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Questionário - Proficiência Clínica

Área: Hematologia
Rodada: Jul/2015

Tema A CLASSIFICAÇÃO DAS NEOPLASIAS HEMATOLÓGICAS PELA OMS

Elaborador Raimundo Antônio Gomes Oliveira. Professor Associado de Hematologia Clínica; Coordenador do
Laboratório de Pesquisa Clínica do Centro de Pesquisa Clínica (CEPEC) da UFMA; Chefe do Serviço de
Imunofenotipagem do CEPEC HU-UFMA que presta Serviço ao Instituto Maranhense de Oncologia Hospital
Aldenora Bello. Doutor em Análises Clínicas - Hematologia pela FCF USP.
Texto Introdutório O presente questionário trata de uma revisão geral da classificação da Organização Mundial da Saúde, de
2008 (OMS - World Health Organization, WHO) como critério para o diagnóstico das neoplasias
hematológicas. Mostra as principais alterações sofridas em relação à classificação de 2001 bem como o que
foi incorporado e/ou mantido das classificações anteriormente descritas como, por exemplo, a classificação
EGIL (imunológica) para as leucemias agudas, classificações FAB (Morfológica), dentre outras, para o
diagnóstico e interpretação destas entidades patológicas. Servirá de base na comparação para com a
próxima classificação da OMS para as neoplasias hematológicas que deverá ser lançada no decorrer deste
ano (2015).
Questão 1 Qual o limite de blastos definido pela classificação da OMS de 2008 (o qual já havia sido modificado desde a
classificação OMS de 2001) para caracterizar uma leucemia aguda na medula óssea?
1. > 30%;
2. > 25%;
3. > 20%;
4. > 15%.
Questão 2 Marque a opção incorreta. São recomendações da OMS 2008, para definição dos blastos em uma
amostra para caracterizar uma leucemia aguda:
1. O % de blastos deve ser aquele determinado pela morfologia (microscopia óptica) no mielograma,
mas não o valor % obtido por imunofenotipagem;
2. A linhagem dos blastos definida por imunofenotipagem;
3. % de blastos definidos pela quantidade, em percentagem, de células CD34 positivas na
imunofenotipagem;
4. Coloração hematológica terá de ser realizada por corantes derivados do Romanovsky,
obrigatoriamente, pelo método de May-Grunwald-Giemsa ou de Wright-Giemsa;
Questão 3 Marque a opção correta. São recomendações da OMS 2008, em relação à caracterização imunológica de
uma célula ou de uma neoplasia hematológica:
1. É baseado na determinação dos antígenos celulares presentes na membrana, citoplasma ou núcleo;
2. Define uma neoplasia como crônica, caso suas células neoplásicas sejam imunologicamente
maduras;
3. É apenas através da definição do perfil imunológico das células (dos seus antígenos) que pode ser
definida uma leucemia bifenotípica aguda;
4. Todas as alternativas estão corretas.
Questão 4 Marque a opção incorreta. São recomendações da OMS 2008, em relação às características de uma
neoplasia linfoproliferativa crônica:
1. Células T com expressão do antígeno CD3 em citoplasma;
2. A célula neoplásica terá de ser imunologicamente madura;
3. Células B neoplásicas já devem possuir a expressão das cadeias leves e pesadas de imunoglobulina;
4. Células T com expressão do antígeno TCR em membrana.
Questão 5 Considerando o conceito da OMS de 2008 discutido na questão anterior, marque a opção correta em
relação ao Linfoma de Burkitt:
1. Passou a ser considerado como uma neoplasia linfoproliferativa crônica;
2. A célula neoplásica é da linhagem B;
3. Não mais deve ser considerado como uma leucemia aguda (leucemia aguda de células de Burkitt)
como era anteriormente aceito pela classificação OMS de 2001;
4. Todas as alternativas estão corretas.

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Questão 6 São antígenos importantes, cuja positividade serve para caracterizar uma leucemia aguda e diferenciá-la
de uma neoplasia linfoproliferativa crônica, exceto:
1. CD34+;
2. CD20+;
3. CD1a para leucemias agudas T intratímicas;
4. TdT+.
Questão 7 Em relação à classificação morfológica da FAB e a OM, marque a opção correta:
1. Apenas pela classificação OMS de 2001, em casos de neoplasias não definidas com características
genético-moleculares recorrentes, a classificação morfológica FAB deve ser mantida;
2. Apenas pela classificação OMS de 2008, em casos de neoplasias não definidas com características
genético-moleculares recorrentes, a classificação morfológica FAB deve ser mantida;
3. Tanto para a classificação da OMS de 2001 quanto de 2008, os casos de neoplasias hematológicas
não definidas com características genético-moleculares recorrentes, a classificação morfológica FAB
deve ser mantida;
4. Tanto para a classificação da OMS de 2001 quanto de 2008, a classificação morfológica FAB deve ser
extinta.
Questão 8 Qual o valor limite aceito no sistema de escore para uma leucemia bifenotípica aguda definido pela
classificação EGIL e aceito pelas classificações OMS de 2001 e 2008?
1. Ter pontuação acima de 2,0 pontos para uma determinada linhagem hematológica;
2. Ter pontuação acima de 2,5 pontos para uma determinada linhagem hematológica;
3. Ter pontuação acima de 3,0 pontos para uma determinada linhagem hematológica;
4. Ter pontuação acima de 4,0 pontos para uma determinada linhagem hematológica.
Questão 9 Ainda em relação ao conceito de uma leucemia bifenotipica, marque a opção incorreta:
1. Um mesmo clone de células neoplásicas imaturas pode possuir simultaneamente antígenos de duas
linhagens distintas;
2. As linhagens B e T não são aceitas como distintas (são indistintamente caracterizadas apenas como
linhagem linfoide);
3. A pontuação de cada antígeno no sistema de escore leva em consideração a sua especificidade para
uma determinada linhagem;
4. As linhagens consideradas como distintas são: mieloide ou linfoide B ou linfoide T.
Questão 10 Em relação às mudanças da classificação da OMS de 2008 à de 2001 para as mielodisplasias, marque a
alternativa correta:
1. Extinguiu as AREB-T dentre as mielodisplasias;
2. Incorporação da síndrome do 5q-;
3. Separou as AREB em tipo 1 e tipo 2;
4. Todas as alternativas estão incorretas.
Questão 11 Em relação às leucemias mielomonocíticas crônicas (LMMC). Para a classificação OMS de 2008, pode-se
afirmar que:
1. Passaram a ser incorporadas como síndromes mielodisplásicas/neoplasias mieloproliferativas
crônicas;
2. Foram mantidas como mielodisplasias como na classificação original da FAB de 1982;
3. Foram subdivididas em LMMC tipo 1 e tipo 2;
4. Todas as alternativas estão incorretas.

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Questão 12 Em relação ao limite laboratorial para contagem de plaquetas como critério para diagnóstico da
trombocitemia essencial, pelas classificações da OMS, podemos afirmar que:
1. Passou de 450.000 pelo critério aceito pela OMS em 2001 para 600.000 plaquetas/mm3 em 2008;
2. Passou de 600.000 pelo critério aceito pela OMS em 2001 para 450.000 plaquetas/mm3 em 2008;
3. O critério de 450.000 plaquetas/mm3, aceito desde 2001, foi mantido em 2008;
4. O critério de 600.000 plaquetas/mm3, aceito desde 2001, foi mantido em 2008.
Questão 13 Em relação à leucemia mieloide crônica (LMC), pelos critérios atuais da OMS, é incorreto afirmar:

1. 5% dos casos de LMC são BCR/ABL negativos são aceitos como LMC BCR/ABL(-);
2. São entidades BCR/ABL positivas mesmo que alguns casos possam apresentar negatividade para o
cromossomo Filadélfia por cariótipo (técnica com menor sensibilidade);
3. Casos BCR/ABL negativos não são mais considerados como LMC;
4. Casos BCR/ABL negativos são característicos das LMC atípicas (LMCa), que são um outro tipo de
neoplasia hematológica, enquadradas dentre as neoplasias mielodisplásicas/ mieloproliferativas.
Questão 14 Qual o percentual deve ser considerado como limite para caracterizar uma linhagem hematológica como
displásica na avaliação de uma neoplasia hematológica pela OMS?
1. Acima de 10%;
2. Acima de 20%;
3. Acima de 30%;
4. Acima de 40%.
Questão 15 Exemplo(s) de neoplasia(s) aguda(s) onde as características genéticas são prioritárias na definição do
diagnóstico e tratamento pela OMS:
1. LLA-B/linfoma com t(9;22) (q34;q11); BCR/ABL+;
2. LMA com t(8;21)(q22;q22); RUNX1-RUNX1T1+;
3. Leucemia promielocítica aguda com t(15;17)(q22;q12); PML/RARA+;
4. Todas as alternativas estão corretas.
Referências • Tratado de Hematologia, M. A. Zago et al. Edição 2014. Editora Atheneu.
Bibliográficas
• Swerdlow SH, Campo E, Harris NL et al. editors. WHO Classification of tumours of
haematopoietic and lymphoid tissues. Lyon: IARC Press; 2008. p. 1-439.

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