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FACULDADE DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO - FACITE

CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA

KAROLINE CARNEIRO CORDEIRO


LÍVIA MARIA MOTA SILVA SILVEIRA

O incentivo a leitura na Educação Infantil e Primeiro Ano do


Ensino Fundamental

SANTA MARIA DA VITÓRIA


2018
KAROLINE CARNEIRO CORDEIRO
LÍVIA MARIA MOTA SILVA SILVEIRA

O incentivo a leitura na Educação Infantil e Primeiro Ano do


Ensino Fundamental

Trabalho apresentado à Faculdade de


Ciência, Tecnologia e Educação – FACITE,
como pré-requisito para a obtenção do título
de Licenciatura em Pedagogia

Orientador: Ana Érica Passos

SANTA MARIA DA VITÓRIA


2018
KAROLINE CARNEIRO CORDEIRO
LÍVIA MARIA MOTA SILVA SILVEIRA

O incentivo a leitura na Educação Infantil e Primeiro Ano do


Ensino Fundamental

Aprovada em ____/____/____

Banca Examinadora

_______________________________________

_______________________________________

_______________________________________
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus pela permissão de desenvolver este artigo. Aos nossos


amigos e colegas pelo incentivo e apoio constante. Aos nossos professores que
estiveram sempre ao nosso lado nos apoiando e orientando-nos. Aos nossos
familiares por acreditarem em nossas capacidades e estarem dispostos a ajudar no
que fosse preciso.
Sumário
Introdução 1
Práticas de leituras relevantes no processo inicial da escrita 2
O incentivo da leitura na vida das crianças de forma divertida e prazerosa 3
Análise de Dados 4
Considerações finais 5
Referências Bibliográficas 6
RESUMO

As crianças precisam estar inseridas em um ambiente onde são


estimuladas desde cedo a conhecer a língua escrita, aprimorando o gosto pela
leitura.Vale ressaltar que a forma de aplicar o conteúdo, neste caso, a leitura, faz
toda a diferença no aprimoramento das habilidades de interpretação. Entender o
que lê e escreve é dominar o conhecimento de mundo e faz com que o indivíduo
crie autonomia para atuar na sociedade. Entretanto, é significante que o docente
entenda que a leitura é um processo natural e que deve realizar-se com
delicadeza e fundamentos lúdicos, para que o aluno veja sua importância. Este
trabalho tem como objetivo geral:Compreender como a leitura se desenvolve
desde a educação infantil até o primeiro ano do Ensino Fundamental na Escola
Municipal José Lopes Araújo. E a metodologia adotada foi através de uma
abordagem qualitativa com revisões bibliográficas sobre uma pesquisa de
campo com observações e registros com fotos, de alunos do primeiro ano do
ensino fundamental da Escola Municipal José Lopes Araújo. Para tanto sabe-se
que a escola tem a sua função diante da criança mas a participação da família é
de suma importância na construção dos saberes da criança, independente do
grau de conhecimento que a envolve. Quando a criança aprende não é somente
ela que ganha sua autonomia e sim toda a família.

Palavras-chave: Família, Leitura, Escola e Alfabetização


ABSTRACT:
Children need to be inserted in an environment where they are encouraged from an
early age to learn the written language, improving the taste for reading. It is worth
emphasizing that the way to apply the content, in this case, the reading, makes all
the difference in the improvement of the interpreting skills. To understand what he
reads and writes is to master the knowledge of the world and causes the individual
to create autonomy to act in society. However, it is significant that the teacher
understands that reading is a natural process and must be carried out with delicacy
and playful foundations, so that the student sees its importance. This work aims to:
Understand how reading develops from kindergarten through the first year of
Elementary School in the José Lopes Araújo Municipal School. And the
methodology adopted was through a qualitative approach with bibliographical
revisions on a field research with observations and records with photos of first year
students of the José Lopes Araújo Municipal School. For this it is known that the
school has its function before the child but the participation of the family is of
paramount importance in the construction of the children's knowledge, regardless of
the degree of knowledge that involves it. When the child learns, it is not only the
child who gains his autonomy but the whole family.
Key-words:Family, Reading, School and Literacy
1 INTRODUÇÃO

As crianças precisam ter contato com livros, revistas, jornais, pois assim,
elas exploram e conhecem diferentes gêneros textuais. O ato de ler é uma forma
particular de entender o mundo, é uma pratica adquirida através de um grupo
alfabetizador que proporciona a interação com o outro através das palavras.
Atualmente, um dos principais problemas enfrentados pelos
estudantes dos anos inicias é a dificuldade na leitura, para tanto faz-se
necessário, proporcionar um ambiente agradável e prazerosa para a prática da
mesma.
Aprender a ler é uma dificuldade que os educandos vão superar
desde o seu inicio na vida escolar e o medo é um grande fator que prejudica a
aprendizagem. Para tanto, faz-se necessário o respeito as limitações de cada
um, estimulando-os e encorajando-os para que se sintam capazes de
desenvolver essa habilidades.
As crianças precisam estar inseridas em um ambiente onde são
estimuladas desde cedo a conhecer a língua escrita, aprimorando o gosto pela
leitura.
Nesse sentido, torna-se um grande desafio para o profissional da
educação trabalhar a leitura como uma ação prazerosa e importante na vida do
educando. Assim, como incentivar o habito da leitura aos alunos de forma
prazerosa e divertida? Que estratégias o educador poderá tomar como
despertamento no desenvolvimento da prática da leitura? Existiria alguma
explicação para muitas crianças que ingressam na educação infantil e chegam
ao 5º ano sem estarem alfabetizadas convencionalmente? De que maneira a
família poderá contribuir na escolarização dos filhos na questão da
aprendizagem da leitura?
Para responder tais questionamentos sugere-se que as crianças tenham
contatos com livros impressos e digitais, tenham incentivos em casa para a
realização da pratica da leitura onde a família possa disponibilizar um tempo
para a contação da leitura ou leitura compartilhada, e também, ter momentos de
escuta a histórias infantis através de dramatizações, contação de história
caracterizada, fantoches, entre outros. Para que as crianças vejam que ler pode
ser divertido e criativo.
Vale ressaltar que a forma de aplicar o conteúdo, neste caso, a
leitura, faz toda a diferença no aprimoramento das habilidades de interpretação.
Entender o que lê e escreve é dominar o conhecimento de mundo e faz com que
o indivíduo crie autonomia para atuar na sociedade.
Entretanto, é significante que o docente entenda que a leitura é um
processo natural e que deve realizar-se com delicadeza e fundamentos lúdicos,
para que o aluno veja sua importância.
O Objetivo geral deste trabalho vem com intenção de Compreender como
a leitura se desenvolve desde a educação infantil até o primeiro ano do ensino
fundamental na Escola Municipal José Lopes Araújo e os objetivos especifico
vem com o intuito de Analisar como a leitura está sendo trabalhada através de
atividades lúdicas; Refletir na família a importância do incentivo a leitura pra a
vida das crianças; Conhecer as praticas de leitura relevantes no processo inicial
de aprendizagem da escrita.
A leitura está presente no nosso cotidiano, em nossa cultura. É uma
ligação entre o mundo e o indivíduo, em um processo de aquisição de
conhecimentos, que favorece novas aprendizagens e contribui para o
desenvolvimento de um cidadão crítico e atuante na sociedade.
A participação da família é de suma importância na construção dos
saberes da criança, independente do grau de conhecimento que a envolve.
Quando a criança aprende não é somente ela que ganha sua autonomia e sim
toda a família.
Para tanto, sabe-se que a metodologia utilizada é a base para o sucesso
de qualquer trabalho. Nesta perspectiva a metodologia adotada para a
realização deste artigo será através de uma abordagem qualitativa com revisões
bibliográficas sobre uma pesquisa de campo com observações e registros com
fotos, de alunos do primeiro ano do ensino fundamental da escola José Lopes
Araújo.

2 Práticas de leituras relevantes no processo inicial da escrita.

A leitura é um processo dinâmico e social, sendo definida como um ato de


aprender, ou identificar o conteúdo que está em um determinado texto, contudo
para alguns estudiosos, ela é uma questão de decifrar símbolos, sendo ainda
uma técnica linguística onde o autor expressa seus sentimentos sem condições
de adivinhar o que os leitores irão interpretar posteriormente.
A leitura pode ser apontada como uma das formas mais eficazes do
crescimento pessoal, compreendendo que esse progresso se dá com a
importância do ato de ler diariamente, sendo uma verdadeira prática
pedagógica.
A leitura também contribui, para a compreensão política e social do
indivíduo, pois ela não é somente leitura de textos escritos, mas faz parte do
cotidiano, devendo a mesma ser introduzida desde a infância até a vida adulta
usada como pressuposto de inquietação e de busca contínua de melhores meios
de vida em sociedade. Ao se tratar do contato da criança com o mundo da
leitura, Freire (1982), justifica que:

Uma vez que a leitura é apresentada a criança ela deve ser


minuciosamente decifrada, trabalhada, pois na maioria das vezes as
crianças têm um contato imediato com a palavra, mas a compreensão da
mesma não existiu. Para tanto se faz necessário apresentar o que foi
descrito por tal palavra, de forma que esse objeto proporcione sentido à
ela, pois dessa maneira a busca e o gosto pelo mundo das palavras, isto
é, da leitura e da escrita, se intensifica. Logo, a leitura ganha vida e a
criança adquire o hábito de sua prática. (FREIRE, 1982 p.109).

Todavia, o convívio da criança com a leitura, deve ser uma relação


agradável, e não algo punitivo e excludente, o que provocará resultados
significativos, na sua vida estudantil, pessoal e profissional. Pois se reconhece
que desde muito pequenas as crianças adoram que se leiam para elas, e a
forma como os pais e cuidadores fazem isso pode influenciar na fala e
posteriormente no ato de ler.
No entanto, ao entrar na escola, o aluno encontra um mundo diferente,
cheio de coisas novas. Neste instante faz-se necessário que os professores
estejam preparados para lidar com diversos métodos que favoreça a pratica de
leitura, principalmente, nas series iniciais onde muitos ainda não sabem ler, pois
nesta fase a curiosidade e o desejo de conhecer o novo pode despertar o gosto
pela leitura. Segundo Silva (2008),
Cabe ao professor dos primeiros anos o papel mais importante, o de
despertar o gosto pela leitura, de seduzir o leitor desde os seus contatos
iniciais com os livros, antes mesmo que ele seja capaz de decifrar o
código escrito. (SILVA, 2008, p. 13).

A leitura na escola não está relacionada apenas na ampliação do


vocabulário e no melhoramento da escrita, mas também na construção do
mundo imaginário, existente dentro de cada criança. Incentivar o contato com
livros deve acontecer de forma que proporcione prazer e alegria.
Entretanto, quando se lê para uma criança o adulto está garantindo-a o
direito à educação e à cultura, sendo que, através da leitura ela vai habituando-
se a palavras e escrita. Ampliando o seu vocabulário, compreendendo melhor o
mundo que vive e alimentando sua imaginação.
O papel da escola referente à leitura é oferecer aos alunos ferramentas e
oportunidades em que eles “aprendam a ler e, lendo aprendam algo”. Braga,
afirma que:

“A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos


culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro operações.
Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se
fortalece muito pelo prazer da leitura; e a escola representa a única
oportunidade de ler que muitas crianças têm. É necessário propiciar nas salas
de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa,
que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir do povo
brasileiro.” (BRAGA,1985,p.7)

Portanto, faz-se necessário que a biblioteca e sala de aula seja um


local dinamizado e alegre para a prática da leitura, e o aluno precisa ter esse
contato com estes locais, caso tenha na escola. Desafiando-os a buscar livros
novos, com temas ainda não vistos por eles, despertando-os, para que a
vontade de aprender seja maior do que a obrigação de saber.
Para que maiores habilidades de leitura se desenvolvam faz-se
necessário que a aprendizagem não seja de forma mecânica orientada apenas a
refazer lições, mas promover com estímulos contínuos o pensamento e o
imaginário. Para que as crianças não só aprendam a ler de forma funcional, ou
seja ler por ler, mas de forma crítica, compreender e interpretar rapidamente as
informações obtidas.
A leitura é muito mais que um recurso escolar de decifrar sons. É a
liberdade para entrada da linguagem escrita. Ler na escola é ler para ingressar
no mundo letrado, ela vai muito além de ler e escrever, abrange um conjunto de
técnicas de conhecimentos que exige uma percepção de mundo contrário
daqueles dos que não possuem acesso à mesma, tendo uma função relevante
no meio social, podendo dizer que gera novas personalidades, novos modelos
de integração na sociedade.
Com isso, faz-se necessário que os educadores conscientizem-se da
grande responsabilidade perante a magnitude da leitura para a vida cultural
social e individual do ser humano.
É responsabilidade de a escola reconhecer o livro, não como enfeite de
estante, mas para ser manuseado e principalmente lido. É dever da escola
apontar diretrizes, incentivar e despertar a prática da leitura.
Segundo Ziraldo (1988 p.27) “ ... a tônica da escola deveria ser a leitura,
num trabalho que fizesse do hábito de ler uma coisa tão importante como
respirar”.
O costume de ler é primordial, pois é lendo que alcançamos
conhecimentos, que se informamos e nos tornamos livres.
A leitura ajuda a criança a conhecer novos mundos, a entender a escrita
de forma organizada e resolvida. O ato de ler torna-se fundamental para a
ingressão do ser humano na sociedade, o estímulo da leitura inicia ainda muito
cedo na infância, no qual a criança desperta a vontade pelo mundo imaginário e
a realizar descobertas..
Segundo Bamberger (2002,p.32) “A leitura impulsiona o uso e o treino de
aptidões intelectuais e espirituais como o pensamento, a vontade, a simpatia, a
capacidade de identificar”. A pessoa tem capacidades de abrir espaços na
imaginação, para um convívio social.
A leitura é um procedimento constante que transforma a vida, é uma
passagem no qual conduz para a liberdade e a conseguir uma proteção em
combate ao sistema de alienação.
A rotina da leitura desperta a possibilidade de criar, amplia o vocabulário,
facilita o entendimento do que se lê, auxilia na escrita, aumenta a capacidade de
entender e de julgar, colabora na vida ocupacional.
Assim como diz Mello (2010) “ A criança desde o berçário pode ter uma
relação com o objeto chamado livro, que são cheios de significados”. A
convivência com a leitura deve-se iniciar desde a nova idade onde as crianças
estão com a curiosidade acerada.
O incentivo é de extrema importância e não deve ser confundido com algo
automático sem intervenção de um adulto.
Como explica Foucambert:

Para aprender a ler, enfim, é preciso estar envolvido pelos escritos os mais
variados, encontrá-los, ser testemunha de e associar-se à utilização que os
outros fazem deles — quer se trate dos textos da escola, do ambiente, da
imprensa, dos documentários, das obras de ficção. Ou seja, é impossível
tornar-se leitor sem essa contínua inteiração com um lugar onde as razões para
ler são intensamente vividas — mas é possível ser alfabetizado sem isso...
(FOUCAMBERT, 1994, p. 31)

O processo de aprender inicia a partir do momento em que a pessoa


passa ter convívio com o livro. O interessante é que a criança tem proximidade
com vários tipos de obras literárias.
O docente é essencial nas atividades diárias com a leitura na sala de aula
e na procura por inspirações dos alunos com o universo da leitura. Para que
desde cedo o educando adote hábitos de leitura e a leve para a vida toda.
De acordo com Silva (2003, p.109):

Mais especificamente, para que ocorra um bom ensino da leitura é necessário


que o professor seja ele mesmo, um bom leitor. No âmbito das escolas, de
nada vale o velho ditado “faça como eu digo (ou ordeno!), não faça como eu
faço (porque eu mesmo não sei fazer)” isto porque os nossos alunos
necessitam do testemunho vivo dos professores no que tange á valorização e
encaminhamento de suas praticas de leitura. (SILVA, 2003, p. 109).

Assim, repara-se o professor como intermediário eficaz de incentivo em


convívio com o aluno na função de aguçar o encontro e a vontade pela leitura.
O gosto pela leitura geralmente inicia-se em casa com o exemplo dos pais
leitores. Todavia quando este método não inicia no ambiente familiar, é na
escola que esse convívio com os livros ocorrerá, mais precisamente na
educação infantil.
O exemplo dado pelo professor é significativo na educação infantil., como
motivação ao ato de ler, a fim de que a criança carregue esse costume até sua
vida adulta.
Segundo o PCN (1997, p.43) “ [...] Uma prática de leitura que não
desperte e cultive o desejo de ler não é uma pratica pedagógica eficiente”. Com
isto, a escola fica com a responsabilidade de animar e provocar a pratica da
leitura, pois é na escola que a criança inicia sua fase de alfabetização, por meios
das instruções das letras.
A escola é formadora de leitores, pois antes da experiência escolar, a
criança pode ter aproximação com a leitura sem compromisso, apenas
manuseando livros, revistas observando apenas as imagens.

3 O incentivo da leitura na vida das crianças de forma divertida e prazerosa.

É significativo que as crianças tenham contato com diversas formas de


leitura. Sabendo que na faixa etária entre 5 à 7 anos a brincadeira é uma das
atividades principais. Brincando as crianças podem entrar no mundo da leitura
através da sua imaginação.
É comum nas salas de aula vermos atividades de conversas, contação de
histórias, interpretação oral de textos, que visam estimular o desenvolvimento da
linguagem oral e motivar o prazer pela leitura.
Ao participar de práticas de leitura em grupo, mediada pela(o)
professora(o), as crianças ampliam seu vocabulário e repertorio textual, sendo
leitoras mesmo que ainda não consigam ler autonomamente.
Ler é o caminho certo para o conhecimento!É por meio da leitura que a
criança desenvolve, a imaginação, a criatividade, o conhecimento e os valores. E
por esse motivo é fundamental a participação dos professores e mais ainda dos
pais. As crianças precisam do exemplo dos seus pais para aprender a ter o
hábito de ler, sendo essencial que presencie eles lendo, pois , dessa maneira
terá um exemplo a ser seguido isso é um dos melhores incentivos. E a
participação dos professores, pois com suas orientações os alunos se formarão
bons leitores e consequentemente escritores com eficácia.

O trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores


competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a
possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática
de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de
referências modelizadoras. A leitura é um processo no qual o leitor
realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a
partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto,
sobre o autor, de tudo que sabe sobre a língua: características do
gênero, do portador, do sistema de escrita. Não se trata
simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a letra
por letra, palavra por palavra[...]. (BRASIL,2001,p.53-54)

O educador tem um papel muito importante no processo de incentivo a


leitura, pois além de mediador é também tradutor de um universo cheio de
aventuras e fantasias no qual os educandos percorrem caminhos de alegrias,
tristezas, medos e encantos.
Quando a criança está no processo de aquisição da leitura e escrita, a
escuta de histórias possibilita e desenvolve um maior gosto pela mesma. Para
isso é fundamental saber como contar a história, para que leitura e o texto não
fique apenas restrito a linguagem verbal, mas também utilizar as diversas formas
de linguagens não verbais como: entonação de voz, gestos e olhares
diferenciados.
O incentivo pela leitura tem como intermediário fundamental o professor
para o avanço do desenvolvimento, que é a transformação do aluno em leitor
independente.

O processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda os diversos textos


que se propõe a ler. É um processo interno, porém deve ser ensinado (...). As
estratégias de leitura compõem-se de ações que devem ser utilizadas em
etapas (antes, durante e depois da leitura) sempre contando com a participação
ativa e reflexiva do aluno-leitor.
Solé (198,p.116)

O incentivo da leitura é um processo no qual deve ser vivenciado


especialmente pelo aluno, mas ao mesmo tempo, faz-se necessário ser
envolvido na convivência professor-aluno e entre os próprios colegas.
Para despertar o gosto por essa leitura, os educadores devem saber qual
a preferencia de cada criança, qual temática ele se identifica, e assim passar a
investi no que ele mais se agradam e se interessam sendo ele: contos, fábulas,
Histórias em Quadrinhos , aventuras ou até mesmo com suas próprias criações
usando sua imaginação. E também qual o conhecimento prévio do aluno a
respeito aquele determinado texto. Para daí dar inicio a leitura.

A compreensão de um texto é um processo que se caracteriza pela utilização


de conhecimento prévio: o leitor utiliza na leitura o que ele já sabe, o
conhecimento adquirido ao longo de sua vida. É mediante a interação de
diversos níveis de conhecimento, como conhecimento linguístico, o textual, o
conhecimento de mundo, que o leitor consegue construir o sentido do texto. E
porque o leitor utiliza justamente os diversos níveis de conhecimento que
interagem entre si, a leitura é considerada um processo interativo. Pode-se
dizer com segurança que sem o engajamento do conhecimento prévio do leitor
não haverá compreensão (KLEIMAN, 2011, p.13).

Diante dessa compreensão da relevância de contar e ouvir histórias como


forma de despertar o gosto pela leitura, pode-se pensar em quantas práticas de
leitura ocorrem de forma obrigatória e mecânica, não oportunizando os alunos a
experimentarem diversas formas criativas de ler. E como consequência disso, o
não gostar de lê faz-se comum entre crianças e adolescentes.
Os livros são mágicos, pois com eles as crianças fazem viagens pela
imaginação, vão a lugares inesquecíveis, é algo tão espetacular que marcam a
vida deles. O livro é um instrumento para a formação do individuo em todos os
sentidos, os benefícios do ato de ler é realmente incalculável.
Estimular o interesse pela leitura não é restringir-se apenas a ler textos
longos e complexos, mas sim proporcionar à reflexão de quais benefícios a
leitura trará para o dia-a-dia de cada individuo. Ler proporciona ao leitor uma
linguagem reflexiva e critica. Oportuniza a opção de escolhas com
independência e desenvolve um melhor jeito de agir, pensar, ser e fazer.
A leitura não pode ser tratada como uma parte da decodificação mas um
método ativo do pensamento, onde busque entender melhor o que se lê e que
seja mais critico ao ouvir e assistir tendo um bom posicionamento, aceitando ou
não o que lhe for apresentado.
Como explica:

A leitura do mundo precede a leitura da palavra, daí que a posterior


leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquela.
Linguagem e realidade se prendem dinamicamente. A compreensão
do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção
das relações entre texto e o contexto. Freire (1997, p.11)

Para aumentar a curiosidade dos educandos não basta apenas ensina-los


a memorização das palavras e imagens, mas sim fazê-las entender o que aquela
leitura quer dizer, realizando a interpretação oral e escrita da mesma, e para que
isso aconteça, a criança deve olhar a leitura como algo prazeroso e agradável.
Com isso o incentivo a leitura é indispensável na vida da criança, pois ler
é uma das melhores ocupações pra o avanço da criança, e esse hábito tem que
começar desde os primeiros momentos de sua vida. E quando este incentivo é
feito de forma adequada a própria criança se interessa, buscando por novos
livros, principalmente aqueles que despertem maiores curiosidade sobre o
mundo no qual estão inseridos.

4 Análise de Dados

A escola José Lopes Araújo, tem esse nome porque foi terreno doado por
um antigo morador, o senhor José Lopes Araújo, no ano de 1980, onde a
mesma foi construída e inaugurada no ano de 1981, na gestão do prefeito
Walter Ramos.
O objetivo da construção dessa escola foi melhorar as possibilidades e
condições educacionais no povoado de Vila Carneiro, pois contava apenas com
uma escola sendo que na mesma tinha apenas uma sala de aula e o número de
alunos aumentavam significativamente, tornado assim um ambiente pequeno
para acolher todo alunado.
Nova escola então precisou ser fundada: a escola José Lopes Araújo.
Nela tinha duas salas de aulas, dois banheiros e uma secretaria, espaço que era
suficiente para manter a demanda. Nessa época trabalhavam três professores
leigos, mas que desempenhavam muito bem o seu papel de educador. A
metodologia era tradicional, porém dinâmica. Os alunos eram esforçados e a
família era bastante participativa na vida escolar dos seus filhos. Nessa época as
datas comemorativas eram bastante enfatizadas, em destaque as festas juninas
que eram tradicionais na comunidade, com apresentações de quadrilhas,
desfiles e comidas típicas.
Atualmente a Escola José Lopes Araújo, atende 177 crianças do 1º período ao
5º ano. Dispõe de cinco salas de aulas, dois banheiros, uma secretaria, um
pátio, um refeitório e uma sala de informática. Seu corpo discente é formado por
oito professores, todos graduados.
Através da orientação da Secretaria de Educação a escola adotou a
pedagogia por projetos, onde os alunos constroem o conhecimento de forma
contextualizada, dinâmica e prazerosa, valorizando assim os conhecimentos
prévios.
No ano de 2016, escola José Lopes foi reconhecida como escola do
Campo e desde então o trabalho é desenvolvido dentro de uma proposta que
valoriza o homem e a mulher do campo, sua cultura, seu trabalho, trazendo
estes elementos como base da prática pedagógica dos professores em sala de
aula e produz conhecimentos que contribuem para transformação da realidade
do campo.
Atualmente trabalha-se com PNAIC, o qual tem como meta alfabetizar os
alunos na idade certa, até os oito anos de idade objetivando sanar também o
problema da repetência, oferecendo um estudo por ciclo no qual o educando
passa por momentos de Introdução, Aprofundamento e Consolidação de
aprendizagens.
O Projeto Político Pedagógico está fundamentado nos Parâmetros
Curriculares Nacionais e nas Leis vigentes da Educação Básica para nortear o
ensino e proporcionar vivencias entre todos os envolvidos com o processo
educativo da escola. Todas essas primícias visam o trabalho com os quatro
pilares do conhecimento: Aprender a conhecer; aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a ser.
A escola da ênfase a três aspectos importantes na questão da
metodologia de ensino: o conhecer, o agir e o transformar. Levando as crianças
a pesquisarem sobre a realidade ao seu redor, refletir e criar conhecimentos a
partir dela, e buscar, com a família e a comunidade, formas de transformá-la
Segundo Freire (1999):
Quando o homem compreende a sua realidade, pode levantar hipóteses
sobre o desafio dessa realidade, e procurar soluções. Assim pode
transformá-la e com seu trabalho pode criar um mudo próprio: seu eu e
suas circunstâncias. [...]. A educação não é um processo de adaptação
do indivíduo à sociedade. O homem deve transformar a realidade para
ser mais (FREIRE, 1979, p. 30-31).

A avaliação dos alunos está pautada nas seguintes bases: diagnóstica;


processual contínua; cumulativa; participativa e emancipatória; e os instrumentos
avaliativos existentes na rede Municipal de ensino de Conceição do Coité, que
consta no diário de classe que são realizadas através de: trabalhos – refere-se a
pesquisas realizadas, trabalho em grupo, seminário e testes com peso de 0 a
10; Provas escritas – avaliação realizada em determinado período da unidade a
partir dos assuntos trabalhados com os alunos, obtendo peso de 0 a 10;
Conceitos –obtém-se um peso de 0 a 10 referente aos critérios de assiduidade,
participação na aula, comportamento, relação inter-pessoal e atividade
extraclasse.
O projeto político pedagógico desta unidade de ensino vem alavancar
uma educação voltada para a realidade de cada educando, valorizando assim o
seu meio e tornando-os seres reflexivos críticos e participativos, onde a
participação da família tem grande importância no processo de ensino
aprendizagem.
Com isso a avaliação desse projeto servirá de indicador para ostentar a
prática pedagógica educacional. Mostrar ao professor, a equipe de dirigentes em
fim a todos os sujeitos envolvidos no processo quando é necessário realizar
ajustes no processo educativo. Assim, estará sempre revendo suas ações a
cada final de ano letivo, como uma nova forma de replanejar o ano seguinte,
sem perder de vista o alcance das metas e ações propostas neste documento.
Observamos a turma do primeiro ano do ensino fundamental na escola
acima citada durante uma semana. Em todos os cinco dias de observação
notou-se que existia uma ausência muito grande de leitura de histórias na sala
de aula, a professora nem um dia leu para deleite ou para introduzir o conteúdo.
As aulas eram todas monótonase iguais a única coisa que mudava era
conteúdo\disciplina. Não existia estimulo pela leitura por parte da professora. O
único momento em que as crianças liam era no momento de tomação de leitura
onde as crianças liam por obrigação.
Foi com base em tais observações que surgiu a vontade da escolha deste
tema: O incentivo à leitura na Educação Infantil e Primeiro Ano do Ensino
Fundamental. Como forma de despertar nas pessoas leitora deste, o gosto pelo
incentivo da leitura nas crianças não só os professores como também a família.

5 Considerações finais

A leitura é um desenvolvimento constante que tem inicio nos primeiros anos


de vida da criança e esse processo começa em casa, e por conta disso a
participação da família é de extrema importância.
A vida dos seres humanos é construída por pensamentos, emoções e
ações e a imaginação ajuda a criança perceber um mundo de criatividade e
assim nela a aprendizagem será significativa. Com isso ao levar os contos de
histórias, as brincadeiras e jogos para a rotina da educação infantil e primeiro
ano do ensino fundamental, estará motivando e colaborando no saber de cada
criança, pois esse aprendizado misturado ao lúdico torna-se mais prazeroso e
eternizado na memoria tanto do educando quanto do educador como um todo.
Os professores que apresenta aos seus alunos uma leitura de forma
descontraída e divertida, podem despertar na criança o gosto pela mesma, que
por sua vez pode ajuda – ló pelo resto de sua vida.
Uma vez que o professor acredita que o livro além de ensinar e instruir o aluno,
ele pode também transmitir alegria e contentamento através da sua leitura, pois,
não há nada mais prazerosa do que folear um livro e achar nele um universo
cheio de encanto.
Assim, espera-se que este projeto de pesquisa, contribua na prática pedagógica
dos docentes nele envolvido, visando uma aprendizagem satisfatória na aquisição
da leitura dos seus alunos.
Referências Bibliográficas
Site: www.ffp.uerj.br\arquivos\dedu\monografias\dsng.pdf - acessado
21\05\2018 às 20:49h
Et al
Site https://pedagogiaaopedaletra.com/projeto-de-intervencao-
pedagogica-nas-series-iniciais/ - acessado em 22\05\2018 às 20:00
Site http://dspace.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/123456789/9747/1/PDF
%20-%20ANA%20MARIA%20MAC%C3%8ADO%20DA%2 A.pdf – Acessado
23\05\2018às 19:30
Sitehttp://www.editorarealize.com.br/revistas/setepe/trabalhos/Modalidade
_1datahora_05_09_2014_11_37_32_idinscrito_168_53d0764af2d207d4fb8fa75c
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