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PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 01 – GR.’. APR.’. M.’.

Gostaríamos, para começar nosso relacionamento, de


parabenizá-lo pelo ingresso na esmerada ordem maçônica, em
especial na Augusta e Respeitável Loja Simbólica, Fraternidade
Força e Honra, no oriente de Joinville. Desta forma, vamos tratar
primeiro do comportamento externo do novo membro (neófito)
em nossos mistérios. Passaremos as informações básicas sobre o
funcionamento de uma oficina maçônica, mais comumente
chamada de loja maçônica.

PRIMEIRO TÓPICO: POSTURA


A abertura dos trabalhos em uma loja econômica, ou
ordinária, (nome que se dá aos trabalhos corriqueiros
semanalmente realizados em uma oficina), será sempre às
segundas feiras as 20:00hrs. Desta forma, o Ir.`. (irmão), deverá
estar à porta do templo meia hora antes, ou seja, às 19:30hrs,
sempre de terno preto, camisa branca, gravata, sapatos e meias
pretas, barbeado e higienizado.

DO USO DO BALANDRAU
Todos os IIr.`.(irmãos) receberam um balandrau ao entrar
para a maçonaria, em seu ritual de iniciação. Este poderá substituir
o terno preto sempre que o Ir.`. (irmão) não possa estar impoluto e
austero em loja, fardado como tal, de terno preto. O balandrau
deve estar limpo, e ser usado sobre todas as demais roupas do
ir.`.(irmão), sendo liberado o uso do sapatos pretos com meias
pretas, podendo estar calçado de forma digna, não podendo “em
hipótese nenhuma” assistir as seções de chinelos ou sandálias sem
a permissão expressa do mestre de cerimônias ou do venerável, o
que ocorrerá apenas em caso de doença ou impossibilidade
temporária do uso de calçados fechados.

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Sobre o balandrau deve ser usado o avental maçônico do
grau em que o Ir.´.(irmão) esta investido. Neste caso, no grau de
aprendiz, deve ser de abeta erguida e de luvas brancas. Também
deve ter em mãos o ritual, cuja cópia foi entregue ao Ir.`.(irmão) no
ingresso em nossa ordem, para que possa assistir e memorizar
todos os acontecimentos e passos que devem ser seguidos
criteriosamente para o bom andamento do trabalhos e da
egrégora da oficina.

DO RITUAL
Em nossa loja se pratica o REAA (Rito Escocês Antigo e
Aceito) de 1804, conforme copia que o APR.`.M.’. (aprendiz
maçom) deve ter em mãos. Este rito dá formato e organiza o
funcionamento da oficina, deliberando cargos e funções de cada
oficial e IIr.`. (irmãos) presentes aos trabalhos.
Ao chegar ao templo Maçônico, todos os IIr.`. devem
procurar a secretaria da loja e verificar os avisos ordinários em
nosso mural, tomando ciência dos assuntos profanos em que a
Maçonaria interfere, assim como manter em dia com suas
obrigações (metais) junto a tesouraria da oficina. Após estar
paramentado, é expressamente proibido aos IIr.’. (irmãos) estar no
lado EXTERNO.
Assim, quando o IR.`. (irmão) chegar ao templo, deve
procurar a porta externa, dar três batidas de punho fechado na
porta avisando o guarda interno, ou os IIR.`.(irmãos), que há um
maçom buscando abrigo no templo para o trabalho. Feito isto,
deve dirigir se ao vestiário para se paramentar.
Estando paramentado espere as instruções do mestre de
cerimônias (esperto), que irá fazer a chamada para a sala dos
passos perdidos e ali faça assinatura no livro de chamados do
trabalho, gravando sua presença com o seu nome e grau, assinando
em seguida. Assim feito, segue-se o ritual de entrada no templo.
A TRIPONTUAÇAO MAÇONICA
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Faz parte da tradição maçônica, que todos os IIR.`.(irmãos),
tenha apostado junto a sua assinatura os três pontos em forma de
triangulo equilátero. Assim, depois da iniciação de aprendiz, o
neófito terá que usar este diferencial em sua assinatura, mostrando
e se identificando com os demais maçons da face da terra que você
recebeu a luz da maçonaria e juntou-se à família maçônica desta
loja. Os demais simbolismos e significados destes três pontos lhe
serão esclarecidos nos graus superiores e históricos de nossa
amada ordem.

DO SILÊNCIO E DISCRIÇAO
Há muitas pessoas; profanos, simpatizantes da maçonaria,
além de “personas non gratas”, que buscam abrigo em oficina
regular. Sempre que o IR.`.(irmão) for procurado por outra pessoa
que busque fazer amizade, ou se identifique através de palavras
toques e sinais, seja discreto, pois está no atrium de uma nova vida
e não deve se deixar iludir por falsos mestres, assim não é
permitido informar o nome da loja ou da potência (agremiação de
lojas maçônicas regidas por regras e regimento interno chamados
Landmarks, presidida por um grão mestre chamado de
sereníssimo). Também não deve informar endereço ou telefone de
sua loja bem como o nome dos oficiais de sua oficina. Não se
assuste com estas normas, pois são para a preservação dos bons
costumes maçônicos e para que possamos identificar os GOTEIRAS
(nome dado ao maçom ou não maçom que, estando irregular com
sua loja ou potência, vem buscar abrigo em uma loja regular.
Assim, fica o aviso e o lembrete que a desobediência à sua oficina
poderá haver punição, inclusive com a expulsão de nossa ordem
(ex-office = nome dado ao placet de expulsão de um maçom,
ficando ele inscrito no livro da morte ou negro).
Aqui encerramos estas instruções preliminares, deixando o
IR.`.(irmão) entregue à reflexão desta monografia, sempre
esperando que se tenha em mente estes métodos e regras de
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trabalho, para que possamos dar inicio à grande e árdua tarefa que
é desbastar a pedra bruta interior, e desenvolver suas
potencialidades como homem e maçom, regido pelo duro, mas
eficiente, método de trabalho da oficina e dos irmãos, calejando
sua personalidade com os amplos ensinamentos de nossa sagrada
ordem.

TRIPLO FRATERNO ABRAÇO


O prefixo triplo fraterno abraço é sempre utilizado pelos
IIR.`.(irmãos), ao encerrar uma correspondência maçônica.

T.`.F.`.A.`.

M.`.I.`. CORRECTOR S.`./I.`. XXXII

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PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 02 – GR.’. APR.’. M.’.

Boa noite, caríssimo IR.´.(irmão). A abreviatura de IR.`. é


usada sempre em correspondências maçônicas. Porém, deste
momento em diante, passarei a chamá-lo simplesmente de
aprendiz maçom, que se abrevia desta forma: APr.`. M.`., ou
simplesmente Apr.`.
Assim, começaremos a formar o corpo de estudos da
maçonaria regular nesta ordem.

OS QUATRO ELEMENTOS NATURAIS NA LOJA MAÇONICA

PRIMEIRO ELEMENTO: TERRA


O elemento terra é o primeiro da alegoria das viagens
que um neófito deve fazer na sua iniciação. Ele representa o
conhecimento interpessoal do maçom, como deve se vestir e se
compor em ambiente profano ou maçônico, trata da relações entre
maçons e também com profanos. Na primeira monografia escrita
para o Apr.`. falamos como ele deve se vestir e se dirigir para a loja
e como deve se relacionar com os ir.`., em loja e fora dela.
Trataremos das relações pessoais e comerciais entre os IIr.`., bem
como com os profanos.
Comercialmente: É dever da maçonaria e dos
maçons, dar prioridade e privilégio (ou preferência) a outro
maçom, em disputa com um profano, bem como repassar as
informações que doravante fazem parte das relações comercias
entre maçons, alertando o Ir.´. com relação a atividades de risco e
irregularidades cometidas por profanos, a fim de proteger nossa
amada ordem e nosso Ir.`. Assim também deve-se obter
informações a respeito de IIr.´. envolvidos em nossa atividades
comerciais e cotidianas recorrendo sempre à secretaria da loja ou
aos IIr.`., para que se obtenha conhecimento dos IIr.`. pertinentes
ao ramo de atividade onde trabalha.
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Em caso de que um Ir.`. tenha que falar em particular com outro
sobre os assuntos de seus negócios, deve-se ser sempre na
prerrogativa de se dizer: “ENTRE COLUNAS”. Assim poderá se
interar dos assuntos relativos à sua atividade mundana.

JUNTO AO JUDICIARIO
Não é permitido a um maçom regular levar demandas
com outro maçom a um tribunal profano, exceto se houver
autorização do departamento jurídico da loja ou do corpo de
advogados da potência ou do sereníssimo Grão Mestre, pois nunca
poderemos arrastar o nome da maçonaria para o lamaçal, e fazer
dele escândalo. Todas as demandas devem ser decididas em loja ou
na potência, e a decisão, seja qual for, deve ser respeitada por
todas as partes envolvidas, suprimidos os recursos. A aplicação da
pena deverá ser segundo os Landmarks, podendo até ocorrer a
expulsão (ex-ofício).

JUNTO ÀS AUTORIDADES
A maçonaria exerce influência em diversos campos da
administração publica e privada. Assim sendo, temos IIr.`. com
cargos em grandes corporações, bem como no estado em geral,
civis e militares. Sempre partimos, de acordo com o landmark, que
se deve dar preferência para um maçom em qualquer situação de
embate com um profano. Desta forma nos fortalecemos e nos
ajudamos mutuamente sem prejuízo aos demais Cidadãos do pais,
dentro das leis e da soberania da pátria e de nossa potência. Para
tal, cabe aqui alertamos que não podemos fazer tráfico de
influencia, porém devemos defender a liberdade igualdade e a
fraternidade.

JUNTO AOS PROFISSIONAIS LIBERAIS


É comum, no seio de nossa ordem, termos médicos,
advogados, engenheiros, dentistas etc. De igual forma não se pode
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dar causa a um profano ou defender o interesse desse, em disputa
com um Ir.`. Se possível for, aliviar o sofrimento deste maçom, seja
na saúde ou na sua relação interpessoal, assim se fará ao trato de
não poder lhe infringir castigo ou sofrimento, despesas financeiras,
ao Ir.´. que estiver em dificuldades, mesmo adormecido ou
placetado (é o nome dado ao maçom que esta desligado da loja).
Em especial atenção em relação quando se tratar de parente de
maçom, também e aconselhável que o ir.`., não podendo ajudar, se
abstenha de opor, deixando claro “ENTRE COLUNAS” que assim o
fez e não teve nenhuma interferência dele.

RESPONSABILIDADE DOS MESTRES MAÇONS


É de inteira responsabilidade do mestre maçom por seu
pupilo (afilhado), que todas as vezes que este Apr.`. tiver
dificuldade deve recorrer primeiramente a seu padrinho, para os
devidos esclarecimentos maçônicos. Se, por algum motivo, isso não
for possível, deve então recorrer a outro mestre maçom (M.’.M.’.),
que tem o dever de guardar segredo sobre o assunto tratado
(como o bode). Sendo este assunto de grande importância, deve-se
comunicar o V.’.M.`. (Venerável Mestre) ou as demais luzes da loja
para que se abra uma loja de mestre (loja de Meio ou da câmara do
meio) para discutir o assunto em pauta.

DA VISITAÇAO A OUTRA LOJA


É expressamente proibida a visitação de loja maçônica
por Apr.´., sem a companhia de seu mestre maçom (M.’.M.’.)
padrinho, ou de outro M.’.M.’. designado para tal. Se for convidado
a fazê-lo, este convite deve ser expresso em linguagem maçônica e
deve ser por escrito informando dia e hora da atividade e tipo de
reunião: branca (ou aberta), loja ordinária ou sessão magna. Fica
também ciente que dada a palavra ao Apr.`., este nunca deve falar
em nome de sua loja ou potência, que qualquer visita deve ser em
traje magno (terno preto camisa branca, gravata, sapatos e meias
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pretas). Também não é permitido ao Apr.`. fazer convites a outro
maçons de outras lojas ou potências para visitar nossa oficina, haja
vista que é sabido em toda a maçonaria universal, que o Apr.`. não
pode convidar para a visitação em loja. E relevante citar que várias
lojas e potências maçônicas trabalham com ritos diferentes e a
circulação em loja, bem como a recepção e saída do templo é
próprio de cada rito. Vale lembrar que o “TELHAMENTO” é
UNIVERSAL e deve estar na ponta da língua, bem como os sinais e
toques, pois é dever do mestre de cerimônias e do guarda externo
examinar o maçom verificando suas qualidades e credencias, e só
após aprovar o Apr.`., se dará lugar a este em oficina.

DA CONDUTA NA VIDA COTIDIANA


Aqui se faz importante esclarecer ao Apr.`., que toda a
sua conduta deve estar baseada em uma vida ilibada, sem máculas.
Assim, não deve estar envolvido em bebedeiras, prostituição ou
com assuntos que coloquem a maçonaria em constrangimento,
haja vista que em nossas oficinas é permitido discutir religião e
política, pois somos formadores de opinião social. Alertar a conduta
do Apr.`. é obrigação, e deve ser lembrado por seu mestre maçom
(M.’.M.`.) padrinho, que não deve assumir junto a profanos a
situação de ser maçom, para que os preconceitos e injúrias feitas
contra a maçonaria no passado, façam deste Apr.`. uma vítima.
Somos homens livres de bons costumes e, portanto, não podemos
(na medida do possível) ficar devendo na praça, para que as
pessoas não vejam os maçons como caloteiros, e toda a forma de
se declarar maçom é sempre com bons exemplos de vida digna e
honesta, buscando entre os profanos pessoas que possam fazer
parte de nossas fileiras, capazes de se enriquecer com nossos
mistérios e conhecimento, dividindo o espaço como um igual.
Quanto às queixas e reclamações de um Ir.`. Apr.´., estas
devem ser feitas diretamente ao seu mestre maçom (MM.`.)
padrinho, para que este interceda junto à oficina, e que as medidas
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cabíveis sejam tomadas para o bom andamento dos trabalhos
maçônicos, e correções sejam tomadas por parte desta
agremiação, no intuito de coibir alterações no comportamento de
seus IIr.´. maçons.

DA MANUTEÇAO DA CASA E DOS FILHOS


O Apr.`. maçom deve ter sempre em mente que ele é o
arquiteto do seu lar e deve estar sempre em harmonia com sua
esposa e seus filhos. A atividade maçônica não pode criar antipatia
em sua família. Assim sendo, a maçonaria deve ser um local de
refúgio para seus entes queridos, pois, na falta do Ir.`., é dever da
loja dar sustendo à viúva e aos sobrinhos. Também eles são
herdeiros dos direitos maçônicos do Apr.`. Assim sendo, podem
fiscalizar a presença do Apr.`. em loja devendo sempre ter o
numero do telefone desta oficina, bem como o endereço físico e
virtual à disposição, e também o nome e o número do telefone do
secretário da loja, pois, em caso de doença ou dificuldade, é à loja
que a família do ir.`. Apr.`. deve recorrer. É expressamente
proibido aos maçons ter qualquer tipo de relacionamento
sentimental, emocional ou sexual fora do casamento, por que daria
motivo de queixas à loja da parte da cunhada (esposa do Ir.`.),
sobre sua conduta o que levaria à apuração dos fatos (sindicância),
e, se comprovado, levaria a punições severas.
Assim, terminamos as instruções para o elemento terra
no grau de Apr.`., cientes que as obrigações e deveres são maiores
a cada grau que se ilumina o maçom, mas fica aqui edificado a
base moral do relacionamento interpessoal na maçonaria e no
mundo profano.
Espero que os AApr.`. sejam atenciosos a estas normas de
conduta maçônica.

T.`.F.`.A.`.
MI.`. Corrector S.´./I.`. XXXII
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PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 03 – GR.’. APR.’. M.’.

OS QUATRO ELEMENTOS NATURAIS NA LOJA MAÇONICA


SEGUNDO ELEMENTO: ÁGUA
O segundo elemento da iniciação maçônica de um
aprendiz é o elemento água, que representa o estado liquido do
ser, onde se coagula e se circula a fórmula da vida orgânica do
homem através do cordão umbilical, representado pela força que o
neófito carrega junto ao seu pescoço que, se desligado antes do
tempo de maturação do feto, leva ao aborto. É por onde o feto se
alimenta e retira a força vital da mãe. Também é a forma
primordial da natureza antes de se condensar e formar o sólido.
Trata das relações maçônicas no trabalho da loja; ou seja, do
trabalho feito a partir da entrada dos IIr.´. no templo para o inicio
da oficina maçônica.

ORIENTAÇOES GERAIS PARA O APRENDIZ DE MAÇOM


No elemento terra tratamos das relações externas ao
templo maçônico e a vida cotidiana dos maçons interagindo com os
IIr.`. e com os profanos e, deste ponto em diante, trataremos da
relação interna do templo e da loja econômica ou ordinária em
suas reuniões regulares e semanais. Todas as loja maçônicas para
serem chamadas de regulares, Têm que preencher alguns pré
requisitos. Assim temos a seguinte organização:

TRIÂNGULO MAÇÔNICO
Para a abertura de um triangulo maçônico se faz
necessário apenas das luzes da loja que são: V.’.M.`. (Venerável
Mestre) no oriente, 1º Vig.`. (primeiro vigilante) e 2º Vig.`.
(segundo vigilante) no ocidente. E, na presença dos demais
Maçons, tem se feito a chamada e o Apr.`. senta-se no coluna do
norte em frente coluna a B (boaz), onde recebe as devidas
orientações e passa a conhecer as alegorias maçônicas, porem não
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é feita a iluminação do templo por suas velas no altar do juramento
(shekinah) onde estão as três grandes luzes da maçonaria, o
esquadro, o compasso e a bíblia sagrada. Não é feito o pálio e nem
a oração do salmo 133. Estas informações são apenas de ordem
teórica, pois em nossas oficinas só trabalhamos em loja justa (J.`.),
perfeita (P.`.), e regular.

UMA LOJA JUSTA (J.`.) E PERFEITA (P.`.)


Para se abrir uma loja considerada justa (J.`.) e perfeita
(P.`.), é necessário um certo número mínimo de IIr.`. Mac.`.; são
eles: Sete mestres maçons (M.’.M.`.), cinco companheiros maçons
(C.`.M.’.) e três aprendizes maçons (Apr.`.). Com este formato é
possível desenvolver um trabalho digno de maçonaria utilizando os
cargos essenciais de uma loja, podendo abrir e começar os
trabalhos.

RECEPÇAO EM LOJA DO REAA


Após os IIr.`. chegarem ao templo e cumprirem as
preliminares no vestiário estes, já paramentados, ficam se
confraternizando e aguardando a chamada do mestre de
cerimônias (M.`.CCer.`.), mas antes dele já esta presente o
arquiteto ( Arq.`.) que tem o dever de perfumar a loja com incenso,
verificar a disposição dos moveis e preparar as velas do trabalho.
Também deve distribuir as jóias para os oficiais que deverão
trabalhar em loja nesta ocasião. Após isto, o M.`. de CCer.`. faz a
chamada dos obreiros (OObr.`.) para a sala dos passos perdidos
pedindo silêncio, pois os trabalhos irão ter inicio em seguida e
informando a forma de entrada em loja, se em cortejo ou em
família.

ONDE DEVE SE ASSENTAR UM APRENDIZ MAÇON


Seguindo o manual na pagina 17 de nossa loja, o Apr.`.
deve se colocar junto a coluna B .`. (BOAZ ou BOOZ) buscando um
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acento, nela permanecendo seguindo o rito. Assim ele ficará no
local da loja menos provido de luz e mais bruto da oficina, pois ali
se começa sua trajetória como maçom. Deve observar atentamente
a movimentação de loja. A circulação sempre será em sentido
horário e cada vez que passar pelo oriente deve fazer o corte de
aprendiz (sinal gutural) andando ainda sempre em ângulos retos,
não podendo pisar no mosaico da loja (ou tabuleiro de xadrez bi
color em preto e branco). Após a formação do pálio é feita a
abertura do painel do grau, neste caso no grau de aprendiz maçon.
O avental do aprendiz deve sempre estar com abeta para cima e de
luvas, mesmo que este esteja exercendo alguma função, como por
exemplo, guarda externo ou interno. Quando do pedido da palavra
o aprendiz maçom (Apr.`.Maç.`.) deve bater com a Mão direita
sobre a Mão esquerda que deve estar com o punho fechado.

SE A PALAVRA FOR CONCEDIDA


Todos os irmãos da loja, quando de posse da palavra,
devem ficar em PÉ e à ORDEM (P.’. e à Ord.’.), com a mão levada ao
pescoço (sinal gutural), mesmo em apresentação de pranchas ou
peças de arquitetura. Só tem direito à palavra sentado em suas
estações, o venerável mestre (V.’.M.`.), o primeiro vigilante(1º
Vig.`.) e o segundo vigilante(2º Vig.`.). Também toda a sabatina de
telhamento de aprendiz maçon (Apr.`. Maç.`.) deve ser decorada
bem como os passos e os sinais e toques do grau. Lembrando
sempre que se deve apenas soletrar. A frase NÃO SEI LER NEM
ESCREVER, SÓ SOLETRAR. DÁ-ME A PRIMEIRA LETRA QUE TE DAREI
A SEGUNDA, referente a palavra de passe do grau de aprendiz de
Apr.`.Maç.`. Esta forma de soletrar deve ser feita no ouvido do Ir.`.
próximo e baixinho para que nenhum profano possa ver ou escutar
palavras ali ditas, pois a palavra de passe do grau de aprendiz
maçom é o nome de sua coluna no norte da loja, coluna B.`.
(BOAZ). Os oficiais que formam uma loja são: O venerável mestre
(V.’.M.`.), o primeiro vigilante (1º Vig.`.), o segundo vigilante (2º
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Vig.`.), o orador (Or.`.), o secretário (Secr.`.), o tesoureiro (Tes.`.), o
mestre de cerimônias (M.´.CCer.`.), o primeiro diácono (1º Diac.`.) e
segundo diácono (2º Diac.`.). Porém, se for possível, é importante
preencher todos os cargos de uma loja. São no total vinte e cinco,
mass a maioria das lojas econômicas trabalham com uma media de
trinta obreiros (OObr.`.) em frequência , assim impossibilitando o
uso de toda suas jóias.

O QUE DEVE TER EM MENTE UM APRENDIZ EM LOJA


Os aprendizes devem se portar em silêncio e acompanhar
atentamente as formalidades de abertura dos trabalhos,
acendimento das velas (Ritual de Luz), a circulação e o fechamento
da loja.
O acendimento das velas obedece a seguinte sequência: Inicia-se
pela vela do altar mais próxima do oriente que é a vela do
venerável mestre (V.’.M.`.), que representa a sabedoria. Depois a
do primeiro vigilante (1º Vig.`.) que representa a força, e por ultimo
a vela do segundo vigilante (2º Vig.`.) que representa a beleza. O
apagamento é feito de forma inversa, iniciando pelo segundo
vigilante (2º Vig.`.), depois do primeiro vigilante (1º Vig.´.) e por fim
a do venerável mestre (V.’.M.`.).

Observações para os cargos que podem ser preenchidos


por aprendiz maçom:
No caso do aprendiz maçom (Apr.`.) ocupar o cargo de
guarda interno deve se instruí-lo como proceder na abertura do
templo, pois ele já estará dentro do mesmo no ato da chamada dos
OObr.´. Assim, o mestre de cerimônias (M.’. de CCer.’.) deve fazer a
batida ritualística na porta, três vezes com o bastão de M.`.CCer.`.,
porém o guarda interno deve responder com uma só batida e após
isto abrir levemente a porta do templo com o PE mantendo a porta
entreaberta e sustendo a espada na Mão direita na moda da
guarda. Após a entrada da precisão ou da família ele deve se
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posicionar ao lado da coluna do sul EM PÉ com a lâmina da espada
apontada para o teto e com o braço encolhido junto ao corpo.
Quando solicitado a fazer o corte do grau de aprendiz (sinal
gutural) ele deve trazer a mão direita, empunhando a espada junto
ao peito, da esquerda para a direita, fazendo assim o corte de
aprendiz na forma dos oficiais. E, da mesma forma, sempre que
cruzar o oriente, deve cortar na forma dos oficiais.
Ao término dos trabalhos, o guarda interno deve primeiro abrir a
porta do templo para a saída dos oficiais que é feita em ordem
inversa da entrada, começando com o venerável mestre (V.’.M.`.),
seguido pelas luzes da loja, mestres com cargo, demais mestres,
companheiros e, por último, os aprendizes.
Terminado os trabalhos, o arquiteto (Arq.`.) recolhe as jóias,
bastões e espadas dos obreiros, verifica o templo apaga as luzes e
fecha a porta do templo. Já na secretaria os IIr.`. arquivam os
trabalhos e, junto com o mestre de banquete se dá inicio ao ágape,
que é a parte da reunião maçônica reservada à confraternização,
onde não e permitido o uso de bebida alcoólica.
Aqui se encerra esta monografia de aprendiz maçom (Apr.`. Maç.´.).
Nela, buscamos apresentar o que de fato ocorre na loja e não nos
livros de maçonaria ou na internet. Assim, peço que o aprendiz
tenha muita atenção a estas instruções.

T.`.F.`.A.`.

MI.`. Corrector S.`./ I.`. XXXII

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PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 04 – GR.’. APR.’. M.’.

OS QUATRO ELEMENTOS NATURAIS NA LOJA MAÇONICA

TERCEIRO ELEMENTO: AR

Seguimos em nossa senda iniciática falando dos


elementos da natureza e da loja maçônica que, segundo as viagens
feitas pelo neófito, tem como seqüência o ELEMENTO AR, que
representa o mundo intrapessoal do Obr.`., o mundo mental onde
se realizam as aspirações, sonhos e desejos, onde o Obr.`.trabalha
com os elementos da lógica maçônica, geometria, astronomia,
matemática, filosofia e história. É assim, neste mundo eterio e não
físico, que o Obr.`. Apr.`. Mac.`., tem se contado inicial com as leis e
regimentos que levaram-no a edificar o templo interno, moral e
ético, onde deve aprender sobre o amor ágape ou fraternal, sobre
tolerância e concórdia. Dividiremos o assunto em duas colunas de
acordo com os ensinamentos maçônicos:

A COLUNA BOAZ OU B.`.


Esta coluna que deve ser chamada de coluna da força,
sustentação ou DÓRICA, é a coluna onde fica o primeiro vigilante
(1º Vig.`.). Deve-se notar que a estação esta sobre um piso elevado
de dois degraus. Próximos dali se assentam os Apr.`. Maç.`. Como já
se vê de antemão, é a coluna do pensamento lógico e tratará das
ciências exatas do elemento fixo (coagulado). É onde o maçom
deve estar em contato com a matemática com a geometria e
astronomia. Deverá ter em mente que a jóia do primeiro vigilante é
um nível, símbolo neste grau de que devemos reparar nossas
paredes e devemos alinhar os blocos um sobre o outro
entrelaçando os mesmos, formando com a massa do raciocínio
uma nova edificação, seguindo de baixo para cima.

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PRIMEIRA LENDA (A DO TEMPLO INTERIOR)
Diz os antigos manuscritos e ensinamentos maçônicos
que nós, os homens, somos cópia fiel do universo e do esplendor e
da gloria do grande Arquiteto. Fomos feitos à sua imagem e
semelhança e temos em nós todos os seus atributos e qualidades.
Assim, na sua iniciação, o Apr.`. passou por entre colunas e ali
recebeu a luz da maçonaria. Desta forma deixou o ventre da terra
entre as pernas do universo e nasceu para uma vida de serviço
sacerdotal como homem e cidadão do cosmo. Assim, deve este
obr.`. se dedicar ao aperfeiçoamento de suas qualidades e
atributos, aprendendo que somos feitos de matéria sólida e
imutável que são os átomos que se agremiam e formam células,
tecidos, ossos, músculos, pele e assim por diante, dando
sustentação à nossa forma orgânica, que é a base desta ciência
maravilhosa, a MATEMATICA, pois dela deriva-se todos os
ensinamentos que sustentam e dão forma e beleza ao mundo físico
e visível de nosso habitat. Assim como Salomão, nosso rei
construtor, começou a construir o templo de Jerusalém cerca de
900 anos antes de Cristo, se tem inicio a alegoria da construção de
nosso templo interior onde devemos, com símbolos arquétipos,
tomar forma com cada tijolo, o bloco deve representar uma
ciência ou virtude, então no seu imaginário deve-se ter se em
mente que, por exemplo, temperança é uma qualidade
intrapessoal que deve ser trabalhada, dispondo de paciência,
equilibrando os pratos da vida onde não podemos ser fleumáticos e
estressados, mas, sim, encontrar no seio do silêncio um
momento mais apropriado para se tomar decisões. Daí vem a frase
maçônica: “NÃO TESTEMUNHE COM SUA BOCA O QUE OS TEUS
OLHOS NÃO VIRAM”. A cada novo avanço intrapessoal que fazemos
damos conta de que assistimos um novo bloco e acrescido ao nosso
templo interior, como por exemplo aprendendo ser sociável.
Compartilhando e dividindo o trabalho aprendemos a dividir na
vida secular e, desta forma, a socorrer os mais necessitados,
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apoiando e sustentando como um andaime social, imprimindo no
contexto que o Obr.`. vive valores como amor, ética, fraternidade,
justiça e segurança. Junto à coluna do norte, ou Col.`. B.`., as
ciências exatas reinam e serão determinantes para o progresso do
Apr.`.Maç.´. Assim nos polimos na primeira pessoa do singular,
melhoramos nossos conhecimentos e temos a companhia dos IIr.’.
da oficina para nos esclarecer e iluminar com seus conhecimentos.
Devo advertir que este trabalho é tão árduo quanto bruto e, desta
forma, não se pode tirar as luvas do Apr.`. para que não venha
sofrer fisicamente com as tamanhas obras, e dificuldades das
ciências exatas ligadas à Col.`. B.`...

OS PRINCÍPIOS DO COSMOS
A antiga escola de pensadores neo grega, os
PITAGÓRICOS, tinham em mente que o universo foi criado a partir
de NUMEROS, PALAVRAS FALADAS E PALAVRAS ESCRITAS. Assim
vemos que os antigos filósofos e construtores, maçom da noite do
tempo, sabiam, com certeza absoluta, da formação quântica do
universo de forma nuclear, partindo de números. Estabeleceram
uma relação entre o físico e o abstrato antes da criação do
universo. Daí passaram a utilizar os números para criar uma relação
harmônica com a natureza onde viviam, em incansáveis noites e
dias de pesquisa e desenvolveram a GEOMETRIA (GEO=mundo –
METRIA = medida). Assim começaram a construir suas casas e dar
sustentação ao teto e abóboda de seus lares e templos. Deviam
determinar o peso e a capacidade de sustentação de um teto e
tiveram ali a primeira coluna reta chamada de DÓRICA, que
representava o desejo de sustentação, de superação e de domínio
contra o peso das dificuldades, e para gerar conforto e proteção ,
deixando a vida primitiva das cavernas e aplicando o
conhecimento geral para suster e manter um abrigo artificial,
depois do fogo e da roda era o avanço mais importante feito pelo
17
homem da era de TOUROS. Com a geometria veio a capacidade de
medir os espaços, de traçar riscos e estender linhas. Doravante e
sem precedente, a geometria passou a fazer parte de nossa cultura
secular e para a maçonaria, o princípio de que é o prumo a linha
traçada e geometrizada de baixo para cima que leva para a Mão do
grande construtor de tudo: DEUS. Assim, o 1º Vig.`. tem como base
a geometria, e é da medida que se aprende em maçonaria que se
faz o progresso edificando nosso templo interior e geometrizando
nossa vida diária.

A CIENCIA DA ASTRONOMIA
Com a geometria podia se medir pequenas áreas onde
era possível estender uma linha ou traçar um risco. Porém nossos
OObr.`. queriam mais. Desejavam manter uma linha imaginária
onde pudessem, sem risco de erro, alcançar grandes medidas.
Precisavam de pontos fixos que fossem seguros e possíveis de se
estender uma linha imaginaria, como crianças deitados na grama
da eternidade e de olho na abóboda celeste, contemplado os astros
verificaram que os corpos celestes em geral não se moviam e se
estabelecessem em uma posição clara numa noite de céu limpo,
poderiam determinar uma grande distância através de uma linha
imaginária, ou até mesmo física, medindo em graus o horizonte. A
esta ciência se deu o nome de astronomia. A partir daí os antigos
construtores maçons poderiam determinar de forma exata as
distâncias imaginárias. Esta estação é do segundo vigilante (2º
Vig.`.) que tem por dever medir o meridiano da loja maçônica e
determinar o início dos trabalhos dos aprendizes maçons, que têm
como hora meio dia, e que se enceram meia noite.
Desta forma, para o grau de aprendiz maçom, o ELEMENTO AR nos
leva a refletir sobre a capacidade de imaginar, interagir e realizar
do homem e do maçom, formando uma base trinaria de nossos
conhecimentos.

18
MATEMÁTICA - estação oriente - SABEDORIA –
VENERÁVEL MESTRE
GEOMETRIA - estação do norte - FORÇA - PRIMEIRO
VIGILANTE
ASTRONOMIA - estação do sul – BELEZA - SEGUNDO
VIGILANTE
Aqui temos formado o primeiro delta maçônico, ou lei do
triângulo. Em muitas sociedades antigas iniciáticas e filosóficas, se
saúda nas pontas do sagrado triangulo. Elas determinam a forma
de pensar e suster nosso templo externo ou físico, ou a loja
maçônica propriamente dita. Porém o três é um número sagrado
para nós da maçonaria, e tem em seu simbolismo do delta todo o
anteparo e a visão de que tudo isso não foi obra do acaso, que tem
uma inteligência superior que com grande perfeição construiu
tudo que nós podemos reconhecer no uso de suas ciências: a
matemática, a geometria e a astronomia. Para tanto, no oriente, se
vê um delta luminoso com um olho aberto e misterioso que é o
olho de DEUS, olho que tudo vê. Representa a uni vidência, ou a
capacidade de DEUS de ver tudo o que ocorre no plano material e
físico de forma simultânea, (na bíblia sagrada se fala que o olho de
DEUS esta sobre toda a terra), Assim através deste símbolo
arquétipo, mostra-se que os antigos maçons tinham uma visão
clara que uma inteligência superior tinha sido responsável pela
criação e formação do mundo físico, pois tinha estabelecido leis
claras e linhas reta de agir.
Nós da maçonaria, temos estes princípios básicos
repetidamente ao grau que em que elevamos nossa visão e nos
iluminamos em esclarecer nosso s mistérios, formando em cada
delta trino uma nova visão do universo e da vida do homem.

T.`.F.`.A.`.
MI.`. CORRECTOR S.`. / I.`. XXXII
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 05 – GR.’. APR.’.M.’.
19
OS QUATRO ELEMENTOS NATURAIS NA LOJA MAÇONICA

QUARTO ELEMENTO - FOGO


Boa noite OObr.`.
Dando sequência aos ensinamentos do grau de
Apr..’.Maç.’. no REAA, entramos na última viagem feita pelo neófito
em sua iniciação. É o elemento fogo. Nesta viagem o neófito se
encontra ainda vendado tendo sua mão aquecida por uma chama,
e o VENERÁVEL MESTRE lhe diz: “Este é o fogo da maçonaria que
deverá guardá-lo”. Fecha a mão do neófito e coloca esta junto do
peito do iniciando, simbolizando a chama espiritual da maçonaria e
dos princípios a serem entendidos pelo iniciado, que dali em
diante em seu coração arderá uma chama de amor à ARTE REAL
(nome dado ao conjunto de trabalhos e degraus da maçonaria).
Este amor e respeito se tornara mais claro a cada dia em que o
Apr.`. venha estar em contato e harmonizado com os trabalhos da
oficina, despertando mais e mais o interesse pelos ensinamento,
pela filosofia, pela ética e pelos trabalhos maçônicos.

O FOGO: ELEMENTO ESPIRITUAL


Este elemento, o fogo, tem sua relação com o homem
deste o inicio de sua jornada na face da terra , quando tomou
consciência de si mesmo, e fez do fogo suave alento em noite de
estil. Aprendeu a utilizar este maravilhoso elemento da natureza,
fazendo dele sua defesa contra as feras e, de forma artificial, para
manter-se aquecido e transformar os seus alimentos, embora na
verdade não sabemos como nem quando o fogo de verdade entra
na vida do homem. Na pré-história, porém, ele passa a ter
conotação divina pois se tem em mente que ele foi um presente de
DEUS, que mudou, e doravante foi incorporado à vida rotineira da
humanidade. Mas os aspectos históricos do fogo como elemento
sagrado já não está tão longe dos nossos olhos, pois todas as
antigas civilizações têm o fogo como dádiva divina e a luz seu maior
20
atributo como aspecto da divindade. Agora temos um elemento na
maçonaria que tem uma grande gama de utilidades para o homem,
porém, para nós, este ELEMENTO FOGO, nos relaciona com o
templo do rei SALOMAO, onde havia uma chama sagrada que
representava a presença do divino e o altar do sacrifício onde eram
feitos os holocaustos, onde eram queimados os sacrifícios de oferta
e libações de pecados.
O fogo tem uma diferença dos outros três elementos
naturais. Ele é o único elemento da natureza que se eleva, ou seja,
que sobe em direção ao céu. Desta forma, sempre esteve ligado ao
mundo ASTRAL ou ao desenvolvimento psíquico do homem em sua
relação com o GADU, neste ponto vou me ater à parte espiritual da
loja maçônica, que deve estar incensada ou perfumada. É através
da queima do incenso que o perfume se eleva e toma o templo,
representado as preces e as boas obras praticadas pelos OObr.`.,
dando inicio ao processo de conscientização de que somos
formado de três elementos: corpo, espírito e alma, que forma o
delta maçônico. Daqui por diante o Apr.`. Mac.´. passará a ter
informações sobre sua trino corpo, espírito e alma, e como edificar
cada um deles desenvolvendo aptidões no corpo psíquico como
músculos no físico, fortalecendo sua relação com a loja e sua
EGRÉGORA (nome dado à família psíquica da maçonaria). Tendo
acesso ao conhecimento, fará uso deste diferenciando o positivo
do negativo, o bem do mal, tomando em si o saber que estamos
em uma loja arquetípica e cabalística, passando a operar as
correntes magnéticas que correm dentro da loja, utilizando delas
para repor suas energias e restaurar sua harmonia orgânica e
mental.

COMO SE COMPORTAR EM LOJA DURANTE A


HARMONIZAÇÃO
Durante o período de harmonização do templo, deve o
Apr.`. Maç.`. estar sentado confortavelmente em seu assento,
21
coluna ereta e pés ligeiramente afastados (Procure não estar
usando relógio pois isto interfere diretamente em seu campo
magnético), mãos sobre a cocha em forma de esquadro. Assim
deve ser a postura de Apr.`. no exercício de meditação ou de
entonação vocálica. Neste período de introspecção, deve-se estar
de olhos fechados e com os demais sentidos em estado de
relaxamento, para que Obr.`. tenha o resultado esperado e passe a
desfrutar dos efeitos benéficos do estado de relaxamento e
contato com a EGREGORA MAÇONICA, recebendo e interagindo no
mundo astral com as forças criativas e regenerativas do cosmos. O
conjunto de sons usados nas entonações vocálicas faz parte de um
acervo que tem sua origem remota, e se perde na noite dos
tempos. Porém seus efeitos são imediatos e podem ser
comprovados. Elevam a vibração dos átomos do nosso corpo e
coloca-nos em sintonia com as mentes e forças positivas e
construtivas do universo; que, em contra partida, passam a orientar
e dar novos rumos, métodos e visão ao trabalho da oficina. Assim,
quanto mais elevado forem os nossos pensamentos, mais
estaremos integrados ao plano de desenvolvimento do GADU,
reforçando esperança e determinação para alcançarmos a
felicidade e paz desejadas.

OS SONS VOCÁLICOS
O conjunto de sons vocálicos (mantras) está intimamente
ligado às culturas orientais e chegou na maçonaria vindo da
palestina e do Egito. Tais sons vocálicos que usamos, bem como um
conjunto de palavras de origem babilônica, são fórmulas e síntese
de forças que o GADU utilizou na formação dos mundos. Para o
Apr.`.Maç.`. entender melhor, vou ilustrar da seguinte forma:
Pensemos em uma fórmula química, por exemplo H2O. Esta é uma
formula química muito conhecida de todos por se tratar da água. O
som vocálico da fórmula comum é onomatopeico: OOOMMM. Este
som é da criação do universo e parecido com um sino no deserto.
22
Ficou tão importante que deu nome às cidades e aos deuses do
antigo Egito. Porém, escrever H2O em um papel não mata a sede e,
de igual forma, o uso errôneo da formula mágica não surtirá
nenhum efeito. Portanto, os antigos maçons esconderam estes
segredos dos olhos dos profanos, e muitas vezes a escrita é
diferente da fonética ou da oitava que deve ser entoado. Desta
maneira os segredos só podem ser transmitidos diretamente na
loja de Ir.´. para Ir.´., e o bom uso destas fórmulas se restringem ao
grau que o Maç.’. está. Não podendo decifrar estas escritas,
tornam-se sem valor, pois a fórmula H2O não mata sede. Ainda,
usando esta metáfora como emblema, H2O pode mudar de estado
do liquido para sólido ou gasoso. Da mesma forma, os
ensinamentos da maçonaria são sempre trinos, e a cada grau se
revelam tendo uma nova conotação, proporcionando uma nova
interpretação e uso destes campos magnéticos e seus vértices
agindo em áreas diferentes de conhecimento e da vida do iniciado.
Mais tarde, nos graus superiores, trataremos com mais
diligencia das entonações vocálicas, palavras mágicas e do conjunto
de nomes e forças usadas pelo GADU na criação do universo e suas
respectivas influências na vida cotidiana do Obr.´. .
Aqui dou por encerrada esta coluna na parede do norte
do templo, a coluna do aprendiz de TOURO. Fizemos juntos as
respectivas avaliações sobre os elementos naturais deste signo e
sua relação com a maçonaria operacional, na seguinte sequência:
TERRA: Relacionada com a vida externa do maçom e suas
relações interpessoais entre Ir.´. e Ir.´. e entre Ir.`. e profanos,
postando a base comportamental, ética e filosófica da maçonaria.
ÁGUA: Relacionada às relações interna da loja maçônica e
suas disposições operacionais.
AR: Relacionado às relações intrapessoais e seu
desenvolvimento pessoal, com o uso da trilogia do delta maçônico
da coluna dórica (matemática, geometria e astronomia), como

23
forma de elevar a lógica do pensamento e o crescimento
intelectual.
FOGO: Relacionado com a psique do maçom em suas
relações com o desenvolvimento espiritual e astral de suas relações
psico- magnéticas do templo e o uso racional destas energias.
Encerramos aqui a instrução sobre o quarto elemento, da
prancha nº 5

T.`.F.´.A.`.

MI.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII

24
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 06 – GR.’. APR.’. M.’.

O QUINTO ELEMENTO: O ETER (ASTRAL)


Começamos nesta monografia, a tratar dos assuntos de
ordem do éter, ou seja, metafísico; que está além da natureza física
do homem dizendo respeito à sua formação espiritual na
maçonaria desde os tempos remotos. O mundo físico e metafísico
são partes inseparáveis dos ensinamentos, experimentos e práticas
de loja maçônica, relacionadas ao desenvolvimento do homem e
sua reintegração com o cosmo através do esclarecimento de sua
origem e plano divino do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO
(G.`.A.`.D.`.U.`.), para o futuro da humanidade como um todo.

A CRENÇA MAÇONICA NA EXISTÊNCIA DE DEUS


Ao chegar à loja, o profano é introduzido na câmara de
reflexões e ali é pedido que ele preencha um testamento fúnebre,
ou seja, para quem ele deixa seus bens em caso de morte, e lhe é
interrogado se CRÊ EM DEUS. Se a resposta for positiva prossegue
se a iniciação, porém, se for negativa, deve se encerrar os
trabalhos, pois e pré-requisito básico CRER EM DEUS para entrar na
maçonaria e os ateus não são aceitos entre os OObr.`. Partindo
desse ponto é que vemos na simbologia maçônica da loja, a
presença de elementos do sobrenatural representado aqui nas
colunas do templo: a dualidade do universo: o positivo e o
negativo, o bem e o mal, o natural e sobrenatural. Vemos então
nas colunas da loja (Col.`. L.`.), todos os requisitos arquétipos de
nossas cerimônias.

O NOME DE DEUS: G.`.A.`.D.`.U.`.


Os motivos para nós maçons chamarmos DEUS de
GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, está no livro da lei (BIBLIA), no
livro escrito aos Hebreus cap. 3 – vers. 4, onde se lê que toda casa
tem um arquiteto e o arquiteto de tudo é DEUS. Assim, nós maçons
25
cremos em DEUS, e o chamamos pelo nome de GRANDE
ARQUITETO DO UNIVERSO, tri pontuado desta forma, utilizando
suas iniciais: G.´.A.`.D.`.U.`. Em nossa loja temos um cargo especial
que é o orador da loja, (Orad.`.Loj.`.), pois ele tem o papel do
sacerdote do templo de SALOMAO. Este Ir.`. é encarregado da
oração ou suplica da loja ao GADU, para abençoar os trabalhos dos
OObr.`. na abertura de nossos trabalhos em oficina. Deste ponto
em diante se estabelece dois grande princípios da maçonaria:
COLUNA (COL.`. B.`.) - coluna norte do templo
Mundo físico, material, denso, coagulado. Representa o
negativo da força geradora do universo. Cor preta.
COLUNA (COL.`. J .´.) - coluna sul do templo
Mundo metafísico, éter, astral, dissolvido. Representa o
positivo da força geradora do universo. Tem a cor branca.
Temos aqui explicações gerais sobre o posicionamento
das nossa CCol.`. na loja, com seus símbolos e luzes. Porém aqui
ilustramos grandes verdades que serão repetidamente usadas
como fórmulas para o uso destas energias e, assim como citamos a
formula da água H2O, não tem o poder de escrita em um papel de
matar a sede de ninguém. Todos estes conhecimentos sem a forma
correta de uso não tem poder algum. No mundo físico e metafísico,
doravante vamos acelerar e interagir com o Apr.`. Maç.`., o uso de
exercícios mentais e respiratórios para melhorar a movimentação
de energia psíquica e criar o controle de direcionamento destas
forças adormecidas e inerentes dentro do homem (maçom),
tornando este em super homem, capaz de criar mentalmente e
materializar utilizando as ferramentas colocadas aqui à disposição
dos OObr.´. Começamos aqui com uma explanação básica
separando DEUS e o HOMEM. Do ponto de vista do credo
maçônico, vamos à pratica maçônica diária de exercícios mentais:

26
PRIMEIRO EXERCICIO MENTAL
Somos seres dotados de cinco sentidos fiscos: visão,
paladar, olfato, audição e tato. Desta forma, nossa mente e nosso
celebro são alimentados por informações externas que recebemos
diariamente quando estamos em estado de vigília (acordado).
Bombardeados pelas impressões externa s, não temos tempo de,
sutilmente, recebermos as informações internas que vem a nós em
forma de mensagens codificadas, como por exemplo, a intuição,
vulgarmente lembrada como aquela impressão de certo ou errado,
ou que nos direciona a tomar um caminho ou decisão, que na
maioria das vezes no mundo circular não levamos em consideração,
mas que levariam ao melhor resultado de nossos propósitos.
A SEGUNDA LENDA DO USO DAS FERRAMENTAS NO
TEMPLO DE SALOMÃO
Conta a lenda sobre a construção do templo do REI
SALOMAO no livro de II CRÔNICAS da BIBLIA, que trata da obra de
construção do templo, que não se ouviu barulho de ferramentas ou
de metais usados pelos milhares de obreiros que estavam
empenhados a terminar o templo; porém, como e possível
construir uma grande obra sem fazer barulho? A resposta é dada a
cada grau da maçonaria, mas neste momento trataremos do
aspecto psíquico da grande obra do desenvolvimento da intuição
do maçom, obra esta realizada no templo interior do homem em
sua mente.

EXERCICIO MENTAL
Deve se criar uma cultura mental, um hábito a ser
seguido diariamente, pelo Apr.`.Maç.`., Todos os dias ao acordar
deve se, após a sua higiene pessoal e antes do desjejum, tomar um
copo de água para equilibrar as forças magnéticas das moléculas do
corpo, pois somos 70% liquido. Desta forma priorizamos a saúde
física. Porém, aqui estamos tratando do processo de
desenvolvimento psíquico, e o Apr.`.Maç.`. deve sentar-se
27
suavemente e acomodado em uma cadeira com a coluna ereta.
Deve fazer três respirações profundas retendo o ar e contando
mentalmente até 30, se possível por trinta segundos. Ao término
das respirações profundas que têm por objetivo equilibrar o
elemento positivo que é retirado do AR, bem como da ÁGUA, tem o
objetivo de equilibrar o elemento negativo da força, com as mãos
sobrepostas sobre as cochas em forma de esquadro. Deve-se
esvaziar a mente, procurar por um minuto não pensar em nada.
Comece ouvindo o seu coração, preste atenção no órgão que é
motor de seu corpo, busque atentamente a sentir suas batidas,
tente ouvi-lo. Após três minutos você verá que sua mente se
organizou e as tarefas do dia se tornarão mais brandas. Assim
doravante por 33 semanas o Apr .`.Maç.´. deve aprender a
disciplinar e organizar seus pensamentos. Assim como no passado
os OObr.`. do grande templo fizeram suas tarefas em silêncio, você
deverá silenciar sua mente diariamente. Para aqueles que não
podem fazer pela manha, deverá fazê-lo antes de dormir, porém o
cansaço físico pode levar ao sono e isso é prejudicial, pois tomará
mais tempo para desenvolver suas aptidões mentais.
Os resultados destes exercícios devem ser anotados em
um caderno com as impressões, dia e hora de cada mudança ou
melhora significativa, guardado em secreto, junto com seus
documentos e rituais maçônicos, longe do olhar de curiosos e
profanos.

T.´.F.`.A.`.

M.´.I.`. CORRECTOR S.`. / I.`. XXXII

28
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 07 – GR.’. APR.’. M.’.

Boa noite queridos OObr.`. Eu vos saúdo nas Col.`. da


Loj.`.
Hoje começaremos a esquadrinhar novamente nosso
templo, e vamos rever os elementos esotéricos e simbólicos de
nossos ensinamentos que estão sempre divididos por elementos
naturais:
TERRA, AGUA, AR E FOGO e, posteriormente, na hora de fechar
nossos ensinamentos formando o pentagrama, o ETER, que é a
parte mística e iniciática de nossos ensinamentos.

(TERRA)
COMO ESTÁ ORGANIZADA A MAÇONARIA
(ORGANOGRAMA MAÇONICO)
A maçonaria que praticamos em nossa loja está ligada ao
seu rito. Assim trabalhamos com o REAA, Rito Escocês Antigo e
Aceito de 1804. Este rito nos dá a forma com que se posicionam os
OObr.`. em Loj.`., onde se sentam, e dos oficiais, distribuído as jóias
(insígnias de cada cargo), além das atribuições funcionais a cada
Maç.`. envolvido no trabalho da oficina.

O QUE E RITO?
Rito é um conjunto de práticas e costumes seguidos
repetidamente e de forma ordinária, como na liturgia maçônica, e
na loja econômica ou ordinária, que estamos tratando aqui no grau
de Apr.`. de Maç.´. Porém deve se ter em mente que temos
diversos ritos na maçonaria e diversas liturgias em loja dentro da
ortodoxia maçônica. Cada potência ou loja tem a soberania de
escolher o rito que será praticado, desde que este esteja em
sintonia com sua carta patente de seu organismo maçônico, e com
a capacidade litúrgica de seus membros.

29
Com esta simples explicação de ordem ortodoxa,
poderemos nos aprofundar mais tarde nos graus superiores sobre
os demais ritos maçônicos e suas origens. Porém, neste ponto, só
trataremos do REAA de 1804, que nos interesse em nossa pratica
diária como maçons. Já foram produzidas muitas monografias, que
na maçonaria e no grau de Apr.´.Maç.´. se chama de prancha.

O QUE E PRANCHA DE APRENDIZ?


A prancha é uma literatura própria escrita pelo
Apr.´.Maç.´. , na qual ele passa a relatar suas experiências pessoais,
de caráter interpessoal, intrapessoal, místico e exotérico no
convívio maçônico. Cada loja ou potência maçônica tem um
formato próprio para que esta prancha seja escrita e apresentada
em loja. Em especial na nossa loja temos o seguinte método de
exigência desta ferramenta de ensino maçônico: Deve ser escrita
pelo Apr.´.Maç,´. logo após sua iniciação, por que em sua memória
está presente todas as impressões e fatos ocorridos, marcando de
agora em diante toda uma vida. Esta prancha deve ser escrita
seguindo algumas regras bem claras que deve ser pedida pelo Ir.’.
1º Vig.´. logo na primeira reunião ordinária em que o Apr.´´.Maç.´.
venha a participar, passando a ele o formato correto, conforme
dispõe a ABNT (ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS),
com o Máximo de trinta linhas ou três folhas. O Apr.´.Maç.´.,
deverá apresentar o trabalho (prancha) de forma ritualística em
loja ordinária, que a ocorre assim: Na ordem do dia, quando o
venerável mestre (V.´.M.´.) dá a palavra ao Orad.´., este informa
que será apresentada a prancha do Apr.´.Maç.´. Com a autorização
do V.´.M.´., o Apr.´.Maç.´. circula a Loj.´. de forma ritualística, se
posiciona entre Col.´. e ali é dada a palavra ao Apr.´.Maç.´., que
deverá fazer os devidos cumprimentos de Pé e à ordem, com a
Mao direita junto ao pescoço. Deve cumprimentar os oficias na
seguinte ordem: V.`.M.´., 1º Vig.`., 2º V.´., Orad.´., Sec.´.,
M.´.CCer.´., e demais OObr.´. ali presentes bem como demais
30
autoridades maçônicas, se for o caso. Ao término da oratória o
Apr.´. deve aguardar a correção que deve ser solicitada pelo
V.`.M.`., iniciando pelo 1º Vig.´., 2º vig.´., Orad.´., Secr.´., M.´.Ccer.´.
e demais mestres maçons (M.’.M.´.) presentes à seção. Ao término
da correção poderá ser solicitada outra prancha caso esta não
esteja a contento de um dos presentes, com direito a correção.
Neste caso é bom observar que só tem direito a correção os oficiais
e os M.’.M.´. presentes na seção. Esta forma de trabalho não é
exclusiva do rito REAA, pois outros ritos também fazem uso desta
forma de apresentação e educação maçônica.

COMO ESTÁ ORGANIZADO O R.’.E.’.A.’.A.’. (RITO


ESCOCES ANTIGO E ACEITO)
O REAA, está organizado em trinta e três graus (33),
divididos em duas Loj.´.: em Loj.´.AZUL e Loj.´. VERMELHA. Que em
suma é formada assim:

LOJA AZUL
É a Loj.´. que representa os três graus primários ou
básicos da maçonaria, formado por APRENDIZ (Apr.´.),
COMPANHEIRO(C.´.), MESTRE MAÇON (M.’.M.´.). Também é
chamada de loja SÃO JOAO. É indispensável e só pode ser
considerada uma loja JUSTA, PERFEITA E REGULAR, a que esta
praticando este requisito maçônico.
LOJA VERMELHA
É o nome dada à Loj.´.que tem seus graus FILOSOFICOS E
HIERARQUICOS. Está disposta do grau 4 ao 33, encerrando o REAA
em toda a sua magnitude. Pode ou não ser formada em uma loja
ordinária, assim sendo muitas loja formadas em Loj.´, de
PERFEIÇAO. Este é o nome pelo qual é comumente conhecida a
loj.´. que trata dos a graus superiores, também conhecidos como
GRAUS INEFÁVEIS. Esta deve estar ligada a um SUPREMO

31
CONSELHO DO REAA, que possui regras próprias e corrige o uso e
costumes destes graus.

PRESIDENCIA DA LOJA AZUL


O VENERÁVEL MESTRE (V.´.M.´.) é o presidente e
autoridade máxima da loja azul. Senta-se no oriente da Loj.´. e de lá
preside os trabalhos econômicos. Também é o presidente da
associação filosófica e representante legal junto aos Órgãos
seculares: GOVERNO FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL. Também
representa a loja junto à POTÊNCIA À QUAL A LOJA ESTA LIGADA
(JURISDICIONADA).
Somos uma ORDEM INICIÁTICA, portanto todos os nosso
ensinamentos passam por uma visão própria através de um
conjunto de cerimônias que visam trazer à mente do iniciado uma
clara interpretação pessoal do cosmos e do ambiente onde está
inserido. Porém, o progresso e o sucesso só depende de cada
Apr.´.de Maç.´. individualmente, e sua capacidade de olhar
tridimensionalmente os mistérios onde estão inseridas as grandes e
imutáveis verdades que ele vislumbra em forma de símbolos e
fórmulas psicológicas, usadas pela maçonaria há milhares de anos
para guardar dos curiosos os tesouros ocultos, que são o
conhecimento acumulado e a filosofia ética DA ESMERADA ORDEM
MAÇONICA UNIVERSAL.

Deixo aqui o amado Apr.´.Maç.´. às suas reflexões e


pensamentos, aguardando a nossa oportunidade de seguirmos com
o ELEMENTO TERRA.

A todos

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII


32
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 08 – GR.’. APR.’. M.’.

ELEMENTO ÁGUA
No elemento terra tratamos das relações organizacionais
da maçonaria como uma organização secular que tem um sistema
administrativo e gestão ordeira e própria. Mas neste ponto de
nossos ensinamentos falaremos do elemento AGUA que trata, em
seu teor, do lado de dentro do templo e dos fatos que ali ocorre,
dando ênfase à relação com os objetos, símbolos e contato com os
OObr.´.da Loj.´. Assim, desde que o iniciado (neófito) começou sua
jornada na senda maçônica ele vem sendo alimentado por uma
serie de informações que lhe coloca em plena forma para aprender
a andar mesmo que de forma manca (arrastando o PE direito), que
é a marcha do Apr.´., vem se fortalecendo a cada dia em convívio
com os OOr.´., lapidando com a filosofia, a moral e os dogmas
maçônicos sua personalidade. Já dentro da Loj.´., ele deve observar
as peças arquitetônicas da decoração e, passando a estuda-las,
verá a profundidade deste templo cabalístico e arquétipo.

FERRAMENTAS MAÇONICAS
Falamos desde o inicio dos trabalhos, que devemos
desbastar nossa pedra interior, lapidando e dando ela a beleza
através de diversas ciências, que aqui são simbolizados pelas
ferramentas de construção civil, como por exemplo, o CINZEL E O
MAÇO. Lembre-se que foram os primeiros objetos com os quais o
Apr.´. Maç.´.teve contato dando as três primeiras batidas
simbólicas durante sua iniciação. Estas peças misteriosas
representam duas grandes faculdades do apr.´.maç.´.:
INTELIGENCIA E A VONTADE. Gostaria agora que o Apr.´. Maç.´.
prestasse bem atenção, pois daremos seqüência a uma antiga
explanação.

CINZEL
33
Este objeto representa a vontade do homem livre
pensador, do homem que é racional e utilizando esta faculdade se
pôs a progredir na sua senda terrena construindo, edificando,
desenvolvendo as tecnologias e conhecimentos seculares e físicos,
para satisfazer suas necessidade e realizar seus sonhos pessoais.
Foi usado e empunhado com a mão ESQUERDA, Mão da via do
coração. Representa a via dos sonhos e do desejo do homem, de
construir um abrigo, de dar conforto e alojar a família. Este símbolo
antigo está renovado na forma dinâmica de se ver e de ouvir cada
metáfora maçônica.

MAÇO
O MAÇO representa a força interior do homem, sua
determinação que o levará a esculpir o homem exterior, moldando
sua forma de agir, de pensar, de ver o mundo e de estar em
sintonia com o universo através de suas batidas harmônicas que
darão forma ou reproduzirão o desenho traçado em sua mente,
realizando em você mesmo as mudanças que surtirão efeito no
mundo externo ou físico. Desta forma o CINZEL E O MAÇO
representam o dogma e a moral maçônica, usado no atelier da
loj.´..
Como vimos todos os objetos que aparecem em nossos rituais e
cerimônias têm a ver com a construção de um templo interior,
onde cada pedra representa um novo valor, uma nova forma de
pensar um novo conceito ético. Portanto, se vê que a ortodoxia
maçônica trata exclusivamente do Apr.´.Maç.´. como um ser
inacabado. Porém dissemos que somos imagem e semelhança de
DEUS. Então, o Apr.´. poderia perguntar: como assim? Fomos
dotados de todos os atributos e potencialidades do GADU, é nosso
dever desbastar a pedra bruta e visitar nosso próprio interior, fazer
distinções do certo e do errado, do que é bom e ruim para nós, do
bem e do mal que afligem toda a humanidade e nossas vidas em
particular. Assim, a cada viagem, a cada instrumento, a cada gesto
34
ou palavra dentro de uma oficina maçônica deve-se ter em mente
que é só com o respeito, com diligencia e segredo, que poderemos
nos transformar, e aí teremos o reconhecimento dos demais
OObr.´. e de todos os IIr.´. da face da terra.
Assim como o CINZEL agudo corta a pedra, nós devemos restringir
nossas vontades, educando-nos a uma vida de serviço em silencio,
vigiando para não nos tornarmos vitimas de nossas palavras e de
nossos atos. Examinando a pedra com nossos olhos do intelecto,
vemos onde devemos melhorar e onde podemos melhorar ainda
mais, pois na maçonaria tem um reclame que diz: TORNANDO
MELHOR HOMENS BONS DESDE TEMPOS IMEMORIAS.
Este ditado é verdadeiro, pois em nossas oficinas temos como
dogma e ortodoxia, o progresso individual, portanto não tratamos
em nossa Loj.´. do melhor coletivo, pois isso é conseqüência da
melhora individual de cada Obr.´. desta amada e ESMERADA
ORDEM MAÇONICA. Assim vemos as luvas na mão do Apr.´.Maç.´.
como símbolo do trabalho árduo nesta fase de adaptação, pois
todas as informações e ensinamentos em geral são novos para o
Apr.´.Maç.´., mas com o trabalho hoje e com o intelecto, deve-se
ter suas luvas brancas, representando a pureza de seus atos e de
seu coração, incentivando este Obr.´. a ser um homem de bem,
como homem cidadão.
Por outro lado, o MAÇO representa a vontade interior: a FÉ que
levou um profano a se tornar maçom, que levou este neófito a
cruzar os portais de sua Loj.´. O desejo que ardia como fogo no
coração do profano é o mesmo que o levará mais e mais ao interior
dos mistérios. O maço representa a via espiritual e sobre-humana
que, latente como as batidas sobre o cinzel, dá o ritmo que
cadenciará o crescimento e trará o ânimo às novas descobertas,
esta mola impulsora interior tornará pessoas diferentes em irmãos
e irmãos em habitantes da eternidade.

35
Por hoje completamos nosso discurso para o Apr.´.maç.´.
Temos que levar em consideração que só o tempo e as experiências
intrapessoais, intelectual e mental, criarão e fortalecerão o caráter
maçônico de cada Obr.´. Cada homem aqui é um tijolo, um bloco
no templo invisível do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que a
cada melhora individual embelezamos o atelier do SOBERANO
DEUS, assim como este mundo onde a mentira reina. Não se
esqueçam: fizemos um juramento de mantermos em alto e bom
tom a tocha da virtude.

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR. S.´. / I.´.

36
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 09 – GR.’. APR.’. M.’.

EU vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.).

ELEMENTO AR
No elemento ar temos a metodologia do pensamento
maçônico determinando, de forma inteligente, a interpretação de
nossos símbolos dentro de nossa oficina. Desta maneira podemos
fazer uma leitura eficiente, interagindo com o cosmo e com nossos
dogmas prescritos através de nossa linguagem hermética. Assim, a
cada momento de nossos estudos, novos aspectos de nossa ciência
(A ARTE REAL), se desvendam aos nossos olhos e alimentam nosso
intelecto, demonstrando que no passado nossos IIr.´. tiveram
grandes dificuldades em codificar nossos conhecimentos, que
foram guardados dentro de uma literatura arquetípica, por onde
nós, nesse começo de nossos mistérios, vamos estender a você
caro Apr.´. Maç.´., as chaves desta linguagem iluminando com a
lâmpada do saber maçônico os seus passos de agora em diante.

MEIO DIA
Ao meio dia, precisamente, deve-se começar os trabalhos
do grau de Apr.´.Maç.´., conforme o rito REAA (rito escocês antigo e
aceito de 1804). Porém, fica a interrogação: por que do meio dia?
Este e um horário simbólico, pois todos os obreiros da
maçonaria operativa (nome dado à maçonaria, que de fato
construía catedrais e castelos na idade média) começavam a
trabalhar no amanhecer do dia. Todavia era ao meio dia que os
mestres fiscalizavam a obra e determinavam os novos passos a
serem tomados e a próxima fase do projeto de construção civil;
Assim o dia, tecnicamente, se resumia iniciando-se ao meio dia,
parando às 18hrs, tendo duas horas para descanso e retomavam
às 20hrs, com a fase de discussão sobre a estrutura do projeto,
riscando o chão da Loj.´. até as 22hrs, entrando em um período de
37
reflexão até as 24hrs. Depois disto feito, o descanso e o sono
merecidos.
Logo ao amanhecer do dia retomavam as atividades no
ponto em que tinha parado, esperando a vistoria dos MM.´.
exatamente ao meio dia. Entretanto, o simbolismo do meio dia não
está no horário, mas sim na posição do sol, pois ao meio dia pleno
não há sombra alguma, e cada obreiro que está trabalhando recebe
uma dose homogênea de luz e não faz sombra para os outro IIr.´.,
tampouco recebe sombra dos demais IIr.´..
Aqui e agora, começaremos a esmiuçar o segredo de o
trabalho iniciar ao meio dia, pois, simbolicamente, o maçom deve
receber a luz da maçonaria de forma homogênea de modo que não
haja sombras em seu modo de vida, desenvolvendo os três
aspectos, intelectual, psíquico e espiritual, de forma que os
ensinamentos da maçonaria o leve a um estado de percepção da
realidade tridimensional. Neste momento de nossos estudos
devemos encarar uma das grandes perguntas da vida: de onde
viemos?
A resposta abrange dois aspectos de nossa existência: a
psíquica e a material; simbolicamente representada aqui por
nossas Ccol.´.do templo, as duas colunas de nossa LLja.´.: uma
negativa e material, a BOAZ (Ccol.´.B.´.) e outra positiva e psíquica,
a coluna JAKIN (Ccol.´.J.´.). Esta questão nos leva aos profundos
estudos e pesquisas esotéricas sobre nossa origem e motivação,
para estarmos aqui no planeta terra. Esta iluminação através dos
conhecimentos maçônicos, é que se refere à luz do meio dia, luz
intelectual, psíquica e espiritual, que abrange a vida do maçom e o
torna capaz de visualizar, como águia, as grandes distâncias,
olhando para o passado, presente e futuro, intelectualmente
através dos estudos das ciências que deram origem à nossa
metodologia de vida, tendo como partes de nosso currículo:
gramática, oratória, astronomia, aritmética, geometria, psicologia,
política e religião. E, no campo do metafísico através dos estudos
38
de projeção astral, neste caso para o grau de Apr.´.Maç.´.:
metafísica, cabala, mercabah , alquimia, projeção e
materialização, música das esferas, teurgia, goética, todos os
reinos astrais e seus domínios, principados e potestades e tronos.
Desta forma, quando um maçom inicia seus trabalhos em
uma oficina maçônica, ele só tem um objetivo individual: o seu
próprio aperfeiçoamento através do conhecimento da moral e da
ética, sendo constantemente instruído e testado em suas
habilidades como neófito. Assim quando este Apr.´.Maç.´.faz o giro
na Loj.´., ele deve perceber se não há nenhuma sombra em seu
conteúdo intrapessoal, se ele não produz nenhuma sombra ,
verificando exaustivamente toda a sua conduta como pedreiro
livre, EDIFICANDO TEMPLOS A VIRTUDE E CAVANDO MASMORRAS
AOS VICIOS, percebemos que a iluminação é algo possível para nós,
porém muito trabalhoso, e exige um grande esforço, caro
Apr.´.Maç.´., em sua caminhada pelo norte da Loj.´..

NÃO FAZER SOMBRA AOS OUTROS IR.´.


Não devemos, deliberadamente, intervir no processo de
evolução de nossos IIr.´., mesmo que gêmeos, pois cada um traz
em seu âmago toda uma programação de objetivos individuais de
crescimento, e nossa interferência nos tornaria sombra para o
crescimento de nosso Ir.´., assim como em caso contrário, quando
nós ficamos dependentes de outro Ir.´. em nossas tarefas como
Apr.´.Maç.´. Não obstante, não adquirimos o conhecimento que
nos levará ao resultado esperado, e não praticamos nossas
instruções diárias. Desta forma, nos tornamos frustrados em ver
como estes IIr.´. estão progredindo e evoluindo, pois efetivamente
colocaram em pratica aquilo que lhes foi instruído em Loj.´. ou
através destas pranchas, onde vemos que quanto mais polido é o
metal, mais reluzente se torna. Assim, pedimos que o caro Apr.´.
Maç.´. não seja preguiçoso em seus estudos, pois eles são o

39
pedestal da coluna, ou a pedra fundamental, na qual edificaremos
nossa vida maçônica.
Algumas potências maçônicas em suas LLoj.´. não deram
o devido valor a este tipo de instrução que estamos ministrando a
vocês e tornando-se apenas especuladores da ARTE REAL, sem o
conhecimento prático, mantendo-se apenas como guardião dos
livros, ou seja, uma biblioteca no sentido literal da palavra, muito
longe dos laboratórios de teste e da aplicação prática na vida
cotidiana das verdades eternas, de nosso auto conhecimento e das
leis universais. Então pedimos a você, caro Apr.´.Maç.´., que se
banhe nesta luz, e mergulhe profundamente em nossos símbolos e
em nossa ciência, visitando o interior da terra, o seu próprio âmago
intrapessoal, e retificando a sua pedra individual (VITRIOL), tendo
nas mãos a tocha da luz da maçonaria, adentrando no seu próprio
interior e iluminando-se de dentro para fora, sendo constante e
vigilante, não permitindo a outro Obr.´. que venha fazer sombra
sobre você, caro Apr.´.Maç.´., impedindo o seu acesso à luz do
meio dia.

Encerro este tema convidando-lhe a refletir sobre seus


esforços e dificuldades em assimilar nossos conhecimentos. E mais;
encorajando você a persistir nesta senda de iluminação interior,
demonstrando que é possível vencer estes pequenos obstáculos,
pois são meramente de adaptação aos nossos métodos de trabalho
sendo, portando, uma mera questão de hábito pessoal.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

40
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 10 – GR.’. APR.’. M.’.

ELEMENTO FOGO
Contemplado o giro pelos elementos İsicos de nossa
Loj. ́., chegamos novamente ao fogo, elemento que se refere ao
relacionamento do Apr. ́. Mac. ́. com o espiritual, a magia e liturgia
da Loj. ́., o posicionamento e o rito com relação à energia
eletromagnética produzida por nossos símbolos e palavras, por
meio do uso consciente da dinâmica e das forças reagentes do
universo metaİsico, em sintonia com o İsico em uma interação
harmônica. Vejamos; vamos começar pela dualidade da Loj. ́.,
parƟndo das CCol. ́.?

COLUNA JAKIN OU Col. ́. J. ́.


Essa coluna representa as forças positivas do universo
que trazem vida e renovação aos três reinos: MINERAL, VEGETAL E
ANIMAL. Você poderia me perguntar: como é isso? No seio de
nossa ordem, guardamos vários segredos: um deles é como a força
vital se intercala com o material. Vamos tratar dessa energia como
se deve para o grau de Apr. ́.Maç. ́., parƟndo de uma demonstração
meramente İsica, pois nesse grau tratamos das coisas brutas para o
Apr. ́.Maç. ́. Todas as moléculas são formadas por átomos em uma
maravilhosa composição formando e agrupando tudo no reino
mineral em água, terra, gás e pedra. Em um antigo manuscrito de
NODIN, o construtor conta a lenda dos elementos e dos minerais
que o G.´.A.´.D.´.U.´. declarou: FIAT LUX, (faça-se a luz, está escrito
no livro de Gênesis, no capitulo 1). A partir daí começou a
EXPANSÃO DO UNIVERSO. Isso é muito lindo, pois hoje nossos
astroİsicos falam-nos na teoria BIG BANG, que, na Maçonaria,
trata-se disso com muita naturalidade há centenas de anos por
nossos IIr. ́. OObr. ́. como por exemplo: Sr. ISAAC NEWTON, que vai
além disso. Nos graus superiores vamos tratar do AIN SOF (aquilo

41
que havia antes da criação do mundo físico), porém aqui
partiremos da criação da luz.
FIAT LUX
A Maçonaria tem como uma das suas bases a Lógica, as
Ciências Exatas. Dessa forma, os maçons vêm um paralelo entre
tudo que existe e tudo o que não existia, e o símbolo do infinito ou
aquele oito deitado que representa, na Matemática, tudo aquilo
que é imensurável. Na Maçonaria é também imensurável na
criação e no antes da criação (DO PONTO DE VISTA DA ENERGIA
USADA PARA TAL FEITO). Portanto, temos o símbolo do infinito
como principio maçônico, mas então fica a pergunta: como o
G.´.A.´.D.´.U.´. se relaciona com o reino? Essa resposta é, por
demais, profunda, porém simples. A diferença entre o vidro e o
diamante é a velocidade que os elétrons giram em torno do centro
do átomo, pois a composição química e a massa atômica são quase
iguais. Para você, Apr. ́.Maç. ́., entender melhor, a força motriz dos
elétrons é a PARTE POSITIVA DA FORÇA (Col. ́.J. ́. ou Sul). Essa é a
parte positiva que representa a presença do Grande Arquiteto do
Universo no reino mineral, isso é que impulsiona os elétrons e
torna possível a formação dos átomos criando famílias químicas
divididas por peso atômico. Essa é a síntese da ALQUIMIA, o
segredo das transmutações de metais, é a velocidade dos elétrons.
Vejam só: discursamos sobre o gênesis maçônico do ponto de vista
científico e iremos mais além nos graus superiores, dando ao
GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO HONRA E GLÓRIA POR TAL
FEITO. Também veremos que os reinos: MINERAL, VEGETAL E
ANIMAL possuem inteligências, ou seja, mentes individuais que
trabalham dia e noite por meio de regras rígidas, as leis naturais e
psíquicas para a manutenção da ordem divina. Essas inteligências
são como programas de computadores (software) feitos pelo
Grande Arquiteto do Universo para desenvolver todas as tarefas
(DISSOLVER E COAGULAR), pois os senhores já ouviram a máxima
científica que na natureza nada se perde e nada se cria e que tudo
42
se transforma. Tais inteligências são chamadas na Maçonaria de
ELEMENTAIS. Esses elementais atuam somente no reino mineral.
Mais tarde trataremos em um capítulo específico sobre cada
Elemental (FOGO, AR, ÁGUA E TERRA). Por ora já basta.
Voltamos ao princípio divino e ao FIAT LUX. Imaginem um
grande depósito; um filtro natural de água começa com várias
camadas de areia muito fina e vai engrossando, passando no final a
cascalhos. Da mesma forma é a energia, mais sutil no começo, até
as formas físicas mais grosseiras dos elementos físicos, as pedras
brutas (símbolo do Apr. ́.Maç. .́ ). Assim, como a expansão do
universo e seu agrupamento em galáxias, formando estrelas,
planetas e demais corpos celestes e gases, são na verdade a parte
mais grosseira da energia criadora ou átomo NOUS. Imaginando a
complexidade das fórmulas matemáticas e da grandeza da obra,
entendemos que o universo foi criado a partir de NÚMEROS, como
já havíamos dito em monografias anteriores, e com tal exatidão
que damos a DEUS o nome de GRANDE ARQUITETO, pois se levará
muito tempo até o grau 33 para avaliarmos tamanho feito.
Também a parte mais sutil e refinada da energia formou outros
mundos por meio do éter, mundos espirituais ou moradas eternas.
JESUS CRISTO já disse que “na casa de meu Pai há muitas moradas
se assim não o fosse não os teria dito”. A mesma energia circula o
mundo da mesma forma, seguindo o mesmo princípio inalterado
do sutil, alimentando com uma corrente de vida toda a criação do
sutil para o grosseiro e vice versa. O mestre HERMES TRIMEGISTUS
escreveu na tábua das esmeraldas COMO É EM CIMA É EMBAIXO E
COMO É EMBAIXO, TAMBÉM É EM CIMA. JESUS em seu discurso no
livro de MATEUS capítulo 18, versículo 18, disse que: “tudo o que
ligares na terra estará ligado no céu e o que desligares na terra
estará desligado no céu”. Como a energia possui uma camada mais
grossa, os homens (corpo İsico) possuem um corpo material e
outro psíquico (corpo astral), assim formando nosso corpo dual que
se junta para formar seres viventes, como as CCol. ́. do templo que
43
são duas para sustentar nossa morada İsica. Aqui, quando o
profano entra na loja e recebe a luz da Maçonaria, é dito as
seguintes palavras pelo V.´.M. ́.´: FIAT LUX. Também se demonstra
que o mago tem domínio sobre a genealogia e o conhecimento da
fórmula da criação (NOME DADO À BÍBLIA NA MAÇONARIA). Essa
energia sutil é refinada. É como uma fonte de águas claras e puras.
Eu poderia dizer: quem não gosta de beber água límpida? Assim,
temos o dever de nos harmonizar com tal energia, que está
presente em todos os três reinos, e que doravante vamos mostrar
COMO e QUANDO estaremos em contato com essa energia pura e
desfrutarmos do estado sublime metafísico da força, restaurando
nosso corpo físico e psíquico e nosso estado mental em uma
profunda alquimia do pensamento, podendo visualizar e se
harmonizar com esta fonte inexorável de vida. Caminhamos muito
dentro do gênesis maçônico e com pequenas explanações sobre
como universo, do ponto de vista da Maçonaria, foi criado, e como
funciona matematicamente perfeito e regular. Não somos
alienados, porém estamos muito além da ciência moderna do
ponto de vista do COSMOS, como de fato sempre estivemos e
entre nós, os Maçons, em nossas oficinas, tivemos brilhantes
cientistas e notórios pensadores humanistas, políticos, filósofos e
religiosos que, apesar de não viverem neste século, nos deixaram
uma grande bagagem de conhecimento e de experimentos
estabelecidos a partir dos antigos manuscritos aqui citados e a
genealogia maçônica, a observar que essas mentes brilhantes ainda
que em pensamento, frequentam nossa lojas da atualidade (cito o
texto de cadeia de união). Continuaremos tratando da cosmologia,
em uma próxima e necessária oportunidade. Fica aqui esses
pensamentos profundos e de grandes verdades absolutas da
GLÓRIA do Grande Arquiteto do Universo, Apr.´.Mac. ́.,

T. ́.F. ́.A. ́.
M. ́.I. ́. CORRECTOR S. ́. / I. ́. XXX II
44
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 11 – GR.’. APR.’. M.’.

QUINTO ELEMENTO: ÉTER


Terminamos o segundo ciclo de nossa jornada como
Apr.´.Mac.´.
Como o elemento ETER representa o espiritual (ou astral)
e trata da parte psíquica de nossos iniciados e de nossos
ensinamentos, falaremos nesta monografia sobre duplo psíquico e
o homem dual.
Como vimos em nosso templo, temos duas colunas
CCol.´. Cada qual representa uma fase da mesma energia, como
vulgarmente usamos a eletricidade como exemplo, com suas
polaridades negativa e positiva. Assim, a grande energia, ou NOUS,
TEM DUAS POLARIDADES, porém não deixando de ser uma única
energia.
Na última monografia falamos sobre a coluna Col.´.J.´., como ponto
positivo de nossa energia cinética da Loj.´., e, anteriormente a
Col.´. B.´. como ponto negativo da energia em sua manifestação.
Desta feita, resumidamente, temos uma coluna física e outra
psíquica. Quando elas passam e se juntam por meio de um corpo
físico animado, temos um ser vivente (REINOS VEGETAL E ANIMAL)
como a corrente elétrica passa por uma lâmpada. Ela se torna
incandescente gerando luz e calor de igual forma em nós seres
humanos, quando somos alimentados pela grande energia. Uma
parte da energia (a negativa) junta os átomos e dá forma física e
proporciona funcionamento. A outra (a positiva) anima e dá
capacidade de ciência, ou gera consciência. Veja que estas fases da
energia são muito importantes para que o Apr.´.Maç.´.venha
conhecer o funcionamento do universo do ponto de vista e da
ortodoxia maçônica. A energia NOUS, em sua fase negativa não
quer dizer inércia, pois ela mantém os átomos em funcionamento
de forma geral. Porém, de forma direta, mantém nosso corpo com
suas funções autônomas (funções inconscientes). Exemplo disso,
45
para estarmos respirando, não é necessário estarmos conscientes.
Podemos estar dormindo ou desmaiados que nossos órgãos como:
fígado, rins, intestinos, corrente sanguínea e coração, continuam
funcionando normalmente e não dependem de nossa vontade
direta para funcionar. Eles seguem normas próprias que o GADU
determinou para eles, (ELEMENTAIS DO CAMPO ANIMAL) através
de inteligências (Software), que estão ligados a uma rede com
centrais eletromagnéticas em nosso corpo, às quais chamamos de
PLEXOS. De igual forma temos duas correntes de líquido no corpo
humano, a saber: sangue e linfa. Assim, temos duas correntes de
energia girando em sentido horário em nosso corpo, uma subindo e
outra descendo, juntando o físico com o psíquico. Quando ocorre a
morte ou transição do maçom e ele vai para o grande oriente
eterno, o corpo morada da alma psíquica fica vazio e, por algum
tempo, como uma bateria carregada, mantém a forma física e seu
aspecto humano. Mas, ao esgotar a energia NOUS dupla
polarizada, ele perde com a saída da polaridade positiva a
capacidade da polaridade negativa de manter a forma física,
voltando desta maneira ao formato do principio matéria bruta e
líquida. Porém a forma psíquica segue seu aprendizado em outra
esfera astral, assunto que falaremos em outra oportunidade.

O CORPO PSIQUICO
Somos formados por um duplo. Como na natureza tudo
segue os mesmos princípios do GADU, temos uma forma psíquica
ou uma alma, como você Apr.´.maç.´. assim desejar chamar. E uma
forma física, ou corpo físico. Partindo deste ponto, trataremos de
comprovar isso através de antigos conhecimentos que fazem parte
dos ensinamentos maçônicos, comprovados através de
experimentos e de te urgia (magia branca), para que tal informação
venha a ser útil para o Apr.´.maç.´.
É necessário estudo e técnicas para desenvolver estes
potenciais que estão adormecidos dentro do homem, porém
46
disponíveis a todos que assim o buscam. Como está escrito na
bíblia: “buscai e achareis”; “batei e abri. Se vós pedir, a vós será
dado”. Assim como um ginasta leva anos para desenvolver técnicas
apuradas de acrobacia, também o mago levará anos de estudo em
várias matérias para dominar os elementos da natureza.
Começaremos com Projeção Astral, ou seja, a técnica de
desdobramento do corpo astral, a capacidade de sair do corpo e
viajar sem as prisões físicas que nos limitam a tempo e espaço.

PROJEÇAO ASTRAL
TERCEIRA LENDA MAÇÔNICA: A DO MAGO E DO
DISCÍPULO
No antigo templo de SALOMAO se dizia que não se ouvia
barulho de metais (livro da bíblia de segundo a reis) e que se podia
viajar grandes distancias e se comunicar com pessoas em outros
continentes sem o uso dos meios físicos da época (cavalo, carroça,
barcos), que estes magos tinham poderes sobre humanos (êxodo
9/8,9,10,11 transformar uma vara em cobra, água em sangue, etc),
lenda do tapete mágico das mil e uma noites que trata da vida de
SALOMÃO. Aqui dentro dos rituais maçônicos e da nossa ortodoxia,
levamos ao conhecimento que o Apr.´.Maç.´., após ter treinado
suas técnicas para receber o aumento de salário desejado e chegar
a comp.´., deveria passar por uma bateria de testes para
comprovar sua capacidade. Hoje em dia, a iniciação ficou vazia e
desvalorizada em muitas lojas e obediências maçônicas. Nós,
doravante, traremos a iniciação com o verdadeiro valor,
principalmente buscar seu real objetivo. Reza a lenda maçônica
que, para receber o aumento de salário, o Apr,´. Maç.´. deveria se
projetar no astral e lá encontrar-se com o VENERÁVEL MESTRE
(V.’.M.’.) para os testes. Assim, o Apr.´.Maç.´. poderia comprovar
seu valor, e que tinha conseguido dominar a técnica da projeção
astral, pela qual teria direito a receber novos conhecimentos.

47
Vou trazer para os nossos dias, como exemplo, o exame
da OAB. A ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL é que determina
quem será advogado e quem será somente bacharel em direito.
Hoje em dia, poucas loja vêm isso possível no grau de
conhecimento dos Mestres Maçons (M.’.M.’.), que na maioria das
vezes não têm o menor conhecimento dos poderes mágicos dos
quais são herdeiros. Guardam apenas o temor dos profanos como
se fossem detentores de tal conhecimento, às vezes ensinado
somente a circular em loja e não tendo conhecimento dos assuntos
extracorpóreos, tampouco contato com os mestres maçons do
grande oriente eterno; como papagaios que só aprendem a repetir
15 palavras. Daqui por diante vamos instruí-lo sobre as técnicas
maçônicas de projeção astral, e como proceder em cada fase do
seu conhecimento e experimento.

EXERCICIO NUMERO UM DE PROJEÇAO ASTRAL


Em primeiro lugar, ao deitar-se, você deve elevar seus
pensamentos ao Grande Oriente Eterno, local e morada da Luz.
Mentalize e se conecte com o imaginário, com uma grande oficina
de maçons, todos de terno preto e com seus aventais, jóias e
insígnias. Imagine que eles formam uma cadeia de união em sua
volta com os braços entrelaçados. Imagine que o Ir.´. esperto, o
mesmo da iniciação, o convida a dar sua mão para a primeira
viagem astral, dizendo a seguinte frase para você: CONFIE EM MIM
E NADA DE MAL TE ACONTECERÁ. Você deve ter um sentimento
profundo de amor. Todos os seus pensamentos devem ser de
energia positiva. A melhor posição é o decúbito dorsal (deitado de
barriga para cima), com os braços estendidos ao longo do corpo,
palmas voltadas para baixo, as pernas entreabertas e os olhos
fechados. Procure deitar-se com a cabeça voltada para o norte e os
pés voltados para o sul a fim de estar em harmonia com os campos
magnéticos da terra. Respire profundamente pelo nariz

48
tranquilamente. Evite respiração torácica. O ideal que seja
diafragmática.
Evite realizar os exercícios de projeção quando estiver
sexualmente insatisfeito (ou excitado), para evitar o assédio extra
físico de obsessores sexuais (corpos psíquicos com desejo sexual ).
É determinante tomar um banho antes do exercício de projeção.
Não é permitido o uso de metais nesta fase, como por exemplo:
correntes, anéis, alianças, relógio etc. Não se recomenda
travesseiros altos ou de fibra de animais. O ambiente deve estar na
penumbra e, de preferência, incensado. Se possível, utilize o
avental maçônico (isso trará o contato com as potências astrais da
maçonaria). O ambiente deve estar silencioso, podendo ainda
utilizar uma musica suave e positiva para harmonizar o ambiente.
Procure não se alimentar com carne duas horas antes do exercício.
Se tiver fome, coma uma fruta que não pese seu estomago.
Para que o Apr.´.Maç.´. tenha sucesso neste exercício de
projeção astral, é necessário que esteja com o corpo físico bem
relaxado. Devemos ter as atividades físicas autônomas, assim como
as atividades cardíacas e respiratórias devem diminuir de
intensidade, bem como o uso dos demais órgãos, como o do
sistema digestivo. O corpo físico interage com o psíquico e
qualquer vontade fisiológica não permitirá a projeção astral. É
EXPRESSAMENTE PROIBIDO O USO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS ou
qualquer outro tipo de entorpecente.

PARALELO ENTRE OS ENCARNADOS E OS


DESENCARNADOS
O APR.´.MAÇ.´., quando projetado, tem características
diferentes dos cidadãos do plano astral desencarnados, ou seja,
aqueles que já passaram pela morte (PSISSOMA). Eles não possuem
uma áurea magnética colorida que nada mais é do que um
contorno de luz com várias cores que são características dos seres

49
encarnados e não possuem um cordão de prata que os ligam ao
corpo físico (cordão de 81 nos da loja).
Nós, os encarnados, somos mais densos e menos translúcidos que
o desencarnado, pois estamos em contato direto com a matéria.,
estando vivo fisicamente. TOME MUITO CUIDADO, POIS, AO SE
PROJETAR, PODEMOS SER CONFUNDIDOS COM UM SOCORREDOR
ESPIRITUAL, ou seja: sofreremos alguns assédios de pessoas
desencarnadas pedindo ajuda para se afastar dela. Basta levantar a
Mão direita e mandar que se afaste.

PERÍODO DE ADAPTAÇAO COM O HABITAT


Quando nos projetamos temos que nos adequar com o
novo habitat, pois não estamos na mesma condição que a física.
Não temos necessidade de andar, voamos, podemos transpor
objetos como portas e paredes, como se fôssemos fantasmas.
Podemos ir ao fundo do mar ou a outro planeta sem a necessidade
de oxigênio, etc.

VAMOS À PRÁTICA ( I )
Primeiro vamos ativar o plexo frontal, ou seja, na frente
da testa, logo acima dos olhos, ou melhor, entre os olhos onde fica
a visão da alma, pois este responde diretamente pela memória e
pela lucidez.
A) Quando já deitado comece o exercício de
fortalecimento do corpo astral. O mesmo que é usado
na loja. Primeiro faça três respirações profundas, inale
pelo nariz e depois de 40 segundos exale pelo nariz
lentamente. Aí comece ativar sua consciência astral
através da sensação dos pés, depois lentamente das
pernas, seguindo para as coxas, abdômen, tórax. Leve
uma média de 10segundos para cada parte
mencionada aqui. Depois para pescoço, braço,
antebraço, mãos, dedos, do menor ao polegar,
50
retornando paras os braços, antebraços, pescoço e
cabeça. Em seguida busque fazer silencio mental e
tente ouvir seu coração bater no peito, sua pulsação.
Isso é muito importante para o sucesso deste exercício.
Desligar-se do mundo material, zerar os pensamentos,
ficar em extremo silêncio mental.
B) Quando chegar à cabeça, pare sua concentração em
um ponto no centro da testa onde você sentirá mais
calor. Neste momento, respire profundamente e faça
a seguinte entoação por sete vezes: OM
(OOOMMMMMM)
C) Concentre-se no centro da testa e faça força mental, ali
aumentado sua capacidade de visão astral e de
memorização.

Fim do primeiro exercício de Apr.´.maç.´.


Você deverá buscar auxílio de um mestre na loja, caso
tenha dúvidas. Este é apenas a primeira de muitas lições que
levarão você ao plano astral, e lá poderá ver a vida de uma forma
que a morte não mais te fará perder o sono, e entenderá os
problemas da maioria das pessoas neste mundo físico, além de
poder falar com entes queridos que já não fazem parte deste
plano, passando a entender o projeto do GADU e seu desenrolar
nesta era.

Fica aqui a ressalva de que todos os nossos juramentos


valem ainda mais sobre nossos conhecimentos astrais, e que a
egrégora maçônica te ilumine e te faça feliz e consciente de suas
obrigações para com a maçonaria universal.

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII


51
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 12

ELEMENTO TERRA (inicio de um novo ciclo)


Meus queridos IIr.´. Sabemos que todos estão ansiosos por
novos avanços dentro da maçonaria e pedimos o aumento de
salário constantemente. Mas todo o ensino da maçonaria está
baseado no progresso e mudança do Apr.´.Maç.´.. Assim, temos
que deixar o tempo fazer os devidos acabamentos em nossa obra
interior, este lapidar (lavra da sua pedra bruta) que do seu ponto
de vista é pequeno e do ponto de vista das pessoas que vivem com
você pode até não ser notado com o vigor desejado pelo
Apr.´.Maç.´. Mas eu posso assegurar que dentro de sua oficina
interna, no âmago do seu ser, tudo está tomando outra ordem e
forma de um grande templo onde, na nave central, vemos que o
progresso acadêmico tem-se feito notar através de seu desejo pelo
estudo, pela literatura, pelas ciências exatas, pelas ciências
iniciáticas e herméticas. Agora podemos vislumbrar a maçonaria
como uma grande universidade, onde todas as matérias
pertinentes aos graus estão dispostas em nosso templo de forma
cifrada e gravada, simbolicamente reservada a cada grau. Cada
palavra do rito tem diversos sentidos e se renovam em uma nova
visão a cada nova etapa vencida e atingida através da iniciação a
um novo grau. Aqui nesta viagem ao elemento terra, temos que ter
em mente que a terra trata dos elementos cotidianos e físicos do
nosso ser, e assim tratamos do lado externo de nosso
relacionamento interpessoal.
No elemento terra tratamos da moral, da ética, da vivencia em
família maçônica dos costumes maçônicos e da vida social do
Apr.´.Maç.´. Veja: é impossível termos um progresso ou aumento
de salário na maçonaria, se não tivermos altos os nossos ideais
humanos, pois todo tipo de perversidade, mentira, ódio e ira,
afetam a forma do Apr.´.Maç.´. de pensar e de interagir com os
Obr.´. de sua oficina. Desta forma sempre aconselhamos se observe
52
a jóia do 1º Vig.´. de nossa loja: o Nível ou balança. Estar sempre
em constante equilíbrio com nossos atos e pensamentos, dando
como exemplo o consumo de bebida alcoólica. Nós temos a
liberdade de beber, e não somos proibidos de fazê-lo, porém deve
ser feito de forma equilibrada e responsável, não se
embebedando. Moralmente seria uma grande desgraça para a
maçonaria ver seus membros em bebedeiras e caídos em
escândalos. Assim sendo, vemos que a moral maçônica nos rege
para que tenhamos nossa vida em alta estima. Somos homens de
bons costumes e de idoneidade, portanto é admissível que é pré-
requisito para sermos senhores de nosso destino, MAGOS, em
essência. Não podemos estar envolvidos em conversa de baixo
calão, tampouco em discussões que levem a intriga ou discórdia.
Temos como vértice primordial, a concórdia e o bem estar da
família maçônica como um todo.
Dentro da visão da maçonaria deixo aqui algumas
recomendações, sobre o comportamento do Apr.´. Mac.´.
Nunca estar envolvido em bebedeiras, e não se envolver em
escândalos comportamentais por efeito de álcool. Deve ser
discreto quando tiver ingerindo bebida alcoólica, e estar vigilante
com sua língua.
Ser atencioso com seus relacionamentos amorosos, devendo
ser cauteloso para que não se veja envolvido em comentários e
fofocas que denigram sua imagem, pois não é permitido nenhum
comentário sobre suas atividades em Loj.´., bem como seus
relacionamento com a família maçônica, tratando-se de negócios
seculares em prol de amizade.
Deve ter uma postura irrepreensível com relação às pessoas
(profanos) menos favorecidas e incultas, pois é dever de um
maçom ser irrepreensível, do ponto de vista do cumprimento dos
seus deveres como senhor de seu lar, não deixando nada faltar e
dando atenção à sua família e aos demais, presenteando-os com
sua honestidade.
53
Quando um maçom ocupar um cargo publico ou de grande
notoriedade na sua vida cotidiana é recomendável toda a cautela
possível para não se ver envolvido pelos enredos do poder e do
mundo secular e trazer sobre si a mácula de ser um mau gestor, ou
pior, um corrupto. Visto como membro da Augusta e Sublime
Ordem Maçônica, deve se vestir como tal, sempre passando a
imagem de pessoa séria e respeitadora das famílias e se compor de
forma impoluta, digna de ser lembrado e espelhado como exemplo
pelos cidadãos, como um verdadeiro maçon.
Não se engane caro Apr.´.Maç.´. Todas estas recomendações
fazem parte do Discurso do Rei SALOMAO feita aos seus filhos no
livro de Eclesiastes, no velho testamento bíblico, vendo que desde
a época de nosso mestre Hiram Abif, vem se desenvolvendo um
conjunto de leis morais que regem nossa amada ordem Maçônica,
pois somos livres pensadores e usamos de nossa liberdade sem
confundir com libertinagem. Muitas vezes na historia da maçonaria
nós fizemos parte do rol dos “fora da lei”, porém nunca fora da
verdade. Defendendo a proclamação da Independência do Brasil
ficamos fora das leis portuguesas que regiam o estado naquela
época, quando a maçonaria se reunia para alavancar o desejo de
liberdade da America do Norte e patrocinava um jeito e uma forma
nova de viver livre dos grilhões e da tirania. A maçonaria era
proibida e considerada subversiva, e assim por diante. Temos
muitos exemplos de clandestinidade maçônica. E se nos
perguntarem: temos inimigos? A resposta é sim. Porém podemos
citar inimigos da maçonaria que já foram vencidos pelos iluministas
e OObr.´.Maç.´., como por exemplo:
NAZISMO, COMUNISMO, INQUISIÇAO, REGIME DE SADAN
RUSSAIM, CORONEL KADAF, entre outros que, enrustidos dentro de
uma fachada de liberdade, mais que escondia uma ditadura política
ou religiosa, como é o regime da irmandade mulçumana no EGITO,
proibindo e fechando todas as lojas que lá operavam e mandando
prender os OObr.´. daquelas oficinas.
54
A MAÇONARIA E A POLITICA
Como vimos, a maçonaria é formadora de pensamento e
operária do bem estar social. Por ser assim, em nossas LLoj.´.foram
tomadas grandes decisões que mudaram a cara do mundo em que
vivemos, sem partidarismo e sem formar grupos nas LLoj.´.
maçônicas. Caro Apr.´.Maç.´., você verá discussões que darão rumo
e norte ao estado politicamente governado, desde a menor esfera
até a ONU, nós da maçonaria temos influenciado e conduzido os
povos para a concórdia e para o progresso.
O MAÇON CONSTRUTOR SOCIAL
Já há algum tempo, nós, os maçons, trouxemos para o seio de
nossas oficinas, o dever de construir um mundo melhor, e temos
feito vários progressos. Desta forma, muito se escreveu em livros e
revistas sobre este tópico, que é a construção social e o bem estar
da população em comum, construindo no, interior do homem,
templos à virtude e cavando masmorras ao vício, elegendo
prioridades e cultivando as boas obras. Sempre que possível
mantemos asilos e orfanatos, ajudamos hospitais e albergues, bem
como àqueles que estão desprovidos de recursos materiais e de
saúde para trilhar a laboriosa vida terrena, contando
exclusivamente com auxilio metafísico e físico de nossas LLoj.´. sem
que a estes seres humanos seja permitido divulgar quem foi seu
mecenas ou o nome de seu padrinho na hora da angustia ou do
abandono. Por este motivo muitos IIr.´. engrossam as fileiras dos
clubes sociais como LIONS, ROTARY CLUB, CRUZ VERMELHA
INTERNACIONAL, MEDICO SEM FRONTEIRAS etc..
Em nossa loja há um momento que se passa uma bolsa onde é
anunciado o giro ritualístico feito pelo mestre de cerimônias
girando na Loj.´. o saco das proposições (propostas), e circula a
bolsa da viúva, onde o ir.´. Hosp.´. (hospitaleiro) faz a coleta dos
metais para que sejam usados no alivio do sofrimento das pessoas
e na manutenção dos desfavorecidos. É comum que no inicio do
ano maçônico ou no início da gestão do novo V.´.M.´. Venerável
55
mestre, que se adote uma instituição para direcionar o auxilio da
Loj.´. enviando para ela os recursos (metais) arrecadados durante
um mês. O responsável por este ato, bem como pela prestação de
contas aos IIr.’. é o tesoureiro (Tes.’.) da Loj.´.
Aqui encerramos este discurso de instrução.

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII

56
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 13

ELEMENTO ÁGUA
Doravante Apr.´. Mac.´., não mais chamaremos de monografia
a literatura maçônica que o Ir.´. vem recebendo. Ela passará a ser
chamada de “prancha de arquitetura”. Trata-se daquele objeto
usado para dar suporte à escrita em uma obra de construção que
você já deve conhecer ou estar acostumado. Porém é meu dever
como M.´.M.´., familiarizá-lo com os termos e linguagem praticadas
pela maçonaria universal, e pela forma de escrita singular e de
nomenclaturas próprias que são utilizadas na maçonaria em geral.
Sempre, na mesma sequência dos elementos da natureza, do
mais denso ao mais sutil, vimos discursando sobre a questão
SOCIAL, ou seja, do elemento terra (fora da Loj.´.) que remete ao
comportamento geral do Maç.´., do ASSOCIATIVO, isto é, do
elemento água que coordena a relação entre maçons e da forma de
se comportar dentro da oficina, do INTRAPESSOAL OU ARQUETIPO
relativo ao elemento ar que nos remete aos mistérios, bem como
ao progresso cientifico e intelectual do Apr.´.maç.´., do ESPIRITUAL,
representado pelo elemento fogo que trata das relações
herméticas do espiritual na maçonaria e, por último, do ETER que
trata dos elementos ligados ao mundo astral e da magia como um
todo.
Assim, desta forma sistêmica, temos discursado
para o Apr.´.maç.´., de forma simples porem elementar, dando
suporte para que posa avaliar e ver a maçonaria como uma
universidade de conhecimentos e acima de tudo como uma escola
de INICIAÇAO, ou INICIATICA. Os ritos de iniciação são comuns a
todas as antigas sociedades, mas nós ocidentais deixamos de fazê-
lo em virtude de nosso amadurecimento como sociedade
organizada. Desta forma perdemos o sentido milenar da iniciação,
que na maioria das sociedades aborígenes tem um rito de
passagem da infância para a fase adulta. Nas tribos indígenas da
57
áfrica e das Américas ainda se vêm este tipo de rito onde a criança
passa por um determinado ritual para atingir a sua maioridade
social. Citamos, por exemplo, em que meninas são separadas das
demais crianças no seu primeiro estágio de fertilidade e passam a
ser instruídas sobre diversos aspectos de sua vida como adulto
social: sexo, deveres matrimoniais e a rotina de uma mulher
(esposa). Este período de separação pode durar meses e até anos.
Nestas tais sociedades aborígenes, da mesma forma, o menino é
separado logo que se percebem as mudanças físicas da puberdade
preparando-o para a vida de adulto mantenedor e protetor de sua
família. Em ritos de passagem, que no caso do menino dura um
certo tempo e conta com provas de dor e de coragem, é avaliada
sua capacidade de suportar o peso de sua responsabilidade como
guerreiro, caçador e pai de família. Já, nós, trazemos da INICIAÇAO
a forma de incluir no íntimo do ser uma serie de valores subjetivos,
trazendo à tona em nossa personalidade as capacidades latentes
do ser humano que estavam adormecidas, ou seja, uma ferramenta
não utilizada naquele momento vivido pelo profano. Desde a
entrada na parte externa da Loj.´., o profano se vê cercado por
maçons que lhe interrogam a saber sobre sua reais intenções ao
buscar sua filiação à Maçonaria, antes de prepará-lo para a
iniciação propriamente dita, pois o conjunto de emoções e de
expectativa vão criar adjunto com a egrégora da Loj.´., ou seja, um
pano de fundo para que se possa moldar o caráter do indivíduo que
se torna maçon. Assim como as ferramentas simbólicas da
maçonaria que para o mundo profano não tem nenhum valor
hermético, para nós da maçonaria possui duplo sentido. Cada peça,
cada ferramenta, tem em si incrustada uma grande verdade
cósmica e imutável relacionada com suas formas geométricas, com
seus desenhos ou com suas palavras cifradas. Não só nos objetos,
como no fardamento dos oficiais da Loj.´., se vê como na ordem
militar dos exércitos os seus poderes ou galões. Aqui na maçonaria

58
se vê sua autoridade regimental e espiritual, exercida de forma
também ordeira.
Em nossas oficinas ou Loj.´. azul, que já foi
explicado em discursos anteriores, temos bem clara a visão de
organização hierárquica. Pois bem: somos iniciados como
Apr.´.Maç.´., elevados a C.´. Maç.´ e, posteriormente, exaltados a
M.’.M.´. Porém, só os M.’.M.´. têm direito a voto na Loj,.´. Sendo
assim, aprendizes e companheiros não têm maioridade maçônica,
consequentemente não têm direito a voto. A seção que discute o
rumo a Loj.´. é chamada de seção de M.’.M.´., ou câmara do meio.
Cada momento da vivência maçônica deve ser acompanhada de
um crescimento e de aumento de salário do Obr.´. Para tal, é feita
uma nova iniciação a cada evolução na escada de Jacob, onde
novas expectativas e visões sobre os mistérios de nossa ordem são
passados aos iniciados com novas palavras, toques e sinais,
podendo, no caso do M.’.M.´. vir ocupar lugar no oriente da loja e
exercer papel de uma das três luzes da oficina: V.’.M.´., 1º VIG.´.,
ou 2º VIG.´., dando início e fim aos trabalhos regulares da
Loj.´.econômica e ordinária. Mas, somente ao mestre instalado
(M.’.I.´.), ou ao próprio venerável mestre VM.´., é dado o poder de
iniciar, ou de fazer nascer maçom.
Dentro do tema aqui redigido, a INICIAÇAO, suas
origens e tradições, encontramos em varias ordens iniciáticas seus
ritos e suas tradições passadas através da iniciação, mas nos
ateremos à Sublime Ordem Maçônica, e suas iniciações referentes
ao REAA, pois as três iniciações primárias da maçonaria universal
são a de aprendiz maçom (Apr.´. Maç.´.), de companheiro maçom
(C.´. Maç.´.) e de mestre maçom (M.’.M.´.), que comporta a lenda
de nosso mestre construtor HIRAN ABIF. Também são considerados
como LANDMARKS os ditames fundamentais da maçonaria. Estes
ritos são iguais em principio a todos os demais ritos maçônicos,
como por exemplo: REAA, YORK, HEREDOM, FRANCES, etc..

59
Vemos na cosmogonia tradicional da maçonaria a
importância destes ritos de INICIAÇAO. Para avaliarmos o
crescimento do maçom na memorização destes ritos e a
perpetuação de nossos mistérios, o neófito de hoje será o mestre
de amanha. Da mesma forma, o bom andamento dos trabalhos e o
ritmo constante das oficinas é o que garante o futuro de nossa
ordem, haja vista que temos cargos específicos para o ritual de
iniciação, com oficiais próprios. Lembrando ainda que estas
cerimônias não são renumeradas, pois somos uma sociedade
filantrópica sem objetivos financeiros, e que todos os metais
apurados com as iniciações devem ser encaminhados à tesouraria e
revertidos para a manutenção do templo e do bem estar da oficina.
É uma prática Universal se receber para dar iniciação e passar os
mistérios aos IIr.´. OObr.´.da loj.´. Ainda que tais valores mudem de
grau para grau, e de potencia para potencia, é de inteira
responsabilidade individual de cada Loj.´. determinar o valor de
suas jóias, devendo repassar para a potencia dez por cento de tudo
que se arrecada na Loj.´., conforme determina a carta constitutiva
(é o alvará de funcionamento de uma loja maçônica dada por uma
potencia regular, chamada comumente de carta de cobertura). É
dever exclusivo do V.´.M.´. da Loj.´., vigiar pelos pagamentos e
responsabilidades fiscais. É secular, que é dever do tesoureiro,
impor a obrigação de pagamento de mensalidades para
manutenção da Loj.’. Tais valores são discutidos e firmados na
seção de M.’.M.´., em acordo na câmara do meio. Assim, vemos
que cada Loj.´.é soberana e tem forma autônoma de taxar e de
prover recursos para a manutenção de suas atividades, portanto,
não se assuste com os critérios financeiros utilizados pelas LLoj.´. e
pela potencia com suas diferenças de valores de metais, bem
como com os recursos em caixa de tais oficinas, que podem ser
colocados à disposição aos OObr.´., desde que este siga normas
rígidas de Mutuo (empréstimos junto a tesouraria), que não
podem, sobre qualquer hipótese, ser cobrado juros ou correções
60
monetárias, por se tratar de recurso em comum dos Ir.´. e de fundo
de manutenção de Loj.´. Também é possível reverter estes recursos
para a abertura de novas oficinas ou triângulos maçônicos,
patrocinando, desta maneira, o crescimento da maçonaria
universal, bem como socorrer os IIr.´. que estejam em grande
dificuldade financeira.
É sempre bom lembrar ao Apr.´. Maç.´., que toda
a vez que você tiver um possível candidato a se tornar maçom,
deve, juntamente com a fixa de pedido de filiação, informar os
valores dos metais da iniciação cobrados pela sua Loj.´., que deve
ser quitado antes de marcar a data para tal acontecimento, pois a
tesouraria deve emitir certificado de quitação dos metais e juntar
ao mural da loja. Muitas pessoas que têm desejo de se tornar
maçom acabam filtradas na joia, presas pelos metais. De modo
geral percebemos que a maçonaria é, e sempre será, uma atividade
com um custo financeiro alto e nem todas as pessoas dispõem
deste pré-requisito, embora possuam um potencial intelectual,
mental e espiritual para participar desta Esmerada ordem. Fica aqui
também o aviso que não se deve tratar com maçons de outras
lojas, sobre os valores pertinentes a jóias de sua Loj.´., pois esta
comparação tornaria vulgar e comercial o que é sagrado para nós.
Por hora é só, meu amado Apr.´. Maç.´.

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII

61
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 14

ELEMENTO AR
Neste momento de nossos ensinamentos, trataremos do
crescimento intelectual do Apr.´.maç.´. O elemento ar trata dos
pensamentos, do campo das ideias e do iluminismo. Através dos
ensinamentos maçônicos, temos a condição de nos tornarmos
senhores de nossas ideias sem apegos a valores passageiros, eu de
época. Durante muito tempo as LLoj.´. maçônicas da França e da
América do Norte deram formato ao pensamento e à psicologia
aplicada, sendo influenciadas pela forma harmônica de ver a vida
de nosso Ir.´. alemão MOZART, que passou a pregar que não
bastava agir, mas que deveríamos agir em consonância com o
cosmos, de forma harmônica como uma melodia. Tal feito parecia
pura filosofia grega tratando de que como poderia ser, de fato,
aplicada a nossa estada na loja e como isso poderia afetar nossa
vida cotidiana e secular, visto que já era de conhecimento antigo e
fazia parte do manuscrito de NODIM, no qual tínhamos como base
os tratados herméticos de HERMES TRIMEGISTO.
A LENDA DA DESCOBERTA DE HIRAM ABIFF
Em uma das lendas transmitidas na maçonaria, reza que o
mestre arquiteto HIRAM ABIFF, que era nascido em Tiro, cidade
portuária da Fenícia (atualmente Líbano); em uma de suas buscas
arqueológicas (pois era colecionador de antigos escritos na região
onde vivia), se deparou com um manuscrito Egípcio de Menfhis,
escrito por um sumo sacerdote do deus TOT (nome dado no Egito
para Hermes Trimegisto). Nele continha o texto da tábua das
esmeraldas e, depois de longo estudo, e com grande empenho
pessoal, o mestre Hiram Abiff decifrou tal papiro e travou
conhecimento com a Alquimia egípcia, o que o tornou muito
conhecido como grande construtor e sábio do rei de TIRO. De igual
feita sua fama chegou ao Rei SALOMÃO, que pediu ao rei de Tiro
que, para a construção do grande templo de Jerusalém, lhe fosse
62
cedido os préstimos do seu arquiteto chefe (isto está relatado no
livro da Bíblia 2 reis e no livro das crônicas), neste caso a pessoa
do mestre Hiram Abiff, que prontamente atendeu o pedido do
amigo rei dos Hebreus, enviando-lhe seu arquiteto chefe, bem
como uma grande quantidade de cedros do Líbano para a obra que
se tinha por fazer. Porém nosso mestre Hiram Abiff ficou muito
impressionado com a grande inteligência e a forma magister
(mago) de Salomão governar e com a grande riqueza que seu reino
possuía. Assim, ali começou uma enorme e bela amizade que seria
perpetuamente guardada nas lendas maçônicas.
Bem. Pararemos neste ponto com a lenda do relacionamento,
das funções e da obra do templo de Salomão, mas aqui fica a
pergunta: o que liga as três pessoas, Salomão, mestre Hiram Abiff e
Mozart, considerando que nenhum dos três era psicólogo ou
estudante da psique humana, como Sigmund Freud? Como então,
começamos a moldar o pensamento maçônico, e o estudo das
personalidades e suas relações?
A resposta é muito simples, porém, como tudo na maçonaria é
amplo, vejamos como reagimos aos impulsos externos que
recebemos em forma de informação ou de som e imagem. É
comum dizer em psicologia que, se uma informação é dada a uma
pessoa e ela, por hábito, coça a cabeça, quer dizer e se traduz como
sinal externo de que ficou preocupada ou abalada. Assim como o
hábito de roer as unhas demonstra ansiedade, outros sinais não
são tão visíveis às pessoas que não estão preparadas para assim os
ver, como por exemplo: suor nas palmas das mãos, boca seca ou
mãos geladas, são sintomas de medo ou ansiedade, como também
temos sinais de euforia e de estresse, mas vamos sair do campo da
psicologia e vamos voltar aos trabalhos de nossa LLoj.´. Já dissemos
em prancha anterior, que a diferença de peso atômico está na
velocidade que os elétrons circulam no centro do átomo. Isto é
puramente matemático. Mas veja este conhecimento que neste
momento muito relevante afeta nosso pensamento e reflete em
63
nosso corpo físico e no nosso estado mental por consequência,
bem como à nossa forma de pensar e reagir a certos impulsos
externos. Isto foi traduzido e atualizado para nós pelo mestre
MOZART que, tamanha foi a grandeza do feito, que varias
LLoj.´.levam o seu nome sobre a face da terra. O que ele, afinal de
contas, traduziu?

RITMO E MELODIA
Veja a tradução destes antigos textos, que levaram o mestre
Mozart a perceber através de experimentos, que somos afetados
pelos ritmos da música e que nos leva a estados de RIGIDEZ E
RELAXAMENTO. Isto está escrito da seguinte forma nos antigos
textos: DISSOLVE E COAGULA. Os estudos do nosso mestre e
músico Mozart demonstraram que quando estamos em contato
com a música, mesmo as pessoas surdas (pois não tem a ver com a
sugestão do som ou da letra propriamente dita ou ouvida)
interagem com nossos átomos e causa rigidez ou relaxamento. Este
princípio era utilizado em alquimia pelos mestres da antiguidade e
se traduziam os antigos escritos, de TOT, o ritmo, o som e as
oitavas de nossos átomos. Quanto mais harmonizados com as
oitavas mais altas, ficamos mais relaxados e espiritualizados, mais
próximos da mente divina e mais elevados no plano astral. Em
contra partida, quando estamos em contato com musica marcial,
ou com um ritmo marcial (como uma banda no desfile das tropas
militares) sentimos uma rigidez física e determinação mental, pois
só tem a ver com o estado vibratório do ser. Assim, quando em
nossos experimentos de projeção astral estivermos harmonizados
com uma oitava superior de frequência, ficamos mais refinado e
sensível. Desta forma, certas palavras entoadas na oitava correta
podem mudar o ambiente e trazer paz, assim como quando
estamos próximos de uma pessoa negativa, mesmo que ela não
diga nada, ela vibra em uma oitava muito baixa e causa cansaço,
fadiga e desanimo. Hoje em dia, dentro das organizações das
64
grandes empresas, é comum termos cursos de motivação e de
interação e relaxamento (o que é louvável), assim como as
universidades de parapsicologia vêm estudando estes aspectos da
psique humana em seus relacionamentos. Porém nós, caro
apr.´.maç.´., estamos cientes destes fatos e vamos além, pois
somos guardiões de um antigo segredo que está no coração do
homem. A fórmula matemática e lógica disso é como ela pode
afetar nosso comportamento, bem como o sucesso de nossas
empreitas. Assim, quando pedimos ou recomendamos certos
mantras (sons vocálicos), o objetivo é alinhar os centros de energia
ou plexos de nosso corpo para que possamos vibrar nas oitavas
mais altas e, desta forma, entrar em sintonia com o GADU, com a
energia sutil e restauradora que está presente em todo o Universo,
criando mentalmente o sucesso de nosso trabalho e bloqueando as
pessoas que vibram negativamente e causam insucesso. Nosso
mestre MOZART demonstrou, de forma matemática e com grande
perfeição, que cálculos matemáticos podiam ser traduzidos em
música com melodia e ritmo, mudando o estado de espírito ou,
melhor dizendo, de estado de ânimo dos ouvintes de sua época.
Em suas sinfonias ele retrata, através da mudança das oitavas do
ritmo de sua música, a fórmula do bem estar pessoal que tem a ver
com o estado atômico do ser. Basicamente é isso.
Cada conjunto de ritmo e melodia que entramos em contato
muda nosso estado vibratório e causa mudança no nosso
metabolismo, queimando mais fósforo e gerando, a princípio, calor
ou aumento da temperatura do corpo. Quando retemos o oxigênio
nos pulmões em um exercício de entonação vocálica e tomamos
nossa consciência viajando por nosso corpo, interagimos com os
centros magnéticos ou plexos e voltamos a sentir a corrente de
energia positiva (NOUS), como se estivéssemos dentro do oceano
envoltos por água do mar, teríamos a sensação de inércia e que
não há movimento. Porém, quando entramos em contato com as
correntes marítimas, vemos que há grandes rios dentro do mar e
65
que circulam as águas dos oceanos, que são causados pelo
aumento ou diminuição da temperatura, tal como os ventos são
regidos pelos mesmos princípios de calor e pressão. Como efeito
destes exercícios, temos a diminuição da quantidade de adrenalina
e, desta forma, produzimos melatonina. Aí teremos uma sensação
de paz e satisfação, produzida por estarmos em sintonia com todo
o cosmos, em um estado de paz profunda, podendo desta feita,
sermos orientados pelo GADU e obter o sucesso desejado, seja em
qualquer área de nossa vida.
Aqui eu encerro este discurso.
A todos;

T.´.F.´.A.´.
M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII

66
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 15

ELEMENTO FOGO
Saudações nas pontas deste sagrado pentagrama. Chegamos
novamente ao elemento fogo. Ele determina em nós, caro
apr.´.maç.´., o elemento espiritual da maçonaria e vamos ter hoje
uma noção superficial das relações espirituais dos maçons, como se
forma a cadeia de união espiritual na maçonaria, como os laços de
irmandade se tornam eternos dentro de uma sociedade iniciática, o
porquê de sua admiração por esta sociedade, como ela te atraiu
para o seu seio, e todas as formas de admitirmos que há um ser
superior através da religião, da filosofia ou, ainda mais, através da
experimentação cientifica. Cabe a nós da maçonaria dar um toque
iniciático a este processo de evolução e de conhecimento do
macrocosmo e do microcosmo, dos universos pessoais e
impessoais e do credo maçônico no GADU. Nos estudos das
pranchas anteriores vimos que não há explicação plausível ou
científica que possa manter o ateísmo como razoabilidade, pois,
somente uma força superior que dá o impulso ininterrupto aos
elétrons incansáveis e inesgotáveis, mantém o mundo visível
sustentável em sua forma através dos átomos, moléculas e, por fim
dando todas as formas e seres vivos, sua estrutura funcional e
organizada. Partimos da pressuposição da existência de DEUS, a
quem denominamos de GADU. Em discurso anterior falamos da
cosmogonia e do gênesis maçônico a partir do FIAT LUX, ou seja, da
explosão de luz que expandiu o universo e chegamos à nossa
morada, o planeta TERRA. Assim, passamos a ter percepção do
meio ambiente e de nos situarmos em um macrocosmo onde que
vivemos e nos relacionamos como um grande cardume de peixes
buscando nosso bem estar pessoal e evolução através do
aprendizado individual. Nossa memória coletiva nos ensina, desde
pequenos, que devemos crer e esperar por um ser superior que,
por natureza, chamamos de DEUS. Que ele é, na cultura ocidental,
67
único DEUS (monoteísmo). Por origem cultural e sabedores através
desta memória coletiva que ele tem uma natureza boa, podemos
dizer que DEUS É BOM, pois aqui nas Américas, fomos colonizados
por cristãos em geral e somente tivemos influência das demais
religiões, como a muçulmana e as orientais, a partir do século XVIII.
Nós, da Esmerada Ordem Maçônica, temos credo próprio. A partir
do século XII estruturam-se as escolas de construção civil, bem
como a maçonaria, pois, enquanto operativa, se tratava da
construção das catedrais que são, em ultima instância, grandes
igrejas cristãs. Assim, absorvemos valores católicos e protestantes
europeus. Porém não vamos tratar do ponto escatológico do
cristianismo, mas, sim, da visão maçônica de DEUS, que a principio
se tem como uma grande inteligência, dominadora de toda a
sabedoria. Para melhor entendermos o GADU, vou explanar como
na maçonaria ELE é visto em seu estado espiritual ou astral.
Quando o V.´.M.´. fez as batidas na espada
flamejante com três toques do malho, pronunciando seus atributos
e legitimando os seus atos como tal, também fez nascer maçom.
Neste momento, finda a vossa vida profana, somos recebidos como
um novo homem dentro da maçonaria. Com este feito teve inicio
uma nova vida que passou a ser reconhecida pelos seus irmãos
como tal. Mas, no mundo psíquico ou astral de forma invisível,
reunido em espírito ou pensamento, estavam ali muitos outros IIr.´.
que avalizaram este ato e passaram a reger e intuir o novo obr.´.
Podemos dizer que em nossas oficinas invisíveis, temos a
freqüência de autos dignitários da maçonaria universal que estão
vivendo no oriente eterno ou, nas lojas físicas da terra. A este
grupo avançado nós denominamos de egrégora maçônica. A
expressão maçônica correta é de POTENCIA MAÇONICA ETERNA ou
ORIENTE ETERNO. Este grupo está investido da manutenção dos
mistérios maçônicos dentro da grande fraternidade branca, nossas
tradições mostram que somos florescentes como uma sociedade
de mistérios e que somos tomados de grande impulso a partir do
68
século XVII. Mas veja; somos herdeiros dos CAVALEIROS
TEMPLÁRIOS que até o século XVI, com as grandes descobertas do
novo mundo e as grandes rotas marítimas, se vê NAS NAUS a vela
branca com a cruz vermelha, símbolo da ORDEM DOS HUMILDES
CAVALEIROS DO TEMPLO DE JERUSALEM. Mas a maçonaria
sucedeu esta última, os templários, no dever de iniciar e dar
cadência às mudanças no plano físico. Assim, com uma grande e
forte influência do iluminismo, declarando como base os conceitos
de LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE, vimos nos juntar
num grande cardume de mentes. Os mais importantes e
inteligentes cidadãos de várias nações, previamente dispostos a
nascer em momentos distintos da historia de cada um desses
povos, todos iniciados em oficinas ligadas às suas aspirações,
demonstraram com este conceito que a força visível da maçonaria
representa apenas a ponta de uma destas magníficas pirâmides
que podem ser vistas de longe. Porém, só quando chegamos perto
é que vemos a grande base e tamanho real desta estrutura,
poderemos avaliar seu real empreendimento e conhecimento
empregado para este feito arquitetônico.
Dentro desta visão de uma escola de
mistérios que ultrapassa a noção terrena de organização,
entendemos que muitos desígnios e decisões tomadas em nossa
fraternidade têm a ver com a concepção e direção do oriente
eterno, que já em sua base de decisões coloca no coração do obr.´.
caro apr.´.maç.´., o desejo de progredir e de formar LLoj.´.,
triângulos e grandes lojas, divididos através da meiose e se
multiplicando, formando novas células maçônicas sadias e de
inteira decisão do oriente eterno, os caminhos da maçonaria em
seus atributos e atribuições de cada nação, interagindo com as
necessidades daqueles povos em se libertar das sombras e da
opressão da ignorância, levando liberdade através da luz do
pensamento, igualando os homens, sem distinção de credo ou
valor doutrinal, e racismo. Esta mesma forma de ver se aplica ao
69
corpo de nossa loja através do voto dos IIr.´.MM.´. na câmara do
meio, onde são tomadas muitas decisões baseadas e intuídas em
respostas subconscientes, como se estivessem usando um GPS, em
um submarino em águas escuras e profundas, sem conhecer
previamente o seu meio ambiente, mas com a certeza de ter
tomado a decisão certa. Desta forma, fica aqui o dever do V.´.M.´.:
estar atento às influências do ORIENTE ETERNO em suas decisões,
atendendo sempre o que determina os landmarks e ditames de sua
potencia e rito. Do ponto de vista espiritual nós, na maçonaria,
formamos oficinas que são frequentadas por maçons dos planos
físico e astral. Desta forma é que priorizamos a tradição de nossos
ritos através da repetição e honramos nossos IIr.’. do oriente
eterno, nos comportando de forma impoluta e austera sempre em
alto nível de discussões e com os ideais maçônicos regendo os
trabalhos da LLoj.´. Veja, caro apr.´.maç.´., que estou
repetidamente lhe dizendo enfaticamente que nossas oficinas são
freqüentadas por nossos IIr.´. visíveis e invisíveis, isto craseado
para que nunca duvide ou venha a se admirar com a sensação da
presença de outros na sessão da Loj.´., com outras manifestações
metafísicas comuns em oficinas bem harmonizadas, ou durante os
experimentos que são praticados coletivamente no templo.
Ademais, muitas das exclusões, quando o Ir.´. deixa de frequentar a
Loj.´. ou se vê vencido pelas dificuldade mundanas, é porque o
ORIENTE ETERNO não o vê como preparado para o próximo passo
ou fase da maçonaria, como você melhor entender caro
Apr.´.maç.´. Além do mais, temos que estar em sintonia e
consonância com os ditames maçônicos, e quando estamos mais
harmonizados com outras escolas de evolução (de mistérios ou
religiões) temos que, subconscientemente, decidir entre este ou
aquele caminho, haja vista que não podemos assimilar todas as
informações que nos foram enviadas, harmonizando suas
tendências, assim somos atraídos por este ou aquele caminho
deixando de vir à Loj.´., e solicitando o seu quit placet ficando
70
adormecido, até que novamente estejamos preparados para
receber uma nova carga de conhecimento, como por exemplo uma
pessoa que está fazendo duas faculdades simultaneamente dentro
da mesma área (Ex: medicina e odontologia). Porém a carga se
torna muito pesada e ela tem que decidir abandonar uma das
carreiras, mas ainda continua vinculada à área da saúde. Esta
intuição de ser da área da saúde faz parte do designo da grande
fraternidade branca (escolha já feita muito antes de nascer: se
tornar físico), ou seja, o desejo de estar em harmonia com esta
forma de pensar e ver o mundo e a humanidade, cuidando da
saúde dos demais.
Para encerrar este discurso, gostaria que o Apr.´.maç.´.,
levasse em consideração que o mais importante de todas as
experiências de nossa vida, é que ela é dirigida unicamente por
nossa vontade, e que temos o direito da decisão, mas, se ouvirmos
a voz do experto interior, nossa intuição raramente errará e jamais
nos fará sofrer retrocessos em nossa caminhada, fazendo com que
o lapidar de nossa pedra cúbica seja uma grande e feliz tarefa.

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´.

71
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº16

ELEMENTO ÉTER
Encerramos aqui mais um ciclo de viagens em torno do nosso
pentagrama e vamos aqui tratar, caro Apr.´.maç.´., do éter; o
elemento sutil de nossa escola de iniciação e, no grau de
apr.´.maç.´. tratamos de projeção astral. Este tema circula nosso
pentagrama e tem um grande efeito na psique humana, pois o
liberta das condições físicas. Introdutoriamente começamos com
um exercício para que durante o experimento nosso candidato não
venha dormir, pois foi devidamente orientado como fazê-lo no
estudo do éter anterior. Também tratamos dos detalhes do mundo
astral, mesmo que de forma superficial, pois é um tema muito
longo e tem que ser vivenciado quando estamos em contato com
este mundo. Temos experiência própria que, em particular, nos
levará a evoluir e se libertar das seqüelas de nossa vida mundana.
Os tipos de projeção que encontramos em nossa vivencia são:
BALLONNEMENT (OU BALÃO): Durante a expansão das energias do
corpo astral para fora do corpo físico, temos a sensação de que
estamos inflados e crescendo. Esta sensação é gostosa e ocorre
geralmente antes da projeção.
SONS INTRACRANIANOS: são sons que podem ser ouvidos dentro
de nossa cabeça, como zumbidos e estalar de fogo queimando.
Estes sons estão ligados ao inchaço da glândula pineal que ocorre
por estarmos forçando esta glândula através do exercício de
projeção astral. Estes sons também são provocados pelo desenrolar
do cordão de prata, que liga o corpo astral ao físico. Também pode
se sentir, em alguns casos, adormecimento e sensação de
formigamento. Isto ocorre pela baixa atividade cardíaca e pelo
processo de expansão de consciência e, por fim, pela sensação de
estar caindo entre o sono e a vigília. Isto é comum, pois muitos já
tiveram esta sensação de estar caindo e acordar subitamente.

72
Outros sintomas que podem ocorrer entre a vigília e o sono:
Formigamento – Podemos ouvir vozes ou nosso nome ser chamado
– ruído de passos delatando a presença de alguém – outros
barulhos e sons como: vento, música, sinos, etc.
Existem três tipos de projeção astral ensinados nas LLjas.´., caro
apr.´.maç.´., que estão ligadas às CCol.´.de nossa Lja.´., como
descrevo a seguir:
Projeção do Oriente (SABEDORIA) - esta é a projeção consciente
em que a experiência de projeção astral é toda em tempo real e
está ligada ao desenvolvimento e às praticas contínuas de seus
exercícios. Esta experiência ocorre quando o Apr.´.maç.´. sai do
corpo e mantém a sua consciência lúcida durante todo o transcurso
da viagem astral. Para obtermos uma projeção de alta qualidade
temos que nos preparar já no estado de vigília física, ou seja, na
condição psico-fisiológica que predomina sobre a consciência,
antes de nos projetarmos para fora do corpo humano.
Projeção do 1º Vig.’. (PROJEÇÃO SEMI CONSCIENTE) – Ocorre
quando a projeção é semi lúcida e o projetor fica sonhando fora do
corpo totalmente iludido pelas idéias oníricas, cenas absurdas ou
imagens totalmente distorcidas. Nem sempre o projetor se
conscientiza de que está passando por um processo de despertar
interior e que isso tornará sua vida diferente dos demais seres
humanos em geral, e que ele deve praticar os exercícios para
fortalecer uma posição astral e ficar lúcido dos acontecimentos no
mundo astral. Neste estágio as pessoas viajam como se estivessem
dormindo e, mesmo que tenha passado por grandes distâncias, não
se lembram de nada. Exemplo disso é quando uma pessoa dorme
durante a viagem de avião e só acorda quando ela acaba, e desta
forma não tem noção da distância e das paisagens da viagem.
Projeção do 2º Vig.’. (PROJEÇAO INCONSCIENTE) – Ocorre quando
o apr.´.maç.´.sai do corpo totalmente inconsciente, como um
sonâmbulo astral. Infelizmente a maioria dos maçons tem este tipo
de projeção porque não desenvolveu todas as habilidades
73
necessárias para uma viagem consciente e não é assistido por um
MM.´. do oriente eterno, pois não está ligado à estrutura astral da
maçonaria e seu comportamento não condiz com a visão do
ORIENTE ETERNO.
ESTÁGIOS DA PROJEÇAO:
Nesta parte, definiremos cada estágio da
projeção astral. Isto é importante para que você possa avaliar seu
desenvolvimento e tirar dúvidas em cada parte de seu trabalho
como Apr.´.maç.´. Caso você venha ficar preso em uma fase como
Apr.´.maç.´., deverá perguntar ao M.’.M.’. como avançar esta fase,
superando esta dificuldade momentânea e, finalmente, completar
este trabalho maravilhoso de contato com o mundo astral.
Primeiro estágio de projeção consciente: É quando o
apr.´.maç.´.deixa o corpo físico de forma completa sentindo a
leveza do corpo astral, tendo a consciência, podendo olhar com os
olhos astrais o seu corpo deitado e tranquilo na sua cama, estando
conectado com o corpo astral através de cordão de prata e
podendo determinar o destino que a sua vontade decidir.
Segundo estágio de projeção consciente: É quando somos
chamados pelos MM.´. do oriente eterno para que possamos
utilizar essa energia para patrocinar a cura de uma pessoa ou
individuo doente que necessita de intervenção astral, ou seja,
medicina astral na qual é possível transferir força vital e reparar as
doenças ligadas ao corpo astral. Melhor dizendo, tornamo-nos
capazes de auxiliar o GADU. O maior prazer se dá quando somos
convocados para este tipo de trabalho astral, ou seja; darmos
assistência aos doentes, física e psiquicamente.
VAMOS AO EXERCÍCIO NÚMERO 1 DE HOJE: Este exercício é de
estado de consciência, pois, estando sonhando, devemos ter
condições de diferenciar o estado de sonho com o de projeção
astral. Primeiro: quando você estiver sonhando sua mente estará
mais lúcida, pois tem feito o exercício de entonação do mantra
OOOOMMMM. Desta forma, quando você estiver sonhando, deve
74
dar um pulinho no sonho e ver se você voa. VOAR no sonho, ou ter
domínio sobre o sonho ou a capacidade de voar em sonho, é o
primeiro sintoma de autodomínio do corpo astral. Portanto deve-se
entoar OOOOMMMM e logo que você esteja sonhando tente
exercitar o seu corpo astral para voar sempre para cima, para fora
do planeta terra. Isto lhe trará umas experiências com os
habitantes do mundo astral, meu caro Apr.´.maç.´., pois o exercício
é para fortalecer o seu estado de vigilância e de auto consciência, e
é por isto que devemos entoar OOOOMMMM.
VAMOS AO EXERCÍCIO NÚMERO 2 DE HOJE: Como já dissemos,
somos formados por energia vibratória, e estas energias devem
estar em consonância com a grande energia (ou NOUS). Os
Chineses chamam esta energia de CHI, que está inserida em todas
as coisas, mas este é o momento da prática:
Já deitado e pronto, comece com o seguinte mantra: KESHARA.
Mais tarde direi como este mantra reage em seu corpo astral,
porém vamos à prática: Respire fundo e repita o mantra desta
forma, dividindo em três partes sua respiração: primeira: KE
EEEEEEEE. Na metade SHA - se pronuncia CHAAAAAAAAAA - e por
ultimo RAAAAAAAA (por sete vezes) sempre forçando a saída do
corpo físico como se você estivesse preso e tentando fazer força
para sair, no período final da entonação de RAAAAA. Depois disso
deve-se repetir o exercício mentalmente sem fazer uso do corpo
físico, com todo o esforço mental possível deixando o corpo
adormecido só trabalhando com o estado mental. Como eu havia
dito, não tem dificuldade, porém não se deve praticar este
exercício sem as previas recomendações das lições anteriores,
assim como o ato de colocar o avental maçônico e de invocar a
egrégora da Loja.
Desejo sucesso com seu experimento, caro apr.´.maç.´., e que você
possa ser abençoado com sua presença consciente na assembléia
de maçons livres do oriente eterno. Temos um longo caminho pela
frente e são muitos exercícios. Porém o sucesso só pertence a você,
75
pois a técnica nada tem a ver com a prática. Só podemos obter
aquilo que buscamos com sinceridade e muita dedicação, pois
somos avaliados por mestres invisíveis que nos pedem para que
pratiquemos os deveres morais e espirituais de nossa amada
ORDEM MAÇONICA, através da repetição de seus exercícios, pelos
quais você poderá dominar as técnicas de projeção astral e de
nenhuma outra forma. Este é o meu desejo.

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII

76
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 17

ELEMENTO TERRA
Um novo ciclo começa e mais uma vez vamos girar a Lja.´.,
caro apr.´.,Mac.´.
No elemento terra tratamos das relações externas da pessoa
do Apr.´.maç.´., ou seja, interpessoal. Vimos falando da conduta
dos maçons e como devem se colocar junto à sociedade constituída
ou profana, mas também dos deveres dos maçons e de como a
maçonaria constitui uma agremiação de homens livres e de bons
costumes que não busca o sucesso individual, mas, sim, como uma
colmeia de abelhas que busca o bem estar social de todos os
integrantes deste grupo, formando uma verdadeira família, onde
devemos nos preocupar com os demais e, desta forma, em
recíproca, queremos que se preocupem conosco e com o bem estar
de nossa sede ou morada social que é o nosso templo maçônico de
nossa Lja.´. Assim temos como sede de nosso pensamento
maçônico a Lja.´., que é também a morada espiritual e moral de
nossa ordem. Assim, devemos entender que em todo o ciclo da
maçonaria e de uma A.´.R.´.L.´., tem-se medidas periódicas, ou
ciclos de regência e administração.
Todos os anos temos eleições para os cargos
administrativos e litúrgicos de nossa Lja.´., ou seja, a cada
aniversário de nossa Lja.´., tendo passado o período de um ano de
gestão do V.´.M.´. (a este período chamamos de veneralato) deve-
se ter uma eleição para que seja empossada uma nova diretoria na
associação ou na instituição, que é formada por um presidente, um
tesoureiro e um secretário, bem como, dependendo do tamanho
da Lja.´., é possível empossar os presidentes das seguintes
comissões: sindicância, patrimônio, bibliotecário. Em geral as
LLja.´. promovem esta mudança no dia 24 do mês de junho, dia de
São João. Este critério não é obrigatório, mas cada Lja .´. é soberana
em decidir o dia da eleição. Toda loja deve por obrigação em geral
77
ser formada por sete mestres maçons (MM.’.MM.’.), cinco
companheiros maçons (COMP.´.MAÇ.´.) e três aprendizes maçons
(APR.´.MAÇ.´.). Com este formato dizemos que a Lja.´. é JUSTA E
PERFEITA, e quando se realizam os rituais periodicamente
REGULAR, estando em dia com suas obrigações com sua potencia,
daí as palavras de passe da maçonaria JUSTA, PREFEITA E REGULAR
EM AMBAS AS COLUNAS. O trabalho de uma Lja.´.é laborioso,
porém muitas vezes ingrato para os IIr.´. OObr.´. que ocupam
cargos em Lja.´. Todavia, é parte importante na instrução e na
preparação do obr.´. Assim sendo, caro Apr.´.maç.´., é dever de
todos os IIr.´. estarem atentos ao bom andamento dos trabalhos,
auxiliando o V.´.M.´. e os demais OObr.´. nos procedimentos e nas
práticas de nossa LLja.´., e dos trabalhos de nossa oficina.
O Venerável Mestre pode convocar e dar
posse a qualquer Obr.´. de sua oficina em qualquer momento, se
necessário for, aos cargos menores dos trabalhos – porém
importantes da mesma forma - (diáconos, guarda interno e guarda
externo, mestre de cerimônias, secretário e tesoureiro, orador,
experto etc...), bem como dos cargos administrativos da Lja.´.
Porém os cargos maiores só podem ser ocupados por MM.´.MM.´.
Quais são estes cargos? O de Venerável Mestre (V.´.M.´.), Primeiro
Vigilante (1ºVig.´.) e Segundo Vigilante (2ºVig.´.), conforme a
ortodoxia do rito usado (no nosso caso do REAA), pois estes cargos
são chamados comumente de luzes da Lja.´. e devem ser ocupados
apenas por MM.´. Estes devem ser colocados ou referendados em
uma câmara do meio ou câmara de MM.´., pois são a coluna
vertebral da oficina e são insubstituíveis para o bom andamento
dos ritos e práticas maçônicas. É comum encontramos uma forma
de resolver estes problemas. Em geral, na falta do número
necessário de OObr.´., costuma-se tomar emprestado de outra
Lja.´. os IIr.´. mais graduados pra auxiliar no bom andamento da
Lja,.´., assim formando o corpo mínimo necessário pra que seja
reconhecida a oficina como Lja.´.maç.´. Tais OObr.´. que são
78
tomados emprestados passam por um período de tempo a fazer
parte desta Augusta e Respeitável Loja. Então vemos que alguns
OObr.´. frequentam mais de uma Lja.´., até que esta última tenha
formado corpo de OObr.´. e possa seguir caminho próprio, sem
mais necessitar de receber OObr.´.de outra Lja.´. Todos os cargos
de uma oficina maçônica são eletivos e podem ser reeleitos por
mais uma gestão ou veneralato. Após este período, deve ser
conduzido outro MM.´. para ocupar o trono de SALOMÃO ou seja,
para o cargo de Venerável Mestre. Em geral deve-se ter preparado
o 1ºVig.´. da oficina para substituir o V.´.M.´., porém na ocasião
da Câmara do meio acontecerá a eleição do V.´.M.´. Se porventura
houver mais de um candidato ao cargo de V.´.M.´., serão feitos os
votos diretos e de forma clara através de aclamação do candidato
MM.´. O mais votado deverá ocupar o cargo no ano seguinte como
V.´.M.´., ficando os demais candidatos MM.´. vencidos, obrigados a
jurar obediência e ajuda ao MM.´. eleito neste pleito. Ao V.´.M.´.
que se retira do cargo, fica a possibilidade de se candidatar
novamente APÓS O PERIODO DE UM ANO, ou se for necessário
assumir o cargo de forma interina na ausência do V.´.M.´. (caso este
tenha que se ausentar por uma causa justa, ou tenha que deixar o
cargo por motivo justo ou pelo bem estar da Lja.´., e da maçonaria),
podendo ainda o VM.´. retirante ocupar qualquer outro cargo ou
luzes da Lja.´. para assim auxiliar nos trabalhos, se necessário, pois
desta data em diante o V.´.M.´. retirante passa a ocupar uma
cadeira no oriente como Mestre instalado (M.’.I.’. – PAST MASTER),
fazendo parte do conselho de M.´.I.´. que disciplina e julga em
geral a conduta dos V.´.M.´. das LLja.´. Mac.´. Este conselho é
considerado a base das eleições do SERENISSIMO GRÃO MESTRE DE
CADA POTÊNCIA. Melhor esclarecendo, só pode ser candidato, ou
votar no pleito da eleição de um GRÃO MESTRE, o maçom que já
foi V.´.M.´. e que tenha alcançado o grau 33 do REAA, no caso de
nossa POTÊNCIA em particular, porém os demais grandes cargos

79
poderão ser ocupados por M.´.I.´. abrindo mão do dever de ter
atingido o grau 33 do REAA.
Em geral, em nossa ESMERADA ORDEM
MAÇONICA, não se tem visto disputas para ocupar os cargos das
LLjas.´. Fica também o V.´.M.´. empossado como novo diretor da
associação filosófica e loja maçônica, assim respondendo cível e
criminalmente pelos atos da sua gestão como presidente da junta
administrativa, haja vista que toda a conduta maçônica durante seu
veneralato estará sendo fiscalizada pelos OObr.´.da oficina. Mas a
ortodoxia maçônica determina um ritual próprio e fechado, onde
só participam V.’.M.´. (M.´.I.´.) para que se receba o grau de V.´.M.´.
ESTE RITUAL É CHAMADO DE “RITUAL DE INSTALAÇÃO”, e deve ter
o número mínimo de três mestres instalados (M.´.I.´.) para que se
realize, mas deve ser presidido pelo SERENÍSSIMO GRÃO MESTRE
ou pelo GRÃO MESTRE ADJUNTO, que tem o poder de instalar e
passar o malho do atual V.´.M.´. ao seu substituto eleito para o
novo veneralato. Este receberá as palavras, sinais e toques
pertinentes ao cargo de V.´.M.´. É possível que uma potência
maçônica, tendo em vista o crescimento de seu corpo, convoque e
instale mais de um MM.´., mas esta decisão cabe exclusivamente
ao SERENÍSSIMO GRÃO MESTRE (S.’.G.’.M.´.), que tem o direito de
veto ao conselho de MM.´.II.´. neste caso especifico. Entretanto,
juridicamente, só um V.´.M.´. pode presidir uma Lja.´.maç.´. e
responder por sua administração junto ao conselho fiscal da
associação filosófica e loja maçônica. O fato de termos mais de um
M.´.I.´. não modifica a organização. Isso só fortalece em geral a
Lja.´., pois passa a dispor de um corpo docente mais completo e
dinâmico, podendo tirar as dúvidas e esclarecer melhor os
ensinamentos dados em Lja.´., caro apr.´.maç.´. O novo V.´.M.´. fica
também encarregado de formar uma nova equipe litúrgica ou
ritualística para que sejam retomados os trabalhos da oficina, bem
como formar e presidir uma nova junta depositaria que deve ser
registrada junto aos órgãos cíveis e governamentais, registrando a
80
ata em cartório maçônico e cível e encaminhado cópia do
regimento para a grande secretaria da potência, bem como para a
RECEITA FEDERAL DO BRASIL, podendo ainda assumir os demais
deveres litúrgicos e iniciáticos, das obrigações financeiras e fiscais
da ASSOCIAÇAO FILOSOFICA E LOJA MAÇONICA e demais
obrigações, direitos, deveres e poderes que fazem parte do escopo
do cargo de V.´.M.´. Em resumo, caro apr.´.maç.´., só tem direito a
voto em uma eleição para o cargo de V.´.M.´. os MM.´., e só podem
se candidatar ao cargos os MM.´. e os MM.´.II.´., sendo a duração
do veneralato o período de um ano, e só poderá ser reeleito por
mais um ano.
Espero que o apr.´.maç.´.se esforce para atingir sua
maturidade maçônica como MM.´. e, desta forma, conquistar a
plenitude de seus direitos como maçom, haja vista que assim você
poderá votar e concorrer a cargos dentro da nossa oficina,
colaborando com a manutenção dos nossos segredos e mistérios
perpetuados em nossa LLja.´..

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´. I.´. S.´. / I.´. XXXII

81
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 18

ELEMENTO AR
Boa noite estimado apr.´.maç.´.
Nesta fase de nossos ensinamentos, vamos passar pelo
elemento ar que trata do pensamento maçônico e tratamos aqui
de uma prancha de arquitetura que poderia ser lida ou estudada
livremente em Lj.´. Falaremos do painel do grau.
Historicamente, desde os primórdios da maçonaria, temos
como ferramenta simbólica o painel da Lj.´. Nas primeiras reuniões
de nossas oficinas eles eram desenhados no chão da oficina com giz
ou carvão. Com o passar do tempo, passou a pintar os painéis em
panos e em tapetes para otimizar os trabalhos, ganhando o nome
de quadro, pois, com o enriquecimento de nossas LLj.´., ficaram
mais embelezados e passaram a ter mais elementos do simbolismo
maçônico, esotérico e iniciático.
Na Europa, no século XVIII, haviam vários painéis com diversos
símbolos e formas, porém o Ir.’. William Dght pintou e
uniformizou três painéis que passaram tradicionalmente a ser
considerados os painéis oficiais para os graus de apr.´.maç.´.,
comp.´. e de MM.´. Passado algum tempo, foi iniciado na Lj.´.
Unanimidade e Sinceridade nº 261, o pintor Inglês Jhon Harris, que
deu o toque final à arte dos painéis maçônicos.
As lojas maçônicas denominadas de Azul, que são compostas
pelos graus de apr.´.maç.´., de comp.´.maç.´. e de MM.´., têm um
quadro exclusivo para cada grau, que deve ser aberto no início dos
trabalhos, logo após a formação do pálio e a iluminação da Lj.´. Eles
têm no corpo de seu escopo, toda a simbologia e ferramentas de
trabalho em cada grau na oficina maçônica. O painel contém todos
os arquétipos do templo, começando pelo teto e assoalho da Lj.´.
Assim descreve-se o painel de apr.´.maç.´.:
Como os primeiros maçons eram só operários, trabalhavam
em igrejas ou templos. Ali debatiam seus problemas sociais e
82
espirituais e, por isso, a oficina ficava geralmente dentro de um
templo ou de uma catedral. Daí se tem contato com o sagrado e,
em virtude disto, guardamos a tradição do respeito e da
austeridade do santo e do divino em nossos trabalhos. Seguindo
este antigo raciocínio, a bíblia era comum entre estes IIr.’. e
portanto a historia da construção do templo do rei Salomão que
esta escrita em dois livros nas Crônicas. O templo de Salomão foi
construído com o intuito de representar o universo, e sua porta
estava no ocidente, local onde chega a luz em sucessivos estados
de percepção do oriente. Na entrada está uma escada de três
degraus representando corpo, alma e espírito. Os degraus
representam o esforço que o apr.’.maç.’. deve fazer para se
aprimorar moral, intelectual e espiritualmente. Podemos ver ainda,
oriente e ocidente e também norte e sul. Em cima do desenho que
representa a porta do templo podemos ver um triângulo que
representa o delta luminoso. Ele está no oriente e representa o
plano físico, o olho da onividência, o olho de Deus que tudo vê.
Também vemos o sol e a lua que representam os ciclos da vida, o
dia e a noite.
Também, no painel, temos as duas colunas, uma de cada lado
da entrada do templo, suportando em seu capitel três romãs
maduras e entreabertas. Nas romãs aparecem as sementes unidas
e representam a união fraterna dos IIr.’. No centro da Col.´.
esquerda está gravada a letra B .´., e no centro da Col.´.da direita
está gravada a letra J.´. Na tradução do latim B.´. de BOOZ, que
quer dizer: NELE ESTÁ A FORÇA; e na outra Col.´. JAKIM que se
traduz: ELE FIRMARÁ ou NELE ESTÁ A FORÇA QUE FIRMARÁ. O
pensamento é o seguinte: nele, em Deus, está a força necessária à
estabilidade que leva ao sucesso. Ainda no painel podemos ver três
janelas, que representam as três posições do sol: oriente, meio dia
e ocidente. Nenhuma janela se abre para o norte e todas estão
cobertas por uma tela que passa a luz, porém não permite que os
fatos do mundo interfiram dentro dos trabalhos da oficina, não
83
podendo ser divulgado (revelado) os fatos que ocorrem dentro da
Lj.´. e os segredos que não devem sair da oficina.
A orla dentada simboliza a união dos maçons sobre a terra, os
dentes triangulares representam os planetas que giram no cosmos,
o triangulo expressa a espiritualização dos maçons que, partindo do
individualmente, se unem de forma indissolúvel em torno de um
ideal. Erroneamente confundimos a corda de 81 nós com a cadeia
de união. A corda de 81 nós representa o laço de amor fraterno
que reúne os IIr.’. membros da Lj.´., e a cadeia de união é a
cerimônia que une todos eles.
O piso mosaico é formado de lajes que se alternam entre as
cores branca e preta formando um tabuleiro de xadrez. Ele
simboliza a união no caminhar dos Ir.’. que devem ser retos e
esquadrejados, das diferenças de credo, de estado social e de cor,
que felizmente formam democraticamente a maçonaria.
Representa, também, a dualidade da vida em suas diversas
manifestações.
A prancha de traçar representa o papel do pensamento do
apr.´.maç.´., no qual ele deve traçar seus planos e objetivos, e ter
força para realizá-los. O sol e a lua representam o masculino e o
feminino, o sol que aquece e a lua que esfria, etc. As estrelas que
aparecem no painel de apr.´.maç.´. representam o infinito e
também a grei (ou exércitos espirituais), o sonho do eterno e
imutável do homem, são no total vinte e três estrelas no painel e
representa, na numerologia maçônica, três vezes nove, ou seja: a
perfeição nos três planos de atuação do maçom, seja material,
intelectual e espiritual.
A cadeia de união é representada por sete nós entrelaçados,
que representam os 81 no total. O número sete na maçonaria
representa a mudança e a sensatez, pois a cadeia de união trata de
aspectos emocionais, filosóficos, esotéricos e espirituais. Também é
através dela que é dada a palavra semestral e traz aos irmãos a

84
união da energia corpórea eterna, realizando, desta forma, a
circulação de energia.
A pedra bruta representa a situação do apr.´.maç.´.que
quando chega à Lj.´., é rude e bruto, sem conhecimento e com
muitos defeitos. São dadas a ele, as ferramentas para se lapidar e
modificar este estado, e do grande esforço que ele deve ter e que
lhe será exigido para o aprimoramento intelectual, moral e
espiritual do apr.´.maç.´..
A pedra cúbica representa o oposto, o trabalho já em estado
de beleza em fase de polimento do homem que já domina suas
paixões e seus desejos. Livre pensador, representa o companheiro
que está na Col.´.do sul. Por sua vez o maço representa o trabalho
bruto e braçal e ferramenta de impacto usado na iniciação. Já o
malhete é ferramenta de acabamento usada para embelezar.
Utilizado nas bancadas das três luzas da Lj.´., oriente, Col.’. do Sul e
Col.’. do Norte (V.’.M.’. – 1ºVig.´.e 2ºVig.´.), representa a
perseverança, vontade e aplicação.
O cinzel representa a inteligência com a qual o apr.´.maç.´.
poderá moldar sua vida. O cinzel tem dois lados, um pontiagudo e
outro achatado, sendo que a vontade tem que ter a ponta aguda da
decisão de fazer, e do outro lado achatado para o ritmo do coração,
da paixão pela obra que deve ter o apr.´.maç.´..
O prumo é utilizado pelos pedreiros para conseguir o
alinhamento vertical. Representa a profundeza na observação, o
acerto na justiça e na moral que cada maçom deve desenvolver em
si próprio. É também a jóia do 2ºVig.´.
O nível representa o emprego correto do conhecimento. É
empregado pelos pedreiros na busca da horizontalidade, aplanado
os montes e ajustados os vales. Representa a igualdade que coloca
todos no mesmo estado ou nível. É a jóia do 1ºVig.´.
O esquadro representa e simboliza a ação reta em dois
sentidos: um na horizontal, no mundo físico simbolizando nossa
caminhada sobre a terra, e outra na vertical (para cima) para o
85
cosmos, no mundo espiritual, na direção de Deus autor de tudo
que é reto e justo. É a jóia do V.´.M.´.
O compasso representa o pensamento. É a medida da
pesquisa. Significa equilíbrio da vida e da justiça e nos mostra onde
começa e termina o direito de cada um de nós.
Desta forma, através do painel de apr.´.maç.´., os IIr.’. poderão
entender e assimilar as ideias maçônicas e tomar como um mapa
simbólico do templo do qual ele é o maçom e o maior intérprete.

T.´.F.´.A.´.

M.´.I.´. CORRECTOR S.´. / I.´. XXXII

86
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº19

ELEMENTO FOGO
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Chegamos ao ponto de nossa viagem onde trataremos dos
elementos do esoterismo e da ortodoxia MAÇÔNICA. Devemos ter
claro em nossa mente que o ritual maçônico, do ponto de vista do
esoterismo, é a etiqueta, o método, praxe ou forma que deve ser
ministrada uma fórmula corretamente em sua duração e dosagem.
Daí o nome RITO ESCOCES ANTIGO E ACEITO. Temos dentro dos
trabalhos realizados em Lj.´., abertura e formação de um Pálio que
é o momento de religiosidade da Lj.´., no qual o Or.´. (orador ou
sacerdote) tem o dever de abrir o livro da lei e iluminar a Lj .´.com
as luzes do altar.
O QUE É O PÁLIO? O pálio era a manta
vermelha usada pelos imperadores romanos. Simbolizava sua
condição divina como um deus em vida e era também usada para
adornar as estátuas dos imperadores. Posteriormente foi usada
pela igreja católica como manto dos santos, demonstrando que
eles eram divinos ou tinham a ver com a sua posição de
reconhecimento no céu por Deus, e que era agora uma autoridade.
Mais tarde foi utilizado por Napoleão Bonaparte quando se tornou
imperador da França, demonstrando o seu estado de divindade e
também como cobertura das procissões. Suspenso por quatro
varas, o manto dava proteção do sol à imagem do santo que estava
desfilando na procissão, passando a ideia de proteção divina de
Deus àquele santo.
• O PÁLIO NA MAÇONARIA
Formamos o pálio em uma Lj.´. juntando as três varas dos dois
diáconos com sua pomba (servidores em latim) simbolizando que
são mensageiros do divino e do material, pois levam as
informações do oriente e que são transmitidas do norte ao sul da
oficina, e do mestre de cerimônias com sua régua, formando uma
87
pirâmide tríplice sobre o altar da Lj.´.ou Shekinah (palavra egípcia
para demonstrar a presença GLORIOSA de DEUS), local onde esta
presente as três velas em forma triangular representando a
sabedoria, a força e a beleza, em cada canto do altar, e o livro da lei
com as joias (o esquadro e o compasso). Esta formação tem grande
poder do ponto de vista da energia da Lj.´. pois representa o
momento no início dos trabalhos do reconhecimento em que se dá
gloria ao G.´.A.´.D.´.U.´., LENDO-SE O LIVRO DA LEI.
Veja, caro apr.´.maç.´., que não devemos
confundir as lâmpadas da Lj.´.que são representadas pelas velas do
altar, com as três grande luzes da maçonaria que são o livro da lei,
o esquadro e o compasso. Isto deve ficar bem claro para o
apr.´.maç.´., pois faz parte do interrogatório, ou do telhamento de
algumas Ljs.´. Mas vamos nos abster em falar do pálio em nossa
Lj.´., pois ele tem origem no rito Adonhiramita, que teve seus
costumes usados no REAA. As lojas do Brasil em geral (em 1990),
retificaram este procedimento excluíram a formação do pálio no
REAA, sendo a abertura do livro da lei feita pelo orador e
acompanhada pelo mestre de cerimônias, sem a ritualística da
formação do pálio, deixando a critério da Lj.´. tal prática. Nós,
porém, que temos na liturgia e na ortodoxia maçônica a base e a
prática da formação do pálio, cremos que, em se tratando do divino
na oficina, não se pode excluir, pois deixaríamos de ser REAA e
passaríamos a trabalhar no rito Francês Moderno que aboliu esta
liturgia nas cerimônias da maçonaria, por efeito da legislação
daquele país, que tirou do aspecto social o nome DEUS, proibindo
assim a utilização do religioso nas associações beneficentes como a
maçonaria.

• Procedimentos para formação do pálio e


abertura do painel do grau
Dentro do ritual que utilizamos tendo como base o REAA de
1804, após a cobertura da Lj.´. o V.´.M.´. pede ao mestre de
88
cerimônias que forme o pálio e ao orador que faça abertura do
livro da lei com a invocação de DEUS (GADU). Após circular a Lj.´.o
M.´.Cr.´. acompanha o Or.´.da oficina em companhia do 1ºDiac.´.e
do 2ºDiac.´., entrelaçando os bastões tendo um Diac.´.de cada lado,
sendo o 1ºDiac.´. do lado do norte da Lj.´.e o 2ºDiac.´. do lado sul
da Lj.´. ficando o mestre de cerimônias ao ocidente e debaixo dos
bastões o Or.´. que procede a abertura acendendo as velas,
começando pela do oriente que representa a sabedoria e depois
pela do 1ºVg.´. que representa a força e, por fim acende a vela do
2ºVig.´. que representa a beleza. Terminado o ritual de Luz, o Ir.’.
Or.’. abre o livro da lei conforme o grau. Na sessão de apr.´..maç.´.
o livro da Lei é aberto em salmos 133. Após a leitura, coloca o
esquadro e o compasso um sobre o outro ou entrelaçados
conforme o grau que a Lj.’. irá trabalhar. No grau de apr.’.maç.´. o
esquadro deverá estar sobre o compasso simbolizando que o
material, o bruto, está sobre o acabado, o espiritual ou intelectual.
Após a leitura do salmo 133 e colocados o esquadro e compasso de
acordo com a sessão que irá iniciar, o Or.´. diz: ESTÁ FEITO! Neste
momento todos os ir.´. replicam: ASSIM SEJA.
Neste ponto o V.´.M.´. pede ao ir.´.Or.´. que faça a abertura
do painel da Lj.´. no grau de apr.´.maç.´. Da mesma forma o Or.´.
diz: ESTÁ FEITO! e todos dizem: ASSIM SEJA.
Vale observar que neste momento todos os mestres presentes
que estejam usando chapéu devem retirá-lo da cabeça antes da
formação do pálio e só recolocá-lo após o V.´.M.´. ordenar o
retorno aos seus acentos. O mesmo rito é feito para fechar o pálio
(ENCERRAMENTO DOS TRABALHOS) somente diferenciando a
sequência do apagar da vela que é feio de forma inversa ao
acendimento, ou seja: apaga-se primeiramente a vela do 2ºVig.´.,
depois a do 2ºVig,´., e por fim a do Oriente, a do V.´.M.´.,
encerrando o livro da formula da criação ou livro da lei.
Em oportunidade futura, falaremos sobre os
diáconos e sua lenda, relacionada a Hermes o Deus da sabedoria
89
grega e sua influência na formação do pálio. Tendo vista que isto só
tem a ver a instrução de M.´.M.´., será feita em outro momento de
nossa caminhada. Por este ponto de nossas instruções, temos que
levar em conta que o pálio é parte tradicional do REAA, e o temos
como base de nossa profissão de Fé em DEUS (G.´.A.´.D.´.U.´.), caro
apr.´.maç.´.
Todos os trabalhos de Lj,.´. têm sua origem e funcionalidade
dentro da ortodoxia maçônica. É peça importante nos arquétipos
dos ensinamentos de nossa Esmerada Ordem Maçônica que,
através da repetição e da prática, tem perpetuado nosso
conhecimento através dos tempos.
A todos:
T.´.F.´.A.´.
CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXI

90
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 20

ELEMENTO ÉTER
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Continuando os ensinamentos e técnicas de projeção astral,
do ponto de vista da ortodoxia maçônica, é de imenso prazer e
responsabilidade lhes passar os conceitos e técnicas que me foram
passados pelos IIr.´. do passado, mestres visíveis e invisíveis, que
fazem parte da “GREI” maçônica, e que passaram a permear sua
vida, meu caro apr.´.maç.´. Assim vamos aos conceitos e depois às
práticas de nossa lição de hoje.
Falaremos sobre as ONDAS CEREBRAIS, os quatro estados
mentais do homem, e a frequência elétrica do cérebro em cada um
destes estados. Eletromagneticamente falando, podem ser
medidas por aparelhos comuns em hospitais. Hoje em dia, através
do exame de eletroencefalograma (EEG), a frequência destas
ondas são medidas em ciclos por segundo ou HZ (HERTZ). Essas
ondas cerebrais mudam de frequência com base na atividade
elétrica dos neurônios e estão relacionadas com a mudança do
estado de consciência, como por exemplo: concentração,
relaxamento, meditação, etc. Caro apr.´.maç.´., todos temos numa
atividade característica de ondas cerebrais, um padrão e um ritmo
incorporando as fases beta, alfa, teta e delta em vários níveis nas
atividades diárias à medida que o cérebro as modula para se
adequar às determinadas tarefas diurnas de nossa vida.
BETA OU VIGÍLIA (elemento terra): de 30 a
14 círculos por minuto (CPM). Esta é a fase onde você está bem
desperto e alerta. Sua mente está concentrada e você está pronto
para o trabalho que requer atenção total. No estado beta os
neurônios transmitem as informações muito rapidamente,
processando e permitindo que você esteja muito concentrado na
tarefa executada.

91
ALFA OU RELAXAMENTO (elemento água):
de 13 a 8 CPM. Nesta fase você está relaxado. Sua atividade mental
e cerebral baixa do rápido. Os padrões das ondas alfas são mais
lentos. Sua consciência interna expande e sua energia criativa
começa a fluir. Por consequência, sua ansiedade desaparece. O
apr.´.maç.´.passa a sentir paz e tranquilidade com uma sensação
de bem estar. Os exercícios de treinamento alfa são recomendados
no combate ao estresse, pois este ciclo cerebral está ligado ao
relaxamento visual e criação mental. Dentro da faixa alfa está o que
os cientista chamam de SCHUMMAN RESONANCE, ou seja, estar na
mesma frequência que o campo eletro magnético da terra. Isto
acontece através da neuroacústica, possibilitando a recuperação
psicológica do individuo.
TETA OU SONO LEVE (elemento Ar): de 7 a 4 CPM.
Aprofundando-nos ainda mais, temos o misterioso estado teta, em
que a atividade cerebral baixa a quase um estado de sono. Teta é o
estado cerebral em que incríveis coisas ocorrem ao nível da
percepção, e onde temos a sensação de queda e temos Flashs de
memória de fatos há muito esquecidos. Bem, como prenúncios do
futuro de clarividências, estas ondas (as tetas) têm importantes
papéis na programação mental, mais comumente na PNL
(programação neolinguística), hoje tão explorada pelas faculdades
que trabalham na área de recursos humanos e na psicologia.
Também de forma prática tem-se usado este estado mental para
tratar os vícios de drogas e de álcool. É o estado ideal para o rápido
aprendizado e assimilação de projetos, onde parte disso tem que
ser usada a criação mental.
DELTA OU SONO PROFUNDO (elemento fogo): de 3 a 1 CPM.
Delta é a mais baixa de todas as ondas cerebrais. Está ligada ao
estado de sono profundo e, com esta fase de delta, é que se libera
o HGH (HUMAN GROWTH HORMONE), ou seja, o hormônio do
crescimento. Este hormônio nos adultos opera na área da
regeneração celular e da cicatrização e, por consequência, a cura.
92
Delta é a onda cerebral que dá acesso ao inconsciente em que a
intuição pode aflorar e quando temos as respostas de muitos
problemas, pois, caro apr.´.maç.´., é neste estado que o GADU nos
fornece respostas para grandes problemas físicos e metafísicos
através dos sonhos da percepção extra sensorial, pois estas ondas
estão ligadas à expansão da consciência.
As quatro funções essenciais do sono:
DESINTOXICAÇAO: Opera desfazendo a intoxicação celular do
corpo humano.
MUDANÇAS: Desencadeia mudanças físicas, químicas,
hormonais e musculares.
ENERGIA: Renova a vitalidade do corpo físico, bem como do
corpo astral, dando novo sentimento de ânimo positivo e vontade
de viver.
PERCEPÇÂO: Libera a percepção da consciência através da
desco-incidência com seus veículos de manifestação.
Vamos ao exercício que deveremos trabalhar nas próximas
semanas:
No intuito de ter sucesso na projeção astral, começaremos no
ponto em que o caríssimo apr.´.maç.´. já está deitado em estado de
decúbito dorsal, ou seja, de barriga para cima. Dividirei este
exercício em três, começando pelo relaxamento que levará o
cérebro às ondas alfas, que são as que permitem a projeção astral.
Já deitado e em estado de paz de espírito, comece o exercício de
relaxamento como se você estivesse desligando as luzes de sua
casa quando vai dormir, imaginando a partir dos pés o
desligamento da consciência física. Imagine que você está
desligando os pés como se apagasse a luz. Depois os tornozelos, as
pernas, os joelhos, as coxas. Estes órgãos ficarão em sua
imaginação como no escuro. Desligando agora o abdômen, depois
o peito ou o tórax, o ante braço, o braço, desligando as mãos
começando pelo dedos mínimo, o anelar, o médio e o indicador,
terminando pelo polegar. Feito isto, nas duas mãos retomamos ao
93
processo de subida para a cabeça, passando pelo braço, antebraço,
ombros, ficando escuro tudo para trás da sua consciência,
desligando o pescoço e por fim chegando à cabeça.
ATIVANDO A GLÂNDULA PINEAL
A glândula pineal fica embaixo do terceiro ventrículo do
cérebro e é a antena de contato com o mundo astral. É importante
ativá-la para obter sucesso na projeção astral. Para ativá-la vamos
começar pelo seguinte exercício: respire profundamente contando
até trinta e três. Depois, exale lentamente. Na segunda respiração
diminua a contagem até 20 e depois na próxima até 10 liberando o
ar dos pulmões lentamente. Agora, ponha toda a sua atenção na
glândula pineal que está localizada no centro da cabeça. Imagine
que ela é uma pequena lâmpada que começa acender a luz branca
e fica maior a cada momento lentamente, o que gera uma sensação
de pulsar de dentro da cabeça para for. Isso é muito importante e
não podemos seguir adiante se não atingirmos este estado de
percepção da glândula pineal. Quando isto ocorre ouve-se barulho
ou sons dentro cabeça e você sentirá uma sensação de pressão em
sua testa, exatamente em seu chakra frontal. Comece jorrar esta
luz como um chafariz em direção ao céu. Permaneça assim por
alguns instantes até o chakra coronário se abrir. No inicio é difícil a
visualização, mas com o tempo, assim que você pensar em luz,
de imediato sentirá o pulsar de seus chakras.
EXERCICIO DE PROJEÇÃO
Agora que já estamos nesta fase do exercício em que estamos
jorrando luz branca da glândula pineal, comece a inverter em
direção da luz que sai da glândula pineal. Comece a preencher o
corpo astral com esta luz. No seu duplo astral, imagine que esta luz
está enchendo o seu corpo astral, começando pela cabeça, depois
passa a encher o pescoço, o tórax, o abdômen, passando às coxas,
às pernas, aos tornozelos e, por fim, aos pés. Direcione esta luz
agora para seus antebraços, depois para os braços, depois para as
mãos. Cheio desta luz, imagine-se flutuando em seu aposento logo
94
acima do corpo físico. Este corpo astral quanto mais cheio de luz é
mais leve e pode viajar mais longe, como um balão de ar quente.
Terminamos aqui o exercício de hoje. Só com a prática atingimos
nossos objetivos plenos de sucesso, caro apr.´.maç.´..
T.´.F.´.A.´.
CORRECTOR M.´. I.´. S.´. / I.´. XXXII

95
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 21

ELEMENTO TERRA
Eu vos saúdo por três vezes três
(V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Circulando a loja nos encontramos ao norte do
templo. A este lugar chamamos de norte do templo, pois é o lugar
que, adentrando à oficina, fica à esquerda do oriente. Quando da
entrada em Lj.´., caro apr.´.maç.´., os aprendizes devem ser os
primeiros a puxar o cortejo, logo após o anúncio do mestre de
cerimônia, na abertura da porta do ocidente, pois, após a marcha
do aprendiz, o neófito deve se assentar no norte do templo, junto à
coluna B (BOAZ), do 1ºVig.´. Este local simbólico, em especial,
representa o local mais bruto e escuro da Lj.´. Nas antigas oficinas
dever-se-ia colocar um banco coletivo sem nenhum conforto para
os apr.´.maç.´., denotando que estes estavam em estado primário
da matéria e deveriam ser lapidados, buscando o conforto e o bem
estar social e coletivo dos homens. Já em frente, diretamente
oposto aos apr.´.maç.´., ficam os IIr.´. CComp.´., mais próximos à
coluna J (JAKIN), entre a coluna e o 2ºVig.´. Mais um pouca à frente
entre o 2ºVig.´. e o oriente ficam os M.´.M.´. Nesta sequência
ordeira, um irm.´. apr.´.maç.´. nunca poderá se assentar (em
nenhuma hipótese) em outro lugar da oficina, pois não é permitido,
sendo, inclusive, passível de punição.

O ORIENTE DA LOJA MAÇONICA


Falaremos agora do oriente da Lj.´., que é o lugar
onde o V.´.M.´. se assenta. Este lugar é exclusivo, e o trono de
Salomão só pode ser ocupado por um V.´.M.´., M.´.I.´. (mestre
instalado ou past master), ou pelo SERENÍSSIMO GRÃO MESTRE
(S.´.G.´.M.´.). Ao olhar para o oriente da Lj.´., vemos que ela está a
sete degraus das demais estações e dos IIr.´. São sete degraus
simbólicos que, em outra ocasião (no grau de comp.´.maç.´.) iremos
96
falar. Mas vamos nos ater aos fatos e às questões de apr.´.maç.´., e
aos oficiais a quem é permitida a entrada no oriente da Lj.´.:
1) Só mestres maçons (M.´.M.´.) podem subir no
oriente e ultrapassar a linha imaginária da
balaustrada. Assim sendo, todos os que estão no
oriente, tanto oficiais como visitantes, estão acima
do grau de mestre maçom (M.´.M.´.).
2) Não é permitido EM NENHUMA HIPÓTESE, que um
apr.´.maç.´. pegue a espada flamígera. Se o fizer
deve ser desligado da oficina IMEDIATAMENTE,
pois é uma falta grave e sem perdão. SOMENTE
MESTRES INSTALADOS OU PAST-MASTER PODEM
SEGURAR A ESPADA FLAMÍGERA (OU FLAMEJANTE)
3) Caso o V.´.M.´. tenha cruzado esta espada
colocando-a entre o espaço da balaustrada , o
oriente estará fechado e não é permitido a nenhum
Ir.´.Obr.´. da Lj.´. adentrá-lo ou remover a espada
da posição em que o V.’.M.’. a colocou.
4) No oriente da oficina deve se assentar o V.´.M.´., o
primeiro diácono (1ºDiac.´.) à direita do V.´.M.´.
Logo abaixo da estação, também à direita do
V.’.M.’. e à frente do 1ºDiac.´. fica a estação do
orador (OR.´. ou capelão da loja). À esquerda da
estação do V.´.M.´. fica a estação do Secr.´.
(secretario ou escriba da Lj.´.), logo em frente a
estação do Or.´. Também fica entre a estação do
orador e o oriente, os acentos para as visitas que
estão no oriente, ou dos mestres instalados
(M.´.I.´.) e demais autoridades graduadas.
Continuando a observar os aspectos físicos da Lj.´.,
caro apr.´.maç.´., podemos ver também que a estação do 1ºVig.´.
está suspensa sobre dois degraus, ou colocada sobre dois degraus.
Ela representa a cadeia de comando da Lj.´., sendo que o 2ºVig.´.é
97
o segundo nesta cadeia de comando, pois, na ausência do V.´.M.´.,
deve o 1ºVig.´. presidir os trabalhos dando força e vigor às Col.´. Da
mesma forma a estação do 2ºVig.´.está sobre um degrau,
mostrando assim a cadeia de comando da oficina para que os
OObr.´. possam ver com clareza que estas três luzes da Lj.´.só
podem ser ocupadas por M.´.M.´., pois dentro da oficina da Lj.´.
azul, a cadeia de comando segue este organograma, independente
do grau simbólico que os demais mestres maçons (M.´.M.´.)
tenham. Acima desta regra estão os M.´.I.´. ou Past Masters e o
S.´.G.´.M.´.. Primeiro em comando: V.´.M.´. Segundo em comando:
1ºVig.´.e terceiro em comando: 2ºVig.´., a observar que o 2ºVig.’.
não pode presidir os trabalhos regulares e ordinários, nem abrir ou
fechar a loja.
Também em caso de ausência do V.´.M.´., e não
tendo neste dia outro M.´.I.´., o 1ºVig.´.deverá presidir os trabalho
de sua estação, visto que, não sendo instalado, não pode ocupar o
trono de Salomão, abrindo e fechando a Lj.´. ordinária ou
econômica na naturalidade dos trabalhos, não podendo ainda
chamar os irm.´. pra uma Lj .´.de mestres ou câmara do meio.
Em caso de óbito do V.´.M.´., ou que este se licencie
ou seja afastado do cargo, deve o 1ºVig.´. propor uma eleição entre
os mestres para que um novo Obr.´.venha a suprir o cargo de
V.´.M.´., podendo ainda, interinamente, se houver na oficina um
M.´.I.´., ocupar o cargo até o término do mandato do V.´.M.´.que
está ausente, ou até que esteja consumada uma nova eleição.

QUANDO A OFICINA PRECISA DE OOBR.´.


Em muitas oficinas vemos irm.´.apr.´.maç.´., bem
como comp.´.maç.´., desempenhando ritualisticamente cargos de
oficiais de modo interino, pois, na falta ou ausência de M.´.M.´.,
pode o V.´.M.´.dispor dos préstimos de um comp.´. ou de um
apr.´.maç.´. É comum vermos um apr.´.maç.´. desempenhando o
cargo de guarda interno ou externo do templo, de 2ºDiac.´., orador,
98
secretario ou até mesmo tesoureiro, em sessão magna ou
econômica. Isso se justifica para que o apr.´.maç.´.venha a se
familiarizar com os trabalhos e com o rito, tomando gosto a
desempenhar papel de oficial da Lj.´. Na maioria das oficinas, de
diversas potências no Brasil e no mundo, vemos a falta de Obr.´.,
pois há um resfriamento no desejo de conhecimento antigo,
esotérico, místico e iniciático, resultado do bombardeio de
informações via internet ou redes sócias e, mais ainda falando de
tecnologia, pedimos aos irm.´. e Obr.´.da oficina que, quando em
seção, não levem seus celulares ou, se o fizerem, coloque os em
modo vibra call, assim evitando constrangimentos e a interrupção
dos trabalhos, bem como da harmonia da Lj.´.

AS ROMÃS E A MAÇONARIA
Na saída da oficina sobre o capitel das colunas da Lj.´.
vemos três romãs ENFEITANDO CADA COLUNA. Elas têm um
significado e simbolismo todo especial para nós maçons, pois,
abrindo-se uma romã, vemos a unidade na diversidade, ou seja,
muitas das sementes que são o germe do futuro da maçonaria não
são iguais as outras, mostrando que todos os irm.´.têm origem
diversa, porém estão unidos nos grandes ideais de nossa amada
Ordem maçônica. Através desta fruta simbólica nos entendemos
como construtores sociais que, tanto a maçonaria como o mundo
em que vivemos, têm na diversidade sua grande fonte de força e
dádiva do G.´.A.´.D.´.U.´.. Todavia, na unidade de nossos
pensamentos altivos e no corpo sempre unido da maçonaria,
vemos o reflexo de mudanças benignas que tornarão os caminhos
da humanidade mais suaves no dia de amanhã.
Aqui encerramos nosso passeio pela nave do templo
maçônico. Temos sempre que refletir e estar atentos a todos os
Obr.´., no desempenho de suas atribuições durante nossos
trabalhos, fiscalizando e aprendendo com eles, pois num futuro
não muito distante poderá ser você, caro apr.´.maç.´., que estará
99
atuando como oficial de nossa amada Lj .´., oferecendo seus
préstimos gratuitamente ao progresso da MAÇONARIA UNIVERSAL
para o perpetuamento de nossas tradições e passando à frente os
nossos conhecimentos e entendimentos.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

100
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 22

ELEMENTO AGUA
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.).
Caro apr.´.maç.´., neste ponto de nossos
ensinamentos temos a dizer que a origem filosófica da maçonaria
tem vários conceitos baseados em pensadores do passado e que
tiveram grande influência na metodologia de pensamento da
maçonaria. Um dos grandes filósofos gregos que a maçonaria
tomou para si como pai do pensamento maçônico e de
metodologia de ensino é Sócrates, pois, durante o século XVII e
XVIII, no corpo da maçonaria, tínhamos grandes pensadores e
humanistas como Reneé Descartes que, de forma analítica, passou
a buscar no pensamento grego a lógica e o bom senso dos gregos,
que ficaram famosos pelo método analítico de pensar, de buscar a
verdade e de praticar tudo daquilo que o raciocínio humano pode
alcançar.
As três peneiras de Sócrates:
Certo dia um dos discípulos procurou o mestre
Sócrates e disse-lhe: tenho algo a contar-lhe sobre alguém. O
senhor não imagina o que me contaram sobre esta pessoa!
Calmamente Sócrates encarou o discípulo e
perguntou-lhe: O que você vai me contar já passou pelo crivo das
três peneiras?
O discípulo perguntou: Peneira? Que
peneiras são estas?
Ao que o Mestre respondeu:
Primeira peneira: A VERDADE! Você tem certeza que
o que vai me contar é absolutamente verdadeiro, sem sombra de
dúvidas e sem opinião própria? Que a informação que te passaram
é, de fato, verídica? Este filtro deve ser feito diante de um fato
qualquer exposto, onde o seu julgamento vai colocá-lo em
condição de testemunha ocasional da informação. Exemplo: Não é
101
você que está dizendo, mas, dizendo, fica o dever de sustentar a
sua palavra.
Segunda peneira: A BONDADE! O que você vai me
contar a respeito dessa pessoa fará bem aos meus sentimentos? E
você? Gostaria que falassem isso de você ou que outras pessoas
fizessem estes comentários sobre sua vida em particular? A
resposta do discípulo foi naturalmente não, e a informação não
passaria da segunda peneira. Porém o mestre Sócrates continuou a
falar sobre a terceira peneira, ensinando o dever moral a seu
discípulo.
Terceira peneira: A NECESSIDADE! Disse o mestre
Sócrates a seu discípulo: você acha mesmo necessário contar-me
este fato? Tem realmente a necessidade de passá-lo adiante?
Resolve alguma coisa? Ajuda alguém? A informação melhora
alguém? Terminando de interrogar o discípulo o mestre Sócrates
sorri e diz ao final de passar pelas três peneiras: A informação que
você veio me contar será útil para mim, para você e para os outros?
Iremos nos beneficiar desta informação? Caso contrário, se estas
palavras ou informações que o discípulo traz não passam pelo crivo
das três peneiras, sejam seus ouvidos túmulos, onde estas palavras
devem ficar enterradas e não devem ser passadas, pois, não
podendo ser confirmada ou comprovada como verdadeira esta
informação, não passa de fofoca e de invenções que tão somente
levarão em forma de veneno a discórdia e a confusão. Fica aqui o
pensamento moderno: PESSOAS INTELIGENTES DISCUTEM IDEIAS,
PESSOAS MEDIANAS DISCUTEM FATOS, E PESSOAS MEDÍOCRES
DISCUTEM MENTIRAS E FOFOCAS.
Portanto somos senhores de nosso silêncio e reféns
de nossas palavras, meu querido apr.´.maç.´. Muito do que se fala
em Lj.´., tem como base a experimentação e a amostragem. Assim
evitaremos ser juízes e réus de informações infundadas ou
distorcidas. O legado dos grandes filósofos gregos em tornar
analiticamente o pensamento, buscando a verdade sem a
102
interferência do meio em que eles viviam, fizeram dos gregos os
mais afamados pensadores do passado, influenciando até os dias
de hoje a nossa escola de Obr.´., a maçonaria, nos libertando, de
certa forma, da superstição e do deismo relacionados com a
religião, justificando que até mesmo o que é sagrado tem a
verdade como pedra fundamental, que nada que nos é ensinado
em nossa vida está acima das três peneiras de Sócrates: A
VERDADE, A BONDADE E A UTILIDADE. Muito daquilo que levou a
maçonaria ao estágio que está hoje, como uma grande formadora
de opinião e como construtora social, vem da forma clara de
pensar, de interpretar as informações e de discuti-las em oficina,
tomando as medidas necessárias e encontrando soluções para o
bom andamento dos trabalhos em nossa Lj.´., bem como a
resposta social aos problemas da maçonaria universal em toda a
face da terra.

Para todos os meus irm.´.:


T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

103
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 23

ELEMENTO AR
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
No elemento ar tratamos do pensamento maçônico.
Como devemos pensar sendo maçons. Devo-lhe lembrar, caro
apr.´.maç.´., que temos dois métodos de regime de pensamento
social dentro de nossa fraternidade e em nossas LLj.´.: A
DEMOCRACIA E A MERITOCRACIA. Essas duas formas de pensar e
agir estão diretamente ligadas às nossas colunas JAKIN e BOAZ, no
duplo que sempre norteia o nosso mundo maçônico. Assim, de
forma alegórica, a Col.´. B representa a democracia em nossas
oficinas, portanto, a democracia é fruto da LIBERDADE, e é a partir
daí que nasce o nosso primeiro jargão maçônico. Desta forma
vamos ilustrar brevemente o conceito e a historia da democracia
nas oficinas maçônicas.

DEMOCRACIA
Vamos tomar a maior democracia do mundo como
exemplo de pensamento maçônico, e como ele influenciou a nossa
história e a distribuição do poder no mundo moderno. Na
maçonaria já se praticava a democracia como forma de governança
muito antes das modernas democracias mundiais, pois na
maçonaria o maior patrimônio do maçom é o voto e não a
propriedade ou a localidade, o que reforça a teoria que a
maçonaria é uma instituição emancipadora de indivíduos, e
precursora da democracia.
Um dos maiores exemplos que relaciona a
MAÇONARIA e DEMOCRACIA, é a indiscutível participação de nossa
fraternidade na Independência dos Estados Unidos da América, tida
como a primeira e genuína democracia do mundo. A revolução
Americana de 1776 demonstra claramente a militância de grandes
maçons e de suas oficinas como Benjamin Franklin, George
104
Washington, Laffayette, entre outros, retratando desta forma,
através da declaração de independência dos Estados Unidos, na
qual dos 56 homens assinantes deste documento 50 eram maçons.
Com base nestes fatos, torna-se plausível a proposição que a
maçonaria, munida dos mais profundos princípio de igualdade
entre os homens, realmente colaborou, por intermédio da
liderança libertadora de seus membros, pra a implantação dos
primeiros regimes democráticos.

MERITOCRACIA
O segundo conceito que vamos estudar agora, caro
apr.´.maç.´., é o da meritocracia, que nós devemos promover
àqueles que, em estado de igualdade ou condições, se destacam
por mérito.
Esta forma incomum de avaliação no passado, mas
que vem atualmente preenchendo como grade de ensino as
principais escolas de Administração e universidades de gestão do
mundo, demonstra claramente que os métodos de aumento de
salário da maçonaria não são antiquados, ao contrario, se mostram
modernos, vívidos e eficazes. Basicamente este conceito diz que,
em estado de igualdade de condições, o valor de um indivíduo não
é reflexo de seu nome, bens ou berço, mas sim de suas atitudes e
esforços: MERITOCRACIA.
Simbolicamente, a meritocracia está ligada
diretamente ao segundo jargão da maçonaria: A IGUALDADE, que
está inserida na Col.´. JAKIN, na coluna do companheiro maçom,
pois já no lado sul no zodíaco da loja, vemos Libra ou a balança, que
é a madrinha dos companheiros maçons, representando
simbolicamente que devemos estar em estado de igualdade e em
equilíbrio com os demais IIr.´. Todavia, só através do esforço
individual, se destacando e se libertando, pode-se receber o
aumento de salário desejado, e ser promovido ao estado de

105
M.´.M.´. Sendo assim, vemos que a igualdade é o segundo conceito
da maçonaria, que é a base da meritocracia.
Baseando-se nestes princípios de DEMOCRACIA e
MERITOCRACIA, a maçonaria tornou-se portadora da bandeira da
LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE, determinando que a
igualdade entre os homens, independente de raça, credo e cor da
pele, coloca indivíduos diversos, lado a lado, chamando-os
mutuamente de irmãos, e abalou a estrutura clerical, racial e
social, trazendo uma nova e vibrante forma de ver a humanidade,
livre de conceitos humanos e passageiros, vivendo
harmonicamente entre si. Assim, temos na maçonaria uma escola
de SANIDADE e não de SANTIDADE, pois coloca pessoas de vários
credos diferentes, unidos e vivendo fraternalmente como iguais e
irmãos. Além do mais, sendo a maçonaria palco de debates de
idéias libertadoras para dignos cidadãos que buscam soluções para
problemas sociais, tornou nossas oficinas verdadeiras incubadoras
de reformas de âmbito nacionais e mundiais, como por exemplo, a
abolição da escravatura no século XVIII.
Como vemos, a forma ordeira de nosso trabalhos,
caro apr.´.maç.´., tem como base a tradição ao direito a voto e o
crescimento em nossa fraternidade através unicamente de seu
próprio esforço pessoal. Que tenha ficado claro aqui, a importância
gloriosa destes conceitos que norteiam nossa amada ordem
maçônica.

T.´.F.´.A.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

106
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 24

ELEMENTO FOGO
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
No elemento fogo tratamos do divino e do sagrado na
maçonaria, para não dizer das relações humanas com Deus, o
G.´.A.´.D.´.U.´.
Assim, temos dentro de nossas LLj.´. o Or.´., que é
também o capelão da oficina e também chamado de guardião da Lei,
encarregado de elevar os pensamentos dos OObr.´. além do plano
material, ou seja: ao transcendental e espiritual. Ele tem o dever de
iluminar a Lj.´. acendendo as luzes do altar e fazendo a oração de
abertura dos trabalhos, glorificando o altíssimo e pedindo sabedoria
para os trabalhos da oficina.
Temos então dentro da Lj.´.quatro oficiais que
representam os quatro elementos da natureza, e a ESCADA DE JACO,
que leva da terra ao céu e vice versa. São eles:
1) O ORADOR ou CAPELAO (ELEMENTO FOGO):
representa o estado mais sublime e elemento de
elevação ao céu: O fogo. É do orador o dever de
elevar os pensamentos e colocar em sintonia os
OObr.´.da oficina com o altíssimo. Também é
encarregado da liturgia maçônica, bem como das
cerimônias festivas e fúnebres.
2) O 1º Diac.´. (ELEMENTO AR): Representa o
mensageiro. É dele o dever de levar aos OObr.’. as
palavras sagradas vindas do trono de Salomão, ou na
cosmogonia maçônica, do céu para a terra, através
da escada de Jacó. Trazer a palavra sagrada aos
homens e a eles confiar os segredos divinos,
representa o arauto na tradição religiosa. Ele é o
anjo da anunciação: Gabriel.
3) O 2º Diac.´. (ELEMENTO ÁGUA): Ele representa o ser
espiritual, a maçonaria espiritual, os IIr.´. invisíveis
107
que estão atentos aos trabalhos de todas as
oficinas. Também representa o mestre incógnito,
aquele que só aparece quando o discípulo está
pronto. Tem o dever de levar a informação do
1ºVig.´.ao 2ºVig.´., ou seja, transmitir a palavra
secreta e sagrada entre os homens e também de
conduzir os IIr.´. que passam para eternidade
(MORTE ou ÓBITO ), ao oriente eterno .
4) O M.´.Cer.´. (ELEMENTO TERRA): Ele representa
HERMES TRIMEGISTUS, o sábio iniciador, o homem
que tem a divina missão de ensinar aos IIr.´. os
segredos e os mistérios do templo, ensinando e
orientando os OObr.´. da Lj.´. como se deve
caminhar e trabalhar na REAL ARTE, circulando na
oficina demonstrando Ordem, Beleza e Sabedoria,
abrindo o painel da Lj.´., e fechando os trabalhos
diretamente oposto ao V.’.M.’. na cadeia de união,
lembrando o por que estamos trabalhando em nossa
oficinas, ou o por que viemos a oficina, e qual é o
nosso objetivo: CAVAR MASMORRAS AOS VÍCIOS E
EDIFICAR TEMPLOS A VIRTUDE.
Nas lendas maçônicas, baseadas nas lendas
gregas, nos mistérios de Elíseos, e no processo de iniciação na Grécia
antiga, vemos que parte desses ensinamentos tornaram-se universais
e fazem parte da cultura de diversos povos. Porém aqui vemos um
paralelo muito forte com a maçonaria e temos a nítida impressão que
isso influenciou o pensamento dos primeiros obreiros de nossa
estimada Ordem, bem como a interpretação atual dos ritos por nós
seguidos, como o REAA. Para começar, o termo Diácono, traduzido
do grego é SERVIDOR. Na igreja cristã primitiva foi criado este cargo
baseado nos trabalhos dos templos gregos da Ásia menor, onde havia
dois tipos de diáconos, assim retratando as antigas lendas sobre a
iniciação na Grécia do século III e II AC, reproduzidas em cerimônia
festivas nos templos gregos.
108
A LENDA GREGA
Reza a lenda grega, que Hermes (mercúrio para os
romanos), desceu do céu e encarnou-se como ser humano e como
grande iniciador. Foi auxiliado por dois semi Deuses: Tanathos e
Hypnos. Hermes, em uma condição inigualável devido seu
conhecimento, podia transitar livremente entre os mundos físico e
espiritual, circulando as duas esferas. Era auxiliado por TANATHOS,
que era encarregado de apresentar todos os desencarnados que
atravessavam o rio do Ades no mundo dos mortos e que eram
interrogados por Hermes, pois dentro do mito de morte dos gregos,
quando da morte de humano, esta pessoa viajava como um barco
à outra margem do rio Ades (na margem direita ficava o mundo dos
vivos e na margem esquerda o mundo dos mortos), onde ficava o
mundo dos mortos e lá permanecia até Tanathos busca-la para
interrogá-la sobre seus conhecimentos, sua evolução e prepará-la
para uma nova encarnação e, ao final, Tanathos deveria leva-lo para
o mundo inferior (purgatório), ou ao mundo superior Campos Elíseos
(céu). Assim também podemos falar dos deveres de Hypnos, o
condutor astral, que através de projeção astral, telepatia e de sonhos
(através de Morfeu, o deus dos sonhos para os gregos), colocava o
neófito em contato com o Deus Hermes, ou o mestre iniciador.
Melhor dizendo para você, caro apr.´.maç.´., uma loja poderia ser na
Grécia e outra no Egito, que Hypnos tinha o dever de levar sua
mente cativa consigo através do caminho astral, e o neófito para a
reunião presencial em pensamento ou espírito, a grandes distancias
do seu corpo físico.
Agora podemos entender como o M.´.Cer.´. deve ser
auxiliado pelo 1ºDiac.´.e pelo 2ºDiac.´. O primeiro diácono que tem
uma pomba na ponta superior da sua vara, representa
universalmente que é correspondente, ou mensageiro (correio), que
fica diretamente ligado ao oriente, simbolicamente, local divino, e
dela, como Thanatos, deve levar as instruções aos OObr.´.da oficina,
bem como formar o pálio estendendo sua varo sobre a cabeça do
109
Or.´., entrelaçando-a junto a vara do 2ºDiac.´. que também tem
como símbolo a pomba representando seu estado de mensageiro
(HYPNOS), sobreposta sobre a vara do M.’. CCer.’. (HERMES), que
tem como símbolo uma régua, representando de diversas formas o
conhecimento ordeiro. Esta pirâmide formada pelas varas dos oficiais
durante o pálio demonstra claramente como as forças espirituais
atuam poderosamente na loja e estão colocadas invisivelmente na
forma da GREI maçônica sobre a cabeça do Ir.´.Or.´. na função de
capelão, durante a abertura e a leitura do livro da lei (BIBLIA ). Aqui
demonstramos que não só a lógica, a filosofia e a arquitetura grega,
mas também a religião, influenciaram a maçonaria em seus ritos e
costumes.
Veremos nos graus superiores que outras religiões e
povos deixaram marcas profundas na maçonaria e, buscando estes
credos, vemos refletidos em nossas lojas as práticas e as iniciações
guardadas como tradições esotéricas, pois demonstram profundo
conhecimento das leis naturais que tangem e orientam os homens
sobre a face da terra, como as três luzes de nossa loja: compensação
(ou lei do retorno), reencarnação e Evolução. Estas três grandes leis
norteiam e estão acima do livre arbítrio do homem, promovendo
através do decorrer do tempo, as mudanças que nos reintegrarão
com o G.´.A.´.D.´.U.´., elevando-nos a um estado de paz profunda.
Aqui, encerro meu discurso sobre a religião grega.
Neste estágio de evolução para o grau de apr.´.maç.´., fica claro que
outras lendas helênicas fazem parte de nosso escopo usual de
conhecimento e práticas dentro da ortodoxia maçônica nos graus
superiores, bem como da presença da cultura Greco-Romana, na
arquitetura e na jurisprudência da maçonaria universal.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

110
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 25

ELEMENTO ÉTER
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Estamos chegando ao fim do grau de apr.´.maç.´.e
temos a firme convicção que tudo o que foi dito até agora sobre o
mundo astral, serviu de mapa ou bússola para você, caro
apr.´.maç.´., se familiarizar com a cultura maçônica e as técnicas de
projeção astral que nós utilizamos e estão gravadas nas CCol.´.de
nossa LLja.´. Desde tempos imemoriais, no antigo Egito ou na
Babilônia e Índia, homens e mulheres vêm buscando o
conhecimento que foi disponibilizado pelo G.´.A.´.D.´.U.´., mas
através do estudo das experiências é que foi possível desenvolver
técnicas verdadeiras que levaram ao sucesso os buscadores de
outrora, e até hoje são ferramentas de lapidação de nossas
oficinas, trabalhando silenciosamente no interior do homem. Estas
ferramentas produzem o embelezamento do templo interior,
morada suprema da alma e altar de DEUS. Ali no silencio da
consciência é que se faz o grande processo de transformação
alquímica, tão desejada pelo buscador, caro apr.´.maç.´..

• CONHECIMENTO NÃO É MESMA COISA QUE SABEDORIA


• DESENVOLVIMENTO PSIQUICO NÃO É A MESMA COISA QUE
DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL

Nos graus superiores de nossa ordem falaremos da


ÁRVORE DA VIDA (cabala), e a diferença entre sabedoria e
conhecimento (INTELIGENCIA). Deste ponto em diante, falaremos
apenas do segundo tópico, no qual vimos que desenvolvimento
psíquico não é mesma coisa que desenvolvimento espiritual.
Mostraremos agora que é possível haver diferenças claras entre o
desenvolvimento psíquico e o espiritual:

111
Quando falamos de desenvolvimento psíquico
falamos da capacidade de desenvolver os atributos e formas do
nosso corpo astral, assim como o nosso corpo físico pode ser
moldado e mantido de forma saudável através de boa alimentação
e exercícios regulares, como uma boa caminhada pela manhã.
Da mesma forma, o corpo astral, através de exercícios
periódicos como de uma academia, pode ser moldado em seu
formato (tamanho e cor da aura) e tornar-se mais saudável e forte
em energia. Esta vitalidade se reflete de modo intrínseco na vida do
apr.´.maç.´., pois passa a ter muitas experiências psíquicas como
sonhos, projeções, visão do futuro próximo, comunicação astral,
intuição e criação orientada pelos mestres do oriente eterno, etc.
(exemplo desta técnica de criação é WALT DISNEY - Ir.´. 33º grau).
Mais do que tudo isso é ter conhecimento de sua própria missão no
plano físico, como um ser inteligente e evoluído de: Por que estar
aqui neste local? Por que ter nascido nesta família e estar se
relacionando com este meio social no plano físico?
O desenvolvimento psíquico leva o apr.´.maç.´.a um
estágio de percepção da realidade bidimensional e mais tarde
tridimensional, ou seja: físico, psíquico e espiritual. Um dos grandes
mestres da maçonaria moderna - PAPUS - era médico no inicio do
século XIX e trabalhou na cruz vermelha durante a primeira guerra
mundial. Era profundo conhecedor e pesquisador das doenças
psíquicas, do corpo astral, que são transferidas para o corpo físico
na forma mais comum de Câncer (caranguejo, pois a ferida vista de
um microscópio tem este formato e leva a involução celular,
andando para trás no processo regenerativo). Como tal, a doença
do corpo astral deveria ser tratada no corpo astral, porém, devido
ao conhecimento dos médicos de hoje ser diferente dos antigos
egípcios e indianos, bem como dos chineses, trata-se somente o
efeito, destruindo as células afetadas com radioterapia ou
quimioterapia, mas, em geral, como em um espelho, o reflexo disso
é que a doença reaparece em outro lugar e ainda mais forte,
112
levando o doente à morte, através de um processo de sofrimento e
de dor intensa. As formas diagnosticadas, vendo as doenças pelo
prisma do corpo astral, lhes serão dadas em forma de técnicas nos
graus superiores, nos confessados de nossa amada ordem
maçônica.
Nosso corpo astral, ou duplo psíquico e
necessariamente como diz a palavra: um duplo formado pelos
mesmos órgãos, exemplo fígado, rins, coração, mais que produzem
diferentes energias no corpo físico que produz enzimas, proteínas e
sangue, também estão dispostos como na tabua das esmeraldas:
como é em cima é em baixo e vice versa. Produzindo energia
transforma como reflexo das suas atividades a cor desta energia da
aura humana fotografada em câmaras kirlian, demonstrando que o
pensamento do apr.´.maç.´. pode mudar a cor da energia emitida
pelo corpo astral. Desta forma a máxima “COGITO ERGO SUM”
(PENSO, LOGO, EXISTO), demonstra que somos produtos de nossos
pensamentos e conseqüência de uma educação mental, podendo o
homem, através de seus pensamentos, mudar a sua forma astral e,
desta forma, afetar o seu corpo físico, pois, tendo uma mente
sadia, terá um corpo sadio - MENS SANA IN CORPORE SANO. Esta
frase não é somente educativa, mas mostra que os homens de
séculos atrás já vislumbravam este grande principio do duplo astral,
esta lei sublime de que somos compostos de um corpo eterno e
outro físico e temporário, que nos abriga por um período de tempo
não superior a 144 anos, findando mais uma aula no mundo físico.
Vamos agora à técnica deste dia, que tem como
principio o mantra KESHARA. Durante os exercícios anteriores de
projeção astral, falamos em desenvolver a glândula pineal com o
exercício da entonação de OOOOMMMM, que levava a abertura do
olho do corpo psíquico, ou terceira visão, desta forma podendo ver
o que se passa em sua volta, caro apr.´.maç.´., no mundo astral
através desta visão. Mas aqui vamos falar e explicar sobre o mantra
KESHARA. Sua origem é egípcia e faz parte dos antigos vocabulários
113
litúrgicos dos sacerdotes de RÁ, usados na antiga cidade de Aton e
em Menfis, capital do antigo Egito até 1400 AC, levado por Moisés
durante o êxodo, como tradição até o antigo Israel e depois
chegando a Salomão e aos dias de hoje, e como poderá ser útil a
você, caro apr.´.maç.´., em seu desenvolvimento pessoal. Então,
vamos lá:
O EXERCICIO deve ser feito como os outros, ou seja,
após os preparativos que já aforam ditos em pranchas anteriores,
se possível colocando-se em decúbito dorsal, ou seja, de barriga
para cima, usando seu avental maçônico e tendo como base todas
as demais instruções que já lhe foram dadas anteriormente.
Começando em nove entonações vocálicas, desta
forma: nas três primeiras deve-se ter no KE o ponto mais longo e
mais forte da entonação, nas próximas três será SHA que deve ser
feita como se fosse TZAAAAAAA, o ponto alto da entonação
vocálica e por fim RA que será o ponto alto da próxima seqüência
de três entonações vocálicas. Assim, temos nove entonações
vocálicas.
Ao final deste exercício sinta-se como se estive
submerso em água e que a cada momento você sobe para a
superfície e por final fica boiando sobre a calmaria de uma piscina
de água límpida.
Neste momento tente se separar do corpo físico
saindo do quarto mentalmente, subindo para o éter do mundo
astral. VOCE DEVE PRATICAR PELAS PROXIMAS 70 SEMANAS.
Mesmo depois de alcançar o sucesso, não deve abandonar a
utilização deste mantra, pois fortalece o corpo astral. Como um
exercício aeróbico para o corpo físico, este mantra tem o mesmo
efeito no corpo astral dando a ele resistência para grandes viagens
no mundo astral, fortalecendo os órgãos do corpo astral, tornando-
se mais forte e sadio, refletindo no corpo físico sua saúde com
menor prospecção às doenças de origem psíquica, ou transferidas
através do contato físico e astral. Também como uma língua muito
114
antiga, pode ser ouvida no mundo astral e entendida pelos mestres
que habitam no oriente eterno, nas moradas celestiais, sendo
reconhecido como parte da família maçônica na terra ou no plano
físico, atraindo, deste modo, os olhares destes mestres que passam
a atender suas necessidades intelectuais e facilitam seu
aprendizado, passando explicações importantes sobre nossos
trabalhos em oficina e em nossas vidas cotidianas, pelo canal da
intuição quase como uma pequena voz dizendo o que deve ser
feito, como se deve proceder naquele momento de nossa vida.

Encerramos nossa prancha de hoje. Fica aqui meus


sinceros votos de PAZ PROFUNDA, VIDA LONGA E PRÓSPERA.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

115
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 26

ELEMENTO TERRA
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
No elemento terra falaremos da atual organização da maçonaria no
Brasil e no mundo, contaremos como a maçonaria chegou ao Brasil
e como ela se organizou em suas oficinas, como se relacionavam
entre si no começo do século XVIII e como estamos nos
relacionando atualmente, no século XXI.
O primeiro registro de uma Lj.´. maçônica no Brasil,
com carta patente ou cobertura de uma potência internacional -
Grande Oriente Lusitano - foi a dos Cavaleiros da Luz fundada na
Bahia em 1797, porém nossa loja primaz, como organização
maçônica, foi a Lj.´. Comércio e Artes, fundada por nove maçons no
Rio de Janeiro em 1815. A partir desta loja, toda a história da
maçonaria como potência começa a ser escrita, pois, dentro do
organograma maçônico tínhamos as três primeiras LLj.´.maç.´. para
formar o primeiro grande oriente a existir no Brasil, com sede na
Bahia. Tinham três LLj.´. na Bahia, quatro em Pernambuco e duas
no Rio de Janeiro, tendo como primeiro grão mestre o
pernambucano Antônio Carlos de Andrade, que chefiou a
revolução pernambucana de 1817. Em consequência deste ato, o
governo Imperial redigiu a lei Régia proibindo as sociedades
secretas no Brasil. Todavia, a corrente maçônica dos nobres
portugueses e brasileiros que faziam parte da Lj.´. Comercio e Artes
no Rio de Janeiro, então capital do Reino, na qual o nosso Ir.´. Jose
de Bonifacio, como conselheiro e tutor do príncipe regente, quando
da volta do rei de Portugal à Europa - Dom João VI - iniciou um
profano na maçonaria, que viria ser o primeiro governante do Brasil
independente: Dom Pedro I, imperador do Brasil.
Mas é verdadeiro o fato de que a maçonaria já era,
muito antes deste feito histórico, buscadora da independência do
Brasil através de revoluções e conspirações como o da
116
inconfidência mineira, Os IIr.´.de Minas Gerais haviam sido
iniciados na maçonaria Francesa, cuja corrente de pensamento era
republicana como nos Estados Unidos da América. Já no Rio de
Janeiro, a corrente de pensamento era da Grande Loja da Inglaterra
e era monarquista e parlamentarista. Eu explico melhor: Do
advento da fuga da família real Portuguesa para o Brasil, foram
escoltadas e protegidas pela marinha britânica, a partir do pedido
de socorro aos ingleses pelos governantes portugueses e, deste
fato em diante, fizeram-se vários acordos diplomáticos, que
levaram por consequência a abertura dos portos para as nações
amigas e a elevação do Brasil à condição de reino. A maçonaria
inglesa era formada por homens com títulos de nobreza, tais
como: condes, duques, barões, etc. Desta forma, a maçonaria
britânica não pregava o fim da monarquia, mas a manutenção do
estado em um regime parlamentar de governo. Aqui no Brasil, na
capital do reino, Rio de Janeiro, as LLj.´. eram formadas, também
em sua maioria por nobres portugueses e brasileiros, maçons do
Grande Oriente Lusitano, portanto, diferente da maçonaria que
existia fora da capital; na Bahia, Pernambuco e Minas Gerais, que
era politicamente republicana e do rito Francês moderno. Isso
levou o nobre Ir.’. José Bonifácio, na condição de Grão Mestre,
junto com vários IIr.´. que tinham títulos de nobreza junto ao
Império do Brasil, a influenciar o príncipe regente Dom Pedro de
Alcântara a ingressar na maçonaria, acalmando os ânimos dos IIr.´.
republicanos e, desta forma, evitando uma perseguição voraz por
parte do governo Imperial e da Inquisição da Igreja Católica à
maçonaria brasileira. Assim, com este feito, de forma inusitada a
maçonaria do Rio de Janeiro formou um Grão Mestrado e foi
reconhecido pela Grande Loja da Inglaterra como potência com o
nome de GRANDE ORIENTE DO BRASIL.
Já os demais países da América do sul, tiveram seus
líderes e revolucionários, como Sam Martin e Simon Bolívar – Gr.’.
33, e do Uruguai Ir.´. José Gervásio Ortigas – Gr.’. 18, iniciados nas
117
LLj.´.da França e da América do Norte, trabalhando para a
libertação de seus países da coroa Espanhola, que tinham o
pensamento republicano Frances como base. Posteriormente
foram reconhecidas as LLj.´.deste países como Grandes Lojas no
modelo Francês de maçonaria. Assim, atualmente, só no Brasil se
usa a nomenclatura maçônica de Grande Oriente. Nos demais
países sul-americanos são Grandes Lojas.
Vou demonstrar claramente a diferença de
pensamento dos maçons do Brasil na época do Império. Tomarei
como exemplo dois grandes maçons brasileiros, vitoriosos em suas
causas: De um lado, Duque de Caxias, maçom Gr.’. 33 e Grão
Mestre do Grande Oriente do Brasil, ligado à grande loja da
Inglaterra e ao estado Imperial, do outro lado o Ir.´.Bento
Gonçalves, maçom Gr.’. 33, chefe da revolução farroupilha,
primeiro presidente da republica sul rio Grandense, e ligado à
maçonaria francesa. Esta revolução durou 10 anos e acabou em um
acordo de paz sem vitória ou derrota com o perdão dos rebeldes,
graças à interferência da maçonaria que pregava a paz entre os IIr.´.
Desta forma, no primeiro período de nossa historia como nação
livre e independente, temos dois pensamentos maçônicos
fomentando o crescimento da nação brasileira, bem como o
reconhecimento dos demais maçons da face da terra. Daí vemos os
diferentes ritos praticados pela maçonaria no Brasil, como por
exemplo: REAA, FRANCÊS MODERNO, EMULAÇAO, YORK e os
egípcios MENPHIS E MISRAIN trazidos aqui pelo italiano Giuseppe
Garibaldi, Sereníssimo Grão Mestre destes ritos, durante sua
estada no Rio Grande do Sul, quando lutou na revolução
Farroupilha ao lado do General Bento Gonçalves. Por curiosidade,
estes ritos são muito praticados nos países sul-americanos por
serem mistos e admitir mulheres. Também implantou a maçonaria
da floresta, a CARBONÁRIA. Ainda hoje existe uma grande loja
deste rito em Curitiba-PR. É misto e recebe mulheres como
maçons.
118
Mas no Brasil se pratica, sobretudo, o rito REAA, ou o
Francês Moderno. Com a proclamação da republica a estrutura da
maçonaria cresceu e atingiu todos os estados da União, tendo hoje
várias obediências maçônicas que, em geral, não se reconhecem
entre si como potencia maçônica. Sobre isto falaremos em
oportunidade mais adequada, mas ainda somos um número muito
pequeno de pessoas que praticam maçonaria, perto de 0,01 por
cento da população do Brasil que tem mais de 200 milhões de
habitantes. Porém exercemos grande influencia política e social
sobre o restante do povo brasileiro que tem na maçonaria a visão
mítica de poder e riqueza, por sua historia feito de Glória e
transformações que, em geral, mudaram a forma de pensar dos
cidadãos dos países livres da terra. Apesar de um número tão
pequeno de maçons levamos o livre pensamento e a luz da
LIBERDADE, DA IGUALDADE E DA FRATERNIDADE às pessoas. Nos
locais mais improváveis e longínquos da terra se pratica maçonaria,
como na África, Rússia, e até em países de religião mulçumana como
a Turquia, entre outros. Em uma próxima oportunidade falaremos do
estado republicano do Brasil e dos 11 presidentes maçons que
tivemos até o dia de hoje, e como a maçonaria se integra à sociedade
brasileira como parte do reformador e modernizador povo pensante.
Lembre-se do pensamento maçônico ORDEM E
PROGRESSO, frase positivista que nos lembra do dever do maçom em
estar de “EM PÉ E À ORDEM” para o PROGESSO de nossa pátria e da
humanidade.
Encerro aqui esta prancha desejoso que os
OObr.´. de nossa oficina tenham na pesquisa da historia do Brasil
retirado o véu da superstição vendo a influência de nossas oficinas
maçônicas no Brasil de ontem, assim como o nosso dever para com o
futuro.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII


119
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 27

ELEMENTO ÁGUA
Eu vos saúdo por três vezes três. (V’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Neste estudo vamos tratar das jóias maçônicas do rito
ordinário da Lj.´. econômica. Quais são as jóias dos oficiais e como
são distribuídas em nossa oficina para a prática do R.’.E.’.A.’.A.’. em
sessão econômica. Enfim, como são distribuídas as jóias antes do
inicio da sessão.
Após a chegada na Lj.´., como foi dito anteriormente,
o primeiro oficial a trabalhar é o Arquiteto (Arq.´.), que tem a
obrigação de preparar o templo para os trabalhos, perfumando
com o incenso recomendado para o rito, colocando uma música
harmoniosa e que sirva para acalmar os maçons que vêm do
mundo profano, trazendo a eles o estado de introspecção e de
espiritualidade da maçonaria.
Vamos à relação de autoridades e suas respectivas
jóias:
V.´.M.´.: um compasso entrelaçado a um esquadro
1ºVig.´.: um nível
2ºVig.´.: um prumo
Or.´.: um livro aberto
Secr.´.: duas penas cruzadas
Tes.´.: duas chaves cruzadas
M.’. CCer.’.: Régua
Hosp.´.: uma bolsa
1ºExp.´.: um punhal (Guarda interno)
2ºExp.´.: um punhal (Guarda externo)
1ºDic.´.: uma pomba dentro de um triângulo
2ºDic.´.: uma pomba
Chanc.´.: uma sineta (também chamada de timbre)
Arq.´.: trolha
Cobr.´. Int.’.: duas espadas cruzadas
120
Cobr.’. Ext.’.: Alfange
M.`. de Harm.`.: uma Lira
M.’. de Banquete: Cornucópia
Bibliotecário: Livro fechado (cruzado por uma caneta)

Meus IIr.´. apr.´.maç.´., é indispensável que todos


tenham conhecimento e memorizem estas jóias e suas funções
correspondentes, pois, quando da chamada para a distribuição das
jóias no início dos trabalhos, é indispensável que todos os OObr.´.
conheçam as jóias e o papel desempenhado pelo oficial, dando
pleno efeito, produtividade e desenvoltura aos trabalhos
maçônicos para que tomem pleno vigor na oficina. Os cargos dos
oficias são distribuídos, em geral, no inicio do mandato do V.´.M.´.,
sendo registrado na ata (ou balaústre) do dia, o nome, grau e o
cargo a ser desempenhado como oficial e sua respectiva jóia.
Quando de sessão ordinária ou magna, contrariando o que
determina o regimento interno, o V.´.M.´.poderá nomear, para
aquela seção específica, outros IIr.´. OObr.´. da Lj.´. ou visitantes de
outras LLj.´., pois quando ocorre uma grande reunião, na qual mais
de uma oficina se reúne para a seção magna, é de bom tom que os
cargos sejam compartilhados entre os Obr.´.das oficinas
participantes.
Gostaria, ainda, de enfatizar que é muito importante
que os OObr.´. tenham a cultura maçônica de decorar o rito, mas
mantendo sempre um exemplar em seu avental, para que ele possa
acompanhar o desenrolar dos atos litúrgicos e regimentais dos
trabalhos durante a sessão que está participando, independente de
ser magna ou econômica que, além dos sinais e do corte (Sinal) do
grau, deve manter a postura do oficial, como por exemplo o guarda
interno (1ºExp.´.) que deve ter na mão direita a espada com a
lamina para cima, devendo fazer o corte colocando o punho da
espada na altura do tórax do lado esquerdo do peito cortando até o
lado direito do peito como sinal. Na chamada do V.´.M.´., estando
121
em PÉ E À ORDEM, os demais OObr.´. oficiais portando a vara
(bastão), como o 1ºDiac.´., 2ºDiac.´. e o M.´.Cer.´., da mesma
forma deverão colocar a mão na altura do tórax do lado do peito
esquerdo cortando para o lado direito do peito e durante a bateria
batendo a vara no chão e não fazendo a bateria de três aplausos
com as mãos, pois, estando ocupado com a vara, segurando-a, não
pode deixá-la de lado para fazer a bateria do grau. Ademais, é de
conhecimento de todos os OObr.´. que, estando de posse de sua
cópia do rito, deverá acompanhar as falas dos oficiais, suas
posturas e movimentação dentro da oficina, circulando e
desempenhando a liturgia como na seção ordinária na abertura e
fechamento do painel do grau, bem como a formação do pálio.
Também em sessão magna, com o desenrolar próprio do rito e da
liturgia adequada, é de vital importância que o apr.´.maç.´.
acompanhe os discursos dos oficiais, tomando ciência da
jurisprudência, tendo conhecimento do conteúdo do estatuto da
Ordem e do regimento interno da Lj.´. e dos atos maçônicos
praticados em Lj.´., como de votações eletivas e de punições
referente às faltas cometidas pelos IIr.´. durante sua vida
maçônica.
Todos os objetos e jóias são de propriedade da
oficina. Portanto, é uma deselegância que o Obr.´. leve tais peças
para casa ao final da sessão, como se fosse propriedade particular
do maçom e, mais ainda, em caso de falta do Obr.´.em uma futura
sessão, acarretará em falta do paramento e da jóia, o que
comprometerá o trabalho do Ir.´. arquiteto, responsável pela
distribuição, manutenção e guarda das alfaias maçônicas.
Entendemos que todos os IIr.´. têm o desejo natural de servir à
oficina como oficial da Lj.´., e é dever dos M.´.M.´. avaliar os IIr.´.
mais esforçados, privilegiando, a princípio, os que têm a maior
frequência, depois levando-se em consideração os IIr.´. que
apresentam o maior aprendizado e conhecimento ritualístico, e
que tem apresentado maior progresso na apresentação de suas
122
pranchas, demonstrando maior habilidade em tratar de assuntos
do universo maçônico e, por fim, analisar o comprometimento com
a maçonaria universal, sua Potência e sua Lj.´..
Tendo em vista que hoje em dia somos uma
sociedade discreta e não mais secreta como no passado, é
importante termos em nossas mentes que fazemos parte de uma
elite de homens, livres pensadores e de bons costumes, que nossas
tradições foram preservadas ao longo do tempo através da
repetição dos trabalhos e do esforço em memorizar os nossos ritos
e discursos orgânicos. Desta forma, caro apr.´.maç.´., se você
deseja ser um Obr.´. aprovado, tendo direito ao aumento de
salário, deve se comprometer com a guarda imaterial de nossos
segredos, dito de outra forma, no âmago do ser, através do
progresso intelectual, psíquico e espiritual. Em nossa cadeia de
união ao final da seção, o V.´.M.´. em seu discurso nos lembra que
somos guardiões de um antigo segredo escondido no coração do
homem, cujo qual nos une com os que vivem e com os que já
morreram, visíveis e invisíveis. Desta forma, mesmo que os olhos
físicos não vejam a GREI maçônica, está presente com milhares de
pensamentos que vigiam e assistem às sessões no interior de nosso
templo. Portanto, a partir daí, temos a certeza incondicional da
necessidade de conhecermos as jóias e as funções dos oficiais
ritualísticos, bem como a memorização dos discursos litúrgicos da
ortodoxia maçônica.

Deixo aqui um conselho valioso: É A PRÁTICA QUE


NOS LEVA À PERFEIÇÃO.
Encerro aqui desejando a todos um

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

123
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 28

ELEMENTO AR
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Neste momento de sua caminhada no norte do
templo, caro apr.´.maç.´., você passa a acompanhar e entender o
processo de sindicância de uma Lj.´. para que um novo individuo,
um novo profano, venha a receber a luz da maçonaria e se tornar
um obreiro desta augusta e respeitável instituição que é a
maçonaria. Desta forma, venho instruí-lo como se deve proceder
para que possamos convidar um profano a fazer parte de nossa
família, de nossa oficina, de nossa vida na GREI maçônica. A este
processo chamamos vulgarmente de sindicância.

A SINDICÂNCIA MAÇONICA
Dividiremos em TRÊS partes os critérios para
admissão de um novo membro no corpo de uma oficina maçônica:
o critério SUBJETIVO, o critério OBJETIVO e o critério
ADMINISTRATIVO:

CRITÉRIO SUBJETIVO DA SINDICÂNCIA – Este deve


ser iniciado a partir do acompanhamento pessoal do profano,
ouvindo sua opinião sobre a maçonaria, sua animosidade e
receptividade, sobre os assuntos decorrentes das atividades
maçônicas na historia e pelo mundo, sua opinião religiosa e
política, seu ponto de vista liberal e esclarecimento intelectual
sobre nossa augusta Ordem. Observamos também outros pontos
subjetivos, como: seu palavreado (uso de palavras de baixo calão) e
sua educação pessoal, honestidade e o uso da verdade, o
envolvimento com vícios, como bebida e tóxicos, e más
companhias, tendo a honra como uma constante em sua vida.
Porém, o mais importante é seu desejo forte e latente de se tornar
um maçom e verificar no meio em que vive, se há algum Ir.´., ou
124
parente de primeiro grau ou distante, que o tenha influenciado
positivamente em sua busca pela nossa Esmerada Ordem
Maçônica.
Também devemos ouvir a opinião das pessoas
próximas a este cidadão, bem como dos amigos, e se são dados
bons testemunhos como sendo um homem voltado a ajudar os
mais necessitados, e disposto ao trabalho social para melhorar o
meio em que vive.

CRITÉRIO OBJETIVO DA SINDICÂNCIA - Após a


apresentação do nome de um candidato a ingressar na maçonaria,
temos um novo processo de sindicância que se ABRE com o pedido
de uma ficha de inscrição que deverá ser entregue ao cidadão,
proponente à condição de maçom. Neste caso objetivo, atendendo
às leis e normas maçônicas, o convite só pode ser feito por
intermédio de um padrinho que deve ser M.´.M.´. Desta forma, se o
candidato é de indicação de um Ir.´. apr.´.maç.´. ou de comp.´.maç.´.,
deve ser dirigido e acompanhado por um M.´.M.´., supervisionando
o processo, ainda em seu estado subjetivo de filtragem, evitando
que uma pessoa de má índole, usando do entusiasmo do apr.´maç.´.,
venha a ludibriá-lo com um falso desejo de fazer parte desta augusta
instituição ou, ainda pior, que venha fazer parte de nossa amada
ordem para tirar proveito dos IIr.´.e da imagem gloriosa de nossa
Ordem, pois partimos do pressuposto que se é maçom, é um
cavaleiro por excelência. Desta forma, um homem inescrupuloso
poderia tirar vantagens ou causar grandes danos morais às nossas
oficinas e, em particular, à loja na qual ele venha a ser iniciado.
Já preenchida a ficha e devolvida à lj.’., em seção
ordinária, o V.´.M.´. deve nomear uma comissão de sindicância que
deve ser composta por três Obr.´. da oficina, sendo presidida por
um M.´.M.´.que, em sigilo, deve convocar outros dois IIr.´. para
auxiliá-lo no trabalho, sem que os demais OObr.´. da Lj.´.tomem
ciência do fato, desta forma evitando a interferência de algum
Ir.´.que queira influenciar os sindicantes.
125
TAREFA DOS SINDICANTES
O primeiro dever do sindicante é verificar se o homem
é livre e de bons costumes. Hoje em dia no Brasil não temos
escravos, mas em graus superiores falaremos dos grilhões que
aprisionam os profanos, mas seguindo ainda a causa maçônica de
bons costumes.
A comissão de sindicância deve ter o objetivo de retirar
os atestados de bons costumes do profano, certidões emitidas pela
justiça estadual e federal, onde o profano não pode estar condenado
em trânsito julgado e sem recurso ou direito a apelação. Desta forma,
fica restrita a entrada de homens que estejam cumprindo penas, em
nossa instituição. Fica a critério da câmara do meio as ações de
direito cível e trabalhista, desde que estes fatos não venham a
envergonhar a oficina em que o profano deseja filiação. Observa-se
em caso notório, a probabilidade de uma condenação por um crime
de conhecimento geral praticado pelo profano. É recomendado,
ainda, tomar conselho na câmara do meio desta Lj.´..
Como ferramenta complementar usa-se o SERASA
como referência comercial e bancária, demonstrando ainda sua
adimplência em seus pagamentos e honrando seus débitos junto aos
setores da indústria, comercio e financeiro. Fica dispensado, em caso
de empresário, os dados da sua pessoa jurídica, de seu CNPJ, pois
temos que convir que não o estamos recebendo no rol de membros
uma firma. Tratamos apenas da pessoa física do profano e não da
jurídica que ele participa.
A última tarefa que deve desempenhar esta comissão,
é averiguar o comportamento familiar, visitando o profano no seu
refúgio pessoal em sua casa e ouvindo a opinião da futura cunhada.
Em caso de homem solteiro devemos ouvir seus Pais, por mais que
este não dependa do abrigo ou do auxilio dos mesmos e nem divida a
mesma casa. Fica este critério dispensado em caso de famílias que
moram a grandes distâncias e que não mantém nenhum laço afetivo
com o proponente.

126
CRITÉRIO ADMINISTRATIVO DE SINDICÂNCIA –
Encerrados os dois primeiros critérios, bem como o processo de
sindicância PESSOAL do candidato, devemos averiguar os critérios
administrativos da sindicância, como a capacidade financeira, pois
sabemos que a maçonaria tem um grande filtro nas custas
financeiras, tais como: Jóias, mensalidades, doações, rateios e
banquetes, assim como compra de alfaias e materiais específicos
para cada grau, tornando a Lj.´.um clube muito caro para as pessoas
que possuem uma renda baixa. Assim sendo, o primeiro filtro
administrativo é o financeiro. Algumas Ljs.´. condicionam rendas
mínimas à aprovação da sindicância maçônica, comprovadas através
de documentos de uso rotineiro como IRPF (imposto de renda pessoa
física), ou outra forma de comprovação como: contra cheques,
holerites, recibo de autônomo, carnê Leão, ou de renda rural.

DOS PROCLAMES MAÇONICOS


Ao término das fases iniciais de sindicância, para
concluir o processo, deve ser afixado no mural da Lj.´., uma cópia da
ficha de pedido de filiação com foto do candidato à iniciação para a
apreciação aos OObr.´. Desta forma, durante a abertura dos
trabalhos na seção magna de iniciação, será possível que todos os
presentes possam se manifestar durante o escrutínio, onde é feita a
votação pela entrada ou não do candidato a maçom, durante o
tempo que o candidato permanece na câmara de reflexões. Somente
após o escrutínio e a leitura do testamento e que se dá como
encerrado o processo de sindicância.
Estas medidas são regimentais e podem ou não ser
usadas pela Lj.´.maçônica. Entretanto os critérios para manutenção,
preservação e proteção dos segredos e mistérios de nossa Esmerada
Ordem Maçônica, devem sempre ser observados.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII


127
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 29

ELEMENTO FOGO
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Estamos muito perto de encerrar as instruções do grau
de apr.´.maç.´. Nossa estada no norte do templo nos levou a ter
noções gerais e organizacionais de uma Lj.´.Maç.´. Essas noções nos
dão hoje a direção em nossa bússola, de nossa caminhada para o sul
do templo, esquadrinhando o caminho para a coluna de
companheiro maçom. Refletimos sobre diversos assuntos, porém, é
no campo da psique humana que vamos falar agora no elemento
fogo, onde tratamos do esoterismo e da metafísica como plataforma
para entendermos os grandes mistérios da maçonaria que serão
descobertos nos graus em que formos iniciados em nossa Esmerada
Ordem. Assim, após o encerramento dos mistérios do grau de
apr.´.maç.´., daremos inicio aos mistérios do grau de comp.´.maç.´.,
vislumbrando que estamos apenas no inicio de uma grande escada
com trinta e três degraus, que se multiplicam por trinta e três lições
gerais de maçonaria e, por mais que o caro apr.´.maç.´.conheça sobre
a nossa Ordem, não pode dimensionar o tamanho do conhecimento
que se oculta por trás dos véus de nosso templo grau após grau.
Levando em suma ao final, no grau trinta e três, há um estagio de
super-homem que, como disse o grande mestre JESUS, EU E MEU PAI
SOMOS UM, retornamos à unidade cósmica, se reintegrando ao
G.´.A.´.D.´.U.´., dividindo ainda com a grei maçônica a
responsabilidade de alavancar junto aos homens de boa vontade o
progresso da humanidade e, acima de tudo, defendendo nossos
ideais de LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE.
Falaremos da abóboda celeste de nossa Lj.´., que nos
dá a dimensão do grande conhecimento de astronomia, localização
geográfica e matemática, e fases como da lua no ciclo menor e do
equinócio no ciclo maior, pois quando olhamos para o teto do templo
vemos várias estrelas dispostas junto com os planetas e com o sol e a
lua, formando as constelações e tendo como calendário das eras,
128
marcando desta forma, o período de tempo em que estamos vivos
como indivíduos e como raça humana. Daí, nosso astrônomo é o
2ºVig.´., porque neste cargo ele é o observador do céu em nossa Lj.´.
Vejamos, pois, a posição da estação do 2ºVig.´.: Ela fica entre a meio
caminho entre a coluna do sul (Jakin) e a estação do Secr.’., próximo
ao oriente da Lj.´. Assim, ele tem uma visão privilegiada do mover do
sol em sua viagem do leste (Nascente-Oriente) até o oeste (Poente-
Ocidente) para que ele possa, a pedido do V.´.M.´., informar que
horas são para o início e término dos trabalhos, conforme o grau que
a Lj.´.está aberta. Assim, o 2ºVig.´.desempenha papel importante na
ritualística maçônica, pois quando questionado: que horas são? Ele
responde meio dia em ponto ou, no final, meia noite em ponto. Mas
aí eu pergunto ao caro apr.´.maç.´.: “de que ponto ele está falando?”
Imaginamos que, da posição do 2ºVig.´.,ele tenha
algum instrumento para determinar com precisão o horário, para que
possa anunciar ao V.’.M.’. a hora de iniciar e fechar os trabalhos da
Lj.´. Mas, sobre a estação do 2ºVig.´. não há nenhum instrumento de
leitura do tempo como uma ampulheta ou mesmo um relógio,
despertando assim nossa curiosidade do porque desta afirmação
categórica sobre meio dia e meia noite. Poderíamos falar que se
trata de horas simbólicas e que não estão intrínsecas à verdadeira
hora do nosso fuso horário, e que de fato não iniciamos nossos
trabalhos ao meio dia e não terminamos à meia noite. De fato,
biologicamente, iniciamos nossos trabalhos às 20hr e terminamos
próximo das 22:30hr, o que não corresponde ao ritual e deixa no
subjetivo humano a pergunta: Porque, então, iniciamos ao meio dia e
terminarmos à meia noite?
Simbolicamente, é um ensinamento moral que
devemos iniciar os trabalhos ao meio dia, pois diz a tradição
maçônica que tem como objetivo não permitir que um Ir.´. faça
sombra para o outro nos aspectos morais, intelectuais, psíquicos e
espirituais, evitando também que o Obr.´.mais esforçado seja vítima
do menos disposto, ficando à sombra e se isentando de
responsabilidades, deixando a outros os seus deveres.
129
Também devemos analisar o fato do término da
atividade maçônica ser à meia noite, qual é o simbolismo disso, e
como devemos interpretá-lo. Na maçonaria operativa, as instruções
eram dadas pelos mestres a partir do meio dia, pois vistoriando os
trabalhos feitos nas Catedrais no período da manhã e vendo o
progresso nas obras, dava-se aos operários as instruções técnicas
para o trabalho da tarde, e no final do dia, próximo das 18hr no
hemisfério norte e no inverno, com a falta de luminosidade, para o
trabalho de acabamento e embelezamento. Os IIr.´. se retiravam
para os alojamentos ou para as tabernas onde os painéis da obra da
catedral eram pintados ou riscados com giz ou carvão no chão e feito
um estudo técnico da construção, onde se estudava a peça de
arquitetura ou o desenho com as medidas finais da obra. Este
trabalho se iniciava às 20hr e se discutiam ate no máximo às 22hr,
onde os IIr.´.buscavam o descanso em seus leitos para meditar e
fazer suas preces ao G.´.A.´.D.´.U.´., retornando aos trabalhos no dia
seguinte.
Também temos um texto bíblico que nos fala da
relação do homem com Deus à meia noite: À MEIA NOITE ME
LEVANTAREI PARA TE LOUVAR, POR TEUS JUSTOS JUIZOS, salmos
119,62 (Por tuas justas obras). Do ponto de vista esotérico temos
outra explicação que vos será dada nos graus superiores de nossa
amada ordem, mas, aqui, nos absteremos às formalidades do rito,
passando ao apr.´.maç.´.as informações pertinentes à história
orgânica das confrarias de pedreiros da Europa, haja vista que muito
do que eu repasso a vocês, como seu M.´.I.´., tem a ver com a forma
que me foi transmitido este conhecimento e esta tradição, muitas
delas de forma oral e muito pouco de forma riscada.
O templo está dividido de forma radial em quatro
fatias, começando no pólo norte até a coluna Col.´.B.´. que marca o
trópico de câncer, formando a primeira fatia da Lj.´., entre a coluna
Col.´.B.´. e o centro na linha do equador, ponto marcado pela vela da
sabedoria no shekinah, sendo esta a segunda fatia da Lj.´. A terceira
fatia corresponde ao espaço entre a linha do equador e o trópico de
130
capricórnio, ou seja, a linha radial imaginaria da coluna do sul
(Col.´.J.´.). A quarta e última fatia representa o espaço imaginário
entre a linha radial do tropico de capricórnio e o pólo sul. Assim,
temos como elementos correspondentes: A TERRA ao norte, a ÁGUA
ao sul, ao centro temos as correntes aéreas do elemento AR, entre
tropico de câncer e a linha do equador e, ao sul da linha do equador
e o trÓpico de capricórnio o elemento FOGO. Vou lembrar a você,
caro apr.´.maç.´., que todas as civilizações antigas com grande
desenvolvimento, cresceram entre a linha do equador e o trópico de
capricórnio, pois tinha no impulso do elemento fogo, o desejo de se
elevar da terra para o céu. Todo este conhecimento geográfico deve
ter o 2ºVig.´., pois ele é o astrônomo da Lj.´., e tem o dever de saber
medir o zênite do templo e fazer a leitura da carta astronômica do
céu do templo, como no antigo Egito, índia e Caldéia, bem como em
Jerusalém durante a construção do templo de Salomão, também a
distribuição astronômica dos elemento TERRA, ÁGUA, AR E FOGO,
seguindo o desenho simbólico dos mesmos. São encontrados em
vários tratados esotéricos e alquímicos, mas desvendaremos estes
desenhos em graus superiores, caro apr.´.maç.´. Aqui vamos nos ater
em falar apenas da medição da abóboda celeste e a compreensão do
método de medição usado pelo 2ºvig.´.durante a seção em nossa
Lj.´.econômica, pois a jóia do segundo vigilante é um prumo. O que
era usado antigamente é aquele formado por um triângulo
eqüilátero, que posto em pé tinha em sua junção superior preso o
cordão com o pêndulo do prumo e na régua inferior as marcações
iniciando-se no centro e, indo em direção às laterais, uma tabela de
graus com o ponto zero no centro tendo à esquerda 12 graus
positivos e à direita doze graus negativos. Posto sobre a estação do
2ºvig.´.podia-se determinar a mudança no quadro da abóboda
celestial visto em noite clara através da posição das estrelas, qual era
o mês e a estação do ano, dividindo-se em equinócio de primavera e
de inverno para nós maçons em meio dia e meia noite simbólicas,
bem como mais os meses do ano e as quatro estações do ano:
primavera, verão, outono e inverno, cada qual corresponde a um
131
elemento: fogo, ar, água e terra. Também se tinha noções das épocas
da chuvas e do plantio e colheitas, representado por diversas festas
pagãs nestes períodos.
Com isto, caro Ir.’. Apr.’., podemos dizer que a coluna
do 2ºvig.´.é a Col.´.da beleza, ou da fertilidade, pois demonstra
claramente em seus adornos peças representando folhas e a
fertilidade e o estado de espírito inspirado e feliz do ser humano.
Contudo era dever do 2ºvig.´.,como astrônomo da Lj.´., dizer qual era
a época mais propícia para iniciar os trabalhos ou encerrá-los, daí o
tal chamado do rito quando o V.´.M.´.pergunta: que horas são? Que
horas se iniciam os trabalhos? E que horas terminam nossos
trabalhos? Sendo assim, é obrigação do astrônomo da Lj.´.determinar
a hora a partir da leitura da carta celeste, portanto cargo de 2ºvig.´.
só pode ser ocupado por um MM.´., pois precisa ter conhecimento de
astronomia, matemática e astrologia para determinar o fato de
tamanha magnitude como é o inicio dos trabalhos e o fechamento do
painel do grau.
Como já foi dito, estamos próximo do fim dos estudos
para o grau de apr.´.maç.´., mas deixo aqui os seguintes
questionamentos pessoais ao caríssimo apr,´,Mac.´.: Como foi
possível depois de quase 3000 mil anos guardarmos tais
informações que aparentemente se perderiam na noite dos
tempos? Como a maçonaria, sendo uma escola esotérica, mantêm
vivos estes conhecimentos? Por que não estão gravados em uma
coletânea de livros e de monografias? Os antigos maçons passavam
noites sem dormir em experimentos, tentando reproduzir antigos
conhecimentos ou entender velhos manuscritos que foram a eles
confiados. Por isso, peço humildemente que não subestime o que
você está recebendo, pois faz parte de um conjunto de instruções,
sem as quais é impossível receber os graus superiores.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII


132
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 30

ELEMENTO ETER
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Em nossa caminhada rumo ao Sul da Lj.´., devemos
fazer uma breve reflexão sobre o processo de CRIAÇÂO MENTAL.
Por meio de nossa imaginação e mentalização, podemos criar no
futuro próximo, uma nova forma de vida harmônica pautada nas
leis universais, com o objetivo de nos tornarmos mais felizes e mais
saudáveis, estando em sintonia com as forças construtivas e
criadoras mais altas (elevadas) do universo, podendo assim
desfrutar de sua luz e sabedoria. Muitos dos homens que mais
impressionaram a humanidade com sua inteligência e modo
inovador de pensar foram maçons. Em diversas áreas da sociedade:
DISNEY, com seus desenhos maravilhosos que durante a infância
todos nos alegramos e nos fizeram sonhar; também o grande
general NAPOLEAO BONAPARTE, em sua busca de libertar a Europa
das monarquias absolutistas; ISSAC NEWTON, com idéias e ideais
que trouxeram luz à física e à mecânica moderna; BENJAMIM
FRANKLIN, com os princípios da democracia moderna, que hoje é
utilizado como modelo na maioria dos países ocidentais, entre
outros. Poderíamos citar mais de mil nomes de homens
importantes para seus países ou nações, que foram maçons e
fizeram de seus pensamentos e propostas de vidas surpreendentes,
tornando-se modelos de inovação no modo de ver a vida, pautada
em uma grande ética pessoal.
Aqui fica a pergunta: Estas pessoas, homens de
sucesso em suas épocas e nas áreas de atuação, o que tinham em
comum e qual a influência da maçonaria em suas personalidades?
Com a educação de nossos Obr.´., através de uma
ampla filosofia de ensino e direcionado às praticas e exercícios que
recebemos grau a grau à medida em que vamos nos aprofundando
e circulando a Lj.´., vemos que a magnitude deste conhecimento
133
que nos esclarece é de fato nos tornamos LIVRES PENSADORES,
título este dado aos maçons de todas as épocas, por nossa
sobriedade de julgamento independente das circunstâncias vividas
pela sociedade ou meio em que estamos inseridos, seja no âmbito
religioso, econômico ou fisiológico político.
Vamos aos métodos de criação mental usados pelos
grandes pensadores da maçonaria, que passaremos a estudar e
praticar em nosso dia a dia, desvendado, desta forma, o enigma da
grande imaginação utilizada pra vislumbrar o futuro de seus
projetos pessoais e como torná-los realidade:
Vamos a chave do segredo da criação mental utilizada
por nossos IIr.´. Primeiramente vamos ao método muito antigo,
porém reeditado ou atualizado por nosso M.´.M.´. WALT DISNEY -
grau 33. Este método antigo consistia, em primeira estância, em
observar uma pedra cúbica e memorizá-la, ou seja, olhar a pedra e
fechar os olhos, recriar a imagem mentalmente, depois desenhá-la
em uma folha de papel em branco comparando-a com a peça física
original. Este processo era repetido diversas vezes, fazendo vários
desenhos, como em um jogo dos dez erros, onde procuramos as
diferenças entre os vários desenhos e a peça física original, levando
o apr.´.maç.´.a ter uma capacidade melhorada de memorização,
bem como a utilização do desenho mental. Este método era
utilizado por LEONARDO DA VINCI e outros pintores renascentistas,
e que nossos IIr.´.maçons do passado viram nesta técnica uma
grande ferramenta de trabalho e um excelente exercício mental,
passando a esmiuçá-lo, e, por fim, aprovado este conhecimento, o
incorporaram aos nossos ensinamentos, gravando este método
de criação mental em nossas colunas como parte da grande
coletânea maçônica.
Mais tarde, por volta de 1965, nosso amado Ir.´.
M.´.M.´. Walt Disney, utilizando desta técnica de memorização e
criação mental quando trabalhava em um jornal, viu neste método
de trabalho um promissor sistema de repetição de imagens, que
134
sobrepostos formavam o efeito chamado de sobreposição de
imagens, ou seja, quadro a quadro. O mesmo sistema foi utilizado
no cinema da década de 20. Assim, os desenhos começaram a
ganhar vida e ele passou de jornalista a animador de imagens.

IMAGINAÇAO
Veja, caro apr.´.maç.´., como a própria raiz da palavra
nos informa: Há Imagem em ação, ou seja: visualizar uma figura
que é movida mentalmente em seus detalhes, usando nossos
pensamentos ou fatos de nossa memória como pano de fundo. É a
partir deste fato, que podemos definir, do ponto de vista maçônico,
a imaginação. Desta forma, até este momento, nós apenas falamos
de métodos de memorização e concentração, como muitos
atualmente podem ser encontrados em diversos cursos e escolas
de ensino seculares e universidades. Mas o Ir.´. WALT DISNEY fez,
através do bom uso, outros progressos dentro das técnicas mais
profundas que ilustram nossas colunas que são as da criação
mental. Vamos agora a uma série de três exercícios que nos
possibilitarão uma melhor memorização e expansão da
consciência:
Primeiro exercício: HARMONIZAÇÃO
Consiste, primeiramente, em estarmos em pleno
estado de tranqüilidade e em harmonia com as forças construtivas
e criativas do universo, começando desta forma: Primeiro tome um
copo de água em temperatura ambiente, depois busque um espaço
ao ar livre, no período da noite, e lá coloque uma cadeira. Sente-se
confortavelmente com a coluna ereta e com os pés levemente
afastados um do outro, mas em estado de descanso sobre as coxas.
Após três respirações profundas e pausadas, viaje com sua
consciência dirigindo-a em direção dos pés, sentindo sua presença.
Após um leve aquecimento do mesmo, passe para os tornozelos,
depois vá subindo a consciência para as pernas, coxas, abdômen,
tórax, descendo pelo antebraço, braços, depois chegando às mãos
135
sentido o aquecimento nos dedos, do menor até o polegar,
sucessivamente nas duas mãos e retornando braço acima, para o
antebraço, tórax, ao pescoço e, por fim, a cabeça. Agora, já em
silêncio, procure não pensar em nada, zerando os seus
pensamentos, apenas sinta a brisa do vento em contato com sua
pele, os sons diversos produzidos pelos moradores da noite,
insetos, pássaros, sapos, etc.
Quanto maior for o desligamento com o raciocínio,
maior será a sensibilidade aos sons da natureza e mais relaxado e
harmonizado você estará. Noite após noite você notará que está mais
sensível ao toque sutil da vida ao seu redor, com os olhos fechados
como se estivesse vivendo novamente o estado intrauterino,
gozando apenas da percepção interna e da proteção do
G.´.A.´.D.´.U.´. e deixando de lado as preocupações da vida cotidiana.
Estes métodos de harmonização têm diversas correntes utilizadas por
escolas filosóficas no mundo inteiro, seja no passado como a Yoga,
ou nos dias atuais mais próximos do nosso, o chinês TAI CHI CHUAN,
que, como nós de um modo geral, buscam o equilíbrio entre os pólos
positivos e negativos da força vital que sustentam a vida.
Recomenda-se ainda que, antes que passamos ao
próximo exercício, se pratique pelo menos um mês este aqui
recomendado, pois, como um professor de música ao ensinar a
utilização do teclado de um piano ao jovem aprendiz músico, ele
divide o trabalho em duas fases: a da leitura dos símbolos e das
partituras e, em outra fase, a prática do uso do teclado. Assim sendo,
vemos que o estado passivo e ativo do conhecimento de um M.´.M.´.
se resume no bom uso do técnica, associada à pratica.
Nas próximas duas pranchas trataremos de
MENTALIZAÇÃO E CRIAÇÃO MENTAL, ficando atento sempre às
impressões mentais recebidas durante os exercícios, desejoso de
sucesso por parte de você, caro apr.´.maç.´..

T.´.F.´.A.´.
CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII
136
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 31

ELEMENTO TERRA
O PROCESSO DE CRIAÇAO MENTAL
Vimos em nossa última prancha de número 30, a
importância de estarmos harmonizados com a natureza e em
sintonia com as forças construtivas do cosmos, correto? Pois é
partindo deste ponto que iniciaremos nossa viagem na busca da
criação mental que trará satisfação e realização pessoal a você,
caro apr.´.maç.´. Considerando que vamos desenvolver um projeto
de criação mental juntos, tendo você como obreiro e eu como
supervisor da obra dada pelo G.´.A.´.D.´.U.´.,começaremos pelo
principio de que estamos diretamente ligados à natureza criadora
da vida, em plena harmonia com ela, nos exercitando para
desenvolver uma aura de luz capaz de atrair aquilo que de fato
necessitamos para progredir na senda maçônica, nos libertando
dos pesos, preocupações, tensões e estresse da vida cotidiana.
Durante o período de harmonização entraremos em contato
singelo com o silêncio do templo, pois é este o sublime objetivo de
nossa morada sagrada, o templo maçônico, e estaremos ligados
unicamente com o mundo metafísico, intemporal, somente
entrelaçado pela cadeia de união que nos prende ao dever de
manter viva e altiva a chama da luz da verdade, pelo progresso da
humanidade.
Tomando ainda o nosso Ir.´.M.´.M.´. WALT DISNEY
como precursor de nosso método de criação mental atualizado
hoje, poderíamos dizer que vemos em suas obras de Desenho
animado, muitos mistérios ou lendas maçônicas transformadas em
contos de fadas, encerrando neles grandes segredos de magia e
alquimia, bem como de tradições orientais e ocidentais, reflexo do
seu grande conhecimento oculto, por fazer parte das escolas de
mistérios da antiguidade, dando aqui como exemplo: O mago
MERLIN, quando um dos seus personagens, o rato MICKEY MOUSE,
137
de posse da varinha mágica do mago, ordena que as ferramentas
de limpeza, como os baldes, vassouras e esfregões, tenham vida e
desenvolvam o trabalho a ele delegado, a limpeza do castelo. Mais
tarde, em outra parte do mesmo desenho, mostra novamente o
personagem com o chapéu de mago e com a baqueta de MM.´.em
uma sinfonia de ventos e tempestades ao sons de uma orquestra
onde ele rege uma peça de BEETHOVEN demonstrando,
claramente, possuir poderes sobre os ventos e a tempestade,
sendo ele o senhor do AR e da ÁGUA. Com certeza em sua infância
ou durante sua vida, caro apr.´.maç.´., você tenha visto ou assistido
um desenho de nosso Ir.´.MM.´. WALT DISNEY. Eu procurei tomar
estes fatos, para que trouxesse à memória próxima o que
aparentemente não fazia sentido do ponto de vista maçônico, mas,
atrás de vários véus da singeleza e da ingenuidade, estão
guardados muitos mistérios que vamos decifrar em tempo
oportuno de nossos estudos na Esmerada Ordem Maçônica.
Partindo desta informação, vemos que parte da
inspiração de nosso Ir.´.MM.´. WALT DISNEY baseou-se em lendas e
mistérios das escolas de iniciação antigas, e outras vieram através
da criação mental. Para compreender melhor o pensamento de
nosso Ir.´., devemos separar em blocos ou camadas, do pesado
para o sutil, suas idéias. Vejamos; desta forma ele atualizou e deu
vida e bom humor aos heróis e aos vilões, a personagens míticos
das tradições das escolas de mistérios, renovando sempre o fundo
moral que o bem, independente da força do tempo, deve
prevalecer ao mal, e que a natureza escurecida e cansada pelo mal,
se renove através de um processo alquímico e se ilumine pelo bem,
encerrando uma fase e iniciando outra, no eterno ciclo da vida. Fica
aqui a segunda fase do pensamento de nosso Ir.´. MM.´. WALT
DISNEY: a inspiração. De onde veio? Como aproveitar estes
momentos de esclarecimento?
Diremos, pois, que a inspiração veio da introspecção e
do exercício de repetição dos mistérios maçônicos. Direi mais:
138
como aproveitá-lo? Sempre que possível anote em um caderno as
impressões que recebemos do cosmos como vislumbres ou feixes
de luz, do projeto do G.´.A.´.D.´.U.´. Para todos nós, fica ainda e tão
somente, o método ou técnica para a inspiração.

PRIMEIRA TÉCNICA DE CRIAÇÃO MENTAL


Vou usar como exemplo um carro. Você pode usar
uma casa, uma empresa, uma viagem, ou outro bem qualquer para
esse exercício de criação mental, porém eu tomarei o carro como
fonte de inspiração ou necessidade. Partindo do principio que
temos o sonho de ter um carro zero KM, DETERMINAMOS nosso
objetivo, deixando claro AQUILO que devemos criar dentro do
nosso estúdio mental. Desta forma não podemos trabalhar com
vários objetivos ao mesmo tempo, porque temos que enfatizar e
deixar claro que devemos determinar um ponto de chegada pra
nosso projeto de criação mental. Começaremos desta forma:
• Após o nosso processo de harmonização e de desligamento do
mundo secular, já no estágio em que nossa mente está límpida
e lúcida, iniciaremos o processo de criação mental desta
forma: Determinamos primeiro qual é o carro especifico que
queremos: fabricante, ano, modelo e cor. Passamos a imaginá-
lo em nossa garagem ou em frente a nossa casa ou
apartamento, porém, ao nos aproximarmos dele
imaginariamente, vamos vislumbrando, passo a passo, os
detalhes do lado externo, como por exemplo: faróis,
retrovisores, lanternas, rodas, se a cor é metálica, podemos
ver o brilho do sol refletindo em seu para brisas. Aproximando
mais ainda, podemos sentir a fechadura em nossas mãos e o
peso da porta ao abrirmos, o perfume típico de carro novo. Ao
adentrar e nos sentarmos, podemos sentir o conforto dos
bancos, e a maciez do volante, e quando damos ignição no
motor sentimos a potência da maquina em que estamos
prestes a viajar, detalhes de painel de controle, luzes e
139
alavanca de cambio, e a sensação de liberdade, conforto e
satisfação enquanto dirigimos este maravilhoso veículo por
uma estrada asfaltada e perfeita entre as campinas de nossa
imaginação. Caro apr.´.maç.´., cada vez que você mentalizar e
criar este veículo, mais próximo você estará de realizar o
sonho de possuir um de verdade. A capacidade de gerar tal
bem no mundo psíquico e usar as forças do mundo astral para
atraí-lo para sua vida, não está limitado ao seu poder de
aquisição, à sua renda, ou julgamento se você pode ou não ter
tal bem, basta criá-lo mentalmente.
A faculdade da criação mental é ilimitada, e depende
tão somente de sua capacidade mental e de sua energia pessoal
utilizada em manter esta criação ao nível da possibilidade. Nosso
dever como maçons é de acreditarmos ser possível, através da
utilização sábia de nossos conhecimentos e de nossas energias,
materializarmos nossos sonhos, baseando-se unicamente no bem
estar coletivo, por que esta realização só é possível com o auxilio
do G.´.A.´.D.´.U.´., em consonância com as leis cósmicas. Portanto,
a criação mental é uma ferramenta que só pode utilizar uma
energia baseada no amor e no equilíbrio.
Desta forma, podemos dizer que: O FUTURO É FRUTO
DE NOSSOS PENSAMENTOS CRIATIVOS DE HOJE.
Deixo aqui, ainda, um alerta ao caro apr.´.maç.´.: A
má utilização deste método de criação mental certamente levará
frustração e tristeza ao operador deste conhecimento, bem como o
bloqueio por parte da grei maçônica para o progresso e
desenvolvimento de outras aptidões que o levarão ao domínio de
grandes forças da natureza ou, pior ainda, que você venha a ser
consumido pelas forças negativas que povoam o intelecto
humano; como inveja, arrogância, mentira, prepotência, e o desejo
desenfreado por prazeres físicos, o que ao longo do tempo o
levará ao abismo do sofrimento e de volta à escuridão da câmara
de reflexões.
140
Usando este método de criação mental aperfeiçoado
por nosso Ir.´.MM.´. WALT DISNEY, que nos dá condições de
criamos, no plano psíquico e de fato materializarmos no físico, o
verdadeiro mago que estamos preparando para o futuro da
maçonaria: VOCÊ, caro apr.´.maç.´.
Assim desta forma encerro agora este discurso e
espero que você pratique boa parte de tudo o que foi ministrado
nesta prancha de apr.´.maç.´., e que possa obter o sucesso de
realizar e materializar seus sonhos.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

141
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 32

ELEMENTO ÁGUA
PROCESSO DE CRIAÇAO MENTAL
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Daremos seguimento ao nosso processo de criação
mental, caro apr.´.maç.´. Do ponto em que paramos na ultima lição
da prancha anterior, agora trataremos da utilização de nossa energia
pessoai e psíquica no processo de criação mental. Diferentemente de
outros métodos de desenvolvimento e criação mental, nós os
maçons, temos aqui a possibilidade de utilizar energias que circulam
o nosso corpo físico, bem como circulam a Lj.´.e todo o meio
ambiente, o universo em geral.
Gostaria ainda de deixar claro que no grau de
companheiro maçom, estudaremos detalhadamente estas correntes
de energia que correm por sobre a terra e circulam a Lj.´., e como
elas afetam nosso viver diário e o nosso processo evolutivo,
intelectual e espiritual.
Partiremos agora do ponto de vista físico, que somos
um grande composto químico que une e entrelaça milhões de
átomos. Os processos biológicos que acontecem em nós, de fato são
resultados de combinações químicas que geram as substâncias de
que necessitamos para viver, bem como a eletricidade utilizada por
nosso sistema nervoso que, através destes impulsos, põem em
funcionamento os órgãos autônomos e nos permitem, através da
vontade, dirigir os órgãos de comando consciente. Como estas
enzimas produzem este efeito elétrico, discutiremos mais tarde nos
graus superiores. Usamos esta informação técnica apenas como pano
de fundo para nossos estudos sobre a criação mental.
Tomaremos agora o exercício anterior de criação
mental como base para prosseguirmos deste ponto em diante.
Tínhamos criado mentalmente um automóvel, com todos os seus
detalhes técnicos e peculiares, inclusive imaginávamos o bom uso
deste veículo de transporte, fazendo da utilização dele um estado de
142
prazer e satisfação, e aqui neste ponto vamos nosso aprofundar no
processo de criação mental. Vamos cristalizar este veículo no
cósmico, da forma que agora vou ensinar a você, caro apr.´.maç.´.
Após o estado de relaxamento e Harmonização,
quando você estiver confortavelmente sentado em sua cadeira e
começar o processo de criação mental, imagine-se envolto em uma
grande bolha de energia dourada, viva e pulsátil, circulando em volta
de você em sentido horário e de forma espiral. Passe a mentalizar
isso durante aproximadamente cinco minutos, então agora você
deve entoar o mantra OOOMMM por sete vezes, e cada vez que o
fizer, quando o ar estiver deixando os seus pulmões através da sua
boca imagine que este ar esta levando consigo parte desta energia
dourada, como um sopro de energia viva, que está sendo depositada
sobre a imagem do automóvel criado mentalmente, e que esta
energia sutil passa a se materializar ou dar forma física ao projeto
mental. É como se esta energia tivesse o poder de materializar o seu
desejo, dando sustentabilidade à sua criação mental. Veja, caro
apr.´.maç.´., como se você estivesse irrigando uma planta mental
com esta energia psíquica e infalível que de você emana, tornando
vivo o meio ambiente mental através dos influxos de pensamentos
que deixam você em forma de criação mental.
O que aprendemos com isso? Que é possível criar
dentro do vasto espaço mental, qualquer objeto inanimado. Que
quando colocamos nossa força criadora em ação passamos estar em
contato com as poderosas forças criadoras do G.´.A.´.D.´.U.´., que
são chamada de ELOHINS, inteligências cósmicas capazes de criar e
materializar qualquer objeto ou ser animado ou inanimado. Este
princípio será, doravante, constantemente lembrado, caro
apr.´.maç.´., e, estarmos harmonizados com essas inteligência, os
ELOHINS, e as demais potências do mundo astral, nos levará à
possibilidade de grande avanço mental e desenvolvimento de nossas
capacidades intricas adormecidas. Além do mais, deixo aqui a
possibilidade de uma vasta pesquisa sobre os ELOHINS, para que
você venha compreender o mundo astral, e o porquê de nós,
143
maçons, termos tanto a aprender e a ensinar aos homens dos dias de
amanhã, além deste experimento que usamos e, no futuro como
estrutura de um projeto de materialização de objetos físicos a partir
de um projeto mental que se torna um duplo: psíquico do físico,
como se refletido em um espelho.
Vejamos agora, que os sintomas do exercício estão
surtindo o resultado desejado, ou está em gestação mental,
próximo a se realizar no plano físico:
Primeiro, coincidentemente, você passa a ver
constantemente o veículo imaginário nas ruas, ou o carro de seus
sonhos (fabricante, modelo, ano,cor) trafegando próximo de você,
ou constantemente chamando sua atenção ao trafegar pela rua,
como se isso fosse uma espécie de predestinação, uma grande
casualidade.
Um sentimento de euforia, como em um dia de muita
felicidade para você, exemplo as vésperas de uma grande festa ou
celebração e por fim o sentimento que é possível, melhor dizendo,
que é impossível acontecer a realização do seu projeto de criação
mental, haja vista que tudo está se encaminhando para este
desfecho.
Como dissemos na prancha anterior, esta grande fonte
de energia está diretamente ligada à fonte que é o G.´.A.´.D.´.U.´.,
graças a um sistema muito sensível de proteção. Quando da nossa
má utilização desta fonte de energia pura e dourada, é como uma
corrente de água pudesse sofrer diminuição por parte dos ELOHINS, e
por fim se tornar estéril à medida que nós fazemos mau uso destes
recursos, ou mesmo quando negamos o acesso a outros ou, pior
ainda, quando deliberadamente nos achamos donos e senhores
desta fonte de energia dourada, passando a ter juízo e julgamento
sobre quem tem o direito de acesso a esta energia maravilhosa .
Deixo aqui estas breves reflexões sobre a fonte de luz
astral, e proponho o bom uso deste recurso. Estes bens não são parte
do mundo físico, porém podem ser atraídos para cá através dos três
pontos: HARMONIZAÇAO, IMAGINAÇAO E CRIAÇAO MENTAL, ficando
144
bem claro que imaginação e criação mental são duas coisas
separadas e específicas, pois uma trata de desenvolver aquilo que já
existe ou já foi inventado ou criado pelo homem, e outra de algo
pessoal, único e indivisível com outro ser inteligente como nós
humanos. Vou dar dois exemplos para melhor esclarecer isso para
você, caro apr.´.maç.´.
Um automóvel, conforme você criou mentalmente
(fabricante, modelo, ano, cor, e demais acessórios) como o desejado,
isso é criação mental, pois está em consonância com as leis da
natureza e de fato existe seu objeto de desejo, o que determina a
certeza do resultado positivo.
Já, no anverso deste pensamento, temos o sonho
temerário, impossível de acontecer:
Uma ilha com belas palmeiras e uma linda praia de
areias brancas em uma cratera lunar, sem a menor possibilidade de
se materializar nesta dimensão física, ou seja, de realizar este sonho,
por mais repetitivo e abnegado que seja o apr.´.maç.´.em seu
exercício de criação mental, pois está fora das leis naturais que
estamos sujeitos nesta esfera, e não poderemos contar com a ajuda
dos ELOHINS, pois não fazemos o uso sensato dos poderes a nós
entregues.
Em última análise, devemos filtrar nossos pensamentos
e termos em mente que primeiro devemos realizar sonhos possíveis,
e mais tarde trabalharmos com o impossível, tendo a FÉ como
base e ferramenta de realização de nossos projetos mentais, pois a
cada vitoria ou realização, vemos que estas técnicas maçônicas não
só são úteis, como de fato funcionais. Deixo vocês agora ao deleite
das práticas de nossos exercícios mentais.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

145
PRANCHA DE ARQUITETURA Nº 33

ELEMENTO AR
Eu vos saúdo por três vezes três (V.’.S.’.P.’.T.’.V.’.T.’.)
Esta é a última prancha caro apr.´.maç.´., pois neste
momento, neste estudo final, o grau de aprendiz de maçom está
terminando. Os nossos trabalhos no norte do templo estarão
encerrados, pois já é meia noite plena. Estamos prestes a fechar o
painel do grau e devo convidá-los a uma breve reflexão sobre tudo
o que foi dito e praticado em: pensamentos, palavras e atos dentro
de nossa oficina, por meio do livro da memória. Vamos desfolhar e
rever os fatos que marcaram sua chegada na ESMERADA ORDEM
MAÇONICA. Lembra-se da sua recepção na câmara de entrada de
nossa oficina? Da retirada dos seus metais? Lembra-se quando os
IIr.´. o deixaram “nem nu, nem vestido”, com o pé descalço em
nossa câmara de reflexões para que ali, em seu túmulo intelectual,
pudesse fazer o seu testamento na companhia de um crânio, de
uma caveira, simbolizando que no túmulo não se pode diferenciar
ricos de pobres, altos de baixos, gordos de magros, arrogantes de
humildes? Porque para nós, maçons, nada disso tem valor ou,
melhor dizendo, nós não damos valor aos critérios sociais e
fisiológicos do homem. Lembra-se das provas às quais você foi
submetido, e aprovado, do seu sublime juramento, do momento
em que você recebeu seu avental e suas luvas brancas? E o ápice
da cerimônia, no momento em que nasceu maçom na batida do
malho do V.´.M.´. na espada flamejante, lembra-te?
Do instante em que foi recebido pelos demais IIr.´. e
reconhecido como tal, o dia a dia, desde a apresentação de sua
prancha reflexiva de sua iniciação, tendo a cada seção um novo
tema, uma nova abordagem da visão maçônica e do universo
esotérico, da mais valorosa e importante sociedade e escola de
mistérios que é a MAÇONARIA, a qual desde os primórdios da
história registrada pela civilização vem se destacando na busca do
146
aperfeiçoamento moral, intelectual e espiritual, enfim: dos homens
de boa vontade, livres e de bons costumes.
Também tivemos o prazer de ministrar os conceitos
organizacionais de nossa ordem, seu funcionamento, sua historia,
seus preceitos e conceitos. Falamos sobra a grandeza do
simbolismo de nosso templo, de todos os arquétipos presentes em
nossa liturgia, ritualística e em nossa decoração. Da presença de
espírito fraterno e da união que tornam possíveis, “em um único
local do mundo sagrado, em um templo”, pessoas de diversas
religiões, culturas, formação escolar ou acadêmica, nacionalidades,
línguas, postura ideológica e condição social; em um primeiro
encontro em suas vidas se chamarem mutuamente de “IRMÃOS”,
abraçando-se, regozijando-se em um grande amor ágape.
Através de nosso espírito inquieto, como pertinazes
andarilhos, buscando dentro da vastidão de nossos estudos a
realização pessoal, você, caro apr.´., que esteve atento a todos os
trabalhos e toda a liturgia de nossos ritos e de nossa ortodoxia
maçônica. Que aprendeu a respeitar os IIr.´., não por sua posição
fora da maçonaria mas, sim, por sua postura ética dentro e fora da
Lj.´., pois o que determina o bom Obr.´. é a forma que se
comporta e que reflete em seu meio social e de convívio diário e o
pensamento de liberdade e igualdade que norteiam nossa amada
ordem. Também aprendeu sobre os oficiais de nossa Lj.´., suas
respectivas jóias e trabalhos por eles executados dentro da oficina
maçônica.
Também gostaria de relembrar dos fatos políticos de
nossa oficina, das discussões e das decisões tomadas numa forma
democrática de fazer maçonaria, eletiva e hierárquica, respeitando
o grau e a localização do Ir.´.dentro da organização maçônica, bem
como do respeito aos resultados destas eleições gravadas em
nossas atas e o efeito do bom juízo maçônico.
Relembramos também de fatos tristes de nossa
amada oficina. E eu peço a você que relembre dos seus
147
IIr.´.gêmeos que nasceram maçons no mesmo dia em que você foi
recebido na maçonaria, mas que não suportaram o atrito do cinzel
que forçosamente se contrapõe aos defeitos intelectuais, ou
melhor, a um pensamento vago dos valores de nossa instituição, e
da falta de perseverança deles em fazer parte desta sublime
organização, não valorizando a grande oportunidade dada a eles
pelo G.´.A.´.D.´.U.´., de estarem unidos à grande família maçônica e
à grei espiritual que preside nossos trabalhos dando norte ao
indivíduos que, como se fossem blocos estruturais, como tijolos em
uma parede, se sobrepõem e sustentam um ao outro unidos pela
argamassa do amor fraterno edificando o grande templo de DEUS.
Lembramo-nos dos IIr.´. que ficaram para trás. Hoje estão
adormecidos em quite placet e ao olharmos para a noite do ontem,
vemos ainda seus rostos. Mas a sua vontade de ser maçom com o
passar do tempo esvaziou o desejo de estar na oficina e não
perseveraram na senda de nossa Augusta e Respeitável Loja
Simbólica e, ainda, outros IIr.´. que foram arrebatados como
ovelhas pelos lobos que espreitam os OObr.´.da LUZ, sendo
levados para viverem longe, no ostracismo do exílio, fora das
paredes luminosas de nosso templo e de forma justa impedidos de
voltar pelo guarda externo de nossa Lj.´., o ir.´. Obr.´. físico ou o
Obr.´. espiritual.
Então, deste ponto em diante, passo a tecer elogios à
sua PERSEVERANÇA, caro apr.´.maç.´. À sua boa vontade de
progredir em nossos sagrados estudos. À sua persistência de
querer elevar templos a virtude e cavar masmorras aos vícios. Pois
você, caro apr.´.de Mac.´., se mostrou constante como o sol que
adorna a abóboda de nossa oficina, sendo introspectivo e
cuidadoso como a Lua que se coloca no setentrião, já no ocidente
de nossa abóboda celeste, respeitoso e de boa vontade para os
iguais, os Obr.´. desta A.´.R.´.L.´.S.´. Esteve sempre disposto a
auxiliar com suas posses e seu espírito amistoso. Curioso e
intuitivo, buscou no auxílio dos poucos MM.´. desta Lj.´., a
148
inspiração para continuar trabalhando a despeito de nossas
dificuldades, tomando sobre si a causa maçônica como bandeira e
ideal de vida.
A você, caro apr.´.maç.´., entrego todos os meus
elogios, e o parabenizo pelo grande feito de ter concluído com
sucesso, esta sua empreitada na grande ARTE REAL, pois, com a
certeza, você verá que o começo foi difícil, porém prazeroso, e
que doravante novos e grandes objetivos serão traçados em nossa
prancha de companheiro maçom. Que sua estada na Col.’.do sul
seja coroada de êxito como foi no norte e que você possa atingir a
maioridade maçônica vindo a desfrutar dos benefícios deste grande
direito dado a poucos OObr.´.de tomar as rédeas de nosso futuro
como Instituição de LUZ PARA A HUMANIDADE. Deixo aqui ainda,
meus conselhos de cuidado em sua caminhada no sul, pois os
perigos de nosso canteiro de obras persistirão em fazer parte de
sua vida. Desta forma, fique atento como o galo e persevere no seu
trabalho levando até o fim (obedientemente) suas tarefas
maçônicas.
Aguardar-vos-ei nos portais do templo, para
promover o seu aumento de salário, desejando saúde, paz e
prosperidade.

T.´.F.´.A.´.

CORRECTOR M.´.I.´. S.´. / I.´. XXXII

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