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Tagir Cadre
Projecto de Pesquisa
Beira
2017
Tagir Cadre
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Beira
2017
Índice
1. Introdução.......................................................................................................................................3
Diabetes mellitus é uma doença metabólica crónica que é caracterizada por hiperglicemia devida a um
défice total ou parcial na produção de insulina, a uma resistência a sua acção, ou ambas. Esta doença é
classificada essencialmente em três tipos 1, 2 e gestacional. (Teles, 2013, para. 2)
“Diabetes mellitus foi definida como valores de glicémia em jejum maiores ou iguais a 7.0
mmol/L em pelo menos duas medições em diferentes ocasiões” (OMS, 1999 citado por Tiago,
Caupers, Fernandes, Manhiça, Oliveira & Mavimbe, 2012).
A fitoterapia remota no inicio da civilização, embora este termo tenha sido pela peimeira vez apenas na
segunda metade do século XIX por Henri Leclerc. De etimologia grega, esta palavra decompõe-se em
Phytón e Therapeia que significam planta e tratamento, respectivamente. (Rosa, et al., 2012 citado por
Teles, 2013, pp. 1)
“Plantas que possuem actividades hipoglicêmicas são fitoterápicos que possuem função de
provocar uma diminuição da concentração ou taxa de glicose no sangue, auxiliando assim, no
tratamento da Diabetes mellitus” (Leal & Silva, n.d., “Estudo das Caracteristicas de Plantas com
Actividades Hipoglicêmicas,” para. 18).
O objectivo da acção fitoterápica não é a de substituir medicamentos registados e comercializados por
laboratórios, mas sim actuar como uma forma opcional de terapêutica, aos cuidados de profissionais que
cuidam da enfermidade, considerando ser um tratamento de menor custo e os benéficios se somarão com as
da terapia covencional. (Nascimento,I.C. ; 2003 citado por Leal & Silva, n.d., “Estudo das Caracteristicas
de Plantas com Actividades Hipoglicêmicas,” para. 2)
1.1 Tema de Pesquisa
As plantas medicinais têm maior impacto na saúde da sociedade, por apresentar propriedades
capazes de: curar, prevenir, restaurar e modificar alguma alteração fisiológica do organismo
humano, através do uso das suas propriedades metabólicas secundárias, que as plantas têm
demonstrado na defesa contra os ataques externos. Mas até hoje em dia ainda persiste o factor do
uso inadequado das plantas medicinais quanto as suas indicações e bem como nas suas
dosificações, estes factores têm culminando na limitação do uso e aproveitamento de forma
racional das propriedades terapêuticas das plantas medicinais principalmente nos paises em envia
de desenvolvimento, na qual para os pacientes com doenças crónicas, por exemplo (diabetes
mellitus), que requerem um tratamento complementar para minimizar as complicações da doença,
apenas são sujeitos à tratamentos convencionais, onde os mesmos nem sempre têm surtido um
efeito benéfico capaz de melhorar o estado de saúde e oferecer uma vida saudável ao indivíduo.
Nesse âmbito, torna necessário proporcionar uma pesquisa voltada no ramo etnobotânico de
modo a fazer compreender a sociedade os benificios do uso adequado das plantas medicinais em
detrimento das suas propriedades farmacológicas, particularmente no tratamento complementar
de diabetes mellitus do tipo 1 e 2.
Para tal, é necessário conhecer: Quais são as plantas medicinais que possuem propriedades
hipoglicemiantes,possiveis de serem usados no tratamento de Diabetes mellitus do tipo 1 e
2?
1.3 Objectivos
“As plantas medicinais podem ser de grande valia como terapia alternativa para auxiliar no
tratamento de diversas doenças” (Felten & Magnus; 2015, pp. 49).
Pois as mesmas estão ao nosso redor e com menores recursos financeiros necessários para serem
investidos no seu uso e aproveitamento das suas propriedades farmacológicas de forma natural.
Os fitoterápicos quando bem manuseiados, processados e dosificados podem garantir uma
segurança terapêutica e não predispondo os individuos no uso dependente de medicamentos
sintéticos, dos quais possuem mais de um produto quimico, que além de reagirem entre si de
forma inadequada durante a produção e assim como durante o seu período de comercialização,
serão sujeitos a certas limitações quanto ao factor fisiológico de cada individuo
(hipersensibilidade) em relação aos componentes farmacotécnicos. Dai que surge necessidade de
todos profissionais de saúde, em particular destaque a classe farmacêutica investir no
conhecimento cientifico para o aprofundamento das pesquisas sobre os possiveis beméficios dos
fitoterápicos em relação as suas propriedades farmacológicas e promover a preservação da
biodiversidade das plantas medicinais.
“A Diabetes mellitus é um distúrbio metabólico do sistema endócrino que afecta cerca de 366
milhões de pessoas em todo o mundo” (whiting, et al., 2011 citado por Teles, 2013, pp. 1).
A doença existe em todas as partes do mundo e tem aumentado significativamente, constituindo-se um sério
problema de saúde pública. Em 2004, já era considerada a terceira doença, juntamente com o câncro,
doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, com maior taxa de mortalidade. (Li, et al., 2004 citado por
Teles, 2013, pp. 1 – 2)
“Quando não é controlada, esta doença conduz a diversas complicações crónicas, tais como:
retinopatia, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e renal, entre outras” (Patel, et al., 2012
citado por Teles, 2013, pp. 2).
Neste sentido, há uma grande necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas complementares, visto
que as terapias convencionais, por si só, são incapazes de controlar todos os aspectos patológico da doença,
e têm um enorme impacto económico. (Marles e Farnsworth, 1995 citado por Teles, 2013, pp. 2)
“Além disto, é importante salientar, que nunca houve relato de um doente que se tenha
recuperado totalmente de Diabetes mellitus” (Li, et al., 2004 citado por Teles, 2013, pp. 2).
1.5 Metodologias
Trata-se de pesquisa descritiva de carácter qualitativo, baseada na revisão de literaturas que tem
como objectivo abordar sobre o uso de plantas medicinais hipoglicemiantes no tratamento de
Diabetes mellitus do tipo 1 e 2, onde a mesma centra-se nas áreas de Farmacognosia e Clinica,
tendo em vista a identificação das plantas medicinais e conceituação da doença em abordagem,
respectivamente. Para a abragência temporal do estudo delimitou-se aos artigos publicados no
intervalo dos anos de 2010 – 2017 e podendo-se recorrer livros em formato fisico/impresso para
abordagem de certos termos e/ou definições necessárias que não foram publicados em formato
electrónico dentro do intervalo preconizado. Serão usados artigos cientificos, revistas cientificas e
documentários adquiridos nas seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe
em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library On-line (Scielo), Biblioteca Virtual
da Saúde (BVS),Univas, Unesc, Conidis, Unigran, Uesb, Unifap e facmais.
1.6 Revisão de Literaturas
A Diabetes mellitus é uma doença crónica que ocorre quando o pâncreas não é capaz de produzir insulina
suficiente ou quando esta não é utilizada devidamente pelo organismo. A insulina é uma hormona que
regula a glicemia, ou seja, a concentração de glicose na corrente sanguínea. Desta forma, se a hormona não
é produzida ou não é utilizada devidamente, regista-se um aumento da glicose sanguínea designada por
hiperglicemia. (Rang, et al., 2008 citado por Teles, 2013, pp. 2)
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existem três tipos principais de Diabetes mellitus,
nomeadamente a Diabetes mellitus tipo 1, anteriormente designada Diabetes mellitus Insulino Dependente
(DMID), a Diabetes mellitus tipo 2, anteriormente designada Diabetes mellitus não-insulino-dependente
(DMNID), e por último a Diabetes mellitus gestacional. (WHO, 2012 ; DGS, 2002 citado por Teles, 2013,
pp. 2)
É consequente à destruição de células beta do pâncreas, o que à deficiência absoluta de insulina e tendência
à cetoacidose. O diabetes tipo 1 é classificado de acordo com a causa do problema. Geralmente, tem seu
início na infância ou na adolescência, estando associado a mecanismos auto-imunes ainda não bem
definidos, como infecções virais e processos alérgicos. (Murro, Tambascia & Ramos, 2011, pp. 12)
É causado por uma combinação de desordens metabólicas, que resultam de defeitos múltiplos, como
resistência à insulina nas células adiposas e musculares, um progressivo declinio na secreção pancreática de
insulina, produção de glicose no figado descontrolada e outras deficiências hormonais. Antes do
aparecimento dos sintomas, certas hiperglicemia pode estar presente, causando alterações patológicas e
funcionais em vários tecidos-alvo. (Murro, Tambascia & Ramos, 2011, pp. 16)
c) Diabetes Gestacional
A informação etnobotânica relata cerca de 800 plantas que podem possuir propriedades antidiabéticas e
mais de 1200 espécies de plantas têm sido testadas com base na etnofarmacologia. As plantas já descritas
com estas propriedades, podem exercer diferentes mecanismos de acção nomeadamente estimulação a
regeneração das células-ß, manterem os níveis de glicose no sangue normais e de restabelecer os níveis de
glicogénio no figado. A maioria dessas plantas contém compostos fenólicos, glicósidos, alcalóides,
terpenos, flavonóides, entre outros, que estão intimamente relacionados com os diversos mecanismos que
originam acção antidiabética. (Patel, et al., 2012 citado por Teles, 2013)
São aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma
população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colhê-la e como
preparará-la.
Quando a planta medicinal é industrializada para se obter um medicamento, tem-se como resultado
o fitoterápico. (Agência Nacional de Vigilância Sanitária, n.d., “Fitoterápicos,” para. 3)
1.6.3 Fitoterápicos