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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS SOCIAIS E


AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
APLICADAS
CURSINHO PRÓ – ENEM 2015
LITERATURA BRASILEIRA

LITERATURA NORDESTINA

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Introdução

• A literatura nordestina também é conhecida como literatura de Cordel. É um tipo


de poesia popular, originalmente oral, que passou a ser impressa em folhetos
rústicos e depois em outros tipos de papel. De custo baixo, geralmente estes
pequenos livros são vendidos pelos próprios autores.

• Fazem grande sucesso em estados como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Paraíba e


Bahia. Este sucesso ocorre em função do preço baixo, do tom humorístico de
muitos deles e também por retratarem fatos da vida cotidiana da cidade ou da
região.

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Origem

• A literatura de cordel teve início no século XVI, quando o Renascimento passou a


popularizar a impressão dos relatos que pela tradição eram feitos oralmente pelos
trovadores.

• A tradição desse tipo de publicação vem da Europa. No século XVIII esse tipo de
literatura já era comum, e os portugueses a chamavam de literatura de cego, pois
em 1789, Dom João V criou uma lei em que era permitido à Irmandade dos homens
cegos de Lisboa negociar esse tipo de publicação.

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Chegada ao Brasil!

• Foi no século XVIII que a literatura de cordel chegou em nosso país. Durante o
início da colonização os portugueses a trouxeram e aos poucos ela começou a se
tornar popular.

• Há quem afirme que os folhetos foram introduzidos no Brasil pelo cantador


Silvino Pirauá e em seguida pela dupla Leandro Gomes de Barros e Francisco das
Chagas Batista.

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Chegada ao Brasil!

Para os escritores desse gênero é possível ser o repórter dos acontecimentos,


representante do povo, narrar as histórias de Lampião, de João Grilo, falar
sobre histórias de amor.

Nos dias atuais a região brasileira onde temos o foco da literatura de cordel é o
Nordeste.

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Manifestações literárias nordestina

A literatura nordestina se manifesta em :

Prosa – Cordel

Nos romances – Livros, Filmes

Teatro – ( peças teatrais )

Poemas ( Músicas)

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Na prosa ( cordel)

Quadra – uma estrofe de quatro versos


Sextilha – uma estrofe de seis versos
Septilha – uma estrofe de sete versos, essa é a mais rara
Oitava – uma estrofe de oito versos
Quadrão – os três primeiros versos rimam entre si, o quarto com o oitavo e o
quinto, o sexto e o sétimo também entre si
Décima – uma estrofe de dez versos
Martelo – estrofes formadas por decassílabos (estes são muito comuns em
desafios e versos heroicos)

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Prosa ( cordel)

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Romances

Filmes – Auto da Compadecida , Morte e vida Severina.

Livros – Ciço de Luzia, Auto da Compadecida ..

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Teatro

Auto da Compadecida;

Ciço de Luzia;

As Coroas.

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Poema

• Musicas de Luiz Gonzaga, Flavio José, Marinez e Amazam..

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Marco do regionalismo nordestino

• Inserido no chamado romance de 30, o marco do regionalismo nordestino na


literatura se dá com a publicação da obra A Bagaceira (1928), de José Américo
de Almeida.

• O romance nordestino foi o primeiro grande momento da literatura brasileira,


que pela primeira vez passa a exportar um estilo literário, influenciando
principalmente os autores portugueses, que, reféns de uma linguagem arcaica,
buscaram na escrita nordestina o estilo coloquial e espontâneo de que eram
desprovidos”

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Características da Literatura nordestina

• Suas ilustrações são feitas por xilogravuras;

• Possui uma essência cultural muito forte, pois relata tradições culturais regionais e
contribui bastante para a continuidade do folclore brasileiro;

• São baratos e por isso atingem um grande público e isso acaba sendo um incentivo
à leitura;

• Quando os textos são considerados romances temos alguns recursos muito


utilizados na narrativa, como: descrição de personagens, monólogos, súplicas,
preces por parte do protagonista;
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Características da Literatura nordestina
 Suas histórias têm como ponto central uma problemática que deve ser
resolvida com a inteligência e astúcia do personagem.

 Sempre há um herói que sofre por não conseguir ficar com o seu amor, isso
pode ser devido a uma proibição dos pais, noivados arranjados, coisas que
impedem que o casal de ficar junto.

 No final da história, o herói sempre sai ganhando, caso ele não consiga
realmente o que queria há outra forma de equilibrar a história e fazer com que
ele seja favorecido de alguma forma.

• Linguagem coloquial, objetiva.

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Temas abordados na literatura nordestina.

 A seca
 O coronelismo
 Exploração
 Movimentos migratórios
 Família patriarcal
 Fanatismo religioso
 Crise dos engenhos
 Ascensão social
 O homem hostilizado
 O cangaço

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Temas abordados na literatura nordestina.

A seca
O sertão nordestino é um dos elementos mais importantes para compreender a
literatura criada na região. Em suas obras, a maioria dos escritores tomou a seca
como um “personagem” determinante em suas tramas. Dentre eles, destaca-se a
escritora Rachel de Queiroz, que expôs os desafios de sobreviver em meio a essa
paisagem na obra O Quinze

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Temas abordados na literatura nordestina.

O coronelismo

Em uma sociedade dominada por dois extremos – de um lado, os grandes


proprietários; do outro, os trabalhadores – na luta pela sobrevivência, o coronelismo
é um tema recorrente na literatura nordestina. O poder dos coronéis já fora retratado
em inúmeras obras, dentre elas, são Bernardo, de Graciliano ramos. “Paulo Honório,
protagonista do livro, conquista fortuna graças à exploração de seus funcionários e
disputas ilegais de terra”.

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Temas abordados na literatura nordestina.
Exploração

Um dos temas centrais do romance nordestino, a exploração dos oprimidos, sobressai em


diferentes narrativas, em tom de crítica a uma realidade injusta e dividida. Em Bagaceira, de
José Américo de Almeida, o narrador dá voz a essa dominação sofrida há séculos pela
população pobre nordestina, que não tem forças para lutar contra o senhor do engenho, o
coronel.

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Temas abordados na literatura nordestina.

Movimentos migratórios

A falta de oportunidade decorrente da seca fez com que muitas famílias migrassem de
um lugar para outro em busca de novas oportunidades de trabalho e sobrevivência.
“Essa caminhada em busca de melhores condições de vida é o tema central de vidas
secas, de Graciliano ramos, uma das obras mais lidas e cultuadas do romance
nordestino”.

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Temas abordados na literatura nordestina.

Família patriarcal

Em uma sociedade dominada por grandes fazendeiros, especialmente os donos de


engenho, muitos deles herdeiros, é comum a predominância de uma sociedade aos
moldes patriarcais – tema que alimentou muitos romances, com destaque para a
obra memorial de Maria moura, de Rachel de Queiroz, cuja protagonista se mantém
presa a esses valores.

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Temas abordados na literatura nordestina.

Fanatismo religioso

Presente no cotidiano de seus moradores, a religião, assim como as demais relações


sociais das pequenas cidades, também se tornou elemento estruturante do romance
nordestino. Esse fanatismo religioso se mantém intenso na obra fogo morto, de José
Lins do rego, uma obra marcada pela tristeza e uma atmosfera densa, impregnada de
misticismo.

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Temas abordados na literatura nordestina.

Crise dos engenhos

Em uma época marcada pela produção do açúcar, josé lins do rego encontrou nos
engenhos a matéria para escrever algumas de suas obras, em clico denominado
“ciclo da cana de açúcar", que compreende as obras menino de
engenho, doidinho, banguê, moleque ricardo e usina, retratando as durezas da vida
do trabalhador e as crises passadas pelos engenhos, fadados a ruínas, em acelerada
decadência.

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Temas abordados na literatura nordestina.

Ascensão social

A ascensão é um ponto muito abordado nas obras sobre o nordeste, que retratam os
anseios da protagonista para desfrutar dos privilégios da posse do dinheiro e poder,
seja por meios ilegais ou pelo suor do trabalho. Em quase todas as suas obras, o
alagoano Graciliano Ramos aborda o tema, como pode ser notado em caetés, seu
primeiro romance, e São Bernardo.

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Temas abordados na literatura nordestina.

O homem hostilizado

Uma temática muito vista na criação literária nordestina é a figura do homem rude,
hostilizado pelo ambiente no qual está inserido, tendo de conviver com as durezas
do dia a dia em sua luta constante pela sobrevivência e imposição de respeito. “Esse
homem é hostil, é o reflexo da realidade hostil que o cerca“.

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Temas abordados na literatura nordestina.

O cangaço

O termo "cangaço" é atribuído a bandos armados rebelados contra um sistema


precário de ascensão social no nordeste. A denominação é dada ao tipo de luta
armada tão comum no sertão. Na literatura, os cangaceiros também marcaram
presença em obras de José Lins do Rego e, principalmente, João Guimarães Rosa,
autor de um "tratado" sobre o tema intitulado grande sertão: veredas, uma das mais
importantes e complexas obras já produzidas pela literatura brasileira.

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Autores que se destacaram na literatura nordestina.

• Rachel de Queiroz - FORTALEZA


• Graciliano Ramos – ALAGOAS
• Paulo Honorato – SÃO LUIS
• José Américo – AREIA PARAÍBA
• José Lins do Rego – JOÃO PESSOA PB
• João Guimarães Rosa – MG SE RADICALIZOU NO MARANHÃO

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Autores que se destacaram na literatura nordestina.

• João Cabral de Melo - RECIFE


• Ariano Suassuna -PARAÍBA
• Jorge Amado –BAIA
• Josué Montelho- SÃO LUÍS
• Aluísio de Azevedo – SÃO LUIS
• Gonçalves Dias- SÃO LUÍS

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Autores que se destacaram na literatura nordestina.

• Patativa do Assaré – CEARÁ


• Manoel Bandeiras - RECIFE
• João Cabral de Melo Neto – RECIFE
• José de Alencar - CEARÁ
• Arthur Azevedo - SÃO LUÍS
• José Louzeiro –SÃO LUIS
• Ferreira Gulla – SÃO LUÍS

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EXECÍCIOS

• Viva a São João

• Bom São Pedro.

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