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Alimentação na menopausa: o que comer e

o que evitar
Em todas as fases do ciclo de vida, é importante realizar uma
alimentação equilibrada e diversificada, ou seja, adotar um
padrão de consumo alimentar que inclua alimentos de todos
os grupos da Roda dos Alimentos nas proporções
recomendadas. E na menopausa? Conheça os conselhos de
Ana Rita Lopes, nutricionista no Hospital Lusíadas Lisboa.
A menopausa é um processo inevitável na vida de todas as mulheres e
não é mais do que um processo biológico natural, em que ocorre a
cessação da menstruação por 12 meses seguidos.

Habitualmente, surge entre os 45 e os 55 anos. Esta fase é então,


marcada pelo fim do período fértil, momento em que os ovários deixam
de produzir estrogénio e progesterona. Suores, redução da energia,
ansiedade, complicações ósseas e alterações de humor são alguns dos
sintomas da menopausa.

Os estrogénios, para além de atuarem no sistema reprodutor, também


participam em outras atividades do nosso organismo.

Algumas dessas funções:


- Atuam no metabolismo lipídico, diminuindo os níveis de LDL e
aumentando a produção de HDL;

- Influenciam a distribuição da gordura corporal (diminuição da


atividade lipolítica no tecido adiposo abdominal e da ação da lípase
lipoproteíca no tecido adiposo fémuro-gluteal);

- Ajudam a evitar a perda de cálcio nos ossos (maior tensão muscular,


agravamento do catabolismo da cartilagem, progressão das lesões de
artrose, desequilíbrio entre a formação e a reabsorção óssea, perda de
massa óssea) – O estrogénio é responsável pela fixação de cálcio nos
ossos;*

- Em défice, podem gerar alterações de humor, como estados de


depressão;

- Estimulam a formação de colagénio (importante constituinte da pele).


Deste modo, constatamos que o défice destas hormonas acarreta
repercussões a nível físico, psíquico e emocional. Os problemas mais
associados à menopausa são o excesso de peso, osteoporose e
desequilíbrio no metabolismo dos lípidos.
A alimentação na menopausa deve incluir estes alimentos
Por sua vez, tanto a cafeína como o álcool devem ser evitados (porque
aumentam a excreção urinária de cálcio e zinco). A água é fundamental
(durante a menopausa as mucosas tendem a ficar desidratadas, sendo
necessário um reforço hídrico).

Nesta fase, é importante a mulher reaprender a comer, uma vez que o


seu metabolismo tende a abrandar e consequentemente, as suas
necessidades energéticas diminuem. Como tal, a alimentação que
realizava até então poderá tornar-se excessiva. Paralelamente a estes
aspetos, também ocorre um aumento do apetite e um aumento da
apetência para alimentos de elevada densidade energética, o que
contribui para o aumento de massa gorda.

*O défice hormonal de estrogénio proporciona o aumento na


produção de citocinas inflamatórias, que conduzem a uma maior
produção do fator de necrose tumoral-α pelas células T. Este processo
é mediado pela libertação de interferon-γ, que ao aumentar a
expressão do complexo major de histocompatibilidade classe II na
apresentação antigénica, vai levar à ativação e proliferação das
células T produtoras do fator de necrose tumoral-α. Esta citocina
estimula diretamente a osteoclastogénese

Os conselhos são de Ana Rita Lopes, nutricionista no Hospital


Lusíadas Lisboa.

Fonte: https://lifestyle.sapo.pt/saude/peso-e-nutricao/artigos/alimentacao-na-menopausa-o-
que-comer-e-o-que-evitar

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