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de Empreendimentos Comunitários,
Familiares e Artesanais
Procedimentos para a Regularização
de Empreendimentos Comunitários,
Familiares e Artesanais
Procedimentos para a Regularização
de Empreendimentos Comunitários,
Familiares e Artesanais Brasília
2020
Durchgeführt von:
Em colaboração
Projeto com o consórcio:
ECO Consult
Projeto
© 2020 Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN.
Todos os direitos reservados. Permitida a reprodução desde que citada a fonte.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável
Diretor do Projeto: Frank Kraemer
Equipe do Projeto: Alexander Rose; André Machado (Consórcio Eco Consult/Ipam);
sumário
Cláudia de Souza (Consórcio Eco Consult/Ipam); Fernando Camargo (Consórcio
1ª edição. Ano 2020
Eco Consult/Ipam); Luciana Rocha; Gunter Viteri (Consórcio Eco Consult/Ipam);
Octávio Nogueira e; Tatiana Aparecida Balzon. Estagiários: Gustavo Cobelo; Maria-
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
na Bitencourt e; Vitória Silva.
CapGestão Amazônia
Bitencourt (Equipe GIZ - Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável); Cláudia de
Souza, Fernando Camargo, Gunter Viteri e André Machado (Equipe Eco/Ipam - Projeto
Mercados Verdes e Consumo Sustentável) e Alexandre Vasconcellos de Melo
3. Rotulagem de produtos 56
Revisão Técnica 3.1. Rotulagem básica de bebidas, fermentados acéticos,
Coordenação Geral de Vinhos e Bebidas (CGVB)/Departamento de Inspeção vinhos e derivados da uva e do vinho (incluindo
de Produtos de Origem Vegetal (Dipov)/Secretaria de Defesa Agropecuária cachaça, licores, açaí, polpas dentre outros) 57
(DAS)/Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
Juçara Aparecida André, Eduardo Liborio Feitosa de Araujo e Maria Aldenir 3.2. Rotulagem de produtos de origem vegetal e animal 60
Mota de Brito
Projeto gráfico e diagramação: 4.2. Licenciamento das demais agroindústrias que não se
PREZOTTO, Leomar Luiz. Procedimentos para a Regularização de Empreendimentos enquadram na resolução 385/2006 do Conama 78
Anelise Stumpf (finotraco.com.br)
Comunitários, Familiares e Artesanais.– Brasília-DF; Instituto Sociedade, População e
Natureza (ISPN), 1ª edição, 2020.
Ilustrações:
ISBN: 978-65-87922-00-3
Daniel Dias Moreira 6. Mercados: cadeias curtas, institucionais e outros 80
1. Beneficiamento e comercialização; 2. Agroecologia; 3. Sustentabilidade;
4. Regularização Sanitária; 5. Enquadramento Jurídico; 6. Regularização Ambiental. Fotos:
Marizilda Cruppe (páginas 25, 26, 27, 32 e 34), disponíveis no site do SindRio
Instituto Sociedade, População e Natureza – ISPN Luciana Avellar (foto página 85) 7. Bibliografia consultada 86
SHCGN CLR Quadra 709 Bloco “E” Loja 38, CEP 70.750-515 Brasília - DF Acervo do ISPN
Contatos: (61) 3327-8085; instituto@ispn.org.br; www.ispn.org.br Acervo do Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável disponível em: https://
www.flickr.com
Apresentação
O Projeto Mercados Verdes e Consumo Sustentável, promovido pelo Governo Fede-
ral Alemão através da Deutsche Gesellschaft für lnternationale Zusammenarbeit (GIZ)
GmbH, com o apoio do consórcio ECO Consult Sepp & Busacker Partnerschaft e Ipam
Amazônia, em colaboração técnica com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-
tecimento (Mapa), dentre outras ações desenvolveu o Programa de capacitação em
gestão para técnicos/as de Ater – Programa CapGestão, também conhecido por Pro-
grama CapGestão Amazônia. O Programa CapGestão Amazônia tem o objetivo de
capacitar, com metodologias participativas, os técnicos/as que realizam a extensão
rural – pública e privada – visando melhorar a assistência à gestão das organizações
econômicas de produtores, para ampliar a comercialização dos produtos da agroe-
cologia e da sociobiodiversidade.
Com o objetivo de facilitar a vida das famílias do meio rural brasileiro que buscam
agregar valor aos seus produtos, por meio da agroindustrialização, foi idealizado este
Guia metodológico. Seu conteúdo busca reunir informações essenciais para esclarecer
técnicos e técnicas, produtores e produtoras, além de gestores e gestoras públicos,
sobre como fazer para que os produtos estejam aptos para acessar o mercado formal,
por meio de uma linguagem simples e direcionada aos empreendimentos comunitá- Frank
rios e familiares do meio rural. Kräemer
Diretor do Projeto
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Nesta primeira parte será apresentado um resumo do tecnologias alternativas, modernização de sistemas
PARTE I que é observado no meio rural sobre o enquadramen- de gestão, produção e divulgação de informações e
to jurídico dos empreendimentos. Este quadro inicial conhecimentos técnicos e científicos, promoção da
busca apresentar as principais formas de organização ética, da cidadania, da democracia e dos direitos hu-
dos empreendimentos
ras jurídicas e fiscais. tremamente limitada.
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
1.1. Formalização de empreendimentos individuais
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
b) Sócio-organizativos - considerando o número Este tipo de sociedade é constituída por cotas, distri-
buídas entre os sócios, conforme o capital que cada
É importante mencionar que quando os de associados e a participação de cada um na vida do
Como Empresa Individual: uma ter- empreendimento, ou seja, escolher um tipo de legali- um aportar. São sociedades de capital, e consequen-
ceira alternativa é a constituição de uma agricultores familiares legalizarem seus temente cada sócio terá direito a voto de acordo
zação mais adequada para fazer a gestão social, a auto
empresa individual. Essa empresa indivi- empreendimentos como empresa individual gestão, em que as pessoas proprietárias são o centro com a quantidade de cotas que possui na empresa.
dual pode se enquadrar como microem- (MEI, ME ou EPP), poderão perder a do processo e responsáveis pelas decisões a serem to- O lucro, por sua vez, é distribuído de acordo com a
presa – ME (a receita bruta não poderá condição de segurado especial da madas de forma democrática. Para constituir uma coo- participação de cada um no capital. Este tipo de figu-
ultrapassar R$ 360.000,00 por ano), ou ra jurídica segue todas as normas estabelecidas pelo
Previdência Social. Portanto, antes de perativa são necessárias 20 pessoas cooperadas. Uma
empresa de pequeno porte – EPP (re- associação, um condomínio, ou uma sociedade em- Código Comercial e demais normas sobre tributação
ceita bruta superior a R$ 360.000,00 e decidir por uma dessas figuras jurídicas é das empresas.
presarial pode ser constituída com duas ou mais pes-
menor que R$ 4.800.000,00 por ano). recomendável considerar esse risco e buscar soas. Ou seja, para o caso de pequenos grupos com
Esse enquadramento é importante, pois mais informações junto à Previdência menos de 20 pessoas a cooperativa não é possível.
quanto menor for a receita bruta da em- Social e receita estadual, do 1.2.2 Cooperativa
presa, menor será o valor dos impostos a
respectivo estado. c) Previdenciários - para preservar a condição de
serem pagos. seguridade especial dos agricultores familiares junto A Cooperativa é definida como sociedade civil, de
à Previdência Social. pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, não
sujeita à falência. Esse tipo de sociedade é regulamen-
As principais características dessas figuras jurídicas se- tada pela Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971.
rão explicitadas a seguir.
14 15
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Esse motivo pode ser de caráter social, filantrópico, dos têm permitido que esse tipo de sociedade desen-
científico e cultural. volva a comercialização.
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
No Brasil, existe um conjunto de normas que tratam da
PARTE II inspeção e fiscalização sanitária dos estabelecimentos
de alimentos. Essa legislação define o funcionamento
dos serviços de inspeção sanitária, bem como as regras
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
que são as instâncias intermediárias, e os municípios SUASA. Porém, o Mapa publicou as Instruções Normati- O conceito Produto artesanal definido pelo Decreto
vas IN n° I6/2015 e IN n° 5/2017, que estabelecem, em
Selo Arte do Selo Arte é:
e consórcios de municípios, como instância local.
todo o território nacional, as normas específicas de ins-
Para os produtos de origem animal (carnes e derivados, peção e a fiscalização sanitária de produtos de origem
ovos e derivados, leite e derivados, pescados e deri- animal, referente às agroindústrias de pequeno porte.
vados, mel e outros produtos apícolas), dentro do Sis- São requisitos para avaliação de equivalência ao SUA-
tema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária Produtos alimentícios de origem ani-
SA relativos à estrutura física, dependências e equipa-
(SUASA)1 tem o Sistema Brasileiro de Inspeção de Pro- mal produzidos de forma artesanal são
mentos de estabelecimento agroindustrial de pequeno
dutos de Origem Animal (SISBI-POA). Para participar produtos comestíveis elaborados com
porte de produtos de origem animal, na forma desta IN.
do SISBI/SUASA os serviços de inspeção dos estados, predominância de matérias-primas de
Dessa forma, essas IN´s são referências para o Serviço
dos municípios e dos consórcios devem solicitar ade- origem animal de produção própria ou
de Inspeção dos Estados (SIE) e dos Municípios (SIM)
são, de forma voluntária. A base para a adesão dos de origem determinada, resultantes de
implantarem suas legislações.
serviços ao SISBI/SUASA é o reconhecimento da sua técnicas predominantemente manuais
equivalência. Equivalência significa obter os mes- adotadas por indivíduo que detenha o
mos resultados em termos de qualidade higiênico- domínio integral do processo produti-
-sanitária e inocuidade dos produtos, mesmo que o vo, submetidos ao controle do serviço
Mesmo com a adesão
serviço de inspeção do estado ou município tenha de inspeção oficial, cujo produto final
de estados e municípios
sua própria legislação e que utilize critérios e proce- de fábrica é individualizado, genuíno e
ao SISBI/SUASA, as
dimentos de inspeção e de registro dos estabeleci- mantém a singularidade e as caracte-
agroindústrias devem ser
mentos, diferentes dos outros serviços de inspeção. O Selo Arte foi criado pela Lei n° 13.680, de 14 de ju- rísticas tradicionais, culturais ou regio-
registradas em um dos serviços nho de 2018, e regulamentado pelo Decreto n° 9.918, nais do produto.
Todo o funcionamento desses serviços será regido pela de inspeção: SIM ou SIE. de 18 de julho de 2019. O Selo Arte é uma forma de
própria legislação (lei, decreto, portaria, resolução, etc.) identificar os produtos artesanais, de origem animal;
dos respectivos estados e municípios. Ou seja, é a pró- não é, portanto, um serviço de inspeção. Além da
pria legislação do estado ou do município que definirá identificação, os produtos com o Selo Arte ficam libe-
os critérios e procedimentos de inspeção e de aprova- rados para serem comercializados em todo o Brasil, A implementação do Selo Arte ainda depende de no-
ção de plantas de instalações e o registro dos estabe- desde que estejam registrados em um serviço de ins- vos regulamentos a serem publicados pelo Mapa, es-
lecimentos, desde que não fira os princípios legais do peção oficial, ou seja, no SIF, SIE ou SIM. pecíficos para cada cadeia produtiva, bem como de
Mais informações sobre regulamentos estaduais que definirão os procedimen-
SISBI/SUASA no site: Para ter direito ao Selo Arte, o empreendimento de pro- tos detalhados para a concessão do Selo aos empre-
cessamento artesanal deve comprovar que atende aos endimentos. Mesmo assim, a Lei do Selo Arte permite
https://www.gov.br/agricultura/pt-
requisitos para ser reconhecido como artesanal e ter re- que os estados possam iniciar o processo de conces-
br/assuntos/suasa/sisbi-1/sisbi
1
Veja Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, disponível em: gistro sanitário em um serviço de inspeção, além de ter são do Selo, mesmo sem que os demais regulamentos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/De- as Boas Práticas Agropecuária e de Fabricação. tenham sido publicados.
creto/D5741.htm
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2.1.2. Produtos de Origem Vegetal
Para os produtos de origem vegetal, a divisão se 2.2. Registro de estabelecimentos no serviço de inspeção
dá da seguinte forma:
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a) Registro do estabelecimento no SIF II. Termo de compromisso no qual o estabelecimen-
7. recuo do alinhamento da rua;
1. área total;
3. área útil;
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g. listagem das instalações industriais, com as VII. Contrato Social da empresa registrado na Junta
seguintes informações: Comercial do estado, ou documento equivalente;
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Etapas para registro do estabelecimento no SIF:
Para registrar o estabelecimento é necessário apresentar uma lista de documentos e informações, conforme a seguir:
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Elaboração do 2 Entregar a 4
projeto: documentação e
projeto: Aprovação prévia
Juntar os demais
que compreende do projeto:
documentos listados: os documentos e o
as plantas da
unidade e o projeto devem ser o SIPOA analisa e
Requerimento do
Memorial Técnico entregues ao Serviço de envia o projeto para
responsável legal;
Sanitário do Inspeção de Produtos o DIPOA - Divisão de
Termo de Compromisso;
Estabelecimento. de Origem Animal Inspeção de Produtos
Inscrição Estadual ou de
(SIPOA) da região de de Origem Animal (em
Produtor ou Produtora
localização do futuro Brasília/DF), para fazer
Rural ou CPF; Licença
estabelecimento. a aprovação prévia
Ambiental Prévia (ou
e, após, devolve
equivalente); CNPJ ou
para o SIPOA.
documento equivalente.
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Construção da
agroindústria (instalações):
6 Instalação do SIF:
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b) Registro dos produtos no SIF
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Inclusão da lista de produtos no sistema:
Documentos necessários para o registro dos produtos Cadastro eletrônico:
Em seguida, o usuário cadastrado poderá
O primeiro passo é acessar o sitio do Mapa
Para fazer o registro dos produtos, os seguintes docu- fazer a inclusão de todos os produtos da
e fazer o cadastramento do representante
mentos e informações são necessários: agroindústria no Sistema PGA-SIGSIF. Nesse
legal, com os documentos: a) cópia do
momento é necessário o envio eletrônico
instrumento social do estabelecimento; e b)
I. Identificação do estabelecimento; dos documentos aqui listados. O registro
cópia do documento de identificação pessoal
é automático para todos os produtos já
do representante legal. O login e a senha
II. Dados de identificação e caracterização do produto; regulamentados pelo Mapa. Os demais
são obtidos mediante cadastro no Sistema
produtos, não regulamentados, passarão por
PGA-SIGSIF. Após, deve ser preenchido um
III. Composição do produto com indicação dos ingre- uma análise do Mapa para a aprovação.
“Formulário Complementar”, com o qual será
dientes em ordem decrescente de quantidade; estabelecido o vínculo do representante
legal e demais usuários com o seu respectivo
IV. Descrição do processo de fabricação; VII. Reprodução fidedigna e legível do rótulo, em estabelecimento e serão essas pessoas 3
cadastradas que poderão continuar acessando
suas cores originais, com a indicação de suas di-
V. Parecer do órgão regulador da saúde sobre uso o Sistema PGA-SIGSIF, ou seja, serão os Gerar o número do registro:
mensões e do tamanho dos caracteres das infor- usuários. Para mais detalhes ver o Manual de
de alegações de propriedade funcional ou de
mações obrigatórias do rótulo; e orientações sobre acesso ao Sistema PGA- O Sistema PGA-SIGSIF disponibiliza
saúde, quando existirem tais alegações no rótulo; SIGSIF, no endereço: https://www.gov.br/ automaticamente um número de registro para
VIII. Demais documentos exigidos em legislação para agricultura/pt-br/assuntos/inspecao/produtos- cada produto, que poderá ser gerado pelo
VI. Cálculo de processamento térmico para os pro- animal/sif/arquivos-sif/anexo-iii.pdf/view. representante (usuário) do estabelecimento.
concessão do registro de produtos específicos.
dutos em conserva, submetidos à esterilização
comercial para cada tipo de embalagem e peso
do produto;
Etapas para o registro dos produtos no SIF:
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Fluxograma de registro do estabelecimento e dos produtos no SIF
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
2.2.1.2. Serviço de Inspeção Estadual
Após o estabelecimento optar pelo registro
O SIE é ligado ao órgão de agricultura de cada esta- no SIM, deverá dirigir-se ao órgão munici-
do e regulamentado por leis e decretos estaduais. Os pal da agricultura do seu município para
estabelecimentos de produtos de origem animal re- iniciar o processo de registro apresentando
gistrados no SIE podem comercializar seus produtos um ofício. Junto com essa solicitação, de-
apenas dentro do território de seu estado. No entanto, verão ser enviados diversos documentos
se o SIE fez a adesão ao SISBI/SUASA, os produtos das (CNPJ/CPF e outros), plantas (baixa, fluxo,
agroindústrias inspecionadas por esse serviço pode- cortes, fachadas, situação), memorial téc-
rão ser comercializados em todo o Brasil. nico sanitário do estabelecimento, descri- polpas de frutas, os fermentados acéticos, a cachaça,
ção dos produtos, licença ambiental, alvará os licores e outros produtos além dos vinhos e deriva-
Para obter o registro no SIE, o estabelecimento deverá dos, além da uva e do vinho.
da saúde, resultado de análise da água e
iniciar o processo de registro apresentando um ofício à
outros. Cada município orientará sobre os
Secretaria da Agricultura do seu respectivo estado. Junto Os produtos oriundos de estabelecimentos de bebi-
procedimentos e outros documentos ne-
com essa solicitação, deverão ser enviados diversos docu- das e de classificação de produtos vegetais com re-
cessários para a obtenção do SIM, confor-
mentos (CNPJ/CPF e outros), plantas (baixa, fluxo, cortes, gistro no Sipeagro/Mapa podem ser comercializados
me legislação própria. De modo geral, esse
fachadas, situação), memorial técnico sanitário do esta- em todo o território nacional (sem restrição de área
processo é um pouco mais simples e mais
belecimento, descrição dos produtos, licença ambiental, para comercialização) e podem ser exportados para
rápido do que o registro no SIF ou no SIE.
alvará da saúde, resultado de análise da água e outros. outros países (para tanto basta indicar também a ati-
do, mas geralmente são semelhantes aos descritos no vidade de exportador quando for solicitar o registro
Outros documentos e procedimentos serão necessá- item anterior, sobre o registro no SIF. estabelecimento).
rios, o que varia conforme a legislação de cada esta-
2.2.1.3. Serviço de Inspeção Municipal 2.2.2. Registro de Estabelecimento 2.2.2.1. Registro do estabelecimento: produtor/
O SIM é ligado ao órgão de agricultura de cada muni- de Bebidas e de Classificação de envasador/ atacadista/ exportador e/ou impor-
tador de bebidas, fermentados acéticos, vinhos e
cípio e regulamentado por legislação municipal (leis, Produtos Vegetais derivados da uva e do vinho
decretos, portarias, instruções normativas). Os estabe-
lecimentos com registro no SIM podem comercializar O Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos As pequenas agroindústrias de bebidas da agricultura
seus produtos apenas no território de seu respectivo Agropecuários (Sipeagro) é a ferramenta eletrônica familiar e as unidades de produção artesanal de be-
município. No entanto, se o SIM fez a adesão ao SISBI/ do Mapa, utilizada para solicitação de registro de es- bidas têm um processo mais simplificado para o re-
SUASA, os produtos das agroindústrias inspeciona- tabelecimentos que trabalham com classificação de gistro. A Instrução Normativa do Mapa n° 72/2018 e o
das por esse serviço poderão ser comercializados em produtos vegetais e com a elaboração (produção, en- Decreto nº 10.026/2019 detalham os procedimentos
todo o Brasil. vase, padronização) de bebidas, o que inclui o açaí, as para o registro da seguinte forma:
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Documentos necessários para registro de Os documentos necessários para o registro estão b. Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP),
estabelecimento agroindustrial de pequeno porte descritos a seguir: ou documento equivalente, conforme lei
de bebidas e de derivados da uva e do vinho específica;
a. Comprovante de inscrição no CNPJ. caso
possua; c. Anotação de Responsabilidade Técnica,
Nessa categoria se enquadram as pequenas agroin- ou documento equivalente, expedido pelo
dústrias regulamentadas, respectivamente, pela Lei nº b. Declaração de Aptidão ao PRONAF (DAP), conselho de classe do Responsável Técnico
8.918, de 14 de julho de 1994, e pela Lei nº 7.678, de ou documento equivalente, conforme lei ou Declaração do órgão de extensão rural,
08 de novembro de 1988, e o Decreto no 5.741, de 30 específica; credenciado na Anater (datada, assinada
de março de 2006. e identificada, conterá a seguinte redação:
c. Declaração do órgão de extensão rural,
“Declaro, para fins de registro de estabele-
credenciado na Agência Nacional de As-
cimento familiar rural de produção de polpa
sistência Técnica e Extensão Rural (Anater)
e suco de fruta, regulamentado pela Lei nº
conforme Anexo IV da Instrução Normativa
13.648/2018 que, (nome, número no Ca-
nº 72/2018 ou Anotação de Responsabili- Documentos necessários para registro de dastro de Pessoas Físicas - CPF ou no CNPJ,
dade Técnica, ou documento equivalente, estabelecimento familiar rural de produção caso o estabelecimento possua, e endereço
expedido pelo Conselho de Classe do Res-
artesanal de polpa e suco de fruta do estabelecimento familiar rural) faz parte
ponsável Técnico;
do programa de assistência técnica presta-
d. Memorial descritivo das instalações e equi- da por este órgão que inclui supervisão por
Nessa categoria se enquadram as unidades de pro-
pamentos; técnico habilitado);
dução artesanal de polpa e suco de fruta (Lei n°
e. Manual de Boas Práticas; e 13.648/2018 e Decreto nº 10.026/2019), localizadas d. Memorial descritivo das instalações e equi-
em áreas rurais que estejam sob a responsabilidade pamentos;
f. Laudo de análise físico-químico e micro- de agricultor familiar, agricultora familiar ou empre-
biológica da água a ser utilizada no esta- e. Manual de Boas Práticas; e
endedor/empreendedora familiar rural (conforme Lei
belecimento, que contemple, no mínimo, n° 11.326/2006), com uso de matéria-prima exclusiva- f. Laudo de análise físico-químico e micro-
os seguintes parâmetros: cor, turbidez, pH,
mente produzida na propriedade familiar rural própria. biológica da água a ser utilizada no esta-
coliformes totais e cloro residual, que ateste
belecimento, que contemple, no mínimo,
sua potabilidade. Os documentos necessários para o registro estão des-
os seguintes parâmetros: cor, turbidez, pH,
critos a seguir:
coliformes totais e cloro residual, que ateste
sua potabilidade.
a. Comprovante de inscrição no Cadastro Nacio-
nal de Pessoa Jurídica (CNPJ), caso possua;
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Documentos necessários para registro de f. Projeto, Memorial descritivo das instalações com a categoria do estabelecimento, no
estabelecimento com Inscrição no CNPJ, exceto e equipamentos e Manual de Boas Práticas; Sipeagro, e enviar a solicitação. Orienta-se
aqueles exclusivamente importadores ou para que a referida solicitação somente seja
Em função da inexistência de g. Laudo de análise físico-químico e micro-
exportadores encaminhada quando a planta industrial
modelo de Memorial Descrito biológica da água a ser utilizada no esta- estiver em condições de ser vistoriada, con-
das Instalações e Equipamentos belecimento, que contemple, no mínimo, forme informado abaixo.
no Decreto nº 10.026/2019, Essa categoria refere-se aos demais estabelecimentos os seguintes parâmetros: cor, turbidez, pH,
recomenda-se o uso do previsto de bebidas que não se enquadram como de “peque- coliformes totais e cloro residual, que ateste • Após análise por parte do Auditor Fiscal
no Anexo I da Instrução no porte”, ou como “familiar rural de produção ar- sua potabilidade. Este documento poderá Federal Agropecuário (AFFA), caso não haja
Normativa nº 72/2018, tesanal”, conforme descrito a seguir. ser apresentado por ocasião da vistoria. pendências documentais, será agendada a
até que a devida lacuna realização da vistoria no estabelecimento,
Os documentos necessários para o registro estão sendo que todas as sessões deverão estar
seja sanada.
apontados a seguir: devidamente prontas e os equipamentos
montados no seu local definido, de forma
a. Cópia do CPF dos sócios da empresa ou re- Etapas para o registro do estabelecimento de
como foi disposto no projeto (planta baixa
presentante legal do estabelecimento; bebida no Sipeagro
e corte) anexado ao Sipeagro. Na ocasião
b. Comprovante de inscrição no Cadastro Na- serão avaliados os aspectos relacionados
cional de Pessoa Jurídica (CNPJ); à Instrução Normativa Mapa nº 05/2000,
A solicitação de registro de que trata do regulamento técnico para fab-
c. Contrato Social ou Ato Constitutivo conso- estabelecimento se faz pela ricação de bebidas e vinagres, inclusive
lidado com suas alterações, constando a Internet por meio do Sipeagro, vinhos e derivados da uva e do vinho, rel-
atividade do estabelecimento prevista em acessando-se o link: ativo às condições higiênico-sanitárias dos
Regulamentos das Leis nº 7.678/1988 e estabelecimentos. Para essa avaliação será
https://sistemasweb.agricultura.
nº 8.918/1994; gov.br/pages/SIPEAGRO.html aplicado o laudo de vistoria por um Auditor
fiscal federal agropecuário (AFFA).
d. Alvará de funcionamento da empresa,
quando aplicável, expedido pela Prefeitu-
ra Municipal ou pela Administração Regio- • O Representante Legal realizará o pré-ca-
nal do Distrito Federal (DF), ou documen- Modelo de laudo de vistoria no link:
dastro junto ao Sipeagro
to comprobatório de solicitação do alvará
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/
(protocolo) junto ao órgão competente; • Juntar e escanear toda a documentação solici-
assuntos/inspecao/produtos-vegetal/
tada / Construir ou reformar a planta industrial.
e. Anotação de Responsabilidade Técnica, ou arquivos/modelo-de-laudo-de-
documento equivalente, expedido pelo • Preencher as informações requeridas, in- vistoria.pdf/view
Conselho de Classe do Responsável Técnico; serir os documentos pertinentes, de acordo
38 39
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Por fim, o responsável pelo estabelecimento poderá
emitir o respectivo Certificado de Registro no próprio
Sipeagro e consultar a sua autenticidade.
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/
assuntos/insumos-agropecuarios/
insumos-pecuarios/alimentacao-
animal/arquivos-alimentacao-animal/
Previamente à construção ou reforma
manual-usuario-sipeagro-reg-de-
estabelecimento-v-1-09-04-2020.pdf/view
Fluxograma de registro de estabelecimento no Mapa (produtor /
de planta industrial, RECOMENDA- envasador / atacadista / padronizador / exportador / importador de
-SE que o projeto (planta baixa
e cortes) seja apresentado à O passo a passo para fazer o registro do bebidas, fermentados acéticos, vinhos e derivados da uva e do vinho)
equipe de fiscalização do Mapa estabelecimento está disponível no link:
da Superintendência Federal de
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/
Agricultura no estado onde está
inspecao/produtos-vegetal/arquivos/sipeagro-
localizado o empreendimento, de Providenciar a documentação necessária e construir/reformar a planta industrial
modulo-produtos.pdf/view
modo a buscar orientações acerca
da adequação do mesmo
ao disposto na Instrução Realização do pré-cadastro pelo Representante Legal junto ao Sipeagro
Normativa nº 05/2000.
As empresas que
migrarem do registro Preencher as informações, inserir os documentos no Sipeagro e enviar a solicitação
Ressalta-se ainda que além dos pontos destacados no antigo para o Sipeagro,
Laudo de Vistoria, o AFFA poderá realizar exigências apesar de obterem novo
adicionais, relacionadas às especificidades do(s) pro- certificado e novo número de
Agendamento e realização da Vistoria Oficial pelo Mapa
duto(s) que será(ão) produzido(s), conforme o caso. registro, terão a validade do registro
Após realizada a vistoria, caso não haja exigências, o anterior, por se tratar apenas de uma
registro do estabelecimento será deferido pelo Mapa, migração de dados.
o qual terá a validade de 10 anos. Não é cobrada ne- Deferimento do Registro do Estabelecimento
nhuma taxa para registro de estabelecimento.
40 41
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Por fim, o responsável pelo estabelecimento poderá
emitir o respectivo Certificado de Registro no próprio
A denominação, os percentuais Após inserir a solicitação no Sipeagro, o regis- Sipeagro e consultar a sua autenticidade.
dos ingredientes, aditivos, tro será deferido automaticamente, o qual
entre outras informações que terá a validade de 10 anos. Não é cobrada
compõem o Padrão de Identidade nenhuma taxa para registro de produto. Manual para consultar, emitir e
e Qualidade – PIQ do produto,
autenticar certificado de registro Mapa
estão descritos em legislação
correspondente ao mesmo. Para https://www.gov.br/agricultura/pt-br/
consulta simplificada de todos Como o registro é concedido de forma automática, as assuntos/inspecao/produtos-vegetal/
os produtos e seus respectivos informações ali inseridas são de responsabilidade do arquivos/manual-para-consultar-emitir-e-
padrões, acessar a Norma estabelecimento, que está sujeito às penalidades pre- autenticar-certificado-de-registro-mapa-
Operacional nº 1, de 24 de vistas nos Decretos nº 6.871/2009, nº 8.198/2014, ou sipeagro.pdf/view
janeiro de 2019 , disponível em: nº 10.026/2019, caso existam incorreções no registro.
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/
2.2.2.2. Registro de produtos: bebidas, assuntos/inspecao/produtos-vegetal/
fermentados acéticos, vinhos e derivados legislacao-1/bebidas a. As alterações da composição de um necessitarão diferentes
da uva e do vinho produto não acarretam um novo registros (exemplo: mesmo
registro, desde que mantida a mesma ingrediente, mas diferentes
denominação. tempos de envelhecimento).
O estabelecimento produtor, envasador, padroniza-
dor e/ou atacadista de vinhos, derivados da uva e do b. A utilização de diferentes d. Os produtos submetidos a diferentes
vinho e de bebidas em geral (que inclui a cachaça, o
marcas comerciais, pelo mesmo tratamentos físicos não necessitam
açaí, as polpas de frutas, os licores, os fermentados
Em razão da constante estabelecimento, não enseja novo de novo registro, desde que não seja
acéticos, dentre outros produtos), deve registrar cada
atualização do documento registro de produto, devendo ser alterada a sua composição.
produto que pretende produzir.
presente no link acima, informado no campo correspondente
e. O produto será registrado somente
A solicitação para registro de produto deve ser apre- recomenda-se que seja do Sipeagro todas as marcas a serem
sentada ao Mapa por meio do Sistema Sipeagro. Após utilizadas. na unidade central, sendo este
acessado diretamente no
o deferimento do registro de estabelecimento, novos registro válido para todas as unidades
site do Mapa, sem realizar
usuários e senhas são encaminhados, via e-mail, para c. Os produtos que tiverem industriais e estabelecimentos de
download.
o Representante Legal (RL) e para o Responsável Téc- suas características alteradas terceiros, indicadas no certificado de
nico (RT) do estabelecimento. Ambos têm o perfil de pelo processo de elaboração registro do produto.
usuário para registro de produtos.
42 43
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Casos de isenção de registro de estabelecimento e bebidas, que engarrafem no mesmo local e proce-
de produto (bebidas) dam a imediata venda, de produtos regularmente
2.2.2.3. Registro de estabelecimento que
registrados no Mapa. processe, industrialize, beneficie ou embale O Mapa possui padrões oficiais de classifica-
ção para mais de 60 (sessenta) produtos vege-
produto vegetal padronizado pelo Mapa tais, entre fibras (algodão, juta, rami, etc.), grãos
Conforme Artigo 32 da Instrução Normativa nº Um exemplo de produto que se enquadra nessa cate-
72/2018, as bebidas produzidas com as finalidades goria de NÃO registrado no Mapa é o açaí preparado (arroz, feijão, milho, soja, ervilha, etc.), óleos (de
descritas a seguir não precisam ser registradas no no próprio local de venda direto para o consumidor ou soja, de milho, de girassol, etc.), farinhas (de
Mapa. Porém, esses produtos estão sujeitos à fiscaliza- consumidora, e consumo no mesmo dia do preparo. mandioca, de trigo, etc.), hortícolas (abacaxi,
ção da Vigilância Sanitária de cada local. alho, banana, batata, cebola, kiwi, maçã, etc.),
entre outros (tabaco, cravo, pimenta do reino,
I. produto destinado a concurso de qualidade; Em caso de dúvidas contatar castanha do Brasil, amêndoa da castanha de
a Superintendência Federal de caju, etc.). No Padrão Oficial de Classificação
II. produto destinado ao desenvolvimento de pes- estão definidos as especificações e critérios
Agricultura no respectivo estado.
quisa, desde que: de identidade e qualidade, a amostragem, o
Contatos e endereços no link:
modo de apresentação e a marcação ou rotu-
a. seja identificado e segregado do destina-
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/ lagem para esses produtos. Apenas estão au-
do à comercialização; e
acesso-a-informacao/institucional/ torizadas a classificar os produtos vegetais em-
b. disponha de documentação que caracte- quem-e-quem/superintendencias- presas ou entidades credenciadas pelo Mapa.
rize a atividade de pesquisa. federais-de-agricultura-sfa
44 45
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
As pessoas físicas ou jurídicas que por conta própria Documentos necessários para registro
ou como intermediária processem, industrializem, se de estabelecimento classificador de
Para saber quais produtos
beneficiem ou embalem produto vegetal padroniza- produto vegetal
devem ser registrados no CGC/
do pelo Mapa, deve se registrar no Cadastro Geral de
Mapa, e em qual nível, acessar:
Classificação (CGC) por meio do Sipeagro.
Esta categoria inclui a pessoa física ou jurídica ha-
https://www.gov.br/agricultura/pt-
Todo estabelecimento que trabalha com produto ve- bilitada ou credenciada como classificador ou a
br/assuntos/inspecao/produtos-
getal padronizado, e para registro no CGC/Mapa de- pessoa jurídica credenciada na atividade de clas-
vegetal/registro/cgc_mapa/
verá cumprir com os requisitos de Boas Práticas de sificação de produto vegetal; pessoa física ou jurí-
listagem-de-produtos-passiveis-
Higiene para a produção, elaboração e fabricação, dica de Direito Público ou Privado, que por conta
de-registro-no-cgc-mapa
conforme estabelecido na Instrução Normativa n° 23, própria ou como intermediária processe, indus-
de 25 de março de 2020. trialize, beneficie ou embale produto vegetal, de
acordo com o disposto na Instrução Normativa
O registro no CGC/Mapa será segmentado nos níveis n° 9/2019. O registro no Cadastro Geral de Clas-
básico, intermediário e completo, de acordo com: sificação (ICGC/Mapa) previsto no inciso II do ar- Os documentos necessários para o registro de
tigo 3º e no artigo 4º desta Instrução Normativa, acordo com a Instrução Normativa n° 9/2019, estão
será segmentado nos níveis básico, intermediá- descritos a seguir:
rio e completo, de acordo com:
a. Para o registro enquadrado no nível básico: não
I. a atividade; será necessária a apresentação de documentação
complementar e realização de vistoria, sendo a
II. o produto; concessão realizada de forma automática pelo sis-
III. fluxograma ou memorial descritivo conten-
tema eletrônico do Mapa (Sipeagro).
III. a amplitude de comercialização; do o detalhamento das etapas de produção,
b. Para o registro enquadrado no nível intermedi- mencionando o tipo e a função de cada
IV. as exigências dos países importadores; equipamento, bem como a capacidade de
ário: será necessária a inclusão no sistema eletrô-
nico do Mapa da seguinte documentação com- produção instalada, contendo, no mínimo,
V. os riscos identificados associados ao produto;
plementar: as informações apresentadas no Anexo IV
VI. os resultados de monitoramentos oficiais; deste Manual;
I. alvará de funcionamento da empresa, emiti-
VII. o histórico de fiscalizações ou auditorias; e do pelo órgão competente, se for o caso; IV. manual de boas práticas; e
VIII. as ocorrências de notificações de não confor- II. Contrato Social ou outro ato constitutivo con- V. no caso de importador, fica dispensada a
midades nacionais ou internacionais. solidado com suas alterações, se for o caso; apresentação da documentação citada nos
46 47
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
incisos III e IV do artigo 9. da IN 9/2019 e nes- III. no caso de importador fica dispensada
se caso deverá apresentar uma declaração a apresentação da documentação citada
com o compromisso de adquirir produto re- no inciso I do artigo 10 da IN 9/2019 e
gistrado ou com autorização de livre venda nesse caso deverá apresentar uma de-
ou com autorização do país de origem para claração com o compromisso de adquirir
processar, beneficiar, industrializar ou emba- produto registrado ou com autorização
lar produto vegetal para exportação. de livre venda ou com autorização do
país de origem para processar, beneficiar,
industrializar ou embalar produto vegetal
para exportação.
48 49
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
DIRETORIA COLEGIADA
tal, exceto de bebidas e de classifi- nº 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso II e nos §§ 1º e 3º
do art.54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da
ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e a
lução nº 19/1999)
4300078 ALIMENTOS PARA DIETAS COM RESTRIÇÃO DE NUTRIENTES
serviço de Vigilância Sanitária de cada um dos acordo com os formulários e procedimentos descritos
municípios brasileiros, alguns dos quais ainda nas Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) da Anvi- • Alimentos infantis (RDC nº 42/2011, RDC nº
em fase de implementação. sa n° 23/2000 e n° 22/2000. Os processos são enca- 43/2011, RDC nº 44/2011, RDC nº 45/2011, Por-
minhados ao órgão estadual, e nos casos necessários, taria nº 34/1998, Portaria nº 36/1998, Lei nº
A Anvisa coordena, supervisiona e controla as
seguem posteriormente à Anvisa para conclusão e pu- 11.265/2006, Decreto nº 8.552/2015 e RDC nº Veja a lista dos
atividades de registro, informações, inspeção,
blicação do registro no Diário Oficial da União (DOU). 222/2002) produtos aqui:
controle de riscos e definição das normas e pa-
drões. O objetivo é garantir as ações de vigi- As seguintes categorias têm obrigatoriedade de • Fórmulas para nutrição enteral (RDC nº 21/2015 e http://portal.anvisa.gov.br/
lância sobre os alimentos, as bebidas, as águas registro, conforme estabelecido no Anexo II da RDC nº 22/2015) registros-e-autorizacoes/
envasadas, seus insumos, suas embalagens, RDC nº 27/2010: alimentos/produtos/isencao-
aditivos alimentares e coadjuvantes de tecno- • Embalagens com novas tecnologias recicladas de-registro
logia, limites de contaminantes e resíduos de • Novos alimentos e novos ingredientes (Resolução (PET-PCR grau alimentício regulamentado pela
medicamentos veterinários. nº 16/1999 e Resolução nº 17/1999) RDC nº 20/2008)
50 51
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
b) Legalização dos estabelecimentos Portanto, as pequenas agroindústrias do microempreen-
dedor individual, da agricultura familiar e da economia
solidária, com produtos considerados de baixo risco sa-
Os estabelecimentos de processamento de alimentos nitário, antes de iniciar a produção, devem comunicar à
também devem ser licenciados pela Vigilância Sani- Vigilância Sanitária local que vai iniciar o processamento
tária municipal ou estadual, mediante a expedição da de alimentos. O comunicado de início de fabricação é o
licença ou alvará sanitário (ou equivalente). As peque- documento que comprovará a regularização perante o
nas agroindústrias podem ser enquadradas em proce- Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS).
dimentos diferenciados mais simples, conforme des-
crito na sequência.
19/06/2020 Ministério da Saúde
ADVERTÊNCIA
Este texto não substitui o publicado no Diário Oficial da União
Pequenas agroindústrias
enquadradas na RDC n° 49/2013 Ministério da Saúde
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
Produtos dispensados de registro e de • Produtos de panificação, pastifício, pastelaria, con- RESOLUÇÃO-RDC N° 49, DE 31 DE OUTUBRO DE 2013
comunicado de início de fabricação feitaria, doceria, rotisseria e de sorveteria, quan- A RDC n° 49/2013 estabeleceu procedimentos simpli- Dispõe sobre a regularização para o exercício de
atividade de interesse sanitário do microempreendedor
individual, do empreendimento familiar rural e do
do exclusivamente destinados à venda direta ao ficados para a legalização sanitária de agroindústrias empreendimento econômico solidário e dá outras
providências.
Alguns produtos são dispensados da obrigatoriedade CONSUMIDOR/A, efetuada em balcão do próprio do microempreendedor individual (MI), dos empreen- A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso das atribuições que lhe conferem os
incisos III e IV, do art. 15 da Lei n.º 9.782, de 26 de janeiro de 1999, o inciso II, e §§ 1° e 3° do art. 54 do Regimento
de registro, bem como da necessidade de informar o PRODUTOR/A, mesmo quando acondicionados dimentos da agricultura familiar e da economia soli-
Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria nº 354 da ANVISA, de 11 de agosto de 2006, republicada no DOU
de 21 de agosto de 2006, e suas atualizações, tendo em vista o disposto nos incisos III, do art. 2º, III e IV, do art. 7º da
Lei n.º 9.782, de 1999, e o Programa de Melhoria do Processo
de Regulamentação da Agência, instituído por meio da Portaria nº 422, de 16 de abril de 2008, em reunião realizada em
início de fabricação, são eles: em recipientes ou embalagens com finalidade de dária, considerados de baixo risco sanitário. A gran- 29 de outubro de 2013, adota a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu Diretor-Presidente Substituto, determino
a sua publicação:
facilitar sua comercialização. fiscalização pela vigilância sanitária, exercidas pelo microempreendedor individual, pelo empreendimento familiar rural e
como produtos considerados de baixo risco sanitário. sanitária de bens e serviços para promover a geração de renda, emprego, trabalho, inclusão social e desenvolvimento
• Aditivos alimentares (intencionais) inscritos na Far- socioeconômico do país e auxiliar na erradicação da pobreza extrema.
macopeia Brasileira, os utilizados de acordo com as I - Microempreendedor individual, conforme definido pela Lei Complementar nº 123, de 19 de dezembro de 2008 e
Boas Práticas de Fabricação e aqueles dispensados II - Empreendimento familiar rural, conforme definido pela Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, com receita bruta
pelo órgão competente do MS; III - Empreendimento econômico solidário, conforme definido pelo Decreto nº 7.358, de 17 de novembro de 2010,
Mais informações: nitária do município. No ato de preenchimento desse com receita bruta em cada ano-calendário até o limite definido pelo inciso II, do Art. 3º, da Lei Complementar nº 123, de
14 de dezembro de 2006.
cadastro, que é simples e rápido, é gerado um núme- CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES
de Identidade e Qualidade, usados como ingre- ro de registro, e imediatamente a agroindústria está I - os princípios da Constituição Federal e do Sistema Único de Saúde previstos na Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990;
registros-e-autorizacoes/ autorizada a produzir e comercializar seus produtos. A II - inclusão social, produtiva e de boas práticas estabelecidas pelos órgãos de vigilância sanitária para o
dientes alimentares, destinados ao emprego na microempreendedor individual, empreendimento familiar rural e empreendimento econômico solidário, produtores de
bens e prestadores de serviços sujeitos
alimentos/produtos/isencao- Vigilância Sanitária tem o prazo de até 180 dias, após
à ação da vigilância sanitária;
preparação de alimentos industrializados, em esta- III - harmonização de procedimentos para promover a formalização e a segurança sanitária dos empreendimentos
incluídos na legislação brasileira de alimentos; to e verificar se há necessidade de algum ajuste na bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2013/rdc0049_31_10_2013.html 1/4
52 53
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Demais agroindústrias
54 55
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
A rotulagem deve constar na embalagem dos produtos
PARTE III de todos os estabelecimentos objeto deste documen-
visíveis e legíveis, com tamanho superior a 1 mm para a
maior parte das informações.
to. Rótulo é a inscrição, legenda, imagem, matéria des-
critiva ou gráfica, que esteja escrita, impressa, estampa- Devido à complexidade do tema, as informações se-
56 57
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
familiar rural onde foi produzido: Localização da Marca comercial: Conforme definida pelo interessado. Identificação do lote ou da partida: Precedida da
planta industrial com todas as informações cabíveis expressão “Lote” ou letra “L”.
(Ex: tipo de logradouro, nome do mesmo, bairro/dis- Ingredientes, em ordem decrescente de volume:
trito, cidade, estado – UF, CEP, etc). Precedida da expressão “Ingredientes” ou “Ingr.”. Prazo de validade: Precedida da expressão “Valida-
de”, “Consumir antes de...”, “Válido até...”, “Val:”, “Ven-
Classificação do estabelecimento de industrialização A expressão: Indústria Brasileira, por extenso ou ce”, “VENCIMENTO”, “VCT”, “VENC:”, “CONSUMIR
com relação à atividade: Produtor ou elaborador; Pa- abreviada: A critério do interessado (ex: Ind. Brasileira) PREFERENCIALMENTE ANTES DE: MÊS/ANO”.
dronizador; Envasilhador ou Engarrafador; Atacadista;
Conteúdo, expresso em massa (gramas ou quilo- Frase de advertência, conforme estabelecido em
Exportador e Importador. Normalmente essa informa-
gramas), ou em volume (mililitros ou litros), expres- legislação específica.
ção precede a razão social ou nome (pessoa física). Ex:
so na unidade de medida correspondente, de acor-
Produzido e Envasilhado por Indústria (inserir nome).
do com normas específicas: Precedida da expressão Outras informações previstas em legislação espe-
Número do registro do produto no Ministério da “Peso Líquido”, “Conteúdo Líquido” ou “Peso Liq.”. cífica da Anvisa: Ex: Informação Nutricional, Contém
Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou o número Glúten / Não Contém Glúten, etc.
Graduação alcoólica, expres-
do registro do estabelecimento importador, quan-
sa em porcentagem de volu-
do bebida importada: De acordo com o informado Número da Declaração de Aptidão ao Programa me alcoólico, quando bebida
no respectivo Certificado de Registro de Produto. O Nacional de Fortalecimento da Agricultura Fami- alcoólica: De acordo com defi-
referido número deverá ser precedido da expressão liar ou documento correlato: informação extraída da nido para o produto.
“Registro Mapa:”, atendendo às demais regras previs- DAP ou documento afim.
tas no Art. 29 da Instrução Normativa nº 72/2018. Grau de concentração e for-
Denominação: De acordo com o informado no res- ma de diluição, quando se
pectivo Certificado de Registro de Produto, em cai- tratar de produto concentra-
xa alta e com altura de letra igual ou superior a dois do: De acordo com definido
milímetros para os produtos previsto no Decreto nº para o produto.
10.026/19, e sem variação de padronização das pala-
vras, no caso das compostas. Grau de concentração acéti-
ca, em porcentagem, quan-
Classificação do produto: Não fermentado e não al- do se tratar de vinagre: De
coólico; fermentado não alcoólico; fermentado alcoó- acordo com definido para o
lico; destilado alcoólico; vinagre; alcoólico por mistu- produto.
ra. Importante ressaltar que essa exigência é exclusiva
para os produtos abarcados pelo Regulamento da Lei Forma de diluição, quando se
nº 7.678/88, aprovado pelo Decreto nº 8.198/14 (vi- tratar de xarope, preparado
nhos e derivados da uva e do vinho). líquido ou sólido: De acordo
com definido para o produto.
58 59
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
decrescente da proporção, exceto os que têm um úni- Prazo de validade: deve estar presente de forma vi-
co ingrediente (açúcar, sal, farinha de mandioca). Os sível e clara no rótulo o prazo de validade. Produtos
aditivos alimentares também devem ser indicados. que exijam condições especiais para sua conservação
Confira as demais
O rótulo da bebida não deverá conter Conteúdo líquido: no rótulo deve constar a quanti-
devem ser indicados o local de armazenamento (con-
especificações para a gelador, geladeira) e a data de vencimento correspon-
informação que suscite dúvida ou que rotulagem da bebida que dade do produto, podendo ser expressa em mililitro dente. O mesmo se aplica a alimentos que possam al-
seja falsa, incorreta, insuficiente ou que pretende produzir consultando (ml), litro (l), grama (g), quilo (kg) ou outra unidade. terar-se depois de aberta a sua embalagem.
venha a induzir a equívoco, erro, confusão a Norma Operacional nº 1,
Identificação da origem: devem ser indicados o Instruções sobre o preparo e uso do alimento: quan-
ou engano, em relação à identidade, de 24 de janeiro de 2019 ,
nome ou razão social, CNPJ ou CPF, o endereço do fa-
disponível em: do necessário, o rótulo deve conter as instruções ne-
composição, classificação, padronização, bricante e, também, o telefone e o e-mail, para facilitar cessárias sobre o modo apropriado de preparo e uso.
natureza, origem, tipo, qualidade, https://www.gov.br/agricultura/pt- o contato em caso de dúvidas, críticas ou sugestões,
rendimento ou forma de consumo da br/assuntos/inspecao/produtos- além de Marca Registrada. Advertências: informa possíveis advertências quan-
vegetal/legislacao-1/bebidas do for necessário, de acordo com regulamentos es-
bebida, nem lhe atribuir qualidade Identificação do lote: no rótulo deve constar a infor- pecíficos, por exemplo, "contém glúten", "não contém
terapêutica ou medicamentosa. mação que permita identificar o lote a que pertence o glúten", etc.
respectivo produto.
Os rótulos dos produtos de origem vegetal devem Denominação do produto: nome específico que in-
conter as informações sobre suas qualidades, com dica a origem e as características do produto, como
base em padrões oficiais, os quais poderão ser obser- por exemplo: queijo, bolacha, doce de goiaba.
vados por meio do link:
Indústria Brasileira: para produtos nacionais.
https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inspe-
cao/produtos-vegetal/normativos-cgqv/relacao-dos- Lista de ingredientes: o rótulo deve conter a descri-
-produtos-padronizados.pdf ção de todos os ingredientes do produto, por ordem
60 61
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Informações nutricionais: A RDC nº 359/2003 e a RDC
nº 360/2003 da Anvisa regulamentam sobre a rotula-
gem nutricional de alimentos embalados. Os alimen- 1. A Anvisa incentiva os fabricantes 2. Outros “minerais” e “vitaminas” farão
tos e bebidas produzidos e embalados na ausência do de alimentos e bebidas a dispor parte do quadro obrigatoriamente
cliente e pronto para a venda aos consumidores e con- nos rótulos as informações quando se fizer uma declaração de
sumidoras, devem ter as informações nutricionais pre- referentes ao conteúdo de propriedades nutricionais ou outra declaração
sentes no rótulo, por porção (fatia, copo, unidade, etc.). colesterol, cálcio e ferro, com o que faça referência a estes nutrientes.
objetivo de aumentar o nível de Optativamente, podem ser declarados
Para fins de declaração de informação nutricional, de-
vem ser utilizados os valores diários de referência de conhecimento do consumidor vitaminas e minerais quando estiverem
nutrientes (VDR) e os valores de ingestão diária reco- Informações nutricionais – porção de .... e da consumidora, desde que o presentes em quantidade igual ou maior a
mendada de nutrientes (IDR). A seguir, modelo de ro- produto apresente quantidade 5% da Ingestão – IDR, por porção indicada no
tulagem nutricional. Quantidade/ igual ou superior a 5% da IDR. rótulo.
Tipo de pergunta %VD (*)
porção
Valor calórico ..... .....
62 63
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
As Boas Práticas de Fabricação (BPF) abrangem um estabelecimento de boas práticas de produção e
PARTE IV conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas prestação de serviços na área de alimentos.
indústrias de alimentos e pelos serviços de alimenta-
ção, a fim de garantir a qualidade sanitária e a confor- • Portaria do Mapa n° 368/1997: Estabelece os
Boas práticas de fabricação midade dos alimentos com os regulamentos técnicos. requisitos gerais (essenciais) de higiene e de boas
práticas de elaboração para alimentos elaborados/
industrializados para o consumo humano a toda
pessoa física ou jurídica que realize atividades de
A legislação sanitária federal regulamenta elaboração/industrialização, fracionamento, arma-
essas medidas em caráter geral, aplicável a zenamento e transporte de alimentos destinados
todo o tipo de indústria de alimentos e servi- ao comércio nacional e internacional;
ço de alimentação, e, também, de modo es-
pecífico, voltadas às indústrias que proces- • Instrução Normativa nº 05/2000: Aprova o Re-
gulamento Técnico para a fabricação de bebidas e
sam determinadas categorias de alimentos.
vinagres, inclusive vinhos e derivados da uva e do
vinho, dirigido a estabelecimentos elaboradores e
ou industrializadores.
A legislação que aborda o tema das boas práticas
para produtos de origem vegetal e de origem animal
é composta, principalmente, por:
64 65
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
• Instrução Normativa nº 23/2020: Regulamento a. Boas práticas de fabricação em relação ao pessoal • remover todo o tipo de adorno (anéis, brincos,
Técnico do Mercosul sobre as condições higiêni- pulseiras, relógio), entre outros;
co-sanitárias e de BPF para estabelecimentos ela- Todas as pessoas que manipulam alimentos devem
boradores/industrializadores de produtos vege- receber instruções adequadas em relação às regras • evitar a prática de atos não sanitários, como: co-
tais, subprodutos e resíduos de valor econômico. básicas sobre os aspectos higiênico-sanitários, na ma- çar a cabeça; introduzir o dedo na orelha, nariz ou
nipulação dos alimentos e higiene pessoal, de forma a boca; tossir ou espirrar sobre os alimentos; fumar
adotar as precauções necessárias para evitar a conta- ou outras práticas anti-higiênicas.
minação dos alimentos.
As BPF envolvem a manipulação, armazena-
gem e transporte de insumos, matérias-pri- Além disso, devem possuir carteira de saúde, emiti-
mas, embalagens, utensílios, equipamentos da pelo órgão de saúde local. Se houver suspeita de b. Boas práticas em relação às operações
e produtos. São requisitos essenciais e ne- alguma enfermidade ou problema de saúde, o ma-
De forma mais específica, a finalidade da aplicação Em relação ao processamento, devem ser observadas
cessários, aplicados em todas as etapas do nipulador deve ser afastado das atividades até a sua
das BPF, são: as seguintes recomendações:
processo produtivo, para garantir a qualida- completa recuperação.
de dos produtos. • os manipuladores devem ter funções bem defini-
• ofertar produtos inócuos ao consumidor e à con-
sumidora; das dentro da área de processamento;
• controlar as condições das superfícies que entram • as áreas de produção, embalagem e armazenagem
O comportamento no devem estar limpas e livres de materiais estranhos
em contato direto com o alimento, para minimizar
ambiente de trabalho é ao processo. Também devem ser identificadas as
contaminações cruzadas;
importante para a obtenção matérias-primas, os insumos e os produtos finais;
• controlar as condições ambientais de processamento, de alimentos inócuos.
para minimizar contaminações pós-processamento;
66 67
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
• as matérias-primas e insumos devem ser utilizadas • os equipamentos e utensílios devem ser mantidos • os pisos devem ser antiderrapantes, impermeá-
de acordo com o prazo de validade, e mantidas em bom estado de conservação e funcionamento. veis, de fácil limpeza e sanitização;
nas condições recomendadas até o uso; Após o término de uma manutenção, o equipamen-
to deve ser limpo e sanitizado antes de seu uso; • entre a parede e o teto não devem existir aberturas
• evitar iniciar um processo de fabricação num dia e que propiciem a entrada de insetos ou pássaros.
continuá-lo no dia seguinte; • os recipientes para lixo devem ser exclusivos, man-
tidos limpos e corretamente fechados;
• evitar o trânsito de pessoas ou materiais estranhos
d. Boas práticas de fabricação
na unidade de processamento; • os recipientes para lixo devem ser estrategicamen-
te colocados na unidade de processamento, onde em relação ao controle de pragas
• as operações industriais devem ser organizadas para for necessário, porém afastados dos alimentos.
Pragas são animais que vivem dentro ou sobre os pro-
otimizar o processo e evitar contaminação cruzada,
dutos, causando destruição, contaminação ou outros
com por exemplo, a limpeza e sanitização devem
problemas. As pragas mais comuns nas áreas de ma-
ser realizadas antes e depois do processamento; c. Boas práticas de fabricação
nipulação de alimentos são:
em relação às instalações
• produtos que serão reprocessados devem ser
Algumas condições básicas devem ser consideradas • roedores, como ratos e camundongos;
mantidos em boas condições, para não afetarem a
qualidade do produto final; em relação à estrutura física da agroindústria, como:
• insetos, como moscas, baratas, traças, formigas,
entre outros;
• produtos deteriorados, devolvidos pelos clientes, • a área circunvizinha não deve representar riscos
para a higiene da unidade;
nunca devem entrar na área de processamento, e • pássaros.
devem ser armazenados separadamente, devida-
• o espaço interno deve ser suficiente para a correta
mente identificados, até a sua destruição; instalação dos equipamentos, realizar as operações
e estocagem de matéria-prima e produtos finais;
• quando estiverem sendo realizadas reformas em As áreas de processamento devem ser pla-
instalações e/ou reparos em equipamentos, a pro- • não deve haver contato de matéria-prima e pro- nejadas, construídas e manejadas de ma-
dução deve ser interrompida; duto acabado, para evitar contaminação cruzada; neira que as pragas não tenham condições
de sobreviver. Deve-se controlar o acesso
• embalagens de insumos e de produtos não de- • os sanitários e vestiários não devem ter comunica- das pragas à área de manipulação, evitan-
vem ser utilizadas para outras finalidades; ção direta com a área de processamento; do condições de alimentação e reprodução,
dificultando com isso sua probabilidade de
• deve ser evitado o uso de panos na área de produção; • as janelas não devem possuir peitoril na parte in- existência. Com qualquer evidência de pre-
terna, para evitar o acúmulo de poeira;
• o equipamento deve satisfazer os padrões de hi- sença de pragas, deve-se agir rapidamente
giene, ou seja, deve ser adequado ao processo e para corrigir o problema.
• as paredes e tetos devem ser lisos, laváveis, imper-
compatível com a sua capacidade de produção; meáveis e de cor clara;
68 69
Procedimentos para a regularização de empreendimentos
os comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
b. POPs e PPHOs sempre disponíveis para consulta imediata no am-
Algumas sugestões de medidas preventivas para os insetos: biente de produção da agroindústria.
São ferramentas importantes para a implementação
das BPF, servindo de instrução para realização dos De acordo com a legislação, cada agroindústria deve
Fazer inspeções regulares Instalar lâmpadas diversos procedimentos na agroindústria. A principal implementar seus programas de autocontroles e ter
Instalar telas laváveis em
de manutenção, corrigindo UV (ultravioleta) para finalidade é a padronização da execução desses pro- seu próprio Manual elaborado. Para isso, deve buscar
todas as janelas
qualquer problema controlar os insetos cedimentos, de tal forma que qualquer trabalhador apoio de técnicos com conhecimento específico no
possa executá-los de maneira idêntica. tema (de instituições públicas ou privadas), para im-
plementar as BPF.
Conforme a legislação, as agroindústrias devem ter ao
Conservar alimentos em Fazer encaixe perfeito em Limpar imediatamente menos nove POPs e PPHOs, referentes à: Tendo em vista que o programa de BPF é um instru-
recipientes bem fechados portas e janelas qualquer lixo derramado mento básico de orientação e registro de controle
• Manutenção preventiva e calibração de equipa- de qualidade, ressalta-se que outras ferramentas,
mentos; progressivamente, deveriam ser adotadas pelos es-
tabelecimentos, pois o Mapa, por meio de audito-
Armazenar produtos fora do Realizar vedação As áreas de manipulação • Seleção de matérias-primas, ingredientes e em-
rias, poderá requerer informações mais detalhados,
chão (30 cm) e longe das completa de canos, devem estar sempre bem balagens;
como as previstas na Análise de Perigos e Pontos
paredes (60 cm); fendas e buracos organizadas e limpas
• Programa de recolhimento de produtos finais não- Críticos de Controle (APPCC), entre outros progra-
-conformes; mas existentes.
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
O prévio licenciamento ambiental é obrigatório para mesmo período estabelecido pelo cronograma de ela-
PARTE V toda construção, instalação, ampliação e funciona- boração dos planos, programas e projetos relativos à
mento de estabelecimentos e atividades utilizado- agroindústria, inclusive podendo ser prorrogado des-
ras de recursos ambientais consideradas efetiva e de que não ultrapasse o prazo máximo de cinco anos.
72 73
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
Licença de Operação (LO): Os demais casos competem ao órgão ambiental dos
O licenciamento é junto a um único órgão estados ou dos municípios. O licenciamento ambien-
Autoriza a operação da agroindústria, após a verifica- ambiental competente, integrante do Siste- tal poderá ser de competência dos municípios quan-
ção do efetivo cumprimento do que consta das licen- ma Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) é do estes tiverem um órgão ambiental municipal em
ças anteriores, com as medidas de controle ambiental formado pelos órgãos e entidades da União, funcionamento e quando os empreendimentos e
e condicionantes determinados para a operação. O dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- atividades são de impacto ambiental local. Também
prazo de validade da LO deverá considerar os planos cípios responsáveis pela proteção, melhoria podem caber aos municípios, aquelas demandas que
de controle ambiental e será de, no mínimo, 4 (qua- e recuperação da qualidade ambiental no forem delegadas pelos Estados ao município, por ins-
tro) anos e, no máximo, 10 anos. Na renovação da LO Brasil, em uma única esfera de governo (fe- trumento legal ou convênio.
de uma agroindústria, o Órgão Ambiental poderá au- deral, ou estadual, ou municipal), e em cará-
mentar ou diminuir seu prazo de validade, após avalia- Sendo assim, o licenciamento de agroindústrias da
ter supletivo junto ao Instituto Brasileiro do
ção do desempenho ambiental no período de vigên- agricultura familiar, em geral, será de competência
Meio Ambiente e Recursos Naturais Renová-
cia anterior, respeitado o limite de 10 anos. do órgão ambiental municipal, ou na falta deste, no
veis (Ibama), quando for necessário. A defi-
órgão ambiental estadual.
nição do membro do Sisnama competente
para a realização do licenciamento ambien-
Todas as agroindústrias inseridas na listagem das ati-
tal depende do alcance dos “impactos am-
vidades consideradas potencialmente causadoras de
bientais” da agroindústria.
degradação ambiental devem ser licenciadas junto ao
Órgão Ambiental competente. Dentre outras pode-
mos citar os seguintes tipos de agroindústrias:
Indústria de couros e peles (secagem, curtimento, Ao Ibama, órgão executor do Sisnama, cabe o licen-
fabricação de artefatos, etc.); fabricação de sabões, ciamento ambiental de empreendimentos e ativida-
detergentes, perfumarias e cosméticos; indústria de des com significativo impacto ambiental de âmbito
produtos alimentares e bebidas (beneficiamento, nacional ou regional.
moagem, torrefação, abatedouros e derivados de
carnes e pescados, ovos, beneficiamento e industria- O Impacto Ambiental Regional é considerado todo e
lização de leite e derivados, óleo e gorduras vegetais, qualquer impacto ambiental que afete diretamente
fermentos e leveduras, produtos da apicultura, fabri- (área de influência direta do projeto), no todo ou em
cação de vinhos, vinagre, cervejas, chopes, maltes, fa- parte, o território de dois ou mais Estados, ou que ul-
bricação de bebidas não alcoólicas, águas minerais); trapassem os limites territoriais do País. Mesmo assim,
fabricação de alimentos para animais; uso de recur- o Ibama, ressalvada sua competência supletiva, pode-
sos naturais (exploração da madeira, subprodutos flo- rá delegar aos Estados o licenciamento de atividade
restais, manejo de fauna exótica e silvestre, recursos com significativo impacto ambiental de âmbito regio-
aquáticos), entre outras. nal, uniformizando, quando possível, as exigências.
74 75
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
b. Projeto contendo descrição do empreendi-
mento, contemplando sua localização, bem
5.1. Agroindústrias consideradas de baixo impacto ambiental como o detalhamento do sistema de controle
de poluição e efluentes, acompanhado da
Anotação de Responsabilidade Técnica (ART);
76 77
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
No procedimento de licenciamento ambiental deve- Os projetos e documentos solicitados para o licencia-
5.2. Licenciamento das demais agroindústrias que não se rá constar, obrigatoriamente, a certidão da Prefeitura
Municipal declarando que o local e o tipo de empre-
mento, em geral, envolvem também planta ou croquis
de localização, área construída e do terreno, cursos de
enquadram na Resolução 385/2006 do Conama endimento ou atividade estão em conformidade com água, destinos e tratamento dos resíduos e efluentes,
a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo e, dados de identificação (razão social, CNPJ, endere-
quando for o caso, a autorização para supressão de ço completo do estabelecimento em licenciamento),
vegetação e a outorga para o uso da água, emitidas descrição das atividades industriais, matérias-prima,
pelos órgãos competentes. produtos e subprodutos, fontes de energia utilizadas,
As agroindústrias que não se enquadram na Resolu- O procedimento de licenciamento ambiental obede-
consumo de água e outros.
ção n° 385/2006 devem buscar o licenciamento junto cerá, em geral, às seguintes etapas:
ao órgão ambiental do respectivo município ou esta-
do, de acordo com os respectivos procedimentos que a. Requerimento da licença ambiental pelo em-
têm alguma variação de local para local (em cada mu- preendedor, acompanhado dos documentos,
nicípio ou estado). Por isso, cada agroindústria deve projetos e estudos ambientais pertinentes;
buscar as informações detalhadas junto ao órgão am-
b. Análise pelo órgão ambiental dos documen-
biental em seu respectivo local.
tos, projetos e estudos ambientais (quando 1 2
necessário) apresentados, e a realização de
Para agroindústria de pequeno porte, apresentar: requerimento;
vistorias técnicas, quando necessárias; Licenciamento
LiCENCiAMENtO AMBiENtAL – por atividade RESOLUÇÃO CONAMA nº 385 de 2006 projeto do estabelecimento; certidão de uso do solo; origem da
ambiental – no matéria-prima (abatedouros devem apresentar também a capacidade
RESOLUÇÃO CONAMA no 385, de 27 de dezembro de 2006.
c. Solicitação de esclarecimentos e complemen- órgão ambiental
Publicada no DOU nº 249, de 29 de dezembro de 2006, Seção 1, página 665
de abate e o sistema de coleta e destino de resíduos).
Estabelece procedimentos a serem adotados para o tações pelo órgão ambiental, uma única vez, do município ou
licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno
porte e baixo potencial de impacto ambiental em decorrência da análise dos documentos, do estado Outras agroindústrias apresentar: requerimento; projeto do
O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das competências projetos e estudos ambientais apresentados, estabelecimento; estudos de impacto ambiental e outros documentos.
que lhe são conferidas pela Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo
Decreto no 99.274, de 6 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto no seu Regimento
Interno, e
quando couber;
Considerando a necessidade de estabelecer procedimentos que agilizem o
licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno porte e baixo impacto ambiental;
Considerando que agroindústrias de pequeno porte e baixo impacto ambiental
produzem reduzido volume de efluentes;
d. Emissão de parecer técnico conclusivo e,
Considerando que os resíduos gerados por estas agroindústrias podem ser, em
quando couber, parecer jurídico;
muitos casos, aproveitados como alimento para os animais e/ou como composto
orgânico na produção de matéria prima, bem como fonte alternativa de renda; 4 3
Considerando que a agroindústria de pequeno porte é um importante instrumento
para geração de trabalho e renda; e. Deferimento ou indeferimento do pedido
Considerando os termos do art. 12, §§ 2o e 3o, da Resolução CONAMA no 237, de 19
de dezembro de 1997; de licença. Vistoria técnica
Considerando os parâmetros estabelecidos pela legislação sanitária vigente, resolve:
Aprovação e e análise dos
Art. 1o Estabelecer procedimentos a serem adotados para o licenciamento ambiental
de agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental. emissão do documentos e
Art. 2o Para efeito desta Resolução, agroindústria de pequeno porte e baixo potencial Licenciamento complementação
de impacto ambiental é todo o estabelecimento que:
I - tenha área construída de até 250 m²;
de documentos,
II - beneficie e/ou transforme produtos provenientes de explorações agrícolas,
pecuárias, pesqueiras, aqüícolas, extrativistas e florestais não-madeireiros, abrangendo
se necessário
desde processos simples, como secagem, classificação, limpeza e embalagem, até
processos que incluem operações físicas, químicas ou biológicas, de baixo impacto sobre
o meio ambiente.
Licenciamento Ambiental
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
O diálogo educativo, no entanto, tem maior eficácia pelos próprios agricultores e agricultoras. Além disso,
e eficiência quando os produtores e as produtoras ti- O mercado institucional público representa em vários espaços de venda direta, pode diminuir um
verem contato direto com os consumidores e as con- um importante canal de comercialização dos pouco as exigências legais (e de infraestrutura), princi-
sumidoras. É o que chamamos do marketing boca a produtos da agricultura familiar, principal- palmente no aspecto tributário e sanitário.
boca, ou pé de ouvido. A venda direta em feiras, de mente para os grupos que estão iniciando a
casa em casa, em eventos, na propriedade, etc., são Outro aspecto muito importante na venda direta é a
atividade de agroindustrialização. É, contu-
espaços muito oportunos para se estabelecer esse oportunidade de contato direto com os consumido-
do, recomendável manter um equilíbrio das
diálogo educativo. Uma vez que a consumidora ou o res e com as consumidoras, conforme já mencionado
vendas, entre o mercado institucional públi-
consumidor estão informados e com sua expectativa acima. Isso favorece o diálogo educativo, esclarecen-
co e outros canais privados de comerciali-
de qualidade atendida, eles e elas farão o trabalho de do a qualidade dos produtos, caracterizando-se como
zação, para contornar eventuais problemas
multiplicação dessas informações junto a outros con- um espaço muito bom para promover e divulgar os
decorrentes de interrupção das políticas pú-
sumidores e consumidoras (vizinhos e vizinhas, paren- produtos. É a oportunidade de fazer a propaganda no
blicas em determinado município ou deter-
tes, amigos e amigas). “pé de ouvido”. É um trabalho de “formiguinha” que
minado setor, por diferentes razões.
traz bons resultados, pelo alcance multiplicador entre
No entanto, existem outras formas de comercialização, as consumidoras e os consumidores. Nesse aspecto
além da venda direta, que devem ser ocupadas pela
agricultura familiar. A conquista desses espaços é um
processo de construção permanente e continuado.
Podemos sinalizar dois grandes tipos de mercados, o b. Feiras locais, entregas em domicílio e
privado e o público (também chamado de mercado a. Mercado institucional público pontos próprios:
institucional público).
Na esfera nacional de governo os principais merca- Em praticamente todas as cidades brasileiras existem
Na sequencia, indicamos os principais tipos de mer- dos são o Programa Nacional de Alimentação Esco- locais de venda dos produtos, nas chamadas feiras.
cados para os produtos da agricultura familiar, públi- lar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos Na maioria dos locais também existe espaço para ven-
co e privados. (PAA). Além dos programas do Governo Federal, vá- da com entrega nas residências das consumidoras e
rios estados e municípios têm programas de compra dos consumidores. Também já existem experiências
de alguns produtos (por exemplo, o leite), principal- de pontos próprios de vendas, como em beiras de
mente para escolas, creches, hospitais, universidades estradas, pequenas lojas de associações ou coope-
estaduais, penitenciárias, etc. Devem ser buscadas rativas de produtores e produtoras, etc. Esses canais
informações mais detalhadas sobre essas compras representam importante espaço e em crescimento,
institucionais junto aos órgãos de governo (federal, para a venda diretamente aos consumidores e às con-
estadual, municipal) e das entidades de Ater de seu sumidoras. São canais que têm menos exigências em
estado e de sua cidade. Em geral, para acessar os termos de logística especializada e de quantidades
mercado institucionais, os produtos devem estar ple- de produtos, com alto grau de controle do processo
namente legalizados.
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
pode ser interessante também para grupos maiores Na maioria dos eventos tem-se, também, a oportuni- universidades privadas, entre outros. Diferentemente
(como as cooperativas), pois mesmo que seja pouco dade de contatar outras empresas compradoras, no do mercado institucional público, a maioria não tem
significativo no volume de vendas, tem impacto posi- próprio local de exposição ou em rodadas de negó- sazonalidade (exceto as universidades), funcionando
tivo na divulgação da marca. cios organizadas paralelas ao evento. Isso pode faci- durante os 12 meses do ano.
litar a realização de negócios para futuras entregas,
principalmente com pequenos mercados, mercea-
rias, padarias, hotéis e restaurantes. Em alguns desses
c. Pequenos mercados, mercearias, padarias, g. Lojas especializadas
eventos tem-se a exigência de produtos plenamente
hotéis, restaurantes, lanchonetes e similares
legalizados, outros são mais flexíveis. São estabelecimentos focados na comercialização de
As feiras são canais de comercialização em circuitos produtos especiais, com alguns diferenciais, como os
curtos, no próprio município ou em municípios vizi- orgânicos, ou com apelos nutricionais, ou light, diet,
nhos. Em geral, envolvem também pequenos volumes f. Mercados institucionais privados alimentação para crianças, etc. Em geral são produtos
fazer a reposição dos produtos, dentre outros. Em mui- produzidos sob encomenda e de alto valor agregado.
de vendas, mas em número expressivo de lojas exis-
tos casos os produtos são entregues em consignação, É outra possibilidade para vendas de volumes maio- Não envolvem grandes volumes quando a venda é
tentes nas cidades maiores. A maioria desses espa-
com o pagamento posterior dos produtos que forem res de produtos, para serem entregues em locais de- para uma loja apenas.
ços fazem algumas exigências específicas, como por
comercializados e a devolução da parte não vendida. terminados. Enquadra-se em mercados institucionais
exemplo, a forma de apresentação, características dos
privados, ou seja, nos abastecimentos de restaurantes
produtos, rotina de entrega. Alguns desses espaços O ponto positivo nesses canais, que envolve grande de grandes empresas, indústrias, hospitais privados,
exigem produtos plenamente legalizados, outros são parte da comercialização de alimentos no Brasil, é o
mais flexíveis. volume da venda, mais adequado aos grupos maio-
res (cooperativas). No entanto, o risco em geral é as-
sumido pelos agricultores, como as perdas, sobras,
d. Redes de supermercados e atacadistas devoluções, etc.
84 85
Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
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Aprova o Regulamento Técnico; “Condições Higiênicos-Sa- União. Brasília. 23 set. 2002. 2008. Altera a Lei Complementar no 123, de 14 de dezem- regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
17 de janeiro de 1991, e organiza o Sistema Unificado de ______. Lei n° 13.648, de 11 de abril de 2018. Dispõe sobre ______. Decreto n° 10.026, de 25 de setembro de 2019. Re-
Atenção à Sanidade Agropecuária. Diário Oficial da União. a produção de polpa e suco de frutas artesanais em estabe- gulamenta a Lei nº 13.648, de 11 de abril de 2018, que dis-
Brasília, DF. 07 maio 2015. lecimento familiar rural e altera a Lei nº 8.918, de 14 de ju- põe sobre a produção de polpa e suco de frutas artesanais
lho de 1994. Diário Oficial da União. Brasília. 12 abr. 2018. em estabelecimento familiar rural. Diário Oficial da União.
______. Decreto nº 8.471, de 22 de junho de 2015. Altera o Brasília. 15 out. 2019.
Anexo ao Decreto nº 5.741, de 30 de março de 2006, que ______. Lei n° 13.680, de 14 de junho de 2018. Altera a Lei
regulamenta os arts. 27-A, 28-A e 29-A da Lei nº 8.171, de nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, para dispor sobre BÚRIGO, V. A. Microempresas e Pequena Empresa. Floria-
17 de janeiro de 1991, e organiza o Sistema Unificado de nópolis, maio 1998 (Parecer Técnico – mimeo).
o processo de fiscalização de produtos alimentícios de ori-
Atenção à Sanidade Agropecuária. Diário Oficial da União. gem animal produzidos de forma artesanal. Diário Oficial
Brasília. 22 jun. 2015. INFORMAÇÕES sobre sistema de vigilância sanitária. Dis-
da União. Brasília. 15 jun. 2018.
ponível em: http://portal.anvisa.gov.br/alimentos.
_____. Instrução Normativa n° 16, de 24 de junho de 2015. ______. Instrução Normativa n° 72, de 16 de novembro de
Estabelece, em todo o território nacional, as normas espe- INFORMAÇÕES sobre licenciamento. Disponível em:
2018. Aprova os requisitos e os procedimentos administra-
cíficas de inspeção e a fiscalização sanitária de produtos http://www.ibama.gov.br/licenciamento.
tivos para o registro de estabelecimentos e de produtos
de origem animal, referente às agroindústrias de pequeno
classificados como bebidas e fermentados acéticos. Diário INFORMAÇÕES sobre o sistema de inspeção de produtos
porte. Diário Oficial da União. Brasília. 24 jun. 2015.
Oficial da União. Brasília. 29 nov. 2018. de origem animal. Disponível em: http://www.agricul-
_____. Instrução Normativa n° 17, de 24 de junho de 2015. tura.gov.br/servicos-e-sistemas/sistemas.
______. Instrução Normativa n° 03, de 14 de março de 2019.
Aprova os requisitos e os procedimentos administrativos
Estabelece os procedimentos de aprovação prévia de pro- PREZOTTO, L. L. Documento orientador sobre o esta-
para registro de estabelecimento e de produto, elaboração
jeto, reforma e ampliação, registro de estabelecimento, al- tuto da microempresa e empresa de pequeno porte e
de produto em unidade industrial e em estabelecimento de
terações cadastrais e cancelamento de registro de estabe- sua aplicação nas agroindústrias da agricultura familiar.
terceiro e contratação de unidade volante de envasilhamen-
lecimento junto ao Departamento de Inspeção de Produtos MDA, Brasília/DF, 2009 (mímeo).
to de vinho. Diário Oficial da União. Brasília. 24 jun. 2015.
de Origem Animal - DIPOA, e relacionamento de estabe-
lecimentos junto ao Serviço de Inspeção de Produtos de PREZOTTO, L. L.; BAVARESCO, P. A.; SILVA, J. B. da. Manual
______. Instrução Normativa Mapa nº 5, de 14 de fevereiro
Origem Animal - SIPOA. Diário Oficial da União. Brasília. de orientações para concepção de projetos agroindus-
de 2017. Dispõe sobre requisitos para avaliação de equiva-
23 mar. 2019. triais da agricultura familiar. MDA, Brasília/DF, 2005. 21 p.
lência ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agro-
pecuária relativos à estrutura física, dependências e equi-
______. Decreto n° 9.918, de 18 de julho de 2019. Regula- PREZOTTO, M. A. Cooperativa e Associação. Florianópolis,
pamentos de estabelecimento agroindustrial de pequeno
maio 1998 (Parecer Técnico – mimeo).
porte de produtos de origem animal. Diário Oficial da menta o art. 10-A da Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de
União. Brasília. 15 fev. 2017. 1950, que dispõe sobre o processo de fiscalização de pro-
dutos alimentícios de origem animal produzidos de forma
______. Decreto n° 9.013, de 29 de março de 2017. Regula- artesanal. Diário Oficial da União. Brasília. 19 jul. 2019.
menta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei
nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem sobre ______. Lei n° 13.860, de 18 de julho de 2019. Dispõe sobre
a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem ani- a elaboração e a comercialização de queijos artesanais e
mal. Diário Oficial da União. Brasília. 30 mar. 2017 e retifi- dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília. 19
cado em 01 jun. 2017. jul. 2019.
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
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Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais Procedimentos para a regularização de empreendimentos comunitários, familiares e artesanais
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