Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NULIDADE PROCESSUAL E DO
ACÓRDÃO. NÃO OCORRÊNCIA. NÃO PROVIMENTO AO RECURSO. 1. A
concessão do benefício da Assistência Judiciária Gratuita não exige prévio
contraditório. O juiz, se não existentes fundadas razões para denegar o benefício, deverá
deferir o pedido, facultando-se à parte contrária requerer, em qualquer fase do processo,
a revogação do benefício de assistência. 2. Embora o artigo 6º da Lei nº 1.060/50
disponha quanto à necessidade de o pedido de assistência ser atuado em apartado, a
inobservância dessa norma, a despeito de evidenciar irregularidade processual, não
enseja a nulidade do processo, na medida que a violação aos princípios do contraditório
e do devido processo legal só estaria caracterizada se, ao deferir a gratuidade da justiça,
o juiz não facultasse à parte contrária oportunidade para se manifestar, ocasionando-lhe
prejuízo processual. 3. As provas de inexistência dos requisitos para o deferimento do
benefício da Assistência Judiciária Gratuita poderão ser produzidas em incidente de
impugnação ao benefício da Assistência Judiciária Gratuita, ocasião em que a parte
inconformada poderá se manifestar sobre os documentos juntados pela parte
beneficiada. 4. Provimento ao recurso. (TJES; EDcl-AgRg-AR 0000101-
58.2011.8.08.0000; Primeiro Grupo Câmaras Cíveis Reunidas; Rel. Des. Fabio Clem de
Oliveira; Julg. 02/07/2012; DJES 09/07/2012; Pág. 45)
Despacho DO RELATOR
Agravo de Instrumento nrº 0008600-41.2011.8.22.0000
Agravante: Alexssandro Pereira Melo
Advogado: Leandro Marcio Pedot(OAB/RO 2022)
Advogado: Josemario Secco(OAB/RO 724)
Agravada: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT
S.A.
Relator:Des. Raduan Miguel Filho
DESPACHO DO RELATOR
nrº
Vistos.
O agravante impugna a decisão que lhe indeferiu a assistência judiciária gratuita, nos
autos de Ação de Cobrança de Diferença de Indenização de Seguro DPVAT que propôs
contra a agravada, Seguradora Líder do Consórcio DPVAT, bem como determinou o
recolhimento das custas processuais, sob pena de indeferimento da inicial.
Sustenta o agravante que é pedreiro e possui parcos rendimentos não podendo suportar
o pagamento das custas processuais. Afirma ainda que em razão de acidente de trânsito
ocorrido em 5 de abril de 2010, sofreu fratura de escápula e cavidade glenoíde à direita,
o que acarretou limitação em sua capacidade laboral. Aduz que a Lei n. 1.060/50 não
exige prova de miserabilidade como requisito para gozo do benefício e que deve
prevalecer a boa-fé expressa na declaração que apresentou tendente a comprovar a
hipossuficiência financeira. Alega ainda ser pacífica a jurisprudência no sentido de que
o pedido da assistência, por si, é suficiente para gerar a presunção da necessidade, não
se exigindo a comprovação do estado de miserabilidade. Cita julgados que lhe
favorecem.
Relatei. Decido.
Demais disso, a Lei n. 1.060/50 garante a assistência judiciária gratuita a todos aqueles
que se declararem hipossuficientes. E, é esse o argumento utilizado pelo agravante,
sustentando que em razão de ser pedreiro, seus parcos rendimentos não lhe permite
arcar com as custas do processo.
Oficie-se.
24139006712
Ação: Agravo de Instrumento
Órgão: QUARTA CÂMARA CÍVEL
Data da Decisão: 18/04/2013
Data da Publicação no Diário: 25/04/2013
Relator: MAURÍLIO ALMEIDA DE ABREU
Decisão:
Trata-se de Agravo de Instrumento interposto por Geizebel de Oliveira Rosa, eis que
irresignada com os termos da decisão acostada à fl. 21, isto na Ação Ordinária de
Indenização por Danos Morais proposta em face do ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.
Inicialmente, cumpre consignar que o agravado não tem procurador constituído nos
autos, uma vez que ainda não houve a citação no primeiro grau de jurisdição.
Isto porque, extrai-se da dicção do artigo supracitado que após a distribuição do Agravo
de Instrumento, o Relator, entre outras providências, mandará intimar o agravado, por
ofício dirigido a seu advogado. Assim, não tendo sido formalizada a relação processual,
não haverá Advogado a ser direcionada a intimação para contrarrazoar o recurso.
¿Ora, sendo certo que é permitida a concessão de liminar ao juiz sem a oitiva do réu,
não há como subsidiarmos a necessidade de oitiva do agravado para que o agravo seja
julgado ... Assim, ao decidir o agravo, tribunal estará decidindo apenas a justeza da
decisão impugnada, frente aos fatos e provas trazidos pelo agravante.¿
In Agravo frente aos proncunciamentos de primeiro grau no processo civil. 4ª ed.
Curitiba. Juruá Editora. 2006. p. 186.
No que tange a questão de mérito, como consta do relatório, cinge-se o presente agravo
de instrumento tão somente acerca do indeferimento do pedido de assistência judiciária
gratuita, a fim de que seja concedido a benesse pleiteada.
1
Destarte, na hipótese vertente, há desnecessidade do preparo uma vez que é o que se
discute no presente recurso.
Neste sentido vem decidindo este e. Tribunal, conforme se vê do aresto que ora trago à
baila:
Posto isto, diante do arrazoado externado, com fulcro no artigo 557, do CPC, conheço
da irresignação recursal e LHE DOU PROVIMENTO, para reformar a decisão
guerreada, concedendo o benefício pleiteado.