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(*) Quando você começa a ficar com sono - aquele período crepuscular entre estar
totalmente acordado e totalmente dormindo - suas ondas cerebrais mudam, para
ficar na faixa de 4 a 7 ciclos por segundo, ou seja, nível teta. Antes, entretanto, de
você atingir este estado, sua mente opera no nível alfa (baixo) por alguns minutos,
e que segundo o Dr.Terry Wyler Webb, é a faixa apropriada para que sejam
atingidos os níveis mais profundos da mente, ou seja, a mente subconsciente. É nos
estados alfa e teta que as grandes proezas da supermemória - juntamente com os
poderes de concentração e criatividade - são atingidos.
Você já está na cama, pronto para dormir. Nada mais tem a fazer; as portas já estão
fechadas e as janelas isolam o excesso do barulho de fora, se bem que o barulho
ininterrupto e sempre da mesma da mesma intensidade, como o do trânsito que flui
lá fora, perturba menos que um despertador, a campainha do telefone ou o latido de
um cão no quintal do vizinho. Mas você está pronto, as luzes estão apagadas e você
está deitado, de costas; as pernas não se cruzam e os braços estão dispostos ao
longo do corpo, sem tocá-lo.
Fixe então os olhos na tal rodelinha de cartolina, respire fundo duas ou três vezes e,
sem jamais tirar os olhos deste ponto, pense nos seus pés. Diga a si mesmo,
mentalmente, que você usou estas pernas o dia todo e ponha na cabeça que está
muito cansado de uma longa caminhada que acaba de fazer. Imagine que seus pés
estão cansados, pesados, parecendo de chumbo. Espere alguns instantes até sentir,
realmente, seus pés pesados. Depois faça com que esta sensação de peso vá
subindo pelo corpo: barriga da perna, joelhos, coxas, costas, nuca. Procure sentir
que estão realmente pesados, muito pesados.
Continuando...
Assim que perceber os olhos fechados, diga mentalmente a si mesmo: “Da próxima
vez entrarei mais depressa e mais intensamente no estado de profundo
relaxamento; a cada vez que pratico o relaxamento profundo chego mais depressa e
mais intensamente a este estado”.
Neste exato momento, os poros do seu subconsciente estão abertos e isso quer
dizer que você pode ditar tarefas para si mesmo, tarefas estas que posteriormente
se realizarão, supondo-se, naturalmente, que estas tarefas ou ordens sejam
racionais, executáveis e possíveis de serem realizadas por você. Veja um exemplo
de uma ordem racional e executável que pode ser dada por qualquer pessoa e
realizada, posteriormente, com êxito: “Daqui em diante, comerei vagarosamente,
mastigando bem”, ou, “para mim não existem mais os alimentos que engordam,
como frituras e chocolate.”
Você também pode melhorar sensivelmente a sua aparência, adquirindo até mesmo
ares atraentes, dando esta ordem ao seu subconsciente : “De hoje em diante,
aparentarei uma expressão mais jovial, meus olhos estarão sempre brilhantes e
manterei sempre uma postura atraente”.
Admite-se uma ordem pós-hipnótica como uma sugestão racional e executável que
não vá de encontro aos princípios éticos, morais, religiosos e de comportamento do
hipnotizado.
Quando é própria pessoa que se hipnotiza, também pode dar ordens pós-hipnóticas
e certamente as cumprirá. Não fosse assim, nem a hipnotização de outro, nem a
auto-hipnose teriam sentido de ser.
A mesma coisa que um médico hipnotizador ordena a seu paciente hipnotizado, nós
também nos podemos sugerir na auto-hipnose. Chamamos isso, na linguagem
médica, de “formação da intenção”.
A voz do povo diz que o caminho do inferno está ladrilhado de bons propósitos e,
geralmente, a voz do povo não erra, principalmente nesta frase. Vejam este relato
que tem muito a ver com pessoas que conhecemos bem de perto:
Desta forma, Arthur colocou até a sua honra em jogo; afirmara em alto em bom tom
que, definitivamente, não poria mais um cigarro sequer na boca e que deixaria de se
chamar Arthur Brington se voltasse a fumar. E até desafiou alguns amigos para uma
aposta. Só que Arthur esqueceu-se de avisar ao subconsciente, que continuava com
a velha imagem de “como o cigarro é gostoso!!!” Com isso, a cada momento, a cada
minuto, uma voz interna (o seu subconsciente) voltava e lhe repetia a mensagem
gravada: “Como o cigarro é gostoso!!!”
Logo nas primeira horas após a decisão anunciada, Arthur começou a se martirizar
com a falta do cigarro, como é normal naqueles que querem abandonar o vício. Mas
percebeu logo que luta seria mais difícil do que imaginara. Começava aí um terrível
sofrimento: de um lado a sua honra, sua palavra, sua decisão; de outro, seu
subconsciente relembrando “como é gostoso fumar!!!” Quem venceria?
Não precisou muito tempo. O relógio não tinha ainda marcado o meio-dia quando
veio então um grande choque pelo fax da empresa: um negócio de muitos milhões
de dólares que estava praticamente fechado fora desfeito pelo cliente, trazendo um
grande prejuízo para ele e seus acionistas. Arthur não se conteve: “- Desgraça!!! E
não tenho nem um cigarrinho aqui como consolo! Que se dane o mundo! Prefiro
expor minha vida ao perigo!!!”
O que Arthur Brington não sabia - e pouca gente sabe - é que não tem nenhum
sentido o consciente propor alguma coisa contra a qual o subconsciente se revolta.
Enquanto a pessoa não convencer seu inconsciente de que o fumo lhe é
inteiramente indiferente, enquanto tiver na cabeça que fumar é algo muito
prazeroso, nada adiantará. Nenhuma decisão perdurará, por mais lógica e sensata
que seja. É preciso, antes, reprogramar a mente com uma sugestão forte e definida,
do tipo “o cigarro é totalmente indiferente para mim”.
Quem já foi um dia fumante inveterado e para quem agora o cigarro nada mais
representa, sabe como se pode mudar definitivamente o ponto de vista a respeito de
uma coisa. Quando através da hipnose ou auto-hipnose, se inculca no subconsciente
que isto ou aquilo é completamente indiferente, seja o fumo, a bebida ou até mesmo
alguma pessoa, o subconsciente reponde naturalmente, no mesmo grau e
intensidade. Arthur não teria se martirizado nem apelado para o cigarro naquele
momento crítico se tivesse, previamente, “avisado” ao inconsciente que ele não
tinha mais o menor interesse em fumar cigarros.
Outras dicas para você formular seus propósitos que se converterão em ordens ao
subconsciente:
Veja a seguir três exemplos de exercícios auto-hipnóticos que você pode começar a
praticar agora mesmo, se for o seu caso. Leia muitas vezes até que as idéias
propostas penetrem, definitivamente, no seu subconsciente. E assim, que se
convertam em verdade!
O medo é só uma ilusão, nada mais do que isso. E, como toda ilusão, ela terá sempre o
tamanho e a importância que você quiser que ela tenha.
No entanto, você não pode admtir que uma ilusão tenha mais valor do que as coisas que
você aprendeu e que compõem o seu "mundo verdadeiro". Portanto, se você sabe, se
você aprendeu, VAI LEMBRAR SEMPRE QUE QUISER LEMBRAR.
Leia esta frase em voz alta, tantas vezes quantas forem necessárias para que ela tome
conta do seu subconsciente. Decore-a e repita sempre, mentalmente, várias vezes por
dia. À noite, antes de dormir, faça o exercício de relaxamento e pense firmemente nesta
frase:
VENCENDO A TIMIDEZ!
Leia o texto abaixo, calmamente. Nada de ansiedade.
Em primeiro lugar, é preciso deixar bem claro o seguinte: "timidez" não é doença,
não é defeito e não faz de ninguém um ser inferior aos demais. Timidez é apenas
uma maneira de reagir a determinadas situações. É, podemos dizer, uma atitude.
Qualquer pessoa vence a timidez no exato momento em que, diante de uma pessoa
ou de várias pessoas, põe os ombros ligeiramente para trás, ergue a cabeça e olha
fixamente nos olhos do(s) interlocutor(es). Parece difícil? Que nada! Veja: basta
você olhar a primeira vez, deste jeito. Você vai perceber que NADA ACONTECERÁ
com você. Pelo contrário; você vai renascer nesta hora. Acredite: NADA VAI
ACONTECER COM VOCÊ!
Vou lhe dar uma pequena dica: se ainda tiver algum receio de olhar nos olhos do seu
interlocutor, olhe para um ponto situado entre os olhos dele, logo acima do nariz.
Esta providência vai lhe acalmar enquanto, por outro lado, vai deixar o interlocutor
meio perdido, desorientado, submisso. Ele olhará nos seus olhos e não captará o
foco, mesmo "achando" que você está olhando nos seus olhos. Experimente! É até
divertido.
Leia a frase abaixo em voz alta, tantas vezes quantas forem necessárias para que
ela tome conta do seu subconsciente. Decore-a e repita sempre, mentalmente,
várias vezes por dia. À noite, antes de dormir, faça o exercício de relaxamento e
pense firmemente nesta frase:
Aí, Bemard Shaw principiou uma carreira literária destinada a render milhões de
dólares e fazer seu nome famoso em todo o mundo. Mas não foi assim tão fácil...
A situação financeira de Bernard Shaw era tal que muitas vezes ele não tinha o
dinheiro necessário para comprar selos para enviar um manuscrito pelo correio a um
editor. Quando suas roupas se gastavam, Shaw vagava pelas ruas de Londres
escondendo cuidadosamente buracos nos sapatos e mesmo no fundilho das calças.
Suas primeiras peças foram um completo fracasso. Na verdade, Shaw escreveu por
vinte e um anos antes de ganhar o suficiente para sobreviver. Vinte e um anos!
Para você ter uma idéia, quando jovem, Bernard Shaw ia, algumas vezes, visitar
seus amigos. Aqui está, nas palavras do próprio Shaw, como ele se sentia e agia
nessas ocasiões; "Sofria tais agonias de acanhamento, que algumas vezes tinha que
subir e descer por uma rua vinte minutos antes de criar coragem para bater a uma
porta. De fato, muitas vezes eu desisti e voltei para casa."
Poucos homens conheceram na mocidade mais sofrimento que ele. Porém, um dia,
decidiu-se pelo melhor, mais rápido e seguro método existente para vencer a
timidez e o medo: aprendeu a falar em público.
Entrou para uma sociedade de debates. A primeira vez que se levantou para falar,
produziu tal impressão de segurança, que foi convidado a presidir a reunião
seguinte. Estava tão nervoso que suas mãos tremiam. Mas era tão forte a sua
determinação de conseguir superar o acanhamento, que freqüentava todas as
reuniões onde devia haver discussões públicas e sempre se levantava para tomar
parte nos debates. Durante quase doze anos Shaw erguia-se nas esquinas, nos
salões e até mesmo nas igrejas em toda Inglaterra pregando o socialismo, atacando
os provocadores, defendendo-se dos insultos até tornar-se um dos mais brilhantes
oradores da época. E, um dia, alcançou a grande glória.
Shaw sempre se julgou muito ocupado para pensar na morte. "Adoro viver a vida!..."
dizia ele, "A vida, para mim, não é uma simples vela. É uma tocha esplêndida, da
qual me apoderei temporariamente; quero fazê-la brilhar o mais possível antes de
cedê-la às gerações futuras".
Você também tem este imenso potencial criativo, é logico! E você pode expressar sua
criatividade simplesmente dizendo para você mesmo "sou muito criativo, sempre".
Simples, não é mesmo? Saiba que ser criativo é apenas uma questão de decisão
pessoal. E você decidiu que é criativo! E está decidido!
Tenha certeza disto: se você quer se tornar cada dia mais criativo, você pode. Você só
precisa querer ser. É decisão sua. E você já decidiu!
Se você repetir com insistência "eu sou muito criativo!", realmente será. A sua
inteligência reproduz fielmente as coisas que você aprendeu. E esta afirmação é uma
aprendizagem.
Leia esta frase em voz alta, tantas vezes quantas forem necessárias para que ela tome
conta do seu subconsciente. Decore-a e repita sempre, mentalmente, várias vezes por
dia. À noite, antes de dormir, faça o exercício de relaxamento e pense firmemente nesta
frase: