Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
POLITICAMENTE INCORRETOS
SOBRE ARTE
1ª Edição
Copyright © 2018
Davi Samuel Valukas Lopes
Todos os direitos reservados.
DOIS ENSAIOS POLITICAMENTE INCORRETOS SOBRE ARTE
CDD ???
Introdução: ....................................................... 55
rebeldia e maturidade ........................................... 55
13
14
Introdução
16
A função poética e a importância da
forma na obra de arte
18
A importância das formas fixas no
desenvolvimento técnico do artista
20
O feio na Arte
“O belo é aquilo que agrada universalmente, ainda
que não se possa justificá- lo intelectualmente.”
Immanuel Kant
23
Forma e substância
Conforme demonstrei um pouco acima, uma confusão
muito comum no que tange a obras de arte é a diferenciação
entre forma e substância. Trocar os dois de lugar pode gerar
uma série de confusões conceituais. Enquanto a forma diz
respeito ao objeto material da arte (tinta, tela, papel, som,
palavras, rimas etc.), a substância diz respeito ao conteúdo
espiritual da obra (não em um sentido estritamente religioso,
embora possa sê-lo também), às ideias que o artista deseja
transmitir ou mesmo às ideias alheias à própria vontade do
artífice, que acabam sendo geradas espontaneamente através
da contemplação e da fruição por parte do espectador, que
não é um elemento passivo do processo, mas um elemento
ativo capaz de ressignificar o objeto artístico conforme suas
condições culturais, estéticas e seu senso crítico.
Como citado no início do presente ensaio, arte é o
mesmo que técnica, ou seja, a forma está diretamente ligada
não apenas ao processo de composição da obra (meios), mas
aos resultados fruitivos (fins). Os aspectos formais, partindo
do pressuposto de que a comunicação em Arte ocorre por
meio da função poética (o meio é a mensagem), não têm uma
relação direta com os aspectos substanciais (ou conceituais)
da obra. Artista não é aquele ser criativo através da matéria,
mas criativo através do espírito, respeitando as regras da
matéria.
24
Liberdade artística
Portanto, a liberdade do artista não está atrelada à
obra enquanto objeto, mas à obra enquanto ideia. O fazer
artístico tem regras estritas, que devem ser obedecidas sob
pena de excomunhão da obra enquanto tal. O fazedor de arte
deve exercitar sua liberdade no plano das ideias, enquanto
segue obedientemente as fronteiras limítrofes da técnica. Não
é à toa que os maiores artistas são os mais disciplinados de
todos. Enquanto encantam multidões com sua criatividade
e inventividade, encantam as mesmas multidões com sua
técnica apurada e seu esmero em relação aos detalhes de suas
criações.
Aqui cabe uma breve explanação sobre os conceitos de
liberdade e disciplina, conforme definição do arte-educador
Herbert Read, em seu clássico livro A Redenção do Robô.
Segundo ele, o termo disciplina tem sido mal empregado na
educação moderna, o que gera reflexos negativos também
no campo da Arte. Disciplina vem de discípulo, ou seja,
está relacionada não a uma ideia de subserviência a tiranos
e regras mortas, mas sim à ideia de seguir o que já foi
testado e aprovado. O mesmo problema ocorre com o termo
liberdade, que gerou uma série de experimentos disformes e
bizarros, com resultados catastróficos. Confundindo forma
e substância, muitos acabam confundindo liberdade com
libertinagem e desleixo. Dessa forma, tudo passa a ser arte e,
consequentemente, tudo deixa de ser arte!
25
Uma velhice não muito confortável
Do final da Idade Média até o início do século XX, a
Música Ocidental seguiu uma linha evolutiva bem desenhada:
nasceu do ventre da polifonia medieval, teve sua infância nas
obras renascentistas, chegou à maturidade com o sistema
temperado no Barroco, atingiu o apogeu no Classicismo
setecentista e chegou à terceira idade no Romantismo. Uma
longa e próspera vida dedicada à Beleza!
Esta seria uma linda história se não houvesse um
posfácio macabro: após o falecimento dessa singela senhora,
a Música Ocidental, um vírus tomou conta de seu corpo,
trazendo-o novamente à vida, digo, a algo parecido com uma
vida. O tal vírus criou a chamada Música Moderna, que por
sua vez criou um exército de outros zumbis (dodecafonismo,
música atonal, música pós-tonal, música serial e tutti quanti).
Se antes nossa doce Música Ocidental dedicava seus dias à
Beleza, agora o que sobrou de seu corpo (sua alma já se foi há
tempos) dedica-se a um culto demoníaco ao caos, à bizarrice,
à militância anti estética da pior qualidade! Um verdadeiro
prelúdio do fim dos tempos!
Se uma melodia pode elevar o espírito do Homem às
alturas celestiais, se os encadeamentos harmônicos podem
fazer a mente viajar, na Música Moderna tudo isso se perde
em devaneios tolos e circunvoluções que conduzem ao nada!
As linhas melódicas nada dizem, pois não seguem a lógica
natural da tonalidade. A harmonia, que nega a tonalidade, é
substituída por texturas pasteurizadas, matematicamente frias
e inócuas! Nada pode ficar na mente do ouvinte, pois nada
diz exatamente… Nada! Por conta desse caráter obscuro, a
Música Moderna transformou-se em uma arte oculta para um
círculo de iniciados, afastando o povo das salas de concerto
e consequentemente da fruição da Alta Cultura, fazendo com
que gerações de jovens perdessem o apetite e a sensibilidade
pelo caráter estético da Música! É a zumbificação cultural
colocada em prática!
26
Beleza castrada
Desde que artistas em geral decidiram deixar a Beleza
de lado para abraçar questões subalternas, como a militância
política, as críticas sociais, ou mesmo o simples choque do
contemplador (vulgo público consumidor), a coisa começou
a degringolar. O relativismo passou a vigorar como um ente
absoluto (parece contraditório, e é mesmo), enquanto a mais
tenra manifestação de tradicionalismo, qualquer elemento
que soasse antigo, passou a ser execrado como um demônio
proscrito, como se a desconstrução tivesse sido promovida ao
patamar da própria construção! Uma loucura.
A gênese dessa situação está no Romantismo, que em
si mesmo não significa uma ruptura com os valores artísticos
e estéticos tradicionais, mas que representa o surgimento
de alguns conceitos que possibilitaram tal ruptura, como
a glamourização da autodestruição por parte do artista, a
elevação do criador de arte ao patamar de “gênio excêntrico
que habita a torre de marfim”, a adoção do idealismo como
bandeira política, na ânsia de “construir um mundo melhor”
(essa hedionda ideia que sempre conduz à barbárie e ao
genocídio). Enfim, é no Movimento Romântico que afloram
tais ideias que, elevadas à categoria de santidade intocável
pelos modernistas, possibilitou a castração do belo nas Artes!
Obras supostamente musicais, que negam a
tonalidade, o princípio de tensão e repouso e o centro tonal,
ou mesmo outras mais radicais (é possível, meu Deus?!),
como a famigerada 4’33”, de John Cage, que passa quase
cinco minutos em absoluto silêncio, pululam por todo o
século XX (seria esse o século da bestialidade como regra?).
Movimentos de índole revolucionária, como o dadaísmo,
o dodecafonismo, o serialismo, o futurismo, entre outros,
devotaram sua existência à destruição dos valores fundantes
da Arte (o belo, o bom, com a técnica a serviço destes, e não
o oposto, e a verdade), ao mesmo tempo que instituíram uma
27
espécie de “deusa técnica”, puramente matematizada sem
nenhum vínculo com os reais sentimentos outrora evocados
pelos grandes mestres! Nas artes plásticas, aberrações como
o urinol de R. Mutt (pseudônimo utilizado por Marcel
Duchamp), chamado de “A Fonte”, empesteiam museus
por aí. Casos ao mesmo tempo hilários e desesperadores de
faxineiras que “limparam” exposições achando que aquilo
fosse lixo vivem a aparecer nos noticiários. Afinal, gente
simples ainda tem bom senso!
Em suma, na ânsia de reorientar o sentido da Arte,
muitos artistas castraram a Beleza, que é a única coisa que
realmente importa em uma obra artística, deixando-a estéril,
inútil, e principalmente afastando o grande público. Criou-se
um verdadeiro “clubinho fechado apenas para os iniciados”,
que se aplaudem mutuamente, rasgando seda uns para os
outros. Um verdadeiro retrocesso!
28
A mentalidade revolucionária dos
modernistas
31
Platão e a música decadente
33
Classe artística e conservadorismo
“O anarquismo nos estimula a sermos artistas criativos
arrojados e a não dar atenção alguma a leis e limites. Mas é
impossível ser artista e não dar atenção a leis e limites. A Arte
é limitação.” G.K. Chesterton
A ideia geral que se tem dos artistas é que são pessoas
idealistas, com uma sensibilidade social aguçada, sedentos
por transformar o mundo em um lugar melhor. Logo,
o senso comum os coloca no lado esquerdo do espectro
político-ideológico. Quando jovens, tais artistas cometem
bobagens sem fim em nome desse ideal utópico, manchando
suas carreiras de forma indelével. Assim como o coração se
encontra mais à esquerda no peito, o lado emotivo dessa gente
os coloca no lado esquerdo da coisa.
Contudo, não raras vezes vemos os mesmos artistas
“rebeldes sem causa” migrando para o lado direito do espectro
político, ou mesmo se abstendo de estar em um lado da coisa,
depois de atingirem a maturidade. É a razão tomando conta
de suas mentes antes embebidas em ideologia barata!
Ser conservador não é uma ideologia, mas sim uma
postura diante da vida. Isso é facilmente comprovável quando
vemos que toda linha ideológica prega uma determinada
moldagem do mundo, para atingir os fins desejados. O
socialismo deseja abolir as classes sociais, o liberalismo
deseja implantar o livre mercado, o anarquismo deseja abolir
toda forma de governo, o nazismo desejava implantar a raça
pura, assim por diante. Enquanto isso, o conservador é aquele
sujeito avesso a mudanças bruscas, essas mesmas apregoadas
pelos ideólogos supracitados. Pelo contrário, o conservador
quer conservar os valores atemporais que compõem a base
da civilização, não para ser um simples retrógrado que deseja
manter o status quo, mas para que as mudanças respeitem um
ciclo moderado e sustentável existencialmente falando!
34
Quando um artista chega à maturidade etária, mas
mantém a postura rebelde da juventude, vemos que este
não cresceu de fato, e ainda nutre dentro de si uma criança
mimada que jamais aceitará a realidade como ela é. Uma boa
análise transacional explicaria muita coisa! No fundo, esse
rebelde que se diz defensor de um mundo melhor, tolerante,
“pra frentex”, não passa de um inimigo da liberdade, da
sociedade, da cultura, dos indivíduos e das instituições que
garantem o direito de ir-e-vir, e que impedem que o governo
e o Estado engulam comunidades locais e sua forma de vida
de maneira voraz.
É compreensível e, até certo ponto, louvável que o artista
seja um idealista cheio de boas intenções nos primeiros anos
de sua vida adulta, mas é igualmente respeitável que ele reveja
suas posições após certa idade, sob pena de se transformar em
um deplorável fantoche involuntário de forças malignas que
ele ignora completamente!
35
Tonalidade, hierarquia e o primeiro
mandamento
39
A patrulha ideológica
“Picasso é comunista. Eu também não.”
Salvador Dalí
43
Equilíbrio entre tradição e
individualidade
45
Mas por que a beleza importa
tanto assim?
47
O que é o discurso anexo
Discurso anexo nada mais é que uma explicação
mirabolante e recheada de termos obscuros, com o fito de
causar uma boa impressão no público (geralmente os próprios
pares daqueles que criam tais aberrações, já que o grande
público leigo está cada vez mais afastado do círculo artístico,
que não lhe transmite nada além de estranheza, rubor facial e
constrangimento alheio).
O discurso anexo gira em torno de alguns temas
específicos, como guerra, política, causas sociais e sexo. Ao
invés de abarcar a própria existência humana, expandindo
os horizontes, como faz a verdadeira arte, os modernos
limitaram o próprio trabalho a questões ideológicas,
geralmente associadas a críticas a favor de um mundo
melhor, de mais tolerância, de aceitação das minorias etc.
Esse discurso desloca a linguagem artística da função
poética para a função conativa (ou apelativa), o que cria tabus
praticamente intransponíveis, já que se rebelar contra a arte
moderna se transforma em discurso reacionário, retrógrado
e preconceituoso. É a novilíngua orwelliana em pleno
funcionamento. É o politicamente correto em pleno vigor!
48
Tradição, modernidade e materialismo
“A obra de arte traz consolação na tristeza e
afirmação na alegria.”
Roger Scruton
50
Resumo da ópera
Em suma, a Arte é a expressão dos sentimentos e
pensamentos humanos. Portanto, não podemos admitir
apenas o que é belo ou sublime, mas também o que geralmente
consideramos inconveniente, feio, grotesco etc. Contudo, o
grande pecado da Arte Moderna está na desconstrução da
tradição artística, na mentalidade revolucionária que renega
o passado, no novo pelo novo e na intenção de chocar o
espectador. Conforme dito no início do presente ensaio, esse
não é um manual de regras ou de técnica artística, mas sim a
percepção deste que vos escreve acerca dos temas tratados no
decorrer do texto.
Que possamos trazer à tona a sacrossanta função da
arte, ligada diretamente à beleza, à verdade e à bondade. Com
isso, talvez tenhamos a oportunidade de retomar o caminho
que decidimos abandonar, deslumbrados que estávamos com
os resultados atingidos pelo progresso. Ars gratia artis!
51
52
Deus,
armas e
roquenrou
53
54
Introdução:
rebeldia e maturidade
56
O mal que os homens fazem
“O mal que os homens fazem vive para sempre, e o
bem frequentemente é enterrado com seus ossos.”
Marco Antonio
(Julius Caesar, ato III, cena 2 – William Shakespeare).
58
Metallica e a triste verdade sobre a
natureza humana
60
Elvis não morreu
No dia 16 de agosto de 2017, completaram-se 40 anos
da morte de Sua Majestade, o Rei do Rock, Elvis Presley. O
estrondo dessa contraditória figura foi tão grande que até
os dias de hoje existem muitas teorias da conspiração que
tentam provar que sua morte foi forjada. Algumas dessas
teorias dizem que ele se cansou do sucesso, outras que ele
estava quebrado financeiramente e precisava se retirar de
cena para se livrar dos cobradores. Algumas outras dizem
até que ele vive em Buenos Aires, Argentina. Maluquices à
parte, a verdade é que o fenômeno Elvis não morreu, mesmo
que sua morte física tenha de facto ocorrido no dia 16 de
agosto de 1977. Mas um lado dessa potente marca chamada
Elvis Presley que muitos desconhecem é o patriotismo e a luta
do artista contra o progressismo e o esquerdismo que desde
sempre assolam a cultura pop.
Elvis vendeu mais de 600 milhões de discos desde que
lançou Elvis Presley, em 1956, um fenômeno que nem mesmo
Michael Jackson, seu genro por alguns anos, conseguiu
igualar. Em 1958, no auge do sucesso, Elvis foi convocado para
servir o Exército americano. Muitos dizem que ele poderia
ter descartado a convocação, mas decidiu aproveitar a chance
para fazer marketing. Porém, nós sabemos que o mundo da
música pop não vê com bons olhos a vida militar, e não passa
de disparate qualquer teoria que insinue que o rei do rock não
foi um patriota!
Outros factores que atestam a contrapartida do rei em
relação ao espírito reinante no universo da música industrial
é a sua admiração por políticos do Partido Republicano
(a direita americana), sua luta contra a glamourização das
drogas no meio artístico, sua paixão por armas e uniformes
militares e sua contestada, mas muito importante parceria
com o FBI no combate ao tráfico de drogas e ao comunismo.
Seu apoio à campanha de Richard Nixon é o ápice dessa
61
realidade, de causar chiliques na esquerda antidemocrática
(com o perdão da redundância), mas que demonstra como o
rei não é majestático apenas nos palcos, mas também na vida
como um cidadão honrado! Um emblemático episódio está
relacionado ao apoio de Elvis à campanha pela expulsão do
progressista John Lennon dos Estados Unidos, pois este havia
se unido aos terroristas dos Panteras Negras numa suposta
luta contra a Guerra do Vietnã, importante luta contra o
comunismo no extremo oriente.
Enfim, Elvis Presley não morreu! E digo isso sem
nenhuma expectativa de trazer à tona qualquer conspiração
maluca, pois apesar da morte física, a marca permanece
incólume, como uma lenda moderna. E apesar da chiadeira
dos rebeldes sem causa, a atuação do rei foi digna de um nobre
tanto nos estúdios e palcos (no cinema nem tanto), quanto
na atuação política em prol de uma América livre do ranço
vermelho dos comunistas. E se sua derrocada veio por meio
de medicamentos barbitúricos e analgésicos(muitos vendidos
em qualquer farmácia), o facto não contradiz de forma
alguma a luta de Elvis contra o tráfico de drogas pesadas,
como a cocaína e a heroína, que sustenta desde sempre
narco-guerrilhas e revoluções tirânicas e sangrentas de viés
marxista. Chamado pejorativamente de caipira reacionário
por setores inglórios da mídia mundial, tenhamos orgulho da
memória e da obra do maior de todos os músicos do rock!
Richard Nixon e Elvis Presley
62
Elvis Presley em visita ao presidente americano Richard Nixon, do
Partido Republicano
63
A infame passeata contra a guitarra
elétrica
65
Velha guarda do rock:
talento versus lacração
67
Country music e o ocidente livre
Esse é um ensaio sobre rock, mas é de suma
importância abordarmos as características conservadoras de
um de seus progenitores, a country music, para entendermos
como é possível associar rock, conservadorismo ou qualquer
coisa que não seja progressista e revolucionária. O atentado
a tiros no show de nomes famosos da country music, como
Garth Brooks e James Aldean, ocorrido em Las Vegas no
dia 2 de outubro de 2017, tem uma profunda simbologia
na guerra cultural que estamos travando contra as forças
que desejam ardorosamente destruir o Ocidente e suas
conquistas civilizacionais. O atirador, Stephen Paddock, era
um homem branco, contador aposentado e jogador de pôquer
e sem histórico militar ou religioso. Então, como explicar o
ocorrido?
Algo que a grande mídia vai esconder de todos é a
existência da guerra cultural que ela mesma está ajudando a
travar contra o ocidente livre, já que foi tomada por dentro
através da hegemonia cultural gramsciana e da tomada de
espaços da escola de Frankfurt. Por isso, ela não revela seu
verdadeiro intento enquanto mente descaradamente para o
cidadão médio, pagador de tributos (imposto é roubo!), que
nem imagina o que está acontecendo ao seu redor. Ornada por
um verniz de imparcialidade e transmissão de informações,
ela traz um viés progressista destrutivo! Quando a grande
mídia deu essa informação, martelou centenas de vezes que
a culpa era das armas legalizadas nos Estados Unidos, o que
é garantido pela Segunda Emenda à Constituição. Como
argumento, utilizaram o fato de o atirador possuir mais de
trinta armas semiautomáticas.
Porém, o que quase nenhum veículo noticiou é que
Stephen Paddock nunca gostou de armas, não foi militar
e, apesar de não ter um histórico de frequência religiosa,
recentemente havia se convertido ao islamismo, como atestou
68
o próprio Estado Islâmico, que reivindicou a autoria do
atentado. Pelo contrário, o que foi amplamente noticiado foi o
facto de o pai de Stephen ter sido um famoso ladrão de bancos
nos anos 70, o que inconscientemente vincula donos de armas,
que existem aos montes por aquelas bandas, pais de família
honrados e trabalhadores, ao terrorismo e ao banditismo. Ou
seja, abra mão ao seu direito de defesa ou seja tachado como a
escória do Novo Mundo que estamos construindo!
Outro fator importante, que deve ser levado em conta,
é o público alvo do atentado: fãs de country music, gênero
musical muito comum no sul dos Estados Unidos (região
majoritariamente republicana e conservadora). É impossível
afirmar com certeza, mas é bem provável que a maior parte
das vítimas votou em Donald Trump. Agora raciocinem
comigo: um sujeito recém convertido ao Islã, sem nenhum
histórico de envolvimento com armas ou à vida militar, de
repente “fica doidão” e decide metralhar fãs do estilo musical
mais conservador da América. Só não enxerga a conexão entre
os factos quem realmente está entorpecido pela pasmaceira
inoculada pela mídia diariamente em seus espelhos negros e
papéis que pintam as mãos.
Na guerra cultural, com sua semântica extremamente
simbólica, a invasão dos “de turbante” representa nossa
derrocada, enquanto cantores americanos caipiras, e aqueles
de outras partes do glorioso Oeste que se identifiquem com
sua música, pautada pela temática do patriotismo, do amor à
terra natal, da virilidade do homem que defende sua família
e suas propriedades, representam tudo o que devemos lutar
para conservar quando os “de turbante” de facto chegaram.
Não há meio termo: ou somos firmes em nosso propósito de
manter nosso estilo de vida e nossos valores, como liberdade,
propriedade, religião e patriotismo, ou entregamos tudo
àqueles que desejam impor o ignóbil califado mundial.
Escolha um lado e arque com as consequências de sua escolha!
69
Música pop e o mito da
eterna juventude
72
A Wilson Simonalização da música
brasileira
74
DEUS, armas e roquenrou
Dizer que o rock é um movimento genuinamente
conservador seria um tremendo exagero, visto que sua raiz
reside na rebeldia e há muito progressismo nas ideias de
vários ícones do gênero. Porém, não podemos nos esquecer
que esse estilo musical contestador juvenil nasceu na parte
sul dos Estados Unidos, região marcada pela forte influência
do conservadorismo, pelo patriotismo dos caipiras rednecks
e hillbillies, pela música country, blues e bluegrass, pelos
bares honky tonks, pelo amor à propriedade privada, à
religião cristã e às armas de fogo, e pela ojeriza ao governo
central. Nomes como o do guitarrista e cantor Ted Nugent, do
também guitarrista, das bandas Iced Earth e Sons of Liberty,
Jon Schaffer, do vocalista do Metallica James Hetfield, de
Johnny Ramone, guitarrista da banda Ramones e membro
da NRA (em português, Associação Nacional do Rifle) e
do Partido Republicano e defensor aberto do presidente
George W. Bush, dos membros da banda Lynyrd Skynyrd,
entre outros, figuram no hall dos roqueiros que quebraram o
paradigma do rebelde sem causa e assumiram publicamente
uma postura mais condizente com as raízes conservadoras
da grande pátria dos Founding Fathers! E é de um trabalho
específico dessa última banda citada que falaremos a seguir:
Guns & Gods.
God & Guns é o décimo segundo álbum de estúdio da
veterana banda de Southern rock, Lynyrd Skynyrd, lançado
no ano de 2009. Não se trata de um disco conceitual, que
conta uma história na qual cada faixa representa um capítulo,
mas podemos encontrar um tema comum em todas as
canções do disco: o direito à posse de armas para a caça e a
legítima defesa da vida e da propriedade privada, as raízes
cristãs da América, o apego a um estilo de vida simples, em
contrapartida à ostentação moderna, o amor à pátria etc.
Podemos identificar isso com facilidade em versos como
75
“Porque essa não é a minha América, não são as raízes deste
país, você quer bater no velho Tio Sam, mas eu não vou deixar”
(That Ain’t my America), “Bem, os jovens estão dizendo: ´Nós
estamos mudando para melhor ‘, bem isso não me interessa”
(Simple Life), “Deus e armas nos mantêm fortes, isso é sob
o que este país foi fundado. Bem, nós podemos muito bem
desistir e correr, se nós os deixarmos tomar o nosso Deus e
as nossas armas” (God & Guns, faixa título). A cada faixa do
disco, a cada canção bravamente entoada por Johnny Van
Zant e tocada por seus confrades, as raízes da América vão
sendo defendidas de forma unívoca e corajosa.
Em um meio tomado por detratores do Ocidente e suas
tradições (falo da indústria fonográfica em geral, não apenas
do rock), geralmente progressistas, entreguistas e depravados,
God & Guns é um belo exemplo de como os conservadores
podem muito bem se utilizar de uma espécie de “hegemonia
cultural reversa”, em referência aos (des) ensinamentos de
Antonio Gramsci, que a esquerda abraçou e implantou com
relativo sucesso no cinema, no teatro, na música, na TV, nas
rádios, jornais e toda sorte de espaços de criatividade, erguer
os punhos em riste e entoar com amor e orgulho os valores
que mantêm o Ocidente de pé há dois milênios: o direito
romano, a filosofia grega e a moral judaico-cristã, valores
estes que a arrogância cafona da esquerda progressista jamais
conseguirá entender, por serem demais altivos para sua
pequenez existencial!
Se o apego vicioso à feiura é uma marca registrada
da esquerda, contemplemos a beleza de cada verso desse
monumental trabalho musical do Lynyrd Skynyrd, não
apenas como um entretenimento para as enfadonhas tardes
de domingo que a modernidade insiste em maquiar com
bizarrices televisivas, mas também como um manifesto
sincero e honesto de amor a tudo o que nos mantém erectos
entre as ruínas!
76
Capa do álbum God & Guns, da banda Lynyrd Skynyrd
77
Resumo da ópera
“Eu sou um viciado em Rock’n’Roll. O motivo
porque tantos tomam drogas e se ferram, é que queremos
que a festa continue. Mas isso é realmente o fundo do poço
se comparado a um bom show de rock.”
Ozzy Osbourne
78
Membros da banda Ramones satirizando um anúncio de esquerda. O
anúncio diz, em português: Vote em comunistas ou em socialistas do
partido trabalhista. O povo governa!