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ANDREY JESUS DIAS TEIXEIRA

UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

UNIDADE
I
CAPÍTULO 1
Termometria

CAPÍTULO 2
Dilatação térmica

FENÔMENOS
CAPÍTULO 3
Calorimetria

TÉRMICOS
CAPÍTULO 4
Propagação do calor
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

A escala Celsius foi apresentada pelo


astrônomo sueco Anders Celsius. Essa
escala tem uma divisão centesimal que
facilita a leitura.
TERMOMETRIA
É a parte da termometria que tem
por finalidade medir a temperatura de
um corpo.

1. TEMPERATURA

É o grau de agitação térmica das


moléculas de um corpo.
Obs.: quanto maior a agitação térmica
das moléculas, maior a temperatura do
corpo e quanto menor, menor é a
temperatura do corpo. Inicialmente Celsius adotou para o
ponto de fusão da água um valor 100 e
para o ponto de ebulição um valor 0.
2. EQUILÍBRIO TÉRMICO Posteriormente houve a inversão dos
valores.
Quando dois corpos de
temperaturas diferentes, são colocados
em contato, o corpo de maior 3.2. ESCALA FAHRENHEIT
temperatura, cede energia para o de
menor temperatura até que os dois A escala Fahrenheit, proposta pelo
estejam a uma mesma temperatura. físico alemão Gabriel Daniel Fahrenheit
adota para os pontos fixos da água, fusão
e ebulição, 320 F e 2120 F. Podemos dessa
3. ESCALAS TERMOMÉTRICAS forma estabelecer uma relação entre
essas duas escalas:
As escalas termométricas 0
C 0
F
possibilitam a medição da temperatura
de um corpo. As escalas podem ser 212
graduadas de três formas: a primeira, na
escala Celsius; a Segunda, na escala
Fahrenheit e a terceira, na escala
Kelvin. TC
TF
3.1. ESCALA CELSIUS

0
32
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TC  0 TF  32

100 180

TC TF  32

5 9

3.3. ESCALA KELVIN

As escalas Celsius e Fahrenheit,


são conhecidas como escalas relativas,
enquanto que a escala Kelvin é
conhecida como escala absoluta de
temperatura, pois nessa escala o zero,
significa ausência de agitação térmica.
A escala Kelvin adota para os
pontos fixos da água: 273 para o ponto TESTES
de fusão e 373 para o ponto de
ebulição.
0 1. (PUC-RS) Em uma escala termométrica
C K
arbitrária A, atribui-se 00A à temperatura
de fusão do gelo e 120 0 A à temperatura
100 373
de ebulição da água. Quando a
temperatura for de 200 C, na escala A, ler-
se-á:
TC TK a) 100 A c) 240 A e) 600 A
0 0
b) 20 A d) 48 A

2. (UFSC) Um termômetro de gás de


0 273 volume constante indica uma pressão de:
- 60 cmHg na mistura água-gelo em
TC  0 T  273 equilíbrio térmico;
 K - 82 cmHg no vapor da água em ebulição
100  0 373  273
(sob pressão normal);
- 104 cmHg em óleo aquecido.
TC T  273
 K Qual é a temperatura do óleo na escala
100 100 Celsius?
a) 220 C
b) 440 C
TC  TK  273 c) 1640 C
d) 1860 C
e) 2000 C

3. (Acafe-SC) Na TV Coligadas, o locutor


do Jornal Nacional afirmou certa noite: “A
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temperatura máxima em Criciúma Ao ser aquecido, todos os corpos


atingiu 300 C”. Tal temperatura sofrem dilatação. As dilatações que os
corresponde a: corpos sólidos sofrem, podem ser
a) 900 F b) 84 0 F c) 86 0 F estudadas com base nas suas formas
0
d) 92 F geométricas. As dilatações sofridas podem
4. (Osec-SP) Uma temperatura na ser: linear, superficial e volumétrica.
escala Fahrenheit é expressa por um
número que é o triplo do correspondente
na escala Celsius. Essa temperatura é:
a) 26,70 F
b) 53,30 F
c) 80,00 F
d) 90,00 F
e) n.d.a. 4.1. DILATAÇÃO LINEAR

5. (Mack-SP) Dispõe-se de um Na dilatação linear, consideramos


termômetro calibrado numa escala apenas a dilatação de uma dimensão do
arbitrária que adota -100 X para corpo. L0 L
temperatura 100 C e 700 X para a
temperatura 1100 C. Com este
termômetro, mediu-se a temperatura de
uma cidade que registra, no momento,
770 F. Esta medida foi de:
a) 20 X
b) 120 X
c) 180 X L  L  L0
d) 220 X
e) 250 X
A dilatação linear de um corpo é
6. (Unimep-SP) Mergulham-se dois diretamente proporcional ao comprimento
termômetros na água: um graduado na inicial da barra e a variação de
escala Celsius e o outro na Fahrenheit. temperatura que ela sofre. Portanto
Espera-se o equilíbrio térmico e nota-se podemos observar a seguinte relação:
que a diferença entre as leituras nos
dois termômetros é igual a 92. A
temperatura da água valerá, portanto: L  L0 . ..T
a) 280 C; 1200 F
b) 320 C; 1240 F onde  é chamado de coeficiente de
c) 600 C; 1520 F dilatação linear e que depende da
d) 750 C; 1670 F natureza do material.
e) n.d.a. A tabela abaixo mostra alguns
materiais e seus respectivos coeficientes
de dilatação linear.
4. DILATAÇÃO DOS SÓLIDOS
Substâncias Coeficiente ( 10-5 0C-1 )
Alumínio 2,4
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Bronze 1,8 onde  é chamado de coeficiente de


Concreto 0,7 - 1,2 dilatação superficial.
Cobre 1,7 Como  está relacionado com a área
Ferro 1,2 do sólido (duas dimensões), podemos
Ao se projetar uma ferrovia, por estabelecer a seguinte relação:
exemplo é importante que seja deixado
um “espaço” entre os trilhos, pois com o   2
aumento de temperatura, os mesmos
sofrem dilatação. Esse “espaço” é
chamado junta de dilatação. 4.3. DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA

Na dilatação volumétrica analisamos


a dilatação das três dimensões do corpo
sólido, ou seja, o seu volume.

V0 V

4.2. DILATAÇÃO SUPERFICIAL


V  V  V0
Na dilatação superficial
consideramos duas dimensões do
sólido, ou seja, a sua área. Assim como as dilatações linear e
superficial, a relação da dilatação
volumétrica é dada da seguinte forma:
S0
V  V0 . .T
S

TESTES
S  S  S 0

1. Explique por que a tampa metálica dos


vidros de conserva é facilmente retirada
quando aquecida.
Analogamente a sua a dilatação
linear, teremos para a superficial a 2. Nas pontes metálicas de vão largo, uma
seguinte relação: das extremidades tem apoio fixo enquanto
que a outra está apoiada sobre roletes.
Por quê ?
S  S 0 . ..T
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3. Uma barra de alumínio com 10m de a) 5200C


comprimento a 200C tem seu b) 4700C
comprimento elevado para 10,022m, c) 3200C
quando aquecida à temperatura de d) 2700C
1200C. O coeficiente de dilatação e) 1700C
térmica linear do alumínio, em 0C-1, é:
a) 22.10-8
b) 22.10-9 5. DILATAÇÃO DOS LÍQUIDOS
c) 22.10-6
d) 22.10-7 Assim como os sólidos, os líquidos
também sofrem dilatação.
4. Os cabos metálicos usados na Por não apresentar uma forma
construção civil possuem coeficientes definida, só tem significado estudar a
de dilatação aproximadamente igual ao dilatação volumétrica dos líquidos.
do concreto. O que aconteceria se Se admitirmos um recipiente
esses coeficientes fossem muito contendo um certo líquido, ao sofrer um
diferentes? aquecimento, tanto o recipiente quanto o
líquido sofrem dilatação.
5. (PUC-RS) Um fio metálico tem 100 m
de comprimento e coeficiente de
dilatação linear igual a 17.10-60C-1. A
variação de comprimento desse fio,
quando a temperatura varia 100C, é de:
a) 17 mm
b) 1,7 mm
c) 17 m
d) 17.10-3 mm A quantidade de líquido que
e) 17.10-6 m extravasa do recipiente é a dilatação
observada do líquido (dilatação aparente).
6. (UEL-PR) Um trilho de ferro sofre um Mas, devemos levar em conta a dilatação
acréscimo de comprimento de 1,2 cm do recipiente, portanto, a dilatação que o
quando sua temperatura se eleva de líquido sofre realmente pode ser
100C a 300C. Sabendo-se que o determinada pela relação:
coeficiente de dilatação linear do ferro é
12.10-60C-1, pode-se afirmar que o
comprimento desse trilho a 100C, em Vreal  Vrecipiente  Vaparente
metros, é de:
a) 20 b) 30 c) 40 d)
50 e) 60 Conseqüentemente:

7. (Mack-SP) uma chapa plana de uma  real   recipiente   aparente


liga metálica de coeficiente de dilatação
linear 2.10-50C-1 tem área A0 à
temperatura de 200C. Para que a área
dessa placa aumente 1%, devemos A tabela abaixo mostra alguns
elevar a sua temperatura para: líquidos e os seus respectivos coeficientes
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Coeficiente de dilatação
Substância volumétrica g(ºC-1)
Éter 1,656x10-3
Acetona 1,487x10-3 É por esse motivo que é possível a
Mercúrio vida nos lagos congelados. Na superfície
0,181x10-3
do lago forma-se uma camada espessa de
Glicerina 0,505x10-3 gelo e abaixo água à 40C.
Água 0,207x10-3
Álcool etílico 0,75x10-3
2. CALORIMETRIA
5.1. DILATAÇÃO IRREGULAR DA
ÁGUA É a parte da termologia que estuda a
medida do calor, que pode ser: sensível
A estrutura molecular e as ligações ou latente.
intermoleculares (ligações de
hidrogênio) que a água apresenta são
responsáveis pelas propriedades únicas 2.1. QUANTIDAE DE CALOR SENSÍVEL
que a água possui. (QS)
Uma molécula de água estabelece
quatro ligações com as moléculas Para variarmos a temperatura de um
vizinhas, fazendo com que as forças corpo, é necessário fornecermos a ele
que as mantêm unidas sejam muito uma certa quantidade de calor. Essa
intensas. quantidade de calor é chamada de calor
sensível.
Quanto maior a massa de um corpo,
maior será a quantidade de calor fornecida
ao corpo para poder variar a sua
temperatura.
Experimentalmente, a quantidade de
calor sensível pode ser dada pela relação:

Q  mct
Normalmente todos os líquidos ao
serem sofrem dilatação e ao serem onde c é chamado de calor específico e
resfriados sofrem contração. A água, de depende da natureza do material.
00C à 40C, ao ser aquecida, sofre uma A unidade utilizada para o calor
dilatação irregular, ao invés de específico, no S.I. é J/Kg.K. Mas
aumentar de volume, ela diminui. Mas a usualmente é utilizada cal/ g.0 C.
partir de 40C seu volume aumenta A tabela a seguir fornece o calor
normalmente. específico de algumas substâncias:
Os gráficos abaixo representam a
densidade e o volume da água à 40C. Substância Calor específico (cal/g0 C)
Água 1
Alumínio 0,2
Gelo 0,5
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Mercúrio 0,03 de ferro, é necessária uma quantidade de


Cobre 0,09 calor, em calorias, de:
a) 0,5 b) 1,2 c) 6 d) 60 e) 120

2.2. CAPACIDADE TÉRMICA (C) 2. ( FATEC) Calor é a energia que se


transfere de um corpo para outro em
Corpos diferentes necessitam de determinada condição. Para esta
diferentes quantidades de calor para transferência de energia, é necessário
poderem variar a sua temperatura. que:
Portanto essa relação entre a a) entre os corpos exista vácuo.
quantidade de calor e a variação de b) entre os corpos exista contato mecânico
temperatura, nos fornece a capacidade rígido.
térmica de um corpo. Ela pode ser c) entre os corpos exista ar ou um gás
expressa pela relação: qualquer.
d) entre os corpos exista uma diferença de
Q temperatura.
C
T e) entre os corpos exista um meio
material.

2.3. PRINCÍPIO DAS TROCAS DE 3. (AFA) Assinale a alternativa que define


CALOR corretamente calor.
a) Trata-se de um sinônimo de
Quando corpos de diferentes temperatura em um sistema.
temperaturas trocam calor entre si, após b) É uma forma de energia contida nos
um certo intervalo de tempo, ambos sistemas.
estarão com a mesma temperatura. c) É uma energia em trânsito, de um
De acordo com o princípio da sistema a outro, devido à diferença de
conservação da energia, num sistema temperatura entre eles.
termicamente isolado a quantidade de d) É uma forma de energia
calor trocada entre os corpos é tal que a superabundante nos corpos quentes.
soma da quantidade de calor (Q) e) É uma forma de energia em trânsito do
recebida com a quantidade de calor corpo mais frio para o corpo mais quente.
cedida é nula:
4. (UCPR) No interior de um calorímetro
QCEDIDA  QRECEBIDA  0 adiabático contendo 500g de água a 200C,
são colocados 100g de chumbo a 200 0C.
O calor específico da água é 1 Cal/g 0C e o
do chumbo é 0,031 Cal/g0C. A
temperatura final de equilíbrio é
TESTES aproximadamente:
a) 310C
1. (FGV-SP) O calor específico do ferro b) 28,4 0C
é de, aproximadamente, 0,1 cal/g ºC. c) 25,3 0C
Isto significa que, para se elevar de 12 d) 23,5 0C
ºC a temperatura de um pedaço de 5 g e) 21,1 0C
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5. (F.C.Chagas-BA) Num calorímetro Nestas circunstâncias, a massa de água


colocam-se 80,0 g de água a 50,00C, que se vaporiza é:
20,0 g de água a 30,0 0C e um pedaço (A) 20 g
de cobre, à temperatura de 100,00C. O (B) 5 g
calor específico da água é constante e (C) 15 g
igual a 1,0 Cal/g0C. O pedaço de cobre (D) 10 g
tem capacidade térmica igual a 2,0 (E) 25 g
Cal/0C. Desprezandose as trocas de
calor tanto entre o calorímetro e o 8. (FGV-SP) A quantidade de calor
exterior como entre o calorímetro e a necessária para transformar 200 g de gelo
mistura, qual será, aproximadamente, o a 0 °C, em água a 20 °C, é, em calorias:
valor da temperatura da mistura, em (Dados: calor de fusão do gelo = 80 cal/g;
graus Celsius, quando esta estiver em calor específico da água = 1 cal/g. °C)
equilíbrio térmico? (A) 2000
a) 46,0 (B) 4000
b) 47,1 (C) 8000
c) 60,0 (D) 16000
d) 70,0 (E) 20000
e) 80,0
9. (UFF) Para se resfriar um motor em
6. (FGV-SP) O calor específico do ferro funcionamento, é necessário acionar seu
é de, aproximadamente, 0,1 cal/g ºC. sistema de refrigeração, podendo-se usar
Isto significa que, para se elevar de 12 as substâncias ar ou água.
ºC a temperatura de um pedaço de 5 g A massa de ar m1 e a massa de água m2
de ferro, é necessária uma quantidade sofrem a mesma variação de temperatura
de calor, em calorias, de: e proporcionam a mesma refrigeração ao
(A) 0,5 motor. Neste caso, a razão m1 / m2 é:
(B) 1,2 Dados:
(C) 6 calor específico da água = 1,0 cal/g oC
(D) 60 calor específico do ar = 0,25 cal/g oC
(E) 120
(A) 4,0
7. (UFF) Uma tigela de alumínio com (B) 2,0
180 g de massa contém 90 g de água a (C) 1,0
0oC em equilíbrio térmico. Fornecendo- (D) 0,67
se calor igual a 18 kcal ao sistema, (E) 0,25
eleva-se a temperatura deste a 100oC,
iniciando-se a ebulição. 10. (Fesp-PE) Uma certa mostra de metal
Dados: com 100g de massa e à temperatura
calor específico da água = 1,0 cal/goC 100ºC é colocada num recipiente de 200g
calor latente de vaporização da água = do mesmo metal, contendo 500g de água
540 cal/oC numa temperatura inicial de 17,3ºC. A
calor específico do alumínio = 0,2 temperatura final é 22,7ºC. O calor
o
cal/g C específico do metal, em cal/g.oC, é melhor
representado por:
(A) 0,41
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(B) 0,041 igual à metade do anterior, a temperatura


(C) 4,1 da água, em ºC, será:
(D) 0,30 a) 20 b) 40 c) 50 d) 80 e) 100
(E) 3,0
14. (FGV-SP) O calor específico de uma
11. (UFMG) Um cozinheiro quer substância é 0,5 cal/goC. Se a temperatura
comprar uma panela que esquente dessa substância se eleva de 10oC, pode-
rápida e uniformemente. Ele deve se afirmar que ela absorveu uma
procurar uma panela feita de um quantidade de calor, em calorias, de:
material que tenha: a) 0,5 b) 2 c) 5 d) 10 e) 20
a) alto calor específico e alta
condutividade térmica. 15. (FUVEST) Um bloco de massa 2,0 kg,
b) alto calor específico e baixa ao receber toda a energia térmica liberada
condutividade térmica. por 1000 g de água que diminuem a sua
c) baixo calor específico e alta temperatura de 1oC, sofre um acréscimo
condutividade térmica. de 10oC. Considere o calor específico da
d) baixo calor específico e baixa água igual a 1 cal/goC. O calor específico
condutividade térmica. do bloco, em cal/goC, é:
a) 0,2
12. (FUVEST) Uma piscina com 40 m 2 b) 0,1
de área contém água com uma c) 0,15
profundidade de 1,0 m. Se a potência d) 0,05
absorvida da radiação solar, por e) 0,01
unidade de área, for igual a 836 W/m 2 o
tempo de exposição necessário para
aumentar a temperatura da água de 17 2.4. QUANTIDADE DE CALOR LATENTE
ºC a 19 ºC será, aproximadamente, de: (QL)
a) 100 s
b) 10.000 s É a quantidade de calor recebida ou
c) 1.000.000 s cedida a um corpo para que ele mude seu
d) 2.500 s estado físico.
e) 25.000 s Essa quantidade depende de sua
massa e da mudança de fase sofrida pelo
13. (FUVEST) A energia necessária corpo.
para fundir um grama de gelo a 0ºC é Experimentalmente verificamos que:
oitenta vezes maior que a energia
necessária para elevar de 1ºC a Qm
temperatura de um grama de água.
Coloca-se um bloco de gelo a 0ºC Q  m.L
dentro de um recipiente termicamente
isolante fornecendo-se, a seguir, calor a
uma taxa constante. Transcorrido um onde L é chamado de calor latente e seu
certo intervalo de tempo, observa-se o valor depende da mudança de estado
término da fusão completa do bloco de físico sofrida pelo corpo.
gelo. Após um novo intervalo de tempo,
Para a substância água temos:
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2. (FGV-SP) A quantidade de calor


L fusão  80 Cal / g necessária para transformar 200 g de gelo
a 0 °C, em água a 20 °C, é, em calorias:
Lvaporização  540 Cal / g (Dados: calor de fusão do gelo = 80 cal/g;
calor específico da água = 1 cal/g. °C)
a) 2000
b) 4000
SUBLIMAÇÃO
c) 8000
d) 16000
e) 20000

FUSÃO VAPORIZAÇÃO 3. (ITA) O calor de fusão do gelo é


aproximadamente 80 cal/g. Para se
fundirem 4,0 g de gelo, são necessárias,
SOLIDIFICAÇÃO CONDENSAÇÃO aproximadamente:
a) 20 cal.
b) 400 cal.
c) 320 cal.
SUBLIMAÇÃO
d) 84 cal.
e) 500 cal.

TESTES 4. (UFMA) Temos 50 g de gelo a 0ºC. Que


quantidade de calor devemos fornecer à
massa de gelo para obter 50 g de água a
1. (UFF) Uma tigela de alumínio com 10ºC? (Dados: Lf = 80 cal/g; cágua = 1,0
180 g de massa contém 90 g de água a cal/gºC).
0oC em equilíbrio térmico. Fornecendo- a) 40000 cal.
se calor igual a 18 kcal ao sistema, b) 40500 cal.
eleva-se a temperatura deste a 100oC, c) 4500 cal.
iniciando-se a ebulição. d) 4000 cal.
Dados: e) n.d.a.
calor específico da água = 1,0 cal/goC
calor latente de vaporização da água = 5. (UNIFOR) Um cubo de gelo de massa
540 cal/oC 100 g, inicialmente à temperatura de
calor específico do alumínio = 0,2 -20ºC, é aquecido até se transformar em
o
cal/g C água a 40ºC. As quantidades de calor
sensível e de calor latente trocados nessa
Nestas circunstâncias, a massa de água transformação, em calorias, foram,
que se vaporiza é: respectivamente:
a) 20 g a) 8000 e 5000.
b) 5 g b) 5000 e 8000.
c) 15 g c) 5000 e 5000.
d) 10 g d) 4000 e 8000.
e) 25 g e) 1000 e 4000.
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3. DIAGRAMA DE FASES O calor se propaga de três formas:


por condução, convecção e irradiação.
O diagrama de fases serve para 4.1. CONDUÇÃO
entender as relações que existem entre
os estados físicos da matéria. Na propagação do calor por
Dependendo da pressão e da condução, não ocorre o transporte de
temperatura a que uma substância está matéria, apenas de energia. Portanto só
submetida, ela poderá se apresentar em pode ocorrer em meios sólidos.
qualquer um dos três estados físicos:
sólido, líquido ou gasoso.

Inicialmente apenas as moléculas


que estão recebendo diretamente o calor,
irão se agitar ainda
mais, fazendo com
que a barra se
aqueça. Mas
depois de um certo
intervalo de tempo,
toda a barra estará
O ponto onde os três estados aquecida. É por este motivo que os cabos
podem coexistir simultaneamente é das panelas são feito de material isolante.
chamado de ponto triplo.

CONDUTIVIDADE OU CONDUTIBILIDADE
CURIOSIDADE TÉRMICA

A água é a única substância que pode ser É uma propriedade característica de


cada substância que as caracteriza como
encontrada na natureza nos três estados
substâncias isolantes ou substâncias
simultaneamente. condutoras.

Condutores Térmicos

São substâncias que apresentam alto


coeficiente de condutibilidade térmica e,
4. PROPAGAÇÃO DO CALOR portanto conduzem o calor com uma maior
eficiência.
Ex: Os metais.

Isolantes Térmicos

São as substâncias que apresentam


baixo coeficiente de condutibilidade térmica, e
portanto não conduzem o calor com tanta
eficiência..
Ex: líquidos, gases, gelo, isopor, madeira,
amianto, lã-de-vidro, etc.
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SUBSTÂNCIA k(Cal/s.cm°C)
Hidrogênio 0,00044
Água 0,00143
Mercúrio 0,021
Prata 0,97
Cobre 0,92
Lã pura 0,000086
4.1.1. LEI DE FOURIER
Cortiça 0,00013
Considere uma barra metálica de
espessura e, área de seção transversal
A e que esteja submetida a uma
4.2. CONVECÇÃO
diferença de temperatura T = T1 - T2,
onde T1  T2. Observa-se que a
Na convecção ocorre o transporte da
temperatura varia ao longo da barra de
energia e também da matéria. Sendo
uma extremidade a outra de modo
assim só pode ocorrer em meios fluidos.
contínuo, ou seja, há sempre a mesma
queda de temperatura por unidade de
comprimento (gradiente de
temperatura). A lei de Fourier diz que:
´O fluxo de calor através da barra é
diretamente proporcional à área A da
seção transversal da barra e a diferença
de temperatura, entre as extremidades
da barra, e inversamente proporcional a
espessura (comprimento) e da barra.
Analiticamente temos:

A T1  T2 
K
e

4.3. IRRADIAÇÃO
onde K é coeficiente de
Na irradiação o calor se propaga
condutividade térmica.
através de perturbações eletromagnéticas,
não precisando, necessariamente desta
forma, de um meio material para se
propagar. SOL
Exemplo: O calor do Sol chega a Terra
através do vácuo (ausência de meio
material).
T1 e T2

TERRA
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Na figura abaixo podemos


perceber a propagação do calor tanto
por condução, quanto por convecção e
também por irradiação. EFEITO ESTUFA

APLICAÇÕES

ESTUFA

INVERSÃO TÉRMICA
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Normalmente, os gases expelidos


pelos veículos automotores e pelas
indústrias, estando mais aquecidos que
o ar atmosférico, possuindo portanto
uma densidade menor, são deslocam
para cima e dessa forma são
substituídos pelo ar mais denso e mais
limpo das camadas superiores. Esse
fenômeno é chamado de convecção
térmica.

A garrafa é construída para evitar os


três processos pelos quais podem ocorrer
a propagação do calor: por condução,
convecção e irradiação.
As suas paredes, são espelhadas,
interna e externamente, para evitar a
propagação do calor por irradiação. Entre
essas paredes é feito vácuo ( retirada do
ar ), para que sejam evitadas as
propagações por condução e convecção.

No inverno, esta renovação do ar, BRISAS LITORÂNEAS


pode não ocorrer, pois o ar que está em
contato com o solo se torna mais denso No litoral, ocorrem as chamadas
que os das camadas superiores, brisas litorâneas. As brisas são ventos
impedindo assim que ocorra as trocas com velocidades relativamente pequenas
de ar. Isto faz com que ocorra uma e que de acordo com o período do dia,
concentração de poluentes no ar. podem soprar do mar para a terra, ou da
terra para o mar.
Durante o dia, a areia da praia, por
GARRAFA TÉRMICA exemplo está mais quente que a água do
mar, pois seu calor específico é muito
A garrafa térmica é um dispositivo menor. O ar que está em contato com a
muito útil, pois serve para dificultar as areia, se aquece, tornando-se menos
trocas de calor entre o meio interno e o denso e sobe, deixando uma região de
meio externo. baixa pressão. O ar que está sobre o mar,
se desloca em direção a essa região,
ocorrendo assim, a brisa marítima.
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

madeira, de mesma massa e em


equilíbrio térmico com ela, porque a colher
de metal.
a) tem condutividade térmica maior que a
da madeira
b) tem calor específico maior que o da
madeira.
c) reflete melhor o calor que a madeira
d) tem capacidade térmica menor do que
da madeira.
e) tem capacidade térmica maior do que a
da madeira.
Durante a noite o processo se
inverte, pois agora a água está mais 2. Você coloca a extremidade de uma
quente que a areia. O ar que está em barra de ferro sobre a chama, segurando-
contato com o mar se aquece e sobe, a pela outra extremidade. Dentro de pouco
deixando uma região de baixa pressão, tempo você sente, através do tato, que a
que será ocupada pelo ar que está em extremidade que você está segurando
contato com a areia, ocorrendo à está aquecendo. Podemos afirmar que:
chamada brisa terrestre. a) não houve transferência de energia no
processo.
b) o calor se transferiu por irradiação.
c) o calor se transferiu por convecção.
d) o calor se transferiu por condução.
e) a energia transferida não foi energia
térmica.

3. Uma das extremidades de uma barra de


cobre, com 100 cm de comprimento e 5
cm2 de seção transversal, está situada
num banho de vapor d’água sob pressão
normal, e a outra extremidade, numa
mistura de gelo fundente e água.
Despreze as perdas de calor pela
superfície lateral da barra. Sendo 0,92
cal/s.cm.°C, o coeficiente de
condutibilidade térmica do cobre,
determine o fluxo de calor através da
barra.

4. Uma barra de prata tem seção


TESTES transversal de 1cm2 de área e
comprimento de 50 cm. Uma de suas
1. Tem-se a sensação de que uma extremidades está em contato com água
colher de alumínio, num dia muito frio, fervendo, sob pressão normal, e a outra
está muito mais fria que uma colher de envolvida por uma camisa refrigerada por
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

água que se renova, entrando a 10°C na O chamado efeito estufa. Tal efeito é
camisa. Sendo o coeficiente de devido ao excesso de gás carbônico
condutibilidade térmica da prata 1,00 presente na atmosfera, provocados pelos
cal/s.cm.°C e supondo que em 6 poluentes, dos quais o homem é
minutos passem 200 gramas de água responsável direto. O aumento de
pela camisa, calcule o aumento de temperatura deve-se ao fato de que:
temperatura experimentado por esse a) A atmosfera é transparente a energia
líquido. radiante e opaca ao calor.
b) A atmosfera é transparente ao calor e
5. Se o vácuo existente entre as opaca à energia radiante.
paredes de vidro de uma garrafa térmica c) A atmosfera é transparente tanto para o
fosse total, propagar-se-ia calor de uma calor como para à energia radiante.
parede para outra apenas pôr: d) A atmosfera é opaca tanto ao calor
a) convicção. como à energia radiante.
b) radiação. e) A atmosfera funciona como um meio
c) condução. refletor para a energia radiante e como
d) convecção e irradiação. absorvedor para as ondas de calor.
e) condução e irradiação.
9. Nas geladeiras, retira-se
6. Assinale a alternativa correta. periodicamente gelo do congelador. Nos
a) A condução e a convecção térmica só pólos, as construções são feitas sob o
ocorrem no vácuo. gelo. Os viajantes do deserto do Saara
b) No vácuo a única forma de usam roupas de lã durante o dia e à noite.
transmissão de calor é por condução. Relativamente ao texto acima, qual das
c) A convecção térmica só ocorre nos alternativas?
fluidos, ou seja, não se verifica no vácuo a) o gelo é mau condutor de calor
nem em materiais no estado sólido. b) a lã evita o aquecimento do viajante no
d) A irradiação é um processo de deserto durante o dia e o resfriamento
transmissão do calor que só se verifica durante a noite.
nos meios materiais sólidos. c) A lã impede o fluxo de calor por
e) A condução térmica só ocorre no condução e diminui as correntes de
vácuo; no entanto, a convecção térmica convecção.
só se verifica em meios materiais d) O gelo, sendo um corpo a 0°C, não
sólidos. pode dificultar o fluxo de calor.
e) O ar é um ótimo isolante para o calor
7. A transmissão de calor por convecção transmitido por condução, porém favorece
só é possível: muito a transmissão de calor por
a) nos sólidos. convecção. Nas geladeiras, as correntes
b) nos líquidos. de convecção é que refrigeram os
c) nos fluidos em geral. alimentos que estão na parte inferior.
d) somente nos gases.
e) no vácuo. 10. No inverno usamos roupas de lã
baseados no fato de que a lã:
8. Atualmente, nos diversos meios de a) ser uma fonte de calor.
comunicação vêm alertando para o b) ser um bom condutor de calor.
perigo que a terra começa a enfrentar: c) ser um bom absorvente de calor.
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

d) impedir que o calor do corpo se c) Do fundo de um copo de água para um


propague para o meio exterior. cubo de gelo que nela flutua.
e) impedir que o frio penetre através d) De uma lâmpada acesa para o ar que a
dela até o nosso corpo. cerca.
e) De um soldador para o metal que está
11. Os iglus, embora feitos de gelo, sendo soldado.
possibilitam aos esquimós residir neles
porque: 15. (UFMG) A irradiação é o único
a) o calor específico do gelo é maior processo de transferência de energia
que o da água. térmica no caso:
b) o calor específico do gelo é a) Da chama do fogão para a panela.
extraordinariamente pequeno, b) Do Sol para um satélite de Júpiter.
comparado ao da água. c) Do ferro de soldar para a solta.
c) a capacidade térmica do gelo é d) Da água para um cubo de gelo
muito grande. flutuando nela.
d) o gelo não é um bom condutor de e) De um mamífero para o meio ambiente.
calor.
e) a temperatura externa é igual a 16. (OSEC) Uma panela com água está
temperatura interna. sendo aquecida num fogão. O calor se
transmite através da parede do fundo da
12. A propagação do calor, em dias panela para a água que está em contato
frios, a partir de um condicionador de ar, com essa parede e daí para o restante da
numa sala, se dá principalmente por: água. Na ordem desta descrição, o calor
a) convecção se transmitiu predominantemente por:
b) irradiação. a) irradiação e convecção.
c) condução. b) irradiação e condução.                     
d) irradiação e condução c) convecção e irradiação.
e) irradiação, condução e convecção. d) condução e convecção.
e) condução e irradiação.
13. Num planeta completamente
desprovido de fluidos apenas pode 17. (FGV-SP) Quando há diferença de
ocorrer propagação de calor por: temperatura entre dois pontos, o calor
a) convecção e condução pode fluir entre eles por condução,
b) convecção e irradiação convecção ou radiação, do ponto de
c) condução e irradiação. temperatura mais alta ao de temperatura
d) irradiação. mais baixa. O "transporte" de calor se dá
e) convecção. juntamente com o transporte de massa no
caso da:
14. (UN. MACKENZIE) Dos processos a a) condução somente.
seguir, o único onde praticamente todo b) convecção somente.                         
o calor se propaga por condução é c) radiação e convecção.
quando ele se transfere: d) radiação somente.
a) Do Sol para a Terra. e) condução e radiação.
b) Da chama de um gás para a
superfície livre de um líquido contido
num bule que está sobre ela.
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

18. (U.F.S.CARLOS) Considere as três 22. Durante as noites de inverno


situações seguintes: utilizamos um cobertor de lã a fim de
I - Circulação de ar numa geladeira. proteger-nos do frio. Fisicamente é correto
II - Aquecimento de uma barra de ferro. afirmar:
III - Bronzeamento da pele num "Banho a) A lã retira calor do meio ambiente,
de Sol". fornecendo-o ao nosso corpo.
Associe, nesta mesma ordem, o b) A lã possui um baixo coeficiente de
principal tipo de transferência de calor condutividade térmica, diminuindo
que ocorre em cada uma: portanto, o fluxo de calor para o ambiente.
a) convecção, condução, irradiação. c) A lã possui um alto coeficiente de
b) convecção, irradiação, condução. condutibilidade térmica, diminuindo,
c) condução, convecção, irradiação. portanto, o fluxo de calor para o ambiente.
d) irradiação, convecção, condução. d) A lã possui um baixo coeficiente de
e) condução, irradiação, convecção. condutividade térmica, aumentando,
portanto, o fluxo de calor para o ambiente.
19. (ITA) Uma garrafa térmica, devido e) A lã possui um alto coeficiente de
às paredes espelhadas, impede trocas condutividade térmica, aumentando,
de calor por: portanto, o fluxo de calor para o ambiente.
a) condução.                      d) reflexão.  
b) irradiação.                   e) n.r.a. 23. A maçaneta metálica de uma porta de
c) convecção. madeira sempre parece mais fria do que a
porta, embora ambos estejam, em geral
20. (FUND. UNIV. R.G.) A transferência com a mesma temperatura. Esse
de calor de um corpo para outro pode se fenômeno, que evidencia a diferença entre
dar por condução, convecção e os conceitos de calor e de temperatura,
radiação: ocorre porque:
a) condução e convecção não exigem a) o calor específico do metal é maior
contato entre os corpos. que o da madeira
b) convecção e radiação não exigem b) o calor específico da madeira é maior
contato entre os corpos. que o do metal.
c) somente a radiação não exige contato c) A condutibilidade térmica do metal é
entre os corpos. maior que a da madeira
d) somente condução não exige contato d) A condutibilidade térmica da madeira é
entre os corpos. maior que a do metal
e) condução, convecção e radiação e) A massa da madeira da porta é maior
exigem contato. que a massa da maçaneta.

21. (ITA) Uma garrafa térmica impede, 24. Analise as afirmativas seguintes:
devido ao vácuo entre as paredes I. Uma pessoa sente frio quando perde
duplas, trocas de calor por: calor rapidamente para o meio ambiente
a) condução apenas. II. Em um líquido, o calor se transfere
b) radiação.                                   devido à formação das correntes de
c) convecção apenas. convecção
d) condução e convecção. III. Um corpo escuro absorve menor
e) n.r.a. quantidade de radiação do que um corpo
claro
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

IV. Quando dois corpos de massas 2. TRANSFORMAÇÕES GASOSAS


iguais recebem iguais quantidades de
calor, o de menor calor específico
sofrerá maior elevação de temperatura 2.1. TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
Dessas afirmativas:
a) somente a I, a II e a III são corretas Conhecida também
b) somente a I, a II e a IV são corretas como a lei de Boyle, ela
c) somente a I e a III são corretas ocorre toda vez que um
d) somente a II e a IV são corretas gás, ao sofrer uma
e) somente a II e a III são corretas transformação, o faz à
temperatura constante.

ESTUDO DOS GASES

No estado gasoso as moléculas se


movimentam de forma desordenada se Robert Boyle (1627 – 1691)- Químico e físico
inglês foi um dos responsáveis pela aceitação
chocando com as paredes do recipiente da química como ciência.
que as contém. As grandezas:
temperatura, pressão e volume. Elas
são chamadas variáveis de estado.

1. VARIÁVEIS DE ESTADO No estado A,


temos P1 e V1 e No
estado B, P2, V2.
1.1. TEMPERATURA (T) Como a temperatura
se mantém
constante, com a
É o grau de agitação térmica das A B diminuição do
moléculas de um gás. volume, ocorre o
P1.V1  P2 .V2 aumento da pressão.

1.2. PRESSÃO (P)


2.1.1. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
É medida pelos choques das
moléculas com as paredes do O gráfico abaixo representa a
recipiente. O aparelho que faz essa variável P (pressão) e V (volume) em dois
medição é chamado de manômetro. estados distintos. A curva do gráfico é
denominada isoterma. Corresponde a um
ramo de uma hipérbole eqüilátera.
1.3. VOLUME (V)

É o próprio volume do recipiente


que contém o gás.
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

No estado A, temos T1 e V1 e No
estado B, T2, V2. Como a pressão do gás se
mantém constante durante a
transformação, aumentando a temperatura
do gás, seu volume aumenta.

Obs.: A temperatura do gás deve ser


dada em Kelvin (K).

2.2.1. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

O gráfico abaixo representa a relação


entre a temperatura e o volume quando a
pressão do gás permanece constante
durante a transformação.
Observe que, com o aumento do T(K)
volume, a pressão aumenta.

T2

2.2. TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA


T1
Nesta transformação,
com o aumento da
temperatura do gás, o seu
0 V1 V2 V
volume também aumenta,
pois a pressão permanece
constante. Esta 2.3. TRANSFORMAÇÃO ISOMÉTRICA
transformação também é
conhecida como lei de Charles e Gay- Na transformação isométrica ou
Lussac. isocórica, o volume do gás permanece
constante, portanto a pressão e a
J.L. Gay-Lussac (1778 – 1850)- Químico e temperatura se relacionam de forma
físico francês, foi um dos fundadores da direta. Aumentando a temperatura do gás,
a pressão aumenta. Esta transformação é
também conhecida como sendo a
segunda lei de Charles e Gay-Lussac.

T2
V1 V2 P1 P2
 P1 P2 
T1 V1 V2 T1 T2 T1 T2
T1 T2
A
B

A B
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

P1.V1 P2 .V2

T1 T2

EXERCÍCIOS

No estado A, temos P1 e T1 e No
estado B, P2, V2. Como o volume, ao longo 1. Uma massa de ar que ocupava um
do processo permanece constante, ao volume de 1 l quando a sua temperatura e
aumentarmos a temperatura do gás, a sua pressão eram, respectivamente, iguais
pressão também aumenta.
a 200C e 1 atm foi comprimida
isotermicamente até passar a ocupar um
volume de 0,5 l.
a) Qual a temperatura da massa de ar no
2.3.1. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA final do processo?
b) Qual a pressão da massa de ar no final
O gráfico abaixo representa a do preocesso?
relação entre a temperatura e a pressão
de um gás à volume constante. 2. Na temperatura de 300 K e sob pressão
de 1 atm, uma massa de gás perfeito
ocupa o volume de 10 litros. Calcule a
T(K) temperatura do gás quando, sob pressão
de 2 atm, ocupa o volume de 20 litros.
P1 P2
T2

T1 T2 3. Dentro de um recipiente de volume
variável estão inicialmente 20 litros de gás
perfeito à temperatura de 200 K e pressão
T1 de 2 atm. Qual será a nova pressão, se a
temperatura aumentar para 250 K e o
volume for reduzido para 10 litros?

0 P1 P2 P 4. Um balão de borracha continha 3 litros


de gás hélio, à temperatura de 27 o C, com
pressão de 1,1 atm. Esse balão escapuliu
e subiu. À medida que o balão foi
subindo, a pressão atmosférica foi
diminuindo e, por isso, seu volume foi
aumentando. Quando o volume atingiu 4
3. LEI GERAL DOS GASES litros, ele estourou. A temperatura do ar
naquela altura era 7o C. Calcule a pressão
A expressão abaixo é usada do gás em seu interior imediatamente
quando as três variáveis de estado de antes de estourar.
um gás sofrerem alteração.
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

5. Um gás ocupa o volume de 20 litros à


pressão de 2 atmosferas. Qual é o
volume desse gás à pressão de 5 atm,
na mesma temperatura?

6. Um gás mantido à pressão constante


ocupa o volume de 30 litros à
temperatura de 300 K. Qual será o seu
volume quando a temperatura for 240
K?

7. Num recipiente de volume constante


é colocado um gás à temperatura de
400 K e pressão de 75 cmHg. Qual é a
pressão à temperatura de 1200 K?

8. Sob pressão de 5 atm e à


temperatura de 0o C, um gás ocupa
volume de 45 litros. Determine sob que
pressão o gás ocupará o volume de 30
litros, se for mantida constante a
temperatura.

9. Uma certa massa de gás hélio ocupa,


a 27o C, o volume de 2 m3 sob pressão TERMODINÂMICA
de 3 atm. Se reduzirmos o volume à
metade e triplicarmos a pressão, qual INTRODUÇÃO
será a nova temperatura do gás?

10. Num dia de tempestade, a pressão


atmosférica caiu de 760 mmHg para 730
mmHg. Nessas condições, qual o
volume final de uma porção de ar que
inicialmente ocupava 1 litro? (Suponha
que a temperatura não tenha variado)

11. O gráfico ilustra a isoterma de uma


certa quantidade de gás que é levado
do estado A para o estado C.
Determine:
a) o volume do gás no estado B; A termodinâmica estuda as relações
b) a pressão do gás no estado C. existentes entre dois tipos de energia:
mecânica e térmica.
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

dada quantidade de um gás perfeito é


1. TRABALHO NUMA função exclusiva de sua temperatura.
TRANSFORMAÇÃO
3
U  E  nRT
  F .d  F .h 2
F
P  F  P. A
A
  P. A.h
  P.V Situações possíveis
Energia
interna
T2  T1  T  0  U  0 aumenta
  P.(V 2  V1 ) T2  T1  T  0  U  0 diminui
T2  T1  T  0  U  0
não
varia
1.1. SINAL DO TRABALHO

 > 0 : o gás realiza trabalho; 3. 1A LEI DA TERMODINÂMICA


 < 0 : o trabalho é realizado sobre o
A variação de energia interna de um
sistema é dada pela diferença entre o
calor trocado com o meio exterior e o
2. ENERGIA INTERNA (U)
trabalho realizado no processo
termodinâmico.
A energia interna de um sistema, é
A variação de energia interna é
a energia térmica associada ao
conseqüência da conservação de energia.
movimento das moléculas do gás.
A energia interna de um gás é A variação de
determinada pela expressão: energia interna U do
gás é dada por:

E
3
2
nRT U  Q  
onde:
N – número de mols;
R – constante universal dos
gases perfeitos;
4. TRANSFORMAÇÕES GASOSAS
T – temperatura do gás.
4.1. TRANSFORMAÇÃO ISOTÉRMICA
Como a energia interna está
relacionada com o grau de agitação
“Numa transformação isotérmica, o
térmica das moléculas, se em uma
calor trocado pelo gás com o meio exterior
transformação, o gás não sofrer
é igual ao trabalho realizado ao mesmo
variação de temperatura, o mesmo não
processo”.
sofrerá variação em sua energia interna.
Portanto, a energia interna de uma
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

U  Q   Em uma transformação isométrica, a


Todo calor trocado
no sistema é utilizado 0Q  variação de energia interna do gás é igual
à quantidade de calor trocada com o meio
para realização de
trabalho. exterior.
Q  Recipiente rígido e
indilatável
U  Q

4.4. TRANSFORMAÇÃO ADIABÁTICA

Em uma transformação adiabática, a


variação de energia interna é igual em
módulo, ao trabalho realizado na
transformação.
4.2. TRANSFORMAÇÃO ISOBÁRICA
como U  
Q0
A quantidade de calor recebida é
maior que o trabalho
realizado. Em uma
transformaçã
o isobárica o
trabalho é
= dado pela

  P.V

5. TRANSFORMAÇÃO CÍCLICA

Uma transformação gasosa é dita


cíclica quando os seus estados final e
inicial são iguais.

5.1. SENTIDOS DO CICLO

4.3. TRANSFORMAÇÃO ISOMÉTRICA


UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

6. 2a LEI DA TERMODINÂMICA

É impossível construir uma


máquina térmica que, operando em
ciclos, transforme completamente em
trabalho, todo o calor recebido da fonte
quente.   Q1  Q2

Planck e Kelvin 8. RENDIMENTO ()


7. MÁQUINAS TÉRMICAS
O rendimento de uma máquina
A máquina térmica, operando em térmica é determinado pela razão entre o
ciclos, retira calor da fonte quente, trabalho e a quantidade de calor recebido
transformando parte desse calor em da fonte quente.
trabalho.
Q1  Q2
Como:  Q 1  Q2   
Q1 

Q1
Q2
  1
Q1
Situação impossível

9. MÁQUINA FRIGORÍFICA

A máquina frigorífica tem como


objetivo transformar trabalho em calor.
A eficiência ( e ) de uma máquina
frigorífica é expressada pela relação entre
a quantidade de calor retirada da fonte fria
(Q2) e o trabalho externo envolvido nessa
transferência (  ).
Q2
e

UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

11. ENTROPIA
A entropia é o grau de desordem em
um sistema.

EXERCÍCIOS

1. (UFU-MG) Um gás está confinado em


um cilindro provido de um pistão. Ele é
aquecido, mas seu volume não é alterado.
É possível afirmar que:
a) a energia unterna do gás não varia.
10. b) o trabalho realizado nesta
transformação é nulo.
CICLO DE CARNOT
c) o pistão sobe durante o aquecimento.
d) a força que o gás exerce sobre o pistão
Sadi Carnot, em 1824,
permanece constante.
idealizou um ciclo para uma
e) a energia cinética média das partículas
máquina térmica em que
do gás diminui.
seu rendimento torna-se
máximo.
2. (UEL-PR) A figura abaixo representa
O ciclo de Carnot é
uma transformação cíclica de um gás
composto de duas
ideal. O módulo do trabalho realizado nos
transformações isotérmicas
trechos AB, BC e CA, em joules, é,
e duas adiabáticas, todas reversíveis e
respectivamente, de:
o ciclo também reversível.
a) 200, 100, 0
b) 100, 100, 100
c) 0, 300, 100
d) 0, 200, 300
e) 100, 200, 300

P(N/m2)

4.105

O rendimento do ciclo de Carnot é 2.105


função exclusiva das temperaturas das
fontes quente e fria.
T2
  1
T1
0 1.10-3 2.10-3
V(m3)
UNIDADE II – FÍSICA TÉRMICA

e) 7%

3. (UFRN) Um sistema termodinâmico 7. (Unimep-SP) Uma máquina térmica de


realiza um trabalho de 40Kcal quando Carnot tem um rendimento de 40% e a
recebe 30Kcal de calor. Nesse temperatura da fonte fria é 270C. A
processo, a variação de energia interna temperatura da fonte quente é:
desse sistema é de: a) 2270C
a) – 10KCal b) 450C
b) zero c) 5000C
c) 10 Kcal d) 7500C
d) 20 KCal e) 4770C
e) 35 KCal

4. (UECE) Nas transformações


isotérmicas dos gases perfeitos, é
incorreto afirmar que:
a) não há variação de temperatura.
b) a variação de energia interna do gás
é nula.
c) não ocorre troca de calor entre o gás
e o ambiente.
d) o calor trocado pelo gás com o
exterior é igual ao trabalho realizado no
mesmo processo.

5. (UCPR) Na compressão adiabática


de um gás:
a) a pressão aumenta e a temperatura
diminui.
b) a pressão diminui e a temperatura
não se altera.
c) a pressão permanece constante e a
temperatura aumenta.
d) a pressão e a temperatura
aumentam.
e) a pressão e a temperatura
permanecem constantes.

6. (PUC-SP) UM gás perfeito realiza um


ciclo de Carnot. A temperatura da fonte
fria é de 1270C e a da fonte quente é
4270C. O rendimento do ciclo é:
a) 3,4
b) 70%
c) 43%
d) 57%

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