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Índice

Resumo....................................................................................................................................2
Introdução..................................................................................................................................3
Objectivos...................................................................................................................................4
UNIDADE I: Historial Do Desenho..........................................................................................5
UNIDADE II: Importância Do Desenho...............................................................................8
UNIDADE III: Objectivo E Importância Da Cotagem No Desenho Técnico........................9
Regras Para Cotagem............................................................................................................9
3.1- Objectivos.......................................................................................................................10
3.2-Importância Da Cotagem Em Desenho Técnico..........................................................10
3.3- Diferentes Tipos De Cotagem.......................................................................................11
Conclusão..................................................................................................................................12
Anexos.......................................................................................................................................14
Referências Bibliográficas.......................................................................................................15

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Resumo

Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho além da representação da


forma, é necessário quantificá-la, isto é, definir com exatidão as dimensões e posição
dos diferentes elementos na peça.

A Norma brasileira que trata da cotagem em Desenho Técnico é a NBR 10126. A


cotagem de vistas deve ser efectuada de acordo com as regras indicadas na norma
portuguesa NP-297 (1963). Os valores a indicar reflectem as dimensões reais da peça
não sendo dependentes da escala utilizada na sua representação.

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Introdução

Este trabalho tem como objectivo principal esclarecer sobre a Cotagem, procurei
através de meios disponíveis dar um esclarecimento de uma forma detalhada para uma
boa e melhor compreensão. E por isso ao longo do meu trabalho apresentarei alguns
subtemas que são extremamente importantes para a boa compreensão do tema em
questão.

Começando por dizer que a Cotagem no sentido mais estrito, é a representação gráfica
no desenho das características de um elemento, através de linhas, símbolos, notas e
valor numérico numa unidade de medida.

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Objectivos

Objectivo geral:

Compreender de uma forma detalhada a cotagem.

Objectivo específico:

Analisar as características da cotagem;


A eficiência da cotagem;
Saber onde, quando e como deve-se utilizar a cotagem.

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UNIDADE I: Historial Do Desenho

O Desenho é uma representação gráfica constituída por linhas, pontos e/ou formas que
se realizam sobre uma superfície com a ajuda de algumas ferramentas.

Salientando que existem diversos tipos de desenho: desenho artístico, desenho técnico,
desenho geométrico, desenho mecânico e o desenho arquitetônico.

A história do desenho (ou “pré-história) começa quase que ao mesmo tempo em que a
história do homem. Nas cavernas ficaram gravados por meio de desenhos, os hábitos e
experiências dos primitivos “homens das cavernas” que usavam as pinturas rupestres
como forma de se expressar e comunicar antes mesmo que se consolidasse uma
linguagem verbal.

Ora ilustrando templos sagrados e tumbas, como dos egípcios onde se vê relatada,
praticamente, todas as histórias da vida quotidiana e mesmo da vida após a morte, ora
representando os deuses mitológicos gregos, ou ainda, conduzindo navegantes por
mares desconhecidos como durante os séculos XV e XVI e nos séculos posteriores, a
arte de desenhar acompanhou o homem durante todo seu desenvolvimento fazendo
parte de sua história e, ainda hoje, é capaz de surpreender e encantar a qualquer um que
se permita uma breve contemplação. Na pré-história o desenho surgiu como forma de as
pessoas se comunicarem facilitando o desenvolvimento de uma linguagem falada e
escrita. Não que o homem tenha aprendido a desenhar antes de falar, porque isso é
praticamente impossível de determinar uma vez que a linguagem falada não deixa
marcas em paredes como as pinturas rupestres. Mas é inegável que a expressão por
meio de pinturas facilitou a comunicação para aqueles povos.

Na antiguidade o desenho ganha status sagrado, principalmente no Egipto, onde é usado


para decorar tumbas e templos. Tanto o é que, para os antigos egípcios uma grave
condenação para alguém após a morte é ter raspado todos os desenhos e inscrições de
sua tumba. Dentre os Mesopotâmicos, Chineses e povos do continente Americano cada
um desenvolveu um sistema diferente de desenhar, com significados próprios e que
caracterizaram cada população. Da mesma forma ocorreu na antiguidade clássica,
quando gregos e romanos utilizaram o desenho para representar seus deuses.

Já na mesopotâmia o desenho foi utilizado para criar representações da terra e de rotas


de forma bastante primitiva. O nascimento da representação cartográfica de rotas
comerciais e domínios ganha fôlego com a expansão do Império Romano e a
popularização de suas cartas.

Mas um acontecimento realmente importante para todas as formas de desenho foi a


invenção do papel pelos chineses há mais de três mil anos. Até então eram usados

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diferentes materiais para as representações como blocos de barro ou argila, couro,
tecidos, folhas de palmeira, pedras, ossos de baleia, papiro (uma espécie de papel mais
fibroso muito usado pelos egípcios) e até mesmo bambu. Estima-se que por volta do ano
6 a.C. os chineses já utilizavam um papel de seda branco próprio para desenho e escrita.
Mas, o papel da forma que conhecemos hoje surgiu em 105 d.C. tendo sido mantido em
segredo pelos chineses durante quase 600 anos. A técnica, embora tenha evoluído, ainda
mantém o mesmo princípio de extracção de fibras vegetais, prensagem e secagem.

Os apetrechos utilizados para fazer o desenho também foram bem diferentes até que se
inventasse a tão comum caneta em esferográfica, em 1938. O primeiro “utensílio” usado
para desenhar foram os dedos com os quais os homens da caverna fizeram suas pinturas
rupestres, depois foram usados pelos babilónicos pedaços de madeira ou osso em
formato de cunha para desenhar em tábuas de argila (daí o nome da escrita
“cuneiforme”). Com a invenção do papiro pelos egípcios foi necessário desenvolver
outros materiais para escrita e o desenho. Passaram então a ser utilizados madeira e
ossos molhados em tinta vegetal e, depois, as famosas penas ou ainda o carvão que já
era utilizado pelo homem das cavernas. As penas, no século XVIII, passaram a ser de
metal e em 1884, Lewis E. Watterman patenteou a caneta tinteiro, precursora das
esferográficas.

Da mesma forma que os instrumentos utilizados para o desenho evoluíam, o próprio


desenho evoluía junto. No Japão, a época mais próspera dos samurais (1192 a 1600) o
desenho experimenta um grande crescimento. Os samurais além de guerreiros se
dedicavam às artes. É no Japão que foi divulgada a tinta nanquim criada pelos chineses,
ao contrário do que se costuma pensar. Uma tinta preta bastante usada para desenhar e
que era feita de um pigmento negro extraído de compostos de carbono queimados
(como o carvão).

Assim como praticamente todas as formas tradicionais de arte, o desenho foi bastante
difundido por religiosos seja no oriente ou no ocidente. Assim, a arte mantém ainda uma
ligação com o religioso, embora no Japão tenha se popularizado a representação da
natureza e na antiguidade já se fizessem desenhos sobre a vida e as pessoas.

É no Renascimento que o desenho ganha perspectivas e passa a retratar mais fielmente a


realidade ao contrário do que ocorria, por exemplo, nas ilustrações da Idade Média,
quando a falta de perspectiva criava cenários completamente impossíveis. Com o
Renascimento surge também um conhecimento mais aprofundado da anatomia humana
e os desenhos ganham em realidade. Mestres da pintura na época eram também exímios
desenhistas que usavam os conhecimentos da anatomia para dar mais realidade as
imagens através do uso de sombras, proporções, luz e cores.

Devido a Revolução Industrial surge uma nova modalidade de desenho voltado para a
projecção de máquinas e equipamentos: o desenho industrial.

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Em 1890, outro marco para o desenho: surge a primeira revista em quadrinhos semanal
da história. No dia 17 de Maio de 1890 foi lançada a Comic Cuts pelo magnata londrino
Alfred Harmsworth, mais tarde Lord Northcliffe. Mas, outras fontes atribuem o feito a
obras anteriores: uma destas obras seria o desenho chamado “Yellow Kid” publicada em
1897 por Richard Outcalt. No Brasil, as precursoras foram as tiras do Ítalo-brasileiro
Ângelo Agostini, publicadas em 1869, no jornal “Vida Fluminense” com o título de “As
Aventuras de Nhô Quim”.

Após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) as caricaturas e charges se popularizam e


sua utilização passa a ser cada vez mais frequente. Com a Segunda Guerra Mundial
(1939-1945) não só as caricaturas em periódicos de grande circulação, mas também as
animações passam a ser utilizadas por ambos os lados numa verdadeira “guerra visual”,
seja para fazer propaganda ou para fazer críticas a um e outro sistema.

Da década de 90 para cá as evoluções foram enormes. Centenas de periódicos no mundo


todo tratam exclusivamente do assunto “desenho” em suas mais diversas modalidades:
cartuns, charges, desenhos técnicos, desenho artístico, caricatura, animes, mangás,
grafite e outros.

Técnicas cada vez mais apuradas de desenho, arte final, diagramas, impressão e
distribuição possibilitaram além da melhoria da técnica, a criação de estilos tão variados
quanto é a variedade de público.

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UNIDADE II: Importância Do Desenho

O desenho é muito importante pois permite-nos expressar o que nós sentimos, serve de
linguagem de comunicação entre pessoas principalmente para as crianças.

O desenho também é importante porque permite-nos entender melhor o que se passa


com as pessoas através de uma observação atenta, pois nem sempre as pessoas
expressam tudo o que sentem através da fala. Por vezes podem acontecer situações que,
por alterar os sentimentos delas, acaba inibindo a expressão directa.

O desenho permite um entendimento universal:

-Para quem domina através de:


Representações geométricas.
-Através de perspectivas para as restantes pessoas.
•É o meio de comunicação com o cliente.

Nas mais diferenciadas áreas de conhecimento, o desenho é um grande norteador para a


criação de quaisquer produções, seja ela industrial ou antiartística.

Os desenhos nas cavernas, são uma das comprovações da importância do desenho, pois
através desta linguagem, o homem pode se comunicar e registar o seu quotidiano.

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UNIDADE III: Objectivo E Importância Da Cotagem No Desenho
Técnico
Cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do elemento, através de
linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida (NBR 10126).

Para a cotagem de um desenho são necessários três elementos: Cota, Linha de cota e
Linha auxiliar.

Cota: Indicação da medida ou característica em letras técnicas, sem indicação de


unidade.
Linha de cota: Linha fina, sempre paralela à dimensão cotada e todas à mesma
distância do elemento cotado.

Linha auxiliar: finas, paralelas entre si, perpendicular (ou a 60º, se necessário) ao
elemento cotado, não tocam o elemento cotado e estendem-se um pouco além da linha
de cota.

As linhas podem ser terminadas em setas abertas ou fechadas desenhadas formando


ângulos de 15º (mais comum no desenho técnico) ou traços curtos a 45º. As cotas
devem ser colocadas acima (mais usado) ou interrompendo a linha de cota. Apenas um
estilo deve ser utilizado do início até o fim do projecto.

Regras Para Cotagem

 As cotas devem ser colocadas na vista que melhor represente o elemento cotado,
dentro ou fora (preferencialmente) dos elementos.
 Deve-se cotar somente o necessário para a descrição completa do objecto. Não
se repetem cotas.
 Sempre que possível, alinhe as linhas de cotas.
 Cotas maiores ficam por fora das menores para evitar cruzamentos das linhas de
extensão.
 Cotamos o diâmetro nas circunferências e o raio nos arcos.
 A distância entre o elemento e a linha de cota é constante e no mínimo de 7mm.
Como também entre linhas de cotas paralelas.
 Os eixos de simetria e as linhas do contorno não devem nunca ser usados como
linhas de cota, embora podem ser usados como linhas de extensão.
 Evita-se cotar arestas tracejadas.
 Evite cotar em áreas hachuradas. Caso aconteça, deve-se parar a hachura no
momento da cota.

Cotas horizontais, verticais e inclinadas sempre são escritas em cima da linha.


A cotagem de ângulos pode ser como mostra a figura em anexo ou como a cota na
horizontal.

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3.1- Objectivos

Os objectivos da cotagem são:


 Usar a cotagem para indicar a forma e a localização dos elementos de uma peça;
 Seleccionar criteriosamente as cotas a inscrever no desenho, tendo em conta as
funções da peça e os processos de fabrico;
 Escolher adequadamente a vista onde a cota deve ser inscrita, assim como a sua
orientação;
 Cotar desenhos com representações e aplicações diversas, como sejam: vistas
múltiplas, desenhos de conjunto e perspectivas;
 Aplicar as técnicas da cotagem a peças de geometria e complexidade diversas,
de modo a garantir a legibilidade, simplicidade e clareza do desenho.

3.2-Importância Da Cotagem Em Desenho Técnico

A Cotagem em Desenho Técnico é pois a indicação expressa das medidas (em relação a
uma medida padrão) dos vários elementos geométricos que delimitam uma forma. Há
obviamente um conjunto de regras formais, consignadas em Normas, que torna
rigorosamente legível a apresentação desse tipo de informação.
Nesse âmbito importa desde já referir que os valores das medidas das dimensões a
indicar e que complementam formalmente a apresentação de uma peça desenhada,
correspondem às dimensões reais do objecto e nunca à excepção da escala 1 :1) às
dimensões medidas no desenho.

Poderia à primeira vista sugerir-se a dispensa de cotagem desde que o conceito de escala
fosse rigorosamente adoptado na sua verdadeira acepção. Sucede porém que o carácter
físico dos materiais de suporte implica necessariamente variações no tempo devido a
factores pelo menos de ordem natural, nomeadamente a temperatura e a humidade.

De resto se na execução ou na leitura e apreciação de um desenho técnico fossem


necessárias operações constantes de medida, não só a subjectividade da leitura, tomo
indefinições resultantes de espessuras de traço, etc., tornavam imprecisa essa
informação e a morosidade na sua obtenção desqualificaria por completo as
potencialidades de toda a metodologia de representação descrita.
Com efeito, se a adopção de uma escala, cujo conceito se introduziu logo de inicio
permite por um lado a representação gráfica de objectos e de formas em geral, e por
outro lado uma visão imediata da relação das suas várias dimensões (segundo as
respectivas direcções), não dispensa no entanto e em termos de Desenho Técnico a
explicitação da medida de cada uma das dimensões do objecto.

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3.3- Diferentes Tipos De Cotagem

A escolha do tipo de cotagem está directamente vinculada à fabricação e à futura


utilização do objecto e, como em quase todos os objectos existem partes que exigem
uma maior precisão de fabricação e também existem partes que admitem o somatório de
erros sucessivos, na prática é muito comum a utilização combinada da cotagem por
elemento de referência com a cotagem em série.

Os tipos de cotagem são:

 Cotagem em série: Série de cotas parciais colocadas alinhadas e definidas de


um modo contínuo. A cota total não é, nunca, dispensada.

 Cotagem por elemento de referência: tendo um único elemento de referência

 Cotagem em paralelo: cotagem referenciada a uma base comum. Tipo de


cotagem sobreposta. Essa técnica é usada quando um determinado número de
cotas, com a mesma direção, é definido em relação a uma origem comum.

 Cotagem aditiva.

Na cotagem em série, durante os processos de fabricação da peça, ocorrerá a soma


sucessiva dos erros cometidos na execução de cada elemento cotado. Tipo de cotagem
onde as cotas se apresentam dispostas em sucessão.

Na cotagem por elemento de referência, não ocorrerá a soma dos erros cometidos na
execução de cada cota.

A cotagem aditiva é uma variação simplificada da cotagem em paralelo, que pode ser
usada onde houver problema de espaço.

Na prática a cotagem aditiva não é muito utilizada porque existe a possibilidade de


dificultar a interpretação do desenho e consequentemente gerar problemas na construção
da peça.

A origem é cotar outros localizados no elemento de referência e as dos elementos da


peça são colocadas na frente de pequenas linhas de chamadas que vinculam a cota ao
seu respectivo elemento.

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Conclusão

Enfim, conclui-se que a cotagem é muito importante para o desenho técnico pois
caracteriza a indicação expressa das medidas (em relação a uma medida padrão) dos
vários elementos geométricos que delimitam uma forma. Uma cotagem incorreta ou
ambígua pode causar grandes prejuízos na fabricação do produto.

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Anexos

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Referências Bibliográficas

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cotagem
https://www.dumonttreinamentos.com.br/leitura_e_interpretac-
ao_de_desenho___tipos_de_cota
07cotagem.pdf
importância-do-desenho.pdf
cotagem_poli.pdf
9+1 Cotagem.pdf
Nbr_10126_cotagem_em_desenho_técnico
https://www.google.co.ao/amp/s/www.infoescola.com/artes/historia-do-
desenho/amp/
https://www.passeidireto.com/arquivo/1194392/cotagem
http://www.versus.pt/forma-espaco-ordem/desenhotecnico-4-5-cotagem.htm

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