Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O autor inicia o seu texto afirmando que a duplicação dos preços do petróleo
e a elevação das taxas de juros internacionais no início da década de 80 dificultaram
o processo de ajuste da oferta doméstica, que vinha sendo feita desde a segunda
metade da década anterior.
Questiona-se, enfim, o motivo pelo qual o governo não recorreu ao FMI, para
os autores, o motivo seria que o governo não queria se mostrar fraco, o que abalaria
o fraco suporte político do governo.
Os autores apontam que um dos motivos do governo não recorrer ao FMI era
devido às eleições para o primeiro governante civil após a ditadura, segundo eles, o
governo não queria que isso se tornasse item da campanha eleitoral.
A partir deste ponto, os autores passam a tratar das cartas de intenção que o
governo brasileiro passou a submeter ao FMI. A primeira de sete foi submetida em
06 de janeiro de 1983. Os autores apontam que essa quantidade de cartas era uma
constante troca de metas e normas, e revelava a dificuldade de “adaptar o
receituário da instituição a uma economia em desenvolvimento” (p. 331). Uma
economia nacional em que de 30 a 50% dos investimentos eram de
responsabilidade do setor público, que intervia até no setor privado devido a
“administração de importantes fundos compulsórios de poupança” (p. 331).
A taxa anual projetada pelo governo para inflação ficou desacreditada e o FMI
suspendeu o empréstimo de US$ 2 bilhões.
Uma nova carta de intenções foi enviada ao FMI em março de 1984, e vigorou
pelo prazo recorde de seis meses. Entretanto, como se baseava em uma queda da
taxa de inflação não alcançada, em setembro de 1984, enviou-se a sexta carta de
intenções ao FMI.