As Festas do Povo antigamente eram festas do povo e para o povo. O povo vinha de aldeias vizinhas a pé e acampava no Largo do Cardal durante três dias, dormindo onde podia. Havia música de harmónios e concertinas e danças espontâneas. Hoje, o povo é espectador em vez de participante nas festas.
As Festas do Povo antigamente eram festas do povo e para o povo. O povo vinha de aldeias vizinhas a pé e acampava no Largo do Cardal durante três dias, dormindo onde podia. Havia música de harmónios e concertinas e danças espontâneas. Hoje, o povo é espectador em vez de participante nas festas.
As Festas do Povo antigamente eram festas do povo e para o povo. O povo vinha de aldeias vizinhas a pé e acampava no Largo do Cardal durante três dias, dormindo onde podia. Havia música de harmónios e concertinas e danças espontâneas. Hoje, o povo é espectador em vez de participante nas festas.
As Festas do Bodo sempre foram, nos tempos antigos, as
festas do povo. Para o povo e com o povo. Durante três dias, o povo vivia no Largo do Cardal., acampando por alguma tasca ou pelo Parque frondoso (onde hoje está o Jardim Municipal). Este Parque foi planeado e projectado por um filho pródigo desta Vila, Aires Mesquita de seu nome, artista que foi discípulo do pintor Malhoa e cuja arte correu mundo. Tal como a maioria dos pombalenses que tem alguma coisa para dar à sua terra, acabou por se refugiar em França, onde faleceu, porque, como todos nós sabemos, Pombal é boa madrasta e má mãe. Adiante… O povo, como ia dizendo, abalava na sexta-feira a pé, vindo da sua aldeia, em direcção à Vila e por cá ficava, dormindo onde calhava, e só regressava após o fogo de artificio de domingo à noite. Traziam os seus tocadores de harmónio ou concertina, e era ver estes ranchos de gente em cada esquina, a proporcionar bailaricos espontâneos. Os namoricos fervilhavam, com os moços e as moças a querem aquilo que era sobejamente proibido na época. Por vezes, os mais afoitos recebiam, como prémio do seu atrevimento, umas boas pauladas na tola, que naquele tempo as coisas não se resolviam por menos. A Filarmónica incutia a sua «classe» mais polida nas festas e os ranchos de tricanas aproximavam o povo aos seus usos e costumes. O povo, nos tempos antigos, era participante nas Festas. Hoje, é espectador. Talvez por isso, hoje não vemos bailaricos de esquina nem pauladas justiceiras, mas vemos pombalenses, Cardal acima Cardal abaixo, com uma fartura na mão. Naqueles tempos, quem é que sabia o que era uma fartura? Só se fosse uma «fartura de vinho».