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UNIVERSIDADE MAURICIO DE NASSAU

Curso de Nutrição

Relatório das Atividades Desenvolvidas Durante o


Estágio Supervisionado de Nutrição Clínica do Curso de Nutrição

CASO CLÍNICO 4
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO

Ervele Marlen Costa Nascimento


Adelba Carolina Lima Alves

Belém – PA
2019
UNIVERSIDADE MAURICIO DE NASSAU
Curso de Nutrição

NOME: ADELBA CAROLINA LIMA ALVES


ERVELE MARLEN COSTA NASCIMENTO

MATRÍCULA: 17018368 – 17018212

ÁREA DO ESTÁGIO: NUTRIÇAO CLÍNICA

LOCAL: HOSPITAL DE RETAGUARDA DOM VICENTE ZICO

PERÍODO: 19\08\2019 até 27\09\2019

CARGA HORÁRIA: 210H

SUPERVISOR: PRISCILA PINHO

PRECEPTOR\ORIENTADOR: ZILANDA RABELO

Belém - PA
2019
INTRODUÇÃO

A obstrução intestinal ocorre quando a propulsão do conteúdo em direção ao


ânus sofre interferência. Há vários critérios para classificá-la: quanto ao nível (delgado
alto e baixo ou cólon), quanto ao grau (completa, incompleta - suboclusão ou "alça
fechada"), quanto ao estado de circulação sangüínea (simples ou estrangulada), quanto
ao tipo de evolução (aguda ou crônica) e quanto à natureza da obstrução (mecânica,
vascular ou funcional). Ao que se a figura, em torno de 20% das cirurgias por quadros
de abdome agudo são de pacientes com obstrução intestinal. Ampla variação ocorre, nas
causas, entre diferentes raças e localizações, tais como: diferenças anatômicas,
adquiridas ou congênitas, expectativa de vida, hábitos alimentares e disponibilidade de
serviço médico equipado. Atualmente, as aderências são a principal causa em todos os
grupos etários. Hérnia inguinal estrangulada, outrora causa mais comum, figura em
segundo lugar, seguida de neoplasia intestinal. Esses três agentes etiológicos respondem
por mais de 80% de todas as obstruções (VIDAL, 2005).
Segundo Brunetti e Scarpelini (2007), os quadros de abdome agudo obstrutivo
causados por hérnia estrangulada, volvo de sigmoide, intussuscepçao, neoplasia
intestinal, e isquemia mesentérica devem receber tratamento cirúrgico com maior
brevidade possível.

A idade do paciente é extremamente importante. Adultos jovens e de meia idade


podem encontrar-se obstruídos por aderências, hérnias ou doenças inflamatórias
intestinais. Já em pacientes idosos, devemos pensar em causas neoplásicas, fecalomas,
diverticulite e, também, hérnias (VASCONCELOS, 2018).
CASO CLÍNICO 4
PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE:
Nome (siglas): A.C
Hospital: Hospital de Retaguarda Dom Vicente Zico
Sexo: M Data de Nascimento: 08/09/1965 Idade: 54
Enfermaria: Cirúrgico – leito: 109-2
Data da Internação: 01/09/2019
Período de acompanhamento: 16/09/2019 até 20/09/2019

2 DADOS CLÍNICOS
Diagnóstico de Admissão:
Abdome agudo obstrutivo.

História da Doença Atual:


Paciente do sexo masculino, com dor abdominal disseminada, vômitos, constipação a
36h, evoluiu com parada de flatos e distensão abdominal.

História da Doença Pregressa:


Paciente com dor abdominal disseminada, abdome agudo obstrutivo.

História Familiar:
Sem histórico familiar com doenças crônicas ou associadas.

Diagnóstico Clínico ou Impressão diagnóstica:


Abdome agudo obstrutivo.

Queixa principal:
Dor abdominal, vômito e constipação.

Procedimento Cirúrgico:
L.E + Segmoidesectomia + Colostomia terminal + Cistorrafia
3 PARÂMETROS BIOQUÍMICOS
De acordo com a referencia paciente encontra-se anêmico.

Data: 17\09\2019 Valores Valores de Referência


HEMACIAS 2.19 mm3 4.5 a 6.0
HEMATROCRITO 24.0 % 38.0 a 53.0
RDW 16.2 % 11.5 a 15.0
VCM 109.6 fl 78.0 a 98.0
HCM 36.4 pg 26.0 a 34.0
CHCM 33.3 g\dL 31.0 a 36.0
LEUCOCITOS 9.700 4.000 a 11.000
LINFOCITOS 12.0 900 a 4.000
PLAQUETAS 358.000 mm3 150.000 a 450.000
PCT 0.258 % 0.150 a 0.425
VMP 7.2 fl 6.2 a 11.0
PDW 17.0% 12.0 a 17.0
UREIA 18.0 mg\dL 10.0 a 50.0
CREATINA 0.46 mg\dL 0.40 a 1.40
UREIA 18 10.0 a 50.0
LIPASE 128.4 <60
AMILASE 146.5 <90
PROTEINAS TOTAIS E 3.5 6.0 a 8.5
FRAÇÕES
ALBUMINA 2.1 3.5 a 5.5
GLOBULINA 1.4 2.5 a 3.0
TGO 53.3 Até 39
TGP 18.9 Até 39

4 MEDICAMENTOS UTILIZADOS / INTERAÇÃO FÁRMACO NUTRIENTE /


EFEITOS COLATERAIS

Medicamento Interação Fármaco - Nutriente / Efeito colateral


Ranitidina 1 amp + Efeito colateral: respiração ofegante, fraqueza, fissuras na pele,
ao 18ml ev de 12 -12 febre; sem interação; diminui a absorção de vit B12 e Fe; o
h alimento não afeta a sua absorção.
Loratadina 10 mm Não são conhecidas interações com alimentos;
Furosemita O alimento pode diminuir sus absorção; depleta ZN, Na, K, Ca,
Mg, Cl, Vit B, e água.
Simeticona 40 gotas Não são conhecidas interações com alimentos;
8\8h

5. SINTOMAS GASTROINTESTINAIS / GERAIS


Paciente relatou quadros de vômitos.

Data:16\09\2019 Data:17\09\201 Data:18\09\201 Data:19\09\2019


9 9
Náuseas NÃO NÃO NÃO NÃO
Vômitos SIM SIM NÃO NÃO
Diarreia NÃO NÃO NÃO NÃO
Constipaçã NÃO NÃO NÃO NÃO
o
Distensão NÃO NÃO NÃO NÃO
Abdominal
Anorexia NÃO NÃO NÃO NÃO
Disfagia NÃO NÃO NÃO NÃO
Odinofagia NÃO NÃO NÃO NÃO
OUTROS NÃO NÃO NÃO NÃO
OUTROS NÃO NÃO NÃO NÃO
OUTROS NÃO NÃO NÃO NÃO

6 EXAME FÍSICO
Paciente apresentou apenas edemas evidentes em membros superiores e
inferiores e aguarda exames.

Data: 16\09\2019 Data:17\09\2019 Data:18\09\201 Data:19\09\2019


9
Cabelo NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Olhos NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Conjuntiva NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Lábios NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Dentes NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Gengiva NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Salivação NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Língua NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Pele NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Mãos (região NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
palmar)
Unhas NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Região NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Periorbital
Bola AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE
Gordurosa de
Bichart
Escápula NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Sinal de Asa AUSENTE AUSENTE AUSENTE AUSENTE
Quebrada
Região do NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Tríceps
Região do NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Bíceps
Ombros NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Abdome NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Musculatura NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Temporal
Musculatura NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Interóssea
Musculatura NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Supra e
Infraclavicula
r e Fúrcula
Esternal
Musculatura NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Paravertebral
Musculatura NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL
Estriada
Edema de PRESENTE PRESENTE PRESENTE PRESENTE
Membros
Inferiores
Edema de PRESENTE PRESENTE PRESENTE PRESENTE
Membros
Superiores
7 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
Data:16\08\2019 Data:20\08\2019
Método Classificação Classificação
Valor Valor
Peso atual (Kg) 69.6 61.2

Peso usual (Kg) 70 70

Peso ideal (Kg) 67.5 67.5

Peso estimado - -

Peso Seco 67.8 61

Altura (m) 1.66 1.66

IMC (Kg/m2) 25.26 EUTROFICO 22.21 EUTROFICO

% Peso ideal 67 67

% Peso Usual 70 70

% Perda de peso - 13% PERDA GRAVE

CB 28

% CB 88.32 DESNUTRIÇÃO 88.32 DESNUTRIÇÃO LEVE


LEVE

CMB 24.86 24.86

%CMB 89.42 DESNUTRIÇÃO 89.42 DESNUTRIÇÃO LEVE


LEVE

CC - -

CQ - -

RCQ - -

C Pescoço 34 NORMAL 34 NORMAL

C Panturrilha 37 EUTROFICO 37 EUTROFICO

PCT (mm) 10

% PCT 90.9 EUTROFICO 90.9 EUTROFICO

PCB (mm) 10 10

PCSE (mm) 9 9

PCSI (mm) - -

% Gordura - -
MAP 41 DEPLEÇÃO 41 DEPLEÇÃO GRAVE
GRAVE

Referencia utilizada, OMS, 2003

OBSERVAÇÃO: Não pode ser aferido circunferência da cintura (CC), pregas cutâneas
supra-ilíaca e circunferência do quadril (CQ) devido ao desconforto do paciente em
relação a bolsa de estomia e da própria cirurgia, o mesmo relatou sentir dor no local. Em
consequência disto compromete o resultado de percentagem de gordura corporal, pois
faltou uma prega para formula.

8 RECORDATÓRIO 24 HORAS

Tipo de Dieta Oferecida no Hospital / Prescrição:


Dieta Branda.

Data:16\09\2019 Data:17\09\2019 Data:18\09\2019 Data:19\09\2019 Data: 20\09\2019


Alimentos Alimentos Alimentos Alimentos Alimentos
consumidos consumidos consumidos consumidos consumidos
Café com pão Café com pão -0- -0- -0-
Desjejum
maça maça
Lanche Suco acerola Suco acerola -0- -0- -0-
da bolacha doce 5 bolacha doce 5
Manhã und. und.
Arroz branco Arroz branco -0- -0- -0-
picadinho picadinho
saladinha feijão saladinha feijão
Almoço

Lanche Suco acerola -0- -0- -0- -0-


da bolacha 5 und.
Tarde
Arroz branco -0- -0- -0- -0-
picadinho
saladinha feijão
Jantar

Mingau -0- -0- -0- -0-


Ceia

Ingestão Hídrica: 2 litros por dia.

Suplementação Oral: Ausente.

9 CÁLCULOS DA DIETA

Data:16\09\201 Data:17\09\2019 Data:18\09\201 Data:19\09\201 Data:20\09\2019


9 9 9

g CHO 224.80 g 116.57 g -0- -0- -0-

g PTN 88.20 g 44.29 g -0- -0- -0-

g LIP 57.34 g 31.46 g -0- -0- -0-

Kcal 899.4 kcal 466.28 kcal -0- -0- -0-


CHO

Kcal PNT 352.8 kcal 177.16 kcal -0- -0- -0-

Kcal LIP 516.06 kcal 283.14 kcal -0- -0- -0-

Kcal -0- -0- -0-


Total 1774 kcal 921 kcal
ingerida

% CHO 51% 50% -0- -0-

% PTN 20% 19% -0- -0- -0-

% LIP 29% 31% -0- -0- -0-

% de -0- -0- -0-


ingestão 87.6 % 45.48 %
do VET

g PTN/ -0- -0- -0-


Kg de 1.4 g 0.72 g
peso

Kcal não -0- -0- -0-


proteico/ 19.99 20.90
g N2

10 DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL:
Paciente eutrófico de acordo com os parâmetros da OMS, 1997, com índice de
massa corporal de 25.26 adequado para idoso.

11 PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA (NECESSIDADES NUTRICIONAIS)


Recomendação utilizada da OMS, 2003.
Planilhas cookie

11.1 Cálculo do valor energético total (VET)

VET: 30 kcal/dia por kg/peso PTN: 1.12 kg/peso/dia

30 x 67.5 (peso ideal) (formula de bolso, manutenção de peso, Singer, 2009)

VET: 2025 kcal/dia

11.2 Prescrições de Macronutrientes

g/Kg PA/dia g/dia kcal % VET

Carboidratos 4.5 g 303.7 g 1215 kcal 60%

Proteínas 1.12 g 75.9 g 303.7 kcal 15%

Lipídios 0.83 g 56.2 g 506.2 kcal 25%

11.3 Prescrição de Micronutrientes (principais micronutrientes relacionados a


patologia e gerais).

Vitamina / Mineral Quantidade

Potássio 3.510 mg

Magnésio 260mg

Zinco 7mg

Vitamina D 5mcg

Vitamina B12 2,4mcg


Vitamina C 45mg

Ômega 3 1000mg

Cálcio 1000 mg

ROTEIRO DE EVOLUÇÃO

 Primeira Evolução:
Data: 16/09/2019 - Nutrição Clínica

Paciente, sexo masculino, com 55 anos, consciente, orientado, cirúrgico,


apresentou Abdome agudo obstrutivo, referiu sentir dor abdominal, vômitos e
constipação, após a cirurgia passa sem queixas e sem intercorrências, porém apresenta
edema nos membros superiores e inferiores, aguarda exames; recebeu dieta líquidos
claros liberada conforme prescrição medica após a cirurgia, no período de avaliação
passou receber dieta branda por via oral.

- Ao Exame físico: edemas membros superiores e inferiores.

- Avaliação antropométrica:

- Peso Atual: 69.4 kg - Estatura: 1.66 cm - IMC: 25.26 (Eutrófico, OMS, 1997)

- Exame Bioquímico:

Data: 17\09\2019 Valores Valores de Referência


HEMACIAS 2.19 mm3 4.5 a 6.0
HEMATROCRITO 24.0 % 38.0 a 53.0
RDW 16.2 % 11.5 a 15.0
VCM 109.6 fl 78.0 a 98.0
HCM 36.4 pg 26.0 a 34.0
CHCM 33.3 g\dL 31.0 a 36.0
(Data: 17/09/ 2019)

- Diagnóstico Nutricional: paciente eutrófico de acordo com os parâmetros de


classificação da OMS, 1997, com índice de massa corporal (IMC) 25.26 e desnutrido
conforme os parâmetros de pregas cutâneas, massa muscular depletada, anêmico
conforme hemograma.

- Necessidade Energética (30 kcal/kg de peso ideal 67.5 kg/dia) e proteica (1.12 g/kg
de peso ideal 67.5 kg/dia) total de 2025 kcal/dia

- Conduta Nutricional: mantenho dieta branda, via oral, hidratação diária, 2 litros de
água por dia.

 Segunda Evolução:
Data: 20/09/2019 - Nutrição Clínica

Paciente, sexo masculino, com 54 anos, consciente, orientado, apresentou


Abdome agudo obstrutivo, referiu sentir dor abdominal, vômitos e constipação, após a
cirurgia passa sem queixas e sem intercorrências, porém apresentou edema nos
membros superiores e inferiores no inicio do período de avalição, já na ultima
avaliação apresentou melhoras e evoluiu bem em relação aos edemas; por
intercorrências de vômitos passou para dieta zero conforme prescrição medica e
aguardava atualização e seguia em sonda nasogastrica, sonda aberta.

- Ao Exame físico: edemas superiores e inferiores.

- Avaliação antropométrica:

- Peso Atual: 61.2 kg - Estatura: 1.66 cm - IMC: 22.25 (EUTRÓFICO; OMS, 1997)

- Exame Bioquímico:

Data: 17\09\2019 Valores Valores de Referência


HEMACIAS 2.19 mm3 4.5 a 6.0
HEMATROCRITO 24.0 % 38.0 a 53.0
RDW 16.2 % 11.5 a 15.0
VCM 109.6 fl 78.0 a 98.0
HCM 36.4 pg 26.0 a 34.0
CHCM 33.3 g\dL 31.0 a 36.0
(Data: 19/09/ 2019)

- Diagnóstico Nutricional: Paciente eutrófico de acordo com os parâmetros de índice


de massa corporal pela OMS, 1997, anêmico de acordo com parâmetros de referencia de
exames bioquímicos.
- Necessidade Energética: (30 kcal/kg de peso ideal 67.5 kg/dia) e proteica (1.12
g/kg de peso ideal 67.5 kg/dia) total de 2025 kcal/dia

- Conduta Nutricional: em dieta zero aguardando atualização de prescrição medica.

12 FISIOPATOLOGIA DA DOENÇA ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO

A obstrução intestinal ocorre quando a propulsão do conteúdo em direção ao


ânus sofre interferência. Há vários critérios para classificá-la: quanto ao nível (delgado
alto e baixo ou cólon), quanto ao grau (completa, incompleta - suboclusão ou "alça
fechada"), quanto ao estado de circulação sangüínea (simples ou estrangulada), quanto
ao tipo de evolução (aguda ou crônica) e quanto à natureza da obstrução (mecânica,
vascular ou funcional). Ao que se a figura, em torno de 20% das cirurgias por quadros
de abdome agudo são de pacientes com obstrução intestinal. Ampla variação ocorre, nas
causas, entre diferentes raças e localizações, tais como: diferenças anatômicas,
adquiridas ou congênitas, expectativa de vida, hábitos alimentares e disponibilidade de
serviço médico equipado. Atualmente, as aderências são a principal causa em todos os
grupos etários. Hérnia inguinal estrangulada, outrora causa mais comum, figura em
segundo lugar, seguida de neoplasia intestinal. Esses três agentes etiológicos respondem
por mais de 80% de todas as obstruções (VIDAL, 2005).

13 RECOMENDAÇAO DIETETICA PARA PACIENTE COM ABDOME


AGUDO OBSTRUTIVO

O paciente no preparo pré-operatório recebe dieta zero, hidratação parenteral e


reposição eletrolítica; após dieta zero até a prescrição medica indicar o tipo da dieta.
Com parâmetros para adultos ou idosos, OMS, 2003.

14 TIPO DE NUTRIÇÃO ENTERAL INDICADA PARA O PACIENTE

Normocalórica, dieta enteral completa com quantidades normais de calorias e\ou


hipercalórica, dieta enteral rica em calorias, para pacientes pré e pós operatórios.

15 RECOMENDAÇÕES PARA O PACIENTE

O paciente, após a operação, deverá seguir uma dieta com alimentos saudáveis,
como:
- legumes; frutas; carne branca; peixes. Nas primeiras 24 horas, é importante ingerir
uma grande quantidade de líquido, sendo água e suco, e consumir apenas alimentos
pastosos ou semissólidos, como mingau, iogurtes, purê, entre outros.

- Alimentos gordurosos e doces devem ser evitados no primeiro dia depois da operação.
- Carne vermelha, frituras, chocolate, bolacha, queijo, sorvete e molho não são
indicados.

- O ideal é comer alimentos ricos em fibras, ou seja, aveia e cereais integrais que
auxiliam no bom funcionamento do intestino.

Todas as refeições deverão ser feitas de maneira fracionada e em pequenas


quantidades. É recomendada também a ingestão de dois litros de água por dia, para
manter a hidratação.

REFERENCIAS

VIDAL MAN. Obstrução Intestinal: Causas e Condutas. Rev bras


Coloproct, 2005;25(0):332-338

VASCONCELOS, F.E. Abordagem inicial do Abdome Agudo Cirúrgico. 2018

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