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HISTÓRIA DOS

AVIVAMENTOS

(Seminário Bíblico Alfa e Omega)


Introdução
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Escrever sobre avivamento é ao mesmo tempo maravilhoso e desafiador. È
tremendo voltar os nossos olhos para a palavra e para a história e nos atentar para a
soberania de Deus no controle de todas as coisas e suas manifestações poderosas em
meio a pessoas que O buscaram de todo coração.
Deus sempre esteve e estará agindo na história! Mesmo nos quatrocentos anos de
silêncio da voz profética entre o Antigo e Novo Testamento o Senhor estava em ação.
Todavia, tanto as Escrituras como a história nos mostram que: “em determinados tempos
na história o Senhor manifestou Sua presença em meio a indivíduos ou grupos de forma
tão grandiosa que a vida deles e dos lugares onde estavam foram transformados de forma
extraordinária”.
Avivamento é a palavra usada para estas manifestações da presença de Deus que
conduz multidões a se voltar para Deus e alinhar seus caminhos com a Palavra. Apesar de
muitas distorções de interpretação e aplicação do termo “avivamento”, todo estudo sério
da história da igreja irá nos revelar que determinados momentos foram marcados por um
grande derramar do Espírito Santo que transformou indivíduos, cidades e nações.

Pastor Alex Maciel

Sumário

1 – O que é avivamento
2 – Avivamentos na Bíblia
3 – Avivamentos na Idade média
Grupos específicos
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Pré-reformadores
Reforma

4 – Avivamento na Inglaterra
- Weslley e Witifhield
- Puritanismo

5 – Avivamento Americano
- Charles Finney

6 – Avivamentos Contemporâneos
- Coréia do Sul
- África
- Toronto
- Almolonga
- Ilhas Fiji

1 – O que é avivamento

Definição
De maneira mais objetiva podemos definir avivamento como derramar abundante
do Espírito Santo que conduz muitos para uma vida plena de Deus e atrai multidões ao
arrependimento. Outros termos como: despertamento, renovação, derramamento ou
reavivamento são usados para este derramar transformador do Espírito Santo.
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Soberania X Busca
Uma das dificuldades que muitos tem é entender o aspecto divino e humano no
avivamento. Temos que entender que “o avivamento é uma obra soberana de Deus, mas
estão sempre ligados à obediência do povo de Deus... Você e eu estamos dispostos a
preparar o caminho do Senhor mediante oração, jejum e obediência?”.1

Individual X coletivo
A experiência de avivamento tem sido dada às vezes a um cristão sedento por
Deus, outras vezes a um grupo de pessoas, uma congregação ou a uma cidade ou região
inteira.

Marcas do genuíno avivamento


Apesar de muitos confundirem avivamento com sinais e prodígios, os genuínos
avivamentos têm revelado santificação, arrependimento, temor e grande colheita de
almas como sinais mais específicos do derramar do Espírito. Todas essas manifestações
divinas foram marcadas por uma percepção extraordinária da presença, misericórdia e
poder transformador de Deus na vida das pessoas.

2 – Avivamentos na Bíblia

Ao estudarmos sobre avivamento é indispensável que tenhamos os olhos firmados


na Palavra de Deus a fim de discernir claramente o que realmente devemos saber sobre
quando Deus derrama o Seu Espírito. A palavra não só nos mostra a verdade como nos
ensina a experimentar esta verdade de maneira prática.

A – Avivamentos no AT

No Antigo Testamento vemos que o Espírito Santo ainda não havia sido
derramado, porém podemos perceber na história de Israel momentos em que houve uma
volta para Deus, que resultou num grande derramamento espiritual.

1
O fogo do Reavivamento. Duewel, Wesley. p. 15.
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- Deus se manifestou a Moisés e o levantou para conduzir o povo hebreu até
Canaã (Êx 3) como resultado de um clamor (Ex 2.23-25).
- Davi trouxe a arca de volta a Jerusalém marcando um tempo de restauração (1
Cr 15) e Salomão edificou o templo (2 Cr 7).
- Reis como Asa (2 Cr 15 e 16); Josafá (2 Cr 17-20); Ezequias (2 Cr 29-32) e
Josias (2 Cr 34 e 35) foram instrumentos de Deus para um tempo de
despertamento espiritual de Israel.
- Neemias e Esdras também descrevem um tempo de renovação espiritual, onde
o povo de Deus retorna para sua terra e começa a reconstruir o templo, a cidade
e acima de tudo volta-se para Deus.
- Homens como Enoque, Noé, Abraão, Moisés, Josué, Davi, Elias, Eliseu,
Daniel e outros, são exemplos extraordinários de uma vida em chamas para
Deus (ver hebreus 11).

B – Avivamentos no NT

O novo testamento é a revelação da nova aliança em Cristo Jesus, o que em si


mesmo expressa a manifestação de Deus entre nós (João 1.14). Aqueles que andaram
com o Senhor e viram as manifestações de Deus através do Verbo que se fez carne,
certamente vivenciaram um avivamento contínuo inigualável.
Desde João Batista (João 10.41), que preparou o caminho do Senhor, multidões se
voltaram para Deus em arrependimento e em Cristo foram transformadas, salvas, curadas
e libertas (ver Lucas 7.16-35; 11.20). Aquelas cidades que não creram a despeito da
presença do Filho de Deus entre eles foram duramente reprovadas (Mt 11.20-23).
Como toda visitação de Deus nem todos reconhecem ser a ação de Deus, por isso a
visitação pode trazer castigo (Ex 32.34) ou bênção (Lc 19.44).
Igreja apostólica – A igreja em Jerusalém no primeiro século é o exemplo mais
clássico de Avivamento, pois ali começou o grande derramar do Espírito prometido em
Joel 2.28 e este avivamento foi a semente de todos os outros que já ocorreram e daqueles
que irão ocorrer.
As marcas deste avivamento em Atos são:
1- Uma igreja que orava continuamente (Atos 1.14; 2.42).
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2- Uma igreja que pregava com ousadia (2.14; 4.29).
3- Uma igreja que vivia em amor (2.42,45; 4.32)
4- Uma igreja desprendida das coisas materiais (2.45; 4.36 e 37).
5- Colheita abundante de almas (2.41 e 47; 4.4; 9.31).
6- Sinais e prodígios os acompanhavam (2.43)
7- Uma igreja que dava bom testemunho (2.47).

ALGUNS MOTIVOS DA REFORMA

APOSTASIA Tradições

hu 1950 – Dogma da presença real e corporal de Maria no Céu


(Ascensão de Maria).
1908 – Pio X anula qualquer matrimônio efetuado sem
sacerdote romano.
1870 – Dogma da infalibilidade papal.
1854 – Dogma da imaculada concepção de Maria.
1600 – Invenção do escapulário (bentinhos)
1546 – Introdução dos livros apócrifos
1546 – doutrina que equipara a tradição a Bíblia.
(31/10/1517) - REFORMA
Martinho Lutero aos 18 anos torna-se aluno da
Universidade de Erfurt, em cuja biblioteca descobriu
uma Bíblia latina. Na porta da Igreja de Witemberg
afixou as 95 teses nas quais protestava contra os
desvios da igreja.

1415 – eliminação do vinho na comunhão.


1318 – instituição da reza da “Ave Maria”
1245 – uso das campainhas na missa.
1230 – proibição da leitura da Bíblia
1220 – adoração da hóstia
1215 – dogma da transubstanciação.
1215 – criou-se a confissão auricular.
1200 – pão da comunhão foi substituído pela hóstia.
1190 – Venda de indulgências
1184 – Instituição da “santa inquisição”.
1090 – Invenção do rosário.
1076 – Dogma da infalibilidade da igreja.
1074 – Celibato sacerdotal
1003 – Instituição da festa dos “fiéis defuntos”.
993 – Canonização dos santos.
896 – Culto a São José (Protodulia)
850 – Uso da água benta
783 – Adoração das imagens e relíquias
754 – doutrina do poder temporal da igreja
609 – Obrigatoriedade de se beijar os pés do bispo universal.
606 – Bonifácio III se declara bispo universal (Papa)
503 – Doutrina do purgatório
500 – Uso da roupa sacerdotal
431 – Culto a virgem Maria
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Evangelho de Jesus

4 – Avivamento na Inglaterra

Aurora do grande despertamento

Nos anos de 1500 Martinho Lutero foi guiado pelo Espírito a liderar o
reavivamento na Alemanha. Este movimento de renovação se espalhou
pela Suíça (Zwínglio e Calvino), Escócia (John Knox). A partir dessas
regiões se difundiu por toda França, Escandinávia e ilhas Britânicas.
Dois séculos depois da reforma na Europa a vida espiritual das
igrejas tinha esfriado em grande parte. Tumultos e violência ameaçando a
Inglaterra, a França quase destruída pela Revolução francesa.
Em 1730 o Espírito levantou três jovens John Wesley (35), Charles
Wesley (31) e George Whitefield (18 anos). O Reavivamento wesleyano ou
“Grande Despertamento” moveu-se através das ilhas britânicas e colônias
americanas. Ele inaugurou um período da história da igreja no qual por
quase dois séculos houve repetidos movimentos de reavivamento.
Este reavivamento começou na Inglaterra e espalhou-se pelo País
de Gales, Escócia e Irlanda. Mais tarde propagou-se para a América
através de Whitefield e pregadores metodistas. Quase todas as
denominações experimentaram despertamento, sendo a metodista a que
mais se destacou.
Características –
- Estes jovens viviam mediante regras estritas para ajuda-los a
alcançar santidade, auto-exame diário, visitavam regularmente
prisões e doentes. Usavam tantos métodos para agradar a Deus que
passaram a ser chamados de metodistas.
Ex: Chamados de “Clube Santo”.
- Foram para América a fim de ministrar os Índios e colonizadores mas
não tiveram êxito. Nesta viagem conheceram os Morávios.
- Em maio de 1738 receberam a segurança de terem seus pecados
perdoados e começaram a ensinar e pregar a salvação instantânea
pela fé.
- Em 1739 em uma vigília o poder de Deus caiu sobre eles (alguns
gritaram de alegria e outros caíram no chão).
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- Este avivamento foi marcado pela ênfase na pregação do
Evangelho de forma poderosa enfatizando uma vida santificada e
disciplinada. A pregação em praça pública foi inaugurada neste
tempo.
- Wesley e Whitefield tinham divergências doutrinárias mas isso nunca
os separou.

- Um dos grandes movimentos de despertamento espiritual na Europa foi o


dos puritanos.

5 – Avivamento americano

Origem do pentecostalismo

O movimento pentecostal moderno começou em 1901 em Kansas


(EUA), sob a liderança de um ex ministro metodista. Criam na santidade
da vida cristã após a conversão e buscavam os mesmos sinais de poder
espiritual dos apóstolos no dia de Pentecostes (línguas, curas e ousadia
para pregar).
Ex: Uma criança de família cristã na Armênia.

As primeiras denominações pentecostais achavam-se ao sul dos EUA:


Igreja pentecostal da santidade, igreja de Deus , etc. Em 1914 nasceu a
Assembléia de Deus no Brasil. O movimento pentecostal difundiu-se por
todo mundo, até mesmo em igrejas históricas.

6 - Avivamentos contemporâneos

Avivamento coreano

Após algumas décadas de sofrimentos intensos pelo domínio japonês


e posteriormente pelo comunismo na Coréia do Norte, a Igreja do Senhor
começou a florescer na Coréia do Sul.
Marcas deste avivamento:
1 – Uma igreja de mártires
“O sangue dos mártires é a seiva da igreja” (Tertuliano)
EX: Museu dos mártires

2 – Intensa vida de oração


- Vigílias, jejuns, montanha da oração. (mesmo no inverno rigoroso).
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3 – Evangelização através dos grupos familiares
- Ganha-se e discipula-se através dos grupos familiares.

4 – Treinamento de líderes e discipulado para os novos


- AS igrejas coreanas enfatizam o treinamento contínuo.

5 – Forte zelo missionário


- há igrejas que investem 62 % do orçamento em missões.
AVIVAMENTO EM ALMOLONGA

Nos últimos 30 anos aproximadamente a cidade de Almolonga tem sido


transformada por um grande avivamento.

Como era a cidade de Almolonga antes do avivamento?

1 – Famílias desajustadas (traição e divórcio)


2 – Grande número de alcoolistas.
3 – Miséria moral e econômica.
4 – Grande influencia da bruxaria.

Após o avivamento (80 % cristãos)


1 – Famílias restauradas.
2 – Homens trabalhando e presídio fechado.
3 – Prosperidade milagrosa (A terra foi curada).
4 – Transformação da cidade.

Características deste avivamento


1 – Orações nos montes
2 – Guerra espiritual. (Oração, jejum e santidade contra os principados).
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Charles Haddon Spurgeon


Um dos maiores pregadores de todos os tempos

Houve época em que o simples fato de optar pela religião evangélica equivalia a
colocar a cabeça a prêmio. No século 15, Carlos V, o imperador espanhol, queimou
milhares de evangélicos em praça pública. Seu filho, Filipe II, vangloriava-se de
ter eliminado dos países baixos da Europa cerca de 18 mil "hereges protestantes".
Para fugir da perseguição implacável, outros milhares de cristãos foram para a
Inglaterra. Dentre eles, estava a família de Charles Haddon Spurgeon (1834-1892),
o homem que se tornaria um dos maiores pregadores de todo o Reino Unido.
Charles obteve tão bom resultado em seu ministério evangelístico que, além de
influenciar gerações de pastores e missionários com seus sermões e livros, até hoje
é chamado de Príncipe dos pregadores.

O maior dos pecadores - Spurgeon era filho e neto de pastores que haviam fugido
da perseguição. No entanto, somente aos 15 anos, ocorreu seu verdadeiro encontro
com Jesus. Segundo os livros que contam a história de sua vida, Spurgeon orou,
durante seis meses, para que, "se houvesse um Deus", Este pudesse falar-lhe ao
coração, uma vez que se sentia o maior dos pecadores. Spurgeon visitou diversas
igrejas sem, contudo, tomar uma decisão por Cristo.

Certa noite, porém, uma tempestade de neve impediu que o pastor de uma igreja
local pudesse assumir o púlpito. Um dos membros da congregação - um humilde
sapateiro - tomou a palavra e pregou de maneira bem simples uma mensagem com
base em Isaías 45.22a: Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os termos da
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terra. Desprovido de qualquer experiência, o pregador repetiu o versículo várias
vezes antes de direcionar o apelo final. Spurgeon não conteve as lágrimas, tamanho
o impacto causado pela Palavra de Deus.

Início de uma nova caminhada - Após a conversão, Spurgeon começou a distribuir


folhetos nas ruas e a ensinar a Bíblia na escola dominical para crianças em
Newmarkete Cambridge. Embora fosse jovem, Spurgeon tinha rara habilidade no
manejo da Palavra e demonstrava possuir algumas características fundamentais
para um pregador do Evangelho. Suas pregações eram tão eletrizantes e intensas
que, dois anos depois de seu primeiro sermão, Spurgeon, então aos 20 anos, foi
convidado a assumir o púlpito da Igreja Batista de Park Street Chapel, em Londres,
antes pastoreada pelo teólogo John Gill. O desafio, entretanto, era imenso. Afinal,
que chance de sucesso teria um menino criado no campo (Anteriormente,
Spurgeon pastoreava uma pequena igreja em Waterbeach, distante da capital
inglesa), diante do púlpito de uma igreja enorme que agonizava?

Localizada em uma área metropolitana, Park Street Chapel havia sido uma das
maiores igrejas da Inglaterra. No entanto, naquele momento, o edifício, com 1.200
lugares, contava com uma platéia de pouco mais de cem pessoas. A última metade
do século 19 foi um período muito difícil para as igrejas inglesas. Londres fora
industrializada rapidamente, e as pessoas trabalhavam durante muitas horas. Não
havia tempo para as pessoas se dedicarem ao Senhor. No entanto, Spurgeon
aceitou sem temor aquele desafio.

Tamanha audiência - O sermão inaugural de Spurgeon, naquela enorme igreja,


ocorreu em 18 de dezembro de 1853. Havia ali um grupo de fiéis que nunca cessou
de rogar a Deus por um glorioso avivamento. No início, eu pregava somente a um
punhado de ouvintes. Contudo, não me esqueço da insistência das suas orações. As
vezes, parecia que eles rogavam até verem a presença de Jesus ali para abençoá-
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los. Assim desceu a bênção, a casa começou a se encher de ouvintes e foram
salvas dezenas de almas, lembrou Spurgeon alguns anos depois.

Nos anos que se seguiram, o templo, antes vazio, não suportava a audiência, que
chegou a dez mil pessoas, somada a assistência de todos os cultos da semana. O
número de pessoas era tão grande que as ruas próximas à igreja se tomaram
intransitáveis. Logo, as instalações do templo ficaram inadequadas, e, por isso, foi
construído o grande Tabernáculo Metropolitano, com capacidade para 12 mil
ouvintes. Mesmo assim, de três em três meses, Spurgeon pedia às pessoas, que
tivessem assistido aos cultos naquele período, que se ausentassem a fim de que
outros pudessem estar no templo para conhecer a Palavra.

Muitas congregações, um seminário e um orfanato foram estabelecidos. Com o


passar do tempo, Charles Spurgeon se tornou uma celebridade mundial. Recebia
convites para pregar em outras cidades da Inglaterra, bem como em outros países
como França, Escócia, Irlanda, País de Gales e Holanda. Spurgeon levava as Boas
Novas não só para as reuniões ao ar livre, mas também aos maiores edifícios de 8 a
12 vezes por semana.

Segundo uma de suas biografias, o maior auditório em que pregou continha,


exatamente, 23.654 pessoas: este imenso público lotou o Crystal Palace, de
Londres, no dia 7 de outubro de 1857, para ouvi-lo pregar por mais de duas horas.

Sucesso - Mais de cem anos depois de sua morte, muitos teólogos ainda tentam
descobrir como Spurgeon obtinha tamanho sucesso. Uns o atribuem às suas
ilustrações notáveis, a habilidade que possuía para surpreender a platéia e à forma
com que encarava o sofrimento das pessoas. Entretanto, para o famoso teólogo
americano Ernest W. Toucinho, autor de uma biografia sobre Spurgeon, os fatores
que atraíam as multidões eram estritamente espirituais: O poder do Espírito Santo,
a pregação da doutrina sã, uma experiência de religioso de primeira-mão, paixão
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pelas almas, devoção para a Bíblia e oração a Cristo, muita oração. Além disso,
vale lembrar que todas as biografias, mesmo as mais conservadoras, narram as
curas milagrosas feitas por Jesus nos cultos dirigidos pelo pregador inglês.

As pessoas que ouviam Spurgeon, naquela época, faziam considerações sobre ele
que deixariam qualquer evangélico orgulhoso. O jornal The Times publicou, certa
ocasião, a respeito do pastor inglês: Ele pôs velha verdade em vestido novo. Já o
Daily Telegraph declarou que os segredos de Spurgeon eram o zelo, a seriedade e a
coragem. Para o Daily Chronicle, Charles Spurgeon era indiferente à popularidade;
um gênio, por comandar com maestria, uma audiência. O Pictorial World registrou
o amor de Spurgeon pelas pessoas.

Importância - O amor de Spurgeon tinha raízes. Casou-se em 20 de setembro de


1856 com Susannah Thompson e teve dois filhos, os gêmeos não-idênticos
Thomas e Charles. Fazíamos cultos domésticos sempre; quer hospedados em um
rancho nas serras, quer em um suntuoso quarto de hotel na cidade. E a bendita
presença do Espírito Santo, que muitos crentes dizem ser impossível alcançar, era
para nós a atmosfera natural. Vivíamos e respirávamos nEle, relatou, certa vez,
Susannah.

A importância de Charles Haddon Spurgeon como pregador só encontra


parâmetros em seus trabalhos impressos. Spurgeon escreveu 135 livros durante 27
anos (1865-1892) e editou uma revista mensal denominada A Espada e a Espátula.
Seus vários comentários bíblicos ainda são muito lidos, dentre eles: O Tesouro de
Davi (sobre o livro de Salmos), Manhã e Noite (devocional) e Mateus - O
Evangelho do Reino. Até o último dia de pastorado, Spurgeon batizou 14.692
pessoas. Na ocasião em que ele morreu - 11 de fevereiro de 1892 -, seis mil
pessoas leram diante de seu caixão o texto de Isaías 45.22a: Olhai para mim e
sereis salvos, vós todos os termos da terra.
Texto: Marcelo Dutra
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Fonte: Revista Graça, ano 2 nº 19 – Fevereiro/2001 www.ongrace.com

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