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AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO
Métodos e Técnicas Aplicados à
Habitação Social
Coordenadores/editores
Marcelo de Andrade Roméro
Sheila Walbe Ornstein
Grupo Coordenador
Grupo Coordenador
Coleção HABITARE/FINEP
AVALIAÇÃO PÓS-OCUPAÇÃO
Métodos e Técnicas Aplicados à
Habitação Social
Coordenadores/editores
Marcelo de Andrade Roméro
Sheila Walbe Ornstein
Porto Alegre
2003
© 2003, Coleção HABITARE Equipe Programa HABITARE
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Ana Maria de Souza
Construído - ANTAC Cristiane M. M. Lopes
Av. Osvaldo Aranha, 99 - 3 andar - Centro
90035-190 - Porto Alegre - RS Projeto Gráfico
Telefone (0XX51) 3316-4084 Regina Álvares
Fax (0XX51) 3316-4054
http://www.antac.org.br/ Textos de apresentação da capa
Arley Reis
Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP
Diretor: Fernando de Nielander Ribeiro Revisão gramatical e bibliografia
Giovanni Secco
Área de Instituições de Pesquisa/AIPE Roseli Alves Madeira Westphal (INFOHAB)
Superintendente: Maria Lúcia Horta de Almeida
Editoração Eletrônica
Grupo Coordenador Programa HABITARE Amanda Vivan
Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP
Caixa Econômica Federal - CEF Fotolitos e Impressão
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Coan
Tecnológico- CNPq
Ministério de Ciência e Tecnologia - MCT Capa:
Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Lasar Segal - Favela, 1954/55
Construído - ANTAC Pintura a óleo com areia sobre tela de 65 X 50cm.
Secretaria Especial de Desenvolvimento Urbano da Presidência Acervo do Museu Lasar Segall.
da República - SEDU
Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena Empresa - SEBRAE
Comitê Brasileiro da Construção Civil/Assoacialção Brasileira
de Normas Técnicas - COBRACON/ABNT
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP).
Câmara Brasileira da Indústria da Construção - CBIC Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído -
ANTAC
Apoio Financeiro
Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP
A945 Avaliação Pós-Ocupação: métodos e técnicas aplicados à
Caixa Econômica Federal - CEF habitação social / Editores e Corrdenadores Marcelo de
Andrade Roméro e Sheila Walbe Ornstein. -- Porto Alegre :
Apoio Institucional ANTAC, 2003. -- (Coleção Habitare)
Universidade de São Paulo - USP
Faculdade de Arquitetura e urbanismo 294p.
Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo ISBN 85-89478-01-7
1 Apresentação geral 13
1.1 Conjuntos habitacionais de interesse social 14
1.2 Desenvolvimento e habitação 17
1.3 Estrutura básica da pesquisa 22
1.4 Justificativas para o projeto 22
1.5 Objetivos específicos 23
2 Avaliação pós-ocupação (APO) 25
2.1 Formulação do problema e conceituação de APO 25
2.2 A APO nos campos internacional e nacional e a APO aplicada a conjuntos habitacionais 27
3 O estudo de caso 29
3.1 O distrito de São Luís 29
3.2 O empreendimento 30
4 Procedimentos metodológicos 36
4.1 Métodos e técnicas 37
4.2 Critérios de desempenho utilizados como parâmetros para avaliação técnica 40
4.3 Definição do universo da pesquisa em relação à totalidade do conjunto habitacional São Luís 41
4.4 Elaboração e aplicação dos instrumentos – coleta de dados 45
4.5 O pré-teste 46
4.6 Aplicação do questionário definitivo 46
4.7 Sistematização e tratamento dos dados 47
4.8 Cruzamento das respostas 49
4.9 Construção de mapas comportamentais 49
4.10 Aplicação de checklist técnico 49
4.11 Discussão sobre métodos e técnicas e conclusões 50
5 Considerações preliminares 53
6 Da unidade habitacional a alguns aspectos coletivos e/ou condominiais dos edifícios 54
6.1 Revisão conceitual e teórica 54
6.2 Procedimentos metodológicos 55
6.3 Critérios de desempenho 55
6.4 Avaliação técnica de desempenho 61
6.5 Avaliação da satisfação dos usuários 65
6.6 Diagnóstico: avaliação técnica versus aferição da satisfação dos usuários 77
6.7 Recomendações 78
7 Considerações preliminares 81
8 Dos espaços abertos 82
8.1 Diagnósticos 82
8.2 Espaços abertos e a literatura pertinente 88
9 Recomendações: redesenho dos espaços abertos 93
10 Considerações preliminares 97
11 Procedimentos metodológicos 98
12 Características técnicas 98
12.1 Implantação 98
12.2 Sistema construtivo 99
12.3 Instalações elétricas 99
12.4 Instalações hidráulicas e sanitárias 99
12.5 Instalação de equipamentos de prevenção contra incêndio 99
13 Avaliação técnico-construtiva 100
13.1 Aspectos gerais 100
13.2 Terrapleno 100
13.3 Fundações 101
13.4 Estrutura 102
13.5 Vedos 102
13.6 Cobertura 103
13.7 Vãos 104
13.8 Paramentos 105
13.9 Pavimentos 106
13.10 Instalações hidrossanitárias 106
13.11 Instalações elétricas 107
13.12 Infra-estrutura e equipamentos complementares 108
14 Avaliação das instalações elétricas e consumo energético 108
14.1 Considerações preliminares 108
14.2 Potências médias e potências totais instaladas 109
14.3 Dimensionamento de circuitos e disjuntores 110
14.4 Índices e padrões de consumo 114
14.5 Conclusões 114
15 Avaliação da segurança contra incêndio 115
15.1 Objetivos 115
15.2 Metodologia 115
15.3 Legislação e normas vigentes 115
16 Diagnóstico 116
16.1 Considerações preliminares 116
16.2 Avaliação técnico-construtiva 116
16.3 Avaliação das instalações elétricas e consumo energético 118
16.4 Avaliação da segurança contra incêndio 118
17 Recomendações 119
17.1 Aspectos construtivos 119
17.2 Instalações elétricas 123
17.3 Segurança contra incêndio 123
3 O estudo de caso
4 Procedimentos metodológicos
12
1 Apresentação geral
A
pesquisa em questão foi desenvolvida utilizando-se como estudo de caso o Conjunto Habitacional
Jardim São Luís, ocupado a partir de 1993, situado na região sudoeste do município de São
Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), com unidades habitacionais em 13
edifícios iguais, modelo “H”, com quatro pavimentos com oito apartamentos cada.
Especificamente, foram considerados nesta pesquisa não somente as unidades habitacionais e seus
edifícios, mas também sua circunvizinhança, a infra-estrutura, os serviços, a escola e as áreas livres do
conjunto.
Este trabalho desenvolve, então, uma pesquisa teórico-prática, com a aplicação dos conceitos e dos
1
FOLHA DE S. PAULO. Programa de cortiços tem primeira licitação. 10-Imóveis,
10-Imóveis 25 jan. 1998, p. 2.
2
GAZETA MERCANTIL, 3 fev. 1997, p. A-5.
3
GAZETA MERCANTIL, 3 fev. 1997, p. A-5.
Se os últimos levantamentos e estimativas mostram ciclo de empresas informais nascentes, e assim sucessi-
um boom no emprego informal que praticamente atinge vamente. A economia como um todo, porém, acaba por se
50% da população ocupada4 , a grande hipótese a se fortalecer, o que resulta em desenvolvimento5 .
formular é que há uma competitividade latente em muitos Talvez o fenômeno aqui no Brasil, por ter-se
dos que ficaram desempregados, e essa energia tem sido
acentuado só recentemente, não permita admitir-se seme-
dirigida, positivamente, para a adaptação a novas circunstân- lhante conclusão. Ainda mais quando dados levantados
cias ou para o início de um “negócio”, ainda que informal.
pelo IPEA mostram que a informalidade no Nordeste, onde
Panoramas como esse são descritos por pesqui- já é tradição e atinge cerca de 60% dos empregos, é
sadores e estudiosos da sociedade asiática, mostrando que resultado da oferta de baixos salários com carteira assinada,
18
lá esse tem sido o caminho para o amadurecimento econô- de maneira semelhante ao que ocorre no Rio de Janeiro,
mico, uma vez que o desenvolvimento tem mostrado que onde também predomina um informal precário, como o
paulatinamente essas firmas, inicialmente informais, vão da região fluminense, com camelôs, vendedores de sanduí-
se inserindo no mercado formal, dando lugar a um novo ches nas praias e empresas de fundo de quintal6 .
4
GAZETA MERCANTIL, 3 fev. 1997, p. A-5.
5
UNITED NATIONS. Centre for Regional Development. Habitat II, Dialogue 1: "How Cities Will Look in the 21st Century". Proceedings of Habitat II,
II Dialogue 1:
How cities will Look in the 21st Century, 4 June 1996, Istanbul, Turkey.
6
GAZETA MERCANTIL, 3 fev. 1997, p. A-5.
7
GAZETA MERCANTIL, 3 fev. 1997, p. A-5.
8
EMPLASA, Censo de 1991.
9
EMPLASA, Censo de 1991.
11
EMPLASA, Censo de 1991.
12
Regras Internas da CDHU, conforme SFH, para as duas faixas de maiores rendas familiares, enquanto para as duas de menor renda é conforme a Lei ICMS-
Habitação.
20
13
Secretaria de Estado da Habitação/CDHU, 1997.
14
GAZETA MERCANTIL, 10 abr. 1997, p. D-1.
15
GAZETA MERCANTIL, 10 abr. 1997, p. D-1.
16
GAZETA MERCANTIL, 10 abr. 1997, p. D-1.
17
CDHU - Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - Superintendências de Desenvolvimento Social, de Planejamento e
Controle e de Projetos. "Documento Elaborado por Ocasião da Visita do Especialista Holandês Dr. Theo van der Voordt", Voordt" julho de 1996. "A Região
Metropolitana tem 8.015 km2 de área e compõe-se de 39 municípios, dos quais 22 têm suas áreas urbanas conurbadas, constituindo uma aglomeração contínua,
que mede sua maior dimensão, no sentido leste–oeste, 90 km".
18
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO - CDHU. Subsídios à avaliação pós-ocupação dos
empreendimentos Jardim São Luís e Vila Sílvia, por ocasião da visita do especialista holandes Dr. Theo Van der Voordt em São Paulo. CDHU, 1996.
19
COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO DO ESTADO DE SÃO PAULO - Jardim São Luís I e II e os equipamentos sociais do entorno.
São Paulo: CDHU, 1996.
EMPG e uma Escola Municipal de Primeiro e Segundo A região da AR de Campo Limpo é muito carente
Graus (EMPSG); entre 1 e 1,5 quilômetro situam-se três em equipamentos de cultura e esporte. No Jardim São Luís
EMPG, cinco EEPG, cinco EEPSG e uma EEPG com há apenas uma casa de cultura com atividades, e 14 equi-
pré-escola. Ou seja, o maior número de equipamentos de pamentos de esporte, todos bastante simples. Além disso,
educação situa-se nas áreas mais distantes do conjunto habi- a AR de Campo Limpo é bastante violenta, fato que
tacional, dificultando o acesso das crianças e dos jovens. também se justifica pela ausência de equipamentos de lazer,
o que agrava a situação nos finais de semana.
3.2.2.3 Saúde
Assistência primária à saúde – centros de saú- Considerando o entorno da área Jardim São Luís I,
de, pronto-atendimento, ambulatórios na distância entre 0 e 500 metros situa-se um campo de
A assistência primária à saúde, dada por Unidade futebol apenas; entre 500 metros e um quilômetro situa-se
Básica de Saúde (UBS) municipal, estadual ou federal, apre- também apenas um campo de futebol; entre um e 1,5
34 senta-se muito precária na periferia do município. No quilômetro situam-se seis campos de futebol e dois centros
distrito Jardim São Luís há déficit de três equipamentos. desportivos municipais.
Considerando o entorno da área Jardim São Luís I, Em termos de áreas verdes públicas, observa-se no
na distância entre 0 e 500 metros situa-se uma UBS; entre entorno um total de oito áreas destinadas a essa função.
500 metros e um quilômetro situam-se duas UBS e um Na distância entre 0 e 500 metros situam-se três áreas verdes
centro de saúde estadual; entre um e 1,5 quilômetro situam- públicas; entre um e 1,5 quilômetro situam-se cinco áreas
se duas UBS, um centro de tratamento intensivo municipal verdes públicas, embora não seja mencionada a qualidade
(CTISM), um hospital municipal e um centro de saúde desses espaços. Ou seja, o número de equipamentos de
estadual. Ou seja, o número de equipamentos de saúde é cultura, esporte e lazer é insuficiente para atendimento aos
insuficiente para um atendimento de qualidade aos moradores do conjunto habitacional.
4 Procedimentos metodológicos
No campo internacional, há inúmeras obras e estu-
36 dos voltados aos procedimentos metodológicos para a
avaliação de desempenho (pós-ocupação) da denominada
habitação de interesse social. Destacam-se no campo das
relações Ambiente & Comportamento (RAC), entre outros,
no contexto conceitual, teórico e metodológico, Bechtel
(1997) e Winkel (1993). Em termos dos procedimentos
para aplicação metodológica, em geral, e em um
determinado aspecto ambiental, ou ainda no que respeita
aos aspectos estatísticos, para análise e tabulação de dados,
Figura 5 – Planta original do apartamento
destacam-se Denzin (1994); Patton (1996); Reaves (1992)
Fonte: CDHU, 1996 e Rubin e Rubin (1995), Bechtel, Marans e Michelson
(a) contatos com técnicos do CDHU para seleção do Conforme poder-se-á verificar no decorrer desta
conjunto habitacional do estudo de caso; obra, outros procedimentos metodológicos específicos
foram adotados nesta pesquisa. A análise, por exemplo, do
(b) obtenção de dados socioeconômicos e dos projetos
edifício como um todo, da escola (equipamento comunitário
executivos completos do conjunto habitacional;
eleito para avaliação) e das áreas livres, em suas respectivas
(c) visitas de reconhecimento da área e registros
subáreas técnicas de avaliação (aspectos construtivos,
fotográficos;
análise funcional, conforto ambiental, análise econômica),
(d) apresentação da área de estudo para pós-graduandos necessitou de procedimentos metodológicos específicos,
participantes do levantamento de campo e dos como, por exemplo, medições, simulações, etc. A estrutu-
diagnósticos; ração temática de apresentação dos resultados propicia a
(e) formulação e aplicação do questionário pré-teste para descrição, em separado, dos procedimentos metodológicos
aferir níveis de satisfação dos moradores; específicos de cada uma das subáreas de avaliação.
(f) definição da amostra;
(g) formulação e aplicação dos questionários definitivos 4.2 Critérios de desempenho utilizados como
40
(81, sendo 33 em moradias de OF e 48 em IR); parâmetros para avaliação técnica
(h) leitura dos projetos executivos, especificações Foi estabelecido para cada área do conhecimento
técnicas e planilhas de custos originais; ou temática um conjunto de critérios de desempenho (ver
(i) pré-teste das vistorias técnicas, incluindo Figura 6) que pudesse servir como referencial de qualidade
levantamentos de mobiliário, equipamentos e nas análises técnicas, comportamentais e nos cruzamentos
conseqüentes índices de obstrução em 16 apartamentos; entre ambas. Esses critérios de desempenho são oriundos
(j) aplicação definitiva das vistorias técnico-funcionais de normas nacionais e internacionais, diretrizes de projeto,
em um total de 27 apartamentos (33% da subamostra indicadores qualitativos e quantitativos consagrados, códi-
de 81), sendo 9 de moradores OF e 18 de IR; gos de edificações, experiência profissional dos especialistas
(l) análise comparativa entre satisfação dos usuários envolvidos no projeto e outros.
45
4.7 Sistematização e tratamento dos dados moda, média e desvio padrão (DP), em questões relativas
ao nível de satisfação dos usuários.
As informações foram reunidas em planilhas eletrô-
nicas para computador (Excel for Windows), de modo que Foram assim tabuladas as questões em planilhas com
cada aspecto estudado pudesse ser tabulado distintamente seus respectivos gráficos, e, em seguida, fez-se a compacta-
em uma planilha acompanhada do gráfico mais represen- ção dessas informações por blocos temáticos, objetivando
tativo dos resultados encontrados. As planilhas foram visualizar globalmente os resultados. Os gráficos decorren-
totalmente automatizadas, ou seja, com a introdução das tes das respostas de cada questão visaram comparar níveis
informações dos questionários em fórmulas, para se obte- de satisfação entre OF e IR, tal como nos exemplos (Tabela
rem automaticamente subtotais de cada aspecto analisado, 5 e Gráfico 2) que se seguem.
por número e percentuais no gráfico, além dos valores como
47
Também foram construídos diagramas de barras hori- tem-se a seguir um diagrama de Paretto parcial para o caso
zontais que demonstram hierarquicamente as notas/médias das respostas OF, bloco temático “segurança”.
atribuídas pelos respondentes, da menor à maior, em ordem Esses dados foram tabulados, tanto para UF como
ascendente, segundo uma escala de quatro pontos, como para IR, no formato de gráficos e de diagramas de Paretto
instrumento complementar para visualização dos resultados (Tabela 6).
e instrumento de controle de qualidade. A título de exemplo,
48
20
Sobre esta técnica ver BAIRD et al., 1996 e LNEC, 1995.
52
5 Considerações preliminares
A
avaliação funcional enfoca, em níveis distintos de profundidade, a avaliação funcional dos
ambientes internos dos apartamentos, alguns aspectos relevantes dos edifícios em seu conjunto,
passando pela avaliação das áreas externas, coletivas, e/ou condominiais dos blocos de edifícios
53
em “formato H”, interligados por duas caixas de escada, até a análise de aspectos das áreas livres e do
desenho urbano do conjunto habitacional. A propósito desses itens, além de análises e diagnósticos, faz
recomendações segundo os procedimentos da APO para o próprio estudo de caso e, principalmente, para
futuros projetos de conjuntos habitacionais, à luz de critérios de desempenho. Nos casos pertinentes, remete
Econômico-Funcional.
funcional dos apartamentos levantados. Tabela 8 – Dimensionamento da área habitável – o caso português
Fonte: Ministérios do Equipamento Social e da Qualidade de Vida, Portaria
Alguns dos indicadores nacionais e internacionais 580/83, despacho 41/85 p. 1520/82
21
Segundo Coelho e Pedro (1998, p. 340) define-se como: “[...] a soma das áreas de todos os cômodos da habitação, incluindo vestíbulos, circulações interiores,
instalações sanitárias, despensas, outros compartimentos de função similar e armários nas paredes, mede-se pelo perímetro interior das paredes que limitam a
habitação [...], descontando paredes interiores, divisórias [...]” (adaptação da língua portuguesa pelos autores do livro).
22
É interessante notar que termos de área útil, levantamentos realizados em empreendimentos sociais das cidades do Porto e de Lisboa (COELHO; PEDRO, 1998,
p. 346) indicaram médias entre 6,30 e 9,80 m2 úteis/habitante.
23
Ver nota 76.
Tabela 10 – Área útil mínima total recomendada para habitação em m2 (dormitórios + salas + cozinha + banheiro + área de serviço)
24
No que tange ao conforto ambiental, a legislação municipal também prevê para as EHIS, na alínea “IV” do art. 42 do Decreto 31.601/92 “Condições de aeração,
insolação e iluminação das unidades habitacionais previstas no Código de Edificações do Município”.
62
25
É interessante notar que, conforme aponta o item 2.4.2, a área por morador no caso da subamostra igual a 27 é adequada, se comparada com alguns indicadores
internacionais; já no caso da amostra maior, tanto para o caso de OF quanto para o caso de IR, segundo Portas e Lauwe , situam-se no “mínimo crítico”, aquém,
portanto, dos indicadores da Tabela 1 (dois dormitórios e quatro moradores).
67
68
Tabela 15 – Níveis de satisfação dos moradores com relação à privacidade – entrevistados IR – 48 casos
26
Ver também análise de privacidade versus problemas de ruídos/conforto acústico no capítulo referente à APO do Conforto Ambiental.
27
Normas rígidas e eficazes para a construção civil são o primeiro passo para uma melhoria da democratização do espaço urbano. “Pode-se, pois, dizer que parte
significativa da configuração urbana acaba promovendo uma marginalização dos deficientes” (FOLHA DE S. PAULO, 18 abr. 1998, p. A-2).
Tabela 16 – Níveis de satisfação dos moradores com relação à aparência – entrevistados IR = 48 casos
70
Tabela 17 – Níveis de satisfação dos moradores com relação à aparência – entrevistados OF = 33 casos
Obs.: utilizada escala de valores de quatro pontos, a saber: péssimo = 1; ruim = 2; bom = 3 e ótimo = 4
73
Tabela 19 – Níveis de satisfação dos moradores com relação a aspectos organizacionais e de manutenção – entrevistados OF = 33 casos
Tabela 20 – Hierarquização da importância de distintos aspectos de qualidade de vida no conjunto habitacional, segundo os
moradores IR (N = 48)
75
Tabela 21 – Hierarquização da importância de distintos aspectos de qualidade de vida no conjunto habitacional, segundo os
moradores OF (N = 33)
76
Quadro 4 – Percentuais comparativos dos aspectos de qualidade de vida considerados menos importantes segundo entrevistados IR e OF
Fonte:Gambardella et al., 1996, p.39
80
7 Considerações preliminares
U
ma das grandes demandas aos arquitetos e urbanistas continua sendo o projeto e a construção
de conjuntos habitacionais de interesse social. Nesses casos, pode-se dizer que há uma
premência em se terem projetos completos, isto é, que incluam também os espaços abertos,
81
tanto em termos de projeto como de espaço construído. Esses espaços abertos podem oferecer a seus
usuários uma qualidade ambiental digna da dimensão de sua cidadania, mas podem também, se forem
relegados a sobras de terrenos, sem funcionalidade e criatividade, imprimir-lhes uma alcunha de renegados
Daí os objetivos deste trabalho voltarem-se para o estudo desses espaços, suas características técnicas
de projeto e construção, contrapostas aos interesses dos usuários definidos por suas características culturais
83
- a arborização prevista em projeto não foi im- - o centro comercial previsto em projeto não foi
plementada; caso o fosse, as massas opacas concebidas executado, sendo substituído, no local previsto para
gerariam barreiras físicas, tornando-se simples adereços tanto, por blocos residenciais. Tal situação obriga os
das vias de circulação e com possibilidades de aumento moradores a deslocamentos extensos para obtenção de
dos problemas de segurança contra crimes. Os mora- serviços e comércio cotidianos;
dores tomaram iniciativas isoladas para plantar espécies - assim, serviços e comércios estão sendo ofere-
em vasos e junto aos taludes. Neste último caso, os sig- cidos por ambulantes, de forma informal e
nificativos movimentos de terra implicaram a redução desordenada;
A unidade é um conceito básico para que o desenho são dispostos. Outra forma de atingir essa unidade de
urbano consiga que seu projeto realize uma certa ordem composição é obtendo-se uma proporção através da
fora do caos, formando um padrão, uma linguagem constante repetição de um padrão particular de edifícios
arquitetônica, ou seja, uma linguagem visual para a cidade. ou de seus elementos visuais principais. Mas pode-se
Assim, pode-se relacionar uma boa arquitetura ou bom sublinhar que qualquer composição que se quebre em duas
desenho urbano com a qualidade da idéia que o arquiteto partes iguais deve ser evitada, pois essa dualidade não
ou urbanista está tentando expressar. resolvida ou separação de unidade em duas subdivisões é
Daí entender-se a arquitetura e o desenho urbano um defeito a ser evitado.
como uma concreta expressão de uma idéia abstrata, Escala é a relação entre as partes de uma compo-
95
11 Procedimentos metodológicos
12 Características técnicas
13 Avaliação técnico-construtiva
17 Recomendações
10 Considerações preliminares
A
presente avaliação técnica vincula-se às patologias construtivas existentes nos edifícios que
Para a consecução dos objetivos desta avaliação técnica, para levantar, tabular e analisar os 97
dados visando diagnosticar as patologias construtivas nos edifícios em questão, adotou-se como metodologia
de abordagem seguir os dez órgãos básicos constituintes do edifício, academicamente adotada pelos
Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), que, por sua vez, consideram que a construção de um
edifício depende de inúmeras operações pela adoção dos mais variados materiais e técnicas que se
APO econômica
A complexidade dessas operações requer uma coor- incêndio basearam-se nos procedimentos básicos da
denação efetiva por meio de análise das técnicas e tecno- Avaliação Pós-Ocupação (APO), que, por meio de seus
logias conhecidas, bem como das maneiras de operar todo métodos e técnicas, estabelece o seguinte roteiro de
o processo com reflexo no canteiro de obras, cujos resulta- abordagem:
dos se fazem presentes mediante a ação e coordenação das - definir as variáveis que serão avaliadas do ponto de
intervenções dos vários profissionais que nela atuam. vista dos técnicos para as três áreas em análise;
A adoção da sistematização dos órgãos do edifício - definir os critérios de avaliação para cada uma das
disciplina e facilita sobremaneira uma melhor compreensão áreas. Esses critérios iniciam-se pela normalização
brasileira existente, por recomendações na área e,
na abordagem dos vários elementos que irão inserir-se no
finalmente, pela bagagem técnica e prática dos
problema construtivo, em que cada órgão é responsável
avaliadores;
por determinada função. Para tanto, para caracterizá-lo há
- descrever os materiais e técnicas empregados em cada
a necessidade de se executarem obras, que, por sua vez,
um dos três itens que serão avaliados;
dependem de materiais e técnicas. Assim sendo, a
- avaliar as variáveis escolhidas à luz dessas normas e
nomenclatura adotada e uniformizada por meio de critério
recomendações;
anatômico conduz à possibilidade de se manter o mesmo
- comparar esses resultados com a avaliação da
relacionamento entre elementos, nas várias fases do
satisfação dos usuários, ou seja, com a opinião dos
planejamento, construção e uso do edifício, sob a égide
usuários a respeito das mesmas questões; e
dos seus dez órgãos: terrapleno, fundação, estrutura,
- elaborar um diagnóstico sobre cada um dos três
cobertura, vedos, vãos, paramentos, pavimentos, instalações aspectos em análise, baseado na avaliação dos técnicos
hidrossanitárias e eletromecânicas, complementadas pela e na avaliação dos usuários.
infra-estrutura urbana e por equipamentos complementares.
No sistema de vãos utilizaram-se esquadrias de cha- Foi feito levantamento dos equipamentos de
pa dobrada de ferro galvanizado tratadas com primer incêndio – extintores e baterias de emergência para as caixas
(zarcão), depois pintadas com esmalte; e nas folhas das de escada – para os 13 blocos estudados. Os resultados
portas internas utilizou-se madeira compensada pintada apontam para um percentual de cerca de 70% de extintores
com esmalte. válidos e carregados.
APO econômica
Tabela 22 – Quadro geral de instalações elétricas dos apartamentos
APO econômica
constataram patologias vinculadas à existência de umidade independência se caracteriza pela adoção de juntas de
nos pisos e paredes internas e externas. dilatação formadas pela movimentação entre os corpos
estruturais constituintes.
13.4 Estrutura As patologias encontradas foram mínimas, apenas
Trata-se do órgão destes edifícios de significativo nestas juntas entre as estruturas, pois não foram
peso com relação a custo e desempenho técnico, pois segun- adequadamente previstas e tratadas, resultando em pontos
do os construtores chegam a representar, juntamente com de vazamento, que, por sua vez, permitem a entrada das
o sistema de vedos, cerca de 30% do valor global da obra. águas pluviais nos patamares e nas portas de entrada dos
apartamentos.
A estrutura responde pela função estabilidade do
edifício, cujas obras para edificá-la vinculam-se aos pilares, Notaram-se também na estrutura principal pequenas
muros, vigas, lajes e outros, segundo determinadas técnicas, patologias, sem comprometimento à estabilidade dos
destacando-se a técnica da alvenaria de tijolos comuns edifícios. Trata-se de trincas horizontais provocadas pela
cerâmicos, concreto armado, carpintaria e alvenaria movimentação das cintas de amarração existentes na altura
estrutural, concreto misto e, para o caso específico desses das vergas e contravergas do sistema de vãos.
edifícios, a técnica de alvenaria armada em blocos de
concreto de boa qualidade. 13.5 Vedos
Na estrutura principal dos edifícios, utilizaram-se 13.5.1 Vedos internos e externos
blocos de concreto vazado justapostos e/ou assentados
O sistema de vedos externos e internos tem como
com argamassa de cimento e areia, e a cada 1,00 m foram
função principal vedar os ambientes, dando-lhes conforto
colocados ferros verticais para formar os pilaretes; nos
ambiental. Suas principais obras referem-se às paredes,
blocos duplos, ferros ø ½”, e nos simples, ferros de 3/8”,
tabiques e tetos, executados segundo as técnicas das alve-
inclusive na execução das vergas, contravergas e umbrais
102 narias, carpintaria, marcenaria e rebocos.
em obediência rigorosa às recomendações dos técnicos de
alvenaria armada. Posteriormente à colocação das Tanto as paredes internas como as externas foram
armaduras, todos os vazios dos blocos foram preenchidos executadas com blocos de concreto variando apenas as
com argamassa tipo grout, executada na própria obra, dimensões.
composta de cimento, areia e pedrisco, com traço 1:2:3 As patologias constatadas referem-se aos problemas
(argamassa forte), adensada e vibrada por processos de umidade provocada pelas águas das chuvas (externo
mecânicos. para interno) e águas de lavagem (interno para externo). O
A estrutura das caixas de escadas, conforme motivo, segundo os técnicos, vincula-se à porosidade dos
mencionado anteriormente, foi construída em concreto blocos de concreto, que, em regra geral, em que pesem as
armado comum, independente da estrutura principal. Essa exigências da fiscalização, estavam sem um controle maior
APO econômica
13.7 Vãos As patologias constatadas nessas janelas são
Este órgão, também de significativa representati- decorrentes da pouca espessura das chapas metálicas de
vidade ao bom desempenho do edifício, tem como função ferro dobradas utilizadas nos requadros, venezianas e
precípua as comunicações interna e externa dos ambientes. batentes, estando constantemente sujeitas à oxidação, cor-
rosão e amassamento pela ação de movimentos e impactos.
Suas principais obras são as esquadrias e/ou
caixilharias, representadas pelas portas, janelas, vitrôs e ou- Seu sistema de acionamento e fixação é
tros vãos, com ou sem ventilação. São executadas segundo excessivamente frági pela constante degradação das
as técnicas de serralharia, carpintaria e vidraçaria, empre- borboletas e carrancas, principalmente aquelas situadas no
gando-se materiais oriundos do ferro, madeira, plásticos, pavimento térreo. (Foto 4). As janelas da sala são do tipo
concreto e vidros dos mais variados, existentes no mercado de correr, subdivididas em quatro panos (dois fixos e dois
da construção civil. de correr), o que permite pequena abertura para o exterior,
A caixilharia desses edifícios, por problemas econô- revelando baixo desempenho funcional e construtivo.
micos (baixo custo), é em “chapas dobradas de ferro”, As janelas do banheiro, da cozinha e da área de
segundo várias tipologias ditadas pelo sistema de movi- serviço são do tipo basculante. Todas elas também são de
mentação (manejo) e ventilação.
chapa de ferro dobrada, apresentando como principal
Nos dormitórios, internamente, as janelas são do patologia a fragilidade à ação mecânica (movimentação e
tipo guilhotina e, externamente, são janelas venezianas impacto) e à corrosão, portanto com durabilidade
metálicas de abrir, cujo sistema de travamento se processa comprometida.
por meio de fechos metálicos, travas (borboleta) e carrancas
As patologias referidas anteriormente nesses
externas.
caixilhos se acentuam pela dimensão dos vãos: janelas da
sala e dormitórios (1,20 x 1,20 m), vitrôs da cozinha (1,00
104 x 1,20 m); todos executados em perfis “T”, “U”, e “L”,
com espessura de 1,2 a 1,5 mm e dimensão dos requadros
em torno de 1” x ½”. Com isso, sua movimentação se
torna difícil, pois, via de regra, entortam, possibilitando,
inclusive, a entrada de vento e de água da chuva; portanto,
sua estanquidade está comprometida, o que incomoda
sobremaneira os moradores.
Foto 4 – Detalhe das palhetas metálicas das venezianas Outro detalhe que resulta em patologia vincula-se à
mostrando sua fragilidade e o processo de degradação dos
peitoris e carrancas
segurança, pois a caixilharia está subdividida horizon-
talmente em espaços em torno de 20 cm, possibilitando,
Este órgão, responsável pelo conforto ambiental, As tintas externas, à base de PVA, e internas, à base
apresenta um dos maiores índices percentuais de custo de esmalte e/ou barra impermeável, pelo seu baixo desem-
sobre o orçamento global da obra. Suas principais obras penho técnico, apresentam patologias plenamente
estão vinculadas aos revestimentos e condicionamento indesejáveis e minimamente compatíveis.
acústico, térmico e de impermeabilização, que, por sua vez, Patologias similares ocorrem com os revestimentos
são executadas segundo várias técnicas, destacando-se os das paredes das cozinhas e das áreas de serviço.
APO econômica
A adoção de revestimentos plásticos não teve contrapiso e a regularização são de péssima qualidade, com
aderência e resistência desejadas, estando, após três anos desagregação das argamassas devido à má execução, cujos
de uso, totalmente comprometidos no que tange à sua traços não atendiam às especificações técnicas. Para sanar
função. essa patologia, a maioria dos apartamentos foi reformada
com a colocação de pisos cerâmicos nas áreas molhadas e
As patologias internas enfatizadas, principalmente
de carpete nos dormitórios e na sala.
aquelas existentes nos banheiros, são ampliadas pela
deficiência de ventilação de seus caixilhos, aliado à falta de Os pisos das áreas comuns cobertas e abertas foram
manutenção e erro de projeto na fase de especificação dos tratados e entregues no contrapiso desempenado (térreo,
materiais e técnicas adotados. escadas e patamares de distribuição dos apartamentos). Em
vários edifícios, também se constatou desagregação da
Toda a caixilharia foi tratada com primer (zarcão),
argamassa, revelando patologia similar ao exposto
após tinta esmalte em duas demãos, e não apresenta
anteriormente.
patologias maiores, com exceção dos pontos de ferrugem.
As patologias são complementadas pelo desnível
As cores adotadas são pastéis, com predominância
existente nos pisos, necessitando, em muitos casos, do uso
do gelo, revelando timidez, falta de criatividade na adoção
de rodo para direcionar e conduzir as águas servidas para
de cores mais fortes e desenhos significativos para valo-
os ralos após os usos específicos.
rização plástica das fachadas.
Além das patologias da caixilharia, outras vinculadas
13.10 Instalações hidráulicas
ao descolamento e degradação das argamassas e pinturas
externas e internas se fazem presentes, devido princi- Tem como função o fornecimento de água e
palmente à existência e ação da umidade. captação e condução do esgoto, águas servidas e pluviais,
cujas obras vinculam-se às redes de água fria, esgoto,
pluviais e outros pormenores comple-mentares. As técnicas
106 13.9 Pavimentos
utilizadas para execução dessas obras são instalações de
Os pavimentos representados pelos pisos têm como água, esgoto, pluviais, canalização de ferro galvanizado e
função precípua a circulação. Suas principais obras são de plástico.
pisos, rampas, escadas e concordâncias (rodapés), cujas
As patologias constatadas a seguir fundamentaram-
execuções se processam por meio de técnicas vinculadas à
se nas observações in loco e informações dadas pelos
carpintaria, taqueamento, ladrilhamento, assentamento de
técnicos e usuários dos apartamentos. Existe imperfeição
granilites, execução de concreto desempenado (argamassas),
na execução dos ralos sifonados dos boxes e áreas de
aplicação de mármores, resinas plásticas e outros.
serviço, o que, pelas frestas e falta de aderência com a laje
Considerando-se que os apartamentos foram de piso, resultou em vazamentos pontuais. As Fotos 5 e 6
entregues sem acabamento nos pisos, constatou-se que o revelam estas e outras patologias complementares.
APO econômica
Notam-se a execução de gambiarras, adaptações em Mais uma patologia constatada, ainda vinculada à
pontos e fiações para suprir essa deficiência. segu-rança externa, diz respeito à ausência de projeto no
Ainda com relação às patologias originadas pelo que tange ao tratamento das vedações do entorno dos
projeto, destaca-se a ausência de pontos de 220 V na pia edifícios. Esse pormenor obriga os moradores a adotarem
da cozinha, o que prejudica sobremaneira o desempenho sistemas de grades de proteção extremamente
doméstico dos moradores. Extrapolando para as áreas compartimentadas, ocasionando um processo de
externas, notou-se também deficiência na iluminação exter- comprometimento dos espaços mínimos necessários ao
na nas áreas comuns dos blocos, acessos e estacionamentos. “encontro/socialização”.
Também foram constatadas patologias referentes à
13.12 Infra-estrutura e equipamentos disciplina da recepção, guarda e retirada do lixo dos
complementares apartamentos, pois as caixas existentes são pequenas e
Em complementação às patologias já enfatizadas, insuficientes, permitindo o indesejado e comprometedor
notaram-se outras ligadas à infra-estrutura, como segurança, espalhamento do lixo.
manutenção, acessos e iluminação (acima referida). No que Faltam também áreas e equipamentos de lazer, muito
tange à segurança, as patologias se situam principalmente embora tenham sido projetados, o que viria a colaborar
na porta principal dos apartamentos. Sua fragilidade é para a melhoria da integração e sociabilidade entre os
notória, induzindo sua substituição, pois mais de 80% das moradores.
portas já foram trocadas e/ou foi colocada grade de pro-
As patologias vinculadas às manutenções técnicas
teção. Esse problema é sentido também nas áreas das janelas
são inúmeras, destacando-se as áreas externas, lixo, taludes,
e vitrôs dos apartamentos do pavimento térreo, pois
gramado e estacionamento com sua cobertura em processo
praticamente todos os seus vãos foram gradeados.
acelerado de degradação.
As escadas de acesso apresentam patologias no seu
108
corrimão, pois a tela utilizada como fechamento está
praticamente toda degradada e, pela sua fragilidade, denota 14 Avaliação das instalações elétricas e
adoção de material não condizente com o necessário consumo energético
desempenho técnico.
14.1 Considerações preliminares
Outra patologia vinculada a esse item diz respeito à
segurança dos botijões de gás localizados no acesso comum Este item avalia, inicialmente, as instalações elétricas
do pavimento térreo. Eles ficam expostos a possíveis ações das 27 unidades habitacionais que foram também objeto
criminosas, pois, além de estarem instalados em condições de avaliações comportamentais. Posteriormente, traça algu-
precárias, suas grades de proteção, pela sua fragilidade, mas comparações entre os resultados do Conjunto Habita-
permitem acesso indesejado. cional Jardim São Luís em outras pesquisas semelhantes.
109
Tabela 23 – Potências
APO econômica
A Tabela 23 mostra que a maior incidência de bastante grande, embora seja um pouco menor do que na
equipamentos diversos, além da cozinha, não se encontra área de serviço. A média situa-se próxima aos 1.500 watts,
na sala, mas sim nos dormitórios. É nesses ambientes que com variação entre 500 e 7.000 watts. Em muitas unidades
são realizadas atividades de lazer, de passar roupa, secar o foi encontrada uma gama variada de equipamentos, tais
cabelo e alguns trabalhos para complementação da renda como geladeira, freezer, forno elétrico, forno de
doméstica, utilizando computadores e/ou máquinas de microondas, e equipamentos menores, como batedeira,
costura, entre outros. liquidificador, mixer, entre outros.
Dessa forma, o circuito dos dormitórios está com As potências nas salas, de fato, surpreenderam pela
suas potências no limite, uma vez que condutores de pequena quantidade de equipamentos. A sala não é o único
diâmetro 1,5 mm2 resistem apenas a 15,5 ampères, ou seja, ambiente da unidade habitacional que é utilizado para
cerca de 1.700 watts para tensão de 110 V. atividades de lazer, além de ser de pequenas dimensões e
possuir pouca iluminação natural.
A potência instalada por unidade de área do setor
residencial é bastante superior a do setor comercial. A média
nas unidades avaliadas é de cerca de 200 W/m2, enquanto 14.3 Dimensionamento de circuitos e disjuntores
no setor comercial é inferior a 100 W/m2 nos edifícios Nota-se no Gráfico 5 que, nos circuitos dos
contemporâneos. banheiros, os chuveiros encontrados possuem potências
A iluminação artificial é responsável por cerca de médias de 4.500 watts, e os circuitos possuem um limite
5% em média da potência total dos apartamentos avaliados, de 7.920 watts, considerando-se aqui um condutor de 6,0
enquanto a sua participação no consumo é de cerca de mm2 e uma tensão média de 220 V, conforme especificado
25% do total. no projeto de instalações (ver Quadro 1). Os 3.420 watts
restantes são suficientes para a utilização de secadores de
110 Vale ressaltar que cada dormitório possui apenas
cabelo (1.000 a 2.000 watts) e/ou aparelhos de barbear.
um ponto para tomada e, nessas condições, o uso de benja-
mins e extensões é muito comum. Somente em 9 das 27 unidades avaliadas, a potência
instalada da sala e dormitórios situa-se nos limites
Nas áreas de serviço, as potências apresentaram permitidos pela fiação de projeto, ou seja, condutores com
muita variação e pouca uniformidade, tendo em vista 1,5 mm2 e corrente de projeto limite de 15,5 ampères.
principalmente a utilização ou não das máquinas de lavar Considerando as potências instaladas encontradas nas
roupa. Em alguns apartamentos encontraram-se duas avaliações, sugere-se para esse circuito fiação de 2,5 mm2,
máquinas de lavar roupa, e, em outros, chuveiros elétricos o que permitie potências instaladas de até 2.415 watts,
usados como torneiras de água quente no tanque. considerando correntes máximas de 21 ampères e tensão
Também nas cozinhas a somatória das potências é média de 110 V.
Nas cozinhas e áreas de serviço, cerca de 40% dos constante elevação da potência instalada nas cozinhas
apartamentos avaliados possuem potências instaladas acima residenciais. Dessa forma, o percentual de 40% de unidades
111
dos limites permitidos pela fiação estabelecida em projeto, que se encontram com potências instaladas além do limite
ou seja, condutores com 2,5 mm2 e corrente de projeto estabelecido pelo projeto de instalações elétricas tende a
limite de 21 ampères. Considerando as potências instaladas elevar-se com o tempo, agravando ainda mais as condições
encontradas nas avaliações destes 40%, sugere-se fiação das instalações.
de 4,0 mm2, o que permite potências instaladas de até 3.220 Como demonstra a Figura 16, o projeto arquite-
watts, considerando correntes máximas de 28 ampères e tônico inicial previu apenas uma tomada por dormitório,
tensão média de 110 V. Se equipamentos como o freezer mas, tendo em vista a potência média instalada de 1.786
doméstico forem instalados pelos moradores, o condutor watts, faz-se necessária, no mínimo, a previsão de mais
de 4,0 mm2 torna-se extremamente importante nesse tipo uma tomada por dormitório em projetos semelhantes
de habitação. Um outro aspecto que merece destaque é a futuros.
APO econômica
Instalação elétrica atual Instalação elétrica proposta
112
Uma avaliação do projeto elétrico existente, confor- tes poderiam atingir 3.080 watts em tensão de 110 V.
me demonstrado na Tabela 24, a seguir, indica que o circuito O projeto existente carece de uma tomada de uso
1 poderia ter a espessura do seus cabos, fase, neutro e específico para a torneira elétrica, uma vez que muitos
terra, elevados para 2,5 mm 2 e, conseqüentemente, as moradores as instalam mesmo sem ter carga suficiente para
potências desses ambientes poderiam atingir 2.310 watts tanto. O circuito do chuveiro, ou circuito 3, é o único que
em tensão de 110 V. O circuito 2, da cozinha e área de se encontra em condições bastante razoáveis de uso e
serviço, poderia ter a espessura de seus cabos elevada para operação. Todas essas modificações propostas encontram-
4,0 mm2 e, conseqüentemente, as potências desses ambien- se na Tabela 24.
Tendo em vista a avaliação realizada nesse conjunto e a grande quantidade de apartamentos visitados, fotografados
e analisados, sugere-se a distribuição de circuitos e cargas para os apartamentos de acordo com a tabela a seguir.
113
APO econômica
14.4 Índices e padrões de consumo mentos eletrodomésticos, que realizam tarefas das mais
De todos os energéticos envolvidos no setor residen- diversas.
cial, a eletricidade é aquele que vem crescendo com maior A Tabela 26 indica que o consumo médio por
intensidade, de 4% a 5% ao ano, seguida do gás liquefeito unidade de área nas unidades avaliadas é de 4,2 kWh/m2.
de petróleo ( GLP), e essa tendência não deve reverter-se Os dados encontrados junto às famílias de classe média,
no curto e médio prazos, devido à facilidade de aquisição conforme já mencionado, é de cerca de 4,0 a 5,0 kWh/
de bens de consumo e à demanda reprimida nessa área m2/mês por unidade habitacional. Nota-se, portanto, que
nos últimos dez anos. A utilização mais intensiva do GLP o consumo por unidade de área das habitações sociais
no aquecimento de água para banho e cocção, reduzindo o avaliadas não é diferente dos consumos encontrados nas
peso da eletricidade, confronta-se com a larga utilização habitações de famílias com renda média acima de 20 salários
do chuveiro elétrico devido à facilidade de aquisição e seu mínimos. Essa situação é explicada pela reduzida área das
preço altamente competitivo. habitações de interesse social e pela presença de uma série
O consumo médio da família paulistana divulgado de eletrodomésticos na cozinha, na sala e, principalmente,
pelo IBGE em 1985 era de 144 kWh/mês, para uma média nos dormitórios. Com relação ao consumo mensal, os
de quatro pessoas. Alguns estudos realizados no primeiro valores não são reduzidos e a média anual é de 180 kWh/
semestre de 1997 junto a famílias de classe média e classe mês por unidade habitacional, atingindo valores que
média alta na cidade de São Paulo indicam que, para uma ultrapassam os 200 kWh em determinados períodos.
média de cinco pessoas por família, o consumo médio é
de cerca de 500 kWh/mês. Esse levantamento, que vem
14.5 Conclusões
sendo feito periodicamente, denota a cada ano uma elevação
dos consumos individuais proporcionada pela facilidade As habitações de interesse social possuem uma
atual de aquisição de eletrodomésticos, a elevação da renda elevada variedade de equipamentos eletrodomésticos e uma
familiar e a oferta cada vez mais intensa de novos equipa- concentração de potência instalada nos dormitórios, além
114 de sala e cozinha.
Os circuitos que interligam os dormitórios e a sala
possuem fiação subdimensionada para a potência instalada
encontrada. Nesse sentido, recomenda-se a utilização de
fios com seção de 2,5 mm2 para esses ambientes, tanto
para iluminação como para tomadas.
Parte dos circuitos das cozinhas e área de serviço
possuem fiação subdimensionada para a potência instalada
encontrada. Nesse sentido, recomenda-se a utilização de
Tabela 26 – Dados médios gerais para as 27 unidades avaliadas fios com seção de 4,0 mm2 para as tomadas desses
APO econômica
15.3.3 Normas brasileiras 16 Diagnóstico
As normas brasileiras da área de segurança contra
incêndio são adotadas por muitos dos órgãos municipais e 16.1 Considerações preliminares
estaduais brasileiros que não possuem regulamentações A etapa de diagnóstico é a comparação entre as infor-
locais pertinentes e são referidas como documentos com- mações prestadas pelos usuários – por meio dos ques-
plementares de legislações locais. Para o caso em questão, tionários e das entrevistas com pessoas-chave – e a avaliação
tais normas são as seguintes: dos técnicos para os itens técnico-construtivos, de insta-
lações elétricas e consumo energético e de segurança contra
a) NBR 9077 – Saídas de emergência em edifícios –
incêndio. Para tanto, a redação desta etapa do trabalho
Procedimento. Nesta norma são fixadas condições
lançou mão da tabulação dos dados dos questionários
mínimas para a população de uma edificação abandonar
aplicados à população oriunda de favelas (OF) e oriunda
o local atingido por um incêndio, protegida dos seus
de inscrições regulares (IR). Como existem duas populações
efeitos, e também para permitir o fácil acesso do auxílio
com origens diferenciadas e, portanto, tabulações
externo para o combate ao fogo e a retirada de pessoas
diferenciadas, este diagnóstico, ao realizar cada uma de
em perigo;
suas análises, considerou, sempre que possível, a análise
b) NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência das duas populações separadamente.
– Procedimento. Esta norma fixa as exigências a que o
sistema de iluminação de emergência deve satisfazer 16.2 Avaliação técnico–construtiva
quando instalado nos diferentes tipos de edificações,
16.2.1 Segurança contra acidentes nas escadas
garantindo-se iluminação adequada às rotas de fuga; externas
c) NBR 12693 – Sistema de proteção por extintores de A avaliação técnica apontou problemas de segurança
incêndio – Procedimento. Esta norma define o sistema em praticamente todas as escadas do conjunto, favorecendo
116
o risco de acidentes. Em alguns blocos, os gradis das escadas
de proteção por extintores de incêndio a ser instalado
estão totalmente destruídos, favorecendo enormes riscos
nas edificações, o qual depende do tipo de risco existente
à população local, principalmente para as crianças, devido
no local; e
às suas baixas estaturas. Analisando o ponto de vista dos
d) NBR 13435 – Sinalização de segurança contra usuários provenientes das inscrições, nota-se que para 65%
incêndio e pânico – Procedimento. Esta norma dos usuários a segurança contra incêndio é boa ou ótima,
determina as exigências quanto à sinalização de saída, enquanto para 35% é ruim e péssima. Esse quadro de
de equipamentos e de situações de perigo, de acordo opiniões é explicado, em parte, pelo nível de conscientização
com o tipo de ocupação e outras características da dos moradores, ou seja, para aqueles que são incomodados
edificação. pelo problema, as opiniões provavelmente encontram-se
APO econômica
na tubulação vertical de água fria que interliga o registro usuários, não somente por meio de suas respostas aos
de pressão e o cotovelo do chuveiro. Esse ponto, devido questionários, mas também pela verificação in loco de suas
aos esforços e ao peso do chuveiro, tende a se partir e a atitudes, as instalações elétricas e, conseqüentemente, o
promover um vazamento constante e crescente. projeto de instalações elétricas dos apartamentos, não estão
Do ponto de vista dos usuários oriundos das preparados para as atuais condições de uso e ocupação de
inscrições regulares, para 77% dos entrevistados a equipamentos elétricos da classe social em questão. Em
manutenção das instalações de esgoto é boa e ótima, e todos os ambientes avaliados, conforme demonstra este
para 23%, é ruim e péssima. Com relação às instalações relatório, item 5, existe subdimensionamento de instalações.
hidráulicas, para 88% dos entrevistados é boa e ótima, e Além disso, o atual projeto apresenta problemas de cálculo
para 12%, é ruim ou péssima, ou seja, para ambas as no seu circuito 3, que foi calculado para um conjunto de
instalações as opiniões apontam para tendências bastante fios com 6 mm2 de espessura e tensão de 220 V, onde foi
positivas. Do ponto de vista dos usuários oriundos das dimensionado um disjuntor de 40 ampères. Em condições
favelas, para 79% dos entrevistados a manutenção das normais de uso, os condutores de 6 mm2 resistem a 36
instalações de esgoto é boa e ótima, e para 18%, é ruim e ampères, logo o disjuntor nunca poderia ser superior à
péssima. Com relação às instalações hidráulicas, para 88% capacidade de condução de corrente dos fios.
dos entrevistados é boa e ótima, e para 12%, é ruim ou
péssima (neste ponto, exatamente as mesmas opiniões que 16.4 Avaliação da segurança contra incêndio
os moradores oriundos das inscrições regulares). Da mesma Foi identificada uma série de problemas relacionados
forma, sobre ambas as instalações, as opiniões apontam
à manutenção de equipamentos e de problemas de
para tendências bastante positivas.
especificação de materiais de construção e acabamento,
Analisando ambos os pontos de vista, os usuários sempre relacionados à questão de segurança contra
são unânimes em afirmar que a manutenção das instalações incêndio. Nas entrevistas informais realizadas com os
de água fria e esgoto não apresentam dificuldades sig- usuários, notou-se que essas questões não lhes são
118
nificativas, e este fato é explicado pela baixa vida útil dos desconhecidas e, de certa forma, os preocupam, não
edifícios, que em média é de quatro anos. Considerando- somente no caso de um eventual sinistro, mas também
se uma vida útil média de sete anos para tubos e conexões com relação às crianças e sua segurança em escadas,
de PVC para água fria, os problemas mais sérios deveríam patamares e na proximidade com os abrigos de gás.
começar ao final do ano de 2002.
Com relação ao apartamento, os problemas mais
graves relacionados a proeminências de focos de incêndio
16.3 Avaliação das instalações elétricas e estão diretamente ligados às instalações elétricas, uma vez
consumo energético que estas estão subdimensionadas nos circuitos de sala e
Como se verificou nas análises levantadas, tanto do dormitórios e, dessa forma, favorecem por aquecimento
ponto de vista dos técnicos como do ponto de vista dos focos de incêndio. Um segundo problema encontrado no
APO econômica
optando por aqueles cuja topografia, tipo de solo, de escada;
vegetação, cursos d’água e infra-estrutura urbana sejam - maiores cuidados no detalhamento do sistema de
compatíveis com a tipologia e uso dos edifícios em vergas e contravergas dos vãos (caixilharia), bem como
questão; melhorar as cintas de amarração junto às lajes de piso e
- projetar patamares e taludes dentro da boa técnica, cobertura para evitar fissuramentos.
numa declividade não superior à proporção de 1:2, o Cobertura
que possibilita, inclusive, uma melhor manutenção da
- Projetar beirais mais generosos, pois os existentes
cobertura vegetal (grama);
protegem muito pouco os panos de fachada;
- o mesmo procedimento do item anterior quanto aos
- o mesmo quanto à adoção de calhas e condutores,
acessos e escadas dentro das mínimas condições de
visando principalmente à proteção das paredes (zona
conforto;
de peitoris) dos apartamentos situados no térreo;
- projetar com o cuidado devido o sistema de drenagem
- melhorar o projeto de vedação entre o sistema de vedos
dos patamares, cristas e pés de taludes, de forma a evitar
(paredes) e a cobertura, pois existem espaços entre
possíveis erosões;
ambos, permitindo o acesso indesejável de pombos e
- destinar áreas de terreno para o pavimento térreo, de
pássaros;
forma a possibilitar áreas de lazer para os moradores
- prever sistema de amarração das telhas plan, de forma
entre as lâminas dos blocos e entre conjuntos, pois as
a minimizar seu deslocamento.
existentes são extremamente exíguas.
Vedos
Fundações
- Ponderar melhor sobre as especificações técnicas
- Nos projetos de fundações, observar pormenores
vinculadas à adoção dos blocos de concreto, pois estes
técnicos vinculados ao estaqueamento e blocos situados
têm apresentado desempenho técnico aquém das
120 muito próximos às cristas dos taludes, dando, assim,
necessidades normais de conforto ambiental, com
ensejo para possíveis deslizamentos com reflexos
ênfase para o térmico;
danosos de movimentação por recalque diferencial;
- especificar melhor a qualidade desses blocos em face
- evitar nos projetos, dentro do possível, zonas de aterro.
da sua porosidade não compatível com as exigências
Estrutura de estanquidade e durabilidade;
- Neste particular, apenas recomendam-se tratamentos - melhorar a paginação dos blocos, bem como suas
preventivos durante a fase de projeto, como a inserção juntas;
cuidadosa de juntas de dilatação, devidamente - evitar no projeto a adoção de rebaixo nos panos
detalhadas e especificadas, juntas estas existentes entre inferiores das janelas, de forma a evitar deposição da
as estruturas principais dos edifícios e respectivas caixas poeira atmosférica e o conseqüente comprometimento
APO econômica
Instalações elétricas número de telefones públicos mínimos para atender à
- Recomenda-se como terapia preventiva realizar uma demanda;
avaliação nos prédios em uso, de maneira a constatar a - desenhar e criar condições de execução do
real demanda elétrica diante dos usos, costumes e equipamento urbano para as áreas comuns num estreito
equipamentos eletroeletrônicos existentes; vínculo com o tratamento paisagístico mínimo.
- melhorar as dimensões das tubulações secas 17.1.2 Terapias corretivas
(conduítes), para possibilitar possíveis aumentos de
Diante das características contratuais e de uso desses
demanda de energia com reflexos no dimensionamento
edifícios, as terapias corretivas vinculam-se também às
do quadro geral;
falhas de projeto, obra (materiais e técnicas utilizados) e
- melhorar o projeto elétrico das áreas externas entre outros pormenores. Entre elas, destaca-se:
blocos e áreas comuns, sistema de acesso e
- refazer o gramado dos taludes com adoção de
estacionamento, dando-lhes a possibilidade de cumprir
vegetação e detalhes para sua contenção;
suas funções.
- recuperar o concreto degradado das canaletas das águas
Infra-estrutura
pluviais e sistema de calçadas e pátios;
- Recomenda-se que seja prevista nos projetos futuros
a melhoria das condições de segurança contra roubos e - tratar as juntas existentes entre a estrutura principal
vandalismo dos edifícios com a inserção de vedação dos edifícios e a caixa de escada para evitar vazamentos
compatível (grades); de águas pluviais;
- melhorar todo o sistema de acesso de pedestres, - vedar as juntas existentes entre a caixilharia e os vedos
estacionamentos, escadas, dentro do conforto com material plástico;
necessário, inclusive com pormenores vinculados aos - corrigir os vazamentos existentes na laje de cobertura
122 deficientes físicos, idosos, gestantes e outros; de alguns apartamentos;
- melhorar a implantação dos blocos de maneira a - corrigir os vazamentos dos pisos dos banheiros junto
possibilitar a inserção de áreas de lazer para várias faixas aos ralos sifonados;
etárias, minimizando a ocupação que por ora é excessiva; - realinhar e fixar melhor as telhas da cobertura, bem
- inserir projeto dos equipamentos urbanos; como vedar o espaço existente entre a laje de teto e a
cobertura para evitar acesso de pássaros;
- ponderar sobre os espaços/ambientes, o mobiliário
doméstico existente e sua possível reformulação junto - inserir calhas e condutores na cobertura e realizar
à cadeia produtiva; pintura (tratamento) das testeiras de madeira e rufos;
- inserir pontos de ônibus devidamente abrigados e - recuperar os peitoris das janelas externas, bem como
APO econômica
atualmente representada pela rede urbana de hidrantes lâminas (cada bloco é constituído de duas lâminas de
públicos, deveria ser minimamente garantida. A provisão fachada contínua), até o limite do lote. Tais fatores estão
da rede de hidrantes é de obrigação da agência de relacionados à facilidade de propagação de incêndio entre
fornecimento de água da região e deveria fazer parte da blocos ou lâminas e à facilidade de acesso dos equipamentos
rede normal de distribuição de água potável que, para e equipes de combate e salvamento aos blocos.
atender às necessidades da atividade de combate ao fogo, Em termos de segurança dos ocupantes, deve-se
precisa de uma pressão/vazão adequada e pontos para garantir áreas de refúgio para os ocupantes dos blocos,
captação de água (pontos de hidrantes) bem distribuídos. preferencialmente dentro do próprio lote, isto é, em áreas
O espaçamento entre hidrantes deve ser condizente com o onde os ocupantes poderiam permanecer sem serem
risco proporcionado pelos tipos de ocupação existentes na afetados pelos efeitos do incêndio por um certo período.
região, sendo este espaçamento maior em áreas estritamente O problema da acessibilidade no interior do lote é
residenciais de baixa densidade e menor em áreas bastante evidente no caso dos blocos de edifícios do
densamente ocupadas. conjunto em questão, pois existe um desnível acentuado
Ainda, ao nível urbano, deveria haver uma ao longo de toda a área. Assim, a aproximação de veículos
de bombeiros, tanto para salvamento de pessoas como para
preocupação quanto à acessibilidade dos veículos de
combate a um eventual incêndio, fica restrita às duas
bombeiros numa situação de emergência, que poderia ser
grandes áreas de estacionamento, que são os únicos locais
mais bem regulamentada por meio de regras de
relativamente planos, apesar do acesso a esses locais se dar
zoneamento. Ruas estreitas, com curvas ou declives acen-
por um trecho de acentuado aclive. Destes locais, os
tuados, obstruções causadas por excesso de equipamentos
bombeiros serão obrigados a carregar os equipamentos
urbanos ao longo das ruas, como postes e fiação elétrica, necessários para o atendimento da emergência nos blocos.
placas de sinalização de grandes dimensões, etc., também
tendem a dificultar a rápida chegada do socorro. Essa situação pode se tornar mais grave para o
124 conjunto de edifícios formado pelos blocos 2 a 4, pois o
Infelizmente, a atual lei de zoneamento não desnível entre os blocos e o passeio chega a dez metros.
contempla a questão da acessibilidade de equipamentos
Outra opção de acesso seria pela via pública
para combate a incêndio, no âmbito tanto do dimen-
diretamente aos blocos, que só é possível em alguns casos
sionamento das ruas como dos afastamentos adequados
e, mesmo nestes, com certa dificuldade, devido aos
no interior do lote. A área do conjunto habitacional não é
desníveis existentes e ao cercamento dos blocos.
coberta por rede de hidrantes urbanos.
Um dos aspectos favoráveis da arquitetura dos
17.3.1.2 Implantação no lote edifícios são as lâminas com as fachadas de janelas dos
Ao nível da implantação de edificações no lote, deve dormitórios, isto é, fachadas com aberturas livres de
ser considerado o afastamento entre os blocos e entre as obstáculos, voltadas para áreas abertas, e não para o espaço
APO econômica
Contudo, no caso das dimensões dos degraus (Tabela 28), os valores se apresentam insatisfatórios, principalmente
devido à grande variação existente entre eles. A medida máxima do espelho foi constatada no último degrau superior de
um lance de escada, e a medida mínima, num primeiro degrau, não apenas numa escada em particular, mas em várias
delas.
126 c) Guarda-corpos e corrimão devendo ser instalados em ambos os lados da escada e não
De acordo com a norma brasileira, a altura de contempla a questão dos guarda-corpos.
guarda-corpos deve ser de, no mínimo, 1,05 m acima do No geral, o posicionamento e a geometria dos
piso acabado, constituídos por balaustradas, grades, tela corrimãos devem atender às seguintes condições:
ou assemelhados, de modo que uma esfera de 15 cm de a) prolongar-se por, pelo menos, 0,30 m do início e do
diâmetro não possa passar por nenhuma abertura. A altura
término da escada;
dos corrimãos exigida pela norma brasileira deve estar entre b) estar afastados, pelo menos, 40 mm das paredes às
0,80 m e 0,92 m acima do piso acabado.
quais são fixados;
Já a legislação municipal estipula a altura de c) ter seção circular com diâmetro entre 38 mm e 65
corrimãos entre 0,80 m e 1,00 m acima do piso acabado, mm;
APO econômica
Tais valores são resultado da má instalação dos possível notar a destruição de muitas das telas que
guarda-corpos, que variam de acordo com a profundidade preenchem o espaço entre os balaustres dos guarda-corpos,
da ancoragem dos seus balaustres no piso. A altura mínima o que retrata a fragilidade de tal dispositivo de proteção.
exigida por norma é de 1,05 m. Num dos blocos, os próprios moradores removeram todas
as telas, que, segundo eles, estavam em estado precário, e
Os pontos de ancoragem dos balaustres no piso se
as substituíram por barras intermediárias soldadas.
encontram sem a camada de argamassa de proteção em
muitos casos, deixando a parte metálica com os parafusos Em muitos guarda-corpos vistoriados, também se
de fixação expostos. A falta de proteção a choques mecâ- verificou a corrosão acentuada na barra do suporte da tela
nicos e à ação da chuva pode ocasionar, em médio prazo, a metálica, especificamente em sua aba inferior, ocasionada
corrosão e o enfraquecimento do ponto de fixação. pela água de chuva acumulada nesse local, o que torna a
tela mais suscetível a deformações e a destacamentos.
O corrimão incorporado no guarda-corpos, tanto
nas escadas como nos patamares, não permite o contínuo d) Sinalização de equipamentos
deslocamento da mão ao longo de toda a sua extensão. A O único equipamento que deve ser sinalizado, no
fixação superior do guarda-corpos/corrimão é realizada caso desse conjunto habitacional, é o extintor. A instalação
por uma peça em “L” chumbada no pilar ou viga que da sinalização dos extintores, conforme exigências da
interrompe a continuidade do deslocamento da mão, além norma NBR 12693, apesar dos equipamentos serem bem
de apresentar um afastamento insuficiente do pilar ou viga visíveis, auxilia na identificação do espaço ocupado por
para a passagem da mão. eles, de modo que a sua falta pode ser notada quando da
Além disso, não apresenta os seus extremos de início sua retirada do local.
e término arredondados de encontro à parede, além de Observou-se a falta de sinalização de identificação
não ser contínuo em toda a sua extensão, nem ter prolon- e alerta de caixas de entrada de energia, de água, da
128 gamento mínimo exigido no início e término da escada. localização das baterias de iluminação de emergência, do
Desse modo, o dispositivo instalado para proteção armazenamento de GLP, etc.
dos usuários nos patamares e lances de escada do conjunto, 17.3.2.2 Medidas ativas
devido às características constatadas, pode ser considerado a) Sistema de iluminação de emergência
somente como guarda-corpos, pois não satisfaz as O sistema de iluminação de emergência tem apenas
condições que definem os corrimãos. Adicionalmente, a um único ponto de iluminação por pavimento, situado sobre
altura de guarda-corpos exigida pela norma é superior à uma das extremidades do patamar, próximo à porta das
altura do corrimão, sendo, portanto, necessária a instalação unidades habitacionais. Esse posicionamento não é, a priori,
deste último em altura e condições adequadas. o mais adequado, pois pode não proporcionar uma unifor-
Além das irregularidades quanto às normas, foi midade de iluminação nas áreas do patamar e da escada. A
APO econômica
interior do compartimento individual exclusivo de depósito dos guarda-corpos no piso comprometem a segurança dos
de botijões de GLP. espaços de circulação coletiva no seu uso normal e, em
Nos apartamentos, o encanamento do gás tem uma caso de emergência, a saída dos ocupantes de modo seguro.
Tais situações só podem ser evitadas se forem objeto de
saída fixa junto ao local estipulado para a instalação do
fogão. A conexão do gás ao fogão nem sempre é efetuada preocupação na fase de execução da obra.
de modo satisfatório, devido a problemas de localização Diante da série de problemas detectados nos guarda-
da entrada do gás no equipamento, principalmente em corpos, seria importante a proposição de um novo sistema
alguns modelos de fogão que não oferecem alternativa de que, inclusive, contemplasse a instalação de corrimãos
pontos de entrada. apropriados. Uma sugestão seria a substituição dos guarda-
corpos metálicos por alvenaria de blocos de concreto,
A tubulação flexível de plástico utilizada para
conexão do gás, neste caso, fica vulnerável ao calor gerado semelhante ao que ocorre atualmente num dos lados do
patamar, e a fixação de corrimãos nestes, fazendo os
pelo aquecimento do forno, pois não está projetado para
eventuais reforços necessários à estrutura da caixa de
resistir a altas temperaturas, podendo romper e permitir o
vazamento do gás ao ambiente. Isso tem gerado escada, para suportar a nova carga. Nesse caso, os
moradores ainda se beneficiariam da melhor proteção
inconvenientes, como ter o cuidado de afastar o
equipamento da parede da cozinha durante o uso do forno, contra chuvas na área de circulação coletiva.
estreitando o espaço de passagem no interior do ambiente. Quanto aos cuidados com os extintores de incêndio,
seria necessário um manual de instrução básica sobre seu
17.3.4 Considerações finais
uso e manutenção aos moradores no momento da entrega
Questões de segurança contra incêndio no âmbito dos apartamentos, estimulando, inclusive, o treinamento
urbano que poderiam ser consideradas no projeto de periódico no manuseio desses equipamentos. Tal manual
130 conjuntos habitacionais estão essencialmente relacionadas deveria, também, abordar questões básicas de segurança
à acessibilidade de veículos do corpo de bombeiros o mais contra incêndio, principalmente relativas aos cuidados com
próximo possível dos edifícios. No caso do conjunto em a manutenção do sistema de iluminação de emergência, o
questão, um problema grave identificado foi o forte aclive armazenamento e uso do gás e o manuseio de outras fontes
nas duas vias de acesso aos estacionamentos, que deve, de calor que podem ocasionar incêndios e explosões, além
inclusive, dificultar a entrada de veículos de prestação de de procedimentos básicos em caso de incêndio.
serviços públicos como os de coleta de lixo.
No que tange aos detalhes construtivos dos edifícios,
tanto as variações nas dimensões da largura dos patamares
e escadas, dos degraus das escadas, como a altura e a fixação
APO econômica
V.
18 Considerações preliminares
19 Procedimentos metodológicos
20 Avaliação comportamental
21 Avaliacão técnica
22 Recomendações
132
18 Considerações preliminares
O
s estudos relativos ao Conforto Ambiental foram subdivididos em cinco grandes áreas ou
133
18.1 Variáveis que interferem na questão do conforto ambiental
Todas as subáreas do Conforto Ambiental dependem de uma multiplicidade de variáveis, que vão de
um plano muito geral a um muito específico e que poderiam ser divididas em três grandes classes:
28
Os dormitórios estão sendo considerados como um só ambiente, pois se situam sempre numa mesma fachada para todos os blocos estudados.
O critério básico de desempenho refere-se à insolação necessária a cada ambiente, por questões higiênicas e de
conforto térmico, conforme a Tabela 30. Tal critério recebe as qualificações a seguir (Tabela 31).
29
Esta tabela refere-se mais ao estudo de caso, cidade de São Paulo.
30
A norma brasileira NBR 5413 da ABNT estipula um nível de iluminância geral mínimo de 150 lux para todas as dependências da habitação.
144
31
Este item refere-se mais ao estudo de caso, cidade de São Paulo.
32
As portas não foram consideradas para o cômputo da área efetiva de ventilação.
33
Notar que, para cada orientação real e, portanto, para cada diagrama solar, existe uma outra orientação e um outro diagrama, que são complementares, bastando
para isso somar 180º. Ou seja, para cada bloco, têm-se sempre duas orientações reais e dois diagramas solares considerados nesta análise. Na realidade, haveria
quatro orientações, mas as duas referentes às fachadas menores não foram consideradas, pois não possuem aberturas.
Lajes Paredes
Para a laje foi considerado um nível de ruído aéreo Paredes internas entre habitações geminadas
perturbador de 75 dB(A), que corresponde a um nível Consideram-se somente as paredes quando não há
sonoro de conversa coletiva para freqüências médias (250 ligação pelo forro entre os dois locais (ou seja, quando a
Hz a 1K). Outros exemplos de ruídos internos à habitação parede chega até o telhado), ou, então, o conjunto parede/
são: forro, quando a interligação acontece. Para ruído aéreo,
foi utilizado o mesmo critério que para lajes, ou seja, 85
- aspirador de pó: máx. 70 dB(A) para 500 Hz; dB(A) para níveis intensos, 75 dB(A) para níveis médios e
- rádio, TV: máx. 75 dB(A) para 500 Hz – 1K; 65 dB(A) para níveis fracos.
- ar-condicionado: máx. 65 dB(A) para 125-250 Hz; Paredes externas
- descarga de vaso sanitário: 70 dB(A); Para o caso das paredes externas, foi considerada a
- máquina de lavar: 60-75 dB(A); situação mais crítica do ponto de vista acústico, que é o
- liqüidificador, batedeira: 75-90 dB(A). isolamento do ruído aéreo entre dois ambientes, sendo um
deles o externo e tendo como ruído de fundo perturbador
Para lajes, além dos ruídos aéreos mencionados, têm-
o tráfego urbano (vias de circulação, estacionamentos) ou
se os ruídos de impacto, normalmente mais intermitentes
o ruído proveniente de áreas de lazer externas (pátios,
e ocasionais, porém perturbadores. O isolamento contra
quadras de esporte, etc.).
impactos dos pavimentos depende, principalmente, da
natureza do acabamento do assoalho e, até certo ponto, da Como níveis sonoros para diferentes tipos de vias
rigidez da ligação entre o assoalho e o resto do pavimento. de tráfego urbano, têm-se os valores da Tabela 38. O valor
Para ruído de impacto, foi considerado um nível sonoro de referência adotada para a APO do Jardim São Luís foi o 151
de 80 dB(A). de tráfego médio de 75 dB(A).
152
153
Como se vê pelos dados apresentados, a maioria Para aqueles relativos à iluminação artificial, foram
absoluta dos entrevistados considera a iluminação natural consideradas as questões:
do apartamento ótima ou boa. Na realidade, a análise técnica
4.2 Como você classifica seu apartamento em relação à
confirma tal tendência. Porém, se se considerarem somente
iluminação artificial nas áreas comuns do edifício?
os apartamentos do térreo e do primeiro andar, entre as
4.3 Como você classifica seu apartamento em relação à
caixas de escada, e a pergunta relativa aos ambientes da
iluminação artificial nas vias públicas do conjunto?
sala, cozinha e área de serviço, a resposta seguramente seria
diferente, pois estes ambientes dispõem de pouca luz natural 4.4 Como você classifica seu apartamento em relação à
devido às obstruções do bloco da frente e das escadas iluminação artificial nas vias públicas do bairro?
laterais. Os resultados são apresentados nas Figuras 19 a 21.
Para os aspectos relativos ao conforto higrotérmico dão para a parte interna das caixas de escada, principalmente
de inverno, foi compilada a questão: aqueles dos andares térreo, primeiro e até segundo. Pode- 155
4.10 Como você considera a temperatura de sua casa no se notar que na época de inverno as salas, cozinhas e áreas
inverno? de serviço desses apartamentos não recebem nenhuma
Quanto à situação de conforto de verão, pratica- radiação solar direta. Assim como no caso anterior,
mente a metade dos entrevistados (49,38%) demonstrou isolaram-se na amostra os apartamentos de leste, oeste e
insatisfação, o que não difere muito da avaliação feita para cobertura para verificar a mudança de comportamento dos
a condição de verão. Para a época mais fria do ano, as ori- usuários. As respostas também não foram conclusivas, pois
entações leste–oeste das duas lâminas dos blocos realmente não confirmaram de maneira significativa as justificativas
são muito convenientes, pois uma pega o sol da manhã e técnicas esperadas. As repostas relativas à insatisfação foram
outra, o sol da tarde. O problema maior, e acredita-se causa as seguintes: leste (53,57%), oeste (42,31%) e cobertura
da insatisfação manifestada, refere-se aos ambientes que (53,85%), conforme os gráficos a seguir.
156
Ainda relativamente à associação entre aspectos de
conforto higrotérmico, foi compilada a questão:
4.11 Você já observou a presença de focos de umidade na
sua casa?
Os resultados estão dispostos na Figura 30.
157
158
Figura 36 – Avaliação comportamental: barulho vindo de áreas
vizinhas ou externas
Figura 35 – Avaliação comportamental: presença de bolor na casa De todos os parâmetros do conforto ambiental, e
do ponto de vista global, a acústica foi o parâmetro mais
Os resultados afirmativos de quase 30% segura- crítico para o usuário que a pesquisa de campo revelou.
mente estão associados aos banheiros, cozinhas e áreas de Quase ¾ dos entrevistados (72,84%) apontaram problemas
serviço (que são as áreas úmidas) do apartamento, princi- de perturbação com ruídos externos. Como se verá a seguir,
palmente para a condição mais crítica descrita anteriormen- pela segunda pergunta efetuada, as causas são múltiplas –
te, que se refere às habitações voltadas para o pátio interno o partido arquitetônico em “H” associado a detalhes
e situadas particularmente em lâminas com orientação construtivos e à organização dos espaços livres do conjunto.
161
34
Notar que, para cada orientação real e, portanto, para cada diagrama solar, existe uma outra orientação e um outro diagrama, que são complementares, bastando
para isso somar 180º. Ou seja, para cada bloco, têm-se sempre duas orientações reais e dois diagramas solares considerados nesta análise. Na realidade, haveria
quatro orientações, mas as duas referentes às fachadas menores não foram consideradas, pois não possuem aberturas. Estes estudos basearam-se na carta solar
para a latitude 24º.
162
Para a condição de verão, mais crítica do ponto de o clima de São Paulo, porém também significativo para a
vista térmico, somente 1,9% dos dormitórios apresentam análise de desempenho geral das edificações, pode-se
164 uma orientação favorável, os quais correspondem àqueles constatar que 100% dos dormitórios cumprem os critérios
dos blocos 2 e 5 do primeiro andar e que usufruem de de desempenho estabelecidos como referência. O motivo
bom mascaramento propiciado pelos blocos 3 e 6. Os é simples: todos estão com orientação praticamente oeste
98,1% restantes apresentam orientação “ruim” e são os (azimute = 276º), pegando boa parte do sol da tarde.
blocos que têm insolação excessiva durante o período mais Salas, cozinhas e áreas de serviço
crítico do ano do ponto de vista térmico, que é o período
Exatamente 50% de todos esses ambientes estão
compreendido entre outubro e março, segundo avaliação
voltados para o pátio interno, formado pelas duas caixas
técnica, tomado como referência o solstício de verão (22
de escada. Os outros 50% estão localizados nas quatro
de dezembro).
extremidades do “H”.
Para o período de inverno, menos significativo para
Medições luminotécnicas
Foram realizadas medições de iluminação natural
para a tipologia construtiva estudada, por meio de “luxíme-
168
tros”. Foram utilizados dois aparelhos para medições
simultâneas, interna e externa, aferidos pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT).
As medições foram realizadas nos pontos “P”
assinalados para todos os casos. Os resultados das medições
são apresentados na Tabela 43.
Tabela 43 – ( Continua )
21.2.1 Diagnósticos e conclusões · Caso 2-T: dormitórios e salas dos apartamentos lo-
A seguir, passa-se a relatar os principais resultados calizados entre as caixas de escada, andar térreo, corres-
obtidos com as simulações no programa Daylight e com pondentes às condições de todos os blocos de 1 a 13.
as medições. Nesta situação os dormitórios cumprem o desempe-
· Caso 1-T: dormitórios dos apartamentos de centro nho, enquanto o problema se encontra exatamente na sala,
dos blocos, sem obstrução externa. pelo fato de esta estar localizada entre as caixas de escada.
Estes são os apartamentos que têm melhores A obstrução causada pelas escadas é significativa do ponto
condições de iluminação natural devido ao fato de não de vista da insolação e, portanto, da iluminação natural
terem obstruções externas. O critério de desempenho também. Como se pode perceber pela simulação, metade
estipulado por esta pesquisa fixa o valor mínimo de CLD da sala fica escura, com valores da ordem de 0,5%, resul-
170
de 1,7% para um ponto central do local a 1,0 metro da tando em níveis de iluminâncias inferiores aos 150 lux
parede de fundo. Os valores encontrados estão na ordem estipulados por norma, o que ocasiona o uso prolongado
de 2,0%, o que propicia valores maiores que 150 lux para da iluminação artificial.
70% do tempo. · Caso 2-1: dormitórios e salas dos apartamentos
· Caso 1-T- bloco 2: dormitórios dos apartamentos de localizados entre as caixas de escada, 1º andar, corres-
centro, com obstrução externa e andar térreo. pondentes às condições de todos os blocos de 1 a 13.
Já para os apartamentos que apresentam obstruções Obviamente, à medida que se desloca em altura, o
externas, os níveis de iluminância não são satisfatórios, efeito das obstruções laterais das caixas das escadas tende
pois atingem valores entre 0,5% e 1,0%, inferiores, portanto, a se atenuar. Porém, neste caso, ainda não é suficiente para
ao valor mínimo de referência de 1,7%. garantir boas condições de iluminação natural para a sala,
171
178
item importante para que certos erros não sejam repetidos Na segunda dessas alternativas, a melhor escolha
e para que os acertos sejam explorados. seria uma tipologia de janela que propiciasse o controle da
Para uma melhor compreensão das recomendações insolação, sem, no entanto, bloquear a ventilação natural e,
que se seguem, tanto para o estudo de caso quanto para se possível, otimizando-a. Existem no mercado janelas com
novos projetos, aconselha-se a leitura prévia dos itens essas características.
anteriores deste trabalho. Iluminação natural
Insolação Para os casos que envolvem cozinhas e banheiros
A principal recomendação do ponto de vista da sem iluminação natural, não existem recomendações que
184
Tabela 48 – Critérios de desempenho para a insolação para edifícios situados entre 0o e 16o de latitude
· níveis mínimos de iluminância para cada atividade Os níveis de iluminância gerais são relativamente
(estabelecidos pela NB 5413 da ABNT); baixos, e os locais (espelho, penteadeira e cama), um pouco
· não-incidência de sol direto para as atividades visuais mais altos. Estes últimos não foram considerados para a
de acuidade média (leitura, escrita, costura, etc.); determinação dos critérios de desempenho, pois dependem
· uniformidade máxima entre dois pontos quaisquer do da posição do mobiliário e de uma interferência e gosto
local. muito pessoal de cada usuário.
188
35
IPT, op. cit, p. 53.
191
Tabela 50 – Vazão de ar mínima recomendada para atender às exigências de higiene dos usuários
Fonte: ALUCCI, OP. CIT (1986)
195
Tabela 52 – Resultados finais das
classificações de desempenho acústico dos
ambientes
24 Procedimentos metodológicos
25 Análises e simulações
26 Conclusões
196
23 Considerações preliminares
A
contribuição que uma avaliação econômica e funcional pode dar à avaliação pós-ocupação
está centrada sobre a melhor visibilidade das correlações existentes entre as variáveis dos
Ainda que da análise das relações entre custo e benefício não se possa cientificamente monetarizar
algumas qualidades de grande importância para o usuário, como beleza, atualidade, diferenciação e flexibilidade,
poder-se-á com mais facilidade aferir a capacidade que os espaços têm de abrigar um mobiliário básico e
convencional com critérios mínimos de ergonomia, como também se pode averiguar quais serão os custos
de uso, manutenção, reparo ou substituição de materiais e componentes da construção, sem falar da higiene
APO econômica
que uma ventilação e uma iluminação adequadas exercem adotarem as soluções priorizadas pelos usuários e/ou pelas
dentro das habitações. recomendações técnicas efetuadas, de uma forma tal que
servisse para avaliar o impacto no custo final para cada
A habitação popular e econômica é um grande
uma das alterações propostas.
desafio tanto para a arquitetura como para a engenharia de
custos. A necessidade de se obter o máximo de eficiência A tipologia analisada – VG.22.A (edifício de
com o mínimo de investimento de dinheiro, tempo e espaço apartamentos modelo “H”) – da Companhia de
tem servido ao longo do tempo como a justificativa mais Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) do
utilizada para a adoção de soluções de projeto e construtivas Estado de São Paulo veio acompanhada de um excelente
que vão atender apenas minimamente às necessidades e detalhamento de desenhos e orçamentos, o que permitiu
expectativas de seus moradores. Assim, para o “popular” um estudo mais rápido e preciso. A questão primeira que
e “econômico” se destinam quase que exclusivamente se apresentou foi a do tratamento que se deveria dar aos
custos anotados em Cruzeiros (Cr$) de abril de 1990.
especificações de espaços, materiais e componentes de mais
Inicialmente, buscou-se atualizá-los pela Tabela de
baixo desempenho, não considerando nesta análise
Composição de Preços para Orçamentos (TCPO.10) da
problemas com o uso, manutenção e substituição precoce
Pini Sistemas, o que foi feito para julho de 1997, mas não
de seus elementos. Este tipo de classificação traz como
teve utilidade, pois poderia induzir a interpretações
conseqüência uma sobrecarga de custo na etapa de uso
imprecisas na hora de comparação das duas bases. Então,
das habitações, quando é exatamente o “popular” que não
decidiiu-se manter a análise dentro da mesma base de dados
dispõe de recursos suficientes para manter esses elementos
da CDHU para aquela data de abril de 1990. Para qualquer
com custos relativamente elevados. Esses aspectos, além inserção de elementos novos, os seus custos seriam
de outros, conduziram a habitação dita de “interesse social” corrigidos pelos índices setoriais das “Edificações” da
às contradições que vive ainda hoje: segregação espacial, Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), de
distantes do trabalho e dos serviços de lazer e cultura, de São Paulo. Isso exigiu uma apropriação mais adequada do
198 custos baixos de gestão construtiva e custos altos de orçamento original da CDHU, para torná-lo mais compacto
manutenção, além de uma demasiada compactação do e visível, de uma forma tal que servisse para avaliar o
programa funcional e das suas dimensões. impacto, nos custos, das alterações que os estudos de
Dessa forma, o objetivo desta “avaliação econô- intervenção tinham em vista.
mica”, que também é funcional por se tratar de espaço fí- Observa-se que, somente quando se posicionam os
sico, é o de apontar algumas direções de solução, obvia- móveis dentro dos ambientes, é que se pode verificar o
mente passíveis de contestação, mas que, acredita-se, serem conforto ou constrangimento que se está criando. Essa
absolutamente mínimas e necessárias para promover a habi- tipologia do VG.22.A, de aproximadamente 42 m2 de área
tação popular a estágios suficientes de satisfação dos seus privativa, não fugiu de uma ocorrência de “aperto”. As
moradores. Averigou-se o custo a ser agregado para se plantas “confortáveis”, com programas funcionais
APO econômica
Figura 47 - Material referencial - planta 1, apartamento padrão Figura 48 - Material referencial - planta 2, apartamento padrão
VG.22. A VG.22. A
Projeto Original Básico - Arquitetônico Projeto Original Básico - Construtivo
200
Os dados analisados dizem respeito à tipologia Para uma compreensão mais precisa dos custos que
VG.22A, composta de duas lâminas (bloco duplo “H”), se encontravam na moeda cruzeiro (Cr$), de abril de 1990,
somando um total de 32 apartamentos de dois dormitórios. sob a vigência do Plano Collor I, foi processada uma plani-
A área construída total é igual a 1.516,16 m2, com área cons- lha na base da Pini Sistemas de julho de 1997, com o progra-
truída privativa útil por apartamento de 42,23 m 2, área cons- ma Volare 3.0. Foram usados os mesmos quantitativos e
truída total de 47,38 m2, e a área coletiva tem 5,15 m2. As as especificações análogas anotadas nas planilhas da
Figuras 47 a 51 ilustram a proposta arquitetônico-construtiva CDHU, e verificou-se que eles se igualavam. Portanto, as
adotada para o empreendimento que é objeto do estudo de duas metodologias não guardavam discrepâncias significati-
caso e sobre o qual esta análise econômica foi desenvolvida. vas entre si. Este orçamento adotou os códigos correspon-
dentes aos serviços da TCPO.10. tiveram que ser tomados diante das turbulências provocadas
nos índices pelos “Planos Econômicos” entre abril de 1990
Todas as demais necessidades de complementação (data-base do orçamento da CDHU) e outubro de 1997
e/ou atualização de insumos em geral e seus custos tiveram (data-base do custo dos caixilhos metálicos pesquisados
como referências a TCPO.10 da Pini Sistemas e o mercado no mercado). Esse indexador foi empregado, principal-
de materiais da Construção Civil da RMSP, em reais (R$) mente, para retroagir os custos mais recentes, referentes a
de julho de 1997. Para o indexador de custos setoriais – serviços não existentes no orçamento original da CDHU,
Edifícios –, foi empregado o índice FIPE, publicado pela e assim se obterem todos os orçamentos na mesma base
revista “Construção” da Editora Pini. Cuidados especiais de abril de 1990.
APO econômica
As intervenções foram dirigidas buscando atender
os desejos majoritários manifestados pelos usuários no que
diz respeito, basicamente, aos materiais empregados na
construção e ao tamanho dos cômodos.
No caso das ampliações, foram considerados pro-
porcionalmente aos quatro pavimentos, os serviços que
resultaram em ampliação das áreas coletivas da laje de co-
bertura e telhado. Os demais serviços ampliados estão na
proporção exclusiva do apartamento.
- Azulejos na parede da cozinha, defronte à pia, até o - Alteração na área das lajes;
teto; - alteração na área da cobertura;
- azulejos na parede da área de serviço, defronte ao - alteração na área das alvenarias;
tanque, até 1,50 m; - alteração na área de revestimento de paredes e tetos;
- azulejos nas paredes dentro do box do banheiro, até o - alteração na área de pintura de paredes e tetos;
teto; - alteração na área dos pisos;
APO econômica
- alteração no comprimento dos rodapés; - PROPOSTA 4 – Idem à planta 7, mais a reorganização
- alteração nas cargas das fundações. do setor hidráulico (planta 8).
Foram desenvolvidas também propostas “comple-
Intervenção nas instalações elétricas
mentares”, que se associam às propostas básicas, compondo
- Substituição da fiação das tomadas, de 1,5 mm2 passar
outras duas:
para 2,5 mm2;
- PROPOSTA 5 – soma da Proposta 1 (planta 5) com
- substituição do disjuntor das tomadas, de 15 ampères
a proposta 3 (planta 7) – Melhoria nos acabamentos de
para 20 ampères.
paredes de apoio às instalações hidráulicas; melhoria
Alterações adotadas na qualidade dos caixilhos; aumento no número de
Foram adotados os seguintes conjuntos de alterações: tomadas; reorganização dos acessos à cozinha; com
ampliação da área construída e dos serviços;
1. alterações nos revestimentos das paredes;
- PROPOSTA 6 – soma da proposta 2 (planta 6) com
2. alterações nas janelas e portas;
a proposta 4 (planta 8) – Melhoria nos acabamentos de
3. alterações nas dimensões dos espaços; paredes de apoio as instalações hidráulicas; melhoria
4. alterações nas instalações elétricas; na qualidade dos caixilhos; aumento no número de
5. fechamento do vão da “mesa divisória” entre a sala e tomadas; reorganização dos acessos à cozinha; com
a cozinha. ampliação da área construída e de serviços; mais a
reorganização do setor hidráulico.
24.4 Propostas desenvolvidas
As intervenções acima pontuadas se associam entre 25 Análises e simulações
204 si nas quatro propostas básicas:
A seguir, é apresentado um painel comparativo das
- PROPOSTA 1 – Melhoria nos acabamentos de pare- qualidades e custos resultantes das alterações ocorridas,
des de apoio às instalações hidráulicas; melhoria na qua- no edifício, na mesma base de dados e data.
lidade dos caixilhos; aumento no número de tomadas;
reorganização dos acessos à cozinha (planta 5);
- colocação de azulejos na parede da área de serviço, - ampliação ou diminuição da área de pintura de paredes
defronte ao tanque, até 1,50 m; e tetos;
- colocação de azulejos nas paredes dentro do box do - ampliação da área dos pisos;
banheiro, até o teto; - ampliação das cargas de fundação.
- colocação de azulejos na parede defronte do lavatório
Alterações nas instalações elétricas
do banheiro, em faixa de 60 x 30 cm;
- Substituição da fiação das tomadas, de 1,5 mm2 para
- colocação de pisos e rodapés cerâmicos no banheiro
2,5 mm2;
e na lavanderia.
- acréscimo de disjuntores de 20 ampères;
Alterações nas janelas e portas
- acréscimo de tomadas 110 V.
- Substituição da porta-caixilho da entrada do apar-
tamento por outra de melhor qualidade; Outras alterações
- colocação de porta na entrada da cozinha; - Fechamento do vão da “mesa divisória” entre a
- colocação de porta-caixilho no acesso da cozinha para cozinha e a sala;
a área de serviço; - colocação de calhas de cobre nos beirais dos telhados;
- remoção da janela da área de serviço; - substituição dos condutores de águas pluviais por PVC 205
- substituição das duas janelas dos dormitórios por mais ferro fundido;
janelas de alumínio de correr, série 16, com três lâminas, - substituição do telhado de fibrocimento por telhas de
duas com venezianas de PVC e uma de vidro; barro do tipo francesa;
- substituição das janelas da cozinha e da sala por janelas - substituição da estrutura do telhado para servir às
de alumínio basculante ou maxi-ar, série 16 ou 25; telhas de barro;
- redução na área de pintura dos caixilhos de metal; - substituição dos pára-peitos metálicos por alvenaria
- ampliação na área de pintura dos caixilhos de madeira; de blocos de concreto.
- substituição dos peitoris das janelas por elementos
armados com telas metálicas.
APO econômica
25.2 Proposta 1 (Planta 5) 25.3 Proposta 2 (Planta 6)
Projeto original com as alterações sugeridas pelos O mesmo que na Proposta 1, mais alterações no
usuários, e das consideradas como necessárias para o seu setor hidráulico.
bom desempenho, sem ampliação da área construída.
206
Figura 52 – Planta 5, apartamento padrão VG.22. A – Projeto Figura 53 – Planta 6 – Projeto original com alterações no setor
original com algumas alterações efetuadas pelos moradores hidráulico, sem alterações na área construída
207
Figura 54 – Planta 7 – Projeto alterado, com área expandida e Figura 55 – Planta 8 – Projeto alterado com área expandida e
manutenção da organização do setor hidráulico alterações no setor hidráulico
APO econômica
25.6 Proposta 5 (Planta 5 + 7)
Soma das Propostas 1 e 3.
208
25.8 Complementos no serviço de urbanização custo por apartamento em Cr$ de 04/1990 = Cr$
As alterações propostas relacionadas a aspectos 64.581,26.
externos ao edifício foram somadas ao custo de urbanização Soma das alterações nos “serviços de urbanização” = 209
e analisadas de forma independente, a saber: Cr$ 72.426,01
1. mudança no desenho das canaletas de microdrenagem Considerando que todos os demais custos “extra-
em volta das edificações: acréscimo no custo por edifício” (da terra, da urbanização, dos projetos, do
apartamento em Cr$ de 04/1990 = Cr$ 1.923,61; gerenciamento, etc.) estimados que somem um mesmo valor
2. colocação de grama em placas sobre taludes em volta igual ao da edificação = Cr$ 805.140,43, ou seja,
das edificações: acréscimo no custo por apartamento, correspondam a 50% do preço final do apartamento, tem-
em Cr$ de 04/1990 = Cr$ 5.921,14; se, então, que esses Cr$ 72.426,01 correspondem a um
3. pavimentação dos estacionamentos e de seus acessos, acréscimo de 9% nos custos “extra-edifício”, ou 4,5% no
com guia de concreto e pista de brita: acréscimo no preço final do apartamento.
APO econômica
26 Conclusões importante como indutor de novos modelos, pela sua
competência técnica, alcance territorial, demandas especiais
Felizmente, não se constataram problemas crônicos
e seu histórico pioneiro e inovador. Portanto, a presente
de ordem tipológica, senão de especificações e de arranjos
avaliação aponta para os aspectos apresentados a seguir
internos facilmente corrigíveis. Constatou-se a presença
como fatores conclusivos do trabalho
de vestígios do “padrão popular oficial” de baixa eficiência,
que acaba por ofuscar parcialmente a qualidade apontada
pelo inteligente sistema estrutural e construtivo que a 26.1 Considerações quanto a soluções adotadas
CDHU adotou nesse caso. e priorizadas pelos usuários e/ou pela avaliação
As políticas habitacionais populares, todos sabem, técnica como elemento de intervenção
estão aguardando uma solução definitiva, elas que Em relação às soluções adotadas e priorizadas pelos
atenderiam 60% das famílias brasileiras que têm rendas de usuários e/ou pela avaliação técnica como elemento de
até dez salários mínimos, segundo o PNAD/94 do IBGE. intervenção, tem-se que:
Essas políticas “definitivas” exigirão mais recursos, num
(1) a proposta de espaço integrado (cozinha/sala) não
plano com financiamentos a juros próximos do rendimento
das “poupanças populares” (cadernetas e FGTS) e por foi bem aceita pelos moradores. A intervenção prevê o
prazos que poderiam passar dos 30 anos de amortização. fechamento do vão original da bancada e o isolamento
da cozinha através de uma porta, bem como espaço
Essas políticas habitacionais terão que ser classi- extra para um freezer (plantas 6, 7 e 8);
ficadas por regiões de demandas diferenciadas. Assim, uma
(2) também os usuários tiveram o desejo de azulejar as
cidade de porte pequeno poderia se bastar com programas
paredes que servem de apoio à pia da cozinha, ao tanque
de prédios de apartamentos com quatro pavimentos. Mas
da área de serviço, ao lavatório e box do banheiro; assim
as metrópoles, como São Paulo, pela complexidade dos
210 como pretendem melhorar o acabamento dos “pisos
seus problemas, demandariam programas mais avançados
úmidos”, pelo menos do banheiro e da lavanderia;
para fazer frente à pressão migratória, ao elevado custo da
terra e à ausência crônica de infra-estrutura de serviços (3) a área de serviço, integrada à cozinha, não está
públicos e sociais na escala necessária. Assim, a Região funcionalmente resolvida. É desejada a ampliação dessa
Metropolitana de São Paulo (RMSP) está exigindo uma área de serviço, inclusive para abrigar a presença muito
verticalização mais adensada, que, entre outras alternativas, comum de bicicletas;
poderá ser obtida pelo emprego de elevadores em edifícios (4) ao fechar o vão original da mesa de concreto, os
entre 10 e 20 pavimentos. usuários tiveram o desejo de fechar a cozinha com uma
Diante das dificuldades enfrentadas pelo setor da porta para separá-la definitivamente da sala;
habitação de interesse social, a CDHU tem um destaque (5) tem surgido necessidade de espaço para um segundo
APO econômica
Tabela 58 - Proposta 2 – Planta 6 – Alterações nos acabamentos, instalações elétricas e intervenções no bloco hidráulico
b) nas intervenções para ampliação da área construída da unidade (plantas 7 e 8), a área foi ampliada em aproximadamente
17%, e os custos da unidade foram acrescidos de 7% a 8%;
212
c) nas intervenções para melhoria nas especificações de materiais e componentes, e para ampliação da área construída
da unidade (plantas 5 + 7), a área foi ampliada em cerca de 17%, e os custos da unidade foram acrescidos em 13%;
d) nas intervenções para alterações no setor hidráulico e para ampliação da área construída da unidade (plantas 6 + 8),
a área foi ampliada em aproximadamente 17%, e os custos da unidade foram acrescidos em 13%.
Tabela 62 - Proposta 6 – Planta 6 + Planta 8 – Alterações nos acabamentos, instalações elétricas, intervenções no bloco hidráulico e ampliação
da área do apartamento
213
Essa não-proporcionalidade entre o aumento de área edifício foi de 7%. Esses aumentos nos custos do edifícios
e de seus custos é previsível e aqui aparece com as caracte- se refletem de forma mais discreta no preço final do
rísticas específicas a essa tipologia de edificação. Melho- apartamento, pelo inclusão dos demais custos “extra-
raram-se o acabamento, as instalações elétricas e a organi- edifício”, e respectivamente caem para 3% e 3,5%, cuja
zação do bloco hidráulico, e também ampliou-se a área do soma é 6,5%. Portanto, todas essas melhorias de
apartamento em 17%, e os custos só aumentaram 13%. fundamental importância no desempenho funcional e de
Por conta da melhoria nos acabamentos e componentes, o uso da habitação resultaram num acréscimo de 6,5% no
aumento do custo do edifício foi de 6% e, por conta do preço final.
aumento da área do apartamento, o aumento do custo do
APO econômica
26.3 Algumas indagações do edifício, reduzindo inadvertidamente a importância dos
Para finalizar, restariam algumas indagações junto custos de manutenção e de uso durante pelo menos 30
aos usuários, e outras junto aos planejadores da CDHU. anos de vida regular do edifício. A questão fica mais
dramática quando se constata que, em menos de dez anos,
Dos usuários dever-se-ia saber se eles reconhecem
haverá substituição total de elementos importantíssimos
como “econômicas” (como acredita-se que sejam) as
nos orçamentos e no desempenho físico do edifício, como
alterações propostas, isto é, se o aumento nos custos dos
os caixilhos de fachada executados em chapa de aço de
edifícios de 6% a 13%, que teriam um correspondente
baixa durabilidade.
custo/preço final no empreendimento da ordem de 3% a
6,5% são plausíveis diante das vantagens que propiciam. Também é urgente que se analisem os “custos do
Ou seja, se essa relação entre custo e benefício é entendida empreendimento” junto aos demais custos de urbanização,
como favorável. Essas reduções de incidências, nos custos infra-estrutura e terra, projetos, de gerenciamento,
do edifício para os custos do empreendimento, de 6% para financeiros, etc.
3% e 13% para 6,5%, respectivamente, como já foi referido, À construção dos edifícios corresponde aproxi-
têm por hipótese (indicada pelas planilhas dos empreen- madamente 50% dos “custos do empreendimento”,
dimentos privados e públicos) que ao edifício correspon- verificável nos próprios empreendimentos da CDHU-SP.
dam 50% dos custos totais do empreendimento, em que Portanto, não há sentido prático em concentrar as análises
entrariam os custos da terra, dos projetos, da infra-estrutura de custos só na edificação. Em muitos casos, um aumento
de redes e equipamentos, além da administração e da na densidade ocupacional liberaria recursos financeiros
comercialização do empreendimento. mais do que suficientes para a melhoria na área e no
Dos planejadores da CDHU ter-se-ia que saber se acabamento das habitações, para a instalação dos
não é mais adequado, para o desempenho do edifício duran- elevadores, melhoria nas dimensões e qualidades dos
214 te os seus pelo menos 30 anos de vida, e para a defesa dos equipamentos públicos/comunitários, e melhoria no
interesses do usuário, que se dilatassem os prazos de finan- tratamento paisagístico, assim como também atrai os
ciamento, na escala necessária, para que não se aumen- investidores em serviços privados.
tassem significativamente as prestações mensais. Acredita- Tais constatações em nada reduzem as qualidades
se que isso, ou outra solução qualquer que viabilize um essenciais dessa tipologia do VG.22.A, que facilmente
equacionamento financeiro realista e que permita uma maior absorveria todas as sugestões das intervenções
satisfação do usuário, seja desejável, urgente e factível. apresentadas.
Deve-se ampliar o critério de “custos do empreen- O que se constata final e fundamentalmente é que
dimento”, que normalmente aborda as questões econô- há reais e positivas condições para os projetos da CDHU
micas, predominantemente os investimentos na construção implementarem definitivamente um desenho mais
215
APO econômica
VII.
27 Considerações gerais
28 O estudo de caso
29 Procedimentos metodológicos
30 Avaliação técnico-construtiva
31 Avaliação funcional
34 Conclusões
27 Considerações gerais
E
ste capítulo tem como objetivo apresentar o resultado da Avaliação Pós-Ocupação (APO)
Essa fase da pesquisa pretendeu complementar a avaliação do conjunto habitacional em questão, 217
escola –, visando não só ao desenvolvimento de diagnósticos para este estudo de caso, mas também à
dessa natureza.
relativas aos usos e aos funcionários foram obtidas nesse mesmo ano.
28 O estudo de caso
219
225
228
30.3 Alvenarias e detalhes técnico-construtivos Foto 20 - Cantoneiras na escada principal
· cobertura do acesso (do portão ao edifício), executada · colocação de corrimão nas escadas (previstas no
em estrutura metálica (pilares e vigas) e telhas de projeto executivo original);
cimento amianto; · modificação do piso do setor administrativo: de
· transformação da sala de aula em sala para compu- cimento queimado para “paviflex” - 180 m2 de piso;
tadores (receberam por doação 17 microcomputadores · fechamento da linha de união entre os dois módulos
Compaq e impressora). Todas as séries terão acesso a do edifício, por onde escorria água proveniente da
essas aulas. Essa atividade foi apontada como limpeza do segundo pavimento. O mesmo trabalho teve
preferencial pelos alunos entrevistados; que ser feito na cobertura;
232 · colocação de sistema de alarme na sala de com- · colocação de armários nas bancadas da cozinha;
putadores;
· colocação de cortinas nas janelas das salas de aula
· troca da porta de madeira da sala de computadores para diminuir o ofuscamento;
por outra de chapa de aço;
· colocação de suportes de madeira nas paredes das
· transformação da sala de aula prática em sala multiuso salas de aula para fixação de cartazes – preservar as
(leitura, projeção, vídeo, TV e sala de reuniões com pais paredes; e
e professores);
· troca das fechaduras das portas das salas de aula.
· transformação da cantina e dependências em copa para
os professores;
Verifica-se, pelo quadro acima, que a escola objeto usuários em função de suas necessidades.
de estudo é um pouco menor em número de alunos e de Entende-se que a escola, à época do levantamento,
234 professores do que a média das 24 escolas objeto de APO atendia da 1a à 8a séries do 1° Grau, ou tal como é classi-
anterior. Também, comparativamente, verifica-se que nessa ficada na Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da classe
escola cada professor deve atender a um grupo maior de de alfabetização (CA) à 4 a série, dos 6 aos 11 anos de idade,
alunos do que nas outras 24, mas, do ponto de vista do e da 5 a à 8 a série, dos 11 aos 15 anos de idade (PCRJ/SMP;
atendimento administrativo e dos serviços gerais, na escola CPU, 1996).
em estudo cada funcionário atende a um número menor
Fica definido, para efeito de comparação com alguns
do que nas outras 24 escolas.
indicadores municipais (Cidade do Rio de Janeiro) e estadu-
Análise dimensional dos ambientes da escola ais (Estado de São Paulo), como análise dimensional dos
Para efeito de análise dimensional, foram conside- principais ambientes componentes da escola, que em cada
rados os usos atuais por ambiente determinados pelos turno existem cerca de oito turmas (uma por sala de aula).
Tabela 64 (Continua)
Tabela 64 - Análise dimensional comparativa entre os ambientes da escola estudo de caso e as referências da CONESP/FDE e da PCRJ/IBAM
237
- o depósito de material de limpeza tem área muito - a sala de informática tem área muito aquém dos crité-
além daquela prevista pela CONESP/FDE e pela rios estipulados pela PCRJ/IBAM;
PCRJ/IBAM. - a sala multiuso (educação artística) tem área aquém
Ambientes críticos daquela prevista pela CONESP/FDE, e é um pouco
superior em relação aos critérios da PCRJ/IBAM, po-
Os ambientes que apresentam os maiores problemas
rém foi transformada em sala de aula comum;
de dimensionamento neste setor são os sanitários/vestiário
- a sala para atendimento especial (SAE) tem área muito
de funcionários.
aquém daquela estipulada pela PCRJ/IBAM;
Setor Pedagógico 239
- a sala para biblioteca, leitura, TV e vídeo tem área
No que diz respeito ao conjunto pedagógico, muito aquém da estipulada pela CONESP/FDE e pela
verifica-se que: PCRJ/IBAM, denotando forte sobreposição de
- a sala de aula comum tem área compatível com aquela atividades; e
prevista pela CONESP/FDE, mas está um pouco - o almoxarifado para material pedagógico tem área
aquém daquela estipulada pela PCRJ/IBAM; muito aquém daquela estipulada pela PCRJ/IBAM,
além de existir no local sobreposição de tarefas.
- a sala de aula prática tem área compatível com os
critérios da CONESP/FDE e PCRJ/IBAM, porém foi Ambientes críticos
transformada em sala multiuso (para leitura, vídeo, A sala de aula prática (laboratório), sala multiuso
reuniões); para educação artística, sala para atendimento a portadores
244
36
Definida como a capacidade do olho humano de fixar com precisão e nitidez os objetos. Trata-se da habilidade de ver detalhes.
249
37
A partir de 1966, esse órgão começou a realizar construções escolares. Inicialmente, cuidava apenas das verbas para as construções escolares e de sua
viabilização técnica (planejamento e projeto do edifício). A construção efetiva dos prédios era realizada pelo Departamento de Obras Públicas (DOP) e pelo
Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (IPESP).
261
262
35 Sobre a pesquisa
E
sta foi a mais longa e completa pesquisa na área de Avaliação Pós-Ocupação (APO) já realizada
pelo Grupo de APO do NUTAU nos seus 19 anos de vivência no assunto na Universidade de
São Paulo. Nesse aspecto, o auxílio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), por meio 263
avanço das pesquisas nessa área tão importante e envolvente, e que já se encontra consolidada no Brasil. A
pesquisa abriu uma série de novas possibilidades, entre as quais se destacam as de novas parcerias com
IX.
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Bibliografia
X.
39 Formulário do questionário definitivo adotado
282
Anexos
Recomendações:
- aplicar o questionário conforme seleção amostral;
- distribuí-lo o mais homogeneamente possível entre homens e mulheres;
- distribuir as entrevistas homogeneamente entre mutirão e empreitada global conforme seleção amostral;
- solicitar ao usuário que responda sempre em relação à situação predominante (ou seja, evitar respostas múltiplas).
Localização do apartamento
Endereço
Croqui
bloco pavimento - localizar o edifício no conjunto
- posição da unidade no pavimento
- orientação
NM
Processo Produtivo: (1) mutirão (2) empreitada global
1. Características do entrevistado
1.1 Sexo:
(1) feminino (2) masculino
1.16 É mais fácil chegar ao seu local de trabalho hoje ou na situação anterior?
(1) hoje (2) anterior (3) por quê? _____________________ (4) nsa
Anexos
2.3 tamanho do banheiro? (1) (2) (3) (4) (5)
2.7 da disposição dos cômodos de sua casa? (1) (2) (3) (4) (5)
2.9 espaço para abrir e fechar de portas e janelas? (1) (2) (3) (4) (5)
2.14. Você sente falta de espaço para desenvolver alguma atividade na sua casa?
(1) sim (2) não (3) qual? ________________________________
286 2.15 Alguém dorme na sala ou na cozinha na sua casa?
(1) sim (2) não
3. Segurança
Como você classifica seu apartamento em relação a: ótimo bom ruim péssimo nsa
3.5 segurança contra assaltos/roubos e invasões? (1) (2) (3) (4) (5)
3.6 segurança contra acidentes nas escadas? (1) (2) (3) (4) (5)
4. Conforto
Como você classifica seu apartamento em relação a: ótimo bom ruim péssimo nsa
4.1 iluminação natural? (1) (2) (3) (4) (5)
4.2 iluminação artificial nas áreas comuns do edifício? (1) (2) (3) (4) (5)
4.3 iluminação artificial nas vias públicas do conjunto? (1) (2) (3) (4) (5) 287
4.4 iluminação artificial nas vias públicas do bairro? (1) (2) (3) (4) (5)
Anexos
4.10 Como você considera a temperatura de sua
casa no inverno? (1) (2) (3) (4) (5)
5. Privacidade
Como você classifica seu apartamento em relação a: ótimo bom ruim péssimo nsa
288
6. Aparência
Como você qualifica as seguintes áreas comuns? ótimo bom ruim péssimo nsa
Anexos
9. Manutenção, conservação e operação do edifício e das áreas comuns
9.1 Você já observou algum problema no seu apartamento (por ex., inst. elétrica, caixilhos; trincas; etc.)
(1) sim (2) não (3) quais? _______________________ (4) onde? ________________________
9.4 das áreas externas comuns? (1) (2) (3) (4) (5)
9.6 da instalação (de água) hidráulica? (1) (2) (3) (4) (5)
9.12 Como você considera o gasto com condomínio? (1) (2) (3) (4) (5)
9.13 Como você considera o gasto com energia elétrica? (1) (2) (3) (4) (5)
Considerando as condições de moradia no conjunto habitacional, relacione o que é mais importante no seu ponto
de vista. Enumere os itens abaixo de 1 (o mais importante) a 10 (o menos importante). Antes de decidir, leia ou ouça todas
as alternativas com atenção.
Anexos
40 Equipe técnica e áreas de atuação Engenheiro Fulvio Vittorino – IPT
Prof. Dr. Ualfrido Del Carlo
Coordenadores do Projeto FINEP
· APO Aspectos funcionais
Marcelo de Andrade Roméro - Coordenador Prof. Dra. Sheila Walbe Ornstein
Sheila Walbe Ornstein - Vice- Coordenadora
· APO das áreas livres
Profa. Dra. Gilda Collet Bruna
Equipe técnica principal - pesquisadores/
consultores · APO Conforto ambiental
Antero de Oliveira Cruz Arq. Nelson Solano Vianna
Gilda Collet Bruna Colaboradores:
João Roberto Leme Simões Arqta. Ana Helena Guglielmetti
Khaled Ghoubar Arqta. Lúcia F. S. Pirró Dilonardo
Lucia Pirró Dilonardo · Avaliação econômica
Nelson Solano Vianna Prof. Dr. Khaled Ghoubar
Rosária Ono · Estatística
Suzana Pasternak Profa. Dra. Suzana Pasternak
Ualfrido Del Carlo
· Tabulação de dados
Varlete Aparecida Benevente
Arqto. Antero de Oliveira Cruz
Anexos
Marcelo de Andrade Roméro, arquiteto pela
FAU Brás Cubas, mestre, doutor, livre-docente e
professor titular pela Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo -
FAUUSP. Coordenador do Grupo de Disciplinas
de Construção do Departamento de Tecnologia
da Arquitetura da FAUUSP. Vice-Chefe (1999 a
2002) e chefe (2002 a 2004) do Departamento
de Tecnologia da Arquitetura da FAUUSP.
Coordenador da Área de Gestão Ambiental
NISAM-USP (Núcleo de Informações em Saúde
Ambiental da Universidade de São Paulo).
Pesquisador - bolsista do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e
Tecnológico - CNPq.
e-mail: maromero@usp.br
O livro documenta como a realização de pesquisas tendo como foco o Jardim São Luís
permitiram a aplicação dos conceitos e dos procedimentos metodológicos da APO,
contribuindo para o aperfeiçoamentos de técnicas pouco empregadas. Com isso, apresenta
parte do trabalho do Núcleo de Pesquisa em Tecnologia da Arquitetura e do Urbanismo e da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - provavelmente a mais
longa e sistemática experiência de estudo nessa área no país. A partir de um conjunto
organizado de informações passíveis de serem adotadas em outras regiões brasileiras, os
autores esperam colaborar com a transferência da tecnologia e com a capacitação de
consultores e pesquisadores. Para isso, mostram como a Avaliação Pós-Ocupação pode ser um
mecanismo realimentador do controle de qualidade do processo de produção e de uso do
ambiente construído.