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Lieza Paulo dores

Isaltina Diniz

Sidónia Alfândega

Vicente Xavier

Wisiman João

Licenciatura em Ensino de Biologia com Habilitações em Química

1º Ano

Práticas pedagógicas gerais no processo de formação de professores

Universidade Púnguè

Extensão de Tete

2021
2
Lieza Paulo dores

Isaltina Diniz

Sidónia Alfândega

Vicente Xavier

Wisiman João

Tema: Práticas pedagógicas gerais no processo de formação de professores

II GRUPO

O presente trabalho é de Práticas


Pedagógicas Gerais e será submetido
na plataforma cedis da universidade
Púnguè no departamento de ciências
exatas e matemáticas como avaliação
parcial sob orientação de

Docente: Dr. Beldimiro Chiposse

Universidade Púnguè
Extensão de Tete
2021
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Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 5

1.1 Objectivos ................................................................................................................................. 5

1.2.2. Metodologia .......................................................................................................................... 5

1. A Escola e seus componentes Organizacionais ....................................................................... 6

2.1. Organização e funcionamento da Escola ................................................................................. 6

2.2. Professor e a Escola, e suas funções ........................................................................................ 7

2.2.1. Professor e suas funções ....................................................................................................... 7

2.2.2. O bom professor .................................................................................................................... 8

2. Métodos e técnicas de recolha de dados .................................................................................. 9

2.1. Técnicas de recolha de dado ................................................................................................ 9

3.2. Técnicas Não-Documentais ................................................................................................... 10

3.2.1. Observação .......................................................................................................................... 10

3.3. A entrevista ............................................................................................................................ 10

3.3.1. O questionário ..................................................................................................................... 11

3.3.2. Testes .................................................................................................................................. 11

3.3.3. Técnicas Documentais ........................................................................................................ 11

3. História de Vida ..................................................................................................................... 12

4.1. A análise documental ............................................................................................................. 12

4.2. Técnicas e formas de análise de documentos e informação .................................................. 12

4. Sistema Nacional de Educação .............................................................................................. 13

5.1 Princípios Gerais ................................................................................................................ 13

5.2 Princípios pedagógicos ........................................................................................................... 14

5.3. Objectivos gerais .................................................................................................................... 14

6. Estrutura do Sistema Nacional de Educação ............................................................................ 15


4

6.1 Subsistemas do SNE ............................................................................................................... 15

6.2 Subsistema de Educação Pré-Escolar ..................................................................................... 16

6.3. Subsistema de Educação Geral .............................................................................................. 16

6.4. Subsistema de Educação de Adultos...................................................................................... 18

6.5. Subsistema de educação profissional ..................................................................................... 18

6.5. Subsistema de educação e formação de professores .............................................................. 19

6.6. Subsistema de Ensino Superior .............................................................................................. 20

6.6.1 Educação Especial ............................................................................................................... 21

6.6.2 Educação Vocacional ........................................................................................................... 21

6.6.3. Educação a distância ........................................................................................................... 22

6.6.4. Gestão do Sistema Nacional de Educação .......................................................................... 22

6.6.5. Direcção e Administração ................................................................................................... 22

7. Conclusão.................................................................................................................................. 23

8. Bibliografia ............................................................................................................................ 24
5

1. Introdução
O presente trabalho circunscreve-se no âmbito do cumprimento do plano curricular do curso de
Licenciatura em Biologia com habilitação em Química na cadeira de Praticas Pedagógicas Gerais,
tem como objecto de estudo em questão; A escola e seus componentes Organizacionais, Método
e técnicas de recolha de dados escolar e seus componentes organizacionais significa falar de uma
organização sistémica aberta, isto é, em um conjunto de elementos (pessoas, com diferentes
papéis, estrutura de relacionamento, ambiente físico, etc.) que interagem e se influenciam
mutuamente, desta forma, qualquer mudança em qualquer dos elementos da escola produz
mudança nos outros elementos, mudança essa que provoca novas mudanças no elemento
iniciador, e assim sucessivamente. Por outro lado mencionar os métodos e técnicas de colecta de
dados no presente estudo é crucial pois são ferramentas de máxima importância para incrementar
o conhecimento e, deste modo, promover o progresso científico permitindo ao Homem um
relacionamento mais eficaz com o seu ambiente, atingindo os seus fins e resolvendo os seus
conflitos, através de recolhas de dados e das, sistemáticas e respectiva interpretação de dados.
Também abordamos neste trabalho acerca do sistema nacional de educação, neste contexto, nos
iremos desenvolver os conteúdos, que fazem parte do sistema nacional de educação, priorizando
de forma ordeira e óptica, os assuntos essenciais do sistema nacional de educação, conhecer
como o sistema nacional de educação vária, sua constituição. E neste trabalho também irão
constar os objectivos gerais da nossa pesquisa sobre o sistema nacional de educação.

1.1 Objectivos
1.2. Geral
 Conhecer a Escola e seus componentes organizacionais

1.2.1 Objectivos Específicos


 Caracterizar a organização e o funcionamento escolar.
 Descrever as técnicas de recolha de dados.
 Identificar as funções do professor.
 Apresentar o significado do bom professor
 Compreender a organização da escola
 Compreender o sistema nacional de educação
 Conhecer os objectivos do sistema nacional da educação

1.2.2. Metodologia
Para o efeito do presente trabalho recorremos ao método de pesquisa bibliográfica como o
método crucial para a concretização do mesmo.
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1. A Escola e seus componentes Organizacionais


Toda instituição necessita de uma estrutura de organização interna, a escola também é uma
instituição e por isso também tem uma estrutura organizacional, geralmente prevista no
regulamento Escolar ou em legislação específica estadual. Essa estrutura é comummente
representada geralmente num organograma, um tipo de gráfico que mostra a inter-relações entre
os vários sectores e funções de uma organização ou serviço. O Regulamento geral do ensino
básico apresenta a seguinte estrutura organizativa (REGEB,2011)

2.1. Organização e funcionamento da Escola


Nas escolas funcionam os seguintes: Órgãos Executivos:

 Direcção de escola; a Direcção de escola é um órgão directivo composto pelo Director


da escola, Director adjunto da Escola, Chefe de Secretaria, e Chefe de Internato.

 Colectivo de Direcção; o colectivo de direcção é um órgão consultivo, composto pelo


Director, Director, Adjunto Pedagógico, Chefe de Secretaria, Chefe do Internato.

São órgãos de consulta da Escola.

Conselho de Escola; O conselho da escola é o órgão máximo do estabelecimento e tem como


funções: ajustar as diretrizes e metas estabelecidas a nível central, e local, à realidade da escola;
garantir a gestão democrática, solidária e com responsável do Conselho da Escola fazem parte:

 Director da escola; representante dos professores; representante do pessoal


administrativo;

 Representante dos pais/ encarregados de educação; representante da comunidade;


representante dos alunos.

Compete ao Conselho da Escola:

 Aprovar o plano de desenvolvimento da escola e garantir a sua implementação;

 Aprovar o plano anual da escola e garantir a sua implementação;

 Aprovar o regulamento interno da escola e garantir a sua aplicação.

Conselho Pedagógico; O Conselho Pedagógico é o órgão de apoio técnico, científico e


metodológico do Director da Escola em matéria pedagógica.

O conselho Pedagógico:

 Director da escola; Director-Adjunto Pedagógico; Coordenadores de Ciclos;


Coordenadores de áreas.
7

Compete ao Conselho Pedagógico:

 Organizar o processo docente, metodológico e educativo;

 Garantir e controlar a aplicação dos programas, das metodologias de ensino e da


avaliação da aprendizagem superiormente definidas;

 Assegurar o cumprimento das normas de organização, avaliação e direcção escolar no


estabelecimento;

 Analisar o aproveitamento dos alunos e turmas e recomendar as medidas que se


revelarem necessárias;

Assembleia Geral da Escola; A Assembleia Geral é um órgão de consulta e de informação global


promovida pelo Director da instituição que a preside, coadjuvado pelos restantes membros da
Direcção ( REGEB, 2011).

Compõem a Assembleia Geral :

 Os membros do Conselho de Escola; os membros da Direcção; as autoridades


locais(Líder Comunitário, Secretário de bairro, Autoridade Tradicional e outros); os
professores; os alunos; outros trabalhadores da instituição.

Assembleia Geral da Turma; A Assembleia Geral de Turma é uma reunião convocada e


dirigida pelo Director de Turma onde participam os pais/encarregados de educação, os
professores, os alunos e outros intervenientes do Processo de Ensino e Aprendizagem, se
necessário ( REGEB, 2011).

Conselho Geral de Turma; O Conselho de Turma é o órgão que contempla a organização,


acompanhamento e avaliação da aprendizagem e comportamento dos alunos, elaborando
estratégias para o sucesso educativo e escolar dos alunos. O Conselho de Turma é constituído por
todos os professores da turma, pelos representantes dos alunos (chefe e adjunto chefe), pelo
representante dos pais e encarregados de educação dos alunos da turma. (REGEB,2011).

2.2. Professor e a Escola, e suas funções

2.2.1. Professor e suas funções


São várias as funções desempenhadas pelos professores no contexto escolar. Deste modo
encontra-se presente, abaixo, as várias funções do professor: Conteúdo funcional – estatuto da
carreira docente (Decreto-Lei n.º 75/2011), apud (REGEB, 2011)

São funções do pessoal docente numa forma geral:

 Leccionar as disciplinas, matérias e cursos;


8

 Planear, organizar e preparar as actividades lectivas dirigidas à turma ou grupo de alunos


nas áreas disciplinares ou matérias que lhe sejam distribuídas;

 Conceber, aplicar, corrigir e classificar os instrumentos de avaliação das aprendizagens e


participar no serviço de exames e reuniões de avaliação;

 Elaborar recursos e materiais didáctico-pedagógicos e participar na respectiva avaliação;

 Promover, organizar e participar em todas as actividades complementares, curriculares e


extracurriculares, incluídas no plano de actividades ou projecto educativo da escola,
dentro e fora do recinto escolar;

 Organizar , assegurar e acompanhar as actividades de enriquecimento curriculardos


alunos;

 Assegurar as actividades de apoio educativo, executar os planos de acompanhamento de


alunos determinados pela administração educativa e cooperar na detecção e
acompanhamento de dificuldades de aprendizagem;

 Acompanhar e orientar as aprendizagens dos alunos, em colaboração com os respectivos


pais e encarregados de educação;

 Facultar orientação e aconselhamento em matéria educativa, social e profissional dos


alunos, em colaboração com os serviços especializados de orientação educativa;

 Participar nas actividades de avaliação da escola;

 Orientar a prática pedagógica supervisionada a nível da escola;

 Organizar e participar , como formando ou formador , em acções de formação contínua e


especializada;

 Desempenhar as actividades de coordenação administrativa e pedagógica.

2.2.2. O bom professor


Desde sempre houve a preocupação de identificar o perfil do professor ideal, ou seja, do “bom”
professor, e de descobrir as técnicas e os métodos de intervenção pedagógica mais eficazes. A
verdade é que não existe, apesar de tudo, um consenso universal relativamente à ideia do que se
possa considerar um bom professor. Um inquérito realizado sobre o bom professor, por um
grupo de estudantes da Universidade de Aveiro (FERNANDES, 1980), com 300 alunos da
escola primária, do ciclo e do secundário e algumas dezenas de futuros professores, revelou que:

Alunos do Ensino Básico (escola primária e ciclo); “Um bom professor é um professor que
ensina bem e não bate, também ensina a brincar e não a castigar os meninos e as meninas.” um
9

bom professor é aquele que explica as coisas e nós entendemos, porque ele é calmo e explica
tudo, sem ralhar e sem bater, de modo a que os alunos percebam; um bom professor explica bem
toda a matéria de maneira a que todos os alunos compreendam bem. Não bate com violência, não
castiga nem envergonha os alunos.

Alunos do Ensino Secundário; um bom professor é aquele que é capaz de manter a ordem, a
disciplina na aula com diálogo entre ele e os alunos, sem violências, que dá a matéria uma
seguida da outra e só quando todos os alunos souberem é que avança , não faz distinções entre os
alunos; “Um bom professor nunca deve desprezar os alunos pobres e envergonhá-los frente aos
colegas, deve avaliar os alunos, tendo em conta o seu comportamento, trabalho e inteligência e
não olhar às famílias, amizades etc. Em síntese, parece que aspectos como relação
professor/aluno e interesse e compreensão dos professores, associados às características pessoais
destes (firme, disciplinador, justo, amigo, sempre disponível para ajudar) são características a ter
em atenção na formação contínua desses profissionais.

2. Métodos e técnicas de recolha de dados


O debate acerca do papel do pesquisador e suas técnicas de investigação prepara o terreno para a
discussão das questões envolvidas na colecta de dados. Os passos dessa colecta incluem recolher
informações através de observações e entrevistas, documentos e materiais visuais, bem como
estabelecer protocolos para registar e produzir informações.

Os dados são o resultado final dos processos de observação e experimentação. Sendo assim, a
colecta de dados é um procedimento lógico da investigação empírica que consiste em seleccionar
técnicas de recolha e tratamento da informação adequadas, ponderando a sua utilização para fins
específicos.

2.1. Técnicas de recolha de dado


Antes de entrarmos em cada uma das técnicas que apresentaremos abaixo, é preciso mencionar
que há adequações procedimentais quanto ao tipo de dado, podendo ser qualitativo/quantitativo
ou documental/não-documental. Essas diferenças implicam processos distintos em uma
investigação científica. Antes de entrar em campo, os pesquisadores planejam sua colecta de
dados. A proposta deve identificar que tipo de dados o pesquisador vai registar e os
procedimentos para registrá-los.

 Dados qualitativos: “Os dados qualitativos representam a informação que identifica


alguma qualidade, categoria ou característica, não susceptível de medida, mas de
classificação, assumindo várias modalidades.” (MORAIS, 2010, p. 8).

 Dados quantitativos: “Os dados quantitativos representam informação resultante de


características susceptíveis de serem medidas, apresentando-se com diferente
10

sintensidades, podendo ser de natureza descontínua (ou discreta) ou contínua.”


(MORAIS,2010, p. 9)

3.2. Técnicas Não-Documentais

3.2.1. Observação
A observação é sistematicamente organizada em fases, aspectos, lugares e pessoas, relaciona-se
com proposições e teorias sociais, perspectivas científicas e explicações profundas e é submetida
ao controle de veracidade, objectividade, viabilidade e precisão. (AIRES, 2015). O método de
recolha de dados por observação é um método em que o investigador observa os participantes no
seu ambiente natural ou contextos “artificiais” criados para o efeito, como os laboratórios.

Observação Quantitativa: Neste caso, o processo de recolha de dados é completamente


normalizado, tudo é planejadamente regularizado (quem e o que se observa), existindo grelhas
padronizadas de registro, como na utilização de procedimentos de amostragem ou de ocorrência
de determinado comportamento.

Observação Qualitativa: Este tipo de abordagem tem um carácter mais exploratório e aberto no
acto do investigador efetuar anotações de campo, ou seja, uma observação não-estruturada.

3.3. A entrevista
A entrevista compreende o desenvolvimento de uma interacção de significados em que as
características pessoais do entrevistador e do entrevistado influenciam decisivamente em seu
curso: “A entrevista nasce da necessidade que o investigador tem de conhecer o sentido que os
sujeitos dão aos seus actos e o acesso a esse conhecimento profundo e complexo é proporcionado
pelos discursos enunciados pelos sujeitos.” (AIRES, 2015, p. 29)

Trata-se de um recurso delicado, em que o entrevistador tem de conseguir criar uma atmosfera
de confiança com o entrevistado, caso contrário, os resultados obtidos vão ter pouca
credibilidade.

Entrevistas Quantitativas: São entrevistas padronizadas ou estruturadas, que usam questões


fechadas em que o entrevistado tem um protocolo de entrevista que é aplicado a todo sos
participantes. Nesse caso, o protocolo de entrevista é muito semelhante a um questionário,sendo
que a principal diferença é que as questões são lidas pelo entrevistador (típico nas entrevistas
presenciais ou telefónicas).

Entrevista Qualitativa: São entrevistas baseadas em perguntas abertas, podendo estas dividirem-
se em 3 tipos: conversação informal (mais ou menos estruturada), guia de entrevista/semi-
estruturada (inclui um protocolo, que não tem de ser aplicado de forma ordenada), aberta
padronizada, em que a formulação das questões pode ser alterada, bastando para tanto que se
extraia as visões e as opiniões dos participantes. Ou seja, não se trata de um simples registro de
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falas já que “o papel do entrevistador deve ser reflexivo, pois a renegociação permanente das
regras implícitas ao longo da interacção conduz à produção de um discurso polifónico.” (AIRES,
2015, p. 32).

3.3.1. O questionário
O questionário, um dos métodos mais usados na área dos estudos educacionais, é um
instrumento de recolha de dados por meio de um número limitado de perguntas que são auto
preenchidas pelos participantes. Normalmente, o que se deseja medir é o nível de concordância
ou não concordância à afirmação. O formato típico das escalas de Likert é constituído por 5
níveis:

1. Não concordo totalmente

2. Não concordo parcialmente

3. Indiferente

4. Concordo parcialmente

5. Concordo totalmente

3.3.2. Testes
Esta técnica de recolha de dados está relacionada com a investigação quantitativa, uma vez que
os objectivos deste tipo de investigação se concentram principalmente com a “testagem” de
hipóteses e de correlações estatísticas e causais entre fatos. É considerada uma técnica poderosa,
visto que existem inúmeros testes validados, de domínio público, que permitem a recolha de
dados numéricos. O recurso a esta técnica incluem testes, cujas características apresentam pontos
em comum, nomeadamente as medidas padronizadas, como nos testes de aptidão e de
personalidade.

3.3.3. Técnicas Documentais


Segundo L. Aires, podemos levantar dois tipos de documentos a serem pesquisados para a
recolha de dados: os documentos oficiais e os documentos pessoais. Os documentos oficiais
proporcionam “informação sobre as organizações, a aplicação da autoridade, o poder das
instituições educativas, estilos de liderança, forma de comunicação com os diferentes actores da
comunidade educativa, etc. Já os documentos pessoais integram as narrações produzidas pelos
sujeitos que descrevem as suas próprias acções, experiências, crenças, etc.” (AIRES, 2015, p. 42)
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3. História de Vida
A história de vida é um tipo de relato que apresenta um carácter geral e é suscitada pelo
investigador para fazer “uma análise da realidade vivida pelos sujeitos, conhecer a cultura de um
grupo humano ou compreender aspectos básicos do comportamento humano e das instituições.”
(AIRES, 2015, p. 41). As fases mais importantes de análise da informação são:

1) depois de produzidos e registados, os relatos são transcritos e analisados;

2) através da leitura do documento, o protagonista corrige, completa e interpreta a sua narrativa


sob a orientação do investigador e a seguir, auto-critica-a.” (AIRES, 2015, p. 41-42).

4.1. A análise documental


A análise documental, segundo L. Aires, nos remete à conexão interativa de três tipos de
actividades: redução, exposição e extração de conclusões: “A redução de dados implica a seleção,
focalização, abstração e transformação da informação bruta para a formulação de hipóteses de
trabalho ou conclusões. A redução de dados realiza-se constantemente ao longo de toda a
investigação. Estes dados podem ser reduzidos e transformados, quantitativa ou qualitativamente,
de forma diferente. Neste último caso, utilizam-se códigos, resumos, memorandos, metáforas,
etc.” (AIRES, 2015, p. 46). Nesse sentido, a técnica da análise documental é caracterizada por
um processo dinâmico ao permitir representar o conteúdo documental de uma forma distinta da
original, gerando assim um novo documento. Ou seja, essa técnica permite criar uma informação
nova (secundária) fundamentada no estudo das fontes de informação primária, em um processo
que relaciona a descrição bibliográfica, a classificação, a elaboração de anotações e de resumos,
e a transcrição técnico-científica.

4.2. Técnicas e formas de análise de documentos e informação


Os procedimentos básicos da análise dos dados são:

Seleção: Exame minucioso dos dados. Verificação crítica que tem por finalidade detectar falhas
ou erros, evitando informações confusas, distorcidas, incompletas, que podem prejudicar o
resultado da pesquisa, como a grande quantidade de dados desordenados e as instruções mal
compreendidas;

Codificação: Operação utilizada para classificar os dados que se relacionam. Com a codificação,
os dados são transformados em símbolos, podendo depois ser tabelados e contados (atribuição de
códigos, números e letras);

Tabulação: Disposição dos dados em tabelas, quadros e gráficos para facilitar a verificação das
inter-relações entre eles.

Análise: Actividade intelectual que busca dar um significado amplo às respostas, vinculando-se
a outros conhecimentos e teorias. Em outras palavras, trata-se da exposição e interpretação do
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significado do material apresentado. É preciso ressaltar que a validação dos dados de pesquisa
ocorre em cada um desses procedimentos básicos. São eles que vão proporcionar a precisão e a
credibilidade dos resultados de análise.

4. Sistema Nacional de Educação


Conjunto de entidades que interatuam e cooperam, seguindo os princípios, regras e
procedimentos da qualidade nacional e internacionalmente aceites, e que integra os
subsistemas de normalização, metrologia, avaliação da conformidade, acreditação,
regulamentos técnicos e medidas sanitárias e fitossanitárias.

Lei n.º 18/2018 de 28 de Dezembro

Havendo necessidade de proceder à revisão da Lei sobre o Sistema Nacional de Educação ao


abrigo do disposto no número 1, do artigo 178 da Constituição da República, a Assembleia da
República determina:

ARTIGO 1

1. A presente Lei estabelece o regime jurídico do Sistema Nacional de Educação na República de


Moçambique, abreviadamente designado por SNE.
2. A presente Lei aplica-se à todas as instituições de ensino públicas, comunitárias, cooperativas
e privadas que implementam o Sistema Nacional de Educação.

ARTIGO 3

5.1 Princípios Gerais


O SNE orienta-se pelos seguintes princípios gerais:
a) Educação, cultura, formação e desenvolvimento humano equilibrado e inclusivo é
direito de todos os moçambicanos;
b) Educação como direito e dever do Estado;
c) Promoção da cidadania responsável e democrática, da consciência patriótica e dos
valores da paz, diálogo, família e ambiente;
d) Promoção da democratização do ensino, garantindo o direito a uma justa e efetiva
igualdade de oportunidades no acesso e sucesso escolar dos cidadãos;
e) Organização e promoção de ensino, como parte integrante da acção educativa, nos
termos definido na Constituição da República visando o desenvolvimento sustentável,
preparando integralmente o Homem para intervir ativamente na vida política, económica
14

e social, de acordo com os padrões morais e éticos aceites na sociedade, respeitando os


direitos humanos, os princípios democráticos, cultivando o espírito de tolerância,
solidariedade e respeito ao próximo e às diferenças;
f) Inclusão, equidade e igualdade de oportunidades no acesso à educação;
g) Laicidade e o apartidarismo do SNE.

ARTIGO 4

5.2 Princípios pedagógicos


O processo educativo orienta-se pelos seguintes princípios pedagógicos:
a) Desenvolvimento das capacidades e da personalidade de forma harmoniosa, equilibrada e
Constante, que confira uma formação integral e de qualidade;
b) Desenvolvimento da iniciativa criadora da capacidade de estudo individual e de assimilação
crítica dos conhecimentos;
c) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
d) Ligação do estudo ao trabalho produtivo e socialmente útil, como forma de aplicação dos
conhecimentos científicos a produção e de participação no esforço para o desenvolvimento
económico e social do País;
e) Dotação do indivíduo de conhecimentos que lhe permitam aprender a ser, aprender a viver
juntos e com os outros;

f) Inclusão, equidade e igualdade de oportunidades em todos os subsistemas de ensino e na


aprendizagem de alunos com necessidades educativas especiais;
g) Ligação entre a escola e a comunidade, em que a escola participa activamente na dinamização
do desenvolvimento socioeconómico e cultural da comunidade e recebe desta a orientação
necessária para a realização de ensino e formação que respondam às exigências do
desenvolvimento do País;
h) Desenvolvimento de actividades e medidas de apoio e complementos educativos, visando
contribuir para a igualdade de oportunidades de acesso à educação e ao sucesso escolar.

ARTIGO 5

5.3. Objectivos gerais


São objectivos gerais do SNE:
a) Erradicar o analfabetismo de modo a proporcionar a todo moçambicano o acesso ao
conhecimento científico e tecnológico, bem como o desenvolvimento pleno das suas capacidades
e a sua participação em vários domínios da vida do País;
b) Garantir a educação básica inclusiva a todo cidadão de acordo com o desenvolvimento do País,
através da introdução progressiva da escolaridade obrigatória;
15

c) Assegurar a todo cidadão o acesso à educação e à formação profissional;


d) Garantir elevados padrões de qualidade de ensino e aprendizagem;
e) Formar o cidadão com uma sólida preparação científica, técnicas, cultural e física sólida e
elevada educação moral, ética, cívica e patriótica;
f) Promover o uso de novas tecnologias de informação e comunicação;
g) Formar o professor como educador e profissional consciente com profunda preparação
científica, pedagógica, ética, moral capaz de educar a criança, o jovem e o adulto com valores da
moçambicanidade;
h) Formar cientistas e especialistas devidamente qualificados que possam permitir o
desenvolvimento tecnológico e investigação científica;
i) Desenvolver a sensibilidade técnica e capacidade artística da criança, do jovem e do adulto,
educando-os no amor pelas artes e gosto pelo belo;
j) Valorizar as línguas, cultura e história moçambicanas com o objectivo de preservar e
desenvolver o património cultural da nação;

k) Desenvolver as línguas nacionais e a língua de sinais, promovendo a sua introdução


progressiva na educação dos cidadão, visando a sua transformação em língua de acesso ao
conhecimento científico e técnico, à informação bem como de participação nos processos de
desenvolvimento do País;
l) Desenvolver o conhecimento da língua portuguesa como língua oficial e meio de acesso ao
conhecimento científico e técnico bem como de comunicação entre os moçambicanos com o
mundo;
m) Promover o acesso à educação e retenção da rapariga, salvaguardando o princípio de
equidade de género e igualdade de oportunidades para todos.

6. Estrutura do Sistema Nacional de Educação

ARTIGO 9

6.1 Subsistemas do SNE


O SNE é constituído pelos seguintes subsistemas:
a) Subsistema de Educação Pré-Escolar;
b) Subsistema de Educação Geral;
c) Subsistema de Educação de Adultos;
d) Subsistema de educação profissional;
e) Subsistema de Educação e Formação de Professores;
f) Subsistema de Ensino Superior
16

6.2 Subsistema de Educação Pré-Escolar

ARTIGO 10

Características e objectivos

1. A educação pré-escolar é a que se realiza em creches e jardins de-infância para crianças com
idade inferior a 6 anos, como complemento da acção educativa da família com a que
asinstituições cooperam estreitamente.
2. São objectivos de educação Pré-Escolar:
a) Estimular o desenvolvimento psíquico, físico e intelectual da criança;
b) Contribuir para a formação da personalidade da criança;
c) Integrar a criança num processo harmonioso de socialização favorável para o pleno
desabrochar das suas aptidões e capacidades;
d) Preparar a prontidão escolar da criança.
3. A rede da Educação Pré-Escolar é constituída por instituições criadas por iniciativa pública,
comunitária e privada.
4. A frequência da Educação Pré-Escolar não condiciona o acesso ao ensino primário.

6.3. Subsistema de Educação Geral


ARTIGO 11
(Características e objectivos)
1. O Subsistema de Educação Geral é o eixo central do SNE que confere a formação integral
base para o ingresso em cada nível subsequente dos diferentes subsistemas.
2. Os níveis e conteúdos do presente subsistema constituem ponto de referência para todo o SNE.
3. O Subsistema de Educação Geral compreende:
a) Ensino Primário;
b) Ensino Secundário.
4. São objectivos da Educação geral:
a) Proporcionar o acesso ao ensino de base ao cidadão, contribuindo de modo a garantir a
igualdade de oportunidades de acesso aos sucessivos níveis de ensino e ao trabalho;
b) Garantir uma formação integral ao cidadão para que adquira e desenvolva conhecimentos e
capacidades intelectuais, físicas e uma educação estética e ética;
c) Assegurar uma formação que responda às necessidades materiais e culturais do
desenvolvimento económico e social do País, nomeadamente:
I. Conferir ao cidadão conhecimentos, desenvolvendo nele capacidades, hábitos e atitudes
necessários à compreensão e participação na transformação da sociedade;
Ii. Preparar o cidadão para o estudo e trabalho independentes, desenvolvendo as suas
capacidades
17

iii. Desenvolver uma orientação vocacional que permita a harmonização entre as necessidades do
País e as aptidões individuais.

d) Detectar e incentivar aptidões, habilidades e capacidades especiais, nomeadamente,


intelectuais, técnicas, artísticas, desportivas e outras.

ARTIGO 12
(Ensino Primário)
1. O ensino primário é o nível inicial de escolarização da criança na aquisição de conhecimentos,
habilidades, valores e atitudes fundamentais para o desenvolvimento harmonioso da sua
personalidade.
2. São objectivos do ensino primário:
a) Proporcionar uma formação inicial nas áreas da comunicação, ciências sociais, ciências
naturais, matemática, educação física, estética e cultura;
b) Desenvolver conhecimentos socialmente relevantes, técnicas básicas e aptidões de trabalho
manual, atitudes e convicções que proporcionem maior participação social para o ingresso na
vida produtiva.
3. O Ensino Primário realiza-se em duas modalidades:
a) Modalidade monolingue, em língua portuguesa;
b) Modalidade bilingue em uma língua moçambicana, incluindo a língua de sinais e em língua
portuguesa.
4. O Ensino primário compreende seis classes, organizadas em dois ciclos de aprendizagem:
a) 1.° Ciclo, 1.ª a 3.ª classe;
b) 2.° Ciclo, 4.ª a 6.ª classe.
ARTIGO 13
(Ensino Secundário)
1. O Ensino Secundário é o nível pós-primário em que se ampliam e aprofundam os
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes para o aluno continuar os seus estudos, se inserir
na vida social e no mercado de trabalho.
2. São objectivos do ensino secundário:
a) Desenvolver, ampliar e aprofundar a aprendizagem do aluno nas áreas de comunicação,
ciências sociais, ciências naturais, matemática e actividades práticas e tecnológicas;
b) Desenvolver o pensamento lógico, abstracto e a capacidade na resolução de problemas da vida
real;
c) Levar o aluno a assumir a posição de agente transformador do mundo, da sociedade e do
pensamento.
3. O Ensino Secundário compreende seis classes organizadas em dois ciclos de aprendizagem:
a) 1.° Ciclo, da 7.ª a 9.ª classe;
b) 2.° Ciclo, da 10.ª a 12.ª classe
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6.4. Subsistema de Educação de Adultos


ARTIGO 14
(Características e objectivos)
1. A Educação de adultos é o subsistema em que se realiza a alfabetização e educação para o
jovem e adulto, de modo a assegurar uma formação científica geral e o acesso aos vários níveis
de educação técnico profissional, ensino superior e formação de professores.
2. A formação conferida por este subsistema corresponde à que é dada pelo subsistema de
educação geral, devendo ser adequada às necessidades de desenvolvimento socioeconómico do
País e é realizada com base na experiencia social e profissional do jovem e, tendo em conta os
princípios andragógicos.
3. O Subsistema de Educação de Adultos compreende:
a) O ensino primário;
b) O ensino secundário.
4. São objectivos da educação de adultos:
a) Assegurar o acesso à educação do jovem e do adulto que não tenham tido a oportunidade de
efectuar os estudos na idade regular;
b) Proporcionar formação científica geral que confira competências necessárias para o
desenvolvimento integral, sentido de responsabilidade individual e colectiva e aprendizagem ao
longo da vida.
5. Tem acesso ao ensino de adultos:
a) O indivíduo com idade a partir dos 15 anos, para nível do ensino primário;
b) O indivíduo com idade a partir dos 18 anos, para o nível do ensino secundário.
6. A educação de adultos realiza-se em duas modalidades, a monolingue e a bilingue.

6.5. Subsistema de educação profissional

ARTIGO 15

Características e objectivos
1. A educação profissional constitui o principal instrumento para a formação profissional da
força de trabalho qualificada, necessária para o desenvolvimento económico e social do País.
2. A educação profissional compreende ː
a) Ensino técnico profissional;
b) Formação profissional;
c) Formação profissional extra – institucional;
d) Ensino superior profissional;
3. São objectivos da educação profissional ː
a) Desenvolver as capacidades da força de trabalho através deː
i. Introdução de métodos, currículo e modalidades de formação que respondam às necessidades
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do mercado do trabalho;
ii. Melhoria das competências profissionais dos trabalhadores, das suas perspectivas de trabalho
e mobilidade laboral;
iii. Aumento da produtividade e competitividade das empresas;
Iv. Promoção do auto-emprego.
b) Promover a participação do formando em estágios curriculares no local de trabalho;
c) Promover a equidade de género, através do aumento da taxa de participação da rapariga e da
mulher nos programas de educação profissional;

d) Estimular a participação dos trabalhadores em acções de formação profissional;

e) Melhorar as perspectivas de empregabilidade e de emprego dos formandos e graduado da


educação profissional;
f) Aumentar os níveis de investimento na educação profissional e incrementar o retorno sobre
esse investimento;
g) Incentivar o empregador a:
i. Utilizar o local de trabalho como um ambiente activo de aprendizagem;
ii. Proporcionar ao trabalhador a oportunidade de adquirir novas competências;
iii. Fornecer oportunidades ao recém-formado para adquirir experiência laboral.
h ) garantir a qualidade e relevância da educação profissional no mercado de trabalho.

6.5. Subsistema de educação e formação de professores

ARTIGO 16

Características e objectivos
1. O Subsistema de Educação e Formação de Professores regula a formação de professores para
os diferentes subsistemas.
2. São objectivos do Subsistema de Educação e Formação de Professores:
a) Assegurar a formação integral do professor, capacitando-o para assumir a responsabilidade de
educar e formar a criança, o jovem e o adulto;
b) Psicopedagógica, didáctica, ética e deontológica;
c) Proporcionar uma formação que, de acordo com a realidade social, estimule uma atitude
simultaneamente, reflexiva, critica e actuante.

3. A educação e formação de professores compreendem:


a) A Educação e Formação de Professores param o ensino pré-escolar;
b) A Educação e Formação de Professores param o ensino primário;
c) A Educação e Formação de Professores para o ensino secundário;
d) A Educação e Formação de Professores para o ensino técnico profissional;
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e) A Educação e Formação de Professores para a educação de adultos.


f) Educação e Formação de Professores para o ensino superior.
4. A educação e formação de professores para os diferentes subsistemas de educação são
ministradas por instituições de ensino legalmente criadas.
5. Compete ao Ministério que tutela a área da Educação:
a) Definir as normas gerais da educação e formação de Professores;
b) Apoiar e fiscalizar o cumprimento das normas gerais da educação e formação de professores;
c) Definir os critérios e normas para a abertura, funcionamento e encerramento de
estabelecimento de educação e formação de professores.

ARTIGO 17

6.6. Subsistema de Ensino Superior


Características e objectivos
1. Ao Ensino Superior compete assegurar a formação ao nível mais alto nos diversos domínios
do conhecimento técnico, científico e tecnológico necessário ao desenvolvimento do pais.

2. O ensino superior destina-se aos graduados da 12.ª classe do ensino geral ou equivalente.
3. São objectivos do ensino superior:
a) Formar, nas diferentes áreas do conhecimento, técnicos e científicas com elevado grau de
qualificação;
b) Incentivar a investigação científica, tecnológicas e cultural como meio de formação, de
solução dos problemas com relevância para a sociedade, desenvolvimento do pais, Contribuindo
para património científico da comunidade a sociedade;
c) Assegurar a ligação ao trabalho em todos os sectores e ramos de actividade económica e social,
como meio d formação técnica profissional do estudante;
d) Realizar actividades de extensão, através da difusão e intercâmbio do conhecimento técnico
científico e outras;
e) Realizar ações de atualização dos profissionais graduados pelo ensino superior;
f) Desenvolver acções de pós-graduação tendentes ao aperfeiçoamento científico e técnico dos
docentes e dos profissionais de nível superior, em serviço nos vários ramos e sectores de
actividades;
g) Formar docentes, investigadores e cientistas necessários a funcionamento do ensino e
investigação
h) Difundir valores éticos e deontológicos e prestar serviço a comunidade;
j) Promover acções de intercâmbio científico, técnico, cultural, desportivo e artístico, com
instituições nacionais e estrangeiras;
k) Reforçar a cidadania e unidade nacional;
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l) Criar e promover nos cidadãos a intelectualidade o sentido do estado;


4. O ensino superior confere os graus estabelecidos em legislação.

5. O ensino superior rege se por legislação específica

6.6.1 Educação Especial

ARTIGO 18

Características e objectivos
1. A Educação Especial é um conjunto de serviços pedagógicos educativos, transversais a todos
os subsistemas de educação, de apoio e facilitação da aprendizagem de todo o aluno incluindo
daquele que tem necessidades educativas especiais de natureza física, sensorial, mental múltiplas
e outras, com base nas suas características individuais com o fim de maximizar o seu potencial.
2. É objectivo da educação especial proporcionar à criança, jovem e adulto uma formação em
todos os subsistemas de educação e a capacitação vocacional que permita a sua integração na
sociedade, na vida laboral e na continuação de estudos.
3. O ensino da criança, do jovem e do adulto com necessidades educativas especiais realiza-se
em escolas regulares e em escolas de educação especial.
4. A criança com necessidades educativas especiais múltiplas ou atraso mental profundo deve
receber educação adaptada às suas capacidades em escolas apropriadas.
5.Compete ao Conselho de Ministros estabelecer as normas gerais da educação especial, apoiar e
fiscalizar o seu cumprimento, bem como definir os critérios para a abertura, funcionamento e
encerramento dos estabelecimentos de educação especial.
6. Compete ao Conselho de Ministros:
a) Estabelecer as normas gerais da Educação Especial;

b) Apoiar e fiscalizar as normais gerais da educação especial;


c) Definir os critérios para a abertura, funcionamento e encerramento de estabelecimentos de
educação especial.

ARTIGO 19

6.6.2 Educação Vocacional


Características e objectivos
1. A Educação Vocacional consiste na educação do jovem e do adulto que demonstrar talento e
aptidão especiais nos domínios da ciência, da arte, do desporto, entre outros.
2. A Educação Vocacional realiza-se em escolas vocacionais.
3. O objectivo da Educação Vocacional é desenvolver de forma global e equilibrada a
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personalidade do indivíduo.
4. A Educação Vocacional é feita sem prejuízo da formação própria do Subsistema de Educação
Geral ou da Educação profissional.
5. Compete ao Conselho de Ministros:
a) Estabelecer as normas da educação vocacional;
b) Apoiar e fiscalizar o cumprimento das normas da Educação Vocacional;
c) Definir os critérios para a abertura, funcionamento e encerramento do estabelecimento da
educação vocacional.

ARTIGO 20

6.6.3. Educação a distância


Características e objectivos
1. A Educação à Distância é uma modalidade de educação essencialmente não presencial
contemplada nos subsistemas de educação geral, educação de adultos, educação profissional,
educação Superior e Formação de Professores.
2. São objectivos da Educação à Distância proporcionar a todos os cidadãos que, não podendo ou
não querendo realizar os seus estudos em regime presencial, pretendam a elevação dos seus
conhecimentos científicos e técnicos.

ARTIGO 21

6.6.4. Gestão do Sistema Nacional de Educação


1. Compete ao Conselho de Ministros coordenar a gestão do Sistema Nacional de Educação
assegurando a sua unicidade.
2. Os curricula dos diferentes subsistemas de ensino são regidos por regulamento específico.
3. Sempre que se revelar necessário, deve ser introduzida adaptação de carácter local no
programa de ensino nacional, desde que não contrariem os princípios, objectivos e concepção do
SNE.

ARTIGO 22

6.6.5. Direcção e Administração


1. O ministério que superintende a área da educação é responsável pela planificação, direcção e
controlo da administração do SNE, assegurando a sua unicidade.

2. Os curricula e programas de ensino escolar, com excepção do ensino superior, têm carácter
nacional e são aprovados pelo Ministro que superintende a área da educação.
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3. Sempre que se revele necessário, pode ser introduzida adaptação de carácter regional aos
curricula e programa nacional não contrariem os princípios, objectivos e concepção do SNE.
4. As adaptações introduzidas são aprovadas pelo Ministro que superintende a área da educação.

7. Conclusão
Após uma pesquisa exaustiva chegamos a concluir que a escola constitui-se em uma organização
sistémica aberta, isto é, em um conjunto de elementos pessoas, com diferentes papéis, estrutura
de relacionamento, ambiente físico, que interagem e se influenciam mutuamente. A escola é
constituída de dois órgãos: Órgãos executivos que nela encontramos a direcção de escola e o
colectivo de direcção e o segundo órgão de consulta da Escola que é composto pelo conselho de
escola; conselho pedagógico; assembleia-geral da escola; assembleia-geral da turma; conselho
geral de turma. Porém por outro lado concluímos que o professor é, naturalmente, a figura chave
da escola para, além de promover a transmissão de conhecimentos promover o desenvolvimento
de hábitos, atitudes, interesses, ideais, valores nos educandos. Mais ainda, dado seu contacto de
forma sistemática e constante com os alunos, e sua posição de influência sobre eles, cabe-lhe
virtualmente a tarefa de promover a formação integral dos mesmos. Somente o professor, em
nossa estrutura escolar, acha-se em posição de actuar sistemática e continuamente junto ao
educando, e de observar-lhe as reacções, tendências, interesses, características pessoais em geral
em situações naturais de ensino e aprendizagem. E também concluímos que sistema nacional de
educação, é constituído por vários artigos , que fazem referencia a lei sobre o sistema nacional de
educação , visto que o sistema nacional de educação, é composto por vários artigos que tornam
fácil a compreensão do sistema nacional de educação.
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8. Bibliografia
AIRES, L. Paradigma qualitativo e práticas de investigação educacional . Lisboa:
UniversidadeAberta, 2015.
FERNANDES, E. Perfil psicossociológico e analítico do professor humanista. Revista
daMINED. Regulamento Geral do Ensino Básico-REGEB, 2011
MORAIS, C. Descrição, análise e interpretação de informação quantitativa: Escalas de
medida,estatística descritiva e inferência estatística. Bragança, Escola Superior de Educação –
InstitutoPolitécnico de Bragança, 2010. Universidade de Aveiro, Aveiro, 1980, p. 35-62.
NOVA ESCOLA - REPORTAGEM - "O sistema nacional de educação "
(http://revistaescola.abril.com.br/ Pedagogia. Série Pedagogia, etapa VII, Vol 3.

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