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05/01/2021 ConJur - Entrevista: Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral

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FRONTEIRAS DO DIREITO

"A melhor tradução para fake news não é


LEIA TAMBÉM
notícia falsa, é notícia fraudulenta"
12 de agosto de 2018, 7h31 Imprimir Enviar "NOTÍCIAS FALSAS"
Jornal indenizará desembargadora em
Por Pedro Canário R$ 120 mil por calúnia

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FAKE NEWS
Facebook tira do ar perfis de grupos
que divulgam "desinformação"

FAKE NEWS
TRE-DF manda Frota apagar post
No fim de março, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz
sobre candidato ao Senado
Fux, convocou jornalistas para um anúncio importante: com base num estudo
da USP que listava os principais divulgadores de fake news, ordenaria a CANDIDATURA DE TOGA
instalação de “procedimento” para que a Polícia Federal descobrisse “que tipo Juiz manda Facebook e sites
de material essas organizações têm à sua disposição”. apagarem notícias falsas sobre
candidato
Meses depois, em junho, o ministro Sérgio Banhos, do TSE, atendeu a pedido
do Rede e mandou o Facebook retirar do ar posts que relacionavam a ex- PEDIDO IMEDIATO
senadora Marina Silva, candidata a presidente pela legenda, à operação “lava MBL ingressa com ação para que
jato”. De acordo com a decisão, a postagem partiu de um perfil dedicado a TSE
X declare Lula inelegível
divulgar fake news para prejudicar a candidata.
DISSEMINAÇÃO PROBLEMÁTICA
Dois bons exemplos de como é pantanoso o terreno das fake news. Facebook busca ferramentas para
Especialmente quando o sistema de Justiça se encontra com o noticiário. tentar combater fake news

Quando falou no estudo da USP, Fux disse que ele fora produzido pelo Grupo MP NO DEBATE
00:00/00:59
de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da universidade. Como e por que o Estado deve
Menos de uma semana depois do anúncio, os responsáveis pelo “estudo” regular as fake news
publicaram artigo na Folha de S.Paulo explicando que não era nada daquilo:
DIREITOS FUNDAMENTAIS
eles coordenam um grupo sobre debate político na internet e, um ano antes, um
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dos membros do grupo divulgara uma STF, a liberdade de expressão e a


lista de sites que não dão as fontes de liberação das sátiras nas eleições
suas informações. Seria, na visão da
OPINIÃO
pessoa que fez a lista, um indicativo
Diogo Rais: Combate às fake news e
de fake news. Mas não era um
o domínio do conteúdo pelo Estado
ranking, muito menos um
levantamento formal. DIREITO DO ELEITOR
Decisão do TSE sobre fake news foi
A decisão de Sérgio Banhos mandou
necessária, dizem advogados
o Facebook apagar os posts sobre
Marina Silva porque eles não INFORMAÇÕES ELEITORAIS
passavam de fake news. Mas quem TSE manda Facebook retirar posts
clicasse nos links divulgados na rede com fake news do ar
social veria que eles remetiam a
notícia da Folha. Não eram falsas, só não foram confirmadas: o ex-presidente Facebook Twitter
da OAS, Léo Pinheiro, dissera em delação premiada que sua empresa financiou
a campanha da ex-senadora à Presidência da República em 2014, mas ela não
Linkedin RSS
gostava de falar no assunto.

São episódios que mostram por que o Judiciário deve agir com parcimônia
nesse campo. Para o advogado Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral do
Mackenzie e da FGV-SP e pesquisador de Direito e tecnologia, o primeiro
passo deve ser de definições. A começar pela tradução. Fake news não são
notícias falsas, diz ele. São notícias fraudulentas, sabidamente mentirosas, mas
produzidas com a intenção de provocar algum dano.

Em entrevista à ConJur, ele explica que “são necessários três elementos


fundamentais para identificar fake news como objeto do Direito: falsidade,
dolo e dano”. A discussão sobre a veracidade de uma informação,
especialmente se publicada por um veículo de comunicação, não cabe ao
Judiciário. “A mentira, nesse contexto, parece ser mais objeto da Ética que do
Direito.”

Diogo Rais é doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP, coordenador do


Observatório da Lei Eleitoral da FGV-SP e fundador da Academia Brasileira
de Direito Eleitoral e Político (Abradep).

Leia a entrevista: X

ConJur — O que é fake news?


Diogo Rais — É difícil definir, porque a tradução literal, “notícia falsa”, não
dá conta, por ser um paradoxo em si mesmo: se algo é notícia, não pode ser
falso; e se é falso, não pode ser notícia. Organizações internacionais,
universidades e cientistas de diversas áreas vêm tratando o tema sob um ângulo 00:00/00:59

ainda mais amplo, o da ideia de “desinformação”. Considerando o caso


brasileiro e, especificamente, o âmbito jurídico, talvez uma boa tradução não
seja “notícia falsa”, mas “notícia fraudulenta”. A mentira, nesse contexto,

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parece ser mais objeto da Ética que do Direito, sendo a fraude o adjetivo mais
próximo da face jurídica da desinformação.

ConJur — Então como definir o que é fake news, ou notícia fraudulenta?


Diogo Rais — São necessários três elementos fundamentais para identificar
fake news como objeto do Direito: falsidade, dolo e dano. Ou seja, no contexto
jurídico, fake news é o conteúdo comprovada e propositadamente falso, mas
com aparência de verdadeiro, capaz de provocar algum dano, efetivo ou em
potencial.

ConJur — O que determina a diferença entre uma informação errada e


fake news?
Diogo Rais — Partindo do conceito que mencionei, não existiria fake news por
simples erro. Não existiria um conceito jurídico de “fake news culposa”, já que
para sua caracterização são indispensáveis a existência de dano e dolo. Nesse
contexto, o erro não seria alcançado e, portanto, não poderia ser considerado
fake news, mas um erro jornalístico, que sempre existirá e deve ser
reconhecido o mais breve possível e, assim que identificado, corrigido,
buscando atingir a mesma amplitude da notícia divulgada com erro.

ConJur — E qual é a definição de “desinformação”?


Diogo Rais — Venho trabalhando conforme os estudos da Comissão Europeia,
que adotou o conceito formulado pelo High Level Expert Group on Fake News
and Online Disinformation [Grupo de Especialistas de Alto Nível em ‘Fake
News’ e Desinformação Online] sobre desinformação on-line. Num relatório
divulgado em março, o grupo definiu desinformação como “informação
comprovadamente falsa ou enganadora que é criada, apresentada e divulgada
para obter vantagens econômicas ou para enganar deliberadamente o público, e
que é suscetível de causar um prejuízo público”.

ConJur — Uma lei específica poderia resolver o problema?


Diogo Rais — Existe um espaço interpretativo enorme diante de questões
como a da desinformação. Por isso, não é possível fazer uma lei que seja
eficiente e, ao mesmo tempo, protetora da liberdade de expressão. Essa
dificuldade remete para dois caminhos: ou não se interfere, ou se interfere com
base no caso concreto. E é a segunda opção que escolhemos no Direito
brasileiro. Por conta disso, de algum modo, toda essa gama interpretativa é
destinada à autoridade judicial, que, diante do caso concreto, considerando X
suas provas, deve decidir.

ConJur — O Judiciário é o melhor lugar para esse debate?


Diogo Rais — Destinar ao Judiciário a tarefa de regular a verdade não parece
boa ideia. Os melhores lugares para se debater a matéria são a academia, a
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imprensa e as iniciativas da sociedade. Cabe ao Judiciário a tarefa de decidir
diante do conflito, do dano e do dolo.

https://www.conjur.com.br/2018-ago-12/entrevista-diogo-rais-professor-direito-eleitoral 3/9
05/01/2021 ConJur - Entrevista: Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral

ConJur — Fake news pode ser um fator de medição de qualidade da


imprensa?
Diogo Rais — Esse é um dos inúmeros efeitos colaterais de se tratar fake news
como notícias falsas e não fraudulentas. Seria aberta uma margem para discutir
o erro e a qualidade jornalística. Não faz sentido exigir da imprensa o dever de
certeza. Deve-se exigir o dever de apuração e de cuidado. Excessos e desvios
são tratados em casos concretos e o Direito já dispõe de mecanismos
suficientes para cobrança e atribuição de responsabilidade. A boa reportagem
ou o bom jornalismo devem se diferenciar da reportagem ruim, mas essa é uma
decisão editorial e dos leitores, não da Justiça. Não tem sentido usar o Direito
para exigir uma espécie de padrão de qualidade jornalístico.

Podemos ter advogados e juízes não tão bons ou médicos não tão bons. Mas
criar um artifício jurídico que proíba a atuação jornalística não tão boa seria
absurdo. Quem diria o que é tão bom assim? O que faríamos com os “não tão
bons”? A imprensa não deve publicar sem responsabilidade, mas daí exigir que
tudo publicado seja expressão absoluta da certeza inequívoca seria equivalente
a autorizar a impossibilidade de atuação do jornalismo investigativo, do humor,
das apurações no curso da reportagem. Talvez nem o horóscopo pudesse estar
nos jornais.

ConJur — Recentemente o TSE determinou que informações sobre a


candidata a presidente Marina Silva fossem retiradas do Facebook,
aplicando um conceito de fake news. A repercussão na Justiça Eleitoral foi
imediata e juízes e tribunais assumiram posturas parecidas. O que acha
desse tipo de decisão?
Diogo Rais — A legislação há anos prevê o direito de resposta diante de
ofensa ou “notícias” sabidamente inverídicas. Mas, ali, limita a atuação da
Justiça Eleitoral aos candidatos e ao período eleitoral. Apesar disso, a
resolução do Tribunal Superior Eleitoral que trata da propaganda eleitoral para
as eleições de 2018 (Resolução 23.551) ampliou a questão e, além do direito de
resposta, instituiu amparo jurídico para a retirada de notícia sabidamente
inverídica em sentido amplo, mesmo que tenha sido publicada por eleitor
(artigo 22, parágrafo primeiro cumulado com o artigo 33). É claro que a
discussão do que é "sabidamente inverídica" destina mais uma vez para as
provas de um caso concreto, mas não deve ser encarada como um espaço
criativo do juiz, mas como um dever de vinculação ao caso concreto e seu X
material probatório. A Justiça Eleitoral não deve ser árbitra da verdade e
buscar uma limpeza da mentira ou da internet, não deve ser órgão censor ou
administrativo de atuação. Não se espera do Judiciário que faça política
pública, e sim uma atuação mínima e subsidiária diante do conflito instalado,
atuando somente nos casos em que há dano (efetivo ou em potencial) e o dolo.
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ConJur — Qual o limite entre essa preocupação da Justiça Eleitoral com


as ditas fake news e a censura judicial?
Diogo Rais — Toda decisão dessa espécie tem que ser revestida de ampla

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responsabilidade sem se desviar do caso concreto e de suas provas. Não se


pode descolar da ideia de que, em cada comando de retirada de conteúdo, há
uma grande chance de ferir a liberdade de expressão. Então, na dúvida, não se
retira; na dúvida, não se interfere; na dúvida, não se fere a liberdade de
expressão. A Justiça Eleitoral deve, diante da remoção de conteúdo, ter uma
atuação mínima. A Resolução 23.551, no artigo 33, diz expressamente que sua
atuação diante de conteúdos divulgados na internet deve ser realizada com a
menor interferência possível no debate democrático. É sempre um desafio falar
sobre limites fora do caso concreto, em abstrato, mas existem alguns cuidados
que podem afastar a atuação jurisdicional da censura judicial.

ConJur — Uma modalidade comum de fraude é a divulgação de


informações antigas e desatualizadas como se fossem atuais. Tem como o
Judiciário coibir esse tipo de coisa?
Diogo Rais — É muito sensível esse tipo de desinformação. A informação é
verdadeira, mas sua postagem pode ser enganosa pelo contexto. Apesar disso,
se for a divulgação pura e simples de um fato passado, não seria
desinformação, seria memória. O que me parece vedado é criar
intencionalmente um cenário enganoso se utilizando de material verdadeiro do
passado. O material pode não ser o problema, mas se há uma maquiagem
enganando o leitor, e esse conteúdo causa dano efetivo ou em potencial, aí sim
poderíamos ter uma fake news na acepção jurídica.

ConJur — A responsabilidade entre quem compartilha e quem produz


fake news deve ser a mesma?
Diogo Rais — É preciso entender que fake news não é forma, e sim conteúdo.
Isso quer dizer que para descobrir se algo é fake news será necessário analisar
o conteúdo e, de acordo com ele, verificar se houve danos diversos e previsão
legal diversa. Então, para os casos em que a ação combatida pela lei seja a
divulgação, o compartilhamento se insere na modalidade, já que o seu
responsável tem a conduta tipificada, de divulgar.

O compartilhamento acaba dando mais visibilidade ao conteúdo, mas a criação


de conteúdo enganoso deve ser a parte central de atuação. Há muitos
incentivos econômicos para criação de conteúdo, há a chamada “indústria do
clique”, que monetiza a viralização de conteúdo e outros meios que motivam a
criação de fake news.
X
ConJur — Recentemente quase todos os grandes veículos de comunicação
se juntaram para criar uma iniciativa de checagem de informação e
denúncia de fake news financiada pelo Google e pelo Facebook. Isso não
pode ser mais negativo que positivo para a circulação de informações?
Diogo Rais — São bem-vindos o jornalismo investigativo e a checagem de 00:00/00:59
informações, mas é preciso perceber que há uma gama enorme de situações em
que a checagem, além de não responder efetivamente à pergunta sobre a
falsidade, pode confundir ainda mais os leitores. Uma coisa é checar se, na
gestão daquele determinado candidato, foram realmente construídas cinco
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escolas. Outra é checar se ele foi o melhor prefeito. Melhor em quê? Como
medir? Ou ainda uma checagem sobre um pensamento: como entrar na cabeça
de alguém e saber o que pensa?

Um trabalho sério de checagem ajuda a enfrentar o desafio da desinformação,


mas um trabalho sem rigor metodológico ou sem responsabilidade, agrava-se,
ainda mais, a desinformação.

ConJur — Conhece boas iniciativas de combate a fake news – ou a notícias


fraudulentas?
Diogo Rais — Existem muitas ações no campo da prevenção, como educação
jornalística digital, as agências de “fact-checking”, os portais e iniciativas da
sociedade civil organizada como o do movimento #NãoValeTudo, que reúne
incríveis iniciativas em prol do uso ético da tecnologia nas eleições. No
ambiente acadêmico também é possível encontrar muitas iniciativas
interessantes, como o excelente projeto da UFMG coordenado pelo professor
Fabricio Benevenuto.

Há um ano venho coordenando, no Mackenzie, junto com o coordenador de


Jornalismo, o portal fake news (que em breve também poderá ser conferido o
conteúdo em www.eleitoralize.com.br). Além disso, também treinamos os
graduandos em Direito para que sejam checadores de conteúdo. A ideia é levar
substrato técnico sobre o tema para que também se transformem em difusores
dessa cultura de responsabilidade do usuário na internet. Pela pluralidade do
tema, pelas faces de prevenção, multidisciplinaridade e de educação digital,
entendo que os remédios mais eficazes para a matéria estão no campo da
educação digital e do empoderamento do usuário e não no Judiciário. O
usuário precisa entender que, na internet, é ele o curador e o responsável pelo
conteúdo.

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Pedro Canário é repórter da revista Consultor Jurídico.

Revista Consultor Jurídico, 12 de agosto de 2018, 7h31

COMENTÁRIOS DE LEITORES
3 comentários

DEMOCRACIA E JURISTAS FAKE


Rilke Branco (Outros)
13 de agosto de 2018, 6h38

Mais importante do que se discutir os efeitos das “Fake News” é atacar suas causas e
os falsários, que são os próprio políticos que deturpam o Estado e manipulam a
sociedade. Por que não se estuda um ação de improbidade eleitoral visando a afastar
os candidatos que incidem em mentiras e os demagogos?
Também, nesta ordem, é preciso punir os “Fake News” dos membros do Ministério
Público que adoram acusações fantasiosas e inventadas; e, depois, saem ilesos das
suas infâmias.
Falemos de reformas estruturais no seio da juristocracia, que gosta mesmo é de
mamar e ter salários altos, no cume de seu cretinismo.
O brasil está no ranking mundial do atraso porque, com raras exceções, só temos
intelectuais do tipo macaco e papagaio que repetem a ‘verdade’ dos outros.

SOCIOPATOLOGIAS LINQUÍSTICA
Rivadávia Rosa (Advogado Autônomo)
12 de agosto de 2018, 15h07

Realmente. As “Fake News”, não são notícias falsas, mas dados deturpados,
imaginados, manipulados, inventados; parecem, mas não são notícias, porém,
mesmo assim estão no ranking mundial no debate político, afastando a já antiga
palavra ‘pós verdade’.
O fato é que desde GEORGE ORWELL [Eric Arthur Blair, 25-06-1903 – 21-01-
1950], escritor, jornalista e ensaísta político inglês:

“O grande inimigo da clareza na linguagem é a falta de sinceridade... A linguagem


política é concebida para fazer com que as mentiras pareçam verdadeiras e que o
assassinato pareça respeitável..."

Pero, verdade - propriedade de estar conforme com os fatos ou a realidade; exatidão,


autenticidade, veracidade, continua sendo VERDADE, ainda que cada um tenha seu
X
caleidoscópio,
Contudo, afastando-se a novilíngua – newspeak orwelliano, cujo ‘código genético’
foi decifrado por GEORGE ORWELL, em 1984 – como uma patologia linguística
[perversão da linguagem pelo socialismo], que é uma forma de corrupção da
linguagem e do significado das palavras e, obviamente das instituições [a mente e o
corpo, claro, já estão corrompidos], instrumentalizada no País com objetivos
sociopolíticos criminosos, na informação, sobretudo política, no uso cotidiano da 00:00/00:59
Internet, a verificação de dos dados/informações/fatos – deve ter um papel destacado
antes de sua difusão – mediante análise rigorosa de seu conteúdo, baseada em dados
reais.

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05/01/2021 ConJur - Entrevista: Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral

NA DÚVIDA, PUBLICAR TODAS AS VERSÕES


Rejane Guimarães Amarante (Advogado Autônomo - Criminal)
12 de agosto de 2018, 15h05

Congratulações a Diogo Rais e a Pedro Canário pela excelente entrevista ! Só


gostaria de enfatizar que, pelo disposto no art. 5º, inciso XIV da C.F., o direito à
informação também é um dos direitos fundamentais.Na minha singela opinião, o
melhor caminho, salvo em relação à intimidade, não é "apagar" notícias e sites, mas
dar ampla divulgação a versões que contradizem as tais "fakenews". Se, ainda assim,
prevalecer a percepção de que, no meio social, ou determinados setores dele, ainda
acreditam na versão falsa, ninguém pode obrigar o público a acreditar na verdade,
apenas colocar as provas à disposição do público. Quando querem acreditar que
alguém é inocente, ainda provar que é culpado ? Então, se a preocupação de quem
seria uma suposta vítima de "fakenews", sobretudo se for um político, não é
exatamente a "mentira" que está sendo veiculada, mas o fato de muitos eleitores
acreditarem nela, data maxima venia, a Justiça Eleitoral precisa "ficar esperta".

Comentários encerrados em 20/08/2018.


A seção de comentários de cada texto é encerrada 7 dias após a data da sua publicação.

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