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FACULDADE DE NUTRIÇÃO
Goiânia
2018
ELISA SILVA CORREIA
ISABELLA CHRISTINE ANDRADE
KARLA CRISTINA DE ALMEIDA
LETÍCIA NUNES RORIZ
MARIANA APARECIDA FULANETTE CORRÊA
MARINA DE SÁ AZEVEDO
MIRELLA DE PAIVA LOPES
PAULA RIBEIRO TOSCANO DE BRITO
PRISCYLLA RODRIGUES VILELLA
RAYANNE SARA LOPES FERREIRA
Goiânia
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO …………………………………………………..……………… 3
2 OBJETIVOS ……………………………………………..…….……………….. 5
3 METODOLOGIA ……………………………………………….. 6
……………….
6 CONCLUSÃO..………………………………………………..………………... 21
REFERÊNCIAS..………………………………………………..………………. 22
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1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Programa Bolsa Família (PBF) foi criado pelo Governo Federal por meio
da Lei Nº 10.836 de 09 de janeiro de 2004, é regido pelo decreto 5.209 de 17 de
setembro de 2004, e têm as ações de saúde definidas pela Portaria Interministerial
Nº 2.509, D.O.U. de 22 de novembro de 2004 (BRASIL, 2018).
Trata-se de um programa federal, interministerial, de poder descentralizado.
Portanto, para que haja sua efetividade, a União, os estados, o Distrito Federal e os
municípios devem se articular, sendo, todos, responsáveis pela criação de
estratégias para o combate à pobreza e à exclusão social (BRASIL, 2015).
Os principais objetivos do PBF são: combater a fome e incentivar a
segurança alimentar e nutricional; promover o acesso das famílias mais pobres à
rede de serviços públicos, em especial, de saúde, educação e assistência social;
apoiar o desenvolvimento das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema
pobreza; combater a pobreza e a desigualdade; e incentivar que os vários órgãos do
poder público trabalhem juntos nas políticas sociais que ajudem as famílias a
superarem a condição de pobreza (BRASIL, 2015).
Para fazer parte do PBF, as famílias devem viver em situação de pobreza ou
de extrema (BRASIL, 2015). Além disso, para serem selecionadas as famílias
devem estar inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
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melhoria de renda, não se adequando mais ao perfil beneficiado pelo PBF, por
desatualização dos dados cadastrais, ou por descumprimento dos compromissos
exigidos pelo programa nas áreas de educação e de saúde (BRASIL, 2015).
O PBF também busca a integração com outras políticas públicas, com ações
de capacitação profissional e de apoio à geração de trabalho e renda, de educação
para jovens e adultos, de melhoria do acesso à moradia, dentre outras. Muitas
dessas ações, inclusive, podem construir as condições para o próprio sustento da
família e permitir que ela deixe o Programa (BRASIL, 2018).
ao calendário de vacinação, 99,2% das crianças estavam com este atualizado, fator
muito importante para o controle de doenças infectocontagiosas (IPEA, 2013).
Ademais, o PBF teve impacto positivo sobre os níveis de internação e
mortalidade de crianças de 5 anos, por desnutrição e diarreia, com uma redução de
17%. Esse resultado positivo, pode se dar ao fato de que, concomitantemente, com
essa evolução, também obteve-se uma maior proporção de aleitamento materno
exclusivo (61%) das famílias com bolsa família, comparadas às demais (53%).
(IPEA, 2013).
Frente aos resultados do PBF, é possível visualizar uma relação com a
Organização da Atenção Nutricional, diretriz da Política Nacional de Alimentação e
Nutrição (PNAN), visto que tais melhorias são reflexo de um serviço de saúde mais
organizado, podendo, então, refletir nas demandas relacionadas aos agravos
nutricionais, assim como na prevenção e promoção da saúde (PNAN, 2012).
No que tange à aspectos relacionado com a alimentação, este é o indicador
que tem prioridade no uso dos recursos e representa o principal gastos das famílias
assistidas (IBASE, 2008). O programa, oportunizou a aquisição de uma alimentação
básica (arroz e feijão, por exemplo) para as famílias que não tinham tal acesso. Já
para aqueles que possuíam a alimentação garantida, o benefício possibilitou a
aquisição de alimentos complementares (frutas, verduras, legumes e alimentos
industrializados). Tal mudança dialoga com um dos princípios da PNAN que é a
Segurança Alimentar e Nutricional. O programa busca atingir o objetivo de garantir o
direito de acesso regular e permanente de todos a alimentos, com qualidade e em
quantidade suficiente (PNAN, 2013).
Contudo, essa relação deve ser analisada com um olhar crítico, uma vez que,
ao mesmo tempo que houve o aumento dos alimentos dos grupos alimentares de
proteínas, cereais, leguminosas e frutas, verduras e hortaliças, concomitantemente,
também ocorreu um aumento no consumo de alimentos de alta densidade
energética e baixo valor nutritivo (CAMELO; TAVARES; SAIANI, 2009; IBASE,
2008).
Para avaliar o estado de Insegurança Alimentar (IA),os titulares do PBF são
avaliados quanto a persistência da incerteza da aquisição de alimentos e a vivência
da fome (UCHIMURA et. al, 2012). Dados revelam que mais de 70% dos titulares do
PBF apresentam algum grau de condição de IA. Quando titulares do PBF foram
comparados com não-titulares pertencentes ao público alvo do programa, observou-
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se que o PBF retira essas pessoas da condição de IA leve para seguro, entretanto
não altera a condição de IA moderada e grave. Com isso, o principal desafio do
programa é atingir efetividade na promoção da segurança alimentar e nutricional e
combate à fome e à pobreza (CAMELO; TAVARES; SAIANI, 2009; UCHIMURA et.
al, 2012).
e elas podem receber retroativo . Através do SICAA, todos os distritos têm acesso
às informações. A partir disso, as nutricionistas podem acompanhar os casos de
beneficiários que estão com pendência nas condicionalidades e atendê-los de forma
a reverter esta situação. Também fazem capacitação dos servidores que irão lidar
diretamente com a inserção de dados no sistema, visitam unidade de saúde
buscando melhorias na assistência e passam informações vindas do paço municipal
tanto para as unidades quanto para os CMEIS servindo como elo. Com a meta de
mostrar que as portas do SUS estão abertas para população de baixa renda que
realmente precisa.
A nutricionista Cristiane do Distrito Sul relatou que, por falta de Agente
Comunitário de Saúde, a busca ativa pelos titulares de direito do PBF é realizada por
telefone. E, quando necessário, um carro é disponibilizado para que a Unidade
Básica de Saúde faça a busca.
As atribuições do nutricionista que constam no caderno de atenção básica
vão além de elaborar, revisar protocolos de atenção nutricional e desenvolver
estratégias para identificar problemas referentes à nutrição e alimentação, mas
também de realizar intervenções com a população beneficiada envolvendo ações
com projetos educacionais e de auxílio no desenvolvimento de atividades de
prevenção e promoção de condições adequadas da alimentação saudável, garantia
da Segurança Alimentar e Nutricional, realização permanente da antropometria e
atendimentos caso seja necessário, desenvolvendo os processos de aprendizagem
e conscientização.
O trabalho entre o nutricionista e os profissionais das equipes devem mapear
a rede de apoio de forma intersetorial e intrassetorial para o melhor cuidado do
favorecido diminuindo a situação de vulnerabilidade em que vivem. Assim, o
profissional pode buscar parcerias como a construção de hortas comunitárias para
promover o acesso e devolve a garantia de segurança alimentar e nutricional ou até
fornecendo cursos em parcerias com o CRAS.
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última quinta feira do mês uma reunião coletiva no CRAS, na qual os titulares
cadastrados na unidade são convidados. Os temas dessas reuniões já são
definidos, geralmente abordam as condicionalidades, temas relacionados à saúde,
uso do auxílio e emprego, mas também tiram dúvidas em comum dos titulares.
A outra forma de acompanhamento é o atendimento particular das famílias
cadastradas que se encontram em extrema vulnerabilidade, para essa classificação,
existe um prontuário da realidade social que é preenchido na unidade. Além disso, o
CRAS atende também questões pontuais de usuários do PBF que procuram a
unidade, corriqueiramente pessoas que têm o auxílio suspenso procuram a unidade
e são orientadas sobre como prosseguir para a reativação do recurso.
Nessa perspectiva, foi possível observar que o PBF manifesta-se um grande
aliado na garantia de uma vida com dignidade e dos direitos do cidadãos. A
contribuição financeira, mesmo que mínima, contribui para que estas pessoas
tenham a possibilidade de estar livre da fome, que é apenas uma das dimensões
abordadas no DHAA.
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Para nortear o debate, optou-se por adotar uma metodologia ativa baseada
e adaptada do “Teatro do oprimido”. Nesse sentido, uma ou duas pessoas dos
demais grupos serão convidadas a participar de uma cena que será construída com
intervenção de todos os alunos. Para direcionar esse momento, uma pessoa deste
grupo assumirá o papel de “curinga”.
A cena será de uma jovem grávida, desempregada em situação de pobreza
extrema, com dois filhos em idade escolar vendendo água no semáforo, sem
condições de estudar e sem receber o bolsa família. Uma assistente social, com os
papéis para o cadastro único no CRAS, impossibilitada de fazer visitas e
acompanhamento às famílias por falta de transporte.
O “curinga” deverá direcionar à construção da cena sem ser autoritário,
valorizar a participação das pessoas. A cena será montada em sala e todos ficarão
imóveis, os demais grupos deverão debater em conjunto e inferir o que acreditam
que a cena representa. Nesse momento o “curinga” deverá instigar a reflexão de
todos, questionar e ter a resposta dos espectadores, levando em consideração as
perguntas norteadoras.
Perguntas norteadoras:
- No contexto dessa família, vocês acreditam que o PBF teria alguma relevância?
- O que poderia estar impedindo o acesso dessa família ao PBF?
- Muitos acreditam que os PTRs, principalmente o PBF incentivam famílias em
condição de pobreza à terem mais filhos. Acreditam que essa afirmação seria
suficiente para contrapor os benefícios que poderiam ser alcançados caso à família
em questão receba o BF?
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS