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Nome: Nícolas de Souza Rodrigues

Professora: Juliana Farias

Período: 3º período

ATIVIDADE SOBRE TIPOS DE


TROMBOEMBOLISMO

TROMBOEMBOLIA

A trombose é uma condição que afeta o corpo humano por meio da


formação de um ou mais coágulos que acabam por impedir o fluxo sanguíneo
de fluir normalmente por dentro da veias e das artérias que integram o sistema
circulatório ,porem o problema é quando esse coágulo se desprende e se
movimenta na corrente sanguínea, podendo ficar preso no pulmão (embolia),
no cérebro ou do coração. Existem diferentes tipos de trombose sendo que
eles se relacionam de acordo com área do corpo onde a trombose está
localizada. Essa é uma condição que acomete mulheres com mais frequência,
sendo que homens também podem apresentá-la.

Podem ocorrer diferentes causas para a trombose, sendo que essa é


uma condição comum após longas internações hospitalares com um amplo
período de imobilidade, após viagens prolongadas em aviões e ônibus e após o
uso contínuo de medicamentos anticoncepcionais , reposição hormonal e
também em pacientes fumantes, obesos e com varizes nas pernas também
possuem maiores chances de desenvolver a trombose.

TROMBOSE VENOSA E TROMBOSE ARTERIAL

As tromboses arteriais são aquelas que ocorrem na circulação arterial,


que transporta o sangue oxigenado nos pulmões para os tecidos. Já as
tromboses venosas comprometem a parte da circulação (veias) que transporta
o sangue que já deixou o oxigênio nos tecidos, de volta para os pulmões para
um novo ciclo de oxigenação.
As tromboses arteriais são importantes pois representam a principal
causa de morte no Brasil e no mundo. Em geral elas ocorrem em regiões da
circulação arterial que já se encontram parcialmente obstruídas pelo
crescimento das chamadas placas de aterosclerose, que resultam da
inflamação e acúmulo de colesterol na parede de algumas artérias. A
aterosclerose atinge grande parte da população adulta mundial. As tromboses
arteriais mais frequentes são os infartos agudos do miocárdio, os acidentes
vasculares encefálicos, também conhecidos como “derrames”, e as doença
arterial obstrutiva crônica, que leva a redução do fluxo sanguíneo nas
extremidades dos membros inferiores. O mecanismo destas tromboses
costuma ser (i) o surgimento de pequenas fissuras nas placas ateroscleróticas,
que leva à ativação da coagulação na superfície destas placas e
consequentemente à formação de um coágulo na parte que ainda estava
desobstruída destas artérias, ou (ii) a migração de parte de um coágulo
formado em outro local para uma artéria mais estreita. Este último processo é
chamado de embolia. A obstrução da circulação arterial resulta na interrupção
da chegada de oxigênio para os tecidos que receberiam este sangue, levando
a sofrimento agudo e morte destes tecidos em segundos a minutos, caso o
fluxo não seja restabelecido ou compensado por outras vias.

Já as tromboses venosas compreendem a trombose venosa profunda


(TVP) e o tromboembolismo pulmonar (TEP). Embora menos frequentes que
as tromboses arteriais, estas duas condições também representam importantes
causas de morbidade (em outras palavras, sequelas e limitações) e mais
raramente, mortalidade. A TVP acomete preferencialmente os membros
inferiores, mas pode ocorrer em qualquer parte da circulação venosa. O TEP é
em geral consequência do desprendimento de um trombo formado em uma
veia dos membros inferiores, e sua migração (de “carona” na circulação) até os
pulmões, levando a uma obstrução aguda do fluxo sanguíneo para parte dos
pulmões, falta de ar, e em casos mais graves, quedas importantes da pressão
arterial.

EMBOLIA GORDUROSA
A embolia gordurosa é definida como a presença de gotículas de
gordura na circulação periférica e microcirculação pulmonar. Ela é
extremamente comum em pacientes com traumas, especialmente aqueles com
fratura de ossos longos ou pelve, com maior chance de ocorrência em fraturas
de maior extensão, principalmente se fraturas fechadas.

A causa mais comum de embolia gordurosa é o trauma, e


principalmente, está relacionado a dois fatores: o movimento de fragmentos
ósseos instáveis e o alargamento da cavidade medular por dispositivos de
fixação interna, o que leva à distorção e ao aumento da cavidade medular. O
movimento dos fragmentos do osso leva a uma ruptura do osso medular e
extravasamento de conteúdos da medula óssea para a circulação. Causas não
traumáticas de embolia gordurosa são raras, mas incluem processos que
levam a necrose gordurosa ou medular como osteomielite, pancreatite,
paniculite, anemia falciforme, transplante ósseo, lesão por esmagamento,
esteatose hepática alcoólica, lesões por explosivos e hiperlipemia muito
elevada.

Não há tratamento específico para embolia gordurosa, com o tratamento


sendo principalmente de suporte ventilatório e hemodinâmico. O uso de
glicocorticoides para tratamento da embolia gordurosa é controverso e sem
suporte de estudos randomizados. Algumas medidas podem ajudar a prevenir
seu aparecimento como estabilização precoce de fraturas envolvendo a pelve
ou ossos longos.

EMBOLIA GASOSA

Esse tipo de embolia é caracterizado pelo aparecimento de bolhas


gasosas dentro da circulação obstruindo o fluxo vascular e causam isquemia. A
embolia tanto pode ser arterial (embolia arterial) como venosa (embolia
venosa), mas em ambos os casos é uma ocorrência rara.

A embolia gasosa venosa geralmente é iatrogênica, causada pela


circulação extracorpórea ou por outras intervenções intravasculares. Ela pode
acontecer de várias maneiras, tais como injeções e procedimentos cirúrgicos
ou a introdução de ar através de uma seringa ou cateter. Nas cirurgias
cerebrais quase sempre ocorrem embolias gasosas, no entanto, os médicos
conseguem detectá-las e corrigi-las antes que elas se tornem um problema
mais sério. Outra situação em que pode ocorrer a embolia gasosa é a
“síndrome de descompressão”, que ocorre quando um mergulhador retorna
muito rapidamente à superfície. A embolia aérea pode também ocorrer se
houver trauma no pulmão ou através de lesões devidas a uma explosão.

Uma embolia gasosa pode ocorrer se as veias ou artérias são expostas


e a pressão força o ar a penetrar nelas. Outro mecanismo ocorre nos
mergulhos: os cilindros com ar comprimido levam oxigênio e nitrogênio. O
corpo usa o oxigênio, mas o nitrogênio é dissolvido no sangue, onde
permanece durante o mergulho. Quando a pessoa nada rapidamente de volta à
superfície, a pressão da água em torno diminui e se essa transição ocorre
muito rapidamente, o nitrogênio não tem tempo para ser eliminado do sangue,
então forma bolhas no interior de tecidos e do sangue, causando embolismo.
Esta é a chamada doença de descompressão.

Quando se desloca ao longo de uma artéria, o êmbolo gasoso passa a


vasos cada vez mais estreitos, até bloquear uma artéria pequena e cortar o
fornecimento de sangue a uma área específica do corpo. As embolias venosas
de ar podem causar a morte, se uma grande bolha de gás atingir o coração e
impedir que o sangue flua do ventrículo direito para os pulmões. Pequenas
quantidades de ar arterial podem causar morte por obstrução das artérias
coronárias ou cerebrais. Uma embolia aérea nas artérias do cérebro pode
causar perda imediata dos sentidos, convulsões ou acidente vascular cerebral.
Os sintomas de uma embolia aérea podem variar desde nenhum sintoma até a
morte e podem incluir dificuldade em respirar ou insuficiência respiratória; dor
no peito ou insuficiência cardíaca; acidente vascular cerebral; alterações
mentais, como confusão; pressão arterial baixa e pele azulada. Os principais
sintomas da doença de descompressão incluem dor nas articulações, tonturas,
fadiga extrema, formigamento ou dormência, fraqueza nos braços ou pernas,
erupções cutâneas e perda de consciência ou paralisias, em casos graves.

EMBOLIA DE LÍQUIDO AMNIOTÍCO

A embolia por líquido amniótico ocorre quando um pouco do líquido


amniótico o líquido que envolve o feto dentro do útero que contém células e
tecido do feto entra na corrente sanguínea da mãe e causa uma reação grave
na mulher. Esta reação pode causar danos aos pulmões e coração e causar
sangramento excessivo. É muito rara. Ela normalmente ocorre no final da
gestação, mas pode ocorrer quando um aborto é realizado durante o primeiro
ou segundo trimestres.

O líquido ou tecido pode causar uma reação grave na mulher. A reação


costuma ocorrer durante o trabalho de parto e parto ou logo após. A mulher
pode apresentar batimentos cardíacos acelerados, ritmo cardíaco irregular,
pressão baixa e dificuldade em respirar. Ela pode parar de respirar (parada
respiratória) ou o coração pode parar de bater (parada cardíaca).
Aproximadamente 20% das mulheres com embolia por líquido amniótico
acabam por falecer.

EMBOLIA PULMONAR

É causada pela obstrução das artérias dos pulmões por coágulos


(trombos ou êmbolos) que, na maior parte das vezes, se formam nas veias
profundas das pernas ou da pélvis e são liberados na circulação sanguínea.
Apesar de mais raros, também existem casos de embolias gordurosas
provocadas por traumas ou fraturas, de embolias aéreas (bolhas de ar) e de
líquido amniótico.

A gravidade do quadro está diretamente correlacionada com o tamanho


do êmbolo. Os maiores podem interromper completamente a circulação
pulmonar. Essa condição pode ser mortal.

Todas as pessoas podem ter uma embolia pulmonar, mas alguns fatores
podem aumentar o risco de isso acontecer como por exemplo a imobilidade
prolongada, cirurgias extensas, câncer, traumas, anticoncepcionais com
estrógeno, reposição hormonal, gravidez e pós-parto, varizes, obesidade,
tabagismo, insuficiência cardíaca, idade superior a 40 anos, DPOC e distúrbios
na coagulação do sangue.

Ser submetido à cirurgia é uma das principais causas de coágulos


sanguíneos, especialmente na implantação de próteses no quadril e no joelho.
Durante a preparação dos ossos para as articulações artificiais, os restos de
tecido podem entrar na corrente sanguínea e contribuem para causar um
coágulo. Basta estar imóvel durante qualquer tipo de cirurgia e o risco de
formação de coágulos aumenta consideravelmente. O risco cresce conforme o
tempo em que você está sob anestesia geral. Por este motivo, a maioria das
pessoas que se submete a cirurgia e possui algum tipo de predisposição para
coagulação de sangue irá receber medicação antes e depois da cirurgia para
evitar a formação de coágulos.

INFARTO

O infarto ocorre quando o fluxo de sangue deixa de chegar ao miocárdio


no músculo cardíaco, fazendo com que o músculo cardíaco seja danificado ou
morra. Também chamado de infarto fulminante ou ataque cardíaco, a condição
pode ser fatal. Com tratamento adequado, é possível evitar danos significativos
no músculo cardíaco.

O infarto ocorre quando uma ou mais artérias que levam oxigênio ao


coração (chamadas artérias coronárias) são obstruídas abruptamente por um
coágulo de sangue formado em cima de uma placa de gordura (ateroma)
existente na parede interna da artéria.

A presença de placas de gordura no sangue é chamada de


aterosclerose (placa de colesterol). O paciente que possui placas de
aterosclerose com algum grau de obstrução na luz de uma artéria tem a
chamada DAC – doença arterial coronariana.

Os infartos são classificados com base em suas cores e podem ser


divididos em dois tipos:

Infarto branco: a área afetada fica mais clara (branca ou amarela) por
não haver circulação arterial colateral ou esta é insuficiente (e.g., coração, rins,
baço, encéfalo).

Infarto vermelho: ocorre por obstruções arterial ou venosa. A área


afetada fica vermelha devido à hemorragia, em órgãos com estroma frouxo
(pulmões) e, ou com circulação arterial dupla (pulmões, intestinos) ou com rica
circulação colateral.
Referências:

http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5804/embolia_gordurosa.htm

https://www.msdmanuals.com/pt/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-
feminina/complica%C3%A7%C3%B5es-do-trabalho-de-parto-e-do-parto/embolia-por-l
%C3%ADquido-amni%C3%B3tico#:~:text=A%20embolia%20por%20l%C3%ADquido%20amni
%C3%B3tico,cora%C3%A7%C3%A3o%20e%20causar%20sangramento%20excessivo.

https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-
doencas/796549/embolia+gasosa+quais+as+causas+e+os+sinais+e+sintomas+como+e+a+doen
ca+de+descompressao.htm#:~:text=Fala%2Dse%20em%20embolia%20gasosa,casos
%20%C3%A9%20uma%20ocorr%C3%AAncia%20rara.

https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/embolia-
pulmonar/#:~:text=Embolia%20pulmonar%20%C3%A9%20causada%20pela,com%20estr
%C3%B3geno%20e%20reposi%C3%A7%C3%A3o%20hormonal.

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/embolia-pulmonar

https://www.minhavida.com.br/saude/temas/infarto

http://patologia.medicina.ufrj.br/index.php/histopatologia-geral/400-anotacoes-
teoricas/anotacoes-sobre-alteracoes-hemodinamicas/164-anotacoes-sobre-disturbios-
hemodinamicos#:~:text=Infarto%20branco%3A%20a%20%C3%A1rea%20afetada,rins%2C
%20ba%C3%A7o%2C%20enc%C3%A9falo).&text=Infarto%20vermelho%3A%20ocorre%20por
%20obstru%C3%A7%C3%B5es%20arterial%20ou%20venosa.

https://www.hemocentro.unicamp.br/doencas-de-sangue/tromboses-venenosas-e-
arteriais/#:~:text=As%20tromboses%20arteriais%20s%C3%A3o%20aquelas,um%20novo
%20ciclo%20de%20oxigena%C3%A7%C3%A3o.

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