Você está na página 1de 29

CURSO DE NUTRIÇÃO

MARIA FÁTIMA DE SOUZA SANCHES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM SAÚDE COLETIVA

Santo André
2020

Santo André
2020
MARIA FÁTIMA DE SOUZA SANCHES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO EM SAÚDE COLETIVA

Relatório de Estágio em Nutrição Clínica apresentado


como requisito obrigatório para a obtenção de média
bimestral na disciplina de Estágio em Nutrição Clínica.

Orientador: Prof. Dra. Julianna Matias Vagula

Santo André
2020
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO....................................................................................................3
2. INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
3. ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO...............................................................................5
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................9
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
ANEXOS.....................................................................................................................11
ANEXO A - 1.1   Atividade A – Programa Nacional de Alimentação Escolar............11
ANEXO B - 1.2   Atividade B – Unidade Básica de Saúde.........................................21
ANEXO C - 1.3   Atividade C – Unidade Básica de Saúde II.....................................25
ANEXO D - 1.4   Atividade D – Unidade Básica de Saúde 3.....................................26
3

1 . APRESENTAÇÃO

O estágio em nutrição e saúde coletiva aconteceu no Centro Recreativo Fazer


Crescer, situado na Av. Aclimação, 581, Jardim do Estádio em Santo André, com
assistência do profissional responsável local, nutricionista Daniele Meireles de
Oliveira Dias, CRN 41803, atualmente com 80 alunos devido ao Covid19. O centro
recreativo está oferecendo aulas online com o acompanhamento da nutricionista e
ofertando regularmente alimentação para as famílias, uma opção que a escola
considerou de continuar a ter vínculo com as crianças, que sempre demonstraram
aceitação e agrado pelas refeições da escola. No início de março, houve a total
suspensão das atividades escolares, porém com a manifestação dos pais, ficou
determinado que haveria drive thru da alimentação.
Realizado de 05 de novembro a 03 de dezembro de 2020, devido ao Covid19,
foi necessário realizar adaptações para o funcionamento da escola no
desenvolvimento das atividades pela nutricionista e demais funcionários do
estabelecimento, contemplando momentos de dificuldades, mas também de muito
aprendizado e conhecimento.
O objetivo é levar a teoria adquirida ao longo do curso para a prática no dia a
dia em uma unidade escolar.
4

2 . INTRODUÇÃO

O presente estágio, tem por objetivo promover atividades que permitam o


desenvolvimento de competências e habilidades requeridas para a formação
profissional, favorecendo ampliar os conhecimentos técnicos-científicos, integrando
a teoria à prática por meio de sua inserção em situações reais de trabalho.
Realizado em uma Unidade Escolar, de estrutura organizacional de pequeno
porte, composta por um responsável técnico a nutricionista, uma cozinheira e uma
auxiliar.
Na prática de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN), cujo objetivo
principal é oferecer alimentação adequada às necessidades nutricionais da clientela,
os cardápios são planejados de modo que sejam balanceados para atingir as
necessidades nutricionais garantindo saúde, segurança alimentar e bem estar. As
preparações culinárias de cada refeição devem ser selecionadas pelo nutricionista,
levando em consideração a cultura local, os hábitos e preferências alimentares da
clientela, a safra, a oferta de custo do gênero alimentício no mercado, os recursos
humanos, a disponibilidade de área e equipamentos, o preparo e o consumo efetivo
dos alimentos. Para efetiva realização dessas atividades, o nutricionista deverá ser
capaz de lidar com diferentes cenários, da administração de negócios a
relacionamento entre funcionários, garantindo oferta de alimentação saudável e
adequada.
Compete ao nutricionista prestar assistência e educação nutricional a
coletividades ou indivíduos sadios, ou enfermos, em instituições publicas ou
privadas e em consultório de nutrição e dietética, através de ações, programas,
pesquisas e eventos, direta ou indiretamente relacionados à alimentação e nutrição,
visando à prevenção de doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde.
-Políticas e programas institucionais;
- Atenção básica em saúde;
- Vigilância em saúde.
Campo de ações e saberes voltados para a promoção, proteção e recuperação
da saúde das populações, respeitando suas diversidades e entendendo saúde não
apenas como ausência de doença, mas um processo que envolve questões:
epidemiológicas, socioeconômicas, ambientais, demográficas e culturais.
5

3. ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO

1º dia de estágio (05/11/2020)


Nos foi apresentado o Manual de Boas Práticas de Higiene e de cuidados
com a saúde, aprendemos sobre sua elaboração e manuseamos o manual existente
da escola, elucidando algumas dúvidas remanescente.

2º dia de estágio (06/11/2020)


Orientações sobre Saúde e Higiene Pessoal, foram dadas informações aos
funcionários dos cuidados a saúde e higiene pessoal apontando a importância na
garantia das condições adequadas de saúde coletiva e individual.

3º dia de estágio (09/11/2020)


Realizamos o procedimento passo a passo de lavagem das mãos,
exemplificando toda a importância de estar frequentemente lavando e higienizando
as mesmas.

4º dia de estágio (10/11/2020)


Os funcionários que atuam na higienização do ambiente devem utilizar
Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) adequados, sapatos fechados com sola
antiderrapante ou botas de borracha, uniformes ou aventais, luvas, tudo para
garantir a segurança e higiene.

5º dia de estágio (11/11/2020)


Os cuidados de saúde e higiene devem fazer parte do processo educativo
global, considerando que a responsabilidade é de todos aqueles que cuidam delas
de uma forma direta ou indireta. A autonomia da criança deve ser estimulada pelos
seus orientadores.

6º dia de estágio (12/11/2020)


Hoje conversamos sobre como são as doenças transmitidas por alimentos
causadas, principalmente, por microrganismos que penetram no organismo humano
através da ingestão de água e alimentos contaminados podendo causar doenças
como: intoxicações, verminoses, diarreias, vômitos, hepatite, etc. Para evitar a
6

contaminação são recomendados procedimentos de higiene já orientados


anteriormente.

7º dia de estágio (13/11/2020)


Demonstração de como a coleta de amostra deve ser realizada com o
objetivo de esclarecimento de ocorrência de enfermidades transmitidas por
alimentos prontos para consumo. Caso haja algum surto de infecção alimentar em
várias crianças ou adultos que se alimentam no local, as amostras serão enviadas
para análise.

8º dia de estágio (16/11/2020)


Realização de aferição de temperatura de alimentos, esclarecimento de como
é imprescindível em qualquer UAN esse cuidado, além de permitir que os alimentos
sejam servidos aos escolares da forma correta, com sabor, aroma e textura
preservados, também é uma das bases dos padrões de segurança alimentar. Isso
porque, ao preparar e armazenar os alimentos em temperatura inadequada, corre-se
o grande risco de contaminação, o que acarretaria em um enorme impacto negativo
para o empreendimento e, sobretudo, para os escolares.

9º dia de estágio (17/11/2020)


Nos foi exposto a relevância da higiene ambiental, limpeza de
equipamentos, utensílios que são um conjunto de ações preventivas que
proporcionam um local agradável de harmonia das crianças e funcionários,
garantindo um ambiente que estabeleça condições favoráveis á saúde, reduzindo a
possibilidade de doenças.

10º dia de estágio (18/11/2020)


Tratamos dos produtos permitidos para desinfecção de alimentos, ambiente
e equipamentos. Uma das portarias utilizadas é a SMS-G nº 1210.

11º dia de estágio (19/11/2020)


As condições gerais das edificações e instalações também tem critérios
rigorosos para a limpeza e desinfecção. O que foi abordado com cautela pela
nutricionista.
7

12º dia de estágio (23/11/2020)


Hoje tratamos da limpeza e desinfecção dos ambientes, equipamentos e
utensílios, periodicidade da limpeza e desinfecção.

13º dia do estágio (24/11/2020)


O acondicionamento e destino do lixo tem cuidados especial, sacos
plásticos resistentes, em lixeiras de plástico ou metal que facilita a limpeza, tampada
e com acionamento pelo pedal, permanecendo sempre fechada. E longe do alcance
das crianças.

14º dia do estágio (25/11/2020)


Movimento é uma das palavras e explosão de descobertas que acontece
no mundo infantil. Por isso é preciso uma boa organização e o educador esteja
sempre vigiando as crianças, portanto a prevenção de acidentes também é assunto
para a área de saúde coletiva dentro da escola.

15º dia do estágio (26/11/2020)


Hoje tratamos dos POPs, documentos que descrevem o “passo a passo”
de como realizar todas as atividades da escola, para que cada funcionário conheça
e cumpra as atividades que deve realizar corretamente e assuma sua
responsabilidade sobre elas.

16º dia do estágio (27/11/2020)


Hoje tratamos do POP 1: higiene e saúde dos manipuladores e iniciamos o
POP 2: higienização das instalações, equipamentos, móveis e utensílios.

17º dia do estágio (30/11/2020)


Dando continuidade ao POP2 e terminamos o POP 3: Controle integrado
de vetores e pragas urbanas

18º dia do estágio (01/12/2020)


8

Participamos da elaboração de uma vídeo aula sobre lavagem das mãos, a


dinâmica agradou muito as crianças, foi utilizado tinta guache para demostrar o
passo a passo da lavagem das mãos para a retirada de todo resíduo.

19º dia do estágio (02/12/2020)


Hoje os comentários foram sobre a dinâmica da vídeo aula, algumas crianças
enviaram fotos e vídeos relatando sobre suas experiências. A nutricionista ressaltou
de como é importante o desenvolvimento de atividades com as crianças para
conseguir chegar até os pais.

20º dia do estágio (03/12/2020)


Dia de avaliar os dias do estágio, esclarecimento de dúvidas geradas na
execução do relatório e as considerações gerais.
9

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a realização do estágio assumimos o desafio de alinhar os


conhecimentos prévios a uma prática profissional, com o envolvimento e
participação na rotina do Centro Recreativo Fazer Crescer, ficou evidente no
decorrer das diversas fases do estágio a necessidade de reter todo o aprendizado
teórico adquirido durante todo curso.
A escola apresenta alguns pontos a serem melhorados, relativos ao
cumprimento da legislação no que diz respeito ao recebimento e armazenamento.
As instalações e demais procedimentos estão de acordo com a legislação vigente. O
trabalho elaborado no decorrer do estágio foi uma oportunidade excelente para a
vivência das rotinas de uma cozinha. Foi possível observar o imenso desafio que o
nutricionista responsável possui. É preciso estar atualizado, ser dinâmico e aplicar
diferentes conceitos e habilidades para conseguir fazer uma boa gestão de pessoas
e recursos.
O padrão de qualidade depende do envolvimento de toda a equipe em todos
os processos operacionais, desde a gestão de gastos, do desempenho da equipe de
trabalho, trazendo como resultado a redução de desperdícios, segurança alimentar,
segurança no trabalho e o aumento da lucratividade.
10

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, F. A. et al. Agregação Familiar da Doença Renal Crônica Secundária à


Hipertensão Arterial ou Diabetes Mellitus: estudo caso-controle. Revista Ciência &
Saúde Coletiva, v. 20, n. 2, p. 471–478, 2015. Disponível em
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232015000200471&lng=pt&tlng=pt. Acesso em 20 out 2020

BRASIL. Programa Nacional de Alimentação Escolar. Disponível em


https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae. Acesso em 20 out 2020.

BRASIL. Alimentação e Nutrição. Disponível em


https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-eixos-de-atuacao/pnae-
alimentacao-e-nutricao#:~:text=O%20nutricionista%20%C3%A9%20um
%20profissional,no%20%C3%A2mbito%20da%20alimenta%C3%A7%C3%A3o
%20escolar. Acesso em 20 out 2020.

BRASIL. Aquisição de Produtos da Agricultura Familiar para o Programa


Nacional de Alimentação Escolar. Disponível em
https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-eixos-de-atuacao/pnae-
agricultura-familiar Acesso em 20 out 2020.

BRASIL. Especialista Esclarece Mitos e Verdades Sobre Amamentação e


Doação de Leite. January 25, 2016 1:47 PM - Ascom SE/UNA-SUS. Disponível em
https://www.unasus.gov.br/noticia/especialista-esclarece-mitos-e-verdades-sobre-
amamentacao-e-doacao-de-leite#:~:text=O%20estresse%20e%20o
%20nervosismo,m%C3%A3e%20descanse%20sempre%20que%20poss
%C3%ADvel. Acesso em 12 nov. 2020.
11

ANEXOS

ANEXO A - 1.1   Atividade A – Programa Nacional de Alimentação Escolar

a) Elaborar uma proposta de cardápio de um mês (de segunda à sexta) para


crianças de 5 anos em período integral que atende o Programa de Alimentação
Escolar (PNAE) e o Programa de Agricultura Familiar, com os horários, as
quantidades e os respectivos alimentos em cada refeição.

Cardápios planejados conforme normas do PNAE, suprindo 70% das necessidades


nutricionais diárias de escolares.

Cardápio da 1ª e 3ª semana do mês

Dias da Café da manhã Almoço Lanche da Tarde


semana
Purê de batata inglesa 1
Segunda- Pão francês 1 Colher(es) de servir cheia(s)
feira Unidade(s) (50g) (80g)
Leite de vaca Filé de peixe refogado 80g
integral UHT 100ml Tomate 1 Colher(es) de sopa Salada de frutas -
Achocolatado em pó cheia(s) (picado) (16g) laranja, banana,
1 Colher sopa cheia Agrião 1 Colher(es) de sopa maçã e mamão
(15g) Margarina1 cheia(s) (picado) (7g) 100g
Colher chá rasa (4g) Suco de uva concentrado
envasado1 Copo americano
pequeno (165ml
Arroz branco cozido 1 Colher(es)
Terça- Leite de vaca de arroz cheia(s) (45g)
feira integral UHT100ml Feijão carioca cozido 1
Achocolatado em Concha rasa (80g) Vitamina de
pó1 Colher sopa Coxa de frango assada 1 beterraba 1
cheia(15g) Pão Unidade(s) pequena(s) (25g) Porção (328g)
Bisnaguinha Espinafre refogado 1 Colher Biscoito maisena
1Unidade(s) (20g) sopa cheia (25g) 5 Unidade(s)
Requeijão1 Colher Farofa de mandioca temperada (25g)
sopa rasa (15g) com sal 1 Colher(es) de
sopa cheia(s) (15g)
12

Arroz branco cozido 1 Colher(es)


Quarta- Mingau de aveia de arroz cheia(s) (45g)
feira 1 Prato(s) Feijão carioca cozido 1
raso(s) (195ml) Concha rasa (80g)
Cenoura crua 1 Colher(es) Iogurte integral
Maçã 1 Unidade(s) de sopa cheia(s) (ralada) (17g) 1 Unidade(s)
pequena(s) (80g) Beterraba 1 Colher sopa cheia (100g)
(25g) Banana maçã
Ovo de galinha cozido 1 40g
Unidade(s) média(s) (45g)
Suco de uva concentrado
envasado 1 Copo americano
pequeno (165ml)
Arroz branco cozido 3 Colher(es)
Quinta- Pão de queijo de arroz cheia(s) (135g)
feira assado 1 Feijão preto cozido 1 Concha
Unidade(s) média(s) rasa (80g)
(20g) Couve manteiga refogada 2 Gelatina em pó
Colher(es) de sopa cheia(s) preparada com
Café com leite (picada) (40g) água de morango
1 Copo Linguiça tipo calabresa fininha 150g
americano pequeno 6 Fatia(s) (30g)
(165ml) Laranja 1 Unidade(s)
média(s) (180g)
Panqueca de carne moída
Sexta- Bolo de cenoura (Unidade média (80g): 1)
feira (Fatia: 1) Brócolis (cozido) (2 Colher de
sopa picado (13,23g)) Vitamina (Copo
Leite achocolatado Cenoura (crua) (2 Colher de sopa
(Copo Americano: 1) ralada (12g)) Americano: 1)
Alface lisa (2 Folha média (10g))
Tomate (2 Fatia média (15g))
13

Cardápio para a 2ª e 4ª semana do mês


Dias da Lanche da
semana manhã Almoço Lanche da tarde
Arroz integral (cozido)
Segunda- Bolo de banana (Escumadeira média cheia (59g): 1) Salada de frutas
feira (porção: 1) Feijão cozido (50% grão/caldo) 100g.
(concha: 1) Filé de frango
Café com leite Ensopado (Bife: 1) Alface crespa
(Copo (Folha pequena (5g): 3)
Americano: 1) Mandioca Cozido(a) (Colher De
Sopa: 1)
Suco de abacaxi (100ml)

Terça- Pão francês Polenta com molho de carne Pão de batata


feira (Unidade (50g): (Grama: 100) Espinafre refogado(a) (Unidade (90g):
1) Requeijão - (Escumadeira: 1) Maçã (Unidade 1) Suco de
Nestlé® (Colher Pequena: 1) manga (Copo
de sobremesa Americano: 1)
(23g): 1)Café
com leite (Copo
Americano: 1)
Bolo de laranja - Arroz branco (cozido) (Escumadeira
Quarta- Maizena®* média rasa (60g): 1) Vitamina
feira (Fatia (60g): 1) Feijão, carioca, cozido (Concha (mamão, maçã,
Café com leite Pequena rasa: 1) banana, leite e
(Copo Peixe de água doce (inteiro, em açúcar) (copo:
Americano: 1) posta, em filé, etc.) Cozido(a) 1)
(Colher De Arroz/Servir: 1)
Salada de repolho, preparo caseiro
(colher de sopa: 2)
Tomate (Fatia pequena (10g): 2)
Banana, maçã, crua (1 unidade: 1)
Pão de forma
Quinta- (Fatia (25g): 2) Galinhada (Prato Raso: 1) Danette pudim
feira Queijo tipo (Pote: 1)
mussarela Maçã (Unidade Pequena: 1)
(Fatia (13,5g):
1)
Leite
achocolatado
(Copo
Americano: 1)
Vitamina de Macarrão à bolonhesa Pão de queijo
Sexta- abacate (Copo (Escumadeira (81g): 1) (Unidade
feira Americano: 1) Suco de abacaxi com açúcar pequena (10g):
Biscoito (Mililitro (1ml): 100) 1)
maisena Salada, de legumes, com maionese Suco de
(Unidade (5g): (Grama: 100) abacaxi (Copo
5) Americano: 1)
14

b) Após elaborar a proposta de cardápio mensal, faça a adequação dos


macronutrientes de uma semana para crianças de 5 anos em período integral
que atende os Programa de Alimentação Escolar (PNAE).

Tabela de Macronutrientes Semanal

Micronutrientes Dia 1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Dia 5 Dia 6


CHO 410.4 kcal 400 kcal 468,8 kcal 416,4 kcal 471,9 kcal 459,45 kcal

PTN 112,8 kcal 96 kcal 88,8 kcal 84,4 kcal 98,26 kcal 81 kcal

LIP 128,7 kcal 170,1 kcal 132,3 kcal 154,8 kcal 127 kcal 133,53 kcal

Kcal 651,9 kcal 666,1 kcal 689,9 kcal 655,6 kcal 697,16 kcal 673,98kcal

c) Após elaborar a proposta de cardápio mensal, faça a adequação dos


micronutrientes de um dia para crianças de 5 anos em período integral que
atende os Programa de Alimentação Escolar (PNAE).

Café-da-manhã

Pão francês 1 Unidade(s) (50g)


Leite de vaca integral UHT 100ml
Achocolatado em pó 1 Colher sopa cheia (15g)
Margarina 1 Colher chá rasa (4g)
________________________________________

Almoço

Purê de batata inglesa 1 Colher(es) de servir cheia(s) (80g)


Filé de peixe refogado 80g
Tomate 1 Colher(es) de sopa cheia(s) (picado) (16g)
Agrião 1 Colher(es) de sopa cheia(s) (picado) (7g)
Suco de uva concentrado envasado 1 Copo americano pequeno (165ml)
________________________________________

Lanche

Salada de frutas - laranja, banana, maçã e mamão 100g


15

Fibras 6.1 g
Cálcio 281.8 mg
Magnésio 96.4 mg
Ferro 4.0 mg
Zinco 2.1 mg
Vitamina A 265.5 mcg
Vitamina C 80.7 mg

d) Por que o PNAE foi criado?

O Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE é um programa de assistência


financeira suplementar com vistas a garantir no mínimo uma refeição diária aos
alunos beneficiários. A criação do PNAE ocorreu em 1983. Contudo, a origem do
mesmo remonta à 1954, com a Campanha da Merenda Escolar, no governo de
Getúlio Vargas.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar representa a maior e mais abrangente
experiência em programas de alimentação e nutrição na América do Sul. A clientela
atendida atualmente no país, ultrapassa 37 milhões de alunos, com um investimento
superior a 1,025 bilhão de reais ao ano.
O gerenciamento do programa é bastante complexo em virtude de estarem
envolvidos diretamente no processo, União, Estados, Municípios, Conselhos e
estabelecimentos de ensino. No entanto, o compromisso de gerenciar este recurso
de forma transparente e eficaz deve ser uma constante, uma vez que o programa
apresenta grande impacto social.

e) Quais as atividades que o nutricionista desempenha no PNAE?

O nutricionista é um profissional essencial para a adequada execução do PNAE.


Compete ao nutricionista responsável técnico (RT) assumir as atividades de
planejamento, coordenação, direção, supervisão e avaliação de todas as ações de
alimentação e nutrição no âmbito da alimentação escolar.
O cardápio da alimentação escolar é um instrumento que visa assegurar a oferta de
uma alimentação saudável e adequada, que garanta o atendimento das
necessidades nutricionais dos alunos durante o período letivo e atue como um
elemento pedagógico, caracterizando uma importante ação de educação alimentar e
nutricional. Assim, o planejamento dos cardápios, bem como o acompanhamento de
sua execução, devem estar aliados para o alcance do objetivo do PNAE.
Os cardápios deverão ser elaborados pelo nutricionista RT, considerando:
O emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de
alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos
alimentares saudáveis, atendendo as necessidades nutricionais dos alunos em
conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde;
Os gêneros alimentícios produzidos em âmbito local, preferencialmente pela
agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais;
16

O horário em que é servida a alimentação e o alimento adequado a cada tipo de


refeição;
As especificidades culturais das comunidades indígenas e/ou quilombolas;
A oferta de, no mínimo, 3 porções de frutas e hortaliças por semana
(200g/aluno/semana), sendo que as bebidas à base de frutas não substituem a
obrigatoriedade da oferta de frutas in natura;
Os aspectos sensoriais, como as cores, os sabores, a textura, a combinação de
alimentos e as técnicas de preparo;
Além dessas recomendações, o PNAE, visando limitar a oferta e o consumo de
alimentos processados de baixo valor nutricional, ricos em açúcar, gordura e sal
estabelece um limite para aquisição de alimentos enlatados, embutidos, doces,
alimentos compostos, preparações semiprontas ou prontas para o consumo, ou
alimentos concentrados. Proíbe, ainda, a aquisição de bebidas com baixo valor
nutricional.

f) Qual é o objetivo do programa Agricultura Familiar? Por que o programa de


Agricultura Familiar está inserido no PNAE?
Objetivos:
 Atender de forma diferenciada os pequenos produtores rurais;
 Possibilitar a elevação de sua capacidade produtiva;
 Gerar emprego e renda;
 Contribuir para a redução das desigualdades sociais;
 Utilizar de forma mais eficiente a mão-de-obra familiar.

A Resolução 38/2009 do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional de


Desenvolvimento da Educação (FNDE) estabeleceu que no mínimo 30% do total de
recursos financeiros do PNAE deve ser gasto pelos administradores do ensino
público na aquisição de alimentos diretamente dos agricultores ou empreendimentos
rurais familiares, cooperativas e associações da agricultura familiar. O acesso a este
mercado institucional é facilitado através da organização de grupos formais ou
informais que comercializarão seus produtos diretamente com as escolas.
Anteriormente, estas compras eram realizadas exclusivamente por licitações
públicas ou levantamentos de preços que não consideravam critérios sociais. Como
nestas práticas prevalecem os mais fortes, as organizações de agricultores sempre
estiveram à margem deste mercado. A Lei 11.947/2009 é um marco histórico na
política de alimentação escolar no Brasil, pois de fato concretizou a unificação de
uma política de acesso e distribuição de alimentos com a promoção da
sustentabilidade socioambiental. Nesse sentido, evidencia-se que o PNAE, na sua
conjuntura atual – quando executado de modo eficiente – beneficia, diretamente, os
escolares, visto que recebem alimentos de qualidade, frescos, voltados à sua
tradição alimentar, e, simultaneamente, os agricultores familiares, que através do
programa possuem um canal de comercialização constante e seguro.

g) Quais os cuidados relacionados aos alimentos para as crianças nessa faixa


etária?
A alimentação saudável é um princípio para todos, considerando que vitaminas,
minerais, carboidratos, proteínas e gorduras são essenciais para a boa saúde. No
entanto, as crianças precisam de diferentes quantidades de nutrientes específicos,
de acordo com a idade, porque é na primeira infância que o desenvolvimento
cognitivo, comportamental e físico ocorre. Sendo assim, uma alimentação saudável
17

para crianças é um dos fatores mais importantes para garantir um desenvolvimento


ideal. A ingestão adequada de vitaminas, minerais e macronutrientes é fundamental
para o desenvolvimento do cérebro, e também para que o resto do corpo cresça e
amadureça. Não é só o valor nutritivo dos alimentos que devem ser considerados,
mas também a quantidade.
A quantidade de calorias, assim como as necessidades nutricionais, costumam
variar conforme a idade, tamanho, nível de atividade e estado geral de saúde da
criança. Garantir uma alimentação saudável para crianças é uma forma de evitar
que um problema como a obesidade aconteça.

h) Como deve ser a introdução de alimentos novos no cardápio dos alunos


pensando em análise sensorial? Descreva o tipo de teste e como o mesmo será
realizado e analisado.

O teste de aceitabilidade é o conjunto de procedimentos metodológicos,


cientificamente reconhecidos, destinados a medir o índice de aceitabilidade da
alimentação oferecida aos escolares. Ele faz parte da análise sensorial de alimentos,
que evoca, mede, analisa e interpreta reações das características de alimentos e
materiais como são percebidas pelos órgãos da visão, olfato, paladar, tato e
audição. Compete ao nutricionista planejar, coordenar e supervisionar a aplicação
de testes de aceitabilidade junto à clientela, sempre que houver introdução de teste
de aceitabilidade de um alimento novo ou quaisquer outras alterações inovadoras no
que diz respeito ao preparo, ou para avaliar a aceitação dos cardápios praticados
frequentemente.

Destacamos que são recomendadas pelo FNDE duas metodologias de aplicação do


teste de aceitabilidade: avaliação de restos ou resto ingestão e escala hedônica
(facial, mista, verbal e lúdica), metodologias estas que serão abordas na sequência.
É importante observar que, para cada uma das metodologias, há um índice de
aceitabilidade mínimo distinto. Portanto, quando aplicada a metodologia de
avaliação de restos ou resto ingestão, o índice de aceitabilidade mínimo deve ser de
90%. No entanto, caso a metodologia aplicada seja de escala hedônica, é
necessário que o índice de aceitabilidade seja de no mínimo 85%. A criança
responderá a uma das fichas, para indicar em uma escala o grau de satisfação em
relação a preparação servida na escola. Para o cálculo do índice de aceitabilidade,
será considerada a somatória das porcentagens de respostas positivas sobre a
preparação, contemplando os elementos gostei (4) e adorei (5). Para a realização da
metodologia escala hedônica é necessário que a Entidade Executora tenha
disponível os seguintes materiais: fichas de escala hedônica impressas e cortadas,
balança e materiais de escritório para registrar os dados que forem necessários. Co

Escala hedônica:
A criança responderá a uma das fichas (Figuras abaixo), para indicar em uma escala
o grau de satisfação em relação a preparação servida na escola. Para o
cálculo do índice de aceitabilidade, será considerada a somatória das porcentagens
de respostas positivas sobre a preparação, contemplando os elementos gostei (4) e
adorei (5). Para a realização da metodologia escala hedônica é necessário que a
Entidade Executora tenha disponível os seguintes materiais: fichas de escala
hedônica impressas e cortadas, balança e matérias de escritório para registrar os
dados que forem necessários.
18

Como proceder:
• Distribuir as fichas da escala hedônica (adequada à série), que devem ser
respondidas em sala de aula;
• Explicar como as fichas devem ser preenchidas;
• Solicitar que os escolares coloquem o nome da preparação na ficha ou que
o nutricionista a preencha;
• Promover um ambiente de individualidade de julgamentos, onde não haverá
conversas entre os escolares;
• Recolher as fichas preenchidas.
19

Obs.: Outra opção validada para avaliação da aceitabilidade é a utilização de


escalas hedônicas aplicadas de forma lúdica (cartelas lúdicas). Essas cartelas são
feitas com as “carinhas” presentes nas fichas acima de forma individual. O sistema é
como uma votação, na qual a criança aponta sua opinião selecionando uma cartela
(carinha) e colocando em uma urna. Para o cálculo do índice de aceitabilidade, as
fichas (carinhas) serão recolhidas e será considerada a somatória das porcentagens
de respostas dadas as “carinhas” gostei (4) e adorei (5).

Avaliação de restos ou resto ingestão:


O método baseia-se na obtenção dos pesos referentes à refeição rejeitada e à
refeição distribuída. Considera-se como refeição distribuída a subtração entre os
pesos da alimentação produzida e a sobra de refeição limpa que não foi servida ao
aluno.
Após a obtenção dos pesos das refeições rejeitadas e da refeição distribuída, os
valores obtidos são inseridos nas fórmulas abaixo, com vistas a obter o percentual
de rejeição, que será utilizado no cálculo do percentual de aceitação (índice de
aceitabilidade).
PERCENTUAL DE REJEIÇÃO = (Peso da refeição rejeitada x 100)/ Peso
da refeição distribuída.
PERCENTUAL DE ACEITAÇÃO = 100 – PERCENTUAL DE REJEIÇÃO = %
de aceitação.
Para a realização da metodologia avaliação de resto (resto ingestão) é necessário
que a Entidade Executora tenha disponível os seguintes materiais:
20

- balança, sacos plásticos para recolher os restos e matérias de escritório para


registrar os pesos obtidos, dentre outros dados que forem necessários.

Para o melhor desempenho na aplicação do teste devem ser utilizados no


mínimo dois aplicadores.

Como proceder:

a) Obtenção do peso da refeição distribuída:


• Pesar e anotar o peso da preparação pronta que será servida para os alunos que
farão parte do teste;
• Acompanhar o porcionamento;
• Ao término da distribuição pesar e anotar o peso da preparação que sobrou
nos recipientes (sobra limpa).
b) Obtenção do peso da refeição rejeitada
Ao mesmo tempo em que se obtêm os pesos listados no item A, deve-se também:
• Acompanhar a devolução dos pratos descartando os restos em uma lixeira com
saco plástico. Ao término da distribuição, pesar e anotar o peso do resto de todas as
crianças do estudo;
• Colocar outros rejeitos como: casca de frutas (exemplo: melancia, melão, mamão)
e o osso da carne, em outra lixeira. Ao término da distribuição, pesar as partes não
comestíveis. Lembre-se que na devolução dos ossos, deve-se retirar a parte
comestível (carne e pele) e juntar ao resto alimentar das crianças. Não se esqueça
de descontar o peso dos ossos do peso de preparação ofertada (preparação pronta).

Obs: Colocar outros rejeitos como copos plásticos, guardanapos e outros


descartáveis em outra lixeira, pois não há necessidade de ser pesados.

i) Sendo o primeiro nutricionista desse CMEI e tendo o primeiro contato com os


colaboradores da cozinha, quais atividades de caráter gerencial e operacional
você deverá realizar?
Como o nutricionista tem papel fundamental e bastante abrangente, atuando em
vários níveis da gestão, as atividade de caráter gerencial e operacional a serem
realizadas serão:

– planejamento de cardápios, levando em consideração os diferentes aspectos da


comunidade escolar a ser atendida, como por exemplo hábitos alimentares
regionais; – gestão de compras;
– treinamento e reciclagem de merendeiras e equipes de cozinha; – supervisão do
cumprimento do cardápio e do controle higiênico e sanitário; – testes de
aceitabilidade;
– avaliação nutricional dos estudantes, para um amplo entendimento não só das
condições de saúde das crianças, mas também do seu impacto direto sobre
desenvolvimento, nível de aprendizagem, grau de retenção e também na evasão
escolar;
– planejamento e execução de ações de Educação Alimentar e Nutricional;
E além dessas atividades  gerenciais, o nutricionista também é o profissional
habilitado para cumprir certas atividades operacionais, inerentes a qualquer serviço
de alimentação coletiva, como recebimento de produtos,  armazenamento e controle
21

de estoque de gêneros alimentícios, pré-preparo, preparo e distribuição das


refeições, controle de qualidade, dentre outros.

ANEXO B - 1.2   Atividade B – Unidade Básica de Saúde

a) Elaborar um projeto (utilizando o modelo de projeto da disciplina de educação


nutricional) para lactantes que estejam em aleitamento materno exclusivo
(com bebês de até 06 meses de vida).

ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO ATÉ AOS SEIS MESES DE VIDA

INTRODUÇÃO

O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto,


proteção e nutrição para a criança e constitui a mais sensível, econômica e eficaz
intervenção para redução da morbimortalidade infantil. Permite ainda um grandioso
impacto na promoção da saúde integral da dupla mãe/bebê. Apesar de todas as
evidências científicas provando a superioridade da amamentação sobre outras
formas de alimentar a criança pequena, e apesar dos esforços de diversos
organismos nacionais e internacionais, as taxas de aleitamento materno no Brasil,
em especial as de amamentação exclusiva, estão bastante aquém do recomendado,
e o profissional de saúde tem um papel fundamental na reversão desse quadro. Mas
para isso ele precisa estar preparado, pois, por mais competente que ele seja nos
aspectos técnicos relacionados à lactação, o seu trabalho de promoção e apoio ao
aleitamento materno não será bem sucedido se ele não tiver um olhar atento,
abrangente, sempre levando em consideração os aspectos emocionais, a cultura
familiar, a rede social de apoio à mulher, entre outros. Esse olhar necessariamente
deve reconhecer a mulher como protagonista do seu processo de amamentar,
valorizando-a, escutando-a e empoderando-a.

Aleitamento materno exclusivo é quando a criança recebe somente leite,


direto da mama ou ordenhado, ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos
ou sólidos, com exceção de gotas ou xaropes contendo vitaminas, sais de
reidratação oral, suplementos minerais ou medicamentos. Inúmeras são as
vantagens do leite materno para o lactente, a ressaltar:

Evitar diarreia e infecções respiratórias; diminuir o risco de alergias, diabetes,


dislipidemia e hipertensão; reduzir a chance de obesidade; melhor nutrição;
efeito progressivo na inteligência; melhor desenvolvimento da cavidade bucal;
promoção do vínculo afetivo entre mãe e filho.
22

Objetivos gerais

Promover a consciência da importância do aleitamento materno exclusivo e


de sua contribuição para a promoção do desenvolvimento saudável da saúde do
lactente de forma atraente, lúdica e educativa.

Objetivos específicos
- Realizar ações de educação e promoção da saúde com as gestantes e
comunidade para incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de
idade e a transição gradual da alimentação complementar.
- Contribuir para a redução do uso de fórmulas infantis na nutrição dos
lactentes sem prescrição dos profissionais de saúde.
- Elaborar estratégias de educação permanente com os profissionais de
saúde sobre o aleitamento materno e acolhimento das lactantes e suas famílias da
comunidade.
- Contribuir para a redução da incidência das doenças respiratórias e diarreias
na primeira infância na comunidade.

Materiais e métodos
- Identificar número de gestantes e crianças menores de 2 anos;
- Realizar seminário de capacitação;
- Formação grupo de gestantes e mães com crianças menores de dois anos.
- Fortalecer as orientações na puericultura e grupos de gestante e mães sobre
formulas infantis, suas indicações, vantagens e desvantagens;
- Distribuir materiais explicativos sobre aleitamento materno.

Procedimentos Metodológicos

- Rodas de conversa sobre a importância da amamentação;


- Exibir DVD com programas informativos sobre o tema;
- Propor troca de experiência entre os responsáveis envolvidos;
- Construir painéis informativos que incluam fotos e falas das mães;
- Construir parcerias.
Forma de avaliação

É importante destacar que a avaliação é importante para que a equipe de


saúde consiga verificar o alcance das ações, o que poderá requerer um novo
planejamento ou estratégias para que se atinjam os objetivos inicialmente propostos.
Espera-se, ao final deste projeto de intervenção, Propor um plano de ações para
contribuir com a redução do desmame precoce na comunidade, que se construa
uma co-responsabilidade da família e comunidade na alimentação das crianças no
intuito de termos pessoas mais saudáveis e preparadas para combater doenças
futuras. Também que o projeto sensibilize as autoridades e profissionais da saúde
para apoiar as famílias em função da melhoria da saúde pública.
23

Cronograma de realização:
Semanal/ 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª
Atividade semana semana semana semana semana
Atividade 1 X
Atividade 2 X X
Atividade 3 X X
Atividade 4 X X X

b) Quais os cuidados nutricionais relacionados à alimentação nessa fase?


A principal recomendação alimentar para a nutriz é uma alimentação menos
industrializada possível e uma boa ingestão de água. As orientações às
gestantes quanto ao fracionamento das refeições e à ingestão de alimentos
fontes de nutrientes específicos (proteínas, carboidratos, gorduras, fibras,
vitaminas, ferro, cálcio e outros minerais) são igualmente aplicáveis.
Atenção especial deve ser dada à hidratação. Uma mulher saudável, com
alimentação e hidratação adequadas, produz no primeiro semestre de
amamentação entre 600 e 900 ml de leite por dia, sendo que, deste volume, 80%
é composto de água. A ingestão de líquidos deve acompanhar esta demanda.

c) Pensando que essas mamães trazem consigo muitas dúvidas, o que você
poderia orientar quando surgir as seguintes perguntas:

a. Meu leite é fraco?

O leite materno é comprovadamente o alimento mais completo que o bebê


pode receber, pois fornece todos os nutrientes, vitaminas e minerais de que ele
precisa para o crescimento durante os primeiros meses. A qualidade do leite da
mulher desnutrida é tão boa quanto a de uma mulher nutrida. Há também a
concepção de que o leite industrializado é mais forte porque o bebê dorme e
engorda mais. O bebê acorda mais rápido quando toma o leite materno porque a
sua digestão é mais rápida do que a do leite de vaca, mas isso não quer dizer que o
leite materno é mais fraco.

b. Estresse e nervosismo atrapalham a produção de leite?

O estresse e o nervosismo podem diminuir a quantidade de leite. Em momentos


como este, a mãe modifica o seu sistema endócrino-imunológico e, com isso, a
quantidade de leite pode diminuir. O recomendado é que a mãe descanse sempre
que possível. Em caso extremo, para dormir bem uma noite, ela pode deixar que
outro responsável dê o leite materno ao bebê em um copinho. Algumas pessoas
acreditam que o estresse pode empedrar o leite, mas não é verdade. Isso acontece
quando a quantidade de leite é maior do que o bebê necessita ou consegue sugar e
se não for ordenhado, o leite fica alojado na mama e acaba empedrando ou até
originando uma mastite.

c. Amamentar dói?
24

Nos primeiros dias após o parto, é normal que a mulher sinta uma dor moderada nos
seios. As mamas estão se preparando para a produção e a descida do leite: é a
apojadura. Durante esse processo inicial, é produzido o colostro, o primeiro leite,
extremamente rico em anticorpos para o bebê.

As mamas ficam maiores, bem cheias e, algumas vezes, quentes. Tantas novidades
no corpo e a sucção do bebê podem provocar um pouco de desconforto ou dor nos
primeiros cinco dias. O processo tende a ser mais rápido quando a amamentação é
feita em livre demanda.

Entretanto, se a dor persistir por mais de uma semana ou os mamilos ficarem muito
machucados, é importante averiguar com o médico a melhor forma de resolver o
problema.

A causa mais comum de dor ao amamentar é a pega incorreta do bebê. Além de


dificultar a saída do leite e comprometer a nutrição da criança, uma pega
inadequada pode machucar os mamilos pelo excesso de fricção.

d. É um método contraceptivo?

A própria amamentação é um método contraceptivo natural, mas apenas quando o


bebê está em aleitamento materno exclusivo e várias vezes ao dia, pois a sucção do
bebê e a produção de leite aumentam a quantidade progesterona, que é um
hormônio que impede a ovulação. Porém, não totalmente seguro, e desta forma, o
médico deve orientar outras formas para se evitar uma gravidez.

e. Expor as mamas ao sol evita rachaduras?

A exposição das mamas ao sol por cerca de 15 minutos diariamente, durante o


período de amamentação, é uma ótima forma de proteger os mamilos e combater as
rachaduras, o horário mais adequado para se exposição é pela manhã, antes das 10
horas ou depois das 16 horas, porque é preciso estar sem protetor solar.

f. A amamentação acelera a perda de peso?

O corpo da mulher vai precisar da gordura conforme seu bebê cresce e demanda
mais leite, ajudando no aceleramento da perda de peso. Ao amamentar, a mulher
perde cerca de 800 calorias por dia. Ou seja, o gasto calórico será aumentado, e
desta forma, com uma alimentação saudável haverá uma perda de peso de acordo
com déficit calórico.

g. A criança deverá mamar a cada 3 horas?

A recomendação do Ministério da saúde é de que a amamentação aconteça em livre


demanda, ou seja, toda vez que o bebê solicitar.

h. É preciso revezar os dois seios para amamentar?

O ideal é deixar o bebê mamar à vontade no primeiro seio. Isso é importante


porque somente depois de alguns minutos o bebê consegue atingir o leite posterior,
25

uma porção rica em açúcar e gordura que ajuda a criança a se saciar mais rápido e
a ganhar peso. Se ele não chega a essa parte, acaba sentindo fome mais
rapidamente e tende a acordar várias vezes ao longo do dia para mamar de novo.
Caso ele se sacie com somente um seio, ela pode fazer a retirada do leite da outra
mama, para não sentir dor, e fazer a doação desse material."

i. Canjica e cerveja preta aumentam a produção de leite?


Hoje, já se sabe que isso não é verdade. A única substância capaz de ajudar na
produção de leite materno é a água.
.

j. Posso oferecer água ou chás aos bebês?

Não se deve oferecer chá, água ou qualquer outro liquido ao bebê antes de 6
meses, se o bebê está mamando no peito exclusivo.

k. É preciso passar pomadas medicinais ou hidratantes para proteger os


mamilos?

O uso de hidratantes pode até afinar o tecido do bico do peito e da aréola (rodela
escura do peito). A mãe deverá espremer um pouco de leite e passar ao redor da
aréola e bico antes e depois de cada mamada, para eliminar bactérias, umedecer e
manter a elasticidade e hidratação da pele, evitando assim a ocorrência de
rachaduras (fissuras).

d) Quais as orientações para as mães que desejam realizar a doação do leite


materno?

A mãe que deseja doar leite humano deve entrar em contato pelo telefone gratuito
08000-268877 ou procurar o Banco de Leite Humano mais próximo da sua casa. A
partir desse contato, é feito um cadastro e uma inscrição no BLH do IFF. Uma vez
cadastrada como doadora, não há necessidade de ir ao Banco de Leite
periodicamente. A coleta pode ser feita em casa, uma vez por semana. O leite,
nesse caso, deve ficar armazenado no recipiente fornecido pelo próprio banco: pote
de vidro com tampa de plástico. O leite materno coletado e processado é destinado
a alimentar bebês prematuros e/ou de baixo peso internados em UTIs Neonatais
durante seis meses.

ANEXO C - 1.3   Atividade C – Unidade Básica de Saúde II

a. Qual o diagnóstico nutricional?


Paciente apresenta IMC 34,1 indicando obesidade grau 1, diagnóstico
de HAS, DM, hipercolesterolemia, trigliceridemia, estado atual acamada,
alimentação com baixo índice nutricional,

b. Qual a avaliação bioquímica da paciente?


Hemoglobina Glicada em 12% - indicando diabetes
Colesterol em 400mg/dl - indicando hipercolesterolemia
26

Triglicerídeos em 1000ml/dl - indicando hipertriglicemia


IMC 34,1 – indicando Obesidade grau 1

c. Qual a análise das 3 refeições da paciente?


Alimentação baseada em carboidratos e açúcares de péssima
qualidade nutricional, com carência extrema de nutrientes como fibras,
vitaminas e sais minerais advindas de frutas, verduras e legumes.

d. Qual a sua proposta de cardápio?


É preciso adequar um cardápio a essa paciente com sua atual
necessidades nutricionais dentro da sua realidade socioeconômica
melhorando a qualidade dos alimentos ingeridos, incluindo frutas, legumes e
verduras diariamente.

e. Quais alternativas propor à paciente para ingerir verduras,


legumes e frutas?
Primeiramente fazer um trabalho de orientação nutricional mostrando a
importância e influencia que os alimentos exercem no controle das doenças e
qualidade de vida. Sugerir que as principais refeições sejam feitas com o arroz,
feijão sempre acompanhadas de legumes e verduras e os lanches da manhã e tarde
sempre inclua uma fruta.

f. Identificando que a paciente está na fase pré-contemplativa,


mas que precisa de maiores cuidados na alimentação, como você realizaria a
abordagem para a mudança dos hábitos alimentares?
Primeiramente, precisamos entender que a mudança comportamental é um
processo, ou seja, não é do dia para a noite. Sendo assim, podemos dividir esse
caminho em 5 fases, sendo a primeira delas a fase Pré-contemplativa. Esta é a fase
em que você nem percebe que precisa mudar um comportamento. Você está tão
imerso nos seus hábitos e rotina que precisa que alguém de diga que algo precisa
mudar, ou de alguma surpresa. É a fase da despreocupação. O paciente não tem
consciência de seu problema e não tem a intenção de modificar o seu
comportamento - apesar de as pessoas a sua volta estarem cientes do problema.
Nesta fase os pacientes só procuram terapia se obrigados; A orientação nutricional
tem um papel fundamental onde o nutricionista pode fazer a abordagem em forma
de orientação, mostrando a importância de uma alimentação saudável para a
promoção da qualidade de vida, saúde e o desenvolvimento da criança. Pode-se
elaborar um cardápio e um plano alimentar com dicas praticas para o dia a dia, uma
alimentação que pode auxiliar muito nas cólicas do bebê, no sono e no crescimento,
proporcionando ganho de peso saudável.

ANEXO D - 1.4   Atividade D – Unidade Básica de Saúde 3

Construir um plano de aula para realizar uma atividade de promoção da alimentação


saudável para crianças de 6-10 anos com diagnóstico de obesidade. Descrever
detalhadamente cada atividade (passo a passo).

Plano de Aula – Educação Alimentar Nutricional Infantil

Publico Alvo: Crianças de 6 a 10 anos.


27

Objetivo: Orientar as crianças sobre hábitos saudáveis e os cuidados com a


alimentação, a importância do equilíbrio e das preferências pela alimentação natural.
Mostrar os perigos produtos industrializados e os riscos que podem acarretar à
nossa saúde.
Desenvolvimento: Durante o encontro de aproximadamente 50 minutos, de início
sondando rapidamente quais as preferencias alimentares das crianças e como são
os hábitos alimentares na rotina da suas famílias e no lanche da escola. Apresentar
a pirâmide alimentar, explicando como os alimentos são divididos, falar sobre
vitaminas e a importância no desenvolvimento infantil.
Metodologia: Aula expositiva dialogada. Mostrar fotos de lanches e guloseimas e a
seu valor calórico, comparando com uma substituição mais saudável. Mostrar foto
do açúcar oculto que não podemos mensurar num pacote de bolachas recheadas ou
no refrigerante por exemplo. Ajudar a criança a entender o conceito da Variedade,
Moderação e do Equilíbrio.
Recursos: Cartaz, papel sulfite, lápis de cor, e giz e lousa.
Avaliação: Como uma forma de avaliação de resultado, pedir às crianças que
desenhem um prato nutricionalmente equilibrado, com alimentos saudáveis, nas
proporções adequadas para o seu desenvolvimento.

b) Como manter a atenção das crianças durante o seu período de atividade?


O nutricionista mediador poderá envolver as crianças criando uma atmosfera
descontraída, onde eles se sintam confortáveis sentando em um grande círculo ou
ferradura. Num clima bastante receptivo, convidamos as crianças a falarem sobre a
sua alimentação, suas dificuldades e a sua rotina. Depois de falarmos um pouco
sobre a alimentação saudável, aplicaremos um jogo de perguntas e respostas sobre
alimentação, para que as crianças se movimentem e trabalhem em equipes. Atentar-
se quanto ao uso do tempo disponível, não se prolongando demais. O processo
educativo deve ser leve, lúdico e descontraído, e quanto mais a criança participar
ativamente, mais significativo é a aquisição do conhecimento.

c) Quais os recursos que você irá utilizar levando em consideração a falta de


recursos financeiros para as atividades?
A criatividade do mediador deve sempre levar em consideração os recursos
financeiros disponíveis para a atividade. Alguns matérias podem ser usados mais de
uma vez, é o caso da pirâmide alimentar que pode ser mostrada para as crianças
através de um cartaz. Folha de papel, giz, lápis de cor, podem ser ferramentas para
que ao final da aula, como uma forma de avaliação de resultado, as crianças
desenhem um prato nutritivo, com alimentos saudáveis e nas proporções adequadas
para o seu desenvolvimento.

d) Pensando na importância do cuidador (pai, mãe, avós ou outra pessoa) na


alimentação, como você poderá orientá-los?
A obesidade infantil é um fator de risco bastante relevante quando falamos na
prevenção às inúmeras doenças não transmissíveis. Segundo a Organização
Mundial de Saúde (2015), a obesidade é considerada um dos maiores problemas de
saúde pública no mundo. Projeta-se para 2025 que cerca de 2,3 bilhões de adultos
estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões de adultos serão obesos. No Brasil,
mais de 50% da população adulta e 15% das crianças estão acima do peso. Desta
forma, nossas escolhas alimentares tem uma relação estreita com a qualidade de
vida e saúde pública. Uma alimentação equilibrada além de influenciar a nossa
28

saúde e longevidade, também pode refletir no nosso humor e a capacidade de


concentração, refletindo seus benefícios também no desempenho acadêmico.
Muitas vezes a família não teve oportunidade de aprender o quanto uma
alimentação saudável pode ser significativa para o desenvolvimento infantil e
humano, assim como para a prevenção de doenças. A educação alimentar infantil
consegue através da criança envolver também os seus cuidadores, e é onde o
nutricionista exerce um papel muito importante de influenciador nessas boas
escolhas. O grande multiplicador da educação alimentar escolar é, sem dúvida, a
própria criança. Ao chegar em casa contando as novidades que aprendeu, acaba
atingindo também todo o seu núcleo familiar. Como forma de incentivo aos novos
hábitos alimentares, podemos ainda entregar ao final do encontro uma receita fácil e
prática para substituir o sal por temperos saudáveis. Uma atividade para fazer em
conjunto com a família e ajudar na prevenção da hipertensão arterial.

Você também pode gostar