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Emissão: 04/11/2021
Estado de Santa Catarina SÍNDROME CORONARIANA AGUDA SEM
Secretaria de Estado da Saúde SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST
Instituto de Cardiologia de Santa Catarina Versão: 001
1. OBJETIVO
Sistematizar o atendimento de pacientes com síndrome coronariana aguda sem supradesnivelamento do segmento ST
(SCASSST) que apresentem-se à emergência do Instituto de Cardiologia de Santa Catarina (ICSC) ou a uma das diversas unidades
contempladas na rede de referenciamento ao ICSC, de modo a otimizar o atendimento desde a chegada do paciente na unidade,
durante a fase aguda com melhor definição de estratégia de tratamento e estratificação durante o atendimento desde a
emergência até da internação hospitalar em unidade coronariana e enfermaria cardiológica.
2. REFERÊNCIAS
1. Nicolau JC, Feitosa Filho GS, Petriz JL, Furtado RHM, Précoma DB, Lemke W, Lopes RD, et al. Diretrizes da Sociedade Brasileira
de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST – 2021. Arq. Bras.
Cardiol. 2021;117(1):181-264.
2. Granger CB, Goldberg RJ, Dabbous O, et al. Predictors of hospital mortality in the Global Registry of Acute Coronary Events.
Arch Intern Med. 2003;163(19):2345-53
3. Jean-Philippe Collet, Holger Thiele, Emanuele Barbato, Olivier Barthélémy, Johann Bauersachs, Deepak L Bhatt, Paul Dendale,
Maria Dorobantu, Thor Edvardsen, Thierry Folliguet, Chris P Gale, Martine Gilard, Alexander Jobs, Peter Jüni, Ekaterini
Lambrinou, Basil S Lewis, Julinda Mehilli, Emanuele Meliga, Béla Merkely, Christian Mueller, Marco Roffi, Frans H Rutten, Dirk
Sibbing, George C M Siontis, ESC Scientific Document Group, 2020 ESC Guidelines for the management of acute coronary
syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation: The Task Force for the management of acute
coronary syndromes in patients presenting without persistent ST-segment elevation of the European Society of Cardiology
(ESC), European Heart Journal, Volume 42, Issue 14, 7 April 2021, Pages 1289–1367
4. Yusuf S, Mehta SR, Chrolavicius S, Afzal R, Pogue J, Granger CB, et al. Effects of fondaparinux on mortality and reinfarction in
patients with acute ST-segment elevation myocardial infarction: the OASIS-6 randomized trial. JAMA. 2006;295(13):1519-30.
5. Yusuf S, Mehta SR, Chrolavicius S, Afzal R, Pogue J, Granger CB, et al; Fifth Organization to Assess Strategies in Acute Ischemic
Syndromes Investigators. Comparison of fondaparinux and enoxaparin in acute coronary syndromes. N Engl J Med.
2006;354(14):1464-76.
6. Thygesen K, Alpert JS, Jaffe AS, Chaitman BR, Bax JJ, Morrow DA, et al. Fourth universal definition of myocardial infarction
(2018). The Executive Group on behalf of the Joint European Society of Cardiology (ESC)/American College of Cardiology
(ACC)/ American Heart Association (AHA)/World Heart Federation (WHF) Task Force for the Universal Definition of Myocardial
Infarction. European Heart Journal (2018) 00, 1–33.
7. Feres F, Costa RA, Siqueira D, Costa Jr JR, Chamié D, Staico R et.al. Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista sobre Intervenção Coronária Percutânea. Arq Bras
Cardiol 2017 109(1Supl.1):1-81.
8. Scirica BM, Bergmark BA, Morrow DA, Antman EM, Bonaca MP, Murphy SA, et al. Nonculprit Lesion Myocardial Infarction
Following Percutaneous Coronary Intervention in Patients With Acute Coronary Syndrome. J Am Coll Cardiol 2020;75:1095–
106.
9. Stub D, Smith K, Bernard S, Nehme Z, Stephenson M, Bray JE, Cameron P, Barger B, Ellims AH, Taylor AJ, Meredith IT, Kaye DM.
Air versus oxygen in STsegment-elevation myocardial infarction. Circulation 2015;131(24):2143–2150.
10. Valgimigli M, Gagnor A, Calabro P, Frigoli E, Leonardi S, Zaro T, Rubartelli P, Briguori C, Ando G, Repetto A, Limbruno U,
Cortese B, Sganzerla P, Lupi A, Galli M, Colangelo S, Ierna S, Ausiello A, Presbitero P, Sardella G, Varbella F, Esposito G,
Santarelli A, Tresoldi S, Nazzaro M, Zingarelli A, de Cesare N, Rigattieri S, Tosi P, Palmieri C, Brugaletta S, Rao SV, Heg D,
Rothenbuhler M, Vranckx P, Juni P, MATRIX Investigators. Radial versus femoral access in patients with acute coronary
syndromes undergoing invasive management: a randomised multicentre trial. Lancet 2015;385(9986):2465–2476.
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4. CID-10
I20.0 - Angina Instável
I21 - Infarto agudo do miocárdio
I21.9 - Infarto agudo do miocárdio não especificado
5. DIAGNÓSTICO
Pacientes com dor torácica aguda sem supradesnivelamento persistente do segmento ST, associado ou não a outras
alteraç̧es de ECG, que sugerem isquemia miocárdica de alguma natureza: elevação transitória do segmento ST,
infradesnivelamento transitório ou persistente do seguimento ST, inversão de onda T, outras alteraç̧es inespecíficas da onda T
(plana ou pseudonormalização) e até mesmo ECG normal. Neste grupo, estão os pacientes com angina instável (AI), ou seja, sem
alteraç̧es de marcadores de necrose miocárdica, e aqueles com infarto agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do
segmento ST (IAMSSST), quando há elevação de marcadores de necrose miocárdica.
Padrões eletrocardiográficos:
- Infradesnivelamento do segmento ST (2 derivaç̧es contíguas >0,5mm ou >1mm em derivaç̧es que a relação R/S >1), elevação
transitória de segmento ST e inversão de onda T.
- Alteraç̧es dinâmicas no segmento ST (depressão ou elevação do ST) ou inverşes da onda T durante episódio doloroso, que se
resolvem pelo menos parcialmente quando os sintomas são aliviados.
- Isquemia circunferencial: Pacientes com supradesnivelamento de ST de 1 mm em aVR e/ou V1 associados a infradesnivelamento
de pelo menos outras 6 derivaç̧es, são considerados pacientes com SCASSST, porém sendo de alto risco e devem ser
encaminhados à estratégia invasiva de urgência.
Obs. 1: Alteraç̧es dinâmicas recorrentes no ECG devem ser considerados para estratégia invasiva precoce (urgência, < 2hrs)
Obs. 2: Cerca de 1% a 6% dos pacientes com SCASSST têm ECG normal, ou não diagnóstico, na admissão. Um ECG normal ou não
diagnóstico pode ocorrer mesmo na vigência da oclusão da artéria circunflexa ou da coronária direita. Dessa forma, recomenda-se
a realização adicional das derivaç̧es V3R, V4R, V7, V8 e V9 para aumentar a sensibilidade do método.
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Exemplos de ECG.
3. Isquemia Circunferencial
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Obs. 1: Uma terceira amostra com 6 horas poderá ser solicitada na dúvida diagnóstica, com a consideração que essa estratégia
pode aumentar o número de falso-positivos, pelo marcador poder se elevar por causas não cardíacas.
Obs. 2: Em pacientes com apresentação dos sintomas superiores a 3 horas, uma única amostra de troponina pode ser suficiente.
Dosagens de outros biomarcadores tais como creatinoquinase MB (CK-MB) deverão ser utilizados apenas se dosagens de troponina
não estiverem disponíveis, inclusive durante a avaliação de infartos peri-procedimento.
Escore HEART: Avalia o risco da ocorrência de um evento cardíaco maior (infarto, necessidade de revascularização ou morte) em 6
semanas após sua apresentação inicial em pacientes atendidos com dor torácica. Esse escore deve ser aplicado nos pacientes com
dor torácica em avaliação na sala de emergência, dividindo os mesmos em grupos de baixo, moderado e alto risco, fator que
influencia na escolha dos métodos diagnósticos e na investigação intra-hospitalar adicional caso seja necessária.
Adaptado de: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instavel e Infarto Agudo do Miocardio
sem Supradesnivel do Segmento ST – 2021. Backus et al. International Journal of cardiology. 2013. 168, 2153-2158.
Obs.: Em geral, pacientes com escore HEART ≤3, associado com eletrocardiograma sem alteraç̧es isquêmicas ou dinâmicas, que
tenham sido avaliados ou não com troponina e não possuam antecedentes de doença arterial coronariana (DAC), podem ser
liberados do serviço de emergência para seguimento ambulatorial, devido a sua baixa ocorrência de eventos cardíacos.
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6. FLUXOGRAMA
Após avaliação inicial e com diagnóstico suspeito e/ou confirmado, o paciente com SCASSST deve ser encaminhado para
a rota adequada e ser submetido a tratamento sistematizado e contínuo durante toda internação hospitalar, passando pelos
diversos setores de internação e procedimento.
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Escore TIMI (Thrombolysis In Myocardial Infarction): Associado com elevação da incidência de eventos (óbito, reinfarto e
isquemia recorrente necessitando de revascularização) quanto maior o escore de risco. O paciente é classificado em baixo risco
(escore de 0 a 2), risco intermediário (escore de 3 a 4) ou alto risco (escore de 5 a 7).
https://www.mdcalc.com/timi-risk-score-ua-nstemi
Escore GRACE (Global Registry of Acute Coronary Events): Fornece uma estimativa de óbito intra-hospitalar ou óbito e IAM em 6
meses após a alta e, posteriormente, o escore também foi validado para estimativa de risco de 1 e 3 anos.
É classificado em baixo risco (escore ≤ 108) com incidência de óbito intrahospitalar ≤ 1%, risco intermediário (escore de 109-140)
com mortalidade de 1-3% e alto risco (escore > 140) quando a motalidade é > 3%. O escore GRACE fornece uma discriminação mais
acurada do risco, por levar em consideração fatores clínicos de apresentação do paciente e deve ser o escore preferencial para
determinar risco isquêmico dos pacientes. Deve ser o escore preferencialmente escolhido.
https://www.mdcalc.com/grace-acs-risk-mortality-calculator
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Ecocardiograma: Em pacientes selecionados, com angina instável de moderado risco ou até baixo risco, o uso do ecocardiograma
transtorácico, para identificar alteraç̧es de motilidade regional ou estruturais isquêmicas, pode ser utilizado de forma
individualizada, na estratificação de risco desses pacientes, definindo outra estratégia de avaliação de DAC (invasiva ou não
invasiva) ou até planejando alta para o paciente.
As diretrizes vigentes não recomendam utilizar-se de rotina o segundo antiplaquetário, em pacientes que serão submetidos a
estratégia de estratificação invasiva precoce (<24hrs). Entre 15-30% deles não se beneficiarão de DAPT, como aqueles que
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necessitarão de cirurgia, com infartos não aterotrombóticos ou mesmo sem leşes em coronárias epicárdicas. Essas
recomendaç̧es são especialmente respaldadas quando o segundo antiplaquetário utilizado é de maior potência (Prasugrel ou
Ticagrelor). Por não possuirmos, de rotina, antiplaquetários mais potentes, será mantido a estratégia de iniciar de maneira precoce
o segundo antiplaquetário. Quando, após análise individualizada, o médico assistente determinar que o paciente não apresente
benefício em utilizar de maneira precoce o segundo antiplaquetário, o mesmo deve registrar em prontuário sua opção e motivos
que ensejaram a mesma, garantir agendamento de cateterismo para <24 horas (mesmo dia ou no dia subsequente) e
preferencialmente verificar a disponibilidade de antiplaquetários mais potentes, seja prasugrel ou ticagrelor, para administração
após coronariografia e intervenção coronária.
Heparinização
- Heparina de baixo peso molecular (HBPM): Enoxaparina 1mg/kg SC 12/12h até 100mg/dose. Se > 75 anos: 75% da dose. Se ClCr
15-29mL/min, utilizar 1mg/kg 24/24h.
Obs: A enoxaparina não deve ser administrada em pacientes com ClCr < 15mL/min
- Em pacientes com ClCr <15mL/min, utilizar Heparina Não Fracionada (HNF): 25.000 (5ml) + 500ml SF (50UI/ml). ATAQUE: 60-
70UI/kg (máximo 5000UI). MANUTENÇÃO 15-20UI/Kg/h, com alvo de TTPA 1,5-2,5x do controle (em geral de 60-80 segundos)
- Fondaparinux: Deve ser a heparina de escolha para pacientes com alto risco de sangramento (CRUSADE > 40) e pode ser utilizada
com alternativa a heparinas em outros casos selecionados.
Dose: 2,5mg SC 1x ao dia. Contra Indicação: ClCr < 20 mL/min.
Sedo-analgesia
Utilizar para casos de dor muito intensa ou agitação/ansiedade do paciente. Evitar doses elevadas dos medicamentos reduzindo
chance de efeitos colaterais ou deletérios ao paciente. As atuais diretrizes colocam o uso de opióides e benzodiazepínicos como
indicaç̧es fracas para pacientes com SCA (IIb)
- Analgesia simples (Dipirona 1g EV ou Paracetamol 1g VO)
- Morfina 2-4mg EV 1-2 x. Reservar para dores refratárias.
- Diazepam 3-5mg EV ou Clonazepam 0,5-1mg VO 1-2x
Obs: Anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) devem ser evitados para controle da dor em pacientes com IAM, pois aumentam o
risco de eventos cardiovasculares maiores.
Nitratos
Utilizar para controle de dor e eventual tratamento vasodilatador nos casos de vasoespasmo. Geralmente baixas doses de nitrato
já aliviam os sintomas iniciais e esses tendem a manter-se estáveis com as medidas após. Casos em que nitratos endovenosos são
utilizados em doses crescentes, devem ser considerados para estratégia invasiva de urgência (Dor refratária).
Obs: Atentar para alteraç̧es eletrocardiográficas de infarto inferior, principalmente naqueles com comprometimento de
ventrículo direito, em casos de dúvida as derivaç̧es direitas devem ser realizadas para afastar-se esse quadro. Os pacientes devem
ser questionados se utilizaram inibidores da fosfodiesterase 5 nas últimas 24-48 horas.
- Dinitrato de isossorbida (Isordil) 5mg SL 1-3x repetir a cada 5 minutos até 3x. (Observar pressão arterial).
- Nitroglicerina 50mg/1 ampola (10ml) diluída em SG5% 240ml EV em bomba de infusão contínua com titulação da dose.
Emissão: 04/11/2021
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Instituto de Cardiologia de Santa Catarina Versão: 001
Revascularização: Considerar a discussão do caso em situaç̧es de anatomia complexa e/ou benefício duvidoso da
revascularização. Buscar preferencialmente a revascularização completa do paciente, se possível no mesmo procedimento,
respeitando número de stents e utilização de contraste conforme cada caso.
Terapia Medicamentosa
DAPT:
- AAS 100mg VO 1x/dia
- Clopidogrel 75mg VO 1x/dia ou Ticagrelor 90mg VO 12/12 horas (Prasugrel 10mg VO 1x/dia se optado após ICP)
Heparinização:
Em geral deve-se manter doses de anticoagulação terapêutica até coronariografia e ICP e após iniciar doses de profilaxia para
fenômenos tromboembólicos.
- Enoxaparina: 1mg/Kg SC 12/12 horas (idade > 75 anos 0,75mg/Kg SC 12/12 horas; Cl Cr < 30 1mg/Kg SC 1x ao dia) ou
- Heparina Não Fracionada: 12-18 U/kg/hora EV em infusão contínua. TTPa alvo 50-70s OU relação 1,5 – 2,0.
- Fondaparinux: 2,5mg SC 1x/dia.
- Profilaxia: Enoxaparina 40mg SC 1x/dia ou Heparina 5.000 UI SC 2-3x/dia ou Fondaparinux 2,5mg SC 1x/dia
Obs1: Manter doses terapêuticas até ICP, alta hospitalar ou 8º dia de internação
Obs2: A manutenção de doses terapêuticas adicionais (após ICP) pode ser considerada em casos individuais, principalmente
naqueles casos com alto risco trombótico residual, casos com programação cirúrgica ou complicaç̧es trombóticas no
procedimento de ICP.
Beta Bloqueadores:
Iniciar em 12-14 horas: atentar para sinais de insuficiência cardíaca, sinais de baixo débito, risco aumentado de choque
cardiogênico ou outras contraindicaç̧es ao betabloqueador.
- Carvedilol 3,125 – 25 mg VO 12/12 horas ou Metoprolol 25 – 100 mg VO 12/12 horas
Obs: Trocar para Atenolol 25-100 mg VO 1x ao dia se fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) > 50%
Inibidores de Enzima Conversos de Angiotensina (IECA): Iniciar em 12-24 horas
- Enalapril 5 – 20 mg VO 12/12 horas
Bloqueadores do Receptor da Angiotensina (BRA): Alternativa ao IECA
- Losartana 25 – 50mg VO 12/12 horas
Estatinas: Iniciar em 12 – 24 horas estatinas de alta potência
- Atorvastatina 40 – 80mg
Antagonista da Aldosterona: Iniciar em pacientes sem contraindicação (Creatinina > 2,5 e Potássio > 5,0) e FEVE ≤ 40%
- Espironolactona 12,5 – 25 mg VO 1x ao dia
Emissão: 04/11/2021
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Obs: Os maiores benefícios das medicaç̧es de início nas primeiras 24 horas (Beta Bloqueador, IECA, antagonista da aldosterona)
ocorrem em pacientes que evoluem com disfunção ventricular e FEVE reduzida (≤ 40%) e até a estimativa da mesma, os pacientes
com SCA devem ser considerados nesse grupo e terem suas medicaç̧es otimizadas como tal. Tais medicamentos devem ser
iniciados caso paciente não apresente contraindicaç̧es às mesmas (incluindo níveis tensionais, frequência cardíaca e critérios
laboratoriais).
Obs2: Bloqueadores de canais de cálcio, nitratos de ação prolongada e diuréticos devem ser iniciados conforme indicação
individualizada, como diante da necessidade de controle pressórico e controle sintomático, conforme avaliação do médico
assistente, não havendo recomendaç̧es específicas, por não serem medicamentos associados a benefício clínico (redução de
mortalidade e reinfarto) no seguimento de médio e longo prazo.
4) Enfermaria
Medicamentos:
Ajustar doses visando alvos terapêuticos (Frequência Cardíaca 55-60; Pressão arterial < 140/90, estatinas de moderada a alta
potência).
Laboratório:
Dosagem de creatinina e potássio entre o 3º e 5º dia de internação hospitalar.
Coronariografia:
Avaliar leşes residuais e considerar revascularização completa (percutânea x cirúrgica) ou tratamento clínico e definir junto qual
melhor momento dessa revascularização, sendo sempre que possível a resolução completa durante a hospitalização.
Segundo antiplaquetário:
Definir medicamento para uso extra hospitalar e tempo de DAPT.
Alta Hospitalar (Ver item 9): 4-6 dias nos casos não complicados.
- Alta precoce: 48-72 horas em casos selecionados.
- Alta tardia: individualizar casos e considerar complicaç̧es.
Emissão: 04/11/2021
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• Para os casos que apresentem complicação ou não estão contemplados nos critérios acima, a decisão deve ser individualizada.
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12. VALIDAÇÃO
Esse protocolo foi revisado e sua implementação recomendada pelos revisores listados. A(os) elaboradora(es) declaram que
o presente protocolo se refere a processos já adotados no ICSC com efetividade e obtendo resultados esperados, não sendo
necessário, portanto, a realização de validação com projeto piloto.
13. IMPLEMENTAÇÃO
O protocolo será divulgado para todos os colaboradores médicos e de enfermagem, através de suas chefias, bem como à
residência médica, através de seu supervisor. Bianualmente será oferecido uma capacitação sobre o tema aos profissionais
envolvidos, sendo organizada em conjunto pelos elaboradores, coordenação da Residência médica e Setor de educação
permanente.
14. OBSERVAÇÕES
Não aplicável
Formulários
Código Nome
xxx Não aplicável
Controle de Emissão
Elaboradores: Revisores: Aprovadores:
Nome: Rodrigo de Moura Joaquim Nome: Amberson Vieira de Assis Nome: Marcos Venicio Garcia Joaquim
Assinatura: ORIGINAL ASSINADO Assinatura: ORIGINAL ASSINADO Assinatura: ORIGINAL ASSINADO
Data: 10/08/2021 Data: 27/09/2021 Data:26/10/2021
Revisores: Aprovadores:
Nome: Bianca Caroline Schmidt Nome: Tiago Meister Pinto
xxx
Assinatura: ORIGINAL ASSINADO Assinatura: ORIGINAL ASSINADO
Data: 20/10/2021 Data: 26/10/2021
Emissão: 04/11/2021
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Revisores:
Nome: Thays Fraga Duarte de Farias
xxx xxx
Assinatura: ORIGINAL ASSINADO
Data: 05/10/2021
Revisores:
Nome: Josiane de Souza
xxx xxx
Assinatura: ORIGINAL ASSINADO
Data: 03/11/2021