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A PROBLEMÁTICA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

SENTIDO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Direitos Posições activas das pessoas consagradas


fundamentais Constitucionalmente ou Lei fundamental do
Estado.

Constituição –é a lei fundamental do Estado,


contendo os princípios sobre os quais se
fundamentam o governo regulado as divisões dos
poderes soberanos, ordenando as pessoas `as
Conceito da quais cada um deles deve ser confiado e a
Constituição e os maneira pela qual deve ser exercido
seus sentidos
Constituição em sentido Formal –é o texto
escrito onde constam as normas fundamentais da
ordem jurídica do Estado, decretado por um órgão
com poderes especiais para o efeito.

Constituição em sentido material => é o


conjunto de normas dispersas consuetudinário ou
escritas, relativas aos fins e titularidade do poder
politico, órgãos que o exercem e os direitos que o
limitam.
Direitos
fundamentais em Direitos fundamentais em sentido formal=>
sentido formal e direitos protegidos por leis com uma posição
material superior as demais.

Direitos fundamentais em sentido material


=>são as situações jurídicas das pessoas
protegidas por leis sem peso Constitucional

DIREITOS FUNDAMENTAIS, FIGURAS AFINS E CATEGORIA DOS


DIREITOS FUNDAMENTAIS
FIGURAS AFINS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Direitos do homem Direitos atribuídos ao homem ignorando-se a sua
condição social e económico.

Direitos subjectivos Direitos subjectivos atribuídos por normas de


públicos direito público

Direitos de Posições jurídicas fundamentais que o homem tem


personalidade pelos simples facto de nascer e estar vivo.

Requisitos Nascimento completo e com vida

Situações funcionais Situações jurídicas activas e passivas dos titulares


dos órgãos e de certos agentes do Estado e
quaisquer entidades públicas.

Direitos dos povos Direitos de colectividade mais ou menos bem


definidos

Interesses difusos Necessidades comuns a conjuntos determinados


de indivíduos e que somente podem ser satisfeitas
numa pespectiva comunitária.

Garantias Compreendem as garantias jurídico-publicas e as


Institucionais garantias jurídico-privadas.

Deveres Situações jurídicas de necessidades ou de


fundamentais adstrição de comportamentos plasmados na
Constituição.

CATEGORIAS DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Direitos Direitos fundamentais individuais-são os


fundamentais direitos conferidos ao individuo enquanto pessoa
individuais e direitos individualizada.
fundamentais
institucionais Direitos fundamentais institucionais – são
aqueles que são conferidos ao individuo enquanto
membro de um grupo

Direitos Direitos fundamentais comuns-são os


fundamentais conferidos a todos os membros de uma
comuns e direitos colectividade politica.
fundamentais Direitos fundamentais particulares-são os
particulares conferidos aos membros de um grupo mais ou
menos restrito sendo o requisito para que se
possa gozar dos referidos direitos a pertença ao
grupo.

Direitos do homem- são direitos conferidos ao


homem abstraído das situações sociais e
económicas.

Direitos do homem, Direitos do cidadão – são direitos conferidos ao


do cidadão e do homem enquanto um ser social, isto é, como um
trabalhador individuo vivendo na sociedade.

Direitos do trabalhador-são um conjunto de


direitos conferidos ao devedor de uma prestação
no âmbito do exercício desta actividade ao
trabalhador são conferidos determinados direitos
os quais, por se circunscrever a este campo, são
designados de direitos do trabalhador.

Status libertatis, Status liberates=> é o campo de liberdade


status civitatis e individual onde são prosseguidos os fins pessoais.
status activae Estamos assim no âmbito;
civitatis
Status civitatis => o campo de liberdade
individual onde são prosseguidos os fins pessoais.

Status activae civitatis=> trata-se do


reconhecimento do individuo pelo Estado para agir
por sua conta ou seja o individuo é chamado a
exercer poderes políticos.

Direitos pessoais=> são direitos que se ocupam


de proteger dirctamente a pessoa.
Direitos pessoais,
sociais e políticos. Direitos sociais=> são direitos relativos as
relações sociais cujo fim é o desenvolvimento da
pessoa;

Direitos políticos=> são direitos relativos a


participação da pessoa na vida politica do País.
Direitos gerais=são atribuíveis em razão de
situação de caracter geral.
Direitos gerais e
especiais Direitos especiais = são atribuídos ou atribuíveis
`a face de situações especiais eventualmente
verificáveis.

Direitos e garantias Direitos = são prerrogativas conferidas aos


indivíduos.
Garantia = são prerrogativas conferidas aos
indivíduos de exigirem a proteção dos seus
direitos.

Direitos, liberdades, Direito, liberdades e garantias são direitos de


garantia e direitos libertação do poder e simultaneamente, direitos a
sociais protecção do poder contra outros poderes.

Direitos Sociais = são direitos de libertação da


necessidade e de promoção.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


NA HISTORIA UNIVERSAL
A magna carta é o primeiro dos textos que forma
a Constituição Britânica. Este documento foi
imposto pelos barões do reino ao João Sem Terra
em 1225 mostrando o seu compromisso no
respeito pelos privilégios e liberdades dos estados
do reino.
Dentre as liberdades a que se obrigava a respeitar
destacam-se:
Magna carta de 1225  Liberdade da Igreja
 Prerrogativas Municipais,
 A moderação da tributação dos
mercadores,
 O direito que cada um tem de não ser
condenado antes do julgamento,
 O direito a justiça, entre outros;
A declaração da Em 1765, devido a lei do papel selado, as treze
independência colonias entraram em conflito com a Inglaterra, o
Americana em 1776 que a realização do 1° Congresso Continental, o
qual reunido em Filadelfia discutiu a reconciliação.
Resultou do referido Congresso, a publicação da
declaração dos direitos dos habitantes das
Colonias. Esta declaração não foi respeitada pelo
governo Britânico, que acabou recorrer armas.

Um 2° Congresso Continental foi constituído em


1975 e funcionou ate 1788. Neste Congresso, foi
recomendado que as colonias elaborassem as suas
constituições e mais tarde foi aprovada a
declaração da independência, passando assim as
treze colonias, a serem estados Soberanos.

Ate fins de 1776, todos os Estados tinham


Constituição.
Depois da declaração da Independência da
América, com o mínimo de reconhecimento dos
direitos dos cidadãos, o movimento de
reconhecimento dos referidos foi crescendo.

Em Março de 1789, os legisladores fizeram um


aditamento `a Constituição dos Estados Unidos
incorporado assim alguns artigos com direitos e
garantias dos cidadãos de toda a União.

Em Agosto de 1789 sob proposta de Lafayete, a


Assembleia Nacional francesa aprovou a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
A declaração visiva apena “…dar consciência aos
Declaração Francesa cidadãos dos seus direitos e…fornecer-lhes um
dos Direitos Civis e padrão pelo qual pudessem ajuizar da legitimidade
do Homem de 1789 dos actos do poder”

A liberdade, a propriedade, a segurança e a


resistência `a opressão, eram os direitos naturais
e imprescritíveis.
As declarações dos direitos vieram reafirmar o
valor moral e jurídico do homem.

No preambulo da carta das Nações Unidas, firma


em São Francisco a 28 de Junho de 1945,pode-
se ler o seguinte: “proclamar de novo a fé nos
direitos fundamentais do Homem na
dignidade e no valor da pessoa humana na
igualdade de direitos entre os homens e
mulheres assim como das grandes e
A carta das Nações pequenas nações”
Unidas e Declaração
Universal dos De forma a zelar pelo cumprimento dos deveres
Direitos do Homem assumidos pelas Nações Unidas de fornecer o
respeito universal dos direitos dos homem e das
liberdades fundamentais foi criado o Conselho
Economico e Social. Assim para materialização
deste objectivo, o Conselho Economico e Social
preparou uma declaração Universal dos Direitos do
Homem, aprovada na 3ª sessão da Assembleia
Geral das Nações Unidas, realizada a 10 de
Dezembro de 1948 em Paris.

Depois surgiu a aprovação em 16 de Dezembro de


1966 dos projectos do pacto Internacional dos
Direitos Económicos e Sociais e o Pacto
Internacional dos Direitos Civis e Políticos.

NO CONSTITUCIONALISMO MOÇAMBICANO
Neste período, vigorava a Constituição da
Republica Portuguesa tendo em conta que
Moçambique era uma Província para Portugal.

No período em referência o tratamento era


diferenciado quer entre os cidadãos Portugueses e
quer entre os Moçambicanos.

Período Colonial Do lado Português, era preciso considerar os


Portugueses nascidos em Portugal e que vinham
trabalhar na Província e os nascidos em
Moçambique. Do lado Moçambicano, há que
considerar os Moçambicanos, há que considerar os
Moçambicanos com um mínimo nível de
escolaridade, e os não esclarecidos que
constituíam a maioria.

Assim, os direitos conferidos em grande ou menor


escala estava dependente deste escalonamento.
Os Moçambicanos porque na altura aplicava-se a
Constituição de Portugal estavam sujeitos aos
direitos ai consagrados.
As zero horas do dia 25 de Junho, o Comité
Central da Frelimo proclamaram a independência
nacional de Moçambique, e a sua constituição em
Republica Popular de Moçambique.

A Constituição da Republica de 1975 entrou em


vigor, `as zero horas do dia 25 de Junho de 1975.

Antes de consagrar os direitos e deveres


fundamentais dos cidadãos, o Estado
moçambicano exprime a sua aceitação e
observância dos princípios da Carta da
Organização das Nações Unidas e da Organização
Constituição de 1975 da Unidade Africana.

Depois de Consagração dos princípios gerais a


Constituição abre espaço aos “Direitos e deveres
fundamentais dos Cidadãos”

A par dos Direitos e Liberdades, a Constituição


consagra as garantias ao referir que as liberdades
individuais previstas na Constituição são
garantidas pelo Estado e não podem de forma
alguma serem limitados a não ser nos casos
previstos na lei.

A semelhança da Constituição de 1975, analisada


no ponto anterior, nesta, o titulo II, também é
destinada aos “Direitos, Deveres e Liberdades
Fundamentais”

Ao iniciar o capítulo, é apresentado o princípio de


igualdade nos termos do qual todos os Cidadãos
são iguais perante a lei e gozam dos mesmos
direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres.

No capítulo II do título II, são consagrados os


Direitos, Deveres e Liberdades.

Constituição de 1990 No capítulo III é destinado aos Direitos e Deveres


Económicos e Sociais.

As garantias aos direitos e liberdades encontram-


se consagrados no Capitulo IV da Constituição.
Dentre as varias garantias ai consagradas,
destacamos: a condenação por um acto não
considerado como crime no momento da sua
prática, o habeas Corpus, a proibição de Expulsão
ou extradição dos cidadãos Moçambicanos do
Território Nacional.

É vasto o número de direitos conferidos os


cidadãos comparativamente a Constituição de
1975.

DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS


Breve historial da carta das Nações Unidas, em
1899, realizou-se na cidade de Haia na Holanda, a
Conferencia Internacional da Paz, a qual tinha
como objectivo, a elaboração de um instrumento
que pudesse ajudar na resolução das crises, tendo
para o efeito, sido criada a Liga das Nações que
por não ter conseguido evitar o colapso da
segunda guerra Mundial, conheceu o seu fim.

No dia 21 de Agosto de 1944, foi realizada a


Conferencia para a Organização da Paz no Mundo
do Pós-guerra.
No ano seguinte, representantes de 50 Países
Carta das Nações reuniram-se em São Francisco, Estados Unidos na
Unidas Conferencia das Nações Unidas para uma
Organização Internacional, onde, foi esboçada a
carta das Nações Unidas, a qual veio a ser
assinada em 26 de Junho de 1945.

Os principais órgãos das Nações Unidas são:


 Assembleia Geral,
 Conselho Economico e Social
 Conselho de Tutela
 Tribunal Internacional de Justiça e um
Secretariado.

Declaração Universal Breve historial o Direito Internacional dos Direitos


dos Direitos Humanos é marcado com o surgimento da
Humanos Declaração Universal dos Direitos Humanos, sendo
os seus motivos semelhantes aos que ditaram a
criação das Nações Unidas.

O Conselho Economico e social (ECOSOC), a quem


compete preparar sobre assuntos da sua
competência projetos de convenções a serem
submetidos a Assembleia Geral e ainda criar
comissões para assuntos económicos s sociais e
para a protecção dos direitos do homem, criou a
Comissão dos Direitos Humanos. O qual se
encarregou de produzir um documento de caracter
universal relativa aos direitos humanos.

Em 1947 a Comissão dos Direitos Humanos criou a


Carta Internacional dos Direitos Humanos que
compreendiam uma Declaração e um pacto de
Direitos Humanos. Foi assim que surgiu a
Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Direitos e Princípios na Declaração se acham


consagrados vários direitos e princípios
designadamente:
 o direito a liberdade,
 igualdade
 direito a vida
 recorrer ao Tribunal;
 direito a vida privada,
 liberdade de pensamento e religião
 direito de propriedade, entre outros

Pacto Internacional dos Direitos Civis e políticos foi


adoptado pela resolução n° 2.200-A (XXI) da
Assembleia Geral das Nações Unidas em 19 de
Dezembro de 1966.

No auge da guerra fria foi adoptado o pacto


Internacional dos Direitos Civis e políticos que
diferentemente da declaração Universal dos
Direitos humanos, reconhecia um conjunto de
direitos mais abrangentes.

A primeira parte do Pacto ocupa-se do direito a


autodeterminação dos povos, o que compreende a
definição do seu estatuto politico e a livre
dedicação ao seu desenvolvimento económico,
social e cultural.
Pacto Internacional
dos Direitos Civis e A segunda parte do pacto é referente aos
políticos direitos e garantias conferidos as partes dos Partes
que começa referindo que os Estados partes
obrigam-se a respeitar e garantir a todos os
indivíduos que se encontrem nos seus Territórios e
estejam sujeitos a sua jurisdição os direitos
reconhecidos no presente pacto sem qualquer
distinção e, ainda a adoptar as medidas que
permitam a adopção de decisões de ordem
legislativa ou outras capazes de adr efeito aos
direitos reconhecidos no presente pacto que ainda
não estiverem em vigor.

Comité dos Direitos Humanos. Não era


suficiente a existência do pacto que de forma
mais abrangente reconhecesse aos cidadãos os
direitos fundamentais era importante também, um
mecanismo que permitisse o acompanhamento da
sua implementação ao nível dos Estados partes e
o mecanismo encontrado foi a criação do Comité
de Direitos Humanos.
Ao Comité caberá receber e examinar
comunicações provenientes dos particulares
sujeitos a sua jurisdição que aleguem ser vitimas
de uma violação por esses Estados Partes.
Pacto Internacional
dos Direitos O pacto encontra-se dividido em cinco partes, a
Económicos Sociais e primeira: relativa ao direito a autodeterminação
Culturais dos povos e a livre disposição de seus recursos
naturais e riquezas;
A segunda: referente ao compromisso dos
Estados de implementar os direitos neles
previstos;
A terceira: reserva-se especialmente aos
direitos; A quarta: ao mecanismo de supervisão
por meio da apresentação de relatórios ao
ECOSOC e;
A quinta relativa a normas referentes a sua
ratificação e entrada em vigor.
Dentre os vários direitos constantes no pacto, nos
ocupamos apenas do direito ao trabalho e
respectivo desdobramentos e o direito a educação

Direito ao trabalho. Estes visa disciplinar as


relações laborais.

Direito a Educação este visa a permitir o pleno


desenvolvimento da personalidade humana e do
sentido da sua dignidade e reforçar o respeito
pelos direitos do homem das liberdades
fundamentais.

Neste ponto, apenas apresentaríamos algumas


Algumas Convenções convenções relativas a determinados assuntos,
dos Direitos designadamente: protecção da mulher; contra
Humanos em especial escravidão e a descriminação; Direito a vida; a
integridade física e ao tratamento humano,
protecção aos trabalhadores; Direito ao
desenvolvimento e outros assuntos.

SISTEMA AFRICANO DE PROTECÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS

Nas décadas de 1970 foram organizadas em Africa


diversas conferencias pelas nações Unidas, com
objetivo de discutir a criação de um sistema
africano de promoção e protecção dos Direitos
Humanos.

CARTA AFRICANA Em 1979, a Assembleia dos Chefes de Estado e de


DOS DIREITOS Governo da OUA decidiu que o Secretario Geral da
HUMANOS E DOS OUA devia iniciar o processo de criação de uma
POVOS-GENESE comissão regional de direitos humanos e dois anos
mais tarde, a Assembleia adoptou unanimemente
o texto final da carta Africana.

A Carta Africana dos Direitos Humanos e dos


Povos abrange quatro categorias principais de
direitos e deveres, designadamente: Direitos
individuais , Direitos dos Povos, Deveres dos
Estados e Deveres dos indivíduos.
A Carta Africana dos Direitos Humanos e dos
Sistema de Controlo povos consagrados sistemas de proteccao dos
direitos humanos o não jurisdicional e o
jurisdicional.

Sistema não jurisdicional = comissão Africana dos


Direitos Humanos e dos Povos. Para o seu
funcionamento, foram adoptados alguns
mecanismos ou técnicas de controlo a saber os
informes as denuncias inter Estados individuais.
Sistema Jurisdicional de protecção dos Direitos
Humanos- Tribunal Africano dos Direitos Humanos
a este compete solucionar os casos a ele
submetidos.

Sistematização Moçambicana dos Direitos Fundamentais


A Constituição de 2004 como é normalmente
apelidada, é na verdade, uma revisão
constitucional que incidiu sobre a constituição de
1990,
A consagração dos Direitos, deveres, liberdades e
garantias na Revisão Constitucional, de 2004 ora
em vigor, ocupam os primeiros cinco capítulos do
titulo III, assim destacamos: Direitos, Deveres e
Enumeração liberdade fundamentais “ no Capitulo I; no
Constitucional Capitulo II, destacamos “Direitos, deveres e
liberdade; capitulo III, Direitos, liberdades e
garantias individuais, capitulo IV Direitos
liberdades e garantias de participação politica e
finalmente : Direitos e Deveres económicos
sociais culturais. No cap. V.

Relativamente a interpretação dos preceitos sobre


os direitos fundamentais, impõe a necessidade de
harmonização dos referidos preceitos com a
Declaracao Universal dos Direitos do Homem e a
Carta Africana dos Direitos do Homem e dos
Povos.
Não restam duvidas que a revisão Constitucional
de 2004, tenha trazido grandes inovações no que
diz respeito a consagração dos direitos
fundamentais, quer no que concerne a
consagração de novos direitos quer no que diz
respeito a extensão do âmbito de abrangência de
algumas direitos mas é preciso não ignorar que a
organização do Sistema de Justiça não houve
grandes avanços.
Criticas
“…O processo de revisão constitucional
poderia ter sido utilizado para debater com
mais profundidade a estrutura dos tribunais
e as bases do sistema de justiça, herdado do
sistema colonial português”

Apesar de ter frustrado varias espectativas é


preciso salientar que mesmo no âmbito da justiça
a Revisão Constitucional melhorou em partes a
Organização ao procurar adequa-lo a realidade do
País.

REGIME COMUM DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS

Atribuição dos Quando falamos do regime comum ou geral dos


Direitos direitos fundamentais pretendemos nos referir no
Fundamentais âmbito de titularidade dos direitos fundamentais o
que passa necessariamente por falar do princípio
da Universalidade e o Principio da legalidade.

princípio da Universalidade todos quando


fazem parte de uma comunidade politica, fazem
parte da comunidade jurídica são titulares dos
direitos e se encontram adstritos a deveres ai
consagrados.

A CRM ora em vigor consagra este principio no


artigo 35 e no artigo 37 ocupa-se de consagrar a
titularidade dos mesmos direitos pelos cidadãos
portadores de deficiências.

A atribuição dos direitos fundamentais envolve a


correspondente atribuição de capacidade para o
seu exercício.

Assim como as pessoas singulares ou naturais


gozam de direitos fundamentais as pessoas
coletivas também gozam de alguns direitos
fundamentais.

Direitos fundamentais colectivos=são direitos


colectivos das Organizações cujo objectivo é a
tutela de formações sociais.

Direitos fundamentais de exercício


colectivo= são aqueles cuja titularidade é
individual mas o exercício é colectivo.

Princípio da igualidade. Relativamente ao principio


igualdade, esclarece o art. 35º da CRM, que todos
cidadãos são iguais perante a lei . ainda a mesma
CRM refere no art 36º que o homem e mulher são
iguais perante a lei.

Muito antes da consagração Constitucional, o


princípio da igualdade já era referenciado na
Declaração Universal dos Direitos Humanos,
Aditamento a Constituição dos Estados Unidos,
Constituição Mexicana de 1917, Constituição de
Weimar, Constituição Italiana, Constituição
Portuguesa de 1822.

No Constitucionalismo moçambicano foi


principalmente tratado na Constituição da
Republica de Moçambique ou seja, na Constituição
Princípio da de 1975.
Igualdade no Direito
Positivo A constituição não se limitou apenas a consagrar o
Moçambicano princípio da igualdade mas tratou de reprimir
todos os actos que colocassem em causa o
princípio.

Em 1978 a Constituição de Republica Popular de


Moçambique, foi objecto de alteração pela lei
n.11/78 de 15 de Agosto mas não houve qualquer
alteração sobre o principio,
Em 1990 entra em vigor uma nova Constituição a
qual introduziu o Estado de Direito Democrático.

A Constituição de 1990 no seu titulo II-Direitos,


Deveres e Liberdade Fundamentais , Capitilo I
princípios gerais art.66 consagra o principio da
igualdade.

Em 2004 a Constituição de 1990 foi objecto de


revisão e igualdade não houve alteração
substancial no princípio.

a primeira forma de defesa, dos direitos é a que


consiste no seu conhecimento. Só quem tem
consciência dos seus direitos tem consciência das
vantagens e dos bens que podem usufruir com o
seu exercício.

As normas que se referem ao acesso ao direito, a


informação e consulta jurídica devem ser
preceptivas ou seja imediatamente invocáveis
pelos cidadãos.
O acesso ao Direito é garantido de modo muito
significativo por duas instituições , advocacia e o
M°P°

Para alem de conferir direitos aos cidadãos a


Constituição criou meios necessários para a defesa
dos referidos direitos.

No ordenamento jurídico Moçambicano, existem


A Tutela judicial e varias categorias de Tribunais ou de ordens de
Tutela Jurisdicional jurisdição a saber:
dos Direitos  Tribunais Judiciais;
 Tribunal Administrativo;
 Tribunal Fiscal;
 Tribunal militar
E quando estamos em presença de
inconstitucionalidade, encontramos a figura de
Conselho Conselho Constitucional como acontece
nos outros ordenamentos jurídicos, comporta-se
como um verdadeiro Tribunal.
Os cidadãos podem solicitar a declaração da
inconstitucionalidade ou ilegalidade dos actos
normativos dos órgãos do Estado junto do
Conselho Constitucional.

Actos Juridicos, Aos actos jurisdicionais ofensivos de direitos das


Publicos e Meios pessoas a impugnação é feita com base no recurso
Jurisdicionais ou reclamação, em atenção as disposições
processuais.

Os acórdãos do Tribunal Administrativo que


decidam em ultimo grau de jurisdição, salvo nos
casos excepcionalmente previstos na lei e bem
assim, nas decisões que resolvem conflitos de
jurisdição de competências e atribuições, não são
passiveis de recurso.

Tutela Graciosa dos A par da Tutela a cargo dos Tribunais, ligada na


Direitos maioria das vezes aos meios contenciosos,
Fundamentais encontramos a tutela graciosa.
Na nossa Constituição destacamos como tutela
graciosa o direito de petição, queixa e reclamação
Ainda neste domínio destacamos a figura do
Provedor de Justiça.

Alguém incorre em responsabilidade civil quando


se constitui na obrigação de indemnizar outrem
por danos que lhe cause, quer esses danos
resultem de acções ou omissões.

Responsabilidade A Constituição da Republica estabelece a


Civil do Estado possibilidade de responsabilização do Estado pelos
prejuízos que forem causados pela violação dos
direitos fundamentais.

A responsabilidade do Estado e das demais


entidades públicas é a responsabilidade por actos
da função administrativa.

O individuo tem deveres para com a comunidade,


fora da qual não é possível o livre e pleno
desenvolvimento da sua personalidade.
Limitação ao O exercício dos direitos está sujeito as limitações
Exercício do Direito estabelecidas na lei com o objectivo de promover
o reconhecimento e o respeito dos direitos e
liberdades dos outros e satisfazer as justas
exigências da moral da ordem publica e do bem
estar numa sociedade democrática.

Existem na CRM disposições relativas a limitação


no exercício do direito.

REGIME MATERIAL DOS DIREITOS LIBERDADES E GARANTIAS

Os direitos e liberdades individuais são


directamente aplicáveis e devem ser exercidos em
conformidade com a Constituição e leis.

Sobre aplicabilidade imediata do direito é


APLICAÇÃO fundamental distinguir se a norma é ou não
IMEDIATA exequível de per si.

Assim se a norma constitucional for exequível por


si mesma teremos a possibilidade de invocação
imediata dos direitos por força da Constituição e
do contrário, ficaremos a espera da manifestação
do legislador.

O Legislador Constituinte não se limitou a


Vinculação das consagrar o caracter imediato da aplicação dos
entidades publicas e direitos, liberdades e garantias mas também os
privadas seus destinatários.
Os destinatários dessas normas são as entidades
publicas e as privadas.

Normalmente temos confundido restrição com


limite ao exercício de direitos, condicionamento,
dever e suspensão.
As restrições de
Direitos, liberdades e A restrição tem a ver com a extensão objectiva
garantias do Direito: o limite ao exercício de direitos está
relacionado a manifestação ou seja o modo de
exteriorização através da pratica do seu titular.
O dever não é mais do que uma situação jurídica
passiva que se traduz na imposição a alguém de
agir ou de não agir de alguma maneira.

A suspensão é uma situação de paralisação


temporária no exercício de alguns direitos,
provocada por questões de necessidades.

Os cidadãos podem por varias razoes violar os


deveres a que se encontrem adstritos. Nessas
situações se justifica a limitação suspensão ou
privação dos seus direitos.
A limitação, Para defender os cidadãos do arbítrio do pode,
suspensão ou sobre a limitação, suspensão ou privação dos
privação Individual direitos são reconhecidas algumas garantias,
dos Direitos designadamente: em caso algum pode alguém ser
privado definitiva ou temporariamente de todos os
seus direitos, liberdades e garantias. Em caso
algum, pode haver limitação, privação ou
suspensão de pelo menos os direitos
insusceptiveis de suspensão em estado de sitio e
não é permitida a privação ilimitada de qualquer
direito, liberdade e garantia.

O direito de resistência é reconhecido no


ordenamento jurídico moçambicano, conforme se
vislumbra do enunciado do artigo 80º da CRM
O cidadão tem o direito de não acatar ordens
ilegais ou que ofendem os seus direitos, liberdades
e garantias.

Apesar da Constituição fazer referencia a


A Autotutela resistência a ordens, enquadram-se neste
mediante o direito de domínio quaisquer actos do poder.
resistência
Na reação a ser levada a cabo contra as ordens
ilegais é preciso te em conta a proporcionalidade
dos meios a usar.

Os efeitos do direito de resistência são: a


justificação jurídico-criminal do facto e a
desnecessidade de prévia decisão judicial.
O protocolo facultativo ao Pacto Internacional dos
Direitos Civis e políticos confere aos cidadão que
Acesso a Instancias se considerem vitimas da violação de qualquer dos
Internacionais direitos enunciados no Pacto e que tenham
esgotado todos os recursos internos disponíveis, o
direito de apresentarem uma comunicação escrita
ao comité para efeitos de exame

A informação De acordo com o disposto no artigo 40 do Pacto


Internacional pelo Internacional dos Direitos Civis e Políticos, os
Estado Moçambicano Estados partes comprometem-se a apresentar
relatórios ao Secretario Geral das Nações Unidas
sobre as providencias adotadas para efetivação
dos direitos civis e políticos.

Os direitos, liberdade Relativamente a revisão Constitucional a


e garantias como Constituição da Republica de Moçambique, obriga
limite material de a que as leis de revisão Constitucional respeitem
Revisão os direitos, liberdades e garantias fundamentais.
Constitucional

O regime dos direitos económicos, sociais e


Regime dos Direitos culturais é dado pela CRM
Económicos, Sociais e
culturais

A conexão com as A politica económica do Estado é dirigida a


tarefas e construção das bases fundamentais do
Incumbências do desenvolvimento a melhoria das condições de vida
Estado do povo.

Para alem do Estado, as autarquias locais devem


contribuir para efetivação dos direitos económicos,
sociais e culturais.

Tarefas equivalem a fins do Estado manifestados


em certo tempo histórico, em certa situação
politico-Constitucional, em certo regime, em certa
Constituição e funções são actividades especificas
do poder. As incumbências são metas e acções a
que o Estado se encontra constitucionalmente
adstritos.

A constituição para alem de consagrar direitos


económicos. Sociais e culturais, exigiu a
Participação dos participação dos beneficiários para a sua
Interessados e da efetivação.
Sociedade Civil Ao consagrar esta exigência pretendia-se que a
tarefa para a efetivação dos direitos, não fosse
exclusiva do Estado.

Dependência da A efetivação dos direitos económicos sociais e


Realidade culturais não depende apenas da aplicação das
Constitucional normas constitucionais, mas também das
condições económico-financeiras, administrativas
institucionais e socioculturais.

As normas reguladas dos direitos económicos,


sociais e culturais são quase todas de caracter
Formas de Tutela programático.
Não existem meios de tutela especial para os
direitos económicos, sociais e culturais podendo
em caso de violação recorrer-se aos meios de
tutela, aplicável as outras categoria de direitos.

Informação Os Estados partes no Pacto Internacional


Internacional sobre comprometem-se a apresentar relatórios sobre as
Direitos económicos, medidas que tiverem adotados e sobre os
Sociais e Culturais progressos realizados com vista a assegurar o
respeito dos direitos reconhecidos no Pacto.

Efetivação O Pacto Internacional dos Direitos económicos,


Internacional dos Sociais e Culturais, prevê medidas destinadas a
Direitos Económicos, assegurar os direitos reconhecidos no pacto, tais
Sociais e Culturais como: a conclusão de Convenções a adopção de
recomendações, a prestação de assistência técnica
e a organização, em ligação com os governos
interessados, de reuniões regionais e de reuniões
técnicos para fins de consulta e de estudos.

LIBERDADE RELIGIOSA
O fenómeno religioso manifesta-se em grandes
movimentos, variando, tendo em conta as épocas,
os lugares, os tipos de Estado, os regimes
políticos, e a relação estabelecida entre as
Liberdade religiosa confissões religiosas e o poder publico.

A liberdade religiosa não se traduz apenas em o


Estado impor uma religião a alguém ou, não
impedir alguém de professar uma determinada
religião, mas também em permitir a pratica.
A liberdade religiosa
ao longo do O tratamento da liberdade religiosa tem conhecido
constitucionalismo grande evolução considerando as várias fases do
Moçambicano constitucionalismo moçambicano.

A liberdade religiosa encontra a sua consagração


no art.54º da CRM em vigor, e aparece associada
A liberdade religioso a liberdade de consciência e de culto.
no Direito
Constitucional actual Comparada a constituição anterior, na actual, a
liberdade de religião ganha outra dimensão
considerando a forma como o legislador
constituinte tratou a matéria.

A liberdade relativa a Relativamente a legislação que se ocupa da


liberdade religiosa liberdade religiosa, destacamos apenas o C.Penal
que abrange como uma garantia da liberdade
religiosa ao atribuir uma proteção penal.

LIBERDADE DE EDUCAÇÃO E DIREITO A EDUCAÇÃO


A constituição da
educação A constituição da educação é uma área que se
refere ao ensino o que sempre se faz presente nas
Constituições moçambicanas.

Na CRM ora em vigor, pouco se pode falar sobre o


A educação na direito a educação, podemos nos arriscar a dizer
constituição actual não houve qualquer evolução se comparada com a
anterior ou seja a de 1990 ocupando-se disso o
art.88º

A liberdade de educação surge como um direito


O princípio da autónomo, valendo em si mesma na dupla
liberdade de vertente dos sujeitos de processo educativo no
Educação caso os que recebem e os que ministram a
educação
A liberdade de educação ou liberdade de ensino
comporta direito de escolha da escola, direito de
criação de escola distintas das do Estado e
liberdade de professores e alunos na escola.

O sistema de educação no ordenamento jurídico


moçambicano é criado pela lei 4/83 de 23 de
Maio- que aprova a lei do sistema Nacional de
Educação e define os princípios fundamentais na
sua aplicação, diploma que mais tarde veio a ser
revogado pela lei n.6/92 de 6 de Maio, de forma a
O sistema de ajustar as disposições contidas naquele, as
educação realidades socioeconómicas actuais do país.

O sistema Nacional de Educação tem como


objectivos a erradicação do analfabetismo garantir
o ensino aos cidadãos assegurar a formação
profissional a todos os Moçambicanos formar os
cidadãos com uma solida preparação cientifica,
técnica, cultural e física entre outros.

A frequência das sete classes do ensino primário é


O estabelecimento gratuita, ou seja está isenta do pagamento de
progressivo da propina (n.1 do art. 7 da lei do Sistema Nacional
gratuidade do ensino de Educação). Assim fica claro que as classes
subsequentes não estão sujeitas a isenção,
devendo o beneficiário da formação pagar o preço
ou condições exigidas para a sua frequência.

LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Muitas vezes confundimos liberdade de expressão


Liberdade de e informação com a liberdade de comunicação
expressão e social mas é preciso salientar que estamos em
Liberdade de presença de figuras completamente distintas.
Comunicação
A liberdade de expressão manifesta-se
normalmente de forma individual enquanto a
liberdade de comunicação social é exercida sob
forma institucionalizada.

Comunicação Social A constituição de 1975 na reservou espaço a


nas Constituições liberdade de comunicação social.
Moçambicanas
As zeros horas, do dia 25 de junho de 1975 a
FRELIMO proclamou a independência de
Moçambique.
Alcançada a independência o Ministério da
informação atribuída a tarefa de garantir a difusão
da linha politica da FRELIMO.

No dia 21 de Setembro de 1975 ocorreu a


nacionalização da Radio Clube de Moçambique e
em seu lugar surge a Radio Moçambique.
No mesmo ano a 17 de Novembro de 1975 é
criada a Agencia de Informação de Moçambique
(AIM)
O Ministério da informação administrativa assim os
órgãos de comunicação em nome do Estado.
A entrada em vigor da Constituição da Republica
de 1990 muda completamente o sector da
comunicação social.

O n.1 do artigo 74º constante do Cap II Direitos,


deveres e liberdade da constituição da Rep de
1990, conferia o direito ao cidadão o direito de
expressão, liberdade de imprensa e informação.
Um cenário completamente diferente do da
anterior constituição.

O Regime Os preceitos específicos sobre a comunicação na


Constitucional Actual constituição ora em vigor são: art. 48º (liberdade
de expressão e informação) art 49º (direito de
antena , de resposta e de replica politica) art. 50º
(conselho Superior da Comunicação Social)

Os direitos de comunicação social classificam se


em quatro grandes grupos, a saber : direitos
individuais, direitos, direitos institucionais, direitos
positivos e de participação e direitos entre
particulares.
Os direitos individuais relativos a comunicação
social podem ser direitos individuais comuns e
direitos individuais particulares.
Os direitos institucionais podem ser direitos
institucionais comuns ou direitos institucionais
particulares.
Ainda destacamos os direitos positivos e os de
particulares e finalmente os direitos entre
particulares.

A liberdade de associação e reunião

Segundo o prof Jorge Miranda a liberdade de


ireito de associação associação e a liberdade sindical aparecem
em geral conexas quer no que concerne seu histórico e bem
assim na sua consagração jurídico constitucional
em diferentes sistemas.

Direitos de No Constitucionalismo Moçambicano o direito de


associação nas CRM associação foi primeiramente referenciado na
Constituição de 1975, liberdade concedida para a
realização dos objetivos da Constituição.

O direito de associação apresenta se como um


direito complexo com múltiplos dimensões
O conteúdo do Direito individual e institucional, positiva, e negativa,
de Associação interna e externa, cada qual a sua logica própria
completamente umas das outras e que um
sistema jurídico-constitucional coerente com os
principais de liberdade deve desenvolver e
harmonizar (Miranda, 1998:419).

O direito de reunião é regulado pela lei n.9/91 de


18 de julho a qual define reunião como sendo “…
um ajuntamento de várias pessoas pré
ordenas em lugares publicas ou particulares,
para fins não contrários a lei.”
O direito de reunião e
de Manifestação Manifestação é “…uma reunião qualificada não
tanto pela forma concentração comício,
desfile, cortejo, passeata quanto pela sua
função de expressão de ideias, crenças,
opiniões, posições politicas ou sociais”
(Miranda 1998:427)

A Constituição e a lei, lei n.19/91 de 18 de Julho


que tem por objecto a regulação do exercício do
A liberdade de direito a liberdade de reunião e de manifestação
Reunião em geral bem como estabelecimento do seu regime,
submeter a reunião e a manifestação e a
manifestação certas regras e impedimentos.

Nas reuniões a manifestações não é permitido o


porte de armas brancas ou de fogo e outras não
autorizadas, incorrendo no crime de uso e porte de
armas brancas ou de fogo.

Ainda no quadro das manifestações, a lei prevê


outros crimes.

Liberdade de “porque podem colidir com outros direitos… e com


manifestação em a ordem e tranquilidade publicas . as manifestação
especial estão sujeitas a condicionamentos mais apertados
do que as reuniões strito sensu “Miranda
1998:431
Existem dias e horas estabelecidas para a
realização dos cortejos e os desfiles.
As autoridades poderão se tal for indispensável
socorrer se do disposto no n.1 do art.13 da lei
9/91 de julho.

LIBERDADE DE TRABALHO E DE PROFISSÃO


Liberdade de
trabalho e Profissão A Liberdade de trabalho e de Profissão é um dos
como Direito clássicos direitos fundamentais das pessoas e
fundamental encontra espaço nos vários documentos
normativos.

A liberdade de A liberdade de trabalho e profissão encontram se


Trabalho e profissão regulado no artigo 84 da CRM ora em vigor.
na Constituição No Ordenamento jurídico moçambicano não é
Actual permitido o trabalho compulsivo, salvo no âmbito
da legislação penal.

Conteúdo da A liberdade de trabalho e de profissão significa


liberdade de trabalho primeiramente, liberdade de trabalho latíssimo
e de profissão sensu e compreende:
 Positivamente a liberdade de escolha e de
exercício de qualquer género ou modo de
trabalho que não seja considerado ilícito pela
lei penal possua ou não esse trabalho
caracter profissional, seja típico ou atípico
permanente, temporário ou sazonal, seja a
certo, trabalho em concreto ou a certo
género de tralho profissional ou não.

Segundo o prof Jorge Miranda, a liberdade de


profissão atinge o seu máximo de intensidade nas
chamadas profissões livres ou profissões cujo
exercício implica a liberdade individual e colectiva
concernente ao domínio de uma ciência e de uma
técnica especialmente elevadas.

O profissional liberal não recebe ordens ou


instruções de um empregador acerca do modo em
que devera desenvolver a actividade profissional
ou acerca do conteúdo ou da convivência de cada
Liberdade de um dos actos em que se desenvolve a actividade.
profissão e
profissões livres A liberdade não é apenas para iniciar uma
profissão e para continuar a praticar; é também
para determinar o sentido de cada um dos actos
da profissão.
Nas profissões liberais quando o profissional
trabalha por conta própria, mesmo havendo um
empregador não encontramos aqui o empregador
a dar ordens ou instruções acerca de trabalho a
executar.

DIREITOS FUNDAMENTAIS E O HIV/SIDA

No presente capitulo a nossa analise estará em


torno dos direitos fundamentais e o HIV/SiDA
Antes de efectivamente iniciarmos a nossa
Preliminares atenção nos direitos fundamentais,
apresentaremos as generalidades sobre a
pandemia e um breve historial para depois de
obtidos estes conhecimentos nos ocuparmos dos
direitos fundamentais.

A SIDA (síndroma de Imunodeficiência Adquirida)


é um termo medico que descreve uma vasta gama
de enfermidade que as pessoas infectadas com
HIV podem contrair e que podem causar doença
grave ou morte (patient & Orr.1)

O HIV/SiDA é um problema mundial o que


significa que afecta tanto os países desenvolvidos
assim como os em via para desenvolvimento.

A infecção pelo HIV afecta o sistema imunológico e


Generalidades sobre os seus sintomas são comuns as demais doenças.
HIV/SIDA A melhor forma encontrada para prevenir o
HIV/SIDA é a sensibilização para mundanca de
comportamento considerando que não existe
vacina para o efeito.

Os antirretrovirais (diversidade de medicamentos


aplicados em conjunto) tem o objectivo de
enfraquecer o vírus HIV e não prevenir.

Existem três formas pelas quais as pessoas podem


ser infectadas a saber:
 Sexo;
 Sangue e
 Mãe para filho
As pessoas podem estar infectadas e não saberem
que estão na referida situação e este período é
designado de janela imunológica

O HIV/SIDA teve origem na Africa Central e


Ocidental. Os caçadores de chimpanzés foram os
primeiros seres humanos a contrair o vírus.

A manifestação diferente dos sintomas, fez com


que os vírus não fossem identificados de imediato.
Tendo sua origem em Africa, o HIV foi
paulatinamente através se espalhando pelo
Breve historial sobre mundo.
o surgimento do O HIV chegou mais tarde no continente Asiático
HIV/SIDA principalmente através do uso de drogas
injectáveis e trabalhadores (as) do sexo.

Segundo a organização mundial da saúde (OMS)


em 2009, 33.3 milhões de pessoas viviam com
HIV e no mesmo ano 1.8 milhoes morreram de
SIDA.
Mais de 2/3 das pessoas infectadas pelo HIV
(aproximadamente 21 milhões) vivem na região
Sub-Sahariana).
A constituição do
HIV/SIDA A constituição consagra no artigo 35º que todos os
cidadãos são iguais perante a lei, gozam dos
mesmos direitos e se encontram adstritos aos
mesmos deveres.
Por força dos princípios anteriormente
referenciados, não pode o portador de HIV/SIDA
deixar de beneficiar de qualquer direito por ser
cidadão.

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