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“A FIRMA”

A Firma é um filme que trás à tona a história de vida de um jovem humilde que
consegue terminar a faculdade de Direito e consegue licença para ser advogado, com o
passar dos tempos ele recebe uma ótima proposta para trabalhar em uma firma
prestadora de serviços a empresário, mal sabia ele que a mesma está sendo acusada de
corrupção e enganando seus clientes.

O jovem advogado se ver em sua situação muito complicada, pois de um lado


sente a necessidade de acabar com todo esse roubo e enganação que existe na Firma
mas por outro lado se ele tomar alguma decisão precipitada ele pode colocar em jogo sua
carreira profissional, já que o advogado deve respeito e sigilo a informações importantes
de seus cliente.

Como demonstra o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil


(OAB), quando trata sobre a Ética do Advogado: “Art. 31. O advogado deve proceder de
forma que o torne merecedor de respeito e que contribua para o prestígio da classe e da
advocacia. § 1º O advogado, no exercício da profissão, deve manter independência em
qualquer circunstância. § 2º Nenhum receio de desagradar a magistrado ou a qualquer
autoridade, nem de incorrer em impopularidade, deve deter o advogado no exercício da
profissão”. O advogado sempre fazer por onde ter o respeito de todos, o prestígio perante
seus colegas e sempre lhe é conferido a independência profissional.

Importante ressaltar a ligação do filme para com os princípios éticos da


deontologia jurídica, e sobre isso Manuel Santella López conceituava a deontologia
forense da seguinte forma:

“A deontologia jurídica [ou forense] há de compreender e sistematizar,


inspirada em uma ética profissional, o status dos distintos profissionais e
seus deveres específicos que dimanam das disposições legais e das
regulações deontológicas, aplicadas à luz dos critérios e valores
previamente decantados pela ética profissional. Por isso, há que distinguir
os princípios deontológicos de caráter universal (probidade, desinteresse,
decoro) e os que resultam vinculados a cada profissão jurídica em
particular: a independência e imparcialidade do juiz, a liberdade no exercício
profissional da advocacia, a promoção da justiça e a legalidade cujo
desenvolvimento correspondente ao Ministério Público etc.”.

Dentre eles destaca-se o princípio da conduta ilibada, que significa dizer que a
medida que um profissional se dedica à atividades diferentes, também chama a atenção
da sociedade. O que se espera dos juristas é que sempre tenham zelo pela integridade,
sejam contrários à corrupção e que façam sempre por merecer a confiança depositada
neles, como é o caso do jovem advogado que tem uma grande confiabilidade perante a
Firma.

Temos também o princípio da fidelidade, que é a fidelidade à justiça em si,


comprometimento com a verdade e a transparência, é o que sempre se espera dos
advogados. Deve-se entender também que a fidelidade do advogado é a fidelidade a
justiça, a sua legislação, aos órgãos jurisdicionais, dentre outros.

Conclui-se então que o jovem advogado não quebrou a relação de confiança


para com a Firma onde ele prestava serviços, sendo assim ele foi de acordo com o
princípios éticos de sua profissão, sempre zelando pela fidelidade, conduta ilibada, dentre
outras virtudes.
REFERÊNCIAS:

http://www.clubjus.com.br/?artigos&ver=2.27354

www.verbojuridico.com/.../carlosmateus_deontologiaprofissional.pdf

REVISTA DA FACULDADE DE DIREITO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO,


2002.

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