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Luiz Souza
Wívian Diniz
Saulo Guths
Florianópolis – SC
Elaborado por:
Wívian Diniz
Arquiteta e Urbanista
Especialista em conservação/restauração de bens culturais móveis – CECOR/EBA/UFMG
Mestre em Artes Visuais – CECOR/EBA/UFMG
e-mail: wivian@aadiniz.com
Curitiba, 2008
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MÓDULO I
1.2 Definições
A planta e o corte de um prédio representam duas seções: a planta é uma seção
horizontal e o corte uma seção vertical.
O principal objetivo das plantas e cortes é mostrar as formas, as relações entre espaços
abertos e fechados e definir os elementos construtivos e superfícies.
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A planta
Uma planta é a projeção do piso de um edifício cortado em uma determinada altura e
com a parte superior do prédio removida, como mostra a figura 2.
A escala
Plantas são desenhadas em uma escala que é aplicada em todas as dimensões e
proporções do edifício.
A escala é uma convenção que permite uma representação reduzida de um edifício em
proporção às suas verdadeiras dimensões. É gerada por uma convenção de redução usada na
representação de um edifício em suas medidas. É usualmente indicada por dois números
separados por dois pontos (ex: 1:50). O primeiro número se refere a uma unidade na planta e
usualmente é 1. O segundo número indica quantas destas unidades está representada.
Assim, uma escala de 1:10 significa que cada metro na planta representa 10 metros na
realidade ou que cada milímetro na planta equivale a 10 mm na realidade. Uma escala de 1:100
significa que 1 cm na planta representa 100 cm na realidade.
Em geral, plantas são desenhadas em 1:100 ou 1:50, porém para prédios muito grandes e
conjuntos de prédios pode ser usada uma escala menor (ex 1:200). Se um prédio tem vários
pavimentos e existem diferenças entre eles, o desenho das plantas é feito sucessivamente de
baixo para cima, sempre começando pelo piso térreo ou subsolo, se existir.
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CAPÍTULO 2
Atuação de um edifício na alteração do clima interno
2.1 Diversidade climática
Em conseqüência de fatores variados, a diversidade climática do território brasileiro é
muito grande. Dentre eles destaca-se a fisionomia geográfica, a extensão territorial, o relevo e a
dinâmica das massas de ar. Este último fator é de suma importância porque atua diretamente
tanto na temperatura quanto nas chuvas, provocando as diferenciações climáticas regionais.
2.4 Conclusões
Os prédios podem ser divididos em duas categorias quanto a sua interação com o clima
externo:
1. Aqueles com bom isolamento e consequentemente com alta inércia térmica e
2. Aqueles com baixo isolamento e, portanto com baixa inércia térmica.
Recomendamos a leitura dos textos abaixo para uma maior compreensão do assunto.
Textos complementares
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EL EDIFICIO COMO ENVOLVENTE: CLIMA INTERIOR Y EXTERIOR
Nota Técnica - Arq. Fernando Rodríguez Romo
Resumo
Ambiente externo
O instrumento deve estar voltado para a fachada sul, de preferência no telhado e deve
estar protegido da chuva e do sol.
Ambiente interno
Os termohigrógrafos devem estar no mesmo volume de ar das coleções:
O mais perto possível das coleções
O mais acessível possível aos técnicos
O mais inacessível possível ao público
Na localização mais representativa do zoneamento climático (áreas mais críticas)
CAPÍTULO 4
Identificando modificações no clima interno causadas
pela atividade humana e recursos elétricos
No capítulo anterior vimos que um edifício bem isolado climaticamente atua eficientemente
(e de forma passiva) na estabilização do clima interno. Porém, muitas vezes esta estabilidade é
perturbada por atividades humanas.
Limpeza
Se o piso de uma sala de exibição é lavado toda manhã é possível observamos, através do
monitoramento climático, um aumento na umidade relativa do local exatamente no horário em
que é feita a limpeza.
Falhas no ar-condicionado
As condições climáticas em uma sala com ar condicionado são mais ou menos estáveis em
função do sistema construtivo e da capacidade de troca com o ambiente externo. Quando ocorre
uma falha no funcionamento do sistema de controle a alteração é imediatamente sentida. Os
danos normalmente encontrados quando ocorre este tipo de falha são:
• Manchas úmidas nas paredes,
• Pingos de condensação do teto causando manchas úmidas no piso e
• Fungos em superfícies envernizadas ou envidraçadas.
CAPÍTULO 5
Relatório de inspeção em um edifício
Embora muitos prédios sejam especialmente construídos para abrigar coleções, muitos
museus estão instalados em construções antigas e que foram adaptadas (perderam sua função
original). A variedade de prédios utilizados como museus é impressionante: estações de trem,
fábricas desativadas, prédios religiosos, pavilhões de exposição, palácios, mercados, cadeias, etc.
Estes prédios, construídos para outras finalidades, dificilmente possibilitam condições
satisfatórias para a adequada conservação das coleções.
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O que alguém procura em um prédio quando são colocadas coleções dentro dele? Em tese,
esperamos que, para a devida conservação destas coleções:
• Possibilite abrigo do clima;
• Proteja do vento;
• Proteja da poeira e poluentes urbanos;
• Proteja do sol e
• Promova o clima mais estável possível (temperatura e UR).
Exemplo: Citaremos como exemplo fictício uma estação de trem construída na virada do
século XX, na periferia de um centro urbano (contexto comum de ser encontrado). É muito fácil
identificar riscos envolvendo a sua adaptação para museu.
• O problema do seu ambiente
A estação, uma vez isolada, agora está localizada numa região com alta densidade urbana,
sujeita a poluição do trânsito urbano.
Os grandes prédios construídos ao redor da estação são revestidos com grandes espelhos
de vidro. Estes prédios criam grandes áreas de sombreamento e aumenta a exposição à radiação
solar devido a combinação da radiação direta e a refletida pelos vidros das suas fachadas.
• O problema dos seus materiais
Prédios do século XIX e XX geralmente incluem muito vidro, metal e concreto, no caso
específico do século XX, em suas construções. Estes materiais inorgânicos têm duas
desvantagens:
9 São fracos isolantes térmicos e possibilitam pouca proteção das variações
climáticas externa;
9 São superfícies frias que aumentam o risco de condensação de umidade.
• O problema da sua arquitetura
Estações de trem são grandes espaços com vãos muito altos, sendo difícil controlar o
clima e a poeira devido:
9 Ao grande número de aberturas e de superfícies com vidro tornando difícil o
isolamento;
9 A penetração de raios solares é prejudicial para coleções com material
orgânico especificamente e, portanto, é necessário um trabalho cuidadoso
para dividir o espaço em unidades gerenciáveis climaticamente.
Este exemplo simples mostra que estações de trem, assim como muitos outros prédios
não se transformam facilmente em museus. Porém, se as autoridades decidem o contrário e
querem criar museus nestes espaços, então é essencial haver algumas alterações fundamentais
para proteger as obras de arte de qualquer microclima indesejado, criado por paredes úmidas,
insolação direta, etc. Se estas adaptações não forem feitas, o museu será literalmente o cemitério
destas obras!
Agora aprenderemos como fazer uma inspeção preliminar que irá nos orientar com uma
primeira impressão sobre o comportamento climático dentro do museu.
Figura 5 – Fontes externas de umidade. Legenda: 1)chuva; 2)lagos, rios mar; 3)terra úmida; 4)goteiras e
tubulações rompidas; 5)capilaridade; 6)o corpo humano, pela respiração; 7)limpeza úmida; 8)condensação nas
superfícies frias. Fonte: GUICHEN, G. e TAPOL, B. Climate Control in Museums; ICCROM: Rome 1998.
CAPÍTULO 6
Identificando zonas climáticas dentro de um museu
6.1 Objetivos de um estudo climático
Em uma edificação podemos observar que alguns ambientes são mais frios que outros ou
que os ambientes nos andares inferiores são mais úmidos em relação aos andares superiores.
Cada zona de um prédio tem seu próprio comportamento climático. Em alguns
ambientes a umidade relativa e a temperatura podem variar enquanto em outros podem se
manter relativamente estáveis.
Em um prédio com dez ambientes, por exemplo, não apresentará necessariamente dez
climas diferentes. Alguns dos ambientes podem reagir da mesma forma às variações climáticas
externas, enquanto outros podem ter variações individuais dependendo da sua localização dentro
do prédio. É muito importante ter uma boa compreensão do comportamento climático interno
quando um prédio abriga coleções. Se houver uma suspeita de que algum ambiente não é
adequado para uma determinada coleção, o conhecimento gerado pelo monitoramento climático
indicando a extensão das variações climáticas irá facilitar discussões construtivas com todas as
partes envolvidas:
• O conselho administrativo;
• A direção do museu;
• Arquitetos
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• Engenheiros dos setores, públicos ou prestadores de serviço, responsáveis
pelas instalações prediais.
MÓDULO II
1. Umidade absoluta e saturação
2. Condensação
3. Umidade relativa
4. Relação entre umidade relativa e temperatura
CAPÍTULO 1
Umidade absoluta e saturação
Na natureza o ar sempre contém umidade. Podemos ver isto quando, por exemplo, o ar
está saturado e existe neblina ou névoa. Em um deserto dizemos que o ar é seco, embora mesmo
no deserto, exista alguma umidade ou uma certa quantidade de vapor d’água no ar.
O vapor de água no ambiente vem da evaporação de lagos, rios, oceanos, etc. Dentro de
prédios, o vapor d’água pode vir da umidade do subsolo, tubulações rompidas, condensação,
lavagem de pisos, respiração de visitantes, etc.
Saturação
Saturação é a máxima quantidade de vapor d’água que pode ser contido em um
determinado volume de ar em uma determinada temperatura.
Os valores de saturação são os mesmos em qualquer lugar do planeta e variam somente
em função da temperatura. A seguir apresentamos alguns exemplos:
Temperatura 5oC 10oC 20oC 30oC
Saturação 7 g/m3 9 g/m3 17 g/m3 30 g/m3
Ou seja, à medida que a temperatura aumenta, o mesmo volume de ar é capaz de
absorver uma maior quantidade de umidade. Em uma determinada temperatura nunca haverá
mais vapor d’água do que o valor de saturação.
Se houver introdução de umidade em um ambiente onde o volume de ar deste local já
contenha uma quantidade de vapor d’água de saturação, haverá condensação de umidade.
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CAPÍTULO 2
Condensação
Condensação é a mudança de estado que ocorre quando uma substância passa do
estado gasoso para o líquido.
Na natureza, a condensação acontece frequentemente. Quando a temperatura cai,
pequenas gotículas de água aparecem nas superfícies sólidas.
CAPÍTULO 3
Umidade relativa
Ar úmido é ar que contem vapor d’água. Saber a quantidade de vapor d’água contida no
ar, a umidade absoluta, não é o suficiente para nossa compreensão porque não determina se este
ar está saturado ou se está muito úmido, úmido ou muito seco.
A umidade relativa é determinada pela razão entre a quantidade de vapor d’água
(umidade absoluta) contida em um volume de ar e a quantidade máxima de vapor
d’água que este mesmo volume de ar pode conter em uma determinada temperatura.
Ou
UR% = Umidade absoluta x 100
Saturação
MÓDULO III
Intervenções no telhado
• Isolamento, usando mantas de fibra de vidro ou outros tipos de mantas; ou
simplesmente criando um colchão de ar (figura 7).
• Construção de um telhado duplo, com ventilação entre eles.
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É evidente que o calor e o frio penetram através do vidro das janelas. É muito comum
que as fachadas de prédio tradicionais ou antigos sejam constituídas com cerca de 25 a 35% de
área envidraçada, enquanto que prédios modernos, utilizando técnicas construtivas modernas,
possuem fachadas com até 100% em vidros. Como conseqüência este prédios apresentam clima
interno com variações extremas entre inverno e verão e muitas vezes a única solução adotada é o
ar-condicionado. Isto resulta em muita manutenção e custos de energia elétrica elevados. Para
reduzir um pouco esta situação insustentável existem os filmes refletores de infra-vermelho que
são aplicados diretamente sobre o vidro. Estes filmes têm uma função dupla: no verão reduzem a
entrada de calor e no inverno reduzem a saída do calor.
Porém, como estes vidros criam uma superfície reflexiva criam um efeito de espelho e
portanto seu uso é limitado em prédios históricos.
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Uma vitrine deve ser considerada como a última proteção ao objeto e também a mais
próxima. Por isso, pode danificar o objeto rapidamente se não for adequadamente elaborada.
Para assegurar a disponibilização de condições ambientais adequadas, duas regras devem ser
seguidas:
• Isolar a vitrine de fontes de calor.
• A vitrine deve estar bem construída, considerando as necessidades de
ventilação e estabilização climática.
Notas:
• Se for utilizada fibra ótica para iluminação da vitrine, a fonte deve ser colocada no
compartimento A, com ventilação apropriada.
CAPÍTULO 3
Sistemas mecânicos: desumidificadores
3.1 Desumidificadores elétricos
Estes aparelhos devem ser utilizados quando é necessária a retirada de umidade do ar em
um determinado espaço. Como utilizam energia elétrica, estão incluídos nos sistemas ativos para
desumidificar climas internos.
Existem dois sistemas disponíveis no mercado:
1. Sistemas de desumidificação por condensação.
2. Sistemas de desumidificação por absorção.
Ainda existe um terceiro sistema consiste na redução da umidade relativa através do
aumento da temperatura. Porém, o uso deste sistema em climas quentes não é adequado, pois
eleva demasiadamente as temperaturas internas.
Portanto, a escolha de qualquer um destes sistemas dependerá da faixa de temperatura
identificada no espaço à ser desumidificado e que seja realizada por um profissional com
capacitação técnica para assumir a responsabilidade técnica desta especificação.
Seleção e manutenção
1. A dimensão do instrumento deve ser adaptada as condições climáticas e o volume de ar à
ser desumidificado.
2. Desumidificadores dissecantes não podem ser armazenados por mais de 3 semanas em
ambientes molhados. A alta umidade dissolve o material absorvente, prejudicando o
rendimento da máquina.
3. A máquina necessita de checagem a cada 6 meses.
3.5 Conclusão
A redução da umidade relativa em ambientes fechados e manutenção desta em um
determinado nível pode ser obtida através do uso de:
• Desumidificadores por condensação controlados por umidostatos;
• Desumidificadores por absorção controlados por umidostatos ou
• Aquecimento regular controlado por umidostato.
A escolha entre os três sistemas de desumidificadores está relacionado a faixa de
temperatura do local e do nível de umidade relativa presente.
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CAPÍTULO 4
Sistemas mecânicos: umidificação
Existem dois procedimentos que podem ser colocados em ação a fim para aumentar o
grau de umidificação do ar: umidificação isotérmica e umidificação adiabática.
No processo de umidificação isotérmica, o vapor aquoso é disperso no ambiente gerado
pela ebulição da água. Este procedimento requer uma fonte de energia externa necessária para a
mudança do estado da água. Ou seja, a temperatura do vapor é mais elevada que a do ar,
portanto a temperatura tende a aumentar.
O processo adiabático não prevê uma contribuição da energia térmica da parte externa: a
água é nebulizada e lançada no ambiente. O calor necessário para a transformação da água
líquida em vapor é fornecido pelo ar, e conseqüentemente diminui sua própria temperatura.
Vantagens
• Manutenção mínima por não possuir complexos componentes mecânicos, resultando em
menores custos operacionais.
• Consumo energético de aproximadamente 10% do consumo de sistemas de refrigeração
mecânica.
• Não há recirculação de ar, promovendo dessa forma a renovação constante do ar do
ambiente climatizado e mantendo-o livre de impurezas.
• Manutenção de uma umidade relativa agradável ao conforto humano, evitando o
ressecamento provocado pelos sistemas de ar condicionado convencionais.
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• Não agride a natureza, pois não utiliza gases refrigerantes CFC. Reduz os custos de
aquisição , instalação, operação e manutenção.
CAPÍTULO 5
Sistemas mecânicos: ar condicionado e sistemas fechados
Os ingredientes essenciais em um sistema de ar condicionado são: um ventilador para
soprar ar, uma superfície fria para esfriar e desumidificar o ar, uma superfície morna e uma fonte
de vapor de água. Em um sistema grande também haverá uma confusão de tubos para distribuir
o ar e coletá-lo novamente.
Em geral, ar condicionado consome muita energia elétrica. Também consome espaço
porque o ar tem que ser bombeado ao local através de tubulações consideravelmente grandes.
Além disso, gera um barulho de fundo perturbador se o ambiente é silencioso.
Muitos museus antigos e até mesmo modernos são reformados para serem admirados
pela sua nova arquitetura, sem considerar o comportamento climático natural do local. Esses
museus que originalmente tiveram pátios para promover a entrada de luz e circular o ar
terminam envidraçados com cúpulas e átrios. O calor e umidade não podem escapar facilmente
para o exterior: o ar então tem que ser condicionado e/ou bombeado para fora através de
sistemas mecânicos. Portanto, o uso indiscriminado de ar condicionado está difundido em cada
vez mais edifícios, sistemas que muitas vezes causarão desequilíbrio do comportamento climático
local e custarão caro à instituição, tanto para instalação quanto para manutenção.
5.2 Conclusão
Para um diretor de uma instituição, um sistema central de climatização pode ser
aparentemente a solução ideal para o controle climático porque a responsabilidade de
acompanhamento e manutenção geralmente está com um terceiro, normalmente uma empresa
de engenharia. No entanto, a maioria das empresas de climatização somente conhece as diretrizes
destes sistemas visando o conforto humano, do público. Não têm consciência de quanto é
importante a estabilização da umidade relativa para a preservação de coleções e dos danos
imediatos causados por uma pane, mal funcionamento ou ajuste inadequado.
No período de 1950 a 1980 o foco da climatização em museus mudou drasticamente seu
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foco: abandonou o uso de sistemas centrais e com controle total e passou-se a utilizar formas
de controle mais flexíveis e mais fáceis de serem estabelecidas, como por exemplo o uso de
vitrines para expor as coleções. Hoje ainda encontramos situações onde os sistemas centrais
predominam, mas aos poucos os gestores de coleções estão tomando consciência de que instalar
sistemas complexos e onerosos, na maioria das vezes, não cria efetivamente nenhuma condição
adequada de preservação para as coleções abrigadas nestes ambientes. Pelo contrário, promove
muitas vezes, condições mais drásticas para manutenção e preservação dos seus acervos.
MÓDULO IV
Conceitos
Preservação é cuidar, tomar conta, perpetuar um bem que é uma referência do passado,
atuando no presente para refletir no futuro.
Auxiliares técnicos
São profissionais que possuem conhecimentos práticos e que atuam sob a orientação do
conservador/restaurador no trabalho de conservação e restauração.
Tipos de coleções
Existem coleções dos mais variados temas e objetos. Podem ser de grande importância
universal, local, ou simplesmente individual. Mas igualmente importante como registro do tempo
e um agente vivo da memória. Podem ser coleções de temas específicos ou coleções mais
abrangentes.
Alguns exemplos:
Algumas coleções possuem locais específicos para sua exposição. Outras estão integradas
a um bem imóvel. Uma cidade inteira, um conjunto arquitetônico, um parque florestal ou
marinho podem ser considerados sítios de preservação. Podemos dar alguns exemplos:
Museus:
Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro/RJ
Museu Histórico Nacional – Rio de Janeiro/RJ
Museu da Inconfidência – Ouro Preto/MG
Museu do Ouro – Sabará/MG
Museu de Arte Sacra da Boa Morte – Goiás/GO
Museu da Abolição – Recife/PE
Museu de Biologia Prof. Mello Leitão – Santa Teresa/ES
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Museu Emílio Goeldi – Belém/PA
Museu de Arqueologia e Etnografia – São Paulo/SP
Bibliotecas e Arquivos:
Biblioteca e Arquivo Nacional – Rio de Janeiro/RJ
Arquivo Público Mineiro –Belo Horizonte/MG
Igrejas e Santuários:
Ordem Terceira de São Francisco – Salvador/BA
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos – Congonhas/MG
Igreja de São Francisco de Assis – Ouro Preto/MG
Galerias
Instituições públicas e privadas:
Palácio da Liberdade – Belo Horizonte/MG
Secretarias Públicas Estaduais – Belo Horizonte/MG
Colecionadores particulares
Cidades e Centros Históricos:
Centro Histórico de Olinda/PE
Centro Histórico de Salvador/BA
Centro Histórico de Ouro Preto/MG
Centro Histórico de Diamantina/MG
Plano piloto de Brasília/DF
Parques Nacionais:
do Iguaçu – RS
da Serra da Capivara – PI
das Setes Cidades – PI
Sítios arqueológicos
Lagoa Santa – MG
Vila Velha – PR
Reservas marinhas
Abrolhos –BA
Fernando de Noronha –RN
Itaúnas –ES
Casas de cultura
Cada coleção ou sítios de preservação tem suas particularidades e devem ser tratados de
acordo com suas especificidades. Algumas coleções requerem cuidados mais simples. Outras
exigem um cuidado mais complexo, necessitando de aparatos mais específicos e equipes
altamente especializadas para a manutenção de sua integridade.
Na maioria dos casos, as degradações são causadas pelo próprio homem, começando por
ser ele o agente que polui o seu próprio ambiente e comete atos de vandalismo contra o seu
patrimônio. A ignorância é o principal inimigo do patrimônio e a conscientização através da
educação, sua maior defesa. Com ela pode-se minimizar grande parte dos problemas de
degradação que afetam o patrimônio.
O agente cultural de apoio é aquele profissional que estará sempre em contato com o
acervo. Sua atenção aos problemas que possam surgir pode minimizar consideravelmente os
danos e possível restauração de uma obra ou acervo. Procurar sempre um profissional
especializado para atuar junto ao acervo é o melhor caminho.
CAPÍTULO III
Acervos:
Conjunto de bens que integram um patrimônio. Conjunto de obras de uma biblioteca,
Museu, Galerias, etc.
1.1 Manuseio
Normas gerais:
LUVAS:
variam na espessura e material de acordo com cada operação
podem ser grossas ou finas de acordo com a operação a ser feita
precisam ser lavadas ou trocadas sempre
tipos: brancas de algodão para obras sobre papel, telas, trabalhos emoldurados e
esculturas; grossas, para obras de arte pesadas, superfícies em estado bruto como chapas
de metal, estruturas de cimento aparente, etc.
tipo cirúrgicas, para obras mais delicadas em que o tecido da luva não prejudique a
obra. Ex: material etnográfico
MÃOS:
a transpiração causa manchas, danificando as obras de arte
devem sempre estar bem limpas, sem a presença de anéis, loção, cremes hidratantes ou
similares
Não usar luvas em obras com superfícies muito lisas, pois estas escorregam com
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facilidade. É aconselhável usar luvas com antiderrapante na palma; em materiais que
soltem pigmentos, que manchem por serem oleosos, que agarrem nas luvas.
Quando não se tem luvas à disposição, as alternativas são: manter sempre limpas as
mãos, usar panos leves de algodão, papel de seda, toalhas do tipo perfex ou papel toalha.
Mas, CUIDADO!! o uso de tecidos ou papéis em telas com materiais de demorada
secagem trará riscos à obras (marcas, impressões na superfície, etc.)
Observar o local em que as obras serão manuseadas, embaladas ou transportadas
Planejamento da seqüência de movimentos a serem realizados, usando somente o
indispensável para não oferecer risco às obras
Processo de embalagem deve se iniciar após avaliar o estado de conservação da peça
Havendo danos, deve-se imediatamente avisar ao proprietário sob o estado de
conservação da obra. Somente um conservador/restaurador experiente e autorizado deve
tentar recuperar a obra. É conveniente a presença de um especialista na área
Fazer laudo de saída e de chegada
Ter previamente escolhido o material de embalagem à mão
• local deve estar preparado previamente para receber a obra
Obras contemporâneas:
deve-se ter cuidado extra pela diversidade e fragilidade de materiais, muitas vezes usados
mais de um tipo em uma obra. Elas, muitas vezes, possuem estruturas e montagens
pouco comuns: obras com mecanismos eletrônicos, elétricos, mecânicos, todos
combinados entre si.
manuseio junto à pessoal realmente especializado, com diagrama de montagem e
funcionamento especificado pelo artista, galerista ou proprietário, galeria ou museu.
Uma vez verificado o estado de conservação das obras e planejada a metodologia e
operação a serem realizadas, providenciar:
meios necessários e seguros para usa proteção durante a embalagem
equipamentos que serão usados
equipe que participará do trabalho
Agir sempre com calma
Observar minuciosamente as características particulares do material a ser embalado
Não escrever ou marcar diretamente de qualquer forma ou sob qualquer pretexto no
verso de um obra
Para marcar o verso de uma moldura, escrever a informação à caneta ou à lápis em uma
etiqueta que será fixada à madeira, metal ou cartão do verso da moldura, de forma suave
(aderida com metilcelulose em materiais com base de papel e PVA para materiais de base
plástica
Obras emolduradas devem ter cartão de fundo. Segurança adicional às obras, facilita a
marcação e colocação de etiquetas de identificação e outras
Não carregar mais de uma obra, mesmo que pequena
Usar sempre as duas mãos para carregar qualquer peça
Telas não emolduradas só devem ser seguras pelo chassi, evitando que os dedos entrem
no espaço existente entre as telas e as travessas
Obras grandes ou pesadas devem ser carregadas por mais de uma pessoa
Objetos pequenos devem ser segurados de forma suave, mas firme, com uma das mãos
por baixo e a outra pelo lado
Nunca levantar uma obra por suas partes mais delicadas. Escolher sempre as partes mais
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estáveis
As obras só devem ser levadas com as mãos quando a distância a ser percorrida for
pequena. Nunca carregar ou arrastar a peça até o carrinho. Este deve estar o mais
próximo possível.
Carrinhos devem ser utilizados com cuidado:
não colocar nunca no mesmo carrinho obras de materiais e formatos diferentes
mesmo obras de técnica igual, levar em consideração o peso, tamanho, material e
estrutura
nunca encher demais o carrinho nem pôr peso excessivo
movimentá-lo de maneira lenta, firme e com muita atenção
Ao se trabalhar em áreas não apropriadas, proceder da seguinte maneira:
adequar corretamente o prédio
ter informações completas sobre o material que será recebido
conhecer antecipadamente as características gerais que envolvem uma exposição e as
características específicas das obras auxilia um planejamento com sucesso
checar anteriormente o percurso que a obra vai percorrer, prevendo riscos
Objetivos de uma equipe de manuseio de obras de arte:
conservar com perfeição as peças sob sua responsabilidade
o mais importante é sempre a obra, suas características e necessidades
nunca agir a partir de generalizações, pois elas são sempre perigosas. Há sempre surpresas
lembrar que cada caso é um caso
Obras bidimensionais
Enfileiramento:
observar a inclinação
não deve ser em ângulo pronunciado
não deve ser em forma desordenada
devem ser enfileiradas em tamanho decrescente, paralelas entre si e em ângulo bem
fechado
as maiores devem ficar ao fundo; as menores, na frente
a 1a é colocada com a frente para a parede
quando são muitas obras, colocar fileiras com cinco a sete obras com tamanhos similares
fileiras com número ímpar de obras
a última peça deve ficar com a face voltada para a fileira, defendendo-a de acidentes
apenas as molduras devem ficar encostadas umas às outras
colocação sucessiva das pinturas:
face a face
verso a verso
1a vertical
2a horizontal
entre elas, intercalado, um pedaço de papelão corrugado, manta de espuma ou
similar
Para obras de grande formato e/ou peso:
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devem apoiar-se sobre duas traves fortes, colocadas em ângulos contra a parede
para remoção de algumas delas, lembrar do extremo cuidado; remover uma a uma
as traves podem ser um perigo para as obras caso venham a cair. Podem ser substituídas
por espumas de alta densidade
Trainéis:
painéis que se movimentam por trilhos
mais adequados a grandes museus e galerias
garantem ótima proteção e fácil acesso às obras
Grandes escaninhos:
mais simples
espaços projetados de acordo com as dimensões das obras do acervo, se for
permanente
caso não haja um acervo permanente, construir os escaninhos nas dimensões mais
freqüentes de obras de arte com as quais se manipula
podem ser construídos como grandes estantes
CUIDADO!!!!!!
Obras com características muito delicadas devem ficar em áreas específicas e sozinhas
Obras com dispositivos de pendurar muito salientes devem ser separadas. O ideal é retirá-los
imediatamente. Caso não seja possível, colocá-las em áreas à parte
A remoção de obras do enfileiramento deve ser feito em movimentos cuidadosos,
recolocando imediatamente o conjunto na posição inicial ideal à segurança das mesmas
Molduras ornamentadas devem sempre ser armazenadas sobre blocos acolchoados
Movimentação
Pequenos e médios formatos:
Sempre em carrinhos, de preferência com travas nas rodas
Carregamentos e deslocamentos sempre realizados em duplas, obrigatoriamente
Respeitar a capacidade máxima de carga do carrinho
Não ultrapassar a superfície útil do carrinho, de preferência
Balancear os pesos para o carro não virar
A corda que envolverá as obras não pode ser muito apertada nem muito frouxa
Adequar as obras, com suas características específicas, aos carrinhos mais adequados à
sua segurança
Obras tridimensionais
Cuidados gerais:
Atenção redobrada pela diversidade de materiais, formato, peso, estrutura de materiais, etc
Antes de tocá-las, fazer uma avaliação de sua constituição e estrutura. Quanto mais
complexa, maior atenção e conhecimento da obra são necessários
Jamais segure ou levante uma estrutura por uma parte projetante
Carregar sempre com as duas mãos. Apoiar a obra sobre uma das mãos e a outra mantendo
firme o corpo da peça, no caso de esculturas pequenas
Nunca superestimar uma obra por mais “segura” que ela possa parecer, ou mais “rude” em
seus aspectos. O manuseio correto deve ser usado sempre
Sempre que possível, levar a escultura dentro da embalagem até o local mais próximo da
posição em que ficará exposta
Esculturas em metal:
As mãos nuas deixam impressões e podem corroer o metal devido à transpiração
Luvas, tecido ou papel muito macio são o recomendado
Pequenos formatos
Objetos em metal, louça e cerâmica devem ser manuseados sempre com luvas ou papel
de seda de pH neutro
Para levantar e carregar uma obra deste tipo colocar ma das mãos por baixo e com a
outra mantê-la firme. Nunca pegar nas partes projetadas
Peças escorregadias ou que agarrem nas luvas não devem ser manuseadas com luvas. As
mãos entram em contato direto, mas, sempre limpas
Objetos pequenos muito polidos ou frágeis devem ser colocados sobre superfícies
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acolchoadas. Sem exageros para não oferecer risco às peças
Estes objetos pequenos podem ser transportados em carrinhos gavetas, sempre
acolchoadas. Colocadas nas bandejas podem ser transportadas em carrinhos mais
simples. Nunca devem os objetos tocarem uns nos outros
Os objetos devem ser processados sempre em superfície mais estável
É mais seguro transportar objetos de tamanho e material igual ou similar
Grandes formatos:
Nunca movimentar uma grande escultura antes de consultar pessoal especializado e obter
apoio técnico e de equipamentos indispensáveis
A movimentação de peças pesadas é risco de vida
Procedimentos básicos:
Agir de maneira lenta e minuciosa
Pressa e confusão podem causar destruição da obra e morte ou invalidez da pessoa ou
equipe
Sempre levantar e carregar as esculturas pelas suas partes mais resistentes
Jamais carregar com as mãos uma escultura de grande formato. Força física não evita
acidentes dramáticos
Transportar em carros tartaruga ou plataforma
O ideal seria empilhadeira hidráulica ou elétrica. Aumenta a segurança
No caso de carrinhos deve-se amarrar completamente as peças ao veículo e estes serem
acolchoados
Carrinho tartaruga: inclinar a escultura de grande porte para que o veículo seja colocado
por baixo, contra a base da escultura, distribuindo uniformemente o peso da escultura
sobre o carrinho
Evitar armazenar esta obra sobre o chão diretamente. Isso dificulta muito o levantamento
da peça. Devem ser armazenadas sobre plataformas
Objetos:
Este tipo de obra incorpora diversos objetos e muitas vezes é necessário a aplicação
simultânea de vários procedimentos
estudo prévio é fundamental
Cada caso é um caso
EMBALAGEM E TRANSPORTE
Recomendações gerais:
É essencial a segurança no trabalho. Muitos são os riscos: impactos por batida ou queda,
mudanças bruscas de temperatura, manuseio por diferentes equipes de carregadores, etc
Nos grandes museus internacionais, o manuseio, a embalagem e o transporte de obras de
arte merece atenção de equipes especificamente ligadas à supervisão dessas tarefas
São estes:
1. conservador/restaurador
Afiança a perfeita condição das obras que serão transportadas. Podem ser feitos relatórios e
documentação fotográfica. Antes dos preparativos para o manuseio, embalagem e transporte
é necessário a vistoria deste profissional
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2. registers
Tem por funções o registro, checagem, documentação para empréstimo e seguro, instruções
para entrada e saída das obras e relatórios das condições de entrada e saída das obras.
Escolha dos métodos de embalagem, supervisão do acondicionamento, seleção dos serviços
oferecidos pelas transportadoras, escolha do meio de transporte, acompanhamento da obra
até o embarque
3. courrier
Acompanhamento da carga de perto durante todo o seu trajeto
Atenção:
Materiais:
A construção de embalagens para obras de arte deve garantir sua integridade quando
transportadas. São utilizados, quase sempre, caixotes sólidos, fechados e fortes o suficiente para
manter a firmeza do objeto em seu interior. Devem estar preparados para resistir a eventuais
acidentes também.
Para se planejar uma embalagem, deve-se levar em consideração a forma, tamanho, peso
e fragilidade do objeto a ser transportado.
1. Madeira:
Caixotes de madeira são as mais recomendadas
Caixotes de madeira compensada reforçada por batente de madeira maciça são de
construção simples e econômicas
Para materiais mais pesados, tábuas de madeira maciça por sua capacidade de absorver os
impactos por deformações e esmagamentos do peso excessivo
Caixotes de madeira maciça com paredes, no mínimo de 1,5 cm de espessura
Madeira utilizada deve ser macia, sem nós e fibras transversais. Deve ser seca e
condicionada à temperatura e umidade ambientes da galeria ou museu de origem
Caixotes de madeira compensada com paredes, no mínimo de 1 cm de espessura
O compensado naval é muitas vezes recomendado pela sua resistência à água
Objetos muito pesados devem ter embalagem com madeiras mais espessas
O caixote deve ser sempre aparafusado em vez de pregado para não perder a rigidez e
não causar vibrações que danifiquem a obra
Pregos e parafusos não podem jamais atravessar as paredes da embalagem nem
apresentar pontas em seu interior
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2. Papelão
São muitas vezes usados no caso de remessas supervisionadas pela equipe da galeria ou
para remessa comum de objetos pequenos, leves e resistentes
Papelão ondulado de parede dupla ou maciço e espesso
3. Reforços estruturais
Bordas externas da embalagem protegidas e reforçadas com batentes de madeira maciça
Para caixotes grandes, batentes em diagonal para dar maior rigidez estrutural
Para embalagens de grandes proporções, reforço com fitas de aço
OBRAS BIDIMENSIONAIS
Antes de transportar uma pintura, as cunhas do chassi devem ser fixadas na posição correta,
apertadas por elásticos ou presas por fita crepe
O verso da tela deve ser protegido por papelão espesso preso ao chassi por parafusos com
arruelas
Para obras de arte maiores que 60x75 cm é aconselhável substituir o vidro da moldura por
acrílico, com a recomendação de que chapas acrílicas não podem ser usadas sobre trabalhos
em carvão ou pastel porque a estática produzida danifica esses materiais redutíveis a pó
Para proteger obras de arte e pinturas de acidentes que provoquem o estilhaçamento dos
vidros das molduras, tiras de fita crepe ou similar com 5 a 7,5 cm de largura devem ser
colocadas no vidro, no sentido do comprimento, com no máximo 0,5 cm de separação entre
elas. Os fragmentos de vidro aderem à fita ao invés de cortar a superfície da obra. As duas
extremidades de cada tira da fita adesiva devem ser dobradas sobre si mesmas. A fita deve
ser retirada lentamente em ângulo pequeno
Quando obras de arte são manuseadas por equipes treinadas que supervisionam embalagens,
desembalagens e todos os estágios do trânsito é possível evitar os altos custos de embalagem
usando invólucros adequados ao invés de caixotes
Alguns tipos de embalagens:
Embalagem de trilhos
melhor sistema para embalar várias obras emolduradas
Este sistema dispensa o revestimento e acolchoamento da cada pintura, mas tem como
condição a existência de molduras fortes e padronizadas
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Painéis de compensado de 1cm de espessura reforçado por batentes de madeira maciça
Base dupla com espuma
Ripas de madeira acolchoadas
Tampa aparafusada
Face da pintura voltada para dentro
OBRAS TRIDIMENSIONAIS
Caixa dupla:
Indicada para pequenos objetos frágeis
Caixa externa
Acolchoados
Caixa interna com tampa fixada por parafusos
Espuma protetora
Objeto embrulhado em papel de seda
Embalagem de contorno:
De planejamento e construção complexos, mas com excelente proteção para esculturas
A peça é segura por uma série de suportes de contornos envolventes que impedem
movimentos no interior do caixote e amortecem impactos
Embalagem estojo:
Adequado para o transporte de pequenos objetos
Utilização de uma caixa de pouca altura com tampa presa por dobradiças
O volume interno é preenchido por material de amortecimento com as áreas moldadas
para receber os objetos a serem acondicionados
Vários estojos podem ser superpostos em um caixote forte com acesso frontal
Caixote de madeira
Revestimento interno de espuma densa
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Marcação do contorno dos objetos
Tampa com revestimento interno de espuma
Objetos envolvidos por papel de seda
Caixa parafusada
Embalagens devem ser marcadas em seu exterior com instruções que facilitem seu manuseio
Símbolos gráficos: leitura o mais direta possível
A marcação dos símbolos, como as demais instruções, deve ser feita de forma a garantir a
informação
Por razão de segurança é aconselhável evitar no exterior das embalagens, palavras como
“pintura” ou “trabalhos de arte”. Não deve ser dada nenhuma indicação do valor da
remessa
Marcações que servem como instrução ou avisos de precaução para os carregadores – “abra
deste lado”, “frágil”, etc. – devem ser pintados com pelo menos 5cm de altura. A posição
vertical correta da embalagem deve ser informada por uma seta indicando o lado que fica
para cima e ou pelos dizeres “esse lado para cima”
Outros símbolos usuais e necessários são:
guarda-chuva aberto – indica sensibilidade à umidade
cálice – indica fragilidade
corrente – indica onde deve ser içada a caixa
cruz com círculo central – indica centro de gravidade
sol com caixa protegida – indica sensibilidade ao calor
gancho cruzado – indica não usar gancho
setas indicativas – indica posicionamento da caixa
RECOMENDAÇÕES FINAIS
Manuseio e embalagem de obras de arte devem ser feitos de forma natural e metódica
É sempre recomendável começar e terminar uma operação completamente ou distribuí-las
em fases
Próximo às obras, evitar usar e manter materiais inflamáveis, que descolorem, que riscam,
que mancham, etc.
Para anotações dê preferência ao lápis e à borracha
Evitar o uso de substâncias perigosas (inflamáveis) para a limpeza do local onde estão as
obras expostas. Não sendo possível, deve-se ter um controle rigoroso e as substâncias
retiradas ao final da limpeza
Ambiente de trabalho deve ser limpo e organizado. O simples e funcional são às vezes mais
eficazes
O trato correto com obras de arte implica no princípio de que todas as obras possuem o
mesmo valor, independente da importância ou não do artista
Movimentos próximos às obras devem ser discretos e cautelosos
Atenção permanente
O fumo é prejudicial ao manuseio de obras de arte. Os gases liberados atacam os pigmentos
e o suporte da obra. A brasa provoca incêndios.
Não usar anéis, colares, brincos grandes, nem outro adereço que possa cair, arranhar ou
prejudicar de alguma forma o trabalho a ser realizado
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Concentração e atenção redobrada
Organização e planejamento sempre
O bom senso é fundamental
BIBLIOGRAFIA DE REFERÊNCIA
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