O documento discute a evolução dos camundongos através da análise de genes relacionados à pigmentação, como o gene MC1R e o gene ASIP. O gene MC1R codifica o receptor de melanocortina-1 que regula a produção de eumelanina e feomelanina, enquanto o gene ASIP codifica a proteína sinalizadora agouti que inibe a produção de eumelanina. Variações nesses genes afetam a coloração dos camundongos, com mutações no gene ASIP associadas a fenótipos claros ou esc
O documento discute a evolução dos camundongos através da análise de genes relacionados à pigmentação, como o gene MC1R e o gene ASIP. O gene MC1R codifica o receptor de melanocortina-1 que regula a produção de eumelanina e feomelanina, enquanto o gene ASIP codifica a proteína sinalizadora agouti que inibe a produção de eumelanina. Variações nesses genes afetam a coloração dos camundongos, com mutações no gene ASIP associadas a fenótipos claros ou esc
O documento discute a evolução dos camundongos através da análise de genes relacionados à pigmentação, como o gene MC1R e o gene ASIP. O gene MC1R codifica o receptor de melanocortina-1 que regula a produção de eumelanina e feomelanina, enquanto o gene ASIP codifica a proteína sinalizadora agouti que inibe a produção de eumelanina. Variações nesses genes afetam a coloração dos camundongos, com mutações no gene ASIP associadas a fenótipos claros ou esc
O receptor parece seguir um padrão dominante nos animais, pois está
presente em diversas espécies, não sendo restrito a mamíferos, mas se apresenta também em aves, répteis e peixes (Hubbard et al. 2010), como também em sequenciamento, já que já se tem conhecimento de códons específicos em sua estrutura.
O gene MC1R (receptor de melanocorticona-1), está localizado, na espécie
humana no cromossomo 16. Esse gene possui apenas um exón, transcrito por RNA mensageiro e compõem a proteína MC1R (receptor de membrana dos melanócitos, acoplado a proteína G). Este gene atua como agente na pigmentação dos animais, especialmente vertebrados) e a proteína promove a conexão entre o intra e o extracelular. A regulação da produção de melanina é iniciada com a ligação de uma molécula ligante no receptor MC1R. Há dois tipos de ligantes, antagônicos, que podem se ligar: O alfa-MSH: Hormônio estimulante de melanócitos (secretado pela pituitária). Quando se liga ao receptor ativa a enzima tirosinase e outras enzimas, como também produção de eumelanina (coloração marrom ou preta). Proteína ASIP: Sinalizadora de agouti. Se esta proteína se liga a atividade da tirosinase diminui, por consequência a produção de eumelanina e a feomelanina (creme, amarelo, vermelho) é ativada. ►+ sobre tirosinase: essencial para síntese de melanina, realiza oxidação (perda de e-) do aminoácido tirosina em dopaquinona, que é polimerizado formando a eumelanina. Mutações neste gene, com alelos dominantes sendo originados, podem aumentar ou diminuir e maiores proporções a produção de eumelanina, o que influencia, por consequência, a produção de feomelanina. Feomelanina não protege a pele contra UV, e maiores quantidades aumentar riscos de danos. Algumas variações do gene MC1R aumentam efeitos citotóxicos causados pela radiação, mas isso independe do tom de pele. Pesquisas recentes associam alelos deste gene aos ruivos, pois provocam alterações estruturais no receptor.
O gene ASIP age na regulação da pigmentação nos animais, sendo descrito
como um candidato relevante para o estudo da variação na pigmentação. A proteína sinalizadora agouti é uma molécula de 131 aminoácidos que age como um agonista competidor do hormônio estimulante alfa-MSH junto ao MC1R, inibindo a síntese de eumelanina.
As mutações de perda e ganho de função no gene SIP apresentam efeitos
fenotípicos opostos em relação ao gene MC1R. As alterações de ganho de função no MC1R levam a fenótipos escuros devido à produção de eumelanina e a perda de função no ASIP leva a fenótipos escuros e o ganho de função inibe a produção de eumelina e, por consequência, gera fenótipos claros.
Em camundongos as mutações no gene ASIP associadas a alterações na
coloração foram descritas tanto na região codificante quanto em regiões regulatórias. Alelos que causam o aumento na expressão do ASIP resultam em uma maior produção de feomelanina em relação à eumelanina e, por consequ~encia, em fenóticos claros. Por outro lado, alterações genéticas que reduzem a expressão do gene ou afetam a funcionalidade da proteína são associados a fenótipos escuros. Diversos alelos do gene ASIP são conhecidos em camundongos, sendo que os alelos que produzem fenótipos claros (feomelanina) apresentam de dominância em relalção aos alelos associados à produção de eumelanina.
O alelo letal amarelo (lethal yellow – Ay) em camundongos é caracterizado
por deleção de aproximadamente 120 kb na região promotora dos genes ASIP e Raly, resultando na expressão constante do gene ASIP e no fenótipo amarelo nos heterozigotos, sendo letal quando em homozigose. Além dos efeitos na pigmentação este alelo resulta em diabetes, infertilidade, obesidade e suscetibilidade ao desenvolvimento de tumores, demonstrando o papel do gene em outros processos metabólicos.
Qualquer proteína ou enzima é codificada por genes e transcrita por
ribossomos. Os genes são herdados de seus ascendentes e podem sofrer alterações durante a vida do indivíduo, por diversos motivos. As mudanças no genótipo e fenótipo ocorrem e são importantes para a persistência das espécies, garantido uma maior variabilidade genica e aumentando as possibilidades de adaptação ao ambiente. Com a variabilidade os genes são selecionados pelo meio. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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SILVA, Natalia Apolonia Belino Bonfim. Melaninadas e Melaninados No Paraná Presença, Beleza e Resistência. in Cadernos Pedagógicos Oralidade Afroparanaense