa para execução de contrapiso
mais argamassa, compac-
tando novamente.
• Na seqüência, inicia-se o
sarrafeamento de toda a
superfície, empregando-se
para isso a régua metálica,
que deve estar apoiada
sobre as mestras em
movimentos de vaivém,
“cortando” a superfície
da argamassa até que seja
atingido o nível das
mestras, em toda a
extensão do cômodo. Sarrafeamento do contrapiso entre as mestras
A superfície do contrapiso
pode receber diferentes
acabamentos, em função
das características dos
revestimentos a serem Acabamento
empregados e do trânsito superficial
a que ficarão submetidos
antes da aplicação destes.
Os procedimentos para a
execução dos acabamentos
comumente utilizados são:
1. Acabamento desempenado:
Desempenamento fino do contrapiso em função da umidade de
aplicação da argamassa e
do tempo decorrido entre
a sua aplicação e o desem-
peno, pode ser necessário
borrifar água sobre a
superfície do contrapiso
para facilitar a operação de
desempeno.
Esse acabamento é
indicado nos casos em
que serão utilizados
revestimentos fixados
com dispositivos (tipo
parafusos ou cavilhas) ou
com argamassas colante.
Desempenamento grosso do contrapiso Este acabamento é obtido
com a utilização de
desempenadeira de madeira.
Preparo da base
Definição do plano de revestimento
Taliscamento
Locação de arames do diedro
Produção de argamassa de revestimento
Aplicação e sarrafeamento da argamassa
Execução do reforço do revestimento
Acabamento da massa única
Acabamento do emboço
Execução de juntas de trabalho
Execução das quinas e cantos
Execução dos requadros
Execução do reboco
Preparação da base
Taliscamento
Execução do reboco