literatura de cordel

O cordel é um folheto contendo poemas populares,

expostos para venda pendurados em cordas ou cordéis,
o que deu origem ao nome.Os poemas de cordel são
escritos em forma de rima e alguns são ilustrados com
xilogravuras, as histórias presentes no cordel fazem
parte da cultura popular e,em geral, mesclam o humor
e ironia cona abordagem crítica de questões presentes
no cotidiano e na cultura popular. Os autores, ou
cordelistas, recitam esses versos de forma melodiosa e
cadenciada, acompanhados de viola, como também
fazem leituras ou declamações muito empolgadas e
animadas para conquistar os possíveis compradores. A
literatura de cordel teve a sua origem ainda em
Portugal com os trovadores medievais, que eram
poetas que cantavam poemas no século 12 e 13, os quais
espalhavam histórias para a população, com os avanços
tecnológicos permitiram a impressão em papéis,
possibilitou-se a grande distribuição de textos, que, até
então, eram apenas cantados. |Logo por sua vez
chegaram ao nordeste brasileiro junto com
colonizadores portugueses, dando origem à literatura
de cordel como conhecemos hoje, sendo muito
conhecida em Pernambuco, Ceará, Paraíba, Bahia e Rio
Grande do Norte. A estrutura do cordel é definida como
gênero literário obrigatoriamente de três elementos
principais ,a métrica, a rima e a oração.Esses
elementos, associados às xilogravuras, que são
ilustrações das histórias estampadas nas capas dos
livretos, formam a literatura de cordel. As principais
características desse poema são a linguagem coloquial,
é muito presente também o uso de humor , ironia e
sarcasmo, os temas podem ser muito diversos como o
folclore brasileiro, religiosos, profanos,políticos ,
episódios históricos, realidade social, etc; Podem ser
vistos também a presença de rimas, métricas e
oralidade. Esse é um trecho de um poiema de cordel
que foi escrito por Leandro Gomes de Barros que
nasceu em 1860, na paraíba,
“Se eu soubesse que esse mundo
Estava tão corrompido
Eu tinha feito uma greve
Porém não tinha nascido
Minha mãe não me dizia
A queda da monarquia
Eu nasci, fui enganado
Pra viver neste mundo
Magro, trapilho, corcundo,
Além de tudo selado.”
Leandro foi um homem crítico, denunciando abusos de
poder, abordando temas como política, religião, e
acontecimentos importantes na época como a Guerra
de Canudos e o cometa Halley.