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O CORDEL COMO INSTRUMENTO DE

COMUNICAÇÃO POPULAR

Por Paulo Henrique Phaelante


O nome “cordel” derivou do fato de tais folhetos
serem expostos, para venda, pendurados em
cordões.
As origens do cordel começa na Europa, na Idade Média.

O aparecimento da literatura de cordel está ligado à divulgação de histórias tradicionais,


narrativas de velhas épocas, que a memória popular foi conservando e transmitindo.
Nesse tempo não existia televisão, cinema nem teatro para divertir o povo e ainda
não tinham inventado a imprensa.
Era muito difícil se ver livros, pois eram raríssimos e caros. Tinham de ser copiados a
mão, um a um, e poucas pessoas sabiam ler e escrever.
O processo era feito oralmente, depois se faziam cópias manuscritas e, por fim, com a
chegada da imprensa, ela ganha uma forma impressa rudimentar.
O conteúdo do cordel, que abrangia os chamados romances ou novelas de cavalaria,
de amor, de narrativas de guerra ou conquistas marítimas, agradava não apenas aos
simples, mas até reis e sábios.
O CORDEL NO BRASIL

 No Brasil, onde aportou por volta do século XIX, trazida pelos


colonizadores, a literatura de cordel difundiu-se pelos engenhos de
açúcar e sertões, onde os cantadores, com suas violas, a divulgaram
na arte de fazer versos improvisados.
Ainda na idade média
Sem rádio e televisão
A historia nos revela
Um instrumento de informação
Surgindo de um povo simples
Que encantava multidão
Com pouca gente letrada
E escassez na educação
O povo se preocupava
Em dar a sua opinião
E pra quem não sabia ler

Então, qual foi a solução?


Como as pessoas faziam para conhecer novas histórias?
Os livros eram raríssimos
Caros e feitos a mão
A Europa estava em busca
De avançar na informação
Então nos vilarejos
Apareceu a solução

Com muita simplicidade


E muita força de expressão
Nas feiras se reuniam
Os poetas da ocasião
Que distraíam o povo
Usando a improvisação
Nas pequenas comunidades, existia um dia na semana que
era especial : “o dia da feira.”
Muitas pessoas se dirigiam à cidade, onde os camponeses
e comerciantes vendiam seus produtos.
Na ocasiões, artistas se apresentavam para a multidão.
Entre eles, o trovador ou menestrel era um tipo de artista
muito querido por todos.
Em um dia da semana
A feira era a ocasião
Os poetas se reuniam
Para garantir o pão
Juntando bem muita gente
Pela força da expressão

Muito queridos do povo


E também por coronéis
Contavam feitos e histórias
Que não se viam em papeis
Num ritmo de um alaúde
Trovadores e menestréis
Os trovadores paravam num canto da praça e, acompanhados por
um alaúde (um parente antigo dos violões e violas que
conhecemos hoje), começavam a contar histórias de todo tipo: de
aventuras, romance de paixões e lendas de reis valentes.
Produzido por poetas populares, em condições sociais e
culturais peculiares, o cordel transformou-se num
instrumento de registro das manifestações messiânicas,
do aparecimento do banditismo rural – o fenômeno do
cangaceiro -, das pelejas de cantadores, das longas
estiagens, dos movimentos políticos, dos grandes
assuntos internacionais, das mutações dos costumes e
do gosto peculiar pelos romances épicos do ciclo das
cavalarias.
Para gravar na memória
Um monte de informação
Os poetas daquele tempo
Encontraram a solução
Improvisavam em rimas
História, noticia e opinião
Os trovadores passaram a utilizar versos para facilitar a
memorização das histórias, dessa forma, as rimas iam ajudando o
artista a se lembrar dos versos seguintes, até chegar o fim da história.
No final de cada apresentação, o povo jogava moeda dentro
do estojo do alaúde.
O trovador, satisfeito, agradecia e partia em direção a próxima feira.
Enquanto as rimas ajudavam
Para memorização
Os poetas faturavam
E tomavam direção
À procura de outras feiras
Promovendo informação
Características fundamentais do
cordel

Para uma poesia ser considerada Literatura de Cordel, as


características fundamentais são :

 Simplicidade, através do uso de termos compreensíveis,


sem necessariamente compor um texto forçado;

 Relato, considerando que a poesia de cordel deve conter


uma história;

 Rima, dentro daqueles estilos tradicionais (preferimos rimar


em estrofes de sete versos).
Agora cabe uma pergunta: Você sabe o que é verso?

Agora
Você sabe o que é verso?
Agora

Observe, isto é um verso:


“Recife tem algo mais.”
Verso é a unidade rítmica de um poema, corresponde a uma linha
de cada estrofe.
O agrupamento de versos forma uma estrofe.

“Recife tem algo mais


E muita coisa pra ver
Os monumentos históricos
E as praças de lazer
O antigo e o moderno
São coisas que dão prazer.”
A apresentação do cordel
Os cordéis, geralmente, são escritos
com estrofes de seis versos (sextilhas).
Sua produção é impressa em forma de folhetos
com o máximo de dezesseis páginas, e, em
romances, ultrapassa esse total.

Seu formato é de 16 x 11 cm e sua capa tem


ilustração em xilogravura (gravura em madeira)
A xilogravura é um processo de gravação
em relevo que utiliza a madeira como
matriz e possibilita a reprodução da
imagem gravada sobre papel ou outro
suporte adequado.
Xilogravura é feita em pedaços de madeira
(cedro, pau-d´arco, umburana, jatobá, cajá e até
mesmo pinho) de formato retangular e com uma
diminuta faca de ponta afiada – a quicé –
pedaços de lâmina de barbear, pontas de
tesoura, goiva e formões,
Os editores dos livretos decoravam as
capas para torná-las mais atraentes,
chamando a atenção do público para a
estória narrada.
Vou ficando por aqui
Inspirado de verdade
Porque graças a vocês
Eu tive oportunidade
De falar sobre o cordel
Com muita simplicidade

As crianças do objetiva
Faço meus agradecimento
Por prestar muita atenção
E conviver este momento
Em nome da educação
Louvo a Deus todo momento
Também as outras escolas
Que presentes aqui estão
Fico muito agradecido
Pela participação
Aos alunos e professores
Obrigado pela atenção
Pra Jéssica e lilica
E pra Zaminho também
Obrigado pela força
Pelo carinho que tem
Mostrando a diversidade
Que nossa cidade tem
Aos dois cabra da peste
Que nem cai nem esmorece
Nas jornadas culturais
Faço meus agradecimento
Uma coisa só lamento
Do descasos autoritais
Meus Parabéns a Eduardo
Diogo Porfírio também
Por promover na cidade
Algo que em outra não tem
Mostrando a comunidade
O valor que nos convém
OBRIGADO

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