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Coleta e Tratamento de Esgotos

Tipos: Domésticos, industriais, Pluviais


Tratamento consiste na remoção dos poluentes; o método depende das
características de cada esgoto.

ETE
- Nível Preliminar: Retém resíduos maiores
- Tratamento Primário: Sedimentos sólidos em suspensão (decantação)
- Tratamento Secundário: Microrganismos alimentam-se de matéria orgânica
- Tratamento Terciário e Lodo: Remoção poluentes especificas e
microrganismos como fungos e bactérias

Resumindo: Preliminar (gradeamento e desaneração); tratamento primário


(floculação e sedimentação); secundário (processo biológico de oxidação);
terciário (polimento da água).

Obs: Tratamento Secundário: Etapa na qual ocorre remoção da matéria


orgânica, por reações bioquímicas.
Aeróbicos: 3 vezes menos tempo e dela resultam gás carbônico, nitratos,
água e sulfatos
Anaeróbicos: gera gases como sulfídrico, metano, nitrogênio, amoníacos, com
características de mal cheiro.
No tanque aeração: A remoção da matéria orgânica é feita por reações
bioquímicas, por microrganismos aeróbicos.
- Na decantação secundaria e retorno do lodo ocorre a clarificação do efluente
e o retorno lodo. São os responsáveis pela separação dos sólidos em
suspensão no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente
clarificado, e pela sedimentação dos sólidos em suspensão no fundo do
decantador, permitindo o retorno do lodo em concentração mais elevada,
sendo necessário para uma quantidade suficiente de microrganismos para
decompor com um certo equilíbrio de alimento ali existente.
O efluente líquido que sai decantador secundário pode ser descartado diretamente para
rios ou se usar para lavagem de ruas e rega de jardins, ou passar por tratamento para
que possa ser reutilizado internamente potável, já que foi 90% limpo.

No  descarte do lodo, produzido diariamente correspondente à reprodução das células


que se alimentam do substrato, deve ser descartado do sistema para que este
permaneça em equilíbrio (produção de sólidos = descarte de sólidos).
O adensamento do lodo reduz o volume do lodo devido a quantidade muito
grande de água. Esta etapa ocorre nos Adensadores e nos Flotadores. Desta
forma, as unidades subsequentes, tais como a digestão, desidratação e
secagem, beneficiam-se desta redução. Dentre os métodos mais comuns,
temos o adensamento por gravidade e por flotação.
Por gravidade: O lodo adensado é retirado do fundo do tanque.
No adensamento por flotação, o ar é introduzido na solução quando a
solução é despressurizada, o ar dissolvido forma microbolhas que se dirigem
para cima, arrastando consigo os flocos de lodo que são removidos na
superfície.
O tratamento terciário pode ser empregado com a finalidade de se conseguir
remoções adicionais de poluentes em águas residuárias, antes de sua
descarga no corpo receptor e/ ou para recirculação em sistema fechado.
Em função das necessidades de cada indústria, pode-se citar as seguintes
etapas: filtração, cloração, absorção por carvão ativado, e outros processos de
absorção química para a remoção de cor, redução de espuma e de sólidos
inorgânicos tais como: eletrodiálise, osmose reversa e troca iônica.
Na estação de tratamento de esgoto, o esgoto seja tratado com lodos ativados
em nível terciário, é incorreto afirmar que o corpo d’água receptor para onde
toda a água corre está livre da influência dos resíduos gerados pelas unidades,
pois o tratamento de esgotos adequa a água a um nível de contaminação
tolerável pelo corpo d’água receptor, mas não se pode afirmar que a água está
100% livre da influência de resíduos.

Lagoas de estabilização
São sistemas de tratamento biológico em que a estabilização da matéria
orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica (oxidação aeróbia ou
fermentação anaeróbia) e/ou redução fotossintética das algas.
Lagoas são influenciadas, em grande parte, pelo clima, fatores que interferem
no processo biológico, como a radiação solar, a velocidade da fotossíntese e a
velocidade do metabolismo dos organismos.
As lagoas podem ser classificadas em: anaeróbias; facultativas (ocorrem
processos aeróbios e anaeróbios); aeróbias; e maturação.
Lagoa anaeróbia
Se caracteriza por não apresentar oxigênio dissolvido abaixo da superfície da
água. Durante o processo anaeróbio, diversas bactérias se desenvolvem para
transformar a poluição orgânica em metano. Basicamente ocorrem duas
etapas:

 liquefação e formação de ácidos através das bactérias acidogênicas,


nesta etapa não há conversão de DBO em metano;
 formação de metano através das bactérias metanogênicas, a DBO passa
a ser removida, com a matéria orgânica sendo convertida a metano, gás
carbônico e água. O carbono orgânico é removido do meio liquido das
lagoas pelo fato do metano escapar para a atmosfera.

Fatores Importantes:
 Ausência de oxigênio dissolvido
 Temperatura – acima de 15°C; e
 pH – entre 7,0 e 9,0.

Lagoa facultativa
A mais simples em termos de operação. O seu processo ocorre através da
retenção dos esgotos por um período de tempo suficiente para que os
processos de estabilização da matéria orgânica se desenvolvam. Apresentam
reações lentas, e por isto, necessitam de um tempo longo de detenção para
que as reações ocorram. Como consequência, as lagoas anaeróbias requerem
grandes áreas para suas construções. A principal característica de uma lagoa
facultativa é a presença de três zonas, denominadas:
 zona anaeróbia: matéria orgânica em suspensão tende a sedimentar,
constituindo um lodo no fundo da lagoa que sofre processo de decomposição,
convertido lentamente em gás carbônico, água, metano e outros.
 zona aeróbia: A matéria orgânica dissolvida (DBO solúvel) não se
sedimenta, permanecendo dispersa no meio liquido, próxima a superfície.
Nesta zona, a matéria orgânica é oxidada por meio da respiração aeróbia,
portanto, a necessidade de oxigênio, o qual é suprido ao meio pela fotossíntese
realizadas pelas algas.
 zona facultativa: há presença de bactérias anaeróbias e aeróbias
responsáveis pela estabilização da matéria orgânica. Na ausência de oxigênio
livre, são utilizados outros receptores de elétrons, como nitratos (condições
anóxicas) e sulfatos (condições anaeróbias). Nesta zona pode ocorrer
presença ou ausência de oxigênio.

Lagoa aeróbia
Uma característica da lagoa aerada é a utilização de equipamentos de aeradores superficiais,
para “fornecer” oxigênio para o meio liquido. Por turbulências necessárias para o oxigênio
contido na atmosfera adentre ao meio liquido, oxigenando os microrganismos que estão na
lagoa.
Além disso, os aeradores superficiais são responsáveis pela mistura entre os microrganismos
(DBO) e os sólidos em suspensão (biomassa), há em decorrências, uma maior concentração
de bactérias no meio liquido. A lagoa aerada atua de forma semelhante ao processo de lodos
ativados, com exceção para o sistema de recirculação de lodo (sólidos), que é inexistente em
lagoas aeróbias. Devido a inexistência da recirculação, a concentração de sólidos dentro das
lagoas é menor (20 a 30 vezes) do que em sistemas de lodos ativados. As lagoas aeradas
apresentam um efluente com qualidade insatisfatória para lançamento em corpos
hídricos. Isto porque, a biomassa permanece em suspensão por todo volume da lagoa. É
recomendável que seja instalada uma unidade de decantação (podendo ser uma lagoa de
decantação) a jusante no qual os sólidos em suspensão possam se sedimentar.

Lagoa de maturação
Responsável, principalmente, pela remoção de bactérias, coliformes, vírus. Possibilita um
polimento no efluente de qualquer dos sistemas de lagoas de estabilização descritos
anteriormente, ou de qualquer sistema de tratamento de esgotos. O principal objetivo das
lagoas de maturação é a remoção de patógenos, e não da DBO. As lagoas de maturação são
alternativas bastante econômicas à desinfecção do efluente. Alguns destes mecanismos se
tornam mais efetivos com menores profundidades da lagoa, implicando em lagoas rasas,
comparadas aos demais tipos de lagoas.

Algumas vantagens, que são:


 elevada eficiência de remoção de DBO e coliformes;
 custos reduzidos de operação e manutenção; e
 simplicidade de operação.

Desvantagens das Lagoas:


 requerem grandes áreas;
 atividade biológica afetada pela temperatura; e
 geração de maus odores (processos anaeróbios).

Fossas Sépticas
Unidades que fazem o tratamento primário do esgoto doméstico. Embora seja
uma alternativa para coletar os dejetos gerados na residência, ela deve ser tida como
uma solução paliativa e temporária enquanto a ligação na rede de esgoto do município
ainda não está disponível.  Os sólidos se sedimentam no fundo da estrutura e a
gordura contida no esgoto fica retida. No caso das fossas biodigestoras, que fazem
um tratamento um pouco mais avançado do que a fossa séptica comum, vale ressaltar
que só entram os dejetos que são provenientes do vaso sanitário. Dessa forma, a água
que tem como origem os ralos e as pias devem seguir outro caminho. Com as fossas,
é possível atenuar a agressividade das águas tanto para o meio ambiente quanto para
a população, é necessário fazer limpezas e manutenções regulares realizadas por
empresas especializadas em limpeza e desentupimento.
Os impactos das fossas dependem dos modelos adotados. No caso da biodigestora, o
efluente é reciclável. Dessa forma, não é necessário retirar os dejetos — e esse tipo de
fossa não conta com a proliferação de vetores. Por fim, é possível fazer a vedação
hermética. A fossa tradicional precisa que os dejetos sejam retirados e direcionados
para uma estação de tratamento, tem odor desagradável e o efluente não é reciclável. 
Resumindo:
As fossas sépticas são unidades de tratamento primário nos esgotos domésticos , nas
quais são feitas a separação e transformação de matéria sólida contida no esgoto. Nessas
fossas, os esgotos sofrem a ação das bactérias e, durante o processo, a parte sólida (lodo)
é depositada no fundo da fossa, enquanto que na superfície forma-se uma  camada de
escuma, constituída de substâncias insolúveis mais leves.  A fase líquida segue para o
sumidouro ou para as valas de infiltração e os sólidos ficam retidos no fundo da fossa.
Geralmente de planta retangular ou circular onde o esgoto sofre decantação,
removendo-se sólidos grosseiros que, retidos, formam o lodo que se liquefaz com o
tempo.

Distâncias mínimas
a) 1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e ramal predial
de água;
b) 3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de abastecimento de água;
c) 15,0 m de poços e corpos de água de qualquer natureza.
Geometria dos tanques

Cilíndrico-> Empregados onde se pretende minimizar a área útil em favor da

profundidade;

Medidas internas mínimas

b) diâmetro interno mínimo: 1,10 m;

c) largura interna mínima: 0,80 m;

d) relação comprimento/largura (prismáticos retangulares)-> mínimo 2:1; máximo 4:1.

Taxa de acumulação de lodo

N° dias de acumulação de lodo fresco equivalente ao volume de lodo digerido a ser

armazenado no tanque, considerando redução de volume 4x vezes para o lodo

digerido. 

Processos

Sedimentação-> Lodo -> tratado em Leitos de Secagem, Centrifugas-> Aterro Sanitário,

Conpostagem ou Campo agrícola.

Flotação-> Graxas e Gorduras (escuma)

Digestão-> Bactérias Anaeróbias

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