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Literatura de Cordel

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O que é cordel?
Literatura de Cordel
É poesia popular, 7 sílabas poéticas,
É história contada em versos Cada verso deve ter
Em estrofes a rimar, Pra ficar certo, bonito
Escrita em papel comum, E a métrica obedecer,
Feita pra ler ou cantar. Pra evitar o pé quebrado
E a tradição manter.
A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão, Os folhetos de cordel
Que esculpe em madeira Nas feiras eram vendidos
Um desenho com ponção Pendurados num cordão Mas trata de outros temas:
Preparando a matriz Falando do acontecido, Da luta do bem contra o mal,
Pra fazer reprodução. De amor, luta e mistério, Da crença do nosso povo,
De fé e do desassistido. Do hilário, coisa e tal
Mas pode ser um desenho, E você acha nas bancas
Uma foto, uma pintura, A minha literatura Por apenas um real.
Cujo título, bem à mostra, De cordel é reflexão
Resume a escritura. Sobre a questão social O cordel é uma expressão
É uma bela tradição, E orienta o cidadão Da autêntica poesia
Que exprime nossa cultura. A valorizar a cultura Do povo da minha terra
E também a educação. Que luta pra que um dia,
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia.
Histórico - Origem
Há notícias da existência do cordel
em Portugal, Espanha, França
muito antes do descobrimento do
Brasil.
Aqui chegou com os colonizadores.
No Brasil, começou a ser editado
por volta de 1893/1895 com o
poeta de Pombal-PB, Leandro
Gomes de Barros.
Leandro Gomes de Barros O Patriarca do Cordel

Nascimento: Falecimento:
19 de novembro de 1865 04 de março de 1918
Local: sítio Melancia, Pombal-PB Local: Recife-PE

A cabeça, um tanto grande e bem redonda


O nariz, afilado, um pouco grosso;
As orelhas não são muito pequenas,
Beiço fino e não tem quase pescoço.
Tem a fala um pouco fina, voz sem som,
Cor branca e altura regular;
Pouca barba, bigode fino e louro,
Cambaleia um tanto quanto ao andar.
Olhos grandes, bem azuis, têm cor do mar;
Corpo mole, mas não é tipo esquisito
Tem pessoas que o acham muito feio.
Mas a mamãe, quando o viu, achou bonito!
Elementos
Fundamentais
1- Estrofes: sextilha (6 versos), setilha (7 versos), décima (10 versos),
quadra (4 versos).

2- Versos: setissílabo ou heptassílabo (7 sílabas), decassílabo (10


sílabas).

Rimas: pobre e rica (fácil e difícil)


A rima é uma palavra com som final semelhante a outra palavra.

2- Métrica: quantidade de sílabas em cada verso. Os versos mais utilizados


no cordel são os de 7 e 10 sílabas. Usa-se a elisão e a 7 a sílaba tônica para
metrificar um verso.

3- Oração: A história escrita no folheto.

4- Declamação/Leitura: Ritmo moderado e constante. Clareza na


exposição das palavras.

5- Cantoria de Cordel: utilização de melodias tradicionais de violeiros


repentistas, aboios ou algumas músicas de forró tradicional (como mulher
rendeira, por exemplo).
Características

- Literatura popular em versos (poesia popular)

- Formatação (Folha A4, sulfite ou jornal dividida em cruz)

- Capa (1- Ilustração: xilogravura, foto, desenho, pintura, etc.


2- Título do folheto. 3- Nome do autor. 4- Local de impressão
ou da produção. 5- Data em que foi escrito)

- Contracapa (publicidade, endereço do autor)

- Interior do folheto (versos setissilábicos ou decassilábicos


em estrofes de sextilha, setilha, décima, quadra.)

- Páginas (alguns múltiplos de 4: 8, 12, 16, 24, 32, 48, 64...)


Temas mais abordados
Hilário(Comédias)
Romance
Texto Reportagem
Histórias Verídicas
Histórias de Trancoso
Religiosidade
Situação Social
Cordel Educativo
Cordel Engajado
Introdução ao cordel
A palavra cordel significa barbante
ou corda fina. Na narrativa popular,
ganhou esse nome pela tradição de
pendurar os folhetos em cordões para
vendê-los.
O primeiro cordel brasileiro foi
publicado na Paraíba por Leonardo
Gomes de Barros, em 1893.
Só se conhece a vitória
se todo mundo ajudar
Aí chegará o dia
Dessa doença acabar

Autor: Fernando Lianza Dias


Adaptação: Jair Nascimento
jairjlnascimento@hotmail.com

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