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Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará

Instituto de Geociências e Engenharias


Disciplina: Métodos de Solução de Equações Diferencias
Profa. Edilma Pereira Oliveira
Período 2016.4

Discente:________________________________________ Matrícula:__________________

Nota:________

2ªAVALIAÇÃO: Equações Diferenciais Lineares de Segunda Ordem e Ordem Superior

1. Encontre a solução do problema de valor inicial (1,5 pontos)

a) y  y  2 y  0; y  0  1, y  0  1

b) y  4 y  5 y  0; y  0  1, y  0  0

c) 4 y  12 y  9 y  0; y  0  1, y  0  4

2. Encontre a solução geral usando o método dos coeficientes indeterminados (2,5 pontos)

a) y   3 y   2 y  10sen(2 x )

b) y  4 y  t 2  3et

3. Use o método de variação dos parâmetros e encontre a solução uma solução (4,0 Pontos)
 y  y  sec t
a) 
 y  0   1; y  0   2

 y  5 y  6 y  2et
b) 
 y  0  1; y  0  1

Boa Sorte meus amores!!!!


Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará
Instituto de Geociências e Engenharias
Disciplina: Métodos de Solução de Equações Diferencias
Profa. Edilma Pereira Oliveira
Período 2016.4

Gabarito

2ªAVALIAÇÃO: Equações Diferenciais Lineares de Segunda Ordem e Ordem Superior

1. Encontre a solução do problema de valor inicial, esboce o gráfico da solução e descreva


seu comportamento quando t aumenta: (1,5 pontos)

a) y  y  2 y  0; y  0  1, y  0  1
RESOLUÇÃO:

Temos uma EDO de segunda ordem com problema de valor inicial, onde temos um
polinômio característico do tipo:
P     2    2  0
Sabendo que   b2  4ac  12  4  1   2   9  0 , e as raízes do polinômio característico são
b   1  9 1  3
duas raízes reais e diferentes, sendo,      1  1 e 2  2 .
2a 2 1 2
Temos então que a solução geral da EDO de segunda ordem é,
y  t   C1e1t  C2e2t  y  t   C1et  C2e 2t
Usando o problema de valor inicial, encontraremos as constantes C1 e C2 , então,
temos o seguinte sistema de equações:
Para:
y  0   1  1  C1 e0  C2 e 20  C1  C2  1
1 1

y   0   1  1  C1 e0  2  C2 e 20  C1  2C2  1
1 1

C  C2  1
Logo:  1  C1  1, e C2  0
C1  2C2  1
Portanto, a solução particular da Equação diferencial de segunda ordem:
y  t   et

1
b) y  4 y  5 y  0; y  0  1, y  0  0
RESOLUÇÃO:

Temos uma EDO de segunda ordem com problema de valor inicial, onde temos um
polinômio característico do tipo:
P      2  4  5  0

Sabendo que   b2  4ac   4   4  1  5  4  0 , e as raízes do polinômio característico


2

são raízes complexas e conjugadas tipo     i então,


b   4  4 4  2i
    1  2  i e 2  2  i, sendo que   2 e   1 .
2a 2 1 2
Temos então que a solução geral da EDO de segunda ordem é,
y  t   et C1 cos  t  sen t   y  t   e 2t C1 cos t  C2 sent 
Usando o problema de valor inicial, encontraremos as constantes C1 e C2 , então,
temos o seguinte sistema de equações:
Para:
y  0  1  1  e0 C1 cos0  C2 sen0   C1  1
1 1 0

 
y  0  0  0  2 e0 C1 cos0  e0 C2 sen0  2 e0 C2 sen0  e0 C2 cos0  C2  2
1 1 1 0 1 0 1 1

Portanto, a solução particular da Equação diferencial de segunda ordem:


y  t   e2t cos t  2sent 

c) 4 y  12 y  9 y  0; y  0  1, y  0  4
RESOLUÇÃO:

Temos uma EDO de segunda ordem com problema de valor inicial, onde temos um
polinômio característico do tipo:
P     4 2  12  9  0
Sabendo que   b2  4ac  122  4  4  9  0  0 , e as raízes do polinômio característico são
b   12  0 12 3
duas raízes reais e iguais então,      1  2   . Temos
2a 24 8 2
então que a solução geral da EDO de segunda ordem é,
3 3
 t  t
y  t   C1et  C2tet  y  t   C1e 2
 C2te 2

Usando o problema de valor inicial, encontraremos as constantes C1 e C2 , então,


temos o seguinte sistema de equações:
Para:

2
1 1
3 3
 0  0
y  0   1  1  C1 e 2
 C2 0  e 2
 C1  1

3 3
 0
1
  3 0 1 3  3 0 1  3 5
y   0   4  4   C1 e 2  C2  e 2  e 2 .0   C1  C2  4  C2  
2  2  2 2
 
Portanto, a solução particular da Equação diferencial de segunda ordem:
3
 t 5  3t
y t   e 2
 te 2
2

2. Encontre a solução geral usando o método dos coeficientes indeterminados (2,5 pontos)

a) y   3 y   2 y  10sen(2 x )

RESOLUÇÃO:

Temos uma EDO de segunda ordem com coeficientes a determinar e com problema de
valor inicial. Desta equação teremos uma solução particular originada da função seno-cosseno
f  x   10sen  2 x  .
A uma solução homogênea originada do polinômio característico do tipo:
P      2  3  2  0

Para a solução homogênea, sabendo que   b2  4ac   3  4  1  2  1  0 , e as raízes da


2

função característico são duas raízes reais e diferentes então,


b   3  1 3  1
    1  2 e 2  1 . Temos então que a solução geral da EDO de
2a 2 2
segunda ordem é,
yH  x   C1e1x  C2e2 x  yH  x   C1e x  C2e2 x
Para a função seno temos,
yP  x   A cos  2 x   Bsen  2 x  ; yP  x   2 Asen  2 x   2 B cos  2 x  ; yP  4 A cos  2 x   4 Bsen  2 x 
Substituindo as soluções particulares na equação diferencial, temos:
y   3 y   2 y  10sen  2 x  
4 A cos  2 x   4 Bsen  2 x   3  2 Asen  2 x   2 B cos  2 x    2  A cos  2 x   Bsen  2 x    10 sen  2 x 
4 A cos  2 x   4 Bsen  2 x   6 Asen  2 x   6 B cos  2 x   2 A cos  2 x   2 Bsen  2 x   10 sen  2 x 
cos  2 x  4 A  6 B  2 A  0

 sen  2 x  4 B  6 A  2 B   10sen  2 x 

3
 2 A  6 B  0  3   6 A  18B  0
 
 6 A  2 B  10  6 A  2 B  10
1  1 3
20 B  10  B   , então, 6 A  2     10  A 
2  2 2

Logo a solução particular da função seno-cosseno,


3 1
yP  x   cos  2 x   sen  2 x 
2 2
Portanto, a solução geral da equação diferencial de segunda ordem y  t     t   yH  yP ,
3 1
y  t     x   C1e x  C2e 2 x  cos  2 x   sen  2 x 
2 2

b) y  4 y  t 2  3et

RESOLUÇÃO:

Temos uma EDO de segunda ordem com coeficientes a determinar e com problema de
valor inicial. Desta equação teremos uma solução particular originada da função exponencial
e polinomial, f  t   t 2  3et .
A uma solução homogênea originada do polinômio característico do tipo:
P     2  4  0
Para a solução homogênea, sabendo que   b2  4ac  02  4  1  4  16  0 , e as raízes da
função são duas raízes complexas e conjugadas então,
b   0  16 4i
    1  0  2i e 2  0  2i . Temos então que a solução geral
2a 2 2
da EDO de segunda ordem é,
y H  t   e t  k1 cos   t   k 2 sen   t    y H  t   e 0t  k1 cos  2t   k 2 sen  2t  
1

y H  t   k1 cos  2t   k 2 sen  2t 
Para a solução particular temos duas soluções particulares uma para função
exponencial e outra para a função polinomial,
Para a função polinomial f  t   t 2 , temos:
yP  t   At 2  Bt  C; yP  t   2 At  B; yP  2 A
Substituindo as soluções particulares na equação diferencial, temos:

4
y   4 y  t 2  2 A  4  At 2  Bt  C   t 2  2 A  4 At 2  4 Bt  4C  t 2
 1
4 At  t  4 A  1  A  4
2 2


4 Bt  0  B  0
 1
2 A  4C  0  C  
 8
Substituindo os coeficientes a determinar na equação particular para a função polinomial,
1 1
temos que y P  t   t 2 
4 8
Para a função exponencial f  t   3et , temos:
yP  t   Det ; yP  t   Det ; yP  Det
Substituindo as soluções particulares na equação diferencial, temos:
3
Det  4 Det  3et  5Det  3et  D 
5
Substituindo na equação particular, temos que y P  t   3 et
5
Logo a solução particular da função é,
1 1 3
y P  x   t 2   et
4 8 5
Portanto, a solução geral da equação diferencial de segunda ordem y  t     t   yH  yP ,
1 1 3
y  t     x   k1 cos  2t   k2 sen  2t   t 2   et
4 8 5

3. Use o método de variação dos parâmetros e encontre a solução uma solução (4,0 Pontos)
 y  y  sec t
a) 
 y  0   1; y  0   2
RESOLUÇÃO:

Temos uma EDO de segunda ordem não-homogênea com problema de valor inicial.
Desta forma usando o método da variação de parâmetros temos uma solução homogênea
originada do polinômio característico do tipo:
P     2  1  0
Para a solução homogênea, sabendo que   b2  4ac  02  4  1  1  4  0 , e as raízes da
função são duas raízes complexas e conjugadas então,
b   0  16 2i
    1  0  i e 2  0  i . Temos então que a solução geral
2a 2 2
da EDO de segunda ordem é,
y H  t   e t  k1 cos   t   k 2 sen   t    y H  t   e 0t  k1 cos  t   k2 sen  t  
1

y H  t   k1 cos t  k 2 sent

5
Para a solução não-homogênea vamos encontrar uma solução particular da forma,
yP  t   u1 cos t  u2 sent , com as seguintes condições:
y P  t   u1sent  u2 cos t
u1 cos t  u2 sent  0
Assim, yP  t   u1sent  u1 cos t  u2 cos t  u2 sent
Substituindo os termos na EDO, temos:
u1sent  u1 cos t  u2 cos t  u2 sent  u1 cos t  u2 sent  sec t  u1sent  u2 cos t  sec t
Assim, juntando as equações obtemos:
 u1 cos t  u2 sent  0

 u1sent  u2 cos t  sec t
Montando a matriz AX  B  X  A1  B
Então:
 u1  1 cos t  sent   0 
u   W y , y   sent cos t   sec t  , sabendo que W  y1 , y2   1
 2  1 2    
 sent  sec t cos sec t
u1  , u2 
1 1
Integrando as funções temos:
1 sent
u1     sent  sec t  dt    sent  dt    dt   ln cost  c1
cos t cos t
1
u2    cos sec t  dt   cos dt   dt  t  c2
cos t
Tomando c1  0 e c2  0 e substituindo na solução particular, temos:
yP  t    ln cos t cos t  tsent
Portanto, a solução geral da equação diferencial de segunda ordem y  t     t   yH  yP ,
y  t     x    ln cos t cos t  tsent  c1 cos t  c2 sent
Substituindo no PVI, temos
Para a solução y  t    ln cos t cos t  tsent  c1sent  c2 cos t onde t  0 e y  1 , temos,
0
1 1 0 1 0
1   ln cos0 cos0  0 sen0  c1 cos0  c2 sen0  c1  1

Para a derivada da solução y  t    ln cos t sent  t cost  c1sent  c2 cos t , onde


t  0 e y   2 , temos que,
0
1 0 1 0 1
2   ln cos0 sen0  0 cos0  c1 sen0  c2 cos0  c2  2

Portanto,
 
y  t     x    ln cos t cos t  tsent  sent  2cos t , para  t
2 2

6
 y  5 y  6 y  2et
b) 
 y  0  1; y  0  1
RESOLUÇÃO:

Temos uma EDO de segunda ordem não-homogênea com problema de valor inicial.
Desta forma usando o método da variação de parâmetros temos uma solução homogênea
originada do polinômio característico do tipo:
P      2  5  6  0

Para a solução homogênea, sabendo que   b2  4ac   5  4  1  6  1  0 , e as raízes da


2

função são duas raízes complexas e conjugadas então,


b   5  1 5  1
    1  3 e 2  2 . Temos então que a solução geral da EDO de
2a 2 1 2
segunda ordem é,
yH  t   C1e1t  C2e2t  C1e3t  C2e2t
Para a solução não-homogênea vamos encontrar uma solução particular da forma,
yP  t   u1e3t  u2e2t , com as seguintes condições:
yP  t   3u1e3t  2u2e2t
u1e3t  2u2e2t  0
Assim, yP  t   3u1e3t  9u1et  2u2 e2t  4u2e2t
Substituindo os termos na EDO, temos:
3u1e3t  9u1e3t  2u2 e 2 t  4u2e 2 t  5   3u1e3t  2u2e 2 t   6  u1e 3t  u2e 2 t   2e t

3u1e3t  9u1e3t  2u2 e2t  4u2e 2t 15u1e3t 10u2e2t  6u1e3t  6u2e2 t  2et
3u1e3t  2u2 e2 t  2et
Assim, juntando as equações obtemos:
u1e3t  2u2e2t  0

3u1e  2u2 e  2e
3t 2t t

Montando a matriz AX  B  X  A1  B


Então:
 u1  1  2e 2 t  e 2 t   0 

 u   W y , y  3t  
3t   t
, sabendo que W  y1 , y2   e5t
 2  1 2   3e e  2e 
1 1
u1  5t  e 2 t  2et  , u2  5t  e3t  2et 
e e
Integrando as funções temos:
1 2 e 3 t
u1   5t  e 2 t  2e t  dt   dt   2e3t  e 5t dt  e 2 t  c1
e  e5t
1 2e 4 t
u2   5t  e  2e  dt   5t dt   2e 4 t  e 5t dt  2e  t  c2
 3t t

e e
7
Tomando c1  0 e c2  0 e substituindo na solução particular, temos:
yP  t   e2t  e3t  2et  e2t  et  2e t  et
Portanto, a solução geral da equação diferencial de segunda ordem y  t     t   yH  yP ,
y  t     x   C1e3t  C2e2t  et
Substituindo no PVI, temos
Para a solução onde t  0 e y 1, temos,

y  t   C1e3t  C2e2t  et  C1 e30  C2 e20  e0  C1  C2  0


1 1 1

Para a derivada da solução, onde t  0 e y   2 , temos que,

y  t   3C1e3t  2C2e2t  et  1  3C1 e30  2C2 e20  e0  3C1  2C2  0 ,


1 1 1

Logo o sistema de equação é:


C1  C2  0  C1  C2 C1  0
 , logo, 
3C1  2C2  0  C2  0
Portanto,
y  t     x   0.e3t  o.e 2t  et
y  t     x   et

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