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Os 3 grandes mitos sobre as

vacinas contra a Covid-19 deitados


por terra
As vacinas foram criadas demasiado depressa, não podemos confiar nelas
As vacinas foram, efetivamente, criadas em tempo recorde, mas o
processo não começou do zero. A biotecnologia por detrás das
vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna estava a ser
trabalhada há anos. Trata-se de uma técnica de imunização
inovadora, que recorre ao RNA mensageiro (mRNA). Estas vacinas
induzem o sistema imunitário a fabricar defesas, sem ser necessário
inocular o vírus, ainda que enfraquecido, nem as suas proteínas.
Neste caso, será o próprio organismo a produzir proteínas
específicas do vírus, que desencadeiam uma reação imunitária.

Esta tecnologia necessita apenas do código genético do novo vírus, e,


no caso desta pandemia, aquele ficou disponível poucos dias depois
de o novo coronavírus ter sido identificado e isolado.

Também explica a rapidez com que as vacinas foram produzidas a


quantidade extraordinária de dinheiro que os Estados
investiram no seu desenvolvimento. Só os Estados Unidos
investiram milhares de milhões de dólares.

Por outro, a própria pandemia, com o coronavírus a circular tão


amplamente, permitiu que os ensaios clínicos decorressem com
uma rapidez fora do comum – com tantos infetados, não foi
preciso esperar muito para perceber se as vacinas estavam,
efetivamente, a ter um efeito protetor.

Todos os dados foram submetidos a um comité independente,


composto maioritariamente por especialistas sem ligação ao
governo americano nem à indústria farmacêutica, que votaram
claramente pela segurança e eficácia das vacinas. Os dados estão
disponíveis online, e foram publicados no New England Journal of
Medicine para quem quiser informar-se.
As pessoas com alergias não podem levar a vacina
Os alarmes soaram no início do mês, quando dois profissionais de
Saúde britânicos tiveram reações alérgicas graves depois de
receberem a vacina da Pfizer/BioNtech contra a Covid-19. O choque
anafilático é um colapso provocado por uma intensa reação alérgica
que pode ter origem em alimentos, medicamentos ou picadas de
insetos, em casos graves pode provocar a morte se não for tratado a
tempo. Segundo a imprensa britânica, os dois profissionais de Saúde
era portadores da EpiPen – uma espécie de caneta que é uma
injeção automática de adrenalina para auto-administração em caso
de emergência – o que faz supor que anteriormente tiveram alguma
reação alérgica grave.

Os ensaios clínicos das vacinas da Pfizer e da Moderna envolveram


cerca de 80 mil pessoas e nenhuma registou qualquer reação
alérgica. À medida que de dezenas de milhares se passa para
milhões de vacinados é natural que surjam casos de reações
alérgicas.

De qualquer forma, a recomendação oficial é que a vacina não seja


administrada àqueles que já tiveram reações alérgicas graves a
medicamentos ou outra vacina no passado ou saiba ser alérgico a
algum dos componentes das novas vacinas.

A vacina altera o ADN


Com as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna a usarem material
genético, não tardou a surgir o mito de que causaria alterações do
ADN, que não passa disso mesmo: um mito.

O que a vacina contém é informação genética para a produção de


uma proteína do vírus (proteína da espícula), que ele usa para
entrar nas células e se replicar. Tom Freiden, antigo diretor do
Centro para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, faz
uma analogia: “uma vacina com mRNA é como um email enviado ao
sistema imunitário que mostra como é o vírus e dá instruções para o
matar e depois, como uma mensagem de Snapchat, desaparece.”

Fonte: https://visao.sapo.pt/visaosaude/2020-12-21-os-3-grandes-mitos-sobre-as-vacinas-
contra-a-covid-19-desfeitos/

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