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Julieta Samuel

Curso de Licenciatura em Agro-pecuária com Habilitações em Extensão Rural


Uso das Folhas da Moringa oleifera Para Alimentação Humana.

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2020
2

Julieta Samuel

Uso das Folhas da Moringa oleifera Para Alimentação Humana.


Projecto de carácter avaliativo a ser entregue no Departamento
de Ciências Naturais e Matemática, na Cadeira de Metodologia
de Estudo e Investigação Cientifica, no curso de Agro-pecuária,
1º Ano, 1º Semestre, recomendado pelo
Mestre Leonildo dos Anjos Viagem

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2020
Índice
Capitulo I......................................................................................................................................3
Introdução....................................................................................................................................3
Capitulo II....................................................................................................................................5
1.Tema..........................................................................................................................................5
1.1.Delimitação do tema..............................................................................................................5
1.2.Objecto da pesquisa...............................................................................................................5
1.3.Justificativa............................................................................................................................5
1.4.Problematização.....................................................................................................................6
1.5.Formulação do Problema.......................................................................................................7
1.6.Objectivos..............................................................................................................................8
1.6.1. Objectivo geral...................................................................................................................8
1.6.2.Objectivos específicos.........................................................................................................8
1.7.Formulação das Hipóteses.....................................................................................................8
Quadro demonstrativo das Hipóteses, Variáveis, Indicadores e Técnica....................................9
Capitulo III.................................................................................................................................10
2.Metodologia da pesquisa.........................................................................................................10
2.1.Tipo de pesquisa...................................................................................................................10
2.1.2.Instrumentos de Recolha de Dados...................................................................................11
2.2.Universo...............................................................................................................................12
2.2.1. Tipo de amostragem: Probabilística aleatória simples.....................................................12
Tabela 1: Representação da amostra..........................................................................................12
3.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..........................................................................................12
3.1.Teoria de base......................................................................................................................14
4.Cronograma das actividades...................................................................................................17
5.Proposta Orçamental...............................................................................................................18
Bibliografia................................................................................................................................19
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Capitulo I

Introdução

Apesar da grande oferta mundial de alimentos, a desnutrição continua hoje sendo um dos
problemas mais graves que a sociedade enfrenta, afectando aproximadamente 40% da população
mundial, particularmente as mulheres e as crianças no mundo (Sawaya, 2006). As folhas da
Moringa oleífera vêm sendo utilizadas pelo seu alto valor nutricional e por apresentar um teor
elevado de proteínas. As folhas da Moringa oleifera podem ser consideradas boa fonte de
proteína e fibra, quando comparadas com outras fontes alimentares, podendo apresentar-se como
uma alternativa de suplemento em preparações alimentícias a serem utilizadas pela população.
A Moringa oleífera planta da família Moringaceae, originária do continente asiático, no noroeste
da Índia, é uma hortaliça perene e arbórea, com baixo custo de produção e é Cultivado devido ao
seu valor alimentar das folhas, com quantidades representativas de cálcio, ferro, proteínas, e
também é considerada importante suplementos de potássio, vitaminas do complexo B, cobre e
possui todos os aminoácidos essenciais (Okuda, 2000). Há poucos estudos científicos sobre os
efeitos da Moringa oleifera em seres humanos. Considerando seu potencial e os seus benefícios
para humanidade, é importante que tenha estudos que documentam a disponibilidade destes
nutrientes (MATHUR, 2005).

As folhas da Moringa são uma fonte nutritiva extremamente rica para pessoas de todas as idades.
Para uma criança na faixa etária dos 1-3 anos, 100g de folhas frescas por dia é o suficiente para a
quantidade de cálcio para o organismo, cerca de 75% de ferro e metade das necessidades de
proteínas, assim como importantes suplementos de potássio, complexo de vitamina B e
aminoácidos essenciais. Salientar que uma porção de 20g de folhas frescas contribui com todas
as vitaminas A e C que uma criança necessita.
Com esta pesquisa ira impulsionar a toda agente, no que tange a valorização, o cuidado e o seu
consumo para alimentação, visto que as folhas contem altos benefícios para o organismo.
As folhas têm um alto conteúdo de proteínas (27%), e são ricas em vitaminas A e C, cálcio, ferro
e fósforo. Uma grande vantagem é que as folhas da Moringa podem ser colhidas durante a
estação seca, quando nenhum outro vegetal é encontrado. As pequenas folhas são tiradas dos
galhos e podem ser usadas, como outros vegetais, na comida.
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Capitulo II

1. Tema

Como afirma Lakatos e Marcone (1992:102), tema é assunto que se deseja aprovar ou
desenvolver pode surgir de uma dificuldade prática enfrentada pelo coordenador, da curiosidade
científica, de desafios encontrados na leitura de outros trabalhos ou da própria teoria. Assim
sendo este trabalho tem como tema: uso das folhas da Moringa oleifera para alimentação
Humana.

1.1. Delimitação do tema

Na óptica de Ivala (2007:7), delimitar é indicar abrangência do estudo, estabelecendo os limites


extencionais e conceituais do tema.
Contudo a nossa pesquisa se delimita nos seguintes pilares:
Espacial: cidade de Montepuez nos bairros, Mocimboa da Montanha e Ncoripo.
Temporal: (2020).

1.2. Objecto da pesquisa

O objecto de estudo é aquilo que se pretende estudar, analisar, interpretar ou verificar de modo
geral. Marcone e Lakatos, (2000:25).
Nesse contexto, a pesquisa tem como objecto de estudo: uso das Folhas da Moringa oleifera
para Alimentação Humana.

1.3. Justificativa

De acordo com Gil (2002:62), Justificativa é a parte do projecto onde se explicitam os motivos
de ordem teórica e pratica que justificam a realização da pesquisa.
A realização deste projecto, justifica se pelo facto que as pessoas não valorizam a planta da
Moringa, e por falta de conhecimentos básicos do quanto é importante o uso das folhas da
Moringa oleifera, porém elas tem um valor bastante importante para a sociedade, pois tem altos
valores Nutricionais e Medicinais.
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A análise Nutricional indica que as folhas da Moringa contêm uma riqueza essencial de
nutrientes que previnem várias doenças. Elas contêm igualmente todos os aminoácidos essenciais
que não é comum para uma fonte vegetal. Considerando que as folhas secas são concentradas,
elas contêm quantidades mais altas de muitos destes nutrientes menos a vitamina C.

Sob ponto de vista social, a Moringa mostra ser grande promessa como uma ferramenta capaz de
ajudar a superar alguns problemas mais severos dos Países, Mundo em desenvolvimento tais
como a desnutrição, desflorestamento, água potável e pobreza. Entre a gama extensiva de
legumes, Moringa é a fonte mais rica de Beta Caroteno (Vitamina A), para além de haver outro
micro nutriente importante. São inúmeras importâncias que a Moringa contêm, contudo com esta
pesquisa pretende-se chamar atenção a sociedade em geral, e em particular os moradores dos
bairros de Mocimboa da Montanha e Ncoripo, de modo a conhecerem as folhas da Moringa, e
consumir para sua alimentação, visto que elas têem altos valores Nutricionais e Medicinais,
assim melhorando a dieta alimentar, e de sérios problemas de desnutrição. O impacto social deste
estudo reflecte – se na medida em que ira proporcionar a sociedade novas concepções em volta
da importância nutricional e medicinal que esta espécie possui no que refere ao seu valor como
também a cuidarem correctamente da planta, e a plantar mais mudas de Moringa da família
Moringaceae, de modo que a espécie não venha extinguir, assim mantendo a biodiversidade
sempre em equilíbrio (estável), aos residentes dos bairros supracitados no particular à cidade em
geral.

1.4. Problematização

Bastos (1999), citado por Barros (2003:166),

Problema e uma interrogação que implica em uma dificuldade de


não só em termos teóricos ou práticos, mas que seja também capaz
de seguir uma discussão que pode inclusive em alguns casos passar
um processo de mensuração, para terminar, é uma solução variável
através de estudos sistematizados.
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Nos dias que correm é frequente ver e ouvir casos reportados pelas médias sobre bolsas de fome
em algumas regiões do nosso Pais. A província de Cabo Delgado, em particular a cidade de
Montepuez não é excessão desse caso, assim pessoas de quase todas as idades com maior
enfoque as crianças dos bairros de Mocimboa da Montanha e Ncoripo enfrentam graves
problemas de desnutrição, presume-se que seja o consumo de alimentos ricos em proteínas, visto
que as folhas da Moringa oleifera são ricas em nutrientes e suplemento vitamínico, contém 46
antioxidantes, 90 nutrientes e contém quase todas as vitaminas e os micro e macro minerais
necessários a função das células.

A problemática da desnutrição nas crianças dos bairros Mocimboa da Montanha e Ncoripo tem
vindo a tomar contornos cada vez mais alarmantes, no que tange a preocupação das autoridades
sanitárias da cidade, sendo assim uma das causas de não uso das folhas da Moringa oleifera para
a sua alimentação, visto que o conteúdo de vitamina A nas folhas é de 23 Unidades
Internacionais (UI) por 100g de folhas maduras, o maior dentre os vegetais comestíveis. Só para
ter uma ideia da importância desse conteúdo, o brocolis possui 5 mil (UI) e a cenoura 3.700,as
folhas da Moringa são boa fonte de fósforo, ferro, cálcio e vitamina C, contém cerca de 27% de
proteínas.

1.5. Formulação do Problema

Para Marcone e Lakatos (op cit:103), formulação do problema esclarece a dificuldade específica
com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa.
As folhas da Moringa oleifera por suas propriedades alimentícias podem ser utilizada em
tratamento de desnutrição, pois é rica em proteínas, vitaminas e sais minerais. Pode ser utilizada
no combate a obesidade e colesterol elevado, substituindo como nutrição equivalente a carne e a
vários outros alimentos que engordam ou que são ricos em gorduras saturadas.
São vários benefícios da árvore da Moringa oleifera, o consumo das folhas é importante dai que
o autor da pesquisa levanta a seguinte inquietação: Quais são os factores que fazem com que as
pessoas usem as folhas de Moringa oleifera para alimentação Humana?
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1.6. Objectivos

Objectivos indicam alvos mais amplos e mais precisos em relação ao assunto em pesquisa, e
estes, distingue-se em objectivo geral e específicos que indicam os aspectos mas precisos em
relação ao pesquisado.

1.6.1. Objectivo geral

 Conhecer a importância e os benefícios do uso das folhas da Moringa oleifera para


alimentação Humana.

1.6.2. Objectivos específicos

 Identificar as folhas mais comuns para alimentação, os minerais, Aminoacidos e as


Vitaminas existentes nas folhas de Moringa oleifera.
 Descrever a importância que as folhas tem para alimentação Humana;
 Propor estratégias para uso massivo das folhas da Moringa oleifera.

1.7. Formulação das Hipóteses

Segundo Gil (2002:31), hipóteses e a preposição estável que pode vir a ser a solução do
problema como forma de dar resposta a inquietação colocada da pesquisa. Assim sendo foram
formuladas as seguintes hipóteses:
 Falta de conhecimentos básicos sobre a importância do valor Nutricional Medicinal,
influencia o consumo das folhas da Moringa oleifera para a alimentação Humana;
 O nível de conhecimento em relação as folhas da Moringa, e os seus benefícios pode estar
na ordem da questão levantada: Quais são os factores que fazem com que as pessoas
usem as folhas da Moringa oleifera para alimentação Humana?

 A Ignorância das pessoas pode contribuir, o uso das folhas da Moringa oleifera para a
alimentação Humana.
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Quadro demonstrativo das Hipóteses, Variáveis, Indicadores e Técnica

Hipóteses Variáveis Indicadores Técnica


Independente: A falta Independente: falta de
H1.A falta de de conhecimentos conhecimentos
conhecimentos básicos sobre a básicos.
básicos sobre a importância do valor
importância do valor Nutricional e Entrevista
Nutricional e Medicinal. Dependente: não
Medicinal, influencia consumo das folhas
o consumo das folhas Dependente: da Moringa oleifera
da Moringa oleifera Influencia o consumo para a alimentação
para a alimentação das folhas da Moringa Humana.
Humana. oleifera para a
alimentação Humana.

H2. O nível de Independente: O nível Independente: O


conhecimento em de conhecimento em nível de
relação as folhas da relação as folhas da conhecimento.
Moringa, e os seus Moringa, e os seus
benefícios pode estar benefícios.
na ordem da questão Entrevista
levantada. Dependente: pode
estar na ordem da Dependente: questão
questão levantada. levantada.
H3. A Ignorância das Independente: A Independente: A
pessoas pode ignorância das Ignorância das
contribuir, o uso das pessoas. pessoas.
folhas da Moringa
oleifera para a Dependente: pode Dependente: não uso Entrevista
alimentação Humana. Contribuir, o uso das das folhas da Moringa
folhas da Moringa oleifera para a
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oleifera para a alimentação Humana.


alimentação Humana.
Fonte: Adaptada pela autora

Capitulo III

2. Metodologia da pesquisa

Qualquer que seja a natureza de uma actividade, o uso de metodologia é indispensável, pois ela é
entendida como caminho a ser percorrido para se atingir os objectivos predefinidos, sendo uma
das fases mais importantes no trabalho de pesquisa. Por isso, de maneira a encontrar a explicação
e compreensão do tema e tendo em conta o tipo de pesquisa optamos.

2.1. Tipo de pesquisa

 Quanto a natureza: pesquisa aplicada.


 Quanto a abordagem da pesquisa: qualitativa.
Na perspectiva de (Gil, 1991:25), adverte o seguinte:
Abordagem qualitativa pode descrever e explorar a complexidade
de um determinado problema, análise a intenção de certas
variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos
por grupos sociais, contribuindo no processo de mudanças de
determinado grupo e possibilitar em maior nível de profundidade,
o entendimento das particularidades do comportamento dos
indivíduos.

 Quanto aos objectivos:


Pesquisa exploratória porque visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vistas a
torná-lo explícito ou a construir hipóteses. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com
pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que
estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de Pesquisas Bibliográficas e Estudos de
Caso.
Segundo GIL (1999), citado por Ivala (op cit.) diz:
10

A pesquisa exploratória tem como principal finalidade


desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideais, tendo em
vista a formulação dos problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores. Habitualmente envolvem
levantamento bibliográfico e documental, entrevista não
padronizadas e estudo de caso.

A escolha desse tipo de pesquisa pressupõe o uso da literatura bibliográfica no sentido de


explicar, compreender a partir de certos autores que focam sobre o tema em estudo.

 Quanto aos procedimentos: Pesquisa Bibliográfica


.
Este tipo de pesquisa tem por finalidade conhecer as diferentes formas de contribuição científica
que se realizaram sobre determinado assunto ou fenómeno. De acordo com GIL (1995:71), é
quando elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, artigos
de periódicos e actualmente com material disponível na biblioteca virtual (Internet).

Neste sentido, ira se desenvolver a pesquisa, procurando aprofundar com exactidão sobre o
estudo da Moringa oleifera, seu valor Nutricional e Medicinal e sua importância com artigos já
publicados.

2.1.2. Instrumentos de Recolha de Dados.

Neste estudo usar-se-á entrevista.


 Entrevista
Esta técnica, será direccionada aos residentes dos bairros de Mocimboa da Montanha e Ncoripo
respectivamente.
Optou-se no uso da entrevista porque com ela podemos adquirir com mais detalhes as nossas
inquietações através de um roteiro de questões estruturada, como também a entrevista, na
pesquisa qualitativa, é um instrumento privilegiado de interacção social, estando sujeito
entrevistador e entrevistado à mesma dinâmica das relações existentes na sociedade. De acordo
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com MARCONE e LAKATOS (1999: 96)." Entrevista desenvolve-se de maneira metódica e


proporciona ao entrevistador, verbalmente, a dar informações necessárias."

2.2. Universo

Nesta pesquisa, o universo envolve os bairros de Mocimboa da montanha e Ncoripo.

2.2.1. Tipo de amostragem: Probabilística aleatória simples.

Tabela 1: Representação da amostra

Nº Designação Quantidade

01 Residentes do Bairro de Mocimboa da 10


Montanha
02 Residentes do Bairro de Ncoripo 10

Tota _______________ 20
l

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.

Na perspectiva de Gopalan (2011:10), citado por silva (op cit.), diz:


A maioria dos estudos ou são análises nutricionais ou estudos em laboratório com animais. Há
muito poucos estudos sobre os efeitos em seres humanos. Considerando potencialmente os
enormes benefícios para humanidade, é altura para estudos controlados medicinalmente com
seres humanos que documentam a bio - disponibilidade de nutrientes em folhas da Moringa e a
sua efectividade por um longo período de tempo.

Se estudos mostram que os nutrientes em folhas da Moringa estão suficientemente bio-


disponíveis ou que os benefícios medicinais coincidem com as reivindicações tradicionais, nós
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teríamos uma ferramenta poderosa para combater desnutrição global. Seria uma ferramenta
provida pela natureza a praticamente nenhum custo e mesmo à porta das pessoas que mais dela
precisam.

Nome Científico: é uma planta da família Moringaceae e os cientistas a conhecem como


Moringa oleifera, porque ela também produz muito óleo.

Características: é uma planta perene (que dura muitos anos, não acaba) que atinge cerca de 10
metros de altura. As flores são perfumadas, de cor branca ou bege, pintadas de amarelo na base.
O fruto é uma espécie de vagem normal, que tem duas faces. As sementes, sempre em grande
número por fruto, têm quase 1 centímetro de diâmetro e, são aladas.

Origem: é uma árvore originária da Índia. Nasceu em uma região seca como a do sertão do
Brasil, onde chove pouco e durante período curto do ano

Estudos demonstraram sua eficiência em dezenas de doenças: é anti-diarreica, anti-inflamatória,


anti-microbiana, anti-espasmódica, anti-diabética,e diurética.

Na África, com milhões de pessoas com o vírus HIV/Sida, tem sido uma arma no combate aos
efeitos debilitadores dessa doença, por ser rica em proteínas, vitaminas e sais minerais, assim
como é poderosa arma contra a desnutrição crónica em muitas regiões do nosso continente.

De acordo com Sawaya (2006:58), citado por Pereira (op cit), fundamentam que: Resultados
positivos ocorreram no tratamento de prestaste, cancro da próstata, reumatismo, tumores, lupus
eritematoso, artrites e outras doenças auto-imunes, hipertensão arterial, hepatite, mobilidade
gastrointestinal, vírus Epstein-Barr, epilepsia, fadiga crónica, males causados pelo tratamento de
cancro, tratamento pré-natal, de glaucoma, de má nutrição de adultos e crianças, de redução da
obesidade, cura de irritação gastrointestinal, de dermatoses, de bronquites e de inflamações de
mucosas.
A planta produz efeito renovador das células epiteliais, dos órgãos sexuais e do cérebro.
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3.1. Teoria de base

Esta pesquisa traz como teoria de base de: Okuda e Tetsuj, estes autores afirmam que as folhas
da Moringa são uma fonte nutritiva extremamente rica para pessoas de todas as idades. Para uma
criança na faixa etária dos 1-3 anos, 100g de folhas frescas por dia é suficiente para a quantidade
de cálcio para o organismo, cerca de 75% de ferro e metade das necessidades de proteínas, assim
como importantes suplementos de potássio, complexo de vitamina B e aminoácidos essenciais.
De salientar que uma porção de 20g de folhas frescas contribui com todas as vitaminas A e C que
uma criança necessita.
Segundo os autores citados fundamentam que as folhas da Moringa podem ser secas e
transformadas em pó e guardadas para uso nutritivo para sopas, molhos Colher as folhas, lava-las
e deixar secar em local arejado fora da luz solar. Desfazer as folhas e passar numa peneira para
obter o pó.

Na visão de Sawaya (2006:58), citado por Espindula (1987∕sp)


afirmam que: A Moringa é anti-inflamatória, anti-microbiana, anti-
espasmódica, anti-diabética e a partir das (folhas, flores e
sementes). Usa-se no tratamento da anemia, asma, eliminação de
impureza no sangue, colite, diabetes, disenteria, vista, infecção, da
orelha, vermes intestinais, icterícia, malária, inflamação das
articulações, distúrbios-respiratorios escorbuto, infecção na pele,
úlceras estomacais, tuberculose, reumatismo, pressão arterial,
reumatismo, hepatite, fadiga crónica.

Para que o leitor desta pesquisa científica, se informe mais em relação as Vitaminas, e Conteúdo
Mineral existente nas folhas de Moringa, passamos o quadro demonstrativo abaixo:
Folhas Frescas Folhas Secas

Caroteno (Vitamina A) 6,78 mg 18,9 mg


Tiamina (B1) 0,06 mg 2,64 mg
Riboflavina (B2) 0,05 mg 20,5 mg
Niacina (B3) 0,8 mg 8,2 mg
Vitamina C 220 mg 17,3 mg
Cálcio 440 mg 2,003 mg
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Calorias 92 Cal 205 Cal


Hidratos de Carbono 12,5 g 38,2 g
Cobre 0,07 mg 0,57 mg
Gorduras 1,70 g 2,3 g
Fibras 0.90 g 19,2 g
Ferro 0,85 mg 28,2 mg
Magnésio 42 mg 368 mg
Fósforo 70 mg 204 mg
Potássio 259 mg 1,324 mg
Proteínas 6,70 g 27,1 g
Zinco 0,16 mg 3,29 mg

Fonte: Gopalan, et al.


Na visão de Franco (2000:307), citando Sartorelli (1998:98), sustentam que:

A Moringa oleífera (Moringaceae), planta originária da Índia é


considerada por botânicos e biólogos, um milagre da natureza.
Uma esperança para o combate da fome no mundo. Rica em
vitaminas e sais minerais, ela tem: Sete vezes mais vitamina C que
a laranja; Quatro vezes mais cálcio que o leite; Quatro vezes mais
vitamina A que a cenoura; Três vezes mais potássio que a banana;
Duas vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína,
equivalente à carne do boi) Mais ferro que o espinafre; Vitaminas
presentes: A, B (tiamina, riboflavina, niacina), C, E, e beta
caroteno. Minerais presentes: Fósforo, Ferro, Selénio e Zinco.

Sabe-se que as folhas possuem propriedades anti-bacterianas, e que a vitamina A associada a


outras vitaminas combate os radicais livres, moléculas derivadas do metabolismo, que
prejudicam as células provocando o envelhecimento. O uso mais citado da Moringa é para as
doenças da pele, sistema digestivo e doenças nas articulações.
De acordo com Pereira e Silva (2003:852), clarificam que:

A Moringa oleifera esta entre as fontes vegetais mais ricas em


vitaminas:
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A Moringa oleifera e suas propriedades por serem ricas em


nutrientes e suplemento vitamínico contém 46 antioxidantes, 90
nutrientes, contém quase todas as vitaminas e os micros e macro
minerais necessário a função das células A (betacaroteno) B1
(tiamina) B2 (riboflavina) B3 (niacina) B6 (piridoxina) B7
(biotina) C (ácido ascórbico) D (colecalciferol) E (tocoferol) e K.

As folhas têm um alto conteúdo de proteína (27%), e são ricas em vitaminas A e C, cálcio, ferro
e fósforo. Uma grande vantagem é que as folhas da Moringa podem ser colhidas durante a
estação seca, quando nenhum outro vegetal é encontrado. As pequenas folhas são tiradas dos
galhos e podem ser usadas, como outros vegetais, na comida. É bom podar as árvores de
Moringa à altura de 1,5 m, para que os cabritos não possam alcançar as folhas, mas para que a
família as possa colher quando precisar.

Outra grande vantagem é que os galhos cortados na poda podem


ser plantados de novo. O ideal é plantar um mês antes do início das
chuvas. É necessário então irrigar um pouco durante o primeiro
mês. Em muitos lugares do norte de Moçambique, os galhos são
plantados e usados como estacas para as cercas de capim ou como
esteiras em volta das casas. A vagem da Moringa também é muito
Nutritiva, mas deve-se ressaltar que, no início, é melhor deixar as
frutas produzirem Sementes, para que haja disseminação para
novas áreas. Ou, se necessário, para o clareamento de água turva.
BECKER, TEIXEIRA, E.M.B. et al.
(2007)<http://www.iftm.edu.br/proreitorias/pesquisa/revista/pdf/R
esumo_10.pdf> Acesso em: 18/12/2020, 22:30.

Vários lugares no mundo estão desenvolvendo agora o cultivo intensivo da Moringa. Eles são
plantados 10 x10 cm para serem colhidas pela primeira vez depois de 60 dias. A partir daí a
colheita é a cada 35 dias. ESPÍNDOLA, F. S.(1987:140), advoga que: As folhas da Moringa são
usadas para produzir o pó seco. Um suco também pode ser feito das folhas, é separado por
16

fraccionamento em vários componentes valiosos (proteína, ómega 3 óleo, chlorophyl) ou os


galhos são usados como o componente de proteína da ração dos animais, por exemplo para
porcos.

4. Cronograma das actividades

Actividade Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro/2023


Levantamento XX
da Literatura
Elaboração do
projecto
Recolha de
dados
Analise e
interpretação
dos dados
Elaboração da
monografia
Entrega da
monografia

Fonte: Adaptada pela autora, 2020.

5. Proposta Orçamental

N0 Designação Quantidade Preço Total Observação


Unitário
1 Resma de papel 2 140,00 mt 280,00 mt
2 Esferográfica 2 10,00 mt 20,00 mt
3 Arquivo 1 200,00 mt 200,00 mt
4 Viagem __________ 3000,00 mt 3000,00 mt
5 Alojamento __________ 4,200,00 4,200,00
mt mt
6 Alimentação __________ 5,000,00 5,000,00
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mt mt
7 Imprevistos __________ 4,000,00 4,000,00
mt mt
8 Trabalho de impressão 2 2,000,00 4,000,00
mt mt
9 Trabalho de correcção do 2 1,000,00 2,000,00
projecto mt mt
10 Entrevista/Questionário __________ 500,00 mt 500,00 mt
11 Fotocopia/Encadernação 2 1,000,00 2,000,00
mt mt
Total __________________ __________ ________ 25,200,00 __________

Fonte: Adaptado pela autora, 2020.

Bibliografia

ESPÍNDOLA, F. S. Fraccionamento dos vegetais verdes e obtenção de concentrados proteicos


de folhas (CPF). Universidade Federal de Uberlândia. Uberlândia-1987.
FRANCO, G. Tabela de composição química dos alimentos. 9ª ed. Atheneu, São Paulo: 2000.
GIL, António Carlos; Como Elaborar Projecto de Pesquisa; 3ª ed.; Editora Atlas;
São Paulo; 1995.
GOPALAN C. Micronutrient malnutrition in SAARC, Boletín del NFI.India, 1994.
IVALA, Adelino Zacarias, et all. Orientação para elaboração do projecto e Monografia
Cientifica, editora pedagógica, Nampula, 2007
LAKATOS & MARCONI, M Metodologia de trabalho científico, 4ª ed. Editora Atlas, São Paulo
1992
______________________ Metodologia Científica, 3ed., Atlas, São Paulo, 2001
18

OKUDA, TETSUJI. Baes, Nishijima, Aloysius U. Wataru e Okada, Mitsumasa. University


Kagamiyama, Higashi-Hiroshima,
PEREIRA, G.I.S.; PEREIRA, R.G.F.A.; BARCELOS, M.F.P.; MORAIS A.R. Avaliação
química da folha de cenoura visando ao seu aproveitamento na alimentação
humana.Ciênc. agrotec., Lavras. 2003.
SARTORELLI, C. S. C. Caracterização química da parte aérea de cenoura (Daucus carota) e
beterraba (Beta vulgaris), visando ao aproveitamento na alimentação humana.
Universidade Federal de Lavras 1998.
SAWAYA, A. L. Desnutrição: consequências em longo prazo e efeitos da recuperação
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SILVA, M.C. DA.; ROCHA, C.R.; SILVA, T. DE M.2; SILVA, M.R.; PINTO, N.; ANDRADE
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colectadas no município de Diamantina., 2001.

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