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APLICADA
À PRODUÇÃO DE
ALIMENTOS
ISBN 978-85-9502-295-9
Introdução
A alimentação é um dos fatores mais importantes em qualquer fase da
vida, os períodos de maior necessidade de nutrientes e energia de um
indivíduo ocorre durante a lactância, a infância e a adolescência, portanto
garantir uma alimentação adequada tanto para crianças que são atendidas
por um lactário ou pela merenda escolar é de suma importância. Deno-
mina-se lactário a área do serviço de alimentação destinada ao preparo e
distribuição de fórmulas e alimentos para lactentes. Já a merenda escolar
é a alimentação servida ao aluno durante a sua permanência na escola.
Sabendo que os alimentos podem ser um veículo para a transmissão
de microrganismos patógenos quando não manipulados sob condições
higiênico-sanitárias adequadas, todo o setor produtivo destinado à pro-
dução, armazenamento e distribuição de alimentos deve receber a devida
atenção a fim de minimizar os riscos, portanto tanto as fórmulas elabora-
das em lactários quanto às refeições servidas na merenda escolar devem
atender as necessidades das crianças atendidas e ser elaboradas sob
rigoroso controle higiênico-sanitário para evitar risco de contaminação.
Sala de prescrição/administração
Local que isola a sala de preparo das fórmulas e das refeições e serve como
escritório do nutricionista para a supervisão das atividades e também como
setor de higienização das mãos e vestiário dos funcionários, além do arma-
zenamento de materiais para uso diário.
Essa sala também pode deve servir de vestiário para os colaboradores e deve
conter armários com uniformes limpos, toucas, máscaras e botas, além de um
lavatório com controle de pedal, saboneteira com germicida, um sortimento
de escovas esterilizadas, escovas para as unhas e um toalheiro de papel.
O acesso à sala de preparo deve ser feito apenas pela sala de prescrição, a
fim de garantir que todas as pessoas estranhas ao lactário vistam o uniforme
e a fim de controlar a entrada e a saída dos funcionários e visitantes.
Dimensionamento
As especificações de estrutura física de lactário em EAS segundo as legis-
lações vigentes são descritas no Quadro 1.
Ambiente Dimensão
Padronização de fórmulas
As amostras (mínimo de 100 ml) de cada produto infantil preparado devem ser ar-
mazenadas para análises de contraprova, em casos de investigação de toxinfecções,
devendo ser identificadas e guardadas em caixas plásticas térmicas devidamente
fechadas por um período de 72 horas ou 96 horas.
Essa opção é mais utilizada para fórmulas não autoclavadas, após retiradas
da refrigeração. Para garantir a opção mais adequada, além das boas práticas
de manipulação, é fundamental também validar a inocuidade da fórmula por
meio de análise microbiológica.
Quadro 2. Valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada
aluno, é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino.
Creches R$ 1,07
Pré-escola R$ 0,53
Fonte:Brasil ([2017?]).
Após saber quantos alunos vão se alimentar e quais os recursos que se tem
para isso, torna-se necessário pensar quais alimentos vão compor as refeições,
levando em conta os hábitos da região. Antes de fazer o cardápio, o estoque
precisa ser conferido para que se veja o que se tem disponível. É importante
adequar o cardápio aos recursos disponíveis, sem esquecer-se da qualidade.
Para isso, deve-se montar uma tabela com todos os ingredientes necessários
para cada refeição, com a quantidade a ser usada e o preço de cada um deles.
O planejamento dos cardápios deve levar em consideração a variação dos
pratos, a diversidade de alimentos e a diferença na coloração dos pratos. Um
planejamento de cardápio bem feito evita o desperdício e garante a qualidade
necessária à alimentação da comunidade escolar (BRASIL, 2009).
Os cardápios, elaborados a partir de Fichas Técnicas de Preparo, deverão
conter informações sobre o tipo de refeição, o nome da preparação, os in-
gredientes que a compõem, bem como informações nutricionais de energia,
macronutrientes, micronutrientes prioritários (vitaminas A e C, magnésio,
ferro, zinco e cálcio) e fibras.
O Quadro 3 mostra um exemplo de estrutura de cardápio que contém o
mínimo de itens a serem respeitados de acordo com o Anexo III da Resolução
nº 26, de 17 de junho de 2013.
Ingredientes
preparação
Per capita
Nome da
Energia
Fibras
Vit. A
Vit. C
CHO
PTN
Mg
LIP
Zn
Ca
Fe
Fonte: Brasil (2013).
Saiba mais sobre os testes de aceitabilidade no Manual para aplicação dos testes
de aceitabilidade no PNAE elaborado pelo CECANE (CENTRO COLABORADOR EM
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ESCOLAR, 2010).
https://goo.gl/5EWd9b
Leitura recomendada
BRASIL. Ministério da Educação Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.
O Papel do nutricionista no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 2. ed.
Brasília, DF: PNAE: CECANE-SC, 2012. Disponível em: <ftp://ftp.fnde.gov.br/web/
formacao_pela_escola/modulo_pnae_conteudo.pdf>. Acesso em: 02 nov. 2017.