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FRONTEIRAS DO DIREITO
FAKE NEWS
TRE-DF manda Frota apagar post
No fim de março, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luiz
sobre candidato ao Senado
Fux, convocou jornalistas para um anúncio importante: com base num estudo
da USP que listava os principais divulgadores de fake news, ordenaria a CANDIDATURA DE TOGA
instalação de “procedimento” para que a Polícia Federal descobrisse “que tipo Juiz manda Facebook e sites
de material essas organizações têm à sua disposição”. apagarem notícias falsas sobre
candidato
Meses depois, em junho, o ministro Sérgio Banhos, do TSE, atendeu a pedido
do Rede e mandou o Facebook retirar do ar posts que relacionavam a ex- PEDIDO IMEDIATO
senadora Marina Silva, candidata a presidente pela legenda, à operação “lava MBL ingressa com ação para que
jato”. De acordo com a decisão, a postagem partiu de um perfil dedicado a TSE
X declare Lula inelegível
divulgar fake news para prejudicar a candidata.
DISSEMINAÇÃO PROBLEMÁTICA
Dois bons exemplos de como é pantanoso o terreno das fake news. Facebook busca ferramentas para
Especialmente quando o sistema de Justiça se encontra com o noticiário. tentar combater fake news
Quando falou no estudo da USP, Fux disse que ele fora produzido pelo Grupo MP NO DEBATE
00:00/00:59
de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da universidade. Como e por que o Estado deve
Menos de uma semana depois do anúncio, os responsáveis pelo “estudo” regular as fake news
publicaram artigo na Folha de S.Paulo explicando que não era nada daquilo:
DIREITOS FUNDAMENTAIS
eles coordenam um grupo sobre debate político na internet e, um ano antes, um
https://www.conjur.com.br/2018-ago-12/entrevista-diogo-rais-professor-direito-eleitoral 1/9
05/01/2021 ConJur - Entrevista: Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral
São episódios que mostram por que o Judiciário deve agir com parcimônia
nesse campo. Para o advogado Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral do
Mackenzie e da FGV-SP e pesquisador de Direito e tecnologia, o primeiro
passo deve ser de definições. A começar pela tradução. Fake news não são
notícias falsas, diz ele. São notícias fraudulentas, sabidamente mentirosas, mas
produzidas com a intenção de provocar algum dano.
Leia a entrevista: X
https://www.conjur.com.br/2018-ago-12/entrevista-diogo-rais-professor-direito-eleitoral 2/9
05/01/2021 ConJur - Entrevista: Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral
parece ser mais objeto da Ética que do Direito, sendo a fraude o adjetivo mais
próximo da face jurídica da desinformação.
https://www.conjur.com.br/2018-ago-12/entrevista-diogo-rais-professor-direito-eleitoral 3/9
05/01/2021 ConJur - Entrevista: Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral
Podemos ter advogados e juízes não tão bons ou médicos não tão bons. Mas
criar um artifício jurídico que proíba a atuação jornalística não tão boa seria
absurdo. Quem diria o que é tão bom assim? O que faríamos com os “não tão
bons”? A imprensa não deve publicar sem responsabilidade, mas daí exigir que
tudo publicado seja expressão absoluta da certeza inequívoca seria equivalente
a autorizar a impossibilidade de atuação do jornalismo investigativo, do humor,
das apurações no curso da reportagem. Talvez nem o horóscopo pudesse estar
nos jornais.
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escolas. Outra é checar se ele foi o melhor prefeito. Melhor em quê? Como
medir? Ou ainda uma checagem sobre um pensamento: como entrar na cabeça
de alguém e saber o que pensa?
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COMENTÁRIOS DE LEITORES
3 comentários
Mais importante do que se discutir os efeitos das “Fake News” é atacar suas causas e
os falsários, que são os próprio políticos que deturpam o Estado e manipulam a
sociedade. Por que não se estuda um ação de improbidade eleitoral visando a afastar
os candidatos que incidem em mentiras e os demagogos?
Também, nesta ordem, é preciso punir os “Fake News” dos membros do Ministério
Público que adoram acusações fantasiosas e inventadas; e, depois, saem ilesos das
suas infâmias.
Falemos de reformas estruturais no seio da juristocracia, que gosta mesmo é de
mamar e ter salários altos, no cume de seu cretinismo.
O brasil está no ranking mundial do atraso porque, com raras exceções, só temos
intelectuais do tipo macaco e papagaio que repetem a ‘verdade’ dos outros.
SOCIOPATOLOGIAS LINQUÍSTICA
Rivadávia Rosa (Advogado Autônomo)
12 de agosto de 2018, 15h07
Realmente. As “Fake News”, não são notícias falsas, mas dados deturpados,
imaginados, manipulados, inventados; parecem, mas não são notícias, porém,
mesmo assim estão no ranking mundial no debate político, afastando a já antiga
palavra ‘pós verdade’.
O fato é que desde GEORGE ORWELL [Eric Arthur Blair, 25-06-1903 – 21-01-
1950], escritor, jornalista e ensaísta político inglês:
https://www.conjur.com.br/2018-ago-12/entrevista-diogo-rais-professor-direito-eleitoral 7/9
05/01/2021 ConJur - Entrevista: Diogo Rais, professor de Direito Eleitoral
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