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Fiestas de Lisboa

SOBRE

Existem outras cidades portuguesas que celebram as Festas de Santo António mas, em Lisboa, as
festividades contam com a presença de milhares de locais e visitantes. Todos os anos em junho,
Lisboa acolhe as festas antoninas, dedicadas a Santo António. No dia 12 de junho saem à rua as
Marchas Populares que representam os bairros de Lisboa. São milhares de pessoas – de várias idades
e nacionalidades – que vão assistir ao desfile na Avenida da Liberdade. Durante a noite de Santo
António há vários arraiais nos bairros da cidade – Alfama e Madragoa são dos que mais gente
concentram – com música popular e bailes pela noite fora. As esplanadas e os fogareiros estão
montados, para se provarem os pratos típicos das festas: caldo verde, sardinha assada e sangria para
acompanhar. O cheiro a manjerico, a planta ligada às festas, sente-se em todo o lado. Casamentos de
Santo António 2014 – Direitos Reservados CML Por ser considerado um santo casamenteiro (Santo
António), nesta data são realizados os Casamentos de Santo António, em que vários casais casam no
mesmo dia e na mesma igreja. É já uma tradição com muitos anos, como conta a história da
iniciativa. Veja aqui o vídeo das Festas de Santo António para saber como é o ambiente, pelo menos,
no bairro de Alfama onde foi filmado. As Marchas Populares (veja o vídeo) são outra das tradições de
Santo António e representam os bairros lisboetas. São feitas de cor, animação, música popular,
coordenação dos participantes e rivalidade. Os participantes treinam, o ano inteiro, para
impressionarem os juízes e alguns bairros contam com a presença de padrinhos ou madrinhas, que
costumam ser pessoas conhecidas.
Fiestas de Lisboa
Eventos Destacados

Con el olor a verano en el aire, las Fiestas de Lisboa llenan de animación los rincones más típicos de la
ciudad y las calles son invadidas por miles de personas.

San Antonio, profundamente venerado en toda Lisboa, y considerado el auténtico patrón de la


ciudad, da nombre a unas fiestas que alcanzan su punto álgido en la noche del 12 de junio con el
desfile de las marchas populares por la Avenida da Liberdade. En la tarde del día 13, la procesión en
honor a este santo popular, que tiene fama de casamentero, recorre las calles que rodean la Catedral
y aporta el carácter religioso a las fiestas.

Por las noches se celebran verbenas que animan los barrios típicos de Lisboa, desde Castelo a
Mouraria, Graça, Alfama, Ajuda y Bairro Alto, con mucha música y baile al ritmo de las canciones
populares. Adornadas con guirnaldas y globos de colores, las calles están invadidas por el olor de las
sardinas asadas y por los aromas de las albahacas acompañadas de un clavel de papel y de unas
estrofas alusivas a Santo António.

Junio es el principal mes de estas fiestas, que se prolongan durante el verano e incluyen eventos muy
diversos como espectáculos de fado, jazz y otros géneros musicales, fado en los tranvías que cruzan
la ciudad, festivales de cine y teatro, pruebas deportivas y exposiciones.
Como sobreviver ao Santo António em Alfama (e
na Bica)
Sardinhas assadas em noite de Santo António
Tarde de 12 de junho. Há cheiro a sardinha assada no ar, os bairros históricos de Lisboa estão
decorados com luzes, grinaldas coloridas,
manjericos e muitas banquinhas, mais ou
menos improvisadas, de venda de comida e
bebidas. Nos largos e praças há palcos
montados para bailaricos e arraiais. Os
desfilantes das marchas populares circulam,
fazendo os últimos preparativos. Grande parte
da cidade se prepara para celebrar a noite de
Santo António, que antecede o dia do santo. É
“A” festa de Lisboa, vivida intensamente pelos vizinhos mais bairristas, pelos estrangeiros à procura
de festa e por todo o espetro de gente entre uns e outros.

Talvez porque o feriado municipal de Lisboa calha no dia de Santo António, e porque esta festa é
uma tão grande celebração, é crença geral que o Santo António é o santo padroeiro da cidade. Não é.
Ainda que seja um santo igualmente (ou possivelmente mais) querido, o padroeiro de Lisboa é São
Vicente. Isso não invalida que as festas de Santo António, “Os Santos”, como são referidas, sejam a
maior festa de Lisboa.

Marchas Populares na Avenida da Liberdade, Lisboa


Começa a cair a noite e milhares saem à rua para
ver as marchas populares descer a Avenida da
Liberdade, comer sardinhas assadas, caldo verde e
febras, beber litros de vinho, sangria e cerveja,
dançar musica pimba nos bailes e caminhar
pelos bairros, sem rumo até o sol nascer, como se
de uma romaria se tratasse.

De todos, Alfama é o mais concorrido. Durante


muito tempo foi o que se “vestia” melhor para as
festas, e onde estavam os bailes mais animados. A topografia de ruas estreitas com muitas
tasquinhas ajudava ao encanto. Hoje em dia muitos outros bairros se preparam a rigor, mas Alfama e
a Costa do Castelocontinuam a ser o lugar para onde quase toda a gente se dirige, pelo menos
durante parte da noite. Tanto, que se tornou absolutamente caótico. As ruas e os largos ficam
lotados, não se consegue caminhar – muito menos dançar – e conseguir um lugar para comer é uma
guerra. A Bica, durante algum tempo uma alternativa viável, seguiu o mesmo caminho.

Bailarico em Alfama
Está avisado. Mas, se mesmo assim achar que não há Santos sem passar por Alfama, ou que há que
gritar “A Bica é Linda!”, aqui ficam 9
conselhos úteis para conseguir tirar o melhor
proveito possível da noite de Santo António.

Dicas para aproveitar o Santo António em


Alfama

1. Chegar a Alfama cedo

Mesmo cedo. Por volta das cinco da tarde


cedo. É a única maneira de ainda conseguir ver e aproveitar o bairro enfeitado e animado, antes das
hordas de gente. Bebem-se umas cervejinhas de fim de tarde, e ainda se consegue uma mesa para
jantar descansado.

2. Se for para andar a circular, fazê-lo a essa hora.

Parte da tradição não escrita dos Santos é andar de um lado para outro a espreitar os bailaricos e
“correr as capelinhas”. A partir da noite isso implica meia hora para andar 100 metros, 20
empurrões, 30 cotoveladas e 40 pisadelas, para chegar a um sítio igualmente cheio. Se quiser andar
em romaria, então aproveite a tarde. Depois disso é escolher um lugar, assentar arraiais e ficar por
ali.

3. Esquecer a qualidade das sardinhas (e do vinho)

Poderá haver exceções, mas nesta noite os preços estão inflacionados e a qualidade é inferior à que
se consegue em qualquer tasca, noutra altura. Ainda assim, aquela sardinha no pão às tantas da
manhã, depois de 3 horas a dançar o “Apita o comboio” vai saber pela vida. Quanto ao vinho…
melhor ficar pela cerveja.

4. Levar dinheiro suficiente

Não há multibancos no meio do bairro de Alfama. Para tentar levantar dinheiro no multibanco (se
ainda houver) há que descer até à R. Jardim do Tabaco, ou Santa Apolónia, em Alfama, ou subir ao
Calvário ou descer à Rua de São Paulo, na Bica. Com a dificuldade de movimentação, isto pode ser
tarefa para umas boas horas.

5. Usar sapatos fechados

Lembra-se das 40 pisadelas ao fim de 100 metros? Agora junte banho de cerveja dos copos do lado,
vidros pelo chão e bailarinos mais afoitos. Os seus dedinhos vão agradecer.

6. Esquecer o carro

Estacionar é impossível, com a quantidade de gente e de ruas cortadas. Conduzir depois é altamente
desaconselhado, se beber. Não só é sempre perigoso como, nesta noite, há reforço de polícia e
operações stop por todo o lado.

7. E estar preparado para caminhar para casa (seja ela onde for)

Arranjar táxi é missão impossível. Portanto, ou de metro, até à 1 da manhã e depois das 6:30, ou a
pé.

8. Treinar a bexiga para aguentar

A festa faz-se na rua, onde não há casas de banho. Os restaurantes e cafés fecham-nas ou restringem
o uso aos clientes, para evitar o terror de ter milhares de pessoas a utilizá-las. Juntar a isto os litros
de cerveja que se bebe… não é uma mistura simpática. Algumas pessoas abrem as suas casas de
banho de casa, a troco de pagamento. Ou então, é encontrar um cantinho mais resguardado, e cá vai
disto. Não é atitude que queiramos estimular, mas é sabido que, nesta noite, vale tudo menos tirar
olhos – e não há muitas alternativas. Quem nunca esteve de rabo ao léu numa noite de Santo de
António que atire a primeira pedra.

9. Levar apenas o essencial na carteira

E mantê-la em zona pouco acessível. Locais com multidões são ótimos para carteiristas. A confusão e
o álcool também são amigos da violência, em pessoas mais suscetíveis, e esta noite costuma ser
prolífica em histórias de brigas. Se vir que o ambiente está estranho, é altura de ignorar o conselho
número 2 e seguir para outro lugar.

Alfama é um dos bairros mais concorridos durante as Festas de Lisboa


Ainda com vontade de passar a noite de Santo António em Alfama? Então, um último conselho:
muna-se de muita paciência, e vá com a corrente.
Se ficar parado a caminho das Portas do Sol, cante
mais alto “Cheira bem, cheira a Lisboa”, beba mais
uma e não desespere com as multidões. Tenha um
Santo António memorável. E depois conte-nos
como foi.

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