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CURSO ON-LINE DE TÉCNICAS ORATÓRIA

MENU % CONCLUSÃO
Apresentação 5%
Organizando 10%
Como iniciar a apresentação 15%
O microfone 20%
Dicas 25%
Aumentando o poder da palavra 30%
Cuidados importantes 35%
Faça isso 40%
Não faça isso 45%
Principais erros 50%
A boa mensagem 55%
Os segredos da boa comunicação 60%
Produzindo um bom visual 65%
Falando de improviso 70%
Pode perguntar? 75%
Vestimenta 80%
Usando o humor 85%
Exercícios 90%
Finalizando 100%

Oratória
Falar em público sem medo é um dos assuntos mais procurados pelas pessoas. Neste curso,
aprenderemos a perder este medo, para que nossa comunicação aconteça cada vez melhor.
Flavia Gamonar
CURSO ON-LINE DE TÉCNICAS ORATÓRIA
01 - APRESENTAÇÃO

Que me venham as palavras


sem máscaras e sem medo.
Que me levem
pelos caminhos do mundo.
Que tenham como o viajante
olhos de aprendiz.
Que nasçam de mim
como filhos desejados.
Que sejam carinhosas,
plenas, verdadeiras.
Que sejam como a música
no compasso do meu coração!
DOMINANDO A ARTE
Saber falar em público não é um dom, é uma arte. Isso significa que qualquer pessoa tem condições de
aprender. Em alguns casos, é indicado procurar um bom treinamento, para ter a oportunidade de conhecer
técnicas que propiciem uma comunicação mais clara, espontânea e bem organizada.

MEDO EU?
Costuma-se dizer que ninguém tem medo de falar em público. Na verdade, as pessoas têm medo de errar
em público. Falar em público é um privilégio. É uma oportunidade ímpar de se destacar, de mostrar sua
competência e profissionalismo.

DIDÁTICA
"O teste mais importante da eficiência de um professor é o desempenho de seus alunos".
O bom comunicador é aquele que, além de compartilhar informação, sabe motivar e envolver os seus
interlocutores.

LETRADO
A melhor maneira de ampliar o vocabulário e evitar os erros de linguagem é a prática da leitura. Quem tem
o hábito de ler, com certeza fala e escreve melhor.
Falar em público é uma das atribuições mais importantes de todo profissional, seja para apresentar um
projeto, vender uma idéia ou até mesmo participar de uma reunião. Mas, ainda é uma tarefa que inspira medo e
pode ser decisiva para o sucesso de muitas pessoas.
Uma dica preciosa a todo profissional que utiliza a oratória é não se assustar com o medo, porque isso
ajuda a alimentar mais nervosismo. O importante não é eliminá-lo, e sim transformá-lo numa energia positiva,
tornando o discurso mais envolvente. Mas, esse grande vilão não está presente somente na vida dos brasileiros,
pois 41% dos americanos têm pavor de pensar em qualquer tipo de exposição, e ainda são considerados menos
dramáticos que os australianos, que preferem a morte a terem que falar em público.
Identificar esse sentimento e enfrentá-lo são as melhores formas de impedir que ele atrapalhe o seu
desenvolvimento profissional. Imagine como é que um projeto pode ser aprovado, se você estiver tremendo na
hora de apresentá-lo? Será que algum cliente deixou de comprar porque você não estava confiante ao expor seu
produto? Tenha certeza de que, cada vez que você evitar aparecer, alguém estará fazendo o contrário. As chances
de seu concorrente conquistar mais espaço são inquestionáveis.
Um dos fatores que contribuem para a insegurança e o decorrente medo ao falar é a falta de experiência. A
melhor forma de superá-la é enfrentar quaisquer situações da forma mais natural possível. Sobressai-se bem
quem costumava fazer perguntas na sala de aula e apresentar trabalhos em grupo, o que contribui para uma
diminuição da tensão na hora de discursar. Pessoas inexperientes costumam recusar convites, fugir de reuniões e
adiar apresentações. Encoraje-se, pois o seu sucesso dependerá somente de você.
Quando se manda alguém no seu lugar, a pessoa melhora cada vez mais e você fica inerte. Mesmo com
muito treino, é bom ter em mente que mãos suando e ansiedade são comuns - e inevitáveis - nos minutos que
antecedem uma apresentação. Esses sintomas acompanham os executivos mais experientes, os oradores mais
hábeis e até artistas de muito sucesso. É preciso aprender a conviver com isso.

02 – ORGANIZANDO
Para se ter sucesso em uma apresentação, além de outros aspectos - voz, entonação, postura,
gramática, etc -, é preciso saber montar de forma clara e precisa tudo o que você irá dizer:
1. Sobre qual assunto vou falar?
2. Para que tipo de ouvinte?
3. Com qual objetivo?
4. Quais recursos utilizarei?
5. Conclusão: o que eu quero do meu ouvinte?

1 - Defina claramente sobre qual assunto você pretende falar, estude-o ao máximo, leia bastante e
esteja muito bem informado sobre este assunto. Domine-o. Isso vale para qualquer tipo de apresentação.
É preciso ter intimidade com o que será exposto. Ter histórias para contar é um diferencial.Converse
com a platéia. Quem tenta discursar como se escreve perde a naturalidade. Não decore o texto, prefira
entendê-lo. Saber se expressar em público é essencial para quem pretende ser líder. Trata-se,
basicamente, de ser capaz de expor com clareza as idéias.
2 - Você precisa saber quem será o seu ouvinte - idade, profissão, conhecimento. Somente assim,
falará a mesma língua do seu público, evitando utilizar vocabulário simplificado ou rebuscado demais,
palavras desconhecidas por se público ou opiniões que não se encaixam naquele meio.
Para fazer uma boa apresentação, conheça algumas regras básicas:
- qual o local da apresentação; (Há cadeiras ou as pessoas ficarão em pé? Será ao ar livre ou em
auditório?...)
- se você será o(a) único(a) orador(a); (E assim evitará se estender demais ou falar de menos)
- qual a ordem das apresentações; (Pra você estar preparado para o momento de sua exposição)
- se haverá um período para perguntas e respostas; (É preciso estar preparado para responder às
perguntas)
- o que esse público quer ouvir; (Buscam uma determinada resposta ou estão dispostos a novos
pontos de vista?)
- quanto tempo você terá; (Dessa forma sua apresentação não será longa ou curta demais)
- que instrumentos estarão à sua disposição (retroprojetor, computador, TV, vídeo, lousa, etc). (E
como você os utilizará)

Prepare-se para todo tipo de pergunta. É inevitável que o público levante questões menos
exploradas na sua apresentação. Se você realmente dominar o assunto, terá como prever dúvidas e
possíveis objeções. Devolva a pergunta para a platéia - alguém pode saber a resposta - ou dê referências
sobre o assunto, mesmo que você desconheça a resposta exata.
3 - O seu objetivo com a mensagem precisa ser identificado logo de início. Não é preciso chegar
ao público e dizer qual o seu objetivo com aquela apresentação, mas é preciso direcionar a sua
mensagem para que ela cause o efeito desejado. Por exemplo, se você deseja que após sua mensagem,
as pessoas reflitam sobre o quão importante é gostar da cor azul, você precisa mostrar fatos, dados e
argumentos sobre este assunto, de uma forma positiva.
5 - Uma mensagem com recursos é muito mais bem aceita que uma mensagem apenas falada.
Utilizar o apoio do datashow, cartolinas, canetas, estatísticas, exemplos, modelos e objetos, enriquece
sua apresentação.
6 - Você deve sempre começar sua apresentação tendo em mente o que deseja do seu ouvinte -
uma nova opinião? um novo ponto de vista? mais conhecimento sobre o assunto? decisão sobre a
compra de um produto?

Formas de Comunicação
 7% com a VOZ
 38% com o TOM da voz
 53% com olhar, semblante, mãos, gestos, postura...

Formas de Aprendizado
 20% OUVINDO
 80% VENDO
Nós Lembramos
 20% do que ouvimos.
 50% do que ouvimos e vimos.
 80% do que ouvimos, vimos e participamos.

As CORES, o que comunicam:


 VERMELHO - estimula
 AZUL - acalma
 AMARELO - atenção
 VERDE - crescimento
 CINZA - estabilidade

Quando usadas corretamente


 aceleram a comunicação
 aumentam a motivação
 aumentam a disposição na leitura
 melhora e cresce a compreensão

Um Bom Visual
 Força ordem e seqüência.
 Seleciona idéias chaves.
 Evita o esquecimento de pontos importantes.
 Reduz o tempo.
 Infunde confiança no orador.

Comunicação Visual Positiva é:


 Visibilidade.
 Clareza.
 Simplicidade
03 – COMO INICIAR A APRESENTAÇÃO
Início do discurso deve ser curto. Algumas sugestões:
Aludir, referir, citar, mencionar a ocasião.
Isto é, comentar sobre a chuva lá fora, sobre um fato curioso que ocorreu em uma outra
apresentação...

Elogiar ou valorizar a platéia


De uma forma "sincera" e sem exageros demais.

Contar um fato bem-humorado


Tomando cuidado para que este fato seja realmente bem-humorado, porém, de humor leve, de
fácil compreensão e que não seja racista ou preconceituoso. O humor só deve ser usado por quem
realmente o domina, caso contrário, pode ser que seu público não ria de sua piadinha.

Começar com um exemplo ou um episódio de interesse humano


Contando algo que você presenciou, ficou sabendo, ou que seja de grande interesse humano de
forma geral.

Principiar com frase ou informação que provoque impacto


Como por exemplo, dizer o contrário do que seu público espera ouvir, para chamar atenção.
Soube de um caso mais ou menos assim.
Em uma reunião em uma marca X de automóveis, todos os diretores estavam presente. O
palestrante, começou da seguinte forma: "Os carros da marca X não prestam!" E nisso, todos os
diretores se olharam surpresos, afinal, o palestrante estava falando mal daquela empresa. E continuou,
"Isso, é o que diz a concorrência".
Foi uma forma de chamar a atenção do público, e o palestrante realmente conseguiu isso.

Iniciar com uma pergunta


Perguntando ao seu público o que eles pensam sobre determinado assunto...
Fazer uma declaração que evidencie, ao auditório, a importância da matéria.
04 – O MICROFONE
FAÇA UM AMIGO: O MICROFONE NÃO MORDE
Se possível, procure ter um primeiro contato com o equipamento e seus ajustes antes da sua
apresentação. O microfone deve ser encarado com naturalidade. Ele é uma ferramenta que está ali para
auxiliá-lo em suas apresentações.

MANIPULANDO O AMIGO
1. Evite segurar o microfone caso ele já esteja em um pedestal.
2. Procure ajustá-lo em direção ao seu queixo.
3. Não encoste a boca no microfone ao falar.
4. Evite testar o microfone dando tapinhas nele. É muito melhor falar alguma coisa para que o
operador possa ajustar a qualidade e o volume do som.

Alguns anos atrás os microfones não possuíam a tecnologia de hoje. Com o desenvolvimento dos
atuais, temos condições de ampliar a voz humana a extraordinários limites. A voz passou a ser mais
bem detectada, ganhando um colorido todo especial. Da mesma forma que a voz passou a ser
amplificada, com a nova tecnologia, surgiram também alguns requisitos básicos a serem observador
pelos locutores quanto à sua utilização:

ANTES DE USAR UM MICROFONE, DEVE-SE TESTÁ-LO JUNTO AO EQUIPAMENTO.


Atitude: Coloque a chave do microfone ou o canal em que ele está acoplado à mesa em áudio, e
teste-o de forma a saber se está como o funcionamento normal. Via de regra sempre fazemos o teste
antes de entrarmos no ar.
POSICIONE O MICROFONE DE FORMA CORRETA JUNTO A VOCÊ.
Atitude: Os microfone são acoplados às "girafas", ou seja, a pedestais metálicos, reguláveis na
altura e na distância. Certifique-se de que o microfone esteja desligado e regule-o de forma a ficar em
distância e altura compatíveis ao seu trabalho.
DISTÂNCIA CORRETA.
Atitude: Conforme o microfone variam-se as distâncias. Existem microfones mais sensíveis, que
devem ficar a pelo menos 1 metro de distância do locutor, devido sua multidireção de captação sonora.
É o chamado microfone multidirecional.
O Shure, Leson e outros de semelhantes características são chamados de unidirecionais, por
captarem os sons da voz com qualidade, somente na posição frontal e, neste caso, devem ficar a uma
distância de 10 a 20 cm do locutor. Pois do contrário, em distância provocaríamos os famosos "pufs" no
ar, que nada mais são do que a saturação na capacidade de captação do mesmo.
MAU FUNCIONAMENTO DO MICROFONE.
Atitude: Se o microfone começar a funcionar mal, não vacile em substituí-lo por outro.
Normalmente mau funcionamento do equipamento se dá pelo desgaste do material, por quedas e fortes
batidas no mesmo e ainda por mau contato dos cabos e conectores do microfone junto à mesa.
CUIDADO COM A RESPIRAÇÃO, POIS O MICROFONE VAI CAPTÁ-LA E AMPLIFICÁ-
LA.
Atitude: Uma das coisas que mais demonstram que um locutor é iniciante é a forma pela qual são
feitas as tomas de ar antes de se falar. O microfone amplifica os sibilados da voz
e os ruídos provocados pela boca. É extremamente desagradável ouvirmos alguns tipos de ruídos
provocados pela língua, dentro da boca, durante a locução. Cuide para isto não acontecer.
NÃO DÊ APARTES PRÓXIMO AO MICROFONE, A SUA FALA SERÁ CAPTADA E
AMPLIFICADA.
Atitude: Muitas vezes o microfone é deixado aberto no ar, por esquecimento ou
propositadamente, quando na passagem rápida de um segmento a outro do programa. Neste momento
devemos cuidar para que não provoquemos sons detectáveis junto a ele, tais como: Úfa, Que calor, Vá
mais pra lá, etc.
SE ESTIVER LENDO NÃO VIRE AS FOLHAS DIANTE DO MICROFONE, VIRE-AS FORA
DE SEU ÂMBITO DE ALCANCE.
Atitude: Procure dispor de forma ordenada as folhas dos noticiários ou da programação. Desta
forma, quando você entrar no ar, não correrá o risco de perder-se diante delas.

05 – DICAS
Os gestos comunicam:
 Coçar a Cabeça = dificuldade de se comunicar ou resolver questões.
 Mãos no peito = narcisismo, defender seus direitos...
 Levantar o indicador = desejo de se comunicar e dar o melhor de sí.
 Coçar a Orelha = insatisfação pessoal e carência afetiva.
 Puxar a ponta do bigode = insatisfação; busca do eu; estimula a imaginação.
 Tocar as mãos com a ponta dos dedos = caráter doce, terno, romântico.
 Gestos largos e agitados = ansiedade; confusão interior; tendência a histeria.
 Ausência de gestos = insensíveis, apáticos, pouca disponibilidade.

Cuidados:
 Não substitua o homem pela máquina.
 Vá prevenido com extensão, transformador
 Nunca pegue no microfone se você estiver na água...

Recepção da Mensagem:
 Cartaz ................................................20%
 Mural .................................................25%
 Faixa ..................................................25%
 Boletim ..............................................50%
 Falado em horário não nobre .............30%
 Falado em horário nobre ....................50%

Pensamos:
 70% Passado
 25% Futuro
 5% Presente

O local de sua apresentação não é:

 Um desfile de moda
 Lugar de "falar bonito" ou exibir qualidades
 Palanque político
 Local para "enrolar", "quebrar galho"
 Promover setores ou atividades não relacionados ao assunto
 Oportunidade para se ganhar confiança
 Local para atitudes grosseiras ou palavras ásperas.
 Chance para contar uma piada interessante.
 Declamar poesia.
 Exibir qualidades ou exaltar o eu.
 Momento para desforra pessoal ou do grupo.
 Contar histórias gregas ou outras inventadas...

06 – AUMENTANDO O PODER DA PALAVRA


Para aumentar o seu poder na comunicação, é preciso seguir algumas dicas;
Leia mais.
Quem lê sabe mais. Quando você prática o hábito de ler, adquire vocabulário e conhecimento,
aprende com outros ponto de vista e idéias, pode conhecer vários lugares sem sair de onde estiver.
Pessoas que lêem bastante, dificilmente falam ou escrevem errado, já que quando lemos, percebemos a
maneira exata de se escrever aquela palavra ou frase. Mas, tome cuidado com o que você lê. De nada
adianta passar horas lendo bobagens que não lhe trarão conhecimento, ou ainda, correndo o risco de
encontrar palavras escritas de forma errada. Praticando este hábito, você conseguirá: ler mais rápido,
aumentar seu vocabulário podendo assim, utilizar uma grande variedade de palavras e termos, tornando
sua apresentação rica, compreender melhor o que os textos e pessoas querem dizer, comunicar-se
melhor.

Evite palavras complicadas.


Este é um ponto importante. Tem gente que adora usar aquelas palavras difíceis. Difíceis na
pronúncia, na compreensão, na escrita. Você precisa ter em mente quem é o seu público, antes de
arriscar usar uma palavra complicada. Se sua apresentação estiver sendo vista apenas pelo seu grupo de
trabalho ou escola por exemplo, você poderá usar termos e palavras que estejam presentes na vida e no
assunto pesquisado por estas pessoas. Se sua apresentação for dirigida a um grupo variado, formado por
vários tipos de pessoas, classes, idades, etc, você precisa tomar cuidado com as palavras, já que não se
pode nunca afirmar que seu público saiba o significado daquela palavra. Enfim, adapte seu vocabulário
conforme seu público, e mesmo que ele seja um público capaz de compreender termos difíceis e amplo
vocabulário, tome cuidado para que suas frases não se tornem verdadeiros enigmas, que precisam ser
ouvidos, re-ouvidos, e lidos para se compreender facilmente o que você quis dizer.

Pronuncie frases com sentido.


Muitas pessoas criam frases sem prestar atenção em seu verdadeiro significado. Você precisa
construí-las, de uma forma clara, que possa ser compreendida facilmente por qualquer pessoa. Muitas
vezes, uma virgula no lugar errado, uma troca de palavras, podem comprometer sua frase. Se existe algo
que eu prezo muito, é falar com as pessoas como se eu estivesse sempre explicando algo para elas, dessa
forma, sei que na maioria das vezes serei compreendida.

Peça para outros corrigirem seus erros.


É difícil ser corrigido, tudo bem, mas se você quiser ser um profissional nota dez, precisa saber
ouvir - e não ouvir - seus companheiros. Ouvir, quando a crítica for construtiva, que realmente traga
melhorias em sua apresentação, mas tomar cuidado também, com pessoas invejosas que desejam apenas
criticar seu trabalho e te colocar pra baixo. Você pode começar, pedindo para um amigo, um familiar
anotar seus erros. Por exemplo, os erros de gramática, os tiques, a maneira como você fala ou se saiu de
uma pergunta. Se não for possível pedir isso a alguém, você pode gravar suas apresentações ou mesmo
filmá-las quando possível, dessa forma, você mesmo poderá se auto-avaliar e corrigir seus futuros erros.
Uma coisa eu garanto, é péssimo ouvir sua própria voz gravada ou assistir-se, mas lembre-se de que
você aparecerá exatamente como as pessoas te vêem, e que você se achará horrível e incomodado se
repetir aquele erro. Outra dica, é a seguinte, sempre que você terminar de falar, se apresentar, se expor,
enfim, volte ao seu lugar e fique "na sua". Conheço muita gente que já volta ao lugar perguntando
"Como eu estava?", "Fui bem?". Com estas perguntas, apenas conseguiremos demonstrar insegurança
ou ouvir reprova ou bajulação, portanto, volte ao seu lugar e espere que somente os que tiverem gostado
de sua exposição, o elogiem sinceramente.

Nunca use palavras de significado desconhecido para você.


Jamais! Às vezes achamos determinada palavra bonita e por isso queremos usá-la na próxima
oportunidade, ou ainda, ouvimos alguém dizendo aquela palavra e decidimos usa-la também, mesmo
sem saber seu verdadeiro significado. Isso é péssimo, prefira pesquisar seu significado e usa-la somente
quando estiver seguro sobre a forma correta de usa-la ou encaixa-la em suas frases.

Mude de vez em quando o tom e a intensidade da voz. (Ênfase, Ritmo).


Pode existir um profissional capaz, inteligente, que domine seu discurso, mas se este mesmo
profissional, não souber usar a ênfase e o ritmo, será levado como chato e monótono. Você deve usar o
ritmo em suas apresentações, falando mais baixo (chamando a atenção) ou falando mais alto,
"acordando" sua platéia quando eventualmente seu discurso estiver sendo menosprezado. Coloque
ênfase de vez em quando em determinadas frases e palavras, dessa forma você chamará a atenção do
seu público. Um bom ritmo, é aquele que não cansa. Comece a prestar atenção em seus artistas,
cantores, diretores, pessoas preferidas, e note a forma como elas falam. Certamente, você gostará mais
daqueles que tem um ritmo gostoso ao falar, que sabem falar alto e falar baixo quando preciso, que
sabem dar ênfase nos pontos principais e interessantes.

07 – CUIDADOS IMPORTANTES
Nunca chegue na hora. Chegue antes da hora/Imprevistos
Se você chegar antes, poderá saber como é o local, se está faltando algo, como está o clima, se seu
público ficará sentado ou em pé... Poderá preparar tudo com calma e estar pronto na hora certa. Existe
também a questão do imprevisto. E se o data show falhar? Você terá tempo de por exemplo, preparar
algumas cartolinas. E se ocorrer qualquer outro problema? Existe chance de você resolve-los, afinal, é
horrível preparar tudo com seu público esperando, você ficará como inseguro e não organizado.

Cuidado com a aparência... para que sua roupa não chame mais atenção que sua apresentação.
Não seja um cabide ambulante.
Jamais use saias e roupas curtas ou muito justas, sapatos de saltos enormes, cores muito vibrantes
e chocantes. Cuidado com a combinação de cores e peças. Não encha seus bolsos de papéis, canetas,
celular, chaveiro... A imagem fica pesado e você parecerá um cabide ambulante. Sua imagem deve ser
limpa, suave e leve.

Não cruze os braços.


Cruzar os braços demonstra insegurança e barreira. Procure não ficar nesta posição em momento
algum.

Não coloque as mãos atrás das costas.


Ou seu público ficará curioso sobre o motive de suas mãos estarem lá atrás... Pensaram até que
você está escondendo algo!

Cuidado com a voz e a garganta.


Quem trabalha muito com a voz, deve tomar cuidado com ela. Resfriados, gripes, poeira, bebidas
geladas...

Não grite.
Gritar para seu público é a pior coisa. Eles não estão lá para ouvir gritos.

Cuidado com a postura.


Não se poste de qualquer jeito, não debruce na tribuna, mantenha uma postura ereta e bonita.

Sinta-se confortável com a roupa que veste.


Não use aquela roupa apenas porque é chique, bonita ou legal, use algo confortável, mas que seja
apresentável e que não chame muita atenção.

Certifique-se de que a mensagem está de acordo com seu público (idade, profissão...)
Como já falado antes, adapte sua mensagem ao seu público, para não correr o risco de falar sem
ser compreendido, ou ser superficial demais num assunto que você poderia explorar mais.

08 – FAÇA ISSO
Usar de bom humor apropriado na apresentação.
Você deve aparentar felicidade sempre, por mais que esteja cheio de problemas. Não confunda
isto, com contar uma piada a cada minuto, aliás, tome cuidado com as piadas, para que não sejam em
excesso, discriminatórias, ofensivas, difíceis de entender ou sem graça.

Prepare-se. Não confie em sua memória e não tente decorar sua apresentação.
O risco de você esquecer tudo o que iria dizer, pelo nervosismo, é muito grande. Leve sempre um
roteiro, palavras chaves, que te ajudem a se recordar dos pontos importantes durante a apresentação.

Descobrir as necessidades do grupo.


Saber o que o grupo ou público quer ouvir é importante, afinal, você está lá para mostrar sua
opinião e uma provável solução para o assunto. Você deve ter um objetivo definido em sua
apresentação.

Use recursos visuais quando possível.


Você pode e deve usar estes recursos. Gráficos, estatísticas, pesquisas, reflexões, pensamentos,
palavras chaves. Pode ser em cartolinas, data show, slides, computador e até mesmo objetos.

Faça contato visual com o maior número de pessoas possível.


Procure olhar nos olhos das pessoas, mesmo que isso seja um pouco difícil no começo. Quando
você estiver falando, alterne as pessoas pra quem você olha, pra que elas sintam-se cuidadas e
prestigiadas. Em suas primeiras apresentações você vai querer fugir do contato visual, neste caso,
escolha alguns pontos fixos e olhe para eles, dessa forma a platéia terá a sensação de que você está
olhando para ela. Quando se sentir mais a vontade, comece a olhar nos olhos das pessoas e sentirá como
isso é bom, já que com este contato você pode sentir como está indo sua apresentação (se está clara,
demorada, cansativa...).

Tenha pleno conhecimento do que vai apresentar.


Antes de se aventurar a falar sobre qualquer assunto, você precisa saber bastante sobre ele, estar
preparado para perguntas indiscretas e difíceis e saber o maior número de dados, estatísticas e exemplos
sobre o assunto. O importante, é mostrar saber o assunto e não que você apenas decorou um texto.

Use gestos apropriados.


Já vi gente fazer um gesto ou uma expressão no rosto negativa, quando na verdade falava sobre
algo positivo. Tome cuidado para que suas palavras estejam de acordo com seus gestos. É como por
exemplo dizer que "A cidade é enorme" e ao mesmo tempo fazer um gesto de tamanho pequeno nas
mãos.

Ficar dentro do assunto. Cuidado com os rodeios e assuntos que puxam outros assuntos e
lembranças.
Se você não quiser ser um chato, tome cuidado para não fazer tantos rodeios, lembrar de tantas
coisas ou sair toda hora do assunto. A maioria das pessoas que faz isso, costuma se esquecer sobre o que
estava falando e não retorna mais naquele assunto, que era o realmente importante. Quem faz muitos
rodeios, deixa o ouvinte esperando respostas.
Sempre use uma ilustração, uma história ou uma experiência.
Dessa forma, você enriquece sua apresentação. Tenha sempre um fato interessante para contar,
uma história ou uma experiência de vida que se encaixe no assunto falado.

09 – NÃO FAÇA ISSO


Cuidado ao usar o humor, para que ele não ofenda a ninguém e, além disso, o risco de ninguém
achar graça é grande.
Já falamos um pouquinho sobre isso anteriormente. É importante que você não se deixe levar
demais pelo humor. O humor só deve ser usado por quem realmente consegue dominá-lo, sabendo
diferenciar o que é realmente engraçado e pode ajudar em sua apresentação do que pode não surtir
efeito ou não criar o efeito que você imaginava.

Não use sua oportunidade para criticar ou expor sua opinião, pode ser que as outras pessoas não
pensem como você. Apenas exponha seu assunto e ponto de vista.
Muita gente adora impor seu ponto de vista como o único correto. O que precisamos ter em
mente, é que as pessoas são diferentes de nós, e naturalmente pensam e tem o direito de pensar diferente
do que pensamos. Para evitar com que seu público te ache um chato ou mesmo que entre em debates
com você, mostre apenas sua opinião e pronto. Não fique tentando convencer as pessoas de que só você
é o correto, é preciso saber ouvir e perceber as reações.

Não use recursos visuais em excesso.


Você deve utilizá-lo, mas sem excesso, caso contrário, você pode ficar perdido ou tornar sua
apresentação visual demais e quase sem conteúdo.

Não use slides ou transparências com muitas palavras.


Estes são recursos para serem utilizados com moderação. Moderação, na quantidade de palavras
ou imagens que colocamos neles. Você está para falar sobre o assunto, e não para ler o slide ou deixar
que seu público leia. Use slides e transparências apenas com palavras chaves, palavras importantes,
palavras difíceis, estatísticas, dados, imagens, ou seja, apenas o que ficaria mais fácil se as pessoas
pudessem ver ao invés de apenas escutar.

Não ignore as reações do público.


Seu público é sua melhor resposta. Existem ótimos palestrantes, mas que ignoram as reações de
seu público, tornando-se assim verdadeiros chatos. Preste atenção na reação das pessoas, nos olhares, na
postura, tente captar se elas estão compreendendo o que você diz, o que você mostra, se estão gostando
de sua apresentação ou se ela tornou-se cansativa. Se você perceber várias pessoas olhando no relógio,
por exemplo, pode significar que você extrapolou um pouco... Enfim, olhe para seu público, descubra o
que estão achando ou pensando e dê a resposta que eles pedem.

Não entre em debates. Seja imparcial.


Se você perceber que pode cair em debate, fique atento. Certos assuntos são polêmicos, e é
preferível evita-los. Se você perceber um clima ruim, corte discretamente aquele assunto. Cuidado
também, ao abrir um tempo para perguntas, você pode ficar sem conseguir responder algo ou acabar
entrando em debates. Você pode sim, abrir espaço para perguntas, desde que realmente saiba respondê-
las. Se por acaso não souber responder algo, seja sincero e humilde e diga que naquele momento não
tem dados precisos para responder, mas que irá pesquisar sobre aquilo e se realmente puder, dar uma
resposta posteriormente àquela pessoa.
Cuidado também, para não defender publicamente determinada opinião de determinada pessoa e
ignorar outras.

Não ignore o conhecimento do público.


Tome cuidado com isso. Você não deve parecer ser o dono da verdade, e não deve ignorar os
comentários e o conhecimento do seu público.

Não pergunte se pode continuar ou terminar sua apresentação.


São perguntas que não devem ser feitas, já que demonstram irritação. Apenas continue de onde
parou caso tenha sido interrompido.

Ao terminar, não saia perguntando a todos como foi sua performance, deixe que os outros venham
te elogiar, mas saiba não ser orgulhoso, e aceitar possíveis sugestões.
Como já falado, apenas volte ao seu lugar. Os que realmente gostaram de sua apresentação, irão te
elogiar sinceramente.

10 – PRINCIPAIS ERROS
 Falar "demais" ou discursar ignorando o relógio ou expressão do público
 Usar de fábulas, ou ficções...
 Exageros (apelo e outros...)
 Mensagem excessivamente "Light", não convence
 Exigir respostas
 Usar gírias
11 – A BOA MENSAGEM
A boa mensagem
Tem ilustração, experiências de vida
É coerente, compreensível
Atual e com novidades
Tem pensamentos
Aplicação prática
É ao ponto, sem prolongamentos
Está de acordo com o público alvo
Houve pesquisa sobre o assunto
Tem ilustrações visuais
Leva o ouvinte a uma decisão
Cuidados especiais

Cuide de sua aparência


Seja Pontual ao começar e terminar
Adequação ao local, dia, período, duração, etc..
Peça para alguém observá-lo ou grave sua apresentação
Se houver músicas, escolha antes
Palestras dos outros
Ilustrações muito antigas...
Datas, estatísticas e nomes devem ser precisos
Olhar para todo auditório
Imprevistos

12 – OS SEGREDOS DA BOA COMUNICAÇÃO


Se você fala rápido demais, repita as mensagens mais importantes usando outras palavras. Quem
não entendeu da primeira vez entenderá da segunda. Porém, tome cuidado para que o seu ritmo seja
totalmente compreensível, caso contrário você só conseguirá irritação de sua platéia.
Se fala devagar, não desvie o olhar da platéia nos instantes de pausas mais prolongadas. Após o
intervalo, volte a falar com mais ênfase.
Cuidado com os grunhidos "né", e "tá". Além de horríveis, demonstram insegurança. Tome
cuidado também para não se menosprezar ou menosprezar sua apresentação.
Conheça o interlocutor. Se o grupo estiver familiarizado com o tema, não simplifique as
informações.
Nunca, jamais, em hipótese alguma decore a palestra. Faça um roteiro: conte o problema,
apresente a solução e, por fim, demonstre sua esperança no apoio dos diretores ao projeto.
Nada de tecnofobia. Mostre quanto você está antenado com as tecnologias e vá direto ao
computador. Com o sistema datashow, você dá um clique cada vez que quer mudar a página. E se o
computador pifar? Leve umas cartolinas com as principais informações da palestra. "Você vai mostrar
que está sempre pronto para enfrentar o pior"
Cuidado com a postura. Não fale com as mãos nas costas, mantenha o paletó abotoado e olhe para
todas as pessoas da platéia alternadamente. Há dois erros que as pessoas costumam cometer numa
apresentação: falta de gestos ou excesso de gestos. Use-os, mas com moderação.
Seja você mesmo. Nenhuma técnica é mais importante que a sua naturalidade.
Pronuncie bem as palavras, articulando bem a boca - sem exagero.
Fale com boa intensidade - nem alto nem baixo demais - sempre de acordo com o ambiente.
Fale com boa velocidade - nem rápido nem lento demais.
Fale com bom ritmo, alternando a altura e a velocidade da fala para manter aceso o interesse dos
ouvintes.
Tenha um vocabulário adequado ao público.
Cuide da gramática, pois um erro nessa área poderá comprometer a apresentação.
Tenha postura física correta.
Dê à sua fala início, meio e fim.
Fale com emoção - demonstre interesse e envolvimento pelo assunto.
Saiba exatamente o que vai dizer no início, quase palavra por palavra, pois neste momento estará
ocorrendo maior liberação da adrenalina.
Leve sempre um roteiro escrito com os principais passos de apresentação, mesmo que não precise
dele. É só para dar mais segurança.
Se tiver que ler algum discurso ou mensagem, imprima o texto em um cartão grosso ou cole a
folha de papel numa cartolina, assim, se as suas mãos tremerem um pouco o público não perceberá e
você ficará mais tranqüilo.
Ao chegar diante do público não tenha pressa para começar. Respire o mais tranqüilo que puder,
acerte devagar a altura do microfone (sem demonstrar que age assim de propósito), olhe para todos os
lados da platéia e comece a falar mais lentamente e com volume de voz mais baixo. Assim, não
demonstrará a instabilidade emocional para o público.
No início, quando o desconforto de ficar na frente do público é maior, se houver uma mesa
diretora, cumprimente cada um dos componentes com calma. Desta forma, ganhará tempo para superar
os momentos iniciais tão difíceis. Se entre os componentes da mesa estiver um conhecido aproveite
também para fazer algum comentário pessoal.
Antes de falar, quando já estiver no ambiente, não fique pensando no que vai dizer, preste atenção
no que as outras pessoas estão fazendo e tente se distrair um pouco.
Antes da apresentação evite conversar com pessoas que o aborreçam, prefira falar com gente mais
simpática.
Antes de fazer sua apresentação, reúna os colegas de trabalho ou pessoas próximas e treine várias
vezes. Lembre-se de exercitar respostas para possíveis perguntas ou objeções, com este cuidado não se
surpreenderá diante do público.
Se der o branco, não se desespere. Repita a última frase para tentar lembrar a seqüência. Se este
recurso falhar, diga aos ouvintes que mais a frente voltará ao assunto. Se ainda assim não se lembrar,
provavelmente ninguém irá cobrar por isso.
Todas essas recomendações ajudam no momento de falar, mas nada substitui uma consistente
preparação. Use sempre todo o tempo de que dispõe.

13 – PRODUZINDO UM BOM VISUAL


1.Coloque um título

O título do visual auxilia o ouvinte a identificar imediatamente as informações que irá observar.
Um bom título deve ser simples, de poucas palavras e muito esclarecedor.
Normalmente o título deve ser colocado na parte superior do visual.

2. Faça legendas

Colunas coloridas e linhas horizontais serão apenas colunas coloridas e linhas horizontais se não
forem identificadas por legendas.
Facilite a visualização das legendas arredondando os números. Prefira, por exemplo, colocar que a
população é de 15 milhões de habitantes, em vez de escrever 15.001.600, a não ser que esses 1.600
habitantes sejam muito importantes para a informação - o que é pouco provável.

3. Escreva com letras legíveis

Alguns visuais são produzidos com letras tão pequenas que só quem está nas primeiras fileiras
consegue ler. Os demais ficam sem entender do que se trata e, por isso, podem perder o interesse pela
exposição.
Escolha letras grandes, com tamanho suficiente para serem lidas por todas as pessoas da sala.

4. Limite a quantidade de tamanho das letras

Você conseguirá melhor uniformidade se usar o máximo de três tamanhos de letra por visual.
Com um número reduzido de tamanho, as letras poderão ser lidas mais rapidamente.

5. Componha frases curtas

Cada frase deve representar em essência uma idéia completa, com o menor número de palavras
possível. De maneira geral, seis ou sete palavras são suficientes.

6. Use poucas linhas

Como idéia de grandeza, se o visual for elaborado no sentido horizontal, procure usar seis ou sete
linhas. Se for no sentido vertical, poderá chegar a oito ou nove linhas.

7. Use cores

Use, mas não abuse.


Com a facilidade proporcionada pelos atuais programas de computadores, algumas pessoas fazem
de seus visuais verdadeiros mostruários de cores e pecam pelo excesso.
Use cores contrastantes para destacar bem as informações e, a não ser que seja muito necessário
usar um número maior, estabeleça um limite de três a quatro cores por visual.

8. Use apenas uma idéia em cada visual

Identifique a idéia central da mensagem e restrinja-se a ela no visual.

9. Utilize apenas uma ilustração em cada visual


A ilustração pode ajudar a tornar clara a mensagem, facilitando a compreensão dos ouvintes. Uma
única ilustração é suficiente. Se precisar, complemente o visual com setas e flechas que orientem o
sentido em que a informação deve ser lida - horizontal, vertical, de cima para baixo, de baixo para cima,
etc.

10. Retire tudo o que prejudicar a compreensão da mensagem

Retire todas as informações desnecessárias, como números, gráficos, legendas que possam distrair
a concentração ou dificultar o entendimento do ouvinte. Só deixe no visual os dados que facilitem a
compreensão da mensagem.

14 – FALANDO DE IMPROVISO
Falar de improviso não é inventar informação. Quem pensa que falar de improviso é chegar diante
de um grupo e apenas aproveitar a circunstância como fonte de inspiração para descobrir o que vai dizer
está a um passo da irresponsabilidade. Essa atitude ingênua pode pôr em risco a imagem e a reputação
de quem se apresenta em público. Portanto, falar de improviso, ao contrário do que algumas pessoas
supõem, significa falar sem se preparar de maneira conveniente para expor um assunto.
Por exemplo, você está em uma reunião tranqüilo, meio desligado da vida e de repente, em meio a
um debate, aparece alguém com a brilhante idéia de convidá-lo para ir à frente e discorrer sobre o tema
que está sendo discutido, sem que tivesse se preparado para apresentá-lo. Ou você mesmo, em vista do
andamento dos fatos que cercam o evento, resolve tomar a iniciativa de falar sobre a matéria sem que
houvesse imaginado tomar aquela decisão. Você, bem ou mal, conhece o assunto, só não havia
planejado falar sobre ele. Aí está o improviso, pois ao mesmo tempo em que você vai falando é
obrigado também a ordenar a seqüência da exposição.

Há também situações em que o improviso, embora receba essa denominação, não é na verdade
uma fala improvisada. É comum, por exemplo, ler notícias de que o presidente da República ou um
governador de Estado falou de improviso em determinado evento. É evidente, entretanto, que pela
relevância de alguns desses episódios, o discurso foi detalhadamente planejado com muita antecedência.
Apenas não foi lido diante do público.

Não é esse o tipo de improviso que vou tratar neste texto, mas sim aquele inesperado, imprevisto.

O ouvinte recebe a informação toda como se fosse uma só um discurso que se preze possui pelo
menos duas partes: uma preparação, que tem por objetivo orientar o ouvinte sobre as informações que
ele desconhece e revelar quantas e quais são as partes que deverão ser cumpridas; e o assunto central, a
mensagem propriamente dita. Durante a apresentação o orador cumpre didaticamente essas duas etapas
consciente do momento em que faz a preparação e do instante em que desenvolve a mensagem. O
ouvinte, entretanto, recebe sempre a mensagem como se fosse uma só, desde o princípio até o final. Ele
não fica analisando se o orador está na fase de preparação ou no desenvolvimento da mensagem. É essa
característica de como o ouvinte recebe a mensagem que permite a aplicação de uma das melhores e
mais eficientes técnicas de improvisação.
O ouvinte é levado a pensar que o orador conhece e domina o assunto todo o segredo do
improviso é muito simples: antes de falar a respeito do tema que é o objetivo da apresentação, comece a
discorrer sobre um outro assunto que domine. Por exemplo, você pode usar informações ligadas

à sua atividade profissional, ao seu hobby, à passagem de um livro que tenha sido marcante, à
cena de um filme que o emocionou, a um desafio que superou, a uma viagem, a episódios de sua vida,
ou da vida de pessoas que conheça. Assim, enquanto você fala sobre o assunto que conhece muito bem,
tem condições de planejar a seqüência da apresentação.

Com certeza em algum momento da exposição será possível fazer a ligação dessas informações
que domina com a mensagem principal. Como o ouvinte recebe a mensagem como se fosse uma só o
tempo todo, será induzido a pensar que você tem o domínio completo do assunto, quando na verdade o
seu conhecimento é apenas da preparação, e sobre o tema principal talvez tenha apenas algumas
informações. Há ainda uma outra grande vantagem em começar falando sobre um assunto que domina
relacionada ao interesse produzido no ouvinte. Um bom orador, a não ser que seja obrigado pela
circunstância a ser muito objetivo, não trata diretamente do assunto e seca a conversa. Não, o bom
orador mesmo conhecendo o tema com profundidade e sabendo exatamente o que irá falar sobre ele,
deixa para desenvolvê-lo um pouco mais no final. Separa a informação e procura torná-la mais atraente
e estimulante para o ouvinte a partir do desenvolvimento daquele primeiro assunto, seu velho
conhecido.

Treine essa técnica de improvisação no seu dia-a-dia. Toda vez que precisar falar sobre um tema
desenvolva antes um assunto que domine muito bem. Você ficará surpreso com o resultado. Cuidado,
entretanto, para não desenvolver esse primeiro assunto de maneira exagerada para que ele não pareça
ser mais importante do que a mensagem principal, e especialmente não dê a impressão de estar só
ganhando tempo ou sendo superficial.

15 – PODE PERGUNTAR?
Quando estamos falando em público, e alguém no meio da platéia levanta o braço, demonstrando
o desejo de fazer uma pergunta, nós nos sentimos desafiados. Por mais que conheçamos o assunto, por
mais que tenhamos nos preparado para a apresentação e por mais que tenhamos previsto a possibilidade
de que as pessoas pudessem nos questionar, nós nos sentimos desafiados, porque aquele gesto carrega
uma série de fatores que precisam ser considerados em um tempo muito rápido, em poucos segundos,
antes, durante e depois de a pergunta ser formulada.
Por que uma pessoa, no meio da platéia, resolve se expor fazendo uma indagação, mesmo
correndo o risco, por menor que seja, de ser mal interpretada, de não conseguir concatenar bem suas
idéias e formular mal a questão, de parecer despreparada pelo fato de a pergunta não estar no nível da
exposição, de ser considerada inconveniente, e por tantos outros motivos que poderiam prejudicar sua
imagem?
Algumas pessoas nem chegam a se preocupar com esses perigos quando fazem uma pergunta,
mas que eles existem, existem.

Por que as pessoas perguntam

Vamos analisar alguns dos motivos que levam uma pessoa a fazer perguntas:
por dúvida - quando não compreende perfeitamente o que está sendo transmitido;
por vontade de aprender - quando assimila as informações fornecidas, mas deseja saber mais
sobre o assunto;
por necessidade de se destacar no ambiente - quando deseja ser notada pelas outras pessoas que
formam o auditório, independentemente de ter entendido ou não o que está ouvindo;
para provocar - quando deseja atrapalhar o desenvolvimento da apresentação por causa da
hostilidade que nutre contra o tema ou contra o próprio palestrante;
para testar os conhecimentos de quem fala - quando deseja certificar-se da segurança do
palestrante sobre a matéria;
para projetar e valorizar a sua imagem - quando deseja demonstrar que é uma pessoa inteligente
ou bem preparada e está acompanhando o raciocínio do palestrante ou que possui outras informações
sobre a matéria.
Entender qual o motivo que leva uma pessoa a fazer uma pergunta é importante também para que
possamos analisar se a questão é adequada ou não ao assunto da apresentação, ou aos objetivos da
platéia.
Quando uma pergunta é motivada por dúvida ou vontade de aprender, as chances de que ela seja
apropriada são maiores; quando, entretanto, é motivada por necessidade de se destacar no ambiente,
para provocar, para testar os conhecimentos de quem fala, ou para se projetar, valorizar a própria
imagem, são grandes as possibilidades de que ela seja inadequada.
Uma pergunta pertinente, apropriada ao tema da exposição e aos interesses da assistência, ajuda a
promover maior interação entre o palestrante e a platéia. Ao contrário, uma pergunta inadequada, sem
relação com o assunto apresentado e distante das razões que levaram os ouvintes àquele evento, poderá
afastá-los do apresentador e prejudicar a concentração do grupo.

Quando responder (ou não) a uma pergunta


Quando uma pergunta nos é feita, quase sempre temos a tendência de respondê-la, ou por
julgarmos que, por ter sido formulada, deve ser respondida de qualquer maneira, ou porque, até por
vaidade às vezes, tendo as informações, somos inclinados a respondê-la para demonstrar à platéia que
estávamos preparados para superar esses "desafios".
Se a pergunta for apropriada, é lógico que deve ser respondida, pois estará, conforme vimos,
possibilitando maior interação com a platéia. Se, entretanto, a pergunta for inadequada, poderemos
tentar uma adaptação, reformulá-la e torná-la apropriada para o assunto da nossa exposição e respondê-
la. Agora, se não for possível fazer essa reformulação e tivermos consciência de que de nenhuma
maneira ela se tornaria apropriada, para o benefício do bom resultado da apresentação, temos que ter a
lucidez e até a humildade de não dar a resposta, e de uma forma delicada dizer que a questão foge um
pouco da seqüência planejada para a exposição, mas que seria possível conversar sobre o novo tema no
final, depois de encerrado o evento.
Essa é uma circunstância que precisa ser vista com muita seriedade e até com rigor, pois
acumulam-se os exemplos de experiências em que as pessoas começam a formular questões sem
nenhuma relação com o assunto, e os outros ouvintes, entediados, se interrogam até quando continuarão
com aquelas perguntas descabidas.

Como enfrentar a pergunta


Independentemente de a pergunta ser apropriada ou não, é importante ouvi-la atentamente até o
final (exceto nos casos em que a pessoa transforma a pergunta num discurso, pois, nesta circunstância,
precisamos interrompê-la para que não afaste a concentração da platéia) e demonstrar na fisionomia e
na expressão corporal uma atitude serena, atenta e interessada em resolver as dúvidas dos ouvintes.
Nunca devemos menosprezar alguém com observações depreciativas pelo fato de ter feito perguntas
indevidas. Se agirmos assim, poderemos ser tomados por alguém prepotente, arrogante e angariar a
antipatia da platéia.
Sempre que julgarmos necessário, devemos repetir a pergunta para nos certificar de que
compreendemos bem a questão e para dar outra oportunidade para que os ouvintes também possam
entender de forma correta o que foi questionado.
Se a pergunta for hostil com relação à nossa pessoa ou ao tema tratado, ao repeti-la, devemos
reformulá-la, procurando substituir as expressões agressivas, para tentar suavizar o ataque e tornar mais
amena a tarefa de dar respostas que evitem o confronto com o ouvinte ou até mesmo, às vezes, com uma
parcela do auditório.
Outra prática bastante conveniente é a de valorizar a pergunta antes de começar a respondê-la,
pois, ao comentarmos que aquela questão é fundamental, apropriada para o assunto, que foi levantada
no momento oportuno, estaremos enaltecendo a iniciativa do ouvinte, que se sentirá recompensado. Ao
mesmo tempo - o que é até mais importante -, estaremos aumentando a concentração da platéia, que
desejará ouvir a resposta para aquela questão que foi julgada oportuna pelo palestrante.
Precisamos ficar atentos para não sermos repetitivos e não valorizarmos as perguntas sempre da
mesma forma todas as vezes, dizendo, por exemplo: "Muito importante esta questão" ou "Bem colocada
esta pergunta". Se pensarmos melhor, poderemos encontrar maneiras diferentes e criativas de valorizar
as perguntas.
Se a pergunta for hostil e agressiva, o fato de iniciarmos a resposta valorizando a iniciativa do
ouvinte poderá contribuir para o sucesso da nossa explanação.
Nesta circunstância, depois de repetir a pergunta, com o cuidado de reformulá-la para suprimir as
expressões agressivas, poderemos aumentar nossas chances de sucesso valorizando o questionamento,
demonstrando, assim, que estamos tão confiantes e tranqüilos de nossa posição que ficamos satisfeitos
com a oportunidade de falar sobre o tema.
Poderemos dizer, por exemplo: "Foi muito importante o senhor ter levantado esta questão, porque
assim me dá a oportunidade de esclarecer alguns pontos que não foram divulgados de maneira
conveniente e que levaram algumas pessoas a tirar conclusões totalmente distorcidas".
Uma dica - Quando alguém faz uma pergunta sem o uso de microfone, geralmente, até pelo fato
de não estar "aquecido" como o palestrante, se expressa com volume de voz muito baixo. Nós, então,
temos a tendência de nos aproximarmos para ouvir melhor o que ele está dizendo.
Mas, quanto mais nos aproximamos, mais baixo será o volume da sua voz. Ora, como é
importante que a platéia ouça a pergunta para poder se interessar pela questão, precisamos refrear essa
tendência natural e nos afastarmos do ouvinte que nos questiona, pois assim ele se obrigará a falar mais
alto e todos poderão ouvir o que está dizendo.

Como se comportar ao dar a resposta


Depois de termos ouvido atentamente a pergunta e de tê-la repetido para nos certificarmos de que
a compreendemos bem, julgado sua pertinência para o assunto e valorizado a iniciativa de quem a
formulou, devemos iniciar a resposta olhando na direção de quem fez o questionamento. Em seguida,
nossa comunicação visual tem de ser distribuída para todos os ouvintes, para que fique claro que a
explanação é feita para a assistência em geral e, no momento de encerrar, voltarmos a falar na direção
do autor da questão, simbolizando com esta atitude que a sua pergunta foi respondida.

A sessão de perguntas e respostas poderá ser facilitada se combinada no início


Se o palestrante possuir larga experiência no assunto, longo tempo para falar e estiver diante de
uma platéia reduzida (menos de 100 pessoas), poderá abrir espaço para as perguntas logo no princípio e
ficar à vontade para responder às questões, desde que sejam consideradas apropriadas. Mas, diante de
platéias maiores, talvez seja interessante receber as perguntas por escrito e respondê-las no final.
Se o palestrante não se sentir tão seguro sobre sua apresentação, será mais apropriado deixar as
perguntas para o final, pois seu raciocínio não será interrompido durante a exposição e, no
encerramento, as questões talvez ocorram em menor número, ou até nem sejam formuladas.
Se, entretanto, mesmo dominando o assunto, mas com tempo reduzido ou suficiente apenas para
transmitir as informações planejadas, abrir para perguntas sem nenhum critério, ou o palestrante não
conseguirá expor toda a mensagem planejada ou não cumprirá o tempo estipulado.
Por isso é interessante, sempre que possível, principalmente nesta última hipótese, combinar com
a platéia como será o tratamento dispensado às perguntas.
Podemos dizer por exemplo:
"Gostaria muito que todos participassem com perguntas sempre que desejassem, porque assim
poderia dirigir as informações de acordo com o interesse do grupo. Entretanto, tenho um tempo
estipulado para a apresentação. Então vamos combinar o seguinte: se a pergunta estiver dentro do ponto
abordado no momento, responderei a questão imediatamente; se, por acaso, a resposta tiver sido
planejada na seqüência, pedirei que aguardem até que eu possa cobrir esta parte da matéria. Se depois
julgarem que as informações tenham sido insuficien-tes, abordarei os aspectos do tema com maior
profundidade".
Se, eventualmente, o problema fugir do objetivo de nossa reunião, pedirei que me procurem no
final para conversarmos a respeito ". Assim, com tudo combinado, será mais fácil responder, pedir que
aguardem um pouco mais ou deixar o assunto para depois da apresentação.
Outra dica - Não existe nada mais desagradável numa apresentação do que o palestrante insistir
com as pessoas da platéia para que façam perguntas.
Às vezes, o apresentador insiste tanto que alguém, até como atitude de solidariedade, levanta uma
questão sem nenhuma ligação com o assunto, só para participar e atender aos apelos que chegam da
tribuna. Devemos perguntar uma ou duas vezes, no máximo três, se alguém deseja levantar alguma
questão. Se ninguém se manifestar, o melhor que temos a fazer é continuar dentro do nosso esquema
planejado.
Podemos, sim, induzir o público a pensar que estamos respondendo a perguntas se dissermos,
antes de começarmos o desenvolvimento do raciocínio: "Vocês devem estar se perguntando", ou "Uma
pergunta que me fazem com freqüência é", ou "Se fizermos outras ponderações semelhantes."
Uma outra solução, que geralmente dá muito bom resultado, é delimitar a informação. Por
exemplo, se estivermos fazendo uma palestra sobre a arte de falar em público e desejarmos que os
ouvintes participem com perguntas, podemos esclarecer o tema a ser questionado:
"Alguém tem alguma pergunta sobre o medo de falar em público?" Como, normalmente, as
pessoas deixam de fazer perguntas com receio de agir de forma inconveniente, ao saberem que, se
perguntarem sobre o medo, estarão levantando uma questão apropriada, vão se sentir estimuladas a
participar.
Uma historinha para encerrar
É conhecida a anedota daquele famoso palestrante que vivia com sua agenda repleta de
compromissos para fazer suas palestras. Ele viajava sempre com um motorista que o servia há muitos
anos.
Certo dia, indo para uma cidade distante, onde nunca tinha estado, sentiu-se indisposto por causa
de uma gripe inesperada. Pensou em cancelar o compromisso, mas foi persuadido pelo motorista a
manter a palestra, pois este alegava que, já tendo ouvido centenas de vezes aquela apresentação, estava
em condições de substituí-lo e, como ninguém o conhecia naquela localidade, tudo se resolveria bem.
O palestrante aceitou a proposta, mas pediu-lhe que tomasse cuidado com as perguntas, pois, se
fossem a respeito de matérias diferentes, ele não saberia como responder.
Tudo combinado, foram para o local da palestra, com o palestrante usando as roupas e o boné do
motorista.
O motorista cumpriu bem o papel do palestrante, fazendo uma apresentação bastante aceitável,
mas, quando estava encerrando, alguém na platéia fez uma pergunta difícil e capciosa sobre uma parte
da matéria que ele desconhecia.
Ele não se abalou e, com muita segurança, disse à pessoa que levantara a questão:
"Esta é uma pergunta tão simples e com uma resposta tão óbvia, que vou pedir ao meu motorista
que se encontra lá no fundo do auditório que dê a resposta".
Há situações em que é mais conveniente que as perguntas dos ouvintes surjam desde o início da
apresentação, em outras, entretanto, é melhor deixar para o final, e há aquelas também em que é mais
apropriado esperar que o público decida como deseja agir. www.polito.com.br
Os ouvintes devem fazer perguntas desde o início quando:
 você domina o assunto
 o público for reduzido
 não houver problema de tempo
Os ouvintes devem fazer perguntas no final quando:
 você tiver conhecimento superficial do assunto
 o público for numeroso
 o tempo da apresentação for reduzido
 o nível intelectual dos ouvintes for baixo, ou tiverem pouco conhecimento do assunto
Para deixar mais interessante:
 valorizar a pergunta do ouvinte motiva a platéia a continuar atenta.

16 – VESTIMENTA

17 – USANDO O HUMOR
1) Não se limite apenas às palavras. Use todos os recursos de que puder dispor, como a expressão
corporal, a inflexão da voz e, principalmente, a pausa.
2) Evite sempre a vulgaridade. Mesmo que as pessoas possam rir, resista. A médio e longo prazo,
sua imagem irá se deteriorando e você perderá credibilidade.
3) História boa é história nova, fresquinha, colhida no pé. Só narre um fato antigo ou conhecido se
puder dar a ele uma roupagem tão nova que o faça parecer inédito.
4) Procure só usar o humor que esteja diretamente ligado ao assunto que aborda, a não ser que seu
objetivo seja o de reconquistar a atenção do ouvinte, pois, neste caso, excepcionalmente, não precisará
estar relacionado ao tema.
5) Faça com que o humor pareça estar sempre nascendo no momento da sua apresentação, fruto
da sua presença de espírito. Assim, terá mais graça e valorizará ainda mais a sua imagem.
6) Prefira fazer humor a partir da circunstância da apresentação, usando fatos ou pessoas do
próprio ambiente.
7) Histórias longas são o maior veneno para o humor. Quanto mais breve puder ser, melhor.
Treine essa qualidade no dia-a-dia, fazendo tiradas bem-humoradas, rápidas, brevíssimas.
8) Cuidado para não parecer pretensioso. Ao usar o humor, não demonstre estar se vangloriando
do seu feito. Ria como se estivesse surpreso com a própria graça.
9) Minha avó já dizia: graça por graça, uma vez só basta - portanto, nada de querer bancar o
engraçadinho o tempo todo. Lembre-se de que tem uma mensagem para transmitir e que o humor o está
ajudando nesta tarefa. A não ser que o objetivo seja só o de entreter as pessoas.
10) Esteja pronto para a desgraça. Nem sempre o humor dá resultado. Assim, esteja preparado
com um plano B. Se não der certo, faça uma auto-gozação dizendo por exemplo que essa foi muito
ruim, que não teve mesmo muita graça. Quase sempre funciona.

Não brinque com brincadeiras, leve-as muito a sério. E levar brincadeira a sério significa
demonstrar de maneira muito clara que está brincando. Se depois de usar uma ironia, por exemplo, tiver
de explicar que o que acabou de fazer foi só uma brincadeira, significa que sua atitude ao brincar não foi
apropriada. Fique muito atento, falando ou escrevendo, e deixe claro que está brincando, para não
arrumar confusão.
E confusão é o que não falta quando nosso humor não é bem interpretado. Embora o bom-humor,
mas bom mesmo, de qualidade, seja apontado como um dos recursos mais importantes para o sucesso
da comunicação, é por outro lado uma forma quase sempre perigosa e arriscada de se comunicar.
Primeiro, porque a linha que separa o humor da vulgaridade é muito delicada e nem sempre perceptível.
Quanto mais nos aproximamos dessa linha, mais bem-humorados nos tornamos, mas maior passa a ser o
risco de ultrapassarmos o limite e nos tornarmos vulgares.
Depois, há inúmeros fatores que predispõem as pessoas a entender e a aceitar o humor. Depende
da cultura, do nível intelectual, do ambiente, da receptividade `a mensagem ou ao orador, enfim, são
tantos detalhes que compreendê-los e dominá-los exige experiência e muita capacidade de observação.
Finalmente, a forma de fazer humor precisa ser tão evidente aos ouvintes que eles não tenham dúvidas
de que o que estão ouvindo não pode ser tomado no sentido literal, mas sim de que se trata de uma
brincadeira. As pessoas podem ficar chateadas e se sentir traídas quando acompanham um raciocínio de
maneira compenetrada e no final, ou melhor, depois do final, são informadas de que tudo não passou de
uma brincadeira. Às vezes não dá para consertar mais, pois já amarraram o bico, cruzaram os braços e
querem continuar descontentes. E as pessoas se chateiam também quando ocorre o contrário, pensam
que tudo não passa de uma brincadeira e descobrem decepcionadas no final que o assunto era sério.
Para não incorrer nesses inconvenientes, desde o início vá dando sinais do tom da apresentação,
para que os ouvintes, até inconscientemente, se preparem para o objetivo da mensagem. Assim, você
poderá surpreender o ouvinte, já que a surpresa é uma espécie de combustível para alimentar e
realimentar o interesse das pessoas, sem que ele se sinta enganado, pois de alguma maneira, pelas pistas
que recebeu, sabia qual seria o andar da carruagem.
Quanto mais baixo for o nível intelectual dos ouvintes, mais fortes deverão ser os sinais do tom
que pretende dar. Ao contrário, quanto mais bem preparada for a platéia, mais sutil poderá ser essa
indicação. No caso de dúvida não vacile, nivele por baixo para evitar riscos.
Vigie sua forma de falar quando pretender usar o humor e observe se as pessoas estão entendendo
com facilidade que você está brincando. Se perceber que precisa ficar dando explicações de que se
tratou de uma brincadeira, passe a exagerar até que ninguém mais tenha dúvidas. Faça caretas, imite a
voz do fanho, engrosse ou afine a voz, estenda as pausas, fale como se fosse um estrangeiro tentando se
expressar na nossa língua com sotaque carregado e outros recursos que puder encontrar. Como ninguém
falaria assim normalmente ficará evidente que você está brincando.
No Brasil, quem sabe indicar com inteligência e na medida certa quando está brincando e em que
momento fala com seriedade é o Max Gehringer. Seus textos possuem esse equilíbrio de humor e de
conteúdo que faz pensar, e você nunca fica em dúvida se ele está brincando ou falando sério. Vale a
pena ler seus artigos na VOCÊ s.a. e na EXAME e também seus livros. É uma boa forma de aprender e
observar a aplicação do humor para depois adaptá-lo ao seu próprio estilo.

Resumo de como se comportar para usar o humor:

Deixe muito claro que está brincando

O humor é um dos recursos mais importantes para o sucesso da comunicação


O uso do humor é arriscado porque existe uma linha muito delicada que o separa da vulgaridade;
porque há inúmeros fatores que predispõem as pessoas a entender e a aceitar o humor (cultura, nível
intelectual, ambiente, receptividade); porque a forma de fazer humor precisa ser evidente.
As pessoas podem se chatear e se sentir traídas quando o tom da apresentação indica informação
séria e depois descobrem que era brincadeira e vice-versa
Desde o princípio vá dando sinais do tom da apresentação
Surpreenda sempre os ouvintes, sem, entretanto, enganá-los
Quanto mais baixo o nível intelectual dos ouvintes mais fortes deverão ser os sinais do tom que se
pretende dar. Quanto mais elevado for o nível intelectual, mais sutis poderão ser os sinais do tom. Em
caso de dúvida use sinais fortes
Fique atento e vigie sua forma de usar o humor – se sentir que está precisando explicar suas
brincadeiras exagere até que não precise mais dizer que estava brincando. Faça caretas, imite a voz do
fanho, engrosse ou afine a voz, estenda as pausas, fale como se fosse um estrangeiro tentando se
expressar na nossa língua com sotaque carregado
Leia os textos do Max Gehringer para aprender como usar o humor e como falar com seriedade,
sem que os ouvintes tenham dúvidas das suas intenções
Veja um caso interessante de quando o humor sai pela culatra

O pedalinho

Em uma aula de oratória, a proposta era a de que o aluno contasse um fato interessante ocorrido
na sua vida, e todos relatavam casos interessantes e divertidos. Por isso a expectativa era a de que esse
tom fosse mantido até o final. Um dos alunos começou a contar sua história ressaltando que o fato era
mesmo muito interessante. Disse que quando era jovem foi com um grupo de estudantes fazer uma
excursão em uma fazenda. Chegando lá encontraram um lago muito bonito com alguns pedalinhos na
margem, amarrados uns aos outros, e com diversas tabuletas avisando que era proibido usar aqueles
aparelhos. À noite, depois que todos foram dormir, ele e seu melhor amigo, com quem havia convivido
a vida toda, resolveram sair do quarto e ir até o lago. Desamarraram um dos pedalinhos e foram brincar
com ele na água. Quando estavam no meio do lago entenderam o por quê de todos aqueles avisos de uso
proibido, eles estavam furados e o que estavam usando começou a fazer água. Desesperados, no meio
daquela escuridão começaram a se debater tentando chegar à margem. Comentou que com as energias
esgotadas conseguiu chegar em terra firme e se salvar. E com os olhos lacrimejando revelou que o seu
amigo, entretanto, não teve a mesma sorte e morreu afogado. Foi um constrangimento geral, todos
ficaram perplexos, em silêncio sem saber como reagir – a aula que estava tão alegre e divertida se
transformou num verdadeiro velório. Tomei a iniciativa e dei um intervalo para o café. Esse é um bom
exemplo de como contrariar a expectativa e decepcionar a platéia mudando o tom indicado para uma
apresentação.

18 – EXERCÍCIOS
Repita as frases abaixo, vá aumentando gradativamente até conseguir falar mais rápido.
A PRATARIA DA PADARIA ESTÁ NA PRADARIA PRATEANDO PRADOS PRATEADOS
BRANCA BRANQUEIA AS CABRAS BRABAS NAS BARBAS DAS BRUACAS E BRUXAS
BRANQUEJANTES.
AS PEDRAS PRETAS DA PEDREIRA DE PEDRO PEDREIRAS SÃO OS PEDREGULHOS COM QUE PEDRO
APEDREJOU TRÊS PRETAS PRENHAS .
O GRUDE DA GRUTA GRUDA A GRUA DA GRINGA QUE GRITA E , GRITANDO , GRIMPA A GRADE DA
GROTA GRANDIOSA .
O LAVRADOR É LIVRE NA PALAVRA E NA LAVRA , MAS NÃO PODE LER O LIVRO QUE O LIVREIRO
QUER VENDER .
QUERO QUE O CLERO PRECLARO ACLARE O CASO DE CLARA E DECLARE QUE TECLA SE ENGANA
NO QUE CLAMA E RECLAMA.
O ACRÓSTICO CRAVADO NA CRUZ DE CRISÓLIDAS DA CRIANÇA ACREANA É O CREDO CRISTÃO.
O CLANGOR DOS CLARINS DOS CICLISTAS DO CLUBE ECLÉTICO ECLODIU NO CLAUSTRO.

19 – FINALIZANDO
Eu me lembro que comecei a interessar-me pela arte de falar em público, quando surgiu uma
oportunidade, ainda no terceiro colegial (o que não faz tanto tempo assim) de ser oradora da turma em
minha formatura.
Pesquisei como louca na internet, as melhores formas de preparar um discurso. Encontrei algumas
dicas que me foram muito úteis e fizeram com que eu fosse a escolhida entre várias amigas.
Uma das dicas, era tornar meu discurso algo leve e jovial, assim como as pessoas de minha turma,
e ao mesmo tempo, dizer palavras sinceras que revelassem como tinha sido nosso ano. E foi um
sucesso! Pela primeira vez me vi falando para centenas de pessoas, sem nunca ter passado por isso
antes.
Algum tempo depois surgiu a oportunidade de fazer um curso de oratória, onde pude melhorar
mais e aprender a lidar com as emoções e o medo.
Pensei que poderia passar um pouco do aprendi à vocês, pessoas interessadas em progredir,
aprender e estar sempre melhorar.
Confie em você mesmo, treine o quanto puder e saiba escolher as suas formas de apresentação.
Sugiro que você imprima as páginas deste curso e consulte-as sempre que precisar elaborar uma
apresentação, porém, estude-as, já que oportunidades de falar em público podem aparecer de repente, e
ai, você terá que estar preparado para falar de improviso.

Qualquer dúvida que você tenha, por favor, entre em contato comigo pelo
flavia@aprendaespanhol.com.
Lembre-se: aprender nunca é demais, esteja aberto para ouvir as
sugestões, saber mudar quando preciso e nunca se subestimar demais.
Foi um prazer estar com você neste curso!
Um grande abraço,
Flavia Gamonar.

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