Você está na página 1de 16

CORRELAÇÃO ENTRE ESFORÇO PERCEBIDO E O COMPORTAMENTO DA

FREQUÊNCIA CARDÍACA DE GESTANTES PRATICANTES DE


HIDROGINÁSTICA
Regina Mara Costa Lacerda¹
Stefanny Avelar Rodrigues²
Wilker Vieira Carrijo³
Priscila Figueiredo Campos4

RESUMO
São inúmeras as reflexões acerca do método de percepção subjetiva de esforço (PSE),
idealizado por Borg (2000), correlacionado à prática de Hidroginástica. Nesse sentido, o
presente estudo de campo objetivou investigar se a PSE representada pela Escala de Borg,
possui correlação com a frequência cardíaca mensurada e assim, se esta caracteriza-se como
um método válido para se utilizar em gestantes durante a prática de hidroginástica. Para tanto,
desenvolveu-se uma pesquisa de campo caracterizada por uma abordagem quantitativa,
subsidiada por levantamentos bibliográficos em bases de dados como: Scielo, Google
acadêmico entre outros, busca em livros, revistas, artigos, monografias e outros materiais já
publicados sobre o tema em questão. Para a concretização desta pesquisa, houve a coleta de
dados, efetuada no Espaço Viver Bem - UNIMED em Governador Valadares/MG, tendo a
participação de um número amostral de 11 gestantes, variando entre o quinto e oitavo mês de
gestação e compreendidas entre a idade de 21 à 35 anos. No que tange aos resultados deste
estudo, através das análises dos dados coletados, constatou-se que a PSE declarada só
correspondeu com a frequência cardíaca aferida em apenas uma gestante, sendo nas etapas de
30 e 40 minutos após o início das atividades. As outras 10 gestantes declararam uma
percepção subjetiva de esforço superior à zona de trabalho em que se encontrava em todas as
etapas da coleta. A partir do tratamento estatístico empregado, pode-se observar que os
valores de r, nas três medidas, apresentam valores bem abaixo de 1, sugerindo não haver forte
correlação entre a FC e a PSE.

Palavras-chave: Hidroginástica. Percepção subjetiva de esforço. Gestação. Frequência


cardíaca. Escala de Borg.

1 INTRODUÇÃO

A gravidez é um dos períodos onde o corpo da mulher sofre inúmeras transformações


e adaptações decorrentes do novo ser que está sendo gerado. Dentro dessas alterações
____________________________
¹ Acadêmica do curso de Educação Física Bacharelado, obtenção de novo título, da Universidade Vale do Rio
Doce, Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. E-mail: reginamclacerda@hotmail.com
² Acadêmica do curso de Educação Física Bacharelado, obtenção de novo título, da Universidade Vale do Rio
Doce, Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. E-mail: stefannyavelar@hotmail.com
³ Acadêmico do curso de Educação Física Bacharelado, obtenção de novo título, da Universidade Vale do Rio
Doce, Governador Valadares, Minas Gerais, Brasil. E-mail: wilkercarrijo@hotmail.com
4
Professora Esp. do curso de Educação Física, da Universidade Vale do Rio Doce, Governador Valadares, Minas
Gerais, Brasil. E-mail: priscila.campos@univale.br

1
evidenciam-se as hormonais, emocionais, morfofisiológicas e fisiológicas. Ao se tratar das
alterações fisiológicas, ocorre, dentre outras, uma natural elevação na frequência cardíaca da
mulher, sendo o primeiro e o terceiro trimestre gestacional os períodos em que mais se
manifestarão as sensações de cansaço e fadiga (MACHADO; VIANA, 2015). Sendo assim,
atividades simples passam a ser desconfortáveis e a exigirem maior esforço.
Conforme Lucchesi (2013), a hidroginástica se constitui como um programa de
exercícios específicos, rítmicos, coreografados ou não, realizados em meio líquido, onde a
água oferecerá resistência e sobrecarga aos movimentos. Considerando as mudanças
fisiológicas em que as gestantes estão submetidas, vê-se a hidroginástica como uma das
atividades indicadas para promover a melhoria ou combater aspectos negativos decorrentes da
gestação, visto que são vários seus benefícios, conforme veremos ao decorrer do artigo.
Durante a prática de uma atividade física, é de suma importância que o professor tenha
controle e conhecimento da intensidade dos exercícios que estão sendo aplicados. Para a
realização desse controle e obtenção de dados, há inúmeros métodos e instrumentos que
permitem ao profissional obter tais resultados. Alguns meios possuem alto custo, o que pode
inviabilizar seu uso, dependendo da quantidade de alunos e recursos disponíveis pelo
profissional ou pela empresa. Conforme Alexiou e Coutts (2008, apud MILANEZ et al.,
2012), o método da percepção subjetiva de esforço (PSE) se destaca pelo seu baixo custo
operacional e fácil aplicação. Sendo assim, questiona-se, se a utilização da Escala de Borg
(2000), é um método confiável para se utilizar nas gestantes durante a prática de
hidroginástica.
Dessa forma, busca-se investigar se a PSE, representada pela Escala de Borg, possui
correlação com a FC mensurada. Acredita-se que haverá pequenas divergências quanto à PSE
das gestantes quando comparadas à FC de fato, porém, pressupõe-se ainda que a relação entre
ambos vá se sobrepor.
O presente estudo fundamenta-se na necessidade de novos estudos no campo da
hidroginástica com especificidade no público gestante, com intuito de se estabelecer
resultados conclusivos que norteiem a intervenção do profissional de educação física,
fornecendo subsídios relevantes ao seu trabalho.

2
2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 HIDROGINÁSTICA: BREVE HISTÓRICO E CONCEITOS

Ao longo de várias décadas a água foi utilizada para fins higiênicos e terapêuticos.
Alguns documentos evidenciam que em torno de 1830, Vicent Pressnitz, começou a fazer uso
da água fria e exercícios vigorosos, crendo que isto resultava em benefícios para o corpo
(LUCCHESI, 2013). A tese de Pressnitz, que era então considerada empírica conforme afirma
Skinner e Thomson (1985, apud LUCCHESI, 2013), foi comprovada em 1835, pelo Dr.
Winternitz e demais colaboradores, que havia ciência por detrás das reações provocadas pelo
exercício em meio líquido (FIGUEIREDO,1996 apud LUCCHESI, 2013).
A hidroginástica teve como precursora a hidroterapia, ciência esta aplicada por
fisioterapeutas (BONACHELA, 1994). Esta era utilizada com frequência para recuperação
muscular de atletas e pelo público idoso por apresentar baixo impacto articular e um elevado
nível de segurança (LUCCHESI,2013). Não se sabe exatamente quando chegou ao Brasil,
mas sua ascensão ao redor do mundo ocorreu por volta dos anos 80 (LUCCHESI,2013). Hoje,
a hidroginástica possui vários fins e adeptos e sua utilização abrange vários outros públicos,
não somente os idosos.
De acordo com Bonachela (1994) a hidroginástica não é uma forma de hidroterapia,
embora tenha alguns efeitos terapêuticos. Conforme Lucchesi (2013), a hidroginástica se
constitui como um programa de exercícios específicos, rítmicos, coreografados ou não,
realizados em meio líquido, onde a água oferecerá resistência e sobrecarga aos movimentos.

2.2 GESTAÇÃO E BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA

Considerada por muitos como uma importante fase na vida de uma mulher, este é um
período que precede o parto e está regado por mudanças físicas e emocionais (TORREZAN,
2013). Nesse período, as transformações que ocorrem no corpo da mulher estão em prol do
novo ser que está sendo gerado. Dessas modificações, fisiologicamente falando, fazem parte
as alterações respiratórias, cardiovasculares, hormonais, nutricionais e termorregulatórias.
Em conhecimento dessas mudanças às quais consequentemente torna esse público
vulnerável e necessitado de intervenções multiprofissionais, dentre elas a do profissional de
Educação Física, vê-se a hidroginástica como uma das atividades que promove a melhoria
e/ou combate de aspectos negativos decorrentes da gestação, visto que os benefícios são

3
vários, como apontam Finkelstein et al. (2004) e Kanitz et al. (2010): melhora na condição
cardiorrespiratória, controle sobre o aumento de peso, diminuição do risco de diabetes
gestacional, diminuição na formação de edemas; alivio de dores na coluna, redução do risco
de pré-eclâmpsia, aumento da resistência muscular e da flexibilidade, bem-estar,
sociabilização e etc.

2.3 COMPORTAMENTO DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM MEIO LÍQUIDO

Quando se trata de atividades desenvolvidas com o corpo em imersão, deve-se haver


uma preocupação no que se refere ao comportamento do sistema cardiovascular. Conforme
Andrade et al. (2014) destacam, uma das indicações da hidroginástica dá-se devido a um
melhor comportamento da FC em detrimento à um gasto energético similar, quando
comparado ao mesmo exercício em meio terrestre. Tal fato torna-se interessante para
indivíduos que necessitam dispor de um gasto energético sem que haja uma sobrecarga em
seu sistema cardiovascular, o que torna essa modalidade ainda mais indicada para gestantes,
visto que a cada período gestacional há um incremento na sua FC de repouso (MACHADO e
VIANA, 2011 apud ANDRADE et al., 2014).
A FC, conforme afirmam Graef e Kruel (2006) é uma das variáveis mais utilizadas
para o controle da intensidade do esforço, por ser fácil e prática. Estudos de Kruel et al.
(2001) mostram que, em repouso ou exercício no meio aquático, a FC é influenciada por
fatores como a posição do corpo, a profundidade de imersão, a temperatura da água e pela
diminuição do peso hidrostático.
Um estudo realizado por Denadai et al. (1997) indica a diminuição na FC durante a
imersão. Dessa forma, constata-se a necessidade de levar em consideração esses fatores no
momento de prescrever exercícios em meio líquido, pois devem ter os exercícios em ambiente
aquático, prescrição diferenciada dos exercícios em meio terrestre (ALBERTON; KRUEL,
2009).

2.4 PERCEPÇÃO SUBJETIVA DE ESFORÇO

Para Borg (2000) a percepção de esforço está relacionada à intensidade subjetiva de


esforço que são experimentados durante os exercícios físicos aeróbicos e de força. No que se
refere à definição de sensação e percepção, segundo o autor, sensação envolve estímulo
sensorial final e a percepção envolve além da sensação pura estímulos complexos, internos e

4
externos, os quais muitas vezes podem não estar relacionados aos órgãos sensoriais. Sendo
assim, podemos entender que durante o esforço físico uma série de sensações tais como calor,
visão, tensão, podem ser percebidas ao mesmo tempo.
Com intuito de definir a percepção de esforço foram criadas diferentes escalas. Para
Borg (2000), o esforço percebido é medido através do grau de peso e tensões vivido durante o
trabalho físico estimado, conforme um método específico. O referido método é uma tabela de
escala subjetiva de 06 a 20 para controle do esforço acumulado. Cada número apresenta uma
intensidade, sendo assim, o número 7, por exemplo, destaca a expressão “Extremamente
Bem”; o número 9, a expressão “Muito bem”; o número 13, a expressão é “Pouco cansado
(a)”; já no número 15, tem-se a palavra Cansado (a)”; o número 17 é representado pela
expressão “Muito Cansado (a); o número 19, a frase “Extremamente Cansado (a); e o número
20 pela palavra “Exaustão”.
A figura 1 representa a escala proposta por Borg (2000).

Figura 1 – Escala Subjetiva de Esforço de Borg

Fonte: BORG (2000)

No presente estudo, optou-se por utilizar a Escala de Borg Adaptada e a escolha deu-
se por ser uma adaptação da escala original para uma mais simples, o que facilitaria a
compreensão do público pesquisado, como sugerido por Vivacqua (1992).

5
Figura 2 – Escala de Borg Adaptada

Fonte: VIVACQUA (1992).

3METODOLOGIA

3.1 TIPO DE ESTUDO


A pesquisa possui um caráter quantitativo, visto que se baseou em medidas numéricas
de poucas variáveis objetivas, com ênfase na comparação de resultados e no uso
procedimentos estatísticos (WAINER, 2007).

3.2 ASPECTOS ÉTICOS


Para legitimar o processo de coleta, as participantes voluntárias assinaram um Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Como critério de inclusão adotou-se a
participação voluntária das gestantes que se dispuseram a realizar a aula com a monitoração
dos pesquisadores. Foram excluídas as gestantes que se manifestaram contrárias à
participação, àquelas que apresentavam algum problema de saúde e aquelas que estavam no
primeiro trimestre gestacional.

3.3 AMOSTRA
A amostra deste estudo foi composta por 11 gestantes, variando entre o quinto e oitavo
mês de gestação e com idade entre 21 e 35 anos (média = 29,27 e desvio padrão ±3,86). Todas
as participantes eram alunas do Projeto Bem – Viver, da Casa Unimed/GV. A amostra foi

6
dividida em dois grupos, sendo A e B, de acordo com o trimestre gestacional. O grupo A,
composto por 7 gestantes que estavam no segundo trimestre gestacional, e o grupo B, por 4
gestantes do terceiro trimestre gestacional.

3.4 PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS


Para desenvolver esta pesquisa foram obedecidas as seguintes fases: Realizou-se uma
pesquisa bibliográfica em bases de dados como Scielo, Google acadêmico entre outros, busca
em livros, revistas, artigos, monografias e outros materiais já publicados sobre o tema em
questão, e posteriormente, foram determinadas as técnicas utilizadas na coleta de dados e na
análise dos resultados.
A coleta de dados foi efetuada no Espaço Viver Bem - UNIMED, localizado na Rua
Cora Coralina, 549 - Belvedere, cidade Governador Valadares – MG. Primeiro foi realizado o
contato com a coordenação e um pedido de solicitação formal explicitando a causa. Após a
liberação, fez-se o contato com a professora orientadora da atividade de hidroginástica para
gestantes explicando os objetivos da pesquisa e os procedimentos que seriam realizados. Na
semana anterior a coleta, sem a presença dos pesquisadores, a professora explicou para as
alunas os detalhes pertinentes ao projeto e a coleta de dados. Essa preferência surgiu da
necessidade de evitar algum possível constrangimento e para que as gestantes se sentissem
mais à vontade para se opor ou sanar dúvidas.
Para a execução da coleta de dados foram adotados alguns procedimentos, a princípio,
foram divididas duas datas de coleta, 25 e 29 de setembro de 2018, ambos às 18h e 00min,
sendo 06 gestantes no primeiro dia e 5 gestantes no segundo dia. Os instrumentos utilizados
no ato da coleta foram: Frequencímetro da marca Polar modelo FT1, a Escala de Borg
adaptada, pranchetas e caneta para as devidas anotações.
A abordagem iniciou-se com a apresentação pessoal dos pesquisadores e explicação de
como se procederia a coleta. Em seguida, foram coletados dados iniciais como nome, idade,
se faziam uso de alguma medicação e se possuíam alguma patologia. Após a obtenção dessas
informações, colocou-se os frequencímetros nas gestantes.
Houveram três aferições da FC por gestante e simultaneamente a cada aferição, as
gestantes responderam o questionamento relacionado à PSE tendo como base de referência a
Escala de Borg adaptada. As aferições em questão foram iniciadas após 20 minutos do início
da aula de hidroginástica, por opção dos pesquisadores, visto que a parte inicial das aulas
(primeiros 10 minutos) foi aplicada exercícios de baixa intensidade, visando o aquecimento e

7
a preparação das gestantes para a parte principal da aula. Dessa forma, a 1ª aferição ocorreu
após 10 minutos do início da parte principal da atividade, a 2ª aferição, após 20 minutos do
início da parte principal da atividade e a 3ª, próximo ao término do momento de volta à calma.
A escolha do uso da Escala de Borg Adaptada de Vivacqua (1992) deu-se por ser uma
adaptação da escala original para uma mais simples, o que facilitaria a compreensão do
público pesquisado.

3.5 TRATAMENTO ESTATÍSTICO


Por fim, após a coleta dos dados, os resultados foram tabulados em uma planilha a
qual se utilizou como base para cálculo da frequência cardíaca máxima das voluntárias as
equações de Calvert et al. (1977) que sugere a fórmula “FCTmáx = 192 - (0,7 x idade)”, visto
que a FC para mulheres por predição uma vez que não há na literatura a base para cálculo da
FC exclusiva para gestantes.
Realizou-se a estatística descritiva das variáveis através da média, desvio padrão,
valores máximos e mínimos. O teste de Shapiro-Wilk foi utilizado para analisar a
normalidade dos dados, que apresentaram distribuição normal. Utilizou-se o coeficiente de
correlação de Spearman para analisar a correlação entre as variáveis. Considerou-se o valor de
significância de r ≤ 0,05.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
No que se refere às informações coletadas inicialmente sobre o uso de medicações e
patologias por parte das gestantes, nenhuma apresentam alguma condição especial ou faz uso
de medicações, a não ser polivitamínicos.

Tabela 1 –Resultado referente aferição após 20 minutos do início da aula.


Grupo A (Segundo trimestre gestacional)
Percepção Resultado Percentual
Frequência
Idade FC de % Percepção
Voluntária Idade Tabela de
Gestacional FCTmáx Aferida esforço Percepção Tabela
Borg
declarada Aferida Borg
A 34 6 Meses 168 102 3 61 70% 118
B 30 5 Meses 171 113 5 66 70 A 80% 120
C 34 5 Meses 168 102 5 61 70 A 80% 118
D 28 6 Meses 172 99 6 58 80 A 85% 138
E 28 5 Meses 172 145 8 84 85 A 90% 147
F 26 4 Meses 174 116 8 67 85 A 90% 148
G 21 5 Meses 177 108 8 61 85 A 90% 151

8
Grupo B (Terceiro trimestre gestacional)

H 30 7 Meses 171 86 3 50 70% 120


I 28 7 Meses 172 82 5 48 70 A 80% 121
J 28 8 Meses 172 116 5 67 70 A 80% 121
K 35 7 Meses 168 105 6 63 80 A 85% 134
Fonte: dados da pesquisa

Tabela 2 – Resultado referente aferição após 30 minutos do início da aula.


Grupo A (Segundo trimestre gestacional)
Resultado Percentual
Percepção Frequência
Idade FC % Percepção
Voluntária Idade de esforço Tabela de
Gestacional FCTmáx Aferida Percepção Tabela
declarada Borg
Aferida Borg
A 34 6 Meses 168 92 3 55 70% 118
B 30 5 Meses 171 115 4 67 70 A 80% 120
C 28 6 Meses 172 94 4 55 70 A 80% 121
D 26 4 Meses 174 99 4 57 70 A 80% 122
E 28 5 Meses 172 138 5 80 70 A 80% 121
F 34 5 Meses 168 113 5 67 70 A 80% 118
G 21 5 Meses 177 81 4 46 70 A 80% 124

Grupo B (Terceiro trimestre gestacional)

H 28 8 Meses 172 91 4 53 70 A 80% 121


I 30 7 Meses 171 91 5 53 70 A 80% 120
J 35 7 Meses 168 88 6 52 80 A 85% 134
K 28 7 Meses 172 90 6 52 80 A 85% 138
Fonte: dados da pesquisa

Tabela 3 – Resultado referente aferição após 40 minutos do início da aula.


Grupo A (Segundo trimestre gestacional)
Resultado Percentual
Percepção Frequência
Idade FC % Percepção
Voluntária Idade de esforço Tabela de
Gestacional Aferida Percepção Tabela
FCTmáx declarada Borg
Aferida Borg
A 34 5 Meses 168 84 1 50 70% 118
B 30 5 Meses 171 94 1 55 70% 120
C 34 6 Meses 168 103 3 61 70% 118
D 28 6 Meses 172 72 3 42 70% 121
E 28 5 Meses 172 126 4 73 70 A 80% 121
F 21 5 Meses 177 83 4 47 70 A 80% 124
G 26 4 Meses 174 114 6 66 80 A 85% 139

9
Grupo B (Terceiro trimestre gestacional)

H 30 7 Meses 171 81 3 47 70% 120


I 35 7 Meses 168 84 4 50 70 A 80% 117
J 28 7 Meses 172 83 4 48 70 A 80% 121
K 28 8 Meses 172 103 4 60 70 A 80% 121
Fonte: dados da pesquisa

As tabelas 1, 2 e 3 apresentam as três fases da coleta de dados durante a aula de


hidroginástica sendo a Tabela 1referente a FC e PSE nos primeiros 20 minutos após o início
da aula, a tabela 2após os 30 minutos e a tabela 3 após os 40 minutos de aula, de modo geral
não houve diferença significativa nos valores da FC entre as fases das coletas de dados
podendo ser observado que os maiores valor da PSE ocorreram durante os primeiros 20
minutos.
As tabelas 1 e 2 despertam uma curiosidade devido ao fato de se tratar de um
momento de exercícios de maior intensidade e os resultados demonstrarem que a maior parte
das voluntárias tanto as gestantes do segundo quanto do terceiro trimestre gestacional
apresentaram frequência cardíaca menor que a percepção de esforço quando comparado à
Tabela de Borg.
Em estudo feito por Heithold e Glass (2002) onde os pesquisadores realizaram
comparação de exercícios aeróbicos realizados dentro e fora da água, os pesquisadores
também encontraram valores de FC entre 20 a 29bpm menor em exercícios aquáticos quando
comparados à mesma intensidade de esforço em exercícios em terra. Outro estudo como o de
Sá et al. (1993) que compararam a percepção de esforço durante a realização de alguns
exercícios de hidroginástica e teste ergométrico fora da água, também encontraram resultados
semelhantes. Durante os exercícios na água a PSE foi menor que a do teste ergométrico
fazendo relação da FC com a percepção de esforço, a diferença foi menor nos exercícios
dentro d’água (p<0,05).
Através das análises dos resultados, percebe-se que a percepção de esforço declarada
só correspondeu com a FC aferida em uma gestante (voluntária “E”), sendo nas etapas de 30 e
40 minutos após o início das atividades. As outras 10 gestantes declararam uma percepção de
esforço superior à zona de trabalho em que se encontrava em todas as etapas da coleta.
Conforme Borg (2000, apud KRUEL et al., 2010) o grau de peso e tensão vivenciados
compõe a medida de esforço percebido. A partir dos achados em consonância com a citação
acima, entende-se que o peso das gestantes pode ter exercido influência na percepção de
esforço, visto que o segundo e terceiro trimestre gestacional há um maior ganho de peso tanto

10
da mãe quanto do feto, o que exigirá mais esforço e cansaço ao se executar as atividades. Nos
achados de Robertson e Noble (1997) vemos que alguns aspectos, dentre eles, a gravidez,
podem interferir no resultado final da percepção de esforço ao interagir entre os tipos de
exercícios e seus protocolos.
Outro fator que contribui para que a FC aferida nas gestantes seja menor que a
percepção de esforço relatada, deve-se às alterações que ocorrem na FC em decorrência das
variáveis do meio líquido, como a posição do corpo, a profundidade de imersão, a temperatura
da água. Em estudos de Kruel et al. (2001, apud GRAEF; KRUEL, 2006) é possível observar
uma redução de 9 a 25bpm durante a execução de exercícios em intensidade moderada na
água, dependendo da profundidade de imersão.
Segundo Graef e Kruel (2006) isso ocorre devido os efeitos da pressão hidrostática
quando imerso na posição vertical, pois um maior volume de sangue retorna ao coração
enquanto um maior volume é ejetado por sístole, permitindo ao coração diminuir sua
frequência de bombeamento. Os autores supracitados ainda salientam que é necessário
relacionar a PSE não somente com a intensidade dos exercícios, como também com a duração
e a expectativa referente à duração e intensidade dos exercícios, pois as respostas podem ser
influenciadas por mecanismos psicológicos.
A tabela 4 apresenta os resultados do teste de Spearman.

Tabela 4 – Correlação de Spearman


FC / FC (PSE) Valor de r
20 minutos 0,483
30 minutos - 0,195
40 minutos 0,166
Fonte: dados da pesquisa

Adotando-se a correlação de Spearman para analisar o quanto a FC aferida e a


percepção de esforço relatada nos 20, 30 e 40 minutos estão correlacionadas entre si, observa-
se que os valores de r, nas três medidas, apresentam valores bem abaixo de 1, sugerindo não
haver forte correlação entre a FC e a PSE.
Não houve significância estatística em nenhuma das variáveis testadas, ou seja, não
pode-se estabelecer, para este estudo, que a PSE apresentou valores próximos ao da FC
aferida durante a aula de hidroginástica para as gestantes.

11
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após todos os processos citados neste estudo, através das análises dos resultados,
conclui-se que a percepção de esforço declarada só correspondeu com a FC aferida em apenas
01 gestante, sendo nas etapas de 30 e 40 minutos após o início das atividades. As outras 10
gestantes declararam uma percepção de esforço superior à zona de trabalho em que se
encontravam em todas as etapas da coleta. Tal resultado vem confrontar a hipótese
pressuposta neste estudo, onde presumiu-se inicialmente que, na maior parte haveria relação
entre a FC mensurada e a PSE relatada pelas gestantes praticantes de hidroginástica.
Dessa forma, constatou-se uma FC inferior ao esforço percebido pelas gestantes.
Entretanto, apesar da discrepância nos resultados em que se relacionou à FC mensurada e a
PSE declarada pelas gestantes durante a prática da hidroginástica, não se pode afirmar
veementemente que o método de PSE, idealizado por Borg, seja um método inválido, visto
que, existem inúmeras variáveis que podem ter exercido influência direta nessa discordância
dos resultados, a exemplo do peso das gestantes, que pode ter exercido influência na
percepção de esforço. Outros fatores que podem ter contribuído para que a FC aferida nas
gestantes seja menor que a percepção de esforço relatada, podem estar relacionados às
alterações que ocorrem na FC em decorrência das variáveis do meio líquido como a posição
do corpo, a profundidade de imersão, a temperatura da água. Inclusive, essa discordância nos
resultados pode ter relação ao fato de as pesquisadas não estarem habituadas com o método
utilizado.
Contudo, não se considera o método ideal para avaliação em gestantes. Assim, indica-
se novos estudos nesta vertente, com um número amostral maior para que realmente essa
suspeita seja sanada. Desse modo, após os fatos encontrados na estatística, provavelmente não
seja viável a utilização da escala de percepção subjetiva de esforço em gestantes praticantes
de hidroginástica.

CORRELATION BETWEEN PERCEIVED EFFORT AND BEHAVIOR OF HEART


RATE OF HYDROGINASTIC PRACTICING PREGNANT

ABSTRACT

There are many reflections about the method of subjective perception of effort (PSE),
idealized by Borg (2000), correlated to the practice of Hydrogynastics. In this sense, the
12
present field study aimed to investigate whether PSE, represented by the Borg Scale,
correlates with the measured heart rate and thus, if this is a valid method to be used in
pregnant women during water aerobics. For that, a primary research was developed,
characterized by a quantitative approach, subsidized by bibliographical surveys in databases
such as: Scielo, Google academic among others, search in books, magazines, articles,
monographs and other materials already published on the subject in question. In order to carry
out this research, data were collected at Viver Bem – UNIMED, in Governador Valadares /
MG, with the participation of a sample number of 11 pregnant women, varying between the
fifth and eighth month of gestation and comprised between age from 21 to 35 years.
Regarding the results of this study, through analysis of the data collected, it was verified that
the declared PSE only corresponded to the heart rate measured in only one pregnant woman,
being in the stages of 30 and 40 minutes after the beginning of the activities. The other 10
pregnant women declared a subjective perception of effort superior to the work zone in which
they were in all stages of the collection. From the statistical treatment employed, it can be
observed that the values of r in the three measurements show values well below 1, suggesting
that there is no strong correlation between HR and PSE.

Key words: Hydrogynastics. Subjective perception of effort. Pregnancy. Heart rate. Borg
scale.

6 REFERÊNCIAS

ALBERTON, C.L; KRUEL, L.F.M. Influência da imersão nas respostas


cardiorrespiratórias em repouso. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. Jun/2009.
Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922009000300013. Acesso em 21 de Maio
de 2018.

ANDRADE, M.D; ARAÚJO, J.A; OLIVEIRA, S.L; CUNHA, C.C.O. Comportamento da


frequência cardíaca de gestantes praticantes de hidroginástica. Ciência, Cuidado e saúde.
Jan/Mar de 2014. Disponível em: http://www.periodicos.uem.br/ojs/index .php/CiencCuidSau
de/article/viewFile/15285/pdf_124. Acesso em 21 de Maio de 2018.

BODY SPORTS. Já ouviu falar da escala de borg? Disponível em: https://blogbodys


ports.wordpress.com/2016/09/29/ja-ouviu-falar-sobre-a-escala-de-borg-ou-tabela-de-
percepcao-de-esforco/. Acesso 05 de novembro de 2018.

BONACHELA, V. Manual Básico de Hidroginástica. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

BORG, G. Escala de Borg para a Dor e Esforço Percebido. Manole: São Paulo, 2000.

CALVERT, A. F.; BERNSTEIN, L.; BAILEY, I. K. Physiological Responses to Maximal


Exercise in a Normal Australian Population:Comparative Values in Patients with
Anatomically Defined Coronary Artery Disease. Australian and New Zealand Journal of
Medicine.v. 7, n. 5, p. 497-506, 1977. Disponivel em: https://onlinelibrary.wiley.com
/doi/abs/10.1111/j.1445-5994.1977.tb03371.x. Acesso em 28 de out. 2018.

DENADAI, B.S.; ROSAS, R.; DENADAI, M.L.D.R. Limiar aeróbio e anaeróbio na


corrida aquática: comparação com os valores obtidos na corrida em pista. Revista

13
Brasileira de Atividade Física e Saúde 1997;1:23-8. Disponível em:
http://rbafs.emnuvens.com.br/RBAF S/article/view/1100. Acesso em 21 de Maio de 2018.

FINKELSTEIN, I.; ALBERTON, C.L.; FIGUEIREDO, P.A.; GARCIA, D.R.;


TARTARUGA, L.A.P.; KRUEL, L.F.M. Comportamento da frequência cardíaca, pressão
arterial e peso hidrostático de gestantes em diferentes profundidades de imersão. Revista
Brasileira de Ginecologia obstétrica. Out/2004. Disponível em: http://ww
w.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032004000900002&lng=en. Acesso
em 21 de Maio de 2018.

HEITHOLD, K.; GLASS, S.C. Variations in heart rate and perception of effort during
land and water aerobics in older women. Journal of Exercise Physiology 2002. Disponível
em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/rbme/v12n4/en11.pdf. Acesso em 29 de novembro de
2018.

GRAEF, F.I.; KRUEL, L.F.M. Freqüência cardíaca e percepção subjetiva do esforço no


meio aquático: diferenças em relação ao meio terrestre e aplicações na prescrição do
exercício: uma revisão. Revista brasileira de Medicina do Esporte. Vol. 12, Nº 4 – Jul/Ago
de 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v12n4/11.pdf. Acesso em 21 de
Maio de 2018.

KANITZ, A.C.; SILVA, E.M.; ALBERTON, C.L.; KRUEL, L.F.M. Comparação das
respostas cardiorrespiratórias de um exercício de hidroginástica com e sem
deslocamento horizontal nos meios terrestre e aquático. Revista Brasileira de Educação
Física e Esporte. Set/2010. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v24n3/a06v24n3.
pdf. Acesso em 21 de Maio de 2018.

KRUEL, A. C. et al. A Percepção de Esforço no Treinamento de Força. Revista Brasileira


de Medicina do Esporte vol.16. Niterói. Ago/2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scie
lo.php?scri pt=sciarttext&pid=S1517-86922010000400014. Acesso em 28 de outubro de
2018.

KRUEL, L.F.M.; MORAES, E.Z.C.; ÁVILA, A.O.V.; SAMPEDRO, R.M.F. Alterações


fisiológicas e biomecânicas em indivíduos praticando exercícios de hidroginástica dentro
e fora d’água. Revista Kinesis Novembro de 2001. Nº especial. p.104-29. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/kinesis/article/view/10373/6345. Acesso em 21 de Maio de 2018.

LUCCHESI, Gilmara Alves. Hidroginástica: Aprendendo a ensinar. 1. ed. São Paulo: Ícone,
2013. Disponível em: http://www.iconeeditora.com.br/pdf/1002248428Hidrogin%C3%A1s
tica%20SUM%C3%81RIO%20e%20TRECHOS.pdf. Acesso em 21 de Maio de 2018.

MILANEZ et al. Relação entre métodos de quantificação de cargas de treinamento


baseados em percepção de esforço e frequência cardíaca em jogadores jovens de futsal.
Rev. bras. Educ. Fís. Esporte, São Paulo, v.26, n.1, p.17-27, jan./mar. 2012. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/rbefe/v26n1/a03v26n1.pdf. Acesso em 21 de novembro de 2018.

PHILIPPUS GYM. Escala subjetiva de esforço de Borg. Disponível em: https://philippus


gym.files.wordpress.com/2014/09/escala-subjetiva-de-esforc3a7o-de-borg.jpg. Acesso 05 de
novembro de 2018.

14
ROBERTSON, R.J.; NOBLE, B.J. Percepção de Esforço Físico: Métodos, Mediadores e
Aplicações.Exercício e Ciências do Esporte. 1997. Disponível em: https://journals.lww.co
m/acsm-essr/Citation/1997/00250/15PerceptionofPhysicalExertionMethods,.17.aspx. Acesso
em 28 de outubro de 2018.

SÁ, C.A.; SÁ, A.J.P.R.; BENETTI, G.M.F.; KRUEL, L.F.M.; SAMPEDRO, R.M.F. Estudo
comparativo da sensação subjetiva de esforço de universitários em aulas de
hidroginástica e em teste ergométrico em esteira rolante. In: III Jornada de Pesquisa da
Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, 1993;548. Disponível
em: https://www.google.com.br/search?source=hp&ei=45cW9PG8O9wASwlbT4Dg&q
=Sá+CA%2C+Sá+AJPR%2C+Benetti+GMF%2 Acesso em 29 de outubro de 2018.

TORREZAN, E. Gestação e preparo para o parto: programas de intervenção. Artigo de


revisão. O Mundo da Saúde, São Paulo/2013. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/artigos/mundo_saude/gestacao_preparo_parto_programas_intervencao.pdf. Acesso em 21
de Maio de 2018.

WAINER, J. Métodos de pesquisa quantitativa e qualitativa para a Ciência da


Computação. Disponível em: http://www.pucrs.br/ciencias/viali/mestrado/mqp/material/tex
tos/Pesquisa.pdf. Acesso em 21 de novembro de 2018.

7 ANEXOS

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Gostaríamos de convidar você a participar como voluntário (a) da pesquisa “Correlação entre esforço
percebido e comportamento da frequência cardíaca de gestantes praticantes de hidroginástica”.
O motivo que nos leva a realizar esta pesquisa é a necessidade de novos estudos no campo da
hidroginástica com especificidade no público gestante, visto que é escassa e já obsoleta a maior parte do acervo
relativo à temática hidroginástica e gestação em geral.
Caso você concorde em participar, vamos fazer as seguintes atividades com você: após a leitura deste
documento, se desejar participar voluntariamente, será convidada a colocar um frequencímetro antes da aula de
hidroginástica para a aferição da frequência cardíaca, durante a aula no intervalo de 10 em 10 minutos faremos
verificação da frequência cardíaca e simultaneamente perguntas relacionadas à percepção de esforços
percebidos durante as atividades sendo as respostas comparadas à tabela escala subjetiva de esforço de Bong,
(método que será utilizado para comparação dos resultados).
Em caso de desconforto ou algum evento inesperado, os pesquisadores estarão de prontidão para lidar
com essas situações. Cabe ainda ressaltar, que a participante estará livre para desistir de participar da pesquisa
se assim o desejar, sem que isso implique em qualquer prejuízo ao mesmo ou a forma pelo qual o sujeito é
atendido pela equipe.A pesquisa pode ajudar contribuindo com a segurança das praticantes de hidroginástica e
com os profissionais de educação física no ato de suas intervenções.

15
Para participar deste estudo você não vai ter nenhum custo, nem receberá qualquer vantagem
financeira. Apesar disso, se você tiver algum dano por causa das atividades que fizermos com você nesta
pesquisa, você tem direito a indenização. Você terá todas as informações que quiser sobre esta pesquisa e
estará livre para participar ou recusar-se a participar. Mesmo que você queira participar agora, você pode voltar
atrás ou parar de participar a qualquer momento. A sua participação é voluntária e o fato de não querer participar
não vai trazer qualquer penalidade ou mudança na forma em que você é atendida. O pesquisador não vai
divulgar seu nome. Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada. Seu nome ou o
material que indique sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será identificada em
nenhuma publicação que possa resultar.
Este termo de consentimento encontra-se impresso em duas vias originais, sendo que uma será
arquivada pelo pesquisador responsável e a outra será fornecida a você. Os dados coletados na pesquisa ficarão
arquivados com o pesquisador responsável por um período de 5 (cinco) anos, e após esse tempo serão
destruídos. Os pesquisadores tratarão a sua identidade com padrões profissionais de sigilo, atendendo a
legislação brasileira (Resolução Nº 466/12 do Conselho Nacional de Saúde), utilizando as informações somente
para os fins acadêmicos e científicos.
Declaro que concordo em participar da pesquisa e que me foi dada à oportunidade de ler e esclarecer
as minhas dúvidas.

Governador Valadares, _________ de __________________________de2018.

__________________________________
Assinatura do Participante

__________________________________
Assinatura do (a) Pesquisador (a)

Nome do Pesquisador Responsável: Priscila Figueiredo Campos


Faculdade/Departamento/Instituto: Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE – Departamento de Educação Física
Endereço: Rua Israel Pinheiro, n° 2000 – Bairro Universitário – Governador Valadares (MG)
E-mail: priscila.campos@univale.br

16

Você também pode gostar