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Autores
Joaquim Matheus Santiago Coelho
Diretor geral
Herlan Fellini
Coordenador geral
Raphael de Souza Motta
Responsabilidade editorial
Hexag Editora
Diretor editorial
Pedro Tadeu Batista
Revisora
Maria Cristina Lopes Araújo
Pesquisa iconográfica
Stephanie Lippi Antonio
Programação visual
Hexag Editora
Editoração eletrônica
Claudio Guilherme da Silva
Eder Carlos Bastos de Lima
Fernando Cruz Botelho de Souza
Raphael de Souza Motta
Raphael Campos Silva
Stephanie Lippi Antonio
Foto da capa
pixabay (http://pixabay.com)
Impressão e acabamento
Meta Solutions
ISBN: 978-85-9542-049-6
Todas as citações de textos contidas neste livro didático estão de acordo com a legislação, tendo por fim único e exclusivo o
ensino. Caso exista algum texto, a respeito do qual seja necessária a inclusão de informação adicional, ficamos à disposição
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2017
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CARO ALUNO
O Hexag Medicina é referência em preparação pré-vestibular de candidatos à carreira de Medicina. Desde 2010, são centenas de aprovações nos principais
vestibulares de Medicina no Estado de São Paulo, Rio de Janeiro e em todo Brasil. O material didático foi, mais uma vez, aperfeiçoado e seu conteúdo enri-
Esteticamente, houve uma melhora em seu layout, na definição das imagens, criação de novas seções e também na utilização de cores.
§§ 06 livros Linguagens, Códigos e suas tecnologias (“Entre Textos” – Estudo da Gramática, Literatura e Interpretação de Textos);
§§ 03 livros “Between English and Portuguese” (Língua Inglesa para os vestibulares e Enem);
§§ 12 livros UTI – Unidade Técnica de Imersão (revisão ao término de cada dois livros);
§§ 01 livro de exercícios RPA UNIFESP, FAMEMA e FAMERP (Revisão para os vestibulares da Unifesp, Famema e Famerp);
§§ 01 livro de exercícios RPA FUVEST. UNESP e UNICAMP 2ª FASE (Revisão para 2ª Fase dos vestibulares da Fuvest, Unesp e Unicamp);
O conteúdo dos livros foi organizado por aulas. Cada assunto contém uma rica teoria, que contempla de forma objetiva e clara o que o aluno
realmente necessita assimilar para o seu êxito nos principais vestibulares do Brasil e Enem, dispensando qualquer tipo de material alternativo complementar.
Os capítulos foram finalizados com nove categorias de exercícios, trabalhadas nas seções de Estudo Orientado (E.O.), como segue:
E.O. Aprendizagem: exercícios introdutórios de múltipla escolha, para iniciar o processo de fixação da matéria estudada em aula;
E.O. Fixação: exercícios de múltipla escolha, que apresentam grau médio de dificuldade, buscando a consolidação do aprendizado;
E.O. Dissertativo: exercícios dissertativos seguindo a forma da segunda fase dos principais vestibulares do Brasil;
E.O. Enem: exercícios que abordam a aplicação de conhecimentos em situações do cotidiano, preparando o aluno para esse tipo de exame;
E.O. UERJ- Exame de Qualificação: exercícios de múltipla escolha, buscando a consolidação do aprendizado para o vestibular da UERJ;
E.O. UERJ- Exame Discursivo: exercícios dissertativos nos moldes da segunda fase da UERJ;
E.O. (Unesp, Unicamp, Fuvest e Unifesp)-Questões Objetivas: exercícios de múltipla escolha, das Faculdades públicas de São Paulo;
E.O. (Unesp,Unicamp, Fuvest e Unifesp)-Questões Dissertativas: exercícios dissertativos da segunda fase das Faculdades públicas de São Paulo.
A edição 2017 foi elaborada com muito empenho e dedicação, oferecendo ao aluno um material moderno e completo, um grande aliado para o seu
Herlan Fellini
LIVRO 6
BIOLOGIA
MORFOFISIOLOGIA VEGETAL
Aulas 45 e 46: Morfofisiologia vegetal V 7
Aulas 47 e 48: Hormônios vegetais 33
Aulas 49 e 50: Movimentos vegetais 61
Aulas 51 e 52: Fotoperiodismo 83
BIOTECNOLOGIA E GENÉTICA
Aulas 45 e 46: Herança quantitativa 211
Aulas 47 e 48: Mutações 227
Aulas 49 e 50: Genética de populações 251
Aulas 51 e 52: Biotecnologia e engenharia genética 267
INFOGRÁFICO:
Abordagem da MORFOFISIOLOGIA VEGETAL nos princi-
pais vestibulares.
FUVEST – Tema cobrado com baixa frequência nos últimos anos. Relacionando questões de racio-
cínio lógico e interpretação de texto ao conteúdo pouco aprofundado. Associado a interpretação de
gráfico e domínio dos nomes e estruturas celulares.
LD
ADE DE MED UNICAMP – Conteúdo recentemente cobrado, mas com
CU
IC
1963
BO
ENEM / UFRJ – Esse assunto não foi cobrado diretamente nos dois vestibulares, foi
associado a outros assuntos sobre botânica, como o transporte de seiva, absorção de
nutrientes pela raiz e produção de metabólitos secundários.
UERJ – Com uma abordagem mais direta, a UERJ cobra o conceito bem foca-
do nos hormônios vegetais e suas respectivas funções. Sem muito raciocínio
sobre uma condição, ela pede a definição dos compostos vegetais.
MORFOFISIOLOGIA VEGETAL
Aulas 45 e 46: Morfofisiologia vegetal V 7
Aulas 47 e 48: Hormônios vegetais 33
Aulas 49 e 50: Movimentos vegetais 61
Aulas 51 e 52: Fotoperiodismo 83
Aulas
45 e 46
Morfofisiologia vegetal V
Competências 4 e 8
Habilidades 15, 16 e 29
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Considerando que a água é absorvida na raiz e deve chegar ao órgão sede da fotossíntese, a folha, o transporte
desse solvente tem que ser eficiente e ocorre através de um conjunto de canais existentes desde a raiz até as folhas.
Esses canais são formados por células alongadas e sobrepostas de maneira a formar vasos – os vasos condutores,
denominados xilema e floema. O movimento da água (solo-planta-atmosfera) no sistema de vasos está esquema-
tizado na figura a seguir:
É possível observar os vasos existentes nos vegetais até mesmo nas folhas. Existem nervuras neste órgão,
que correpondem aos vasos condutores. As substâncias orgânicas produzidas na maquinaria fotossintética exis-
tente nas folhas serão distribuídas para todo o vegetal, percorrendo caule e raízes. A seiva produzida nas folhas
denomina-se seiva orgânica ou seiva elaborada transportada pelo floema.
O movimento de água nos vegetais tem início na transpiração, quando a planta perde umidade para o
ambiente. A consequência é a movimentação da água existente no vegetal em direção ao ápice, tornando a região
das raízes mais seca (hipertônica) em relação ao solo, estimulando a absorção de água pelo fato de o solo ao redor
estar mais úmido. Ou seja, há grande potencial hídrico no solo adjacente devido à diferença de concentração de
solutos existente entre a raiz e o solo adjacente. Esse movimento de água do solo para a raiz continua até que o
equilíbrio de potencial hídrico seja atingido.
Para que seja possível a retirada de água do solo, o potencial hídrico do vegetal deve ser menor que o do
solo. Alguns mecanismos relacionados ao potencial hídrico estão presentes em determinadas plantas: são capazes
de diminuir o seu potencial hídrico a níveis menores que o do solo, por transporte ativo, fazendo com que a água
adentre na planta.
Absorção de água
O sistema radicular é composto por muitos tecidos especializados em absorver água, processo que ocorre princi-
palmente na zona dos pelos absorventes. A pressão necessária para que a água entre na raiz é chamada pressão
osmótica (P.O.), dessa forma, tal solvente entra no vegetal por osmose, ou seja, passa do meio hipoconcentrado
para o meio hiperconcentrado. A entrada de água continua até que as células se tornem túrgidas (vacúolo saturado
de água), quando este ponto é atingido, a parede celular começa a exercer pressão no sentido contrário, força
denominada pressão de turgor (P.T.).
Dessa forma, a entrada de água é proporcional à diferença existente entre os valores de P.O. e P.T. A essa
diferença, dá-se o nome de deficit de pressão de difusão (D.P.D.), ou seja, a entrada de água na célula vegetal
depende da D.P.D. Essa relação pode ser expressa pela seguinte equação:
D.P.D. = P.O. – P.T.
Observe que a absorção de água é um processo passivo, pois ocorre por osmose. Porém, a obtenção de
nutrientes pode envolver gasto de energia.
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Absorção dos minerais
A absorção dos elementos essenciais depende de uma série de fatores. No geral, ocorre com a solução presente no
solo e se encontram na forma iônica. A passagem dos íons para o interior do vegetal depende do fluxo de água no
vegetal, densidade da raiz, bem como outros mecanismos fisiológicos e características morfológicas determinadas pela
genética da espécie. A absorção de minerais pode ocorrer com gasto de energia, contra o gradiente de concentração,
pois alguns desses elementos podem estar em maior quantidade no interior das raízes do que no meio externo.
Além disso, os elementos C, O, H são considerados macronutrientes, porém, a planta deve retirar do ar (CO2)
e da água. Estes elementos são necessários em quantidades superiores do que os demais, porque compõem a
maior parte da biomassa vegetal.
A seguir, tem-se a tabela com a dinâmica de cada nutriente fundamental para a planta.
Essencial em trocas iônicas e osmose. Fotólise (que- Murchamento das folhas e prejudicial crescimento das
Cloro
bra) da água do PSII. raízes.
Compõe a estrutura de algumas enzimas de oxirredu-
Cobre Folhas verdes escuras contendo manchas necróticas.
ção.
Enxofre Componente de coenzimas (vitaminas) e aminoácidos. Em geral clorose em folhas jovens e maduras.
Ferro Biossíntese de citocromos e clorofila. Clorose em folhas jovens.
Elemento estrutural dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) Crescimento reduzido nas plantas jovens, coloração
Fósforo e das membranas celulares (fotolipídeos). Participa de escuras nas folhas. Folhas com manchas de tecido
reações na respiração e fotossíntese. morto (necrose).
Magnésio Síntese de DNA e RNA, estrutura da clorofila. Clorose nas nervuras e necrose nas folhas.
Reação de fotossíntese. Ativação de enzimas descar- Clorose internervuras. Em leguminosas causa nas se-
Mangânes
boxilares e desidro- genases. mentes manchas e rupturas.
Componente da nitrato redutase e nitrogenase, enzi- Clorose generalizada entre as nervuras e necrose nas
Molibdênio
mas envolvidas na absorção do Nitrogênio. folhas mais velhas.
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Elemento Funcionalidade Sintomas deficiência
Redução da área foliar e alteração do meta- bolismo
ZInco Componente de enzima.
dos carboidratos.
Plantas carnívoras
Muito famosas, as plantas carnívoras despertam interesse dos curiosos. Esse grupo de plantas utiliza proteínas
provenientes de animais capturados para complementar sua nutrição em relação à necessidade do nitrogênio, pois
geralmente, vivem em solo carente desse elemento. São conhecidas popularmente como “plantas carnívoras”, já
que capturam insetos através de suas estruturas especializadas nesse tipo de captura. O mecanismo é diferente
entre as espécies, mas todas são adaptadas a capturar pequenos insetos e à absorção dos compostos nitrogenados.
Na imagem a seguir, tem-se a Drosera sp, que possui secreção pegajosa com a finalidade de aprisionar e grudar
pequenos insetos para serem digeridos vagarosamente por enzimas lisossômicas.
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Condução vegetal
O surgimento de tecidos especializados em transportar seiva foi a novidade evolutiva e principal característica das
traqueófitas. Possuem vasos condutores que possibilitam um transporte rápido e eficiente para todo o vegetal,
nutrindo a planta por completo, diferenciando-se do transporte célula a célula que é lento. As células dos vasos
condutores de seiva possuem formato alongado e cilíndrico, importante para a função que exerce. Além disso, estão
dispostas de modo a formar túbulos contínuos, responsáveis por ligar regiões da planta.
Xilema
É o tecido formado por células mortas de grande importância: condução de água e sais minerais absorvidos do solo.
Suas células são mortas devido ao depósito de lignina, o que as torna rígidas, além disso, suas células são ocas.
Devido à essas características, as células do xilema também auxiliam na sustentação da planta. Os componentes
dessas células são formadas por dois tipos:
§§ traqueídes – delgadas, curtas e com pequeno diâmetro. Sua principal característica é a presença de pon-
toações - pequenos orifícios que permitem a comunicação intercelular, isto é, a passagem de seiva bruta
(inorgânica). Dessa forma, a seiva pode fluir tanto no sentido longitudinal quanto lateral, já que essas célu-
las estão dispostas em feixes, com as extremidades ligadas entre si.
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§§ elementos de vaso – menores e mais largos que as células anteriores, também dotados de pontoações.
Essas células se unem formando um tubo similar a uma traqueia.
estria de Caspary
endoderme
floema
A periciclo
xilema
ex
rt
có
epiderme
B
13
A penetração da água se inicia através dos pelos radiculares, que são evaginações da epiderme das células
da raiz. Essas estruturas aumentam a área de superfície de contato com o solo, permitindo maior absorção de água
e sais minerais. Após absorvida, a água atravessa a endoderme da raiz, radialmente, até o xilema. Existem dois ca-
minhos possíveis para esse “percurso”: o primeiro é o apoplasto, que é o transporte no qual a água se move entre
as células e suas membranas e o segundo é o transporte via simplasto, o qual acontece através dos plasmodesmos
das células adjacentes, assim, a água penetra na célula e passa pelo citoplasma.
A passagem pela endoderme sempre ocorre via simplasto, pois essas células possuem estrias de suberina,
denominadas estrias de Caspary, que formam uma espécie de “cinturão” impedindo a passagem via apoplasto.
A penetração da água na raiz só ocorre graças à formação do gradiente formado pelo fluxo de água, o qual
é decrescente do solo ao xilema. Tal gradiente cresce com a pressão negativa formada devido à transpiração dos
estômatos na folha. A água é transportada para as folhas por pressão formada na raiz, pressão essa impulsionada
pela folha (transpiração), formando uma coluna d’água na planta.
De maneira geral, os mecanismos que auxiliam no transporte de seiva inorgânica estão descritos a seguir:
§§ Pressão de raiz – a osmose tem início graças ao transporte ativo para a captação de sais pela raiz, tornando
a concentração osmótica interna superior (hipertônica em relação ao meio). Assim, é possível que o fluxo de
água ocorra através de osmose para o interior das células epidérmicas radiculares. Tal fluxo ocorre até o interior
do xilema, atravessando as células do córtex (células corticais) e a endoderme (células endodérmicas)..
§§ Transpiração – coesão – tensão – são eventos que explicam uma teoria do movimento de água através
do vegetal. É necessária a transpiração através das folhas que promove tensão nos vasos do xilema com
consequente formação de uma coluna líquida. Existe coesão entre as moléculas de água, o que permite
mantê-las unidas, bem como a atração das moléculas de água e a parede do vaso xilemático. As proprie-
dades celulares do xilema, isto é, os elementos de vaso, traqueídes e lignificação impedem o colapso dos
vasos. Quanto maior o nível de transpiração, em decorrência dos estômatos abertos, maior será a tensão
provocada no xilema e o estímulo à absorção radicular de água. Essa sequência de eventos permite a forma-
ção e permanência da coluna ascendente de água. Essas formulações compõem a teoria de Dixon, também
conhecida como teoria da coesão-tensão.
§§ Capilaridade – é outra propriedade existente devido à coesão existente entre as moléculas de água e a
adesão da água e aos vasos lenhosos. Porém, essa característica seria, por si só, insuficiente para promover
o movimento de água numa planta de grande porte.
Gutação
Há situações em que a planta, embora saturada de água, continue a absorvê-la. A eliminação do excesso é feita
sob a forma de gotas e ocorre através dos hidatódios, estruturas localizadas nos bordos das folhas, onde terminam
as nervuras. Juntamente com sais minerais e compostos orgânicos, a expulsão da água é decorrente da pressão de
raiz. À medida que a água evapora, ao longo da manhã, a folha fica coberta com cristais das diversas substâncias
que com ela foram liberados. Gutação é diferente de orvalho – água atmosférica na superfície das folhas.
Gutação em folhas
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Anéis anuais de crescimento
Em plantas de regiões temperadas e/ou estações bem definidas, é possível calcular a idade de uma árvore
através da contagem dos anéis anuais de crescimento. São os círculos claros e escuros ilustrados.
Os anéis mais escuros são formados nas estações mais frias, sua coloração é justificada pelo metabolismo
mais lento do vegetal nesse período, dessa forma, as células se expandem menos e as paredes celulares ficam
menos espassadas e mais evidenciadas neste ângulo. Os anéis mais claros são desenvolvidos nas estações mais
quentes e ocorre o contrário das estações frias: as células se desenvolvem mais graças às condições propícias
para o vegetal.
Os vasos lenhosos ativos constituem o alburno, ao passo que os inativos constituem o cerne.
Floema
O floema é o outro vaso existente nas traqueófitas, porém, este é responsável pela condução de seiva orgânica
(elaborada), constituída por elementos produzidos na fotossíntese. Diferente do xilema, as células que compõem
o floema são vivas e anucleadas. As células mantêm contato através de placas crivadas, existentes nas paredes
celulares terminais. Plasmodesmos (expansões citoplasmáticoas) atravessam os crivos. Graças a essas estruturas e
organização, a seiva orgânica flui através das células. Os tubos crivados são acompanhados por células companhei-
ras nucleadas e indispensáveis ao funcionamento metabólico das células do tubo crivado.
Corte longitudinal e transversal do floema mostrando tubos crivados (formados por células chamadas de
elementos de tubos crivados) e células companheiras.
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Condução de seiva orgânica
A partir dos vasos liberianos, a seiva orgânica e seus componentes sintetizados nos órgãos produtores (normal-
mente, as folhas) ou armazenadores (para reserva) são transportadas até órgãos consumidores, como o caule em
crescimento, frutos, sementes e a raiz.
Hipótese proposta pelo botânico Münch, também é conhecida por hipótese do fluxo em massa, que diz que o
transporte da seiva elaborada é consequência de um “arrastamento” por fluxo de água.
As células que formam o parênquima foliar são fotossintetizantes e produzem substâncias orgânicas que
são bombeadas ativamente para os vasos liberianos. O interior de tais estruturas (células do floema) torna-se
hipertônico em comparação às células vizinhas, e como consequência, passam a absorver água proveniente do
xilema. Dessa forma, é estabelecido um fluxo de água, que por arraste transporta moléculas orgânicas para os
demais tecidos da planta. Devido à absorção de tais substâncias pelos tecidos consumidores, a pressão osmótica
existente no floema diminui. Por isso, esses vasos perdem água, produzindo fluxo entre as regiões envolvidas. Veja,
no esquema a seguir, as etapas presentes no mecanismo.
.
1. O açúcar entra nas células do vaso liberiano e provoca aumento de concentração do soluto – hipertonia.
A água é absorvida especialmente pelo vaso xilemático através de osmose;
2. A entrada de água gera pressão que impulsiona a seiva elaborada pelo vaso de floema;
3. Quando a solução chega à raiz, o açúcar penetra nas células radiculares e a água retorna ao xilema;
4. Por fim, o xilema, novamente, transporta a água em direção aos centros produtores de seiva orgânica.
16
Anel de Malpighi
Um teste que visa demonstrar a posição do cilindro que forma o floema localizado na região mais externa
do tronco da árvore consiste em retirar uma camada em forma de anel ao longo da casca no tronco. Após certo
período, as raízes morrem pela falta de chegada de substâncias orgânicas na região. Esse experimento foi ideali-
zado pelo italiano Marcello Malpighi.
Observe o espessamento do tronco na região acima do anel. Este fato está relacionado ao aumento da ativi-
dade meristemática na região, devido ao acúmulo de composto orgânico.
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INTERATIVIDADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
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APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Contando os anéis de crescimento de uma árvore lenhosa pode-se descobrir a idade desse vegetal. Anéis de cres-
cimento são círculos formados pelo xilema secundário que é resultante da atividade do câmbio vascular. O câmbio
vascular é um tecido meristemático responsável pelo crescimento em diâmetro do vegetal. Sua atividade altera-se ao
longo do ano, sendo ativo na primavera e verão, e inativo no outono e inverno. Sendo assim, durante a primavera
forma-se o anel primaveril, mais fino e mais claro, e durante o verão forma-se o anel estival, mais escuro e mais grosso.
INTERDISCIPLINARIDADE
Para compreender como ocorre o transporte de seiva bruta nos vegetais são necessários conhecimentos sobre
conceitos químicos, como a força de coesão e adesão o que resulta na capilaridade observada no vaso condutor
xilema. A força de coesão é a formação de atração entre os átomos de uma molécula com átomo de outra molécula
da mesma espécie (atração entre uma molécula de água e outra molécula de água). A força de adesão é a força
de atração entre átomos de moléculas de natureza distintas. E a capilaridade que é a propriedade que explica o
transporte de água nos vegetais, dá-se através da somatória da força de adesão e coesão.
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E.O. Aprendizagem 6. (UFC) A teoria de Dixon é uma das hipóteses
que tenta explicar o transporte de água da
raiz até as folhas de árvores com mais de 30
1. (Ufrgs) Assinale a alternativa correta em relação metros de altura, como a castanheira-do-pa-
à condução da seiva bruta em angiospermas. rá. Assinale a alternativa que contém aspec-
a) O fluxo da seiva bruta ocorre das folhas para
tos nos quais se baseia essa teoria.
outras partes da planta através do floema.
a) Coesão entre as moléculas de água, adesão
b) A explicação para a seiva bruta mover-se
pela planta é dada pela hipótese do fluxo entre essas moléculas e as paredes do xile-
por pressão. ma, tensão gerada no interior dos vasos pela
c) A transpiração aumenta a pressão osmótica e transpiração foliar.
promove o fluxo da água desde as raízes até b) Aumento da concentração osmótica no interior
as folhas, no interior do xilema. dos vasos xilemáticos da raiz, entrada de água
d) A absorção de CO2 na fotossíntese pode au- por osmose, impulsão da seiva para cima.
mentar o fluxo da seiva bruta para as folhas. c) Semelhança dos vasos do xilema a tubos de
e) Ao retirarmos um anel ao redor do caule diâmetro microscópico, propriedades de ade-
(anel de Malpighi), é possível verificar a são e coesão das moléculas de água, ocorrên-
morte da planta pela interrupção do fluxo cia do fenômeno da capilaridade.
da seiva bruta. d) Permeabilidade seletiva das células do cór-
tex da raiz, presença da endoderme com as
2. (Ufrgs) Alguns elementos químicos deno-
estrias de Caspary, transporte ascendente da
minados macronutrientes são essenciais e
necessários, em quantidades relativamente seiva bruta.
grandes, ao crescimento vegetal. e) Produção de carboidratos nas folhas, aumen-
São macronutrientes os elementos químicos: to da concentração osmótica nesses órgãos,
a) C, H, O. ascensão da seiva bruta por osmose e capila-
b) N, P, Cu. ridade nos vasos do xilema.
c) N, Fe, Ca.
d) Ca, B, K. 7. (PUC-MG) O esquema mostra a retirada de
e) Na, P, K. um anel completo da casca, que pode ser
executada tanto no caule principal como em
3. (Ufrgs) A planta denominada erva-de-pas- apenas um galho de uma árvore frutífera.
sarinho é uma hemiparasita. Nesse caso, o
tecido vegetal da árvore hospedeira, onde os
elementos nutritivos são absorvidos, é o:
a) colênquima.
b) floema.
c) esclerênquima.
d) parênquima.
e) xilema.
20
8. (PUC-RS) A fotossíntese dos vegetais superiores é normalmente executada nas folhas. O _________
é o tecido responsável pela condução de água e sais minerais do solo para as folhas, enquanto o
_________ se encarrega da distribuição dos produtos resultantes do processo fotossintético para os
demais tecidos vegetais.
a) floema-xilema.
b) xilema-floema.
c) xilema-parênquima.
d) parênquima-floema.
e) floema-parênquima.
9. (PUC-PR) Os reforços apresentados pelas paredes dos vasos lenhosos (anelados, espiralados etc.)
têm por função:
a) impedir o colapso dos vasos, quando a transpiração é intensa.
b) agir como mola, controlando o crescimento dos vasos.
c) aumentar a superfície respiratória dos vasos.
d) impedir, como válvulas, a descida da seiva.
e) determinar uma ascensão em espiral, da seiva.
10. (PUC-SP) A água é transportada por vasos lenhosos até a folha e, nas células desse órgão, fornece hi-
drogênio para a realização de um processo bioquímico, por meio do qual é produzido um gás que poderá
ser eliminado para o ambiente e também participar de um outro processo bioquímico naquelas mesmas
células.
A estrutura que NÃO tem associação com a descrição é:
a) cloroplasto.
b) mitocôndria.
c) floema.
d) xilema.
e) estômato.
E.O. Fixação
1. (UEG) Na maioria das plantas terrestres, a água é absorvida pelas raízes, deslocando-se pelo corpo
do vegetal como ilustrado na figura a seguir.
21
A respeito das células e dos tecidos envol- vez oxigenado, retorna ao coração pelo
vidos no deslocamento da água, é correto átrio esquerdo e passa para o ventrícu-
afirmar: lo esquerdo, de onde é transportado aos
a) em 1, são encontradas células jovens, cujas sistemas corporais, voltando em seguida
paredes suberificadas favorecem a absorção para o coração.
por osmose da água do solo. Com relação aos trechos, é CORRETO afirmar
b) em 2, são encontradas células de condução, que:
cuja presença de parede celular secundária e a) I refere-se exclusivamente ao transporte que
ausência de protoplasto favorecem o trans- se dá pelos vasos do xilema, enquanto II re-
porte da água. fere-se apenas à pequena circulação.
c) em 3, são encontrados os estômatos, cuja b) I refere-se exclusivamente ao transporte que
principal função para a planta é a perda de se dá pelos vasos do xilema, enquanto II re-
água na forma de vapor. fere-se exclusivamente à grande circulação.
d) em 4, são encontradas células embrionárias, c) I refere-se exclusivamente ao transporte que
mitoticamente ativas, cujo intenso consumo se dá por vasos do floema, enquanto II refe-
hídrico irá determinar o deslocamento verti-
re-se exclusivamente à grande circulação.
cal da água na planta.
d) I refere-se exclusivamente ao transporte da
seiva elaborada e do armazenamento de ami-
2. (UEL) A história da evolução das plantas está do em órgãos da planta, enquanto II refere-
relacionada com a ocupação progressiva do am- -se às circulações pulmonar e sistêmica.
biente terrestre e o aumento de sua independên- e) I refere-se ao transporte das seivas bruta e
cia da água para a reprodução. O aparecimento elaborada, enquanto II refere-se às circula-
do floema e do xilema solucionou o problema do ções pulmonar e sistêmica.
transporte de água e dos alimentos nas plantas
que crescem em ambientes terrestres.
4. (Ufrgs) O esquema a seguir é a representa-
Com base no texto e nos conhecimentos so-
ção de uma seção longitudinal do caule de
bre o tema, assinale a alternativa CORRETA.
uma dicotiledônea arbórea, do qual foi re-
a) As principais células de condução do xilema
tirado um anel completo da casca (anel de
são os elementos crivados e as células com-
Malpighi).
panheiras, e as principais células de condu-
ção do floema são os elementos traqueais e
os elementos de vasos xilemáticos.
b) O xilema, principal tecido condutor de água,
também está envolvido na condução das
substâncias orgânicas, na sustentação e no
armazenamento de substâncias.
c) O floema, além de açúcares, transporta ami-
noácidos, lipídios, micronutrientes, hormô-
nios, estímulos florais, numerosas proteínas
e RNA.
d) As plantas vasculares, briófitas, gimnosper-
mas e angiospermas possuem xilema e floe-
ma. Como exemplos, podem-se citar musgos,
carvalhos e pinheiros, respectivamente. Considere as afirmações que seguem, rela-
e) O floema é responsável pelo transporte da cionadas com transporte de substâncias no
seiva bruta, das raízes até as folhas, e o xile- vegetal.
ma é responsável pelo transporte da seiva I. As setas ascendentes indicam o transpor-
elaborada, das folhas até as raízes. te de açúcar, aminoácidos e outras subs-
tâncias dissolvidas na água.
II. As setas descendentes indicam o trans-
3. (PUC-SP) Analise os trechos a seguir, indica-
porte de seiva através do floema.
dos por I e II:
III. A retirada do anel impedirá o transporte
I. Em uma angiosperma, a água vai da raiz
até a folha e é utilizada na realização da de água até as raízes.
fotossíntese; produtos deste processo me- Quais estão corretas?
tabólico são transportados da folha para a) Apenas I.
outras partes da planta, podendo ser ar- b) Apenas II.
mazenados em órgãos como caule e raiz. c) Apenas I e II.
II. No coração humano, o sangue passa do d) Apenas II e III.
átrio direito para o ventrículo direito e e) I, II e III.
em seguida é levado aos pulmões; uma
22
5. (FGV) Uma rede para descanso foi estendida 7. (UFSM) Observe a figura a seguir. Ela represen-
entre duas árvores, A e B, e amarrada com ta a relação entre as plantas e certos fungos,
arame ao tronco da árvore A e a um galho que crescem no solo e córtex de suas raízes.
mais resistente da árvore B. Contudo, devido
ao peso dos que se deitavam nela, e devido
ao atrito, o arame cortou um círculo em tor-
no da casca do tronco e da casca do galho.
Pode-se dizer que:
a) na árvore A houve interrupção do fluxo de
seiva bruta, enquanto na árvore B houve in-
terrupção do fluxo de seiva elaborada.
b) na árvore A houve rompimento do floema, o
que poderá provocar a morte da árvore. Na
árvore B houve rompimento do xilema e não
haverá morte do galho.
c) nas árvores A e B houve rompimento do xile-
Considerando a região da raiz onde as hifas
ma, com consequente interrupção do fluxo
estão alojadas, pode-se concluir que a fun-
descendente de seiva orgânica. ção do fungo, nessa relação, é:
d) nas árvores A e B houve rompimento do a) aumentar a absorção de água.
floema, com consequente interrupção do b) proteger as raízes laterais emergentes.
fluxo descendente de seiva orgânica. c) proteger o meristema apical.
e) ambas as árvores poderão morrer como con- d) contribuir para o crescimento em extensão
sequência da interrupção do fluxo de seiva das raízes.
bruta e seiva elaborada. e) aumentar o número de raízes secundárias.
6. (UFPR) A seguir está representado um mo- 8. Por meio do corpo da planta são transporta-
delo simplificado do transporte de água na das substâncias necessárias para o seu de-
raiz de uma planta. senvolvimento, tais como água, sais mine-
rais, aminoácidos e açúcares. Esse transporte
é conseguido graças aos tecidos de condução
chamados de:
a) colênquima e parênquima.
b) epiderme e xilema.
c) colênquima e floema.
d) parênquima e xilema.
e) xilema e floema.
23
pilífera ou não, as soluções com os solutos De acordo com o texto e seus conhecimentos,
minerais seguem até o lenho, onde iniciam é correto afirmar que:
um deslocamento vertical para chegar à copa. a) a propagação assexuada por enxertia – em
que o cultivar de laranjeira enxertada apre-
senta a mesma constituição genética do por-
ta-enxerto – garante a não contaminação
pelo vírus, microorganismo unicelular pato-
gênico constituído por uma cápsula protéica
e DNA.
b) o vírus da morte súbita dos citros é transmi-
tido, de uma planta para outra, por um ar-
trópode pertencente à classe insecta, o qual
causa, no vegetal, o bloqueio do xilema, le-
vando consequentemente à interrupção da
condução da seiva elaborada.
c) o agente causador da doença das laranjeiras
citada no texto é um parasita intracelular
Com base nos textos e em seus conhecimen- que invade a célula do hospedeiro para se
tos, é correto afirmar que: multiplicar e promove o bloqueio do floema,
a) as soluções aquosas percorrem o caule até a levando consequentemente à interrupção da
copa das árvores devido à ação do processo de
condução da seiva elaborada.
transpiração nas folhas e das forças de coesão
e tensão que ocorrem no interior dos vasos d) o bloqueio do xilema – tecido condutor ve-
condutores da seiva elaborada (floema) (D). getal constituído por elementos de tubos
b) as soluções aquosas podem passar de célula crivados e células companheiras –, provoca-
para célula (B) pelas paredes, até atingir o do pelo vírus, promove uma interrupção no
xilema (D). Esse percurso é feito livremente, fornecimento de seiva bruta para as raízes,
sem a necessidade de osmose e difusão, pro- ocasionando a morte da planta.
cessos que envolvem gasto de energia. e) o vírus, ao infectar a planta, passa a con-
c) o deslocamento das soluções aquosas através trolar o metabolismo da célula hospedeira,
dos espaços intercelulares (A) é mais rápido multiplicando-se e promovendo um bloqueio
e direto. As soluções atingem as células de
na condução da seiva elaborada através dos
passagem da endoderme (C) e então passam
tecidos condutores constituídos por elemen-
para os vasos lenhosos (xilema) (D).
d) o deslocamento das soluções aquosas através tos de vasos lenhosos e traqueídeos.
dos plasmodesmos das células (A) é mais rá-
pido e direto. As soluções atingem as células 3. (FGV) Assinale a alternativa que contém os
de passagem do córtex (C) e posteriormente termos que preenchem, correta e respectiva-
passam para os vasos lenhosos (xilema) (D). mente, os espaços do texto.
e) as soluções aquosas percorrem o caule até a Com o auxílio de uma lupa, um aluno obser-
copa das árvores devido à ação do processo vou que os pulgões que parasitavam os brotos
de capilaridade, em que a água se desloca e botões florais de uma determinada planta
para cima ao passar pelos vasos bem finos o faziam introduzindo o estilete de seu apa-
formados por vasos liberianos (floema) (D). rato bucal no tecido vegetal. Observou ain-
da que uma gotícula era expelida pelo ânus
2. (Ufpel) A laranja é um dos principais produ- do pulgão. Intrigado, o estudante realizou
tos da fruticultura brasileira. O setor citrícola, o seguinte experimento: enquanto o pulgão
no país, cultiva 200 milhões de pés de laranja, se alimentava, matou-o com éter e separou
emprega cerca de 400 mil pessoas e gera negó- o corpo da cabeça, tomando o cuidado para
cios anuais da ordem de US$ 4 bilhões. A morte que o estilete do aparato bucal permaneces-
súbita dos citros – que já atingiu cerca de 2 se enfiado no tecido vegetal. Observou que
milhões de laranjeiras em São Paulo e Minas gotículas continuavam sendo expelidas pela
Gerais – vem preocupando os setores produti- porção final do estilete.
vos. Pesquisadores atribuem a um vírus a causa Este experimento demonstrou que o estilete
da moléstia – que promove o bloqueio dos vasos atingiu o _______ e que, no tecido parasitado
que conduzem a seiva da copa para as raízes. O pelo pulgão, a pressão osmótica é ________
uso de um resistente porta-enxerto – planta so- que nas folhas adultas.
bre a qual cresce a variedade de laranjeira que a) floema – menor.
se deseja cultivar – é um método de controle b) floema – maior.
empregado, além de outros, como o controle de c) xilema – menor.
insetos transmissores (pulgões). d) xilema – maior.
Pesquisa FAPESP, n.109, março de 2005 [adapt.]. e) xilema – a mesma.
24
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
A utilização de fibras de bananeira para a fabricação de papel não é novidade no Brasil. Uma das
primeiras fábricas de celulose do país produzia papel a partir do talo dessa planta. Plantas fibrosas,
como o algodão, também já foram largamente aproveitadas no país para a produção de celulose.
(Adaptado de Ciência Hoje. v. 26. n. 152. p.44-5)
4. (PUC-Camp) Os tecidos vasculares dos caules dos vegetais como os da bananeira, por exemplo,
agrupam-se em unidades chamadas feixes. Cada feixe é constituído por elementos do xilema, do
floema e, geralmente, por fibras do esclerênquima. Impregnação por lignina ocorre somente em
células do:
a) xilema.
b) esclerênquima.
c) floema e do xilema.
d) floema e do esclerênquima.
e) xilema e do esclerênquima.
5. (UFC) Mesmo existindo muita água ao seu redor, há ocasiões em que os vegetais terrestres não
podem absorvê-la. Esse fenômeno é denominado de seca fisiológica. Analise as declarações abaixo.
I. A seca fisiológica pode ocorrer quando o meio externo é mais concentrado (hipertônico) do que
o meio interno, em virtude do excesso de adubo ou da salinidade do ambiente.
II. A seca fisiológica pode ocorrer em temperaturas muito baixas.
III. A seca fisiológica pode ocorrer em locais onde o excesso de água expulsa o oxigênio presente no solo.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente I é verdadeira.
b) Somente I e II são verdadeiras.
c) Somente II e III são verdadeiras.
d) Somente I e III são verdadeiras.
e) I, II e III são verdadeiras.
E.O. Dissertativo
1. (PUC-RJ) Muitas plantas apresentam crescimento primário e secundário. O crescimento primário se
origina dos meristemas apicais e envolve a produção e o alongamento de raízes, caules e folhas. Por
outro lado, o crescimento secundário é produzido por meristemas laterais, engrossando raízes e caules.
Utilize os conhecimentos sobre estrutura, crescimento e desenvolvimento das plantas para resol-
ver as questões abaixo.
a) Uma marca é feita no tronco de uma árvore na altura de 2m de sua base. Se a árvore tem 5m de altura
e cresce 1m por ano, que altura terá essa marca após 10 anos? Por quê?
b) Se um anel for feito na casca de uma árvore em torno do tronco (processo denominado anelamento),
a árvore geralmente morre. Por quê?
2. (UFPR) Uma das características que se desenvolveu nas plantas vasculares e que possibilitou a
ocupação do ambiente terrestre foi o surgimento de um tecido eficiente no transporte de água,
denominado xilema. Esse tecido é complexo, com vários tipos celulares adaptados para o transpor-
te de água a curta e/ou longa distância. Considere o transporte de água das raízes até as folhas do
pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que pode atingir até 35 metros de altura. Identifique
e explique duas características que as células xilemáticas apresentam para manter a eficiência do
transporte a longa distância (das raízes até as folhas).
25
3. (UFF) Com base nos conhecimentos sobre anatomia e fisiologia vegetal e nas figuras I e II:
4. (UFMG)
a) Analise estas figuras.
O aparelho bucal do inseto representado em I pode atingir o tecido X ou o tecido Y da planta hospe-
deira, ambos indicados no esquema II.
Considerando as informações fornecidas por essas figuras, RESPONDA:
Pela análise do líquido que se vê extravasando do abdômen desse inseto, é possível determinar qual
dos dois tecidos da planta – X ou Y – o aparelho bucal desse inseto está atingindo?
SIM ______ NÃO ______
JUSTIFIQUE sua resposta.
b) O ataque de uma grande população do inseto representado no item [A] desta questão pode causar
danos irreversíveis à produtividade de uma plantação.
A fim de evitarem esses danos, os agricultores costumam utilizar inseticidas no solo.
Analise a tabela, em que está indicado, em relação ao tempo, o efeito de uma aplicação de inseticida
sobre a mortalidade de insetos em determinada plantação:
A partir dessa análise, EXPLIQUE por que, ao longo do tempo, a taxa de mortalidade aumentou.
26
5. (UFMG) Analise os esquemas da figura 1 e a tabela da figura 2.
a) Nomeie o tecido de condução em contato direto com a água no ramo 1 e identifique uma das caracte-
rísticas desse tecido.
b) Indique o ramo cujas folhas apresentarão, primeiro, sinais de desidratação, e explique por que isto
ocorre.
7. Cortando-se a extremidade do caule de uma planta cultivada em solo que havia sido bem irrigado,
notou-se a saída de quantidade significativa de água líquida através da superfície cortada. A que
se deve essa exsudação?
27
8. Em certas épocas do ano, é possivel observar pequenas gotas de água nas bordas das folhas de
algumas plantas. Qual é o nome desse fenômeno e as estruturas pelas quais ele ocorre?
1
0. "No Chile, todos os anos, no começo da primavera são cortadas muitas palmeiras e, quando os tron-
cos jazem no chão, decepam-lhes as ramagens: a seiva começa então a brotar da incisão. Uma boa
palmeira produz cerca de 40 litros de seiva, que é concentrada pela fervura, quando então recebe
o nome de melaço."
A viagem ao redor do mundo – Charles Darwin.
Assinale a alternativa que apresenta os termos que poderiam substituir os números I, II e III da
tabela.
a) I: Por difusão pelos estômatos, principalmente.
II: Por difusão ou por transporte ativo pelas raízes.
III: Por difusão pelos espaços intercelulares e pelas células.
b) I: Por transporte ativo pelos estômatos, principalmente.
II: Por osmose pelas raízes.
III: Dissolvidos na seiva bruta.
c) I: Por fluxo de massa através das lenticelas.
II: Por difusão pelas lenticelas.
III: Dissolvidos na seiva elaborada.
d) I: Por transporte ativo pelas lenticelas.
II: Por difusão e transporte ativo pelas raízes.
III: Por difusão entre as células do parênquima.
e) I: Por difusão pelos estômatos, principalmente.
II: Por osmose pelas raízes.
III: Dissolvidos na seiva bruta.
28
2. (Unicamp) A situação de seca citada na re- a) Que processo fisiológico da planta é direta-
portagem é determinada por mudanças no mente prejudicado pela presença da bacté-
ciclo hidrológico, em que as plantas têm pa- ria? Justifique.
pel determinante, uma vez que representam b) Não se pode atribuir à ‘Xylella fastidiosa’ a
uma fonte de vapor d’água para a atmosfera. morte das células que constituem os vasos
Os vasos que conduzem a água das raízes até do xilema maduro. Por quê?
as folhas são os: c) Em que consiste o sequenciamento de um
a) floemáticos e a transpiração ocorre pelos es- genoma?
tômatos.
b) floemáticos e a transpiração ocorre pelos tri- 3. (Fuvest) O gráfico a seguir indica a transpi-
comas. ração de uma árvore, num ambiente em que
c) xilemáticos e a transpiração ocorre pelos tri- a temperatura permaneceu em torno dos 20 °C,
comas. num ciclo de 24 horas.
d) xilemáticos e a transpiração ocorre pelos es-
tômatos.
29
Gabarito todas as regiões da planta, pelos vasos do
xilema, e ainda ser consumido pelos in-
setos, demanda certo tempo. Além disso,
também decorre tempo desde a ingestão
E.O. Aprendizagem do inseticida até a efetiva morte dos pul-
1. C 2. A 3. E 4. C 5. A gões, que declinam acentuadamente.
5.
6. A 7. A 8. B 9. A 10. C a) Por apresentarem altas taxas de fixação de
carbono, os ambientes I e III são bem ilu-
minados, e com altas taxas de fotossíntese;
E.O. Fixação enquanto II é um ambiente menos ilumi-
nado, fato que dificulta a fotossíntese.
1. B 2. C 3. E 4. B 5. D
b) Plantas que possuem ponto de compen-
6. B 7. A 8. E 9. C sação baixo, assim a taxa de fotossíntese
supera a taxa de respiração, mesmo em
ambientes pouco iluminados.
E.O. Complementar c) Em janeiro a taxa fotossintética é maior
que a respiratória, então a planta cresce e
1. C 2. C 3. A 4. E 5. E pode armazenar nutrientes; e em agosto
acontece o inverso – a taxa respiratória é
maior que a fotossintética, logo a planta
E.O. Dissertativo consome suas reservas.
1. Caso essa situação se mantenha, com o con-
a) A marca irá permanecer à altura de 2 m sumo de reservas possivelmente o vegetal
da base, já que esta região da árvore não irá morrer.
crescerá em comprimento (crescimento d) Através do floema, são transportados das
primário), apenas crescerá em espessura. folhas (locais de maior pressão osmóti-
b) A árvore morre porque essa prática remove ca) para o restante da planta (com menor
um anel inteiro do floema secundário, inter- pressão osmótica).
rompendo assim o transporte de substâncias 6.
orgânicas para os ramos e raízes. a) Floema, composto por células vivas e cri-
2.
Essas células têm parede celular impregna- vadas.
da de lignina e portanto são rígidas e resis- b) O ramo 1, pois seu xilema foi completa-
tentes à variação de pressão necessária ao mente bloqueado, logo a condução de água
transporte da seiva; e além disso essas célu- em direção às folhas foi impedida, e como
las são mortas, logo não há conteúdo celular esses órgãos perdem água por transpira-
que possa conferir resistência ao fluxo da ção acabarão murchando primeiro.
seiva. 7. À pressão positiva da raiz.
3. 8. Gutação e hidatódios.
a) 1A corresponde ao cerne (xilema não 9. Transporte da seiva bruta apenas.
funcional) que confere resistência ao 10. Substâncias orgânicas que percorrem vasos
tronco, e 1B é o alburno (xilema funcio- liberianos.
nal), responsável pelo transporte de sei-
va inorgânica.
b) É o floema (2). E.O. Objetivas
c) Esse fenômeno é decorrente do acúmulo de
seiva orgânica (ou elaborada), decorrente (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
da retirada do floema, e da consequente 1. A 2. D 3. B
impossibilidade de descida dessa seiva.
d) As raízes ficarão sem nutrientes e com o
tempo seus tecidos morrerão, ocasionan-
do a morte de toda a planta.
E.O. Dissertativas
4. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) Sim, é possível. Caso a solução conste, 1.
principalmente, de água e íons minerais, a) O sangue humano apresenta duas por-
o inseto terá sugado a seiva inorgânica ções, uma parte celular, com hemácias,
do xilema; e caso seja composta de nu- leucócitos e plaquetas, e a porção líqui-
trientes orgânicos, ficará claro que se tra- da, o plasma com água, proteínas, ga-
ta da seiva orgânica do floema. ses dissolvidos, nutrientes, entre outras
b) Pois o inseticida foi aplicado no solo e sua substâncias; e a seiva vegetal pode conter
absorção pelas raízes e transporte para nutrientes minerais (seiva bruta), além
30
da água ou orgânicos (seiva elaborada).
b) Podem ser citadas as hemácias ou eritró-
citos que realizam o transporte de gases
respiratórios, principalmente o oxigênio;
e os leucócitos que atuam na defesa imu-
nológica do organismo.
2.
a) Afetará o transporte de seiva mineral das
raízes para as folhas e também o processo
de fotossíntese, o qual depende de água
para ser realizado.
b) Porque o tecido xilemático maduro é for-
mado por células mortas, logo isso se dá
antes da infecção ocorrer.
c) Consiste no sequenciamento das bases
nitrogenadas (nucleotídeos) do DNA de
um organismo.
3.
a) Período A.
b) Período C.
c) A baixa concentração de gás carbônico
estimula a abertura dos estômatos, e o
aumento de sua concentração estimula o
fechamento estomático.
d) O aumento da intensidade luminosa provo-
ca, geralmente, a abertura dos estômatos e
a diminuição ocasiona o seu fechamento.
4.
a) Essa reposição ocorre por meio da absor-
ção de água através dos pelos absorven-
tes da raiz; quanto maior a transpiração,
maior será a absorção, pois a transpiração
resulta numa tensão na água presente no
xilema devido à coesão das moléculas de
água (teoria da coesão-tensão de Dixon),
provocando essa maior absorção.
b) Através pelos absorventes presentes na
epiderme a água penetra na raiz, atra-
vessa então as células do córtex – parên-
quima e endoderme, por onde passa pela
membrana plasmática –, assim como pelo
periciclo e chega ao xilema. Ao ser trans-
portada, pode atravessar as paredes e os
espaços intercelulares (via apoplasto) ou
a membrana plasmática (via simplasto).
31
Aulas
47 e 48
Hormônios vegetais
Competências 4 e 8
Habilidades 13, 14, 15 e 29
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Assim como os demais seres vivos, os vegetais possuem seu desenvolvimento mediado por fitormônios, isto é, por
hormônios vegetais de natureza química variável. Em quantidades adequadas e somada à influência do ambiente,
essas substâncias modulam o metabolismo da planta. As classes de hormônios que merecem destaque são as
auxinas, citocininas, giberelinas, ácido abscísico e o etileno.
Meristema
apical
Meristema
apical
Meristema
fundamental
Um mesmo hormônio pode desencadear diferentes respostas de acordo com o tecido de ação, bem como
em suas diferentes fases do desenvolvimento. Em adição, alguns hormônios atuam juntos para um mesmo fim,
como o crescimento e alongamento celular.
Hormônios que merecem destaque são as auxinas, produzidas em regiões constituídas por células jovens
indiferenciadas (células meristemáticas). Esse tecido está presente em locais de intenso crescimento e desenvolvi-
mento como nos ápices de raiz e caule (imagem acima), além de gemas, flores, frutos e folhas jovens.
35
Auxinas
As auxinas são os fitormônios mais conhecidos e os mais perguntados nos vestibulares.
Experimento
(a) bloco de ágar que esteve em contato com ponta de coleóptilo é colocado sobre um dos lados do
coleóptilo seccionado. (b) grupo controle
36
No passado, mais especificamente em 1881, um experimento de Charles Darwin e seu filho Francis Darwin
demonstrou que a região privada de luz de uma plântula crescia mais rapidamente que regiões que receberam luz.
Assim, foi estabelecido que o papel dessa substância é associado à regulação do crescimento.
O AIA (ácido indolacético) é o representante mais estudado das auxinas. Sua síntese ocorre em tecidos
jovens e de intenso crescimento, como em embriões, no tubo polínico, no interior de sementes, nas células da pa-
rede do ovário e gemas do caule e da raiz. O transporte dele é polar, isto é, parte das regiões de síntese (ápice) em
direção aos locais onde exercerá seus efeitos.
O AIA tem capacidade de estimular ou inibir o crescimento de acordo com sua concentração e local de ação.
Observe o gráfico:
37
Efeitos do AIA
Dominância apical
A produção na gema apical do caule inibe a produção do AIA pelas gemas laterais, inibindo o crescimento lateral
do vegetal – dominância apical. Tal fenômeno acontece porque os brotos localizados na ponta superior do caule e
dos ramos sintetizam auxinas que, ao se transportarem para as regiões mais inferiores, inibem o desenvolvimento
de gemas laterais. A poda das regiões mais apicais é uma técnica que visa aumentar o desenvolvimento lateral
das plantas, para, por exemplo, explorar o potencial de sombreamento das árvores - quebra da dominância apical.
Gema Ramo
lateral lateral
I II III
Gema apical produz auxina para inibir as gemas laterais, eliminando a gema apical,
o crescimento será promovidos pelas gemas laterais. “Poda”.
O AIA é um hormônio que se desloca para os locais com ausência de luz, dessa forma, coleóptilos expostos à ilu-
minação unilateral curvam-se em direção à luz – lembre-se que este hormônio é responsável pelo crescimento do
vegetal, portanto a curva do coleóptilo será formada do lado iluminado devido à ausência ou baixa concentração
do hormônio na região. O crescimento da curvatura dos coleóptilos será proporcional ao período de iluminação,
pois maior quantidade de AIA alcança o lado oposto.
Dessa forma, no caso de o coleóptilo receber iluminação uniforme, seu crescimento será em linha reta. A
mesma situação será encontrada caso a estrutura cresça no escuro.
Auxinas também atuam no processo de divisão e elongação celular de raízes, caules e folhas.
Enraizamento de estacas
Para a comercialização de vegetais, é interessante que as características desejadas sejam passadas através das
gerações. Para isso, no cultivo, é realizada a reprodução, pois nesse tipo de reprodução, devem se formar clones ge-
neticamente idênticos em relação ao organismo progenitor. Uma forma simples de se fazer reprodução assexuada
é através de estaqueamento, processo que consiste em fazer um corte no sentido transversal em pequenos caules
38
(estacas) na região dos entre-nós. Então, esses segmentos devem ser colocados no solo e, a partir do desenvolvi-
mento do tecido meristemático, ocorre enraizamento e produção de novos ramos, originando uma nova muda da
planta. Ao se aplicar pequenas doses de AIA nessas estacas, o enraizamento ocorre rápido e vigorosamente, dessa
forma, a chance de sobrevivência da estaca é maio do aqueles segmentos que não foram tratados com o hormônio.
Na foto, a seguir, o fato discutido anteriormente.
Efeito herbicida
Uma auxina sintética muito utilizada na agricultura é o ácido 2,4 diclorofenoxiacético (2,4 D). As plantas dicotile-
dôneas são mais sensíveis a esse composto sintético do que as monocotiledôneas, pois a superfície da folha das
primeiras é, geralmente, maior. Nas situações em que tal composto é colocado em grande quantidade num campo
de cultivo de plantas monocotiledôneas (como o arroz e o milho), não causa danos ao desenvolvimento dessas cul-
turas. Porém, inibem o pleno desenvolvimento de dicotiledôneas, a exemplo as ervas daninhas, que em geral, cau-
sam prejuízos nas lavouras dessas plantações de alto interesse econômico para a indústria alimentícia e comercial.
2,4 - D
Auxinas e partenocarpia
Partenocarpia é o desenvolvimento de um gameta feminino sem que ocorra a fecundação dessa célula. Este fenô-
meno ocorre entre os animais, principalmente insetos. A consequência é a origem de um indivíduo adulto haploide
(n). A partenocarpia também é observada em plantas – em condições naturais, durante desenvolvimento dos
ovários sem formação de sementes. Este fato é presente em bananeiras e laranja-da-baia. Na agricultura, tal co-
nhecimento foi muito interessante economicamente, pois permitiu a produção de frutos sem sementes. Nesse caso,
a auxina existente na parede do ovário estimula a formação do fruto. Também pode-se estimular esse processo
artificialmente através da aplicação de auxinas na face externa dos ovários quando ainda não fecundados. Durante
esse processo, também é interessante retirar os estames, pois estas estruturas são responsáveis por produzir grão
39
de pólen, dessa forma evita-se a polinização. Essa estratégia é comum no cultivo de uvas, melancias e outros com-
ponentes do gênero Citrus. Na imagem um exemplo de vegetal partenocárpico: um tomate sem sementes.
A concentração de auxinas nas diferentes regiões do vegetal é de extrema importância. Enquanto as folhas e frutos
são jovens, possuem uma quantidade de auxinas parecida àquela encontrada nos seus ramos. No entanto, durante
a maturidade (envelhecimento) de tais estruturas, a produção vai diminuindo gradualmente. Através desta mudan-
ça na concentração do hormônio, é produzido um tecido denominado meristema de abscisão. Ele ocorre entre os
ramos e os pecíolos que seguram e sustentam as folhas e frutos. Esse novo tecido formado, com características
peculiares é responsável por romper a estrutura que une o pecíolo e as folhas/frutos. Esse fato explica a queda dos
frutos maduros ou folhas maduras.
Pecíolo
Camada de
abscisão
40
Giberelinas
As giberelinas são outro grupo de fitormônios. Tal hormônio é produzido nas sementes e frutos, em desenvolvi-
mento, mas principalmente nos meristemas. São encontradas em grandes concentrações em sementes imaturas.
Seu transporte ocorre do ápice para a base e vice-versa. Estimulam o crescimento de folhas e caules, pois agem na
divisão e também no elongamento celular. Dentre outros efeitos exercidos pelas giberelinas , podemos destacar:
§§ o estimulo à quebra da dormência e acelera a germinação de sementes;
§§ certas plantas dependem do clima para florescerem, influenciadas principalmente pela temperatura ambiental.
Entretanto, quando são tratadas com giberelina, florescem independentemente das condições ambientais;
§§ assim como as auxinas, podem estimular a formação de frutos partenocárpicos;
§§ se aplicadas em plantas anãs, como representantes as da família das gramíneas, estimulam o elongamento
do caule.
Citocininas
Outro grupo de fitormônios, as citocininas regulam processos de divisão e diferenciação celular. No caso de ser indi-
ferenciada, uma célula vegetal pode sofrer sucessivos eventos de crescimento e divisão celular – caso característico
de células que ficam indiferenciadas (meristemáticas), também podem sofrer elongamento sem que ocorra divisão
celular – situação característica daquelas células que se diferenciarão.
Existem sementes de certas variedades de plantas que necessitam de luz para germinar, porém se tratadas
com citocininas, germinarão mesmo no escuro. Ocorrem em tecidos com divisão celular ativa, como as sementes
em germinação, frutos e meristema apical da raiz. As citocininas sintetizadas no ápice das raízes são levadas para
todas as regiões da planta. Esse hormônio é sintetizado quando a semente inicia o crescimento, assim, pode-se
dizer que são resultado da germinação. Uma suposição é que as citocininas (também as auxinas) são liberadas
durante a desintegração do endosperma através de enzimas sintetizadas por influência da giberelina. Observe que
em diversas situações, os hormônios agem em conjunto, levando a um diferente comportamento e/ou reação da
planta , região ou órgão em questão. As citocininas também inibem a senescência (envelhecimento) foliar, seja em
plantas prestes a morrer ou no período de queda cílica das folhas. Esse hormônio, assim como auxina, também
influencia a dominância apical, mas de modo oposto – as auxinas inibem o desenvolvimento das gemas laterais
(dominância apical), as citocininas agem estimulando-as, o que explica o motivo de depois de removida, as gemas
apicais e laterais desenvolvem-se.
ácido abscísico +
+ citocinina
41
A seguir, observe a interação entre auxina e citocinina.
Em situações na qual há razão citocinina/auxina maior, ocorre o estímulo das gemas laterais e, consequen-
temente, das ramificações. Por outro lado, quando tal razão é menor, observa-se o estímulo para a formação de
raízes. Observe o esquema correspondente à explicação.
CITOCININA
2 3 3
1 1 2
AUXINA
Quando há maior concentração de auxina do que citocinina, as células crescem em comprimento (elonga-
ção celular). Por outro lado, quando há maior quantidade de citocinina do que auxina, as células sofrem mitose.
Etileno
Desde o início do século XX, técnicas antigas que foram herdadas de gerações anteriores já eram usadas para ama-
durecer os frutos mais rapidamente. Uma técnica muito popular consistia em colocar os frutos não maduros numa
câmara onde abrigava fogões à querosene funcionavam em constante combustão. Os chineses também dispunham
de um mecanismo parecido: expunham seus frutos em salas com muitos incensos. Ainda, outros agricultores já
haviam notado que, ao se colocar frutos verdes próximo ou em contato com frutos maduros, aqueles amadureciam
em menor espaço de tempo que de costume. Apenas por volta de 1925, pesquisas comprovaram que o amadure-
cimento acelerado dos frutos é influenciado por um hormônio gasoso: o etileno.
O etileno é um hidrocarboneto insaturado e o único fitormônio que se encontra na forma gasosa em
condições normais. Todas as regiões do vegetal produzem etileno; porém, sua produção é mais intensa em flores
polinizadas, frutos em processo de amadurecimento, além de células danificadas. Por ser gasoso, quando liberado,
irá exercer efeitos em outros vegetais que se encontrarem próximos. Por esse motivo, é indicado que fruticultores
armazenem frutos em câmaras que não acumulem o etileno no ambiente, a fim de retardar que o amadurecimento
dos frutos.
42
Maturação dos frutos
Características da maturação dos frutos são: o amolecimento da consistência e mudança na cor da casca
(epicarpo), aumento da concentração de água, açúcares, proteínas e lipídios, além de um notável aumento da
suculência do mesocarpo e surgimento de novos odores, mais atrativos aos animais responsáveis por dispersar
sementes.
O etileno também tem efeito na abscisão das folhas e frutos. Esse processo, como falado anteriormente, se
inicia com a redução da concentração de AIA na folha em relação ao pecíolo, mas sua continuidade depende do
etileno, este estimula a síntese de celulase, substância responsável por digerir as paredes celulósicas da região de
abscisão do pecíolo, assim ocorrerá organização celular e produção de uma “cicatriz” para fechar a lacuna prove-
niente da ausência do fruto ou folha. Veja o esquema, a seguir:
Interação da Auxina e do Etileno no processo de abscisão foliar
43
Ácido abscísico
Esse outro hormônio tem ação inibidora no crescimento dos vegetais. É produzido em folhas, caule e coifa. A prin-
cipal ação do ácido abscísico (ABA) é o impedimento da germinação prematura de sementes, principalmente em
condições adversas, mantendo-as dormentes. Em adição, possui importante função nas alterações sofridas pelo
vegetal em resposta a situações desfavoráveis. Um exemplo seria o fechamento dos estômatos, em ocasiões de
falta de água.
O ácido abscísico mantém as sementes dormente, por outro lado, as giberelinas quebram a dormência.
Germinação
giberelinas
44
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
46
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Para maturar frutos existem alguns procedimentos simples que podemos fazer em casa. Colocar frutas maduras junto
com frutas não maduras auxiliam as frutas não maduras a madurar, pois plantas maduras liberam hormônios, como o
gás etileno que tem a função de estimular o desenvolvimento dos frutos.
INTERDISCIPLINARIDADE
No estudo dos hormônios vegetais é de suma importância saber conceitos de química, como fórmulas e estruturas
químicas. A compreensão desses conteúdos auxilia nos estudos dos hormônios, como eles agem e quais são suas
características.
47
E.O. Aprendizagem I. Proteção contra agentes lesivos e contra a
perda de água
II. Sustentação
1. (Uespi) As técnicas de cultivo in vitro de III. Preenchimento de espaços
plantas se utilizam de uma série de fitor- IV. Transporte de materiais
mônios para garantir o desenvolvimento da V. Execução de movimentos orientados
planta no laboratório, antes da mesma ser Solução:
levada para o campo. Sobre esse assunto, 1) Esclerênquima e colênquima
identifique a correlação correta entre o fitor- 2) Fitormônios
mônio e a sua respectiva função na planta: 3) Xilema e floema
a) auxinas – floração. 4) Epiderme e súber
b) giberilinas – alongamento caulinar. 5) Parênquimas
c) ácido abscísico – dormência de sementes. A associação correta entre o Problema e a So-
d) citocininas – amadurecimento dos frutos. lução encontrada pelas plantas é:
e) etileno – retardo do envelhecimento da a) I-1; II-3; III-5; IV-4; V-2.
planta. b) I-2; II-4; III-3; IV-1; V-5.
c) I-3; II-5; III-2; IV-1; V-4.
d) I-4; II-1; III-5; IV-3; V-2.
2. (UERN) A exportação de frutas frescas pelo
e) I-5; II-2; III-4; IV-3; V-1.
Brasil enfrenta barreiras que dificultam a
ampliação e, às vezes, a manutenção do mer-
cado. Como exemplo, temos o tempo de en- 5. (UFPI) Os hormônios vegetais são substân-
velhecimento das partes vegetais. Qual é o cias orgânicas que desempenham funções na
hormônio que retarda o envelhecimento dos regulação do crescimento vegetal. Cada hor-
órgãos vegetais? mônio exerce múltiplas funções reguladoras,
afetando diferentes aspectos do desenvolvi-
a) auxina.
mento. Com relação às giberelinas e citocini-
b) giberelina.
nas, é correto afirmar, respectivamente, que:
c) citocinina.
a) mantêm a dormência do fruto; aumentam a
d) etileno. senescência foliar.
b) inibem a abscisão foliar; estimulam o fecha-
3. (UFPB) Uma prática bastante conhecida na mento dos estômatos.
cultura do abacaxi (Ananas comosus) no c) promovem a germinação de sementes; ini-
estado da Paraíba é o controle químico da bem a senescência foliar.
diferenciação floral, realizado por volta do d) inibem a dormência das sementes; promo-
décimo segundo mês de cultivo. O método, vem o amadurecimento dos frutos.
além de antecipar e homogeneizar a flora- e) inibem o alongamento do caule; promovem a
ção, promove economia de mão de obra no germinação das sementes.
controle de pragas e na colheita.
Na prática, consiste na adição de pedras de 6. (UFMS) Os fitormônios são compostos orgâ-
carbureto de cálcio na base das folhas que nicos produzidos pelas plantas e que, em pe-
contêm água, resultando na liberação de um quenas concentrações promovem, inibem ou
gás que se difunde nos espaços entre as cé-
modificam o crescimento vegetal. Com relação
lulas. ao efeito da citocinina, é correto afirmar que:
Com base no exposto, a função de indução da a) promove o amadurecimento dos frutos.
floração promovida pelo gás liberado duran- b) inibe a floração.
te o processo é a mesma do hormônio vegetal c) promove a divisão celular.
denominado: d) inibe o crescimento do caule.
a) giberelina.
e) promove a queda das folhas.
b) auxina.
c) ácido abscísico.
7. (UFJF) O malte, um dos componentes mais
d) ácido indol acético.
importantes na fabricação da cerveja, é pro-
e) etileno. duzido durante o processo de germinação
das sementes de cevada. Qual hormônio ve-
4. (UFJF) Para a sua sobrevivência, as plantas getal pode interferir diretamente no rendi-
vasculares precisam superar condições am- mento do processo de produção do malte?
bientais adversas. Alguns problemas encon- a) auxina.
trados pelas plantas e as soluções utilizadas b) citocinina.
por elas para superar tais limitações são c) giberelina.
apresentados a seguir. d) etileno.
Problema: e) ácido abscísico.
48
8. (UFG) O proprietário de um viveiro de plan- a) V, II, III, IV, I.
tas deseja incrementar seu lucro com o au- b) II, V, I, IV, III.
mento da produção de mudas provenientes c) V, IV, II, I, III.
de brotação. Para tanto, solicitou a orien- d) V, IV, III, I, II.
tação de um especialista que recomendou o e) II, I, IV, V, III.
tratamento com o hormônio vegetal:
a) ácido abscísico, para propiciar o fechamento
estomático.
b) auxina, para promover o enraizamento de
E.O. Fixação
estacas. 1. (UECE) As auxinas são fitormônios funda-
c) citocinina, para estimular a germinação. mentais ao desenvolvimento das plantas. Es-
d) etileno, para intensificar a maturação dos ses hormônios, além de serem encontrados
frutos. nos vegetais, também podem ser encontra-
e) giberelina, para induzir a partenocarpia. dos em fungos, bactérias e algas.
Sobre as auxinas, pode-se afirmar correta-
9. (UFMG) Analise os esquemas I e II, em que mente que:
estão representadas diferentes situações de a) estão relacionadas exclusivamente com o
crescimento de uma mesma espécie vegetal: crescimento do caule, das folhas, e das raí-
zes, o que já representa enorme importância
para o desenvolvimento dos vegetais.
b) regulam apenas a abscisão foliar, a dominân-
cia apical e a partenocarpia.
c) sua aplicação em plantas frutíferas é utili-
zada para a produção em larga escala, pois
quando inoculadas no ovário das flores,
ocorre a produção de frutos partenocárpicos.
d) quando existentes em baixas concentrações
no ápice das plantas, inibem o crescimento
das gemas laterais, em um fenômeno chama-
do de dominância apical.
A partir dessa análise, é CORRETO afirmar 2. (UFTM) O gráfico mostra a liberação de açú-
que a mudança observada nas plantas do es- car a partir do endosperma da semente de
quema II decorre de: cevada em germinação, quando tratada com
a) redirecionamento dos hormônios de cresci- GA3, um tipo de hormônio vegetal.
mento.
b) aumento da concentração dos hormônios de
dormência.
c) estimulação dos hormônios de envelheci-
mento.
d) produção de hormônios de amadurecimento.
1
0. Sabe-se que os hormônios vegetais são subs-
tâncias orgânicas, simples ou complexas, que
atuam em baixíssimas concentrações, que
estimulam, inibem ou modificam, de algum
modo, processos fisiológicos específicos e
que atuam à distância ou não do seu local de
síntese. Associe a segunda coluna de acordo
com a primeira e assinale a opção que con-
tém a sequência correta.
I. Auxina
II. Giberelina
III. Ácido abscísico O aleurona é um tecido que ocorre nas se-
IV. Etileno mentes e produz amilases. Sobre a germina-
V. Citocinina
ção das sementes de cevada, foram feitas as
( ) divisão e crescimento celular seguintes afirmações:
( ) amadurecimento de frutos I. A giberelina é importante por induzir a
( ) estímulo à germinação de sementes camada de aleurona a produzir enzimas
( ) alongamento de caule e tropismos hidrolíticas, corroborando o crescimento
( ) inibição da germinação de sementes do embrião.
49
II. O uso da giberelina pela indústria de 4. (UEMG) A sabedoria popular é pródiga em
cerveja pode redundar em significativos vários exemplos de atitudes que apresentam
aumentos da produção, mesmo com en- resultado satisfatório, mesmo sem o devido
dosperma sem aleurona. conhecimento biológico que explique corre-
III. O amido contido no endosperma é a for- tamente aquele resultado. Uma dessas atitu-
ma molecular direta que supre as neces- des pode ser observada nas fazendas, onde
se costuma pendurar na cozinha, sobre o fo-
sidades do embrião.
gão à lenha, cachos de bananas verdes para
IV. O endosperma, por ser triploide, tem sua
que elas amadureçam mais depressa, o que
capacidade de armazenamento de açúcar realmente acontece.
ampliada. Utilizando seus conhecimentos sobre fisiolo-
É correto apenas o que se afirma em: gia vegetal e considerando o fenômeno men-
a) I. cionado acima, só está CORRETO afirmar que:
b) II. a) o calor do fogão acelera as reações químicas
c) I e II. necessárias para o processo de amadureci-
d) I e III. mento das bananas.
e) II e IV. b) a queima da lenha libera muito CO2, que ace-
lera o processo de fotossíntese, levando ao
amadurecimento rápido das bananas.
3. (UEL) Considere o experimento sobre o efei- c) a queima da madeira libera um hormônio
to inibidor de hormônio vegetal no desen- gasoso, o etileno, que provoca o amadureci-
volvimento das gemas laterais, apresentado mento dos frutos.
na figura a seguir. d) o calor do fogão impede o desenvolvimento
de fungos e outros parasitas que prejudicam
o processo de amadurecimento das bananas.
50
6. (PUC-MG) Por meio de estudos com cultura de tecidos em plantas, os botânicos descobriram subs-
tâncias com grande poder de estimular a divisão celular em tecidos vegetais. Essas substâncias
foram denominadas citocininas. As citocininas formam-se primeiramente nas raízes e movem-se
para outras partes da planta. São efeitos das citocininas, EXCETO:
a) estimular o crescimento de gemas laterais, que se transformam em ramos.
b) estimular o processo de senescência de folhas, acelerando a abscisão foliar.
c) aumentar a expansão de pedaços cortados de folha.
d) provocar a germinação de certas sementes que exigem luz quando essas são mantidas no escuro cons-
tante.
8. (PUC-MG) O experimento a seguir mostra a ação de fitormônio que ocorre nos vegetais.
51
9. (PUC-MG) O experimento mostra a produção de nova planta a partir da retirada de células somáti-
cas da raiz de cenoura.
1
0. (UFV) A cultura de tecidos vegetais constitui uma forma de regeneração de plantas a partir de
fragmentos de tecido denominados explantes. Os explantes são transferidos para meio de cultura
que contém fitormônios ou reguladores de crescimento. O uso destas substâncias em concentrações
adequadas induz a formação de raízes, ramos e folhas, regenerando-se uma planta com a mesma
constituição genética do explante. Dentre as afirmativas abaixo, assinale a INCORRETA:
a) Mutações somáticas podem ocorrer durante a regeneração.
b) A adição de citocinina ao meio irá regenerar uma planta estéril.
c) A formação de raízes pode ser induzida pela adição de auxina ao meio.
d) A regeneração da planta independe da ocorrência de meiose.
e) A planta regenerada a partir do explante constitui um clone.
E.O. Complementar
1. (PUC-SP) Na coluna da esquerda, numeradas de I a V, temos características apresentadas para certas
substâncias; na coluna da direita encontramos nomes de substâncias, precedidos por letras de A a E.
I. É utilizada na etapa puramente química da A. Hormônio luteinizante
fotossíntese. B. Etileno
II. Armazena energia e é produzida principal- C. Trifosfato de adenosina
mente na respiração mitocondrial. D. Gás carbônico
III. É sintetizada em locais específicos de al- E. RNA ribossômico
guns cromossomos e entra na constituição
do nucléolo.
IV. É liberada pela hipófise e estimula as célu-
las intersticiais do testículo.
V. É liberada pela queima de serragem acele-
rando o amadurecimento de frutos.
Assinale a alternativa que apresenta uma relação correta entre as duas colunas.
a) I-D; II-E; III-C; IV-A; V-B.
b) I-E; II-C; III-E; IV-A; V-B.
c) I-C; II-D; III-A; IV-B; V-E.
d) I-C; II-A; III-B; IV-E; V-D.
e) I-D; II-C; III-E; IV-A; V-B.
52
2. (UEL) “Nos vegetais superiores, a regulação do metabolismo, o crescimento e a morfogênese mui-
tas vezes dependem de sinais químicos de uma parte da planta para outra, conhecidos como hor-
mônios, os quais interagem com proteínas específicas, denominadas receptoras.”
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre hormônios vegetais, relacione as colunas.
3. (FGV) Uma muda de laranjeira crescia vistosa no quintal da casa. Contudo, uma das folhas fora
seriamente danificada por insetos que dela se alimentaram. Restou não mais que um quarto da
folha original, presa a um ramo com inúmeras folhas íntegras. Considerando a ação do hormônio
auxina na abscisão foliar, espera-se que a folha danificada:
a) desprenda-se do galho em razão da lesão induzir uma maior produção de auxina. Concentrações eleva-
das de auxina na folha danificada, em relação à concentração no ramo, determinarão a abscisão foliar.
b) desprenda-se do galho em razão da lesão reduzir a produção de auxina. Concentrações mais baixas de
auxina na folha danificada, em relação à concentração no ramo, determinarão a abscisão foliar.
c) permaneça presa ao ramo em razão da lesão reduzir a produção de auxina. Concentrações mais baixas
de auxina na folha danificada, em relação à concentração no ramo, inibem a formação da zona de
abscisão.
d) permaneça presa ao ramo em razão da lesão induzir uma maior produção de auxina. Concentrações
elevadas de auxina na folha danificada, em relação à concentração no ramo, inibem a formação da
zona de abscisão.
e) permaneça presa ao ramo em razão da auxina produzida pelas folhas íntegras ser levada pelos vasos
condutores até o pecíolo da folha danificada, favorecendo a formação da zona de abscisão.
4. (UFC) O gráfico adiante mostra o resultado de um experimento, em que se observa o efeito do au-
mento na concentração de auxina sobre o crescimento de raízes, gemas e caules e sobre a produção
do gás etileno, que também afeta o crescimento vegetal. Através da análise do gráfico, pode-se
concluir corretamente que:
53
a) nos caules, concentrações muito baixas de auxina já apresentam efeito inibitório, quando comparado
às raízes e gemas.
b) a extrema sensibilidade das raízes à auxina está correlacionada ao forte efeito inibitório do etileno
sobre o crescimento radicular.
c) os caules respondem de maneira bastante satisfatória à auxina, apresentando um crescimento expo-
nencial com o aumento na concentração deste hormônio.
d) a resposta à auxina é similar tanto em caules como em raízes e gemas sendo, todavia, a concentração
ótima do hormônio muito menor em caules.
e) o crescimento do caule é extremamente inibido por concentrações de auxina que promovem o alonga-
mento em raízes e gemas.
5. (Mack-SP) Carros frigoríficos são usados para transportar frutos a grandes distâncias sem que
amadureçam. Isso é possível, pois a baixa temperatura:
a) Acelera o processo de respiração e aumenta a auxina.
b) Inibe a síntese do gás etileno e reduz a respiração.
c) Aumenta a quantidade de ácidos e interrompe a fotossíntese.
d) Inibe a decomposição de clorofila e aumenta a produção de etileno.
e) Inibe a respiração e acelera a fotossíntese.
E.O. Dissertativo
1. (UFPR) Pinhão-manso (Jatropha curcas) é uma planta cujas sementes podem ser usadas para a
fabricação de biocombustível. Por isso, cientistas têm estudado formas de maximizar sua produ-
ção. O uso de hormônios vegetais artificiais é uma via de obtenção de rendimento maior nesses
casos. Pesquisadores testaram a influência de um desses hormônios (Ethrel) na razão entre flores
masculinas e femininas por inflorescência e no rendimento de sementes por planta. Os resultados
encontrados por eles estão apresentados nos gráficos abaixo.
Et. = Ethrel; ppm = partes por milhão; g = gramas.
a) O uso do hormônio Ethrel é uma alternativa viável para aumentar a produção de biocombustível pelo
uso do pinhão-manso? Justifique sua resposta.
b) Qual a correlação que pode ser estabelecida entre a razão de flores masculinas e femininas e a produ-
ção de sementes nessa planta?
54
Ao final do período experimental, foram ob-
tidos os seguintes resultados:
Planta I: o crescimento vertical foi mantido e
as gemas laterais permaneceram dormentes.
Planta II: o crescimento vertical diminuiu ou
cessou e ocorreu crescimento de ramos prove-
nientes do desenvolvimento de gemas laterais.
Planta III: as gemas laterais permaneceram
dormentes.
Com base nos resultados desse experimento,
a) cite o hormônio usado na planta III e o local
em que ele é produzido na planta;
b) explique uma aplicação prática para o proce-
dimento utilizado na planta II.
a) Qual substância é responsável pela curvatu- No ciberespaço o sujeito libera-se das coer-
ções da identidade, metamorfoseia-se, de
ra dos coleóptilos? Explique como essa subs-
forma provisória ou permanente, no que ele
tância, na presença de luz, promove essa
quer, sem temer que o real o desminta. Sem
curvatura. rosto, não corre mais o risco sem poder ser
b) Explique por que o coleóptilo que teve o ápi- visto, está livre de toda responsabilidade,
ce encoberto com papel opaco não se curva tendo agora apenas uma identidade volátil.
em direção à fonte de luz e indique como Não há mais o risco de ser traído ou reco-
ficará a direção do seu crescimento. nhecido por seu corpo. A rede favorece uma
pluralidade de “eus”, o jogo libera-o de qual-
4. (UFC) A figura a seguir mostra os resultados quer responsabilidade e favorece a todo ins-
de um experimento que compara o cresci- tante a possibilidade de desaparecer. A iden-
mento do caule (A) e das raízes (B) de plan- tidade é uma sucessão de “eus” provisórios,
tinhas de milho normais (tipo selvagem) e um disco rígido que contém uma série de ar-
quivos que podem ser acessados ao sabor das
mutantes (que não produzem ácido abscísi-
circunstâncias. É uma máscara formidável,
co – ABA), transplantadas para dois tipos de
isto é, um estímulo ao relaxamento de toda
substratos. Um grupo, formado pelos dois ti- civilidade. Toda responsabilidade desapare-
pos de planta, foi colocado em substrato sob ce. Um crime virtual não deixa vestígios. O
condições de suprimento hídrico ideal (SH), ciberespaço é instrumento da multiplicação
e outro grupo, também contendo os dois ti- de si, uma prótese da existência.
pos de planta, foi colocado em substrato sob NOVAES, A. O homem-máquina: a ciência manipula o
condições de deficit hídrico (DH). corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003. p. 130.
55
5. (UFG) O texto menciona que no ciberespaço Com base nas figuras apresentadas acima e
“A identidade é uma sucessão de ‘eus’ provi- em seus conhecimentos biológicos, responda
sórios, um disco rígido que contém uma sé- aos itens a seguir.
rie de arquivos que podem ser acessados ao a) Qual é a denominação do fenômeno eviden-
sabor das circunstâncias.” ciado nas figuras 1 e 2?
No mundo biológico real, os arquivos acessa- b) Qual é o hormônio vegetal envolvido no fenô-
dos obedecem a uma sequência cronológica, meno em questão e representado no gráfico?
geneticamente programada, por meio dos c) A partir da interpretação do gráfico, expli-
processos de renovação da vida até o enve- que o fenômeno em análise.
lhecimento, como, por exemplo, a matura-
ção do fruto. Explique a importância deste
exemplo, no ciclo de vida dos vegetais, e in- 9. Observe a frase abaixo e em seguida assinale
dique o hormônio responsável pelo seu de- a alternativa que contém as palavras que a
completam:
sencadeamento.
“A ____________ é um hormônio vegetal que
estimula o alongamento celular do ________
6. (UEG) Os hormônios vegetais controlam o
e da raiz, atua no __________ e no geotro-
crescimento e o desenvolvimento das plan-
pismo, e no desenvolvimento de ________.”
tas ao interferir na divisão, no alongamento
e na diferenciação das células. A remoção da
gema apical de uma planta promove o desen- 1
0. As plantas, assim como os animais, possuem
volvimento das gemas laterais. em seu corpo substâncias que regulam seu
Sobre esse assunto, faça o que se pede. desenvolvimento e crescimento: os hormô-
a) Qual o fenômeno responsável pela inibição nios. Qual hormônio vegetal está relaciona-
do desenvolvimento das gemas laterais cau- do com o fechamento estomático?
sada pela presença da gema apical?
E.O. Enem
b) Qual o hormônio vegetal envolvido nessa
inibição?
56
c) concentre na extremidade do caule e, por
isso, iniba o crescimento nessa parte. E.O. Objetivas
d) distribua uniformemente nas faces do caule
e, por isso, iniba o crescimento de todas elas.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
e) concentre na face inferior do caule e, por
1. (Unesp) Em uma aula de biologia, a profes-
isso, iniba a atividade das gemas laterais.
sora pegou três sacos de papel permeável e
colocou, em cada um deles, um par de frutas,
2. (Enem PPL) O Brasil tem investido em inova-
segundo a tabela.
ções tecnológicas para a produção e comercia-
lização de maçãs. Um exemplo é a aplicação
Saco 1 Saco 2 Saco 3
do composto volátil 1-metilciclopropeno, que
compete pelos sítios de ligação do hormônio
Banana verde X X
vegetal etileno nas células desse fruto.
Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br. Mamão verde X X
Acesso em: 16 ago 2012 (adaptado).
E.O. UERJ
Exame de Qualificação Todas as frutas estavam íntegras e com bom
aspecto. Cada saco foi fechado e mantido em
1. (UERJ) Em algumas plantas transgênicas, um diferente canto da sala de aula, que ti-
é possível bloquear a produção de um de- nha boa ventilação e temperatura em torno
terminado fito-hormônio capaz de acelerar de 30°C.
a maturação dos frutos. Com o objetivo de Na semana seguinte, os sacos foram abertos
transportar frutos transgênicos por longas e os alunos puderam verificar o grau de ma-
distâncias, sem grandes danos, o fito-hor- turação das frutas.
mônio cuja produção deve ser bloqueada é Pode-se afirmar que, mais provavelmente:
denominado: a) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam
a) etileno. apodrecido, e as frutas verdes dos sacos 1,
b) giberelina. 2 e 3 iniciavam, ao mesmo tempo, seus pro-
c) ácido abscísico.
cessos de maturação.
d) ácido indolacético.
b) as frutas verdes dos três sacos haviam ama-
durecido ao mesmo tempo e já iniciavam
E.O. UERJ o processo de apodrecimento, enquanto as
frutas maduras dos sacos 2 e 3 já se mostra-
Exame Discursivo vam totalmente apodrecidas.
c) as frutas maduras dos sacos 2 e 3 haviam
1. (UERJ) Fito-hormônios são substâncias que apodrecido, e as frutas verdes dos sacos 1, 2
desempenham importantes funções na regu- e 3 continuavam verdes.
lação do metabolismo vegetal. d) as frutas verdes dos sacos 2 e 3 haviam ama-
Os frutos sem sementes, denominados par- durecido, e as frutas verdes do saco 1 esta-
tenocárpicos, por exemplo, são produzidos vam em início de maturação.
artificialmente por meio da aplicação dos e) as frutas dos três sacos se encontravam tal
fito-hormônios denominados auxinas. como no início do experimento: as frutas ver-
a) Descreva a atuação das auxinas na produção des dos sacos 1, 2 e 3 ainda estavam verdes e
artificial de frutos sem sementes. as frutas maduras dos sacos 2 e 3 estavam no
b) Cite um fito-hormônio que influencie o me- mesmo ponto de maturação.
canismo iônico de abertura e fechamento
dos estômatos foliares e explique sua atua-
ção nesse mecanismo.
57
E.O. Dissertativas Gabarito
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unicamp) Sabe-se que uma planta daninha E.O. Aprendizagem
de nome “striga”, com folhas largas e ner- 1. C 2. C 3. E 4. D 5. C
vuras reticuladas, invasora de culturas de
milho, arroz, cana e de muitas outras espé- 6. C 7. C 8. B 9. A 10. C
cies de gramíneas na Ásia e na África, é a
nova dor de cabeça dos técnicos agrícolas no
Brasil. Sabe-se também que algumas auxinas E.O. Fixação
sintéticas são usadas como herbicidas por-
1. C 2. A 3. E 4. C 5. A
que são capazes de eliminar dicotiledôneas e
não agem sobre monocotiledôneas. 6. B 7. A 8. B 9. D 10. B
a) Qual seria o resultado da aplicação de um
desses herbicidas o combate à “striga” inva-
sora em um canavial? E em uma plantação
de tomates? Explique sua resposta. E.O. Complementar
b) Indique uma auxina natural e mencione 1. E 2. C 3. B 4. B 5. B
uma de suas funções na planta.
E.O. Dissertativo
1.
a) Sim, pois o uso desse hormônio artificial
aumenta a produtividade de sementes
em plantas; e o pinhão-manso é uma se-
mente usada na produção do biocombus-
tível.
b) A razão diminuiu, portanto aconteceu
aumento no número de flores femininas
e, consequentemente, ocorre aumento na
produção das sementes.
2.
a) O hormônio utilizado é o AIA, produzido
em tecidos meristemáticos apicais, em
folhas jovens e em embriões de sementes.
b) A remoção da gema apical pela poda que-
bra a dominância apical. Então o cresci-
mento longitudinal é interrompido e é
estimulado o desenvolvimento dos ramos
laterais no caule. Esse procedimento de
poda é utilizado em jardinagem.
3.
a) O AIA, uma auxina. Devido a iluminação
o AIA se desloca para o lado menos ilumi-
nado do coleóptilo, onde estimula o alon-
gamento celular, e consequentemente o
crescimento do vegetal, determinando
sua curvatura em direção à luz.
b) Pois o papel opaco não permite o estímu-
lo luminoso desse coleóptilo, logo o AIA
fica igualmente distribuído nessa região,
resultando em crescimento vertical sem
curvatura, do vegetal.
4.
a) Sob essas condições esse hormônio inibe
o crescimento do caule e estimula o cres-
cimento da raiz, órgão responsável pela
captação hídrica.
58
b) Diminuição da transpiração – decorrente
do fechamento dos estômatos – e aumen-
E. O. Enem
to da superfície para absorção de água no 1. A 2. C
solo – decorrente do aumento do compri-
mento das raízes.
5. Junto ao amadurecimento do fruto ocorre a E.O. UERJ
maturação de semente(s) presentes em seu
interior; assim ao estarem maduros os fru-
Exame de Qualificação
tos servem para atrair animais, possibilita- 1. A
do a dispersão de sementes, e, permitindo a
conquista de novos ambientes pela espécie.
Além disso, para que o fruto amadureça é E.O. UERJ
necessário a presença do hormônio etileno.
6. Exame Discursivo
1.
a) O fenômeno da dominância apical, me-
a) A aplicação do hormônio antes da fecun-
diado por auxinas, que inibem o desen-
dação, acelera o desenvolvimento do ová-
volvimento das gemas laterais. rio floral, assim origina o fruto sem que
b) AIA (auxina). ocorra a formação de sementes.
7. b) O ABA (ácido abscísico). Ele influencia o
a Pode ser citada uma dentre as seguintes mecanismo de fechamento dos estômatos
estruturas foliares: estômatos, cloroplas- através da diminuição da turgescência
tos ou mitocôndrias. das células-guarda, que culmina no fe-
Os estômatos são compostos por duas cé- chamento dos estômatos.
lulas estomáticas, capazes de abertura e
fechamento, decorrentes de mecanismos
fisiológicos – influenciados pela disponi- E.O. Objetivas
bilidade hídrica e luminosa – que permi-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
tem as trocas gasosas com o meio.
1. D
Os cloroplastos são responsáveis pela fo-
tossíntese, para tal captam gás carbônico
e liberam oxigênio.
As mitocôndrias realizam o processo de E.O. Dissertativas
respiração celular, a para tal captam oxi-
gênio e liberam gás carbônico.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
b) Auxinas e citocininas. As auxinas indu- a) Por se tratarem de monocotiledôneas,
zem o alongamento das células vegetais num canavial apenas a erva daninha se-
por meio de divisões mitóticas das gemas ria eliminada; enquanto que na planta-
caulinares; e as citocininas ativam a divi- ção de tomates – dicotiledôneas – seriam
são mitótica nesse tecido. eliminadas a erva daninha e também os
8. tomateiros.
a) Dominância apical. b) O AIA (ácido indol-acético) é uma auxina
b) AIA (auxina). natural que apresenta como uma de suas
c) Quando em pequena concentração, o AIA principais funções a capacidade de esti-
estimula o crescimento das raízes, no mular o alongamento celular, resultando
entanto não produz efeito sobre o cres- no crescimento do vegetal.
cimento das gemas laterais ou apical;
quando em média concentração, estimu-
la o crescimento das gemas laterais, no
entanto inibe o crescimento das raízes e
exerce pouco efeito sobre as células do
caule; e em alta concentração estimula o
crescimento caulinar (gema apical), po-
rém inibe o crescimento da raiz e tam-
bém das gemas laterais do caule.
9. Giberelina, fruto, amadurecimento dos fru-
tos, folhas.
10. Ácido abscísico.
59
Aulas
49 e 50
Movimentos vegetais
Competência 4
Habilidades 13 e 14
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Os vegetais, mesmo que em sua maioria sésseis, respondem a estímulos ambientais através de movimentos sutis,
porém desencadeados por respostas fisiológicas de grande importância para sua sobrevivência. As plantas respon-
dem a diversos fatores, entre eles, podemos citar, à gravidade, pressão, toque mecânico (contato), e à luz. As plan-
tas podem responder a estímulos externos de diversas maneiras, dentre elas: crescimentos diferenciados, afim de
se afastar ou se aproximar do estímulo, murchamento ou entumescimento do órgão em questão. Tais movimentos
são denominado tactismo, tropismo e nastismo.
Tactismos
Os tactismos são movimento com deslocamento, como ocorre nos gametas dos vegetais, (anterozoides de briófitas
e pteridófitas). É chamado de quimiotactismo, pois a origem do estímulo para a movimentação é química. Ainda
no exemplo dos anterozoides, essas células nadam e são guiados em direção à oosfera através de estímulos quími-
cos. Como o anterozoide nada em direção à origem do estímulo, ocorre quimiotactismo positivo.
As euglenas – algas unicelulares – também apresentam tactismo, que nesse caso é denominado fototac-
tismo positivo, uma vez que se dá em direção ao estímulo luminoso.
O aerotactismo é o movimento de organismos em relação ao gás oxigênio, que pode ser observado em
bactérias. Se ocorrer em direção à fonte de O2 é classificado como positivo, e caso se dê no sentido de afastamento
da fonte diz-se negativo. São exemplos o comportamento de bactérias aeróbias e bactérias anaeróbias, respecti-
vamente.
63
Tropismos
São movimentos de crescimento do vegetal com direção orientada por um determinado estímulo ambiental. Se a
região da planta – como um ramo – aproximar-se do estímulo, o tropismo é positivo; Por outro lado, se ocorrer o
afastamento, tem-se o tropismo negativo. Os tipos de tropismo são: geotropismo (gravitropismo), quimiotropismo,
fototropismo e tigmotropismo.
Fototropismo
Como o nome sugere, o estímulo se dá através da luz. É comum que os caules apresentem fototropismo positivo
e as raízes possuem fototropismo negativo. O fototropismo ocorre devido à diminuição da concentração de auxina
na região iluminada da planta, pois o AIA migra para o lado sombreado, além de uma possível fotodestruição e/ou
inativação do AIA quando exposto à luz intensa.
(a) resposta do caule à luz (fototropismo positivo); (b) resposta da raiz (fototropismo negativo)
Lembre-se que a raiz e o caule respondem de maneira diferente à concentração de AIA. Outro caso de foto-
tropismo é a orientação de flores, como os girassóis em direção à luz do sol..
Geotropismo
Nesse caso, o nome também sugere o fator que estimula o crescimento: a gravidade. Os caules, em geral, possuem
geotropismo negativo e as raízes apresentam geotropismo positivo. Esse mecanismo é explicado pelo fato de a
gravidade agir sobre as auxinas, ou seja, esse hormônio desce e ficam concentradas nas regiões inferiores do
vegetal. Assim, é observado que os caules retêm um menor teor de auxina do aquele considerado ótimo para o
seu crescimento. Por outro lado, nas raízes, a concentração de AIA é maior que o valor considerado ótimo. Dessa
forma, se colocarmos uma planta na posição horizontal, a auxina que se encontrava na região superior do caule é
realocada para a inferior. Por isso, a região inferior do caule cresce com maior velocidade do que as demais regiões.
64
Porém, se colocarmos raízes na posição horizontal, ocorre diminuição do excesso de AIA porque ocorrerá
migração graças à gravidade para a região inferior. Nesse exemplo, a alta concentração de auxina na parte inferior
da raiz inibe seu crescimento, enquanto na região superior o crescimento é estimulado, por isso a raiz cresce recur-
vada em resposta à gravidade.
O caule (a) de uma planta envasada colocada horizontalmente sobre uma mesa vai crescer curvado para cima;
e sua raiz (b) vai crescer curvada para baixo. Note a participação da auxina no processo.
É possível comprovar o mecanismo do geotropismo por meio de um experimento simples. Sob um eixo ro-
tatório, que gira uniformemente, coloca-se uma planta no plano horizontal. Depois de um certo tempo, verifica-se
que não houve qualquer curvatura em direção ao estímulo da gravidade, pois a rotação faz com que a auxina seja
distribuída uniformemente.
Desde a germinação das sementes, nota-se o geotropismo positivo da raiz e negativo do caule:
65
Quimiotropismo
Nesse outro tipo de tropismo o crescimento do vegetal é guiado por substâncias químicas. As raízes vegetais são
bom exemplos de estruturas que apresentam quiomotropismo positivo, neste caso ocorre tropismo em direção a
água e sais minerais. Outro exemplo é o tubo polínico que se desenvolve no grão de pólen, esta estrutura tem seu
crescimento orientado pelo óvulo das flores que liberam substâncias químicas.
Tigmotropismo
Nesse caso, o crescimento vegetal é orientado por estímulos mecânicos, como contato ou a pressão exercida so-
bre uma região do vegetal. O tigmotropismo é recorrente em plantas trepadeiras com caules volúveis e gavinhas.
Quando esses caules entram em contato com uma estrutura sólida e permanecem assim durante o seu desenvol-
vimento, crescem em sua direção.
66
Nastismos
Neste tipo de movimento, não há orientação segundo à origem do estímulo. Os movimentos realizados em resposta
a estímulos externos provocam abertura ou fechamento de uma estrutura da planta. Vale ressaltar que os movi-
mentos são reversíveis e independem da direção do estímulo. Os nastismos são consequência do ganho ou perda
de água de tecidos adaptados. Como resposta, promovem a rápida abertura ou fechamento de alguns órgãos ou
regiões do vegetal.
Entre os principais estímulos que envolvem nastismos está o ciclo alternante dos dias e noites. Nesse ciclo,
ocorre os mecanismos de abertura e fechamento estomático, abertura de flores exclusivamente no período noturno
(flor da rainha-da-noite). Ainda um outro exemplo interessante são às folhas da azedinha e de algumas outras
leguminosas que se tornam murchas durante o dia e passam a ficar túrgidas e viçosas à noite.
Tigmonastismo
Outro estímulo que gera nastismo é o contato mecânico (toque), entre a planta e outro objeto ou animal. Um
exemplo famoso e interessante desse movimento ocorre nas plantas carnívoras que ao serem tocadas se fecham
para “capturar” o objeto ou animal. Além dessa primeira resposta, a planta também acelera o movimento de fe-
chamento depois a captura das presas, em resposta a estímulos químicos, estes liberados pelas vítimas.
Seismonastismo
Movimento realizado pela planta dormideira, também conhecida por sensitiva (Mimosa pudica). Quando são
tocadas, ocorre o recolhimento de seus folíolos, como mostrado na sequência de foto abaixo. Essa resposta, só
é possível devido a variação de turgor em suas células. As estruturas responsáveis estão localizadas na base dos
folíolos e são denominadas pulvinos.
67
Fotonastismo
O fotonastismo é observado na abertura e fechamento das flores. O agente ambiental que o influencia é a luz. Para
que essa abertura aconteça, ocorre crescimento diferenciado entre as faces inferior e superior das pétalas: a face
superior possui maior crescimento à região inferior. Esse movimento pode ocorrer irreversivelmente ou se repetir
em ciclos, como em flores de vitória-régia.
Termonastismo
Nesse tipo de nastismo, o fator ambiental influenciador é a temperatura. As tulipas são um exemplo, suas flores se
abrem conforme a temperatura ambiental é elevada e fecha quando as temperaturas ficam mais baixas. É impor-
tante salientar que essa faixa de temperatura alta e baixa varia de uma espécie para outra e deve ocorrer dentro
das temperaturas limites para a planta em questão.
68
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
70
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
O movimento dos vegetais depende de fatores endógenos, como hormônios vegetais, e exógenos, como a luz solar.
Alterações ambientais que modificam os fatores exógenos, podem interferir nos movimentos das plantas, mudando
sua fisiologia.
71
E.O. Aprendizagem Os movimentos que ocorrem nas plantas 1 e
2 são, respectivamente:
a) hidrotropismo e fototropismo.
1. (UERN) Pode-se observar na figura o aprisio- b) fototropismo e hidrotropismo.
namento de um inseto, pelas folhas articula- c) fototropismo e gravitropismo.
das da espécie de planta carnívora do gênero d) tigmotropismo e gravitropismo.
Dionaea. Esse movimento, em resposta do
e) gravitropismo e hidrotropismo.
toque feito pelo animal, é um exemplo de:
a) tropismo.
b) nastismo.
c) geotropismo.
d) tigmotropismo.
72
5. (UFMG) Considere o processo representado 7. (UFMG) Analise as situações representadas
nesta figura: nestas figuras:
73
Nessa figura, podem-se observar marcações 2. (Fatec) Os hormônios vegetais são substân-
feitas com tinta, por um estudante, no em- cias orgânicas produzidas em determinadas
brião de uma semente em germinação, para partes da planta e transportadas para outros
verificar a taxa de crescimento por região. locais, onde atuam, em pequenas quantida-
Após uma semana de observação, ele veri- des, no crescimento e no desenvolvimento
ficou que a taxa de crescimento tinha sido daquelas. Assim, uma planta colocada em
maior nas regiões identificadas, na figura, um ambiente pouco iluminado, submetida a
pelos algarismos: uma luz unilateral, por exemplo, uma janela
a) I e IV. entreaberta, apresenta seu desenvolvimento
b) I e II. conforme o esquema a seguir.
c) II e III.
d) II e IV.
1
0. (PUC-PR) Observando a planta no vaso, con-
clui-se que se trata de um caso de:
74
5. (FGV) O esquema apresenta 4 plântulas de
trigo em início de germinação, colocadas ao
lado de uma fonte luminosa.
75
é denominado de fototropismo positivo e é
causado pelo seguinte hormônio:
COLUNA 1
1. Fechamento de folhas cujos folíolos fe-
cham-se rapidamente quando tocados.
2. Crescimento das raízes em direção ao
centro da Terra.
3. Crescimento do tubo polínico em direção
ao óvulo.
4. Enrolamento das gavinhas ao redor de
um suporte. I. O fenômeno mostrado é decorrente da
atividade das auxinas.
COLUNA 2 II. A esse fenômeno dá-se o nome genérico
I. Quimiotropismo positivo. de fototropismo.
III. A planta cresce voltando-se na direção da
II. Tigmotropismo.
luz porque esta estimula a produção das
III. Nastismo. auxinas.
IV. Geotropismo positivo. A(s) afirmação(ões) correta(s) é(são):
Marque a alternativa que apresenta a asso- a) somente a III.
ciação correta. b) somente a I e a II.
a) 1–II; 2–III; 3–I; 4–IV. c) somente a I e a III.
b) 1–III; 2–II; 3–I; 4–IV. d) somente a II e a III.
c) 1–I; 2–IV; 3–III; 4–II. e) a I, a II e a III.
d) 1–III; 2–IV; 3–I; 4–II.
76
geotropismo positivos, respectivamente. c)
Tais movimentos ocorrem em decorrência da y
+
concentração diferencial de fitormônios como
o
a ______, nas diferentes estruturas da plan-
ta. Altas taxas deste fitormônio, por exemplo, -
x
______ o crescimento celular, o qual ______ a d)
curvatura do caule em direção à luz. y
+
Completam o texto acima, respectivamente,
os termos constantes na alternativa: o
a) citocina – promovem – induz -
b) auxina – induzem – provoca x
a)
y
+
-
x
y
b) Mantida durante uma semana na intensidade
+ luminosa I, a planta consegue acumular re-
servas suficientes para crescer normalmente.
o ( ) Os parênquimas de reserva das plantas geral-
- mente são encontrados em órgãos que não
x ficam expostos à luz, como raízes e caules
77
subterrâneos. No caso da batatinha-inglesa, a desigual desse hormônio no caule é um dos
função de reserva é desempenhada por determi- fatores que podem ocasionar a sua curvatura.
nadas partes do caule, ao passo que na cenoura
essa função é realizada pela raiz principal.
( ) Os estômatos geralmente são encontrados na
epiderme inferior das folhas e compreendem
duas células clorofiladas, as células estomá-
ticas, dispostas de modo a deixar entre elas
um orifício, o ostíolo. As demais células da
epiderme são aclorofiladas.
( ) Uma planta envasada, mantida no interior
da casa, cresce encurvando-se em direção
à janela. Isso é explicado pela migração da
auxina do lado não iluminado para o lado
iluminado do caule, promovendo um cresci- a) Qual o hormônio diretamente envolvido na
mento maior, por distensão das células, no curvatura do caule?
lado do caule que não recebe luz direta. b) Qual o fator externo, representado pelo nú-
mero I, que induz a curvatura do caule?
4. Apesar de as plantas não conseguirem se lo- c) Que nome recebe o movimento de curvatura,
comover como alguns animais, elas são capa- representado na figura anterior?
zes de realizar certos movimentos. Algumas
plantas, por exemplo, conseguem encurvar 3. (UEM – Adaptada) Fatores endógenos e am-
seus caules e direcionar o crescimento no bientais, como a água, a luz e a temperatura,
sentido da luz, um movimento chamado de: interagem exercendo influência acentuada
a) fotonastismo. sobre as plantas, afetando suas funções, seu
b) fototactismo. metabolismo e seus padrões de desenvolvi-
c) fototropismo. mento, podendo ocorrer estímulo, modifica-
d) tigmotropismo. ção ou neutralização de qualquer um deles.
e) seismonastismo.
Sobre os resultados dessas interações, julgue
os itens que seguem.
5. Sabemos que as raízes, normalmente, cres- 01) O fototropismo é uma reação de crescimen-
cem em direção ao solo. Esse crescimento to das plantas em direção à luz, relacionada
orientado recebe o nome de: com a produção e a distribuição das auxinas.
a) gravitropismo negativo. 02) Geotropismo é uma resposta da planta à
b) gravitropismo positivo.
ação da gravidade, regulada pelas auxinas,
c) plagiogravitropismo.
pelas giberelinas e pelo ácido abscísico.
d) quimiotropismo. 04) Na maioria das plantas, os estômatos nor-
e) tigmotropismo. malmente estão abertos durante o dia e
fechados durante a noite. Entretanto, não
ocorre influência da energia luminosa em
processos celulares envolvidos nos mecanis-
E.O. Dissertativo mos de abertura e de fechamento do poro
estomático.
1. (UFU) Embora sejam sésseis, as plantas 08) Transpiração, fotossíntese e respiração são
podem apresentar alguns movimentos em processos fisiológicos controlados por hor-
resposta a estímulos externos, como o da mônios, cuja produção sofre influência da
luz.
planta carnívora dioneia, que consegue fe-
char rapidamente os folíolos ao contato com 16) O efeito da temperatura sobre a atividade
um inseto. Outras plantas podem apresentar de enzimas específicas afeta reações relacio-
movimentos em relação à gravidade e à luz, nadas com a fotossíntese, a respiração e a
chamados tropismos. absorção de minerais.
Proponha um experimento para saber se 32) O ácido abscísico produzido em células pa-
uma dada planta possui algum tipo de tro- renquimáticas das folhas supera o estímulo
pismo, apresentando sua hipótese e como de abertura dos estômatos provocado pela
faria para confirmá-la. luz, garantindo o fechamento estomático
quando as plantas se encontram na iminên-
2. (UFV) Estudos feitos com caules de ervilha cia de desidratação.
mostraram que nessa região há forte correla-
ção entre a taxa de crescimento e a quantidade
de hormônio difusível. Assim, a distribuição
78
4. (UFAL – Adaptada) As proposições a seguir
referem-se a MOVIMENTOS NOS VEGETAIS.
Julgue os itens a seguir:
( ) Os tropismos são movimentos orientados de
crescimento que ocorrem em resposta a estí-
mulos externos direcionados.
( ) Os nastismos são movimentos não orienta-
dos que ocorrem em resposta a estímulos ex-
ternos, independentemente de sua direção.
( ) As “plantas sensitivas” ou “dormideiras”
apresentam seismonastia.
( ) Os caules geralmente apresentam geotropis- a) Analise o gráfico e responda qual é a relação
mo positivo. entre a concentração de AIA no ponto B e a
( ) As leguminosas, que fecham seus folíolos à taxa de crescimento da raiz e do caule.
noite, apresentam fototropismo negativo. b) AIA e AIB são produzidos por qual tecido?
c) Qual a relação existente entre o fototropis-
mo das plantas e a atividade das auxinas?
5. (Uflavras) A figura a seguir representa algu-
mas fases (a, b, c, d, e) de germinação de uma
espécie de ‘Phaseolus’ (feijão). Na plântula,
representada pela letra “e”, estão assinaladas
algumas estruturas (1, 2, 3) que darão ori-
E.O. UERJ
gem a alguns órgãos da planta adulta. Exame Discursivo
1. (UERJ) Para estudar o tropismo de vegetais,
tomou-se uma caixa de madeira sem tam-
pa, com fundo constituído por uma tela de
arame. Sobre a tela, colocou-se uma camada
de serragem, mantida sempre úmida, e uma
camada de terra vegetal. Por cima da terra,
foram espalhados grãos de feijão.
A caixa foi suspensa, mantendo-se o fundo
na horizontal, sem contato com o solo.
As raízes dos grãos germinaram, passando
pela tela de arame em direção ao solo, mas
a) Qual o órgão será derivado de 1? Qual a fun- voltaram a entrar na caixa, através da tela, re-
ção mais citada desse órgão? petindo esse processo à medida que cresciam.
b) Qual o órgão será derivado de 2? Qual a fun- Aponte os dois mecanismos fisiológicos en-
ção mais citada desse órgão? volvidos no crescimento das raízes e descre-
c) Qual o órgão será derivado de 3? Qual a fun- va a atuação de ambos no processo descrito.
ção mais citada desse órgão?
79
a) Nenhuma delas.
b) Somente as plantas do grupo I.
c) Somente as plantas do grupo II.
d) Somente as plantas dos grupos I e II.
e) As plantas dos grupos I, II e III.
80
Gabarito 7.
a) No ponto B a concentração desse hormô-
nio age estimulando o crescimento do
E.O. Aprendizagem caule e inibindo o crescimento da raiz.
b) Esses hormônios são produzidos pelo te-
1. B 2. C 3. A 4. D 5. A cido meristemático.
c) As auxinas estão envolvidas no fototro-
6. B 7. C 8. D 9. C 10. E
pismo, pois se caracteriza pela orienta-
ção do crescimento da planta em direção
E.O. Fixação à luz. Esse fato está relacionado com a
migração desses hormônios para o lado
1. E 2. B 3. B 4. E 5. C não iluminado da planta, já que culmi-
na por estimular o crescimento, logo esse
6. D 7. B 8. D 9. A 10. B
lado cresce mais, resultando na curvatura
do caule em direção à luz.
E.O. Complementar
1. B 2. C 3. V, F, V, V e F 4. C 5. B
E.O. UERJ
Exame Discursivo
E.O. Dissertativo 1.
Estão envolvidos o geotropismo e o hidrotro-
1.
A hipótese: as plantas se curvam em direção à pismo.
luz. Experimento: Método: colocar dois vasos Devido ao geotropismo, as raízes das semen-
com a mesma planta – : um deles, denomina- tes germinadas crescem verticalmente para
do grupo “controle”, será uniformemente ilu- baixo, no entanto ao ficarem expostas ao ar,
minado; e o outro – , chamado grupo “experi- sofrem desidratação, retornando à caixa por
mental”, deve receber iluminação unilateral. hidrotropismo, em busca de água.
Resultado: Após decorridos alguns dias, a
planta do grupo controle que recebeu luz uni-
forme não sofre curvatura, enquanto que a
planta experimental curvou-se em direção à
E.O. Objetivas
luz incidente unilateralmente. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
Conclusão: a curvatura da planta experimen- 1. A 2. B
tal, comparada ao o resultado do controle,
mostra que o caule apresenta fototropismo
positivo.
2.
a) O AIA – uma auxina(ácido indol-acético). E.O. Dissertativas
b) A iluminação (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
c) Recebe o nome de fototropismo positivo 1.
da raiz, que se curva para baixo. a) O caule apresenta geotropismo negativo,
3.
01 + 16 + 32 = 49 e a raiz, positivo
4.
V-V-V-F-F b) O AIA, se deslocado devido a ação gravi-
5.
tacional, e dependendo de sua concentra-
a) A raiz se originará da estrutura 1, suas fun-
ção na raiz e no caule, quando estimula
ções principais são prover sustentação da
o crescimento do caule (curvatura para
planta e absorção da água e sais minerais
cima) culmina por inibir o crescimento.
(seiva mineral) do solo. 2.
b) O caule se originará da estrutura 2 suas a) Devido à sua função de absorver água e
funções são: sustentação das partes aéreas sais minerais, necessários para o desen-
da planta e condução das seivas inorgânica volvimento do vegetal.
(mineral) e orgânica. b) São folhas modificadas cuja função é a
c) A folha se originará da estrutura 3 e sua produção e liberação de enzimas digesti-
principal função é produção de matéria or- vas, que atuarão na hidrólise de reservas
gânica através do processo de fotossíntese. alimentares, essenciais à nutrição em-
6.
Para os vegetais em geral, o principal fator
brionária durante o desenvolvimento.
limitante do crescimento é a luz, assim em
uma grande floresta vence a competição. Ga-
nha a competição as plantas que apresentam
maior crescimento e tem uma copa mais lar-
ga e frondosa, que pode captar mais lumino-
sidade.
81
Aulas
51 e 52
Fotoperiodismo
Competência 4
Habilidades 13 e 14
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Como vimos nas últimas aulas, o funcionamento dos vegetais é dependente de fatores internos e externos. Dentre
os fatores externos, aqueles mais importantes e significativos para o seu metabolismo é a luminosidade e tempe-
ratura.
O tempo de incidência dos raios solares varia com a posição da Terra em relação ao Sol, bem como
com as estações do ano.
Durante a evolução, assim como os demais seres vivos, as plantas desenvolveram mecanismos que as
permitem suportar mudanças ambientais, como a variação na duração do dia, sendo dessa forma expostas a di-
ferentes períodos de claro e escuro, tal fenômeno recebe o nome de fotoperiodismo. Os vegetais, incrivelmente
se antecipam às estações do ano, de forma que se preparam para enfrentar uma modificação ambiental antes que
ela ocorra.
Existem as plantas de dia longo (PDL), que florescem em estações que os dias são mais longos e dessa
forma, a exposição à luz é mais longa e intensa, isso acontece durante o verão e a primavera. Para que as PDL
possam florescer, a duração do dia deve ser superior a um determinado período mínimo de horas, essa faixa mínima
é denominada fotoperíodo crítico. Um exemplo de PDL é o alface. Nos casos em que o dia é curto, caso, após, a
noite longa seja interrompida com flash de luz, as plantas PDF florescem. Esse fato sugere que o período de escu-
ridão é o que influir no florescimento e não a duração do período de exposição à luz. As plantas são classificadas
de acordo com a influência do fotoperiodismo.
Plantas indiferentes
São aquelas em que o fotoperíodo não exerce influência na floração, o que a torna independe da periodicidade da
iluminação.
85
Na hipótese de uma PDC apresentar fotoperíodo crítico de 11 horas, somente irá florescer caso o compri-
mento dos dias for inferior a esse fotoperíodo. Uma hipotética PDL, que possua fotoperíodo crítico de 15 horas,
somente florescerá caso o comprimento dos dias for superior a 15 horas.
Plantas de dia-longo
Plantas de dia-curto
Fotoperíodo crítico da espécie = 15 hs
Fotoperíodo crítico da espécie = 11 hs
Verão Inverno
Verão Inverno Dia Noite Dia Noite
Como já mencionado, nessas plantas, o período contínuo de escuridão é mais importante para a floração do
que o período com iluminação. Por tal motivo, caso o período de tempo com escuridão seja interrompido, haverá
chance de ocorrer alteração na floração – isso dependerá do momento que ocorreu a interrupção e do tipo de
planta envolvida. Observe o comportamento das plantas na figura a seguir:.
Planta de dia curto (PDC) (planta de noite longa) Planta de dia longo (PDL) (planta de noite curta)
Graças à influência do período de escuro no fotoperiodismo, as PDC também podem ser chamadas plantas
de noite longa (b); e as PDL, de plantas de noite curta (a).
86
A presença de luz é fundamental ao processo fotossintético, pois possibilita a produção de carboidratos
pelos vegetais, componente necessário para a produção de energia na respiração celular. Assim, as plantas usam
apenas uma parte dos produtos da fotossíntese. Portanto, para que consigam produzir energia para sobreviver,
mas também para crescer, as plantas devem produzir quantidade de glicose superior àquela consumida, ou seja,
a taxa fotossintética deve ser maior do que o ponto de compensação fótico (PCF) – valor no qual a fotossíntese
e respiração se igualam. De acordo com valor de seu PCF, as plantas são classificadas em heliófitas (plantas de
sol), cujas possuem PCF relativamente elevado; ou em umbrófitas (plantas de sombra), as quais apresentam PCF
relativamente baixo..
Fitocromos
A hipótese mais aceita que explica o fotoperiodismo é a de que os vegetais possuem um pigmento denominado fi-
tocromo, que possui duas formas diferentes: P660 (ou fitocromo R - Red) e P730 (ou fitocromo F). Como o próprio
nome diz o P660 é capaz de absorver luz vermelha, que é convertida na forma P730, forma ativa do pigmento. A
conversão pode acontecer à luz do dia ou até mesmo à luz de uma lâmpada incandescente; sendo que nessas luzes,
o espectro vermelho curto é predominante sobre o vermelho longo. Se a forma P730 absorver a luz com espectro
vermelho longo, será novamente convertida P660. A conversão contrária (P730 a P660) também pode acontecer,
embora numa velocidade muito baixa, no escuro;esse seria o modo natural de conversão.
Forma inativa: Fitocromo R (660 nm)
vermelho “curto”
Fitocromo R Fitocromo F
vermelho “longo” ou
escuro
Forma ativa: Fitocromo F (730 nm)
Nas PDC, a forma P730 inibe a floração que geralmente aconteceria. Já nas PDL, a forma P730 estimula
a floração, quando em condições adequadas. Quando expostas ao correto fotoperíodo, as folhas sintetizam o
florígeno e em seguida, o enviam aos botões florais. O florígeno é uma substância química pouca conhecida,
que provavelmente seja um hormônio, que promove a floração. Acompanhe no esquema abaixo a função dos
fitocromos numa PDL.
FLORAÇÃO SÍNTESE DE
FLORÍGENO
vermelho “curto”
Fitocromo R Fitocromo F
vermelho “longo” ou
escuro
NÃO HÁ SÍNTESE NÃO HÁ
DE FLORÍGENO FLORAÇÃO
87
A onda de luz vermelho longo, cujo comprimento de onda é próximo a 730nm, está presente na luz branca,
porém em quantidade muito pequena. Quando os vegetais são expostos a essa luz, ambas as formas do fitocromo
se transformam uma forma na outra, mas o predomínio será da forma P730.
O fitocromo existe em pequenas quantidades por todo o vegetal, porém em maior quantidade, no meriste-
ma apical das raízes e dos caules.
A percepção luminosa também influencia na germinação de sementes. Nesse processo, a luz pode favorecer
a quebra de dormência, a exemplo nas sementes de alface, que germinam somente se receberem luz, esses casos
são denominados fotoblastismo positivo. Por outro lado, também existem sementes que germinam na ausência
de luz, por isso são denominadas fotoblásticas negativas. Vale ressaltar que a maior parte das espécies vegetais
não são afetadas pela luminosidade, ou seja, germinam na luz ou no escuro.
A existência de sementes fotoblásticas positivas ocorre pela atuação dos fitocromos. Nesses casos, a luz ver-
melha (660nm) estimula a germinação; enquanto a luz vermelho longo (730nm) inibe o processo de germinação.
Este fato decorre da interconversão em ambas as formas de fitocromos, portanto é a forma P730 que estimula a
germinação de sementes fotoblásticas positivas.
No geral, as sementes fotoblásticas positivas são relativamente pequenas e com ausência reservas. En-
quanto as sementes fotoblásticas negativas são grandes e dotadas de reservas. A importância sob o ponto de vista
ecológicao da fotoblastia é evitar que sementes de plantas pequenas germinem em locais com pouca luz, pois
nesse casom sua sobrevivência não seria possível. Plantas umbrófilas, geralmente, possuem sementes neutras e
ricas em reservas.
No caso das sementes que germinam enterradas no solo originam plântulas estioladas. São características
que somente ocorre com plantas submetidas a tais condições e possuem as seguintes características: caule muito
alongado com folhas pequenas, cor amarelada e manutenção do gancho de germinação (proteção). O que contri-
bui para tais aspectos é a ausência do fitocromo P730. Na imagem abaixo, observe a diferença entre plantas duas
plantas germinaram na presença de luz e na ausência de luz (estioladas).
Termoperiodismo
A temperatura é um fator de grande importância para a bioquímica do metabolismo de todos os seres vivos. A
principal necessidade de possuir temperaturas ideias no ambiente é para o bom funcionamento das enzimas, pois
altas temperaturas podem desnaturá-las, além de provocar perda excessiva de água, caso essas se tornem extre-
mas, comprometem a sobrevivência do indivíduo. No entanto, temperaturas baixas demais congelam a seiva das
88
plantas e a água presente no ambiente, dessa forma os vegetais submetidos a essas condições morrem pela falta
de água assimilável, processo denominado seca fisiológica. Por isso, cada espécie vegetal é adaptada para suportar
uma determinada faixa de temperatura, situação na qual o metabolismo dos seres vivos, como as plantas age em
condições ótimas.
A temperatura é influente também em processos mais complexos, como a floração. Esse fenômeno é deno-
minado termoperiodismo. Em geral, os botões florais são ativados ao término das estações frias. Portanto, a ele-
vação da temperatura é um estímulo para florescimento das plantas. A necessidade de uma planta ser submetida
a baixas temperaturas para induzir a floração recebe o nome de vernalização.
89
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
Vídeo Fotoperiodismo
Fonte: Youtube
90
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
91
E.O. Aprendizagem c) A planta sem folhas NÃO apresenta fotope-
riodismo.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO. d) A planta intacta floresce após um fotoperío-
do adequado.
Na época de Colombo, a batata era cultiva-
da nas terras altas da América do Sul e se 3. (UECE) A biosfera recebe a radiação solar em
tornou um dos mais importantes alimentos comprimentos de onda que variam de 0,3 mm
da Europa durante dois séculos, fornecendo a aproximadamente 3,0 mm. Em média, 45%
mais do que duas vezes a quantidade de ca- da radiação proveniente do Sol encontra-se
lorias por hectare do que o trigo. dentro de uma faixa espectral de 0,18 mm a
Atualmente, se o convidarem para saborear
0,71 mm, que é utilizada para a fotossíntese
um belo cozido português, certamente a úl-
tima coisa que experimentará entre as igua- das plantas (radiação fotossinteticamente
rias do prato será a batata, pois ao ser colo- ativa, RFA).
cada na boca sempre parecerá mais quente. Em função da luz solar, pode-se afirmar cor-
... Mas será que ela está sempre mais quente, retamente que:
uma vez que todos os componentes do pra- a) as plantas que crescem sob a sombra, desen-
to foram cozidos juntos e saíram ao mesmo volvem estrutura e aparência semelhantes às
tempo da panela?
daquelas que crescem sob a luz.
(Adaptado de P. H. Raven, et all: Biologia Vegetal.
Guanabara: Koogan-2001 e Anibal Figueiredo e b) a parte aérea das plantas recebe somente a ra-
Maurício Pietrocola. Física - um outro lado - Calor e diação unidirecional.
temperatura. São Paulo: FTD, 1997)
c) fotoperiodismo é a resposta da planta ao com-
1. (PUC-Camp) Em diversas espécies vegetais primento relativo do dia e da noite e às mu-
a formação de tubérculos é influenciada danças neste relacionamento ao longo do ano.
pela luz. Em certa variedade de batatas, por d) respostas sazonais em plantas não são possí-
exemplo, se a planta ficar exposta a 18 ho- veis porque os organismos vegetais são inca-
ras de luz, não forma tubérculos, mas produz
pazes de “perceber” o período do ano em que
bom número deles se for iluminada durante
10 horas apenas. Isso significa que a tuberi- se encontram.
zação está sujeita:
a) à fotossíntese. 4. (UFSJ) Os fenômenos biológicos são muitas
b) à fotonastia. vezes regulados pelo fotoperíodo, que é a va-
c) à fotoindução. riação periódica entre a duração dos dias e
d) ao fotoperiodismo. das noites. Dentre os fenômenos regulados
e) ao fototropismo.
pelo fotoperíodo, pode-se citar a floração
das plantas, que, de acordo com a resposta,
2. (UFMG) Este esquema refere-se a um experi-
mento realizado para estudar a floração em são divididas como plantas de dias longos,
três plantas da mesma espécie que foram que florescem quando o fotoperíodo aumen-
submetidas ao mesmo tempo de exposição à ta, e plantas de dias curtos, que florescem
luz (fotoperíodo). com a redução do fotoperíodo, além das
neutras, que não são reguladas pelo fotope-
ríodo. Observe o esquema dos experimentos
abaixo, em que as plantas hipotéticas A e
B, respectivamente plantas de dias longos e
dias curtos, foram submetidas a diferentes
fotoperíodos.
92
Assinale a alternativa que associa correta-
mente cada condição à respectiva curva.
a) 1-A; 2-B; 3-C.
b) 1-A; 2-C; 3-B.
c) 1-B; 2-C, 3-A.
d) 1-C; 2-B; 3-A.
e) 1-C; 2-A; 3-B.
93
a) divergência evolutiva.
b) especiação alotrópica.
c) plasticidade fenotípica.
d) convergência evolutiva.
e) especiação por diversificação.
94
4. (PUC-MG) O gráfico apresenta as taxas fotos- 6. (UFSCar) O gráfico representa as taxas fotos-
sintéticas relativas a dois tipos de plantas sintéticas e de respiração para duas diferen-
em resposta a variações na intensidade lu- tes plantas, uma delas umbrófita (planta de
minosa. As plantas de sol e de sombra pos- sombra) e a outra heliófita (planta de sol).
suem adaptações genotípicas a diferentes Considere que a taxa respiratória é constan-
condições ambientais. te e igual para as duas plantas.
95
( ) As plantas de dia curto florescem quando
submetidas a um período de escuro igual
ou menor que o período de claro.
( ) A interrupção da noite com um flash de
luz não produziu qualquer efeito visível
no resultado do experimento.
( ) As plantas de dia longo florescem quando
submetidas a períodos claros superiores
aos períodos escuros.
( ) As plantas possuem um fotoperíodo críti-
co, relacionado com a duração do período I. As plantas de dia curto precisam de uma
de escuro, e não com o período do dia na noite longa não interrompida pela luz,
determinação da floração. para florescer.
II. As plantas de dia longo podem florescer
A alternativa que contém a sequência corre- quando noites longas são interrompidas
ta, de cima para baixo, é a: pela luz.
a) F V V F. III. As plantas de dia longo e as de dia curto
b) V F F V. florescem nas mesmas condições de ilu-
c) F F V V. minação.
d) V V F F. Dessas afirmações, APENAS:
a) I é correta.
e) F V F V. b) II é correta.
c) III é correta.
8. (UFSCar) Fotoperiodismo é a influência exer- d) I e II são corretas.
cida pelo período de luz incidente sobre cer- e) I e III são corretas.
tos fenômenos fisiológicos, como a floração.
Plantas de dia longo e plantas de dia curto 1
0. Imagine que uma planta de dia curto seja
foram submetidas a três diferentes regimes submetida a um experimento dividido em
duas situações:
de luz, como representado no esquema.
I. Noites de 16 horas e dias de 8 horas;
II. Noites de 16 horas e dias de 8 horas, sen-
do o período da noite interrompido pela
emissão de luz.
Na situação 2, a planta florescerá?
a) Sim, pois o período de noite continua sendo
maior que o período de dia.
b) Sim, pois a noite pode ser interrompida por
pequenos períodos de luz.
c) Não, pois plantas de dia curto necessitam de
períodos de luz e escuros.
d) Não, pois plantas de dia curto precisam de
Pode-se dizer que as plantas de dia curto flo- período de escuro contínuo.
resceram:
a) no regime A e as de dia longo no regime C, apenas.
b) no regime B e as de dia longo nos regimes A
E.O. Complementar
e C, apenas.
1. (UEL) Analise o gráfico a seguir.
c) nos regimes B e C e as de dia longo no regi-
me A, apenas.
d) nos regimes B e C e as de dia longo no regi-
me B, apenas.
e) no regime C e as de dia longo no regime C, apenas.
96
Com base no gráfico e nos conhecimentos so- TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
bre o tema, analise as afirmativas a seguir.
I. As plantas C3 tendem a atingir a taxa fo- O mapa mundi a seguir mostra o itinerário
tossintética máxima, por unidade de área da mais importante viagem que modificou os
de superfície foliar, sob intensidades lu- rumos do pensamento biológico, realizada
minosas e temperaturas moderadas e a entre 1831 a 1836. Acompanhe o percurso
serem inibidas por altas temperaturas e dessa viagem.
à plena luz do sol.
II. As plantas C4 estão adaptadas à luz intensa
e altas temperaturas, superando em muito
a produção das plantas C3 sob essas condi-
ções. Uma razão para esse comportamento
é que nas plantas C4 ocorre pouca fotorres-
piração, ou seja, o fotossintato da planta
não se perde por respiração, à medida que
aumenta a intensidade luminosa.
III. As plantas C4, são particularmente nume-
rosas na família das dicotiledôneas, mas
ocorrem em muitas outras famílias.
IV. Apesar da sua maior eficiência fotossin-
tética por unidade de área foliar, as plan- Essa viagem foi comandada pelo jovem capi-
tas C3 são responsáveis pela menor parte tão FitzRoy que tinha na tripulação do navio
da produção fotossintética mundial, pro- H. M. S. Beagle outro jovem, o naturalista
vavelmente porque são menos competi- Charles Darwin. No dia 27 de dezembro de
tivas nas comunidades mistas, nas quais 1831, o Beagle partiu de Devonport, na In-
existem efeitos de sombreamento e onde glaterra, rumo à América do Sul com o obje-
a luminosidade e temperaturas são mé- tivo de realizar levantamento hidrográfico e
dias em vez de extremas. mensuração cronométrica.
Estão corretas apenas as afirmativas: Durante cinco anos, o Beagle navegou pe-
a) I e II. las águas dos continentes e, nesta viagem,
b) III e IV. Darwin observou, analisou e obteve diversas
c) II e IV. informações da natureza por onde passou, o
d) I, II e III. que culminou em várias publicações, sendo
e) I, III e IV. a Origem das Espécies uma das mais divulga-
das mundialmente.
2. (UFPR) A respeito da morfogênese vegetal, é Contudo, o legado de Darwin é imensurável,
correto afirmar: pois modificou paradigmas e introduziu uma
01) A dominância apical consiste na inibição do nova forma de pensar sobre a vida na Terra.
crescimento das gemas laterais por auxinas Em 2006, completou-se 170 anos do término
produzidas pelo ápice caulinar. desta viagem.
02) Durante o fototropismo, com o acúmulo de
auxinas na face não iluminada do vegetal, o 3. (UFG) No mês de abril, Darwin observou uma
caule volta-se à fonte de luz, ao contrário do espécie vegetal de dia curto que estava flo-
que ocorre com o sistema radicial. rida, cujo fotoperíodo crítico é de 13 horas.
04) A expansão celular induzida pelas auxinas Utilizando como referência o percurso mos-
resulta do aumento da elasticidade da pare- trado no mapa, em qual outra localidade e
de celular. em qual mês do ano, sob condições naturais,
08) Os frutos têm origem no desenvolvimento poder-se-ia observar essa espécie com flores?
do ovário, processo geralmente induzido por a) Terra do Fogo, em janeiro.
auxinas, as quais têm sua produção aumen- b) Ilhas Malvinas, em fevereiro.
tada após a fecundação do óvulo. c) Ilha Maurício, em maio.
16) O etileno, um gás produzido por tecidos ve- d) Inglaterra, em julho.
getais, estimula o amadurecimento de frutos e) Arquipélago dos Açores, em agosto.
verdes e acelera o processo de senescência
de frutos maduros. 4. Quando um caule é iluminado unilateral-
32) Sementes fotoblásticas negativas têm sua mente, apresenta fototropismo positivo pelo
germinação estimulada pela luz branca. acúmulo de auxinas, que provoca:
a) distensão celular no lado não iluminado.
b) divisão celular no lado não iluminado.
c) distensão celular no lado iluminado.
d) divisão celular no ápice do caule.
97
e) divisão celular no lado iluminado. c) Explique como é possível a ocorrência de flo-
rescimento das plantas A e das plantas B em
5. Em uma planta iluminada unilateralmente, uma mesma localidade, na mesma época do
a concentração de auxina no lado iluminado ano.
do caule I e a planta apresenta II.
Para tornar correta a frase apresentada, bas- 3. (UFAL) Plantas que florescem no verão são
ta substituir I e II, respectivamente, por: chamadas “plantas de dia longo”. Para saber
a) aumenta, fototropismo positivo. se a floração de uma espécie “de dia longo” é
b) diminui, fototropismo positivo. determinada pela duração do dia ou da noi-
c) aumenta, fototropismo negativo. te, os pesquisadores mantiveram plantas em
d) diminui, fototropismo negativo. 3 condições. O experimento e os resultados
e) diminui, crescimento ereto. estão esquematizados a seguir:
E.O. Dissertativo
1. (UFG) Ao visitar, no mês de julho, uma insti-
tuição de pesquisa nos EUA, um pesquisador
brasileiro observou uma angiosperma flori-
da e se interessou pelo estudo do ciclo repro-
dutivo desse vegetal. Ao retornar ao Brasil,
iniciou uma pesquisa, a esse respeito, com
a mesma planta. Contudo, observou que o
florescimento dessa angiosperma ocorreu no
mês de janeiro. O estudo foi concluído após
a observação de todas as fases do ciclo repro-
De acordo com os resultados, explique o que
dutivo da planta. determina a floração nessa espécie.
Considerando as observações feitas pelo pes-
quisador, no Brasil:
a) como se explica a floração das plantas ter 4. (Unirio) “Existe uma pequena glândula no
ocorrido no mês de janeiro? cérebro, na qual a alma exerce suas funções
b) cite quatro fases consecutivas do ciclo re- mais diretamente do que nas outras parte.”
Descartes
produtivo dessa planta.
a) Uma longa investigação científica de mais
2. (UFJF) Em muitas plantas, a floração é con- 300 anos responde ao interesse atual por
trolada pelo fotoperíodo, sendo as espécies esse órgão neuroendócrino (“glândula”),
classificadas como plantas de dias curtos ao qual o filósofo Descartes se referia.
(PDC) ou plantas de dias longos (PDL). Ob- Situa-se na base do cérebro e é regulado,
serve a figura a seguir, que ilustra um experi- através de informação neural dos olhos,
mento realizado com PDC e PDL, e responda: pelo ciclo claro/escuro da duração do dia.
O hormônio que a “glândula” produz in-
tensamente durante a fase escura (noite)
influencia o ritmo de várias atividades
biológicas.
a1 – A que estrutura o texto se refere?
a2 – Que hormônio essa “glândula” produz?
b) Em alguns mamíferos, chamados de foto-
periódicos, esse mesmo órgão influi no ní-
vel de hormônios da reprodução, fazendo
com que tal atividade ocorra em determi-
nadas estações do ano. Por exemplo: em
climas temperados, o nascimento da prole
de algumas espécies ocorre na primavera,
comportamento evidente de um mecanis-
a) Qual a classificação fotoperiódica (PDC ou mo evolutivo.
PDL) das plantas das espécies A e B, con- Excetuando-se o ciclo claro/escuro da du-
siderando os resultados obtidos nos experi- ração do dia, que variação de outro fator
mentos? ecológico pode justificar o valor adaptati-
b) O que representa o fotoperíodo crítico para vo desse mecanismo para as espécies em
as plantas fotoperiódicas? questão?
98
c) O fotoperiodismo é uma reação do organis- 7. (UFC) Em um experimento, o pesquisador
mo às proporções relativas de luminosidade submeteu uma determinada planta, com
e escuridão num ciclo de 24 horas. Esse ter- fotoperíodo crítico de 12 horas, a três tra-
mo também pode ser aplicado para explicar tamentos que diferiam com relação ao for-
a floração nas Angiospermas. Nesse caso, ao necimento de luz, e obteve os seguintes re-
invés de uma estrutura, existe um pigmento sultados quanto à floração:
I. 14 horas de luz e 10 horas de escuro é
especial relacionado à captação da luz – o
Não floresceu
fitocromo. II. 10 horas de luz e 14 horas de escuro é
Cite um outro fenômeno que ocorra nas Floresceu
plantas e que aconteça em virtude de ação III. 10 horas de luz, 4 horas de escuro, flash
dos fitocromos. de luz e mais 10 horas de escuro é Não
floresceu.
5. (UFV) Sementes de alface (Lactuca sativa), Pergunta-se:
uma espécie fotoblástica positiva, foram a) Que classificação devemos dar a esta planta
germinadas sobre papel de filtro umede- em relação ao fotoperiodismo (que controla
a floração)?
cido, dentro das placas de Petri, e subme-
b) Por que o tratamento III inibiu a floração?
tidas a tratamentos de luz vermelha (V)
c) Qual o nome, a natureza química e a pro-
e vermelho extremo (Ve), com duração de vável localização, na célula, da substância
três minutos cada. Após cada tratamento, envolvida na percepção do período de expo-
representados a seguir (I, II, III e IV), as sição à luz (ou escuro)?
placas foram transferidas para o escuro e as Num segundo experimento, foram removidas
respostas de germinação obtidas quarenta e as folhas da metade superior de plantas da
oito horas após. mesma espécie. Estas plantas foram subdivi-
didas em 2 (dois) lotes, sendo cada lote sub-
metido a um tratamento diferente, segundo
o quadro abaixo.
Lote: 1
1. Tratamento: As folhas da metade inferior da
planta foram expostas a 10 horas de luz e
14 de escuro, e as da metade superior (sem
folhas) foram expostas a 14 horas de luz e
10 de escuro.
Resposta: Surgiram flores em todos os ápices
Com base nas germinações apresentadas em caulinares das plantas.
I, II, III e IV, resolva os itens:
a) Qual é o pigmento envolvido no processo de Lote: 2
germinação? 2. Tratamento: As folhas da metade inferior da
b) Explique as respostas de germinação obtidas planta foram expostas a 14 horas de luz e
em III e IV. 10 de escuro, e as da metade superior (sem
c) Cite um outro processo em que o pigmento folhas) foram expostas a 10 horas de luz e
mencionado no item (a) está envolvido. 14 de escuro.
Resposta: As plantas não floresceram.
6. (UFES) A respiração nos vegetais é um pro- Com base no experimento acima, pergunta-se:
cesso químico e não apenas uma troca de d) Que órgão da planta foi o responsável pela
gases entre a planta e o meio. Nesse pro- percepção do estímulo para a floração?
cesso, ocorre o desdobramento das subs- e) Como se explica o surgimento de flores em
tâncias orgânicas produzidas durante a todos os ápices caulinares das plantas do
fotossíntese, com liberação da energia que lote 1?
garantirá às células a realização de suas
funções vitais.
a) Explique por que uma planta não pode so- E.O. Objetivas
breviver se for mantida indefinidamente no
ponto de compensação luminoso (ou ponto (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
de compensação fótico) ou abaixo dele.
b) Cite quatro fatores que afetam as taxas de 1. (Unesp) O professor chamou a atenção dos
respiração nos vegetais. alunos para o fato de que todos os ipês-roxos
c) Mencione quatro processos metabólicos em existentes nas imediações da escola flores-
que poderá ser utilizada a energia (ATP) li- ceram quase que ao mesmo tempo, no início
berada na respiração dos vegetais. do inverno. Por outro lado, os ipês-amarelos,
99
existentes na mesma área, também flores- d) no equinócio, as plantas passarão 24 horas
ceram quase que ao mesmo tempo, porém já fazendo fotossíntese e respirando, concomi-
próximo ao final do inverno. tantemente, enquanto no solstício passarão
Uma possível explicação para esse fato é que mais horas respirando que em atividade fo-
ipês-roxos e ipês-amarelos apresentam: tossintética.
a) pontos de compensação fótica diferentes e, e) no equinócio, cada uma das plantas passará
provavelmente, são de espécies diferentes. 12 horas fazendo fotossíntese e 12 horas res-
b) pontos de compensação fótica diferentes, e pirando.
isso não tem qualquer relação quanto a serem
da mesma espécie ou de espécies diferentes. 3. (Unesp) Gustavo foi contratado para traba-
c) fotoperiodismos diferentes e, provavelmen- lhar como jardineiro em uma residência na
te, são de espécies diferentes. cidade de São Paulo. Os proprietários do imó-
d) fotoperiodismos diferentes, e isso não tem vel exigiram que Gustavo mantivesse a grama
qualquer relação quanto a serem da mesma sempre irrigada e aparada a uma altura es-
espécie ou de espécies diferentes. pecífica, o que, dependendo da época do ano,
e) fototropismos diferentes, e isso não tem exigiu podas mais ou menos frequentes.
qualquer relação quanto a serem da mesma Considerando que o balanço entre taxa de fo-
espécie ou de espécies diferentes. tossíntese e taxa de respiração varia ao lon-
go do ano em razão das diferenças de tempe-
ratura, intensidade luminosa e períodos de
2. (Unesp) Em 2014, os dois equinócios do ano
claro e escuro ao longo das 24 horas do dia,
foram em 20 de março e 23 de setembro. O
pode-se afirmar corretamente que as podas
primeiro solstício foi em 21 de junho e o
foram:
segundo será em 21 de dezembro. Na data
a) mais frequentes entre outubro e dezembro,
do solstício de verão no hemisfério norte, é
período no qual a luminosidade intensa de-
solstício de inverno no hemisfério sul, e na
terminou o aumento da taxa de fotossíntese,
data do equinócio de primavera no hemisfé-
mantendo o gramado no seu ponto de com-
rio norte, é equinócio de outono no hemis-
pensação fótica.
fério sul. A figura representa esses eventos
b) mais frequentes entre dezembro e fevereiro,
astronômicos:
período no qual o aumento da intensidade lu-
minosa determinou um aumento na taxa de
respiração.
c) menos frequentes entre abril e junho, perí-
odo no qual as baixas temperaturas deter-
minaram o aumento da taxa de respiração e
colocaram o gramado acima de seu ponto de
compensação fótica.
d) menos frequentes entre junho e agosto, pe-
ríodo no qual a diferença entre a taxa de fo-
tossíntese e a taxa de respiração tornou-se
menor.
Considere duas plantas de mesma espécie e) menos frequentes entre agosto e outubro, pe-
e porte, mantidas sob iluminação natural e ríodo no qual os dias mais curtos em relação
condições ideais de irrigação, uma delas no às noites levaram a uma taxa de fotossíntese
hemisfério norte, sobre o trópico de Câncer, abaixo da taxa de respiração.
e a outra em mesma latitude e altitude, mas
no hemisfério sul, sobre o trópico de Capri- 4. (Unifesp) O jornal “Folha de S. Paulo”
córnio. (28.07.2004) noticiou que o aumento do di-
Considerando os períodos de claro e escuro óxido de carbono (CO2) atmosférico pode in-
nos dias referentes aos equinócios e solstí- duzir árvores da Amazônia a crescerem mais
cios, é correto afirmar que: rapidamente. O aumento do CO2 é global
a) no solstício de verão no hemisfério norte, a e, no entanto, o fenômeno é verificado na
planta nesse hemisfério passará mais horas Amazônia e não nas florestas temperadas da
fazendo fotossíntese que respirando. Europa. Para explicar tal fenômeno, quatro
b) no solstício de verão no hemisfério sul, a afirmações foram feitas.
planta nesse hemisfério passará mais horas I. O aumento do CO2 promove aquecimento,
fazendo fotossíntese que a planta no hemis- porém bloqueia parte dos raios solares
fério norte. que chegam ao solo. Esse bloqueio, asso-
c) no equinócio de primavera, as plantas pas- ciado às noites mais longas, faz com que
sarão maior número de horas fazendo fotos- as florestas temperadas sejam menos efi-
síntese que quando no equinócio de outono. cientes na fotossíntese.
100
II. As florestas temperadas estão sujeitas a a) Interprete os resultados do experimento I
um inverno mais longo e, portanto, a me- considerando as exigências de exposição à
nor quantidade de luz. Como as plantas luz e ao escuro para que ocorra a floração
fazem fotossíntese de dia e respiram à desta planta.
noite, a taxa de respiração é maior que a b) Considerando o experimento II, qual das in-
de fotossíntese. terrupções – a que ocorreu durante o perí-
III.
A maior quantidade de CO2 disponível, odo de exposição à luz ou ao escuro – in-
associada às altas temperaturas presen- terferiu no processo de floração? Qual é o
tes na Amazônia, permite uma elevação nome da proteína relacionada à capacidade
da taxa fotossintética, o que promove das plantas responderem ao fotoperíodo?
maior crescimento das plantas.
IV. As temperaturas mais baixas, a menor 2. (Unesp) Uma planta de dia curto foi subme-
biomassa por área e a menor incidência tida aos fotoperíodos esquematizados nas
de luz nas florestas temperadas fazem figuras I e II a seguir.
com que, ali, o fenômeno seja menos evi- Com base neste esquema, pergunta-se:
dente que na Amazônia.
Entre as quatro afirmações apresentadas, es-
tão corretas somente:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV.
101
Gabarito 5.
a) O fitocromo.
b) Em III, o vermelho extremo (Ve) inativa
o fitocromo impedindo assim a germina-
E.O. Aprendizagem ção; e em IV, o vermelho (V) ativa o fito-
1. D
2. B
3. C 4. C 5. D
cromo, antes inativado pelo Ve, permitin-
do assim a germinação.
6. D
7. C 8. B
9. E 10. D
c) Fotoperiodismo, floração, queda de fo-
lhas e estiolamento.
E.O. Fixação 6.
a) No ponto de compensação fótico a taxa
1. C 2. 08 + 16 = 24 3. A 4. A 5. A de fotossíntese será igual à taxa respi-
6. E 7. C 8. B 9. D 10. D ratória, ou seja, toda a matéria orgânica
produzida na fotossíntese é consumida
na respiração celular do vegetal. Neste
E.O. Complementar estado a planta não se desenvolve, pois
não detém reserva energética para tal e
1. A 2. 01 + 02 + 04 + 08 + 16 = 31 3. C 4. A não se reproduz.
5. B b) A concentração de matéria orgânica,
temperatura, enzimas e a disponibilida-
de de oxigênio.
E.O. Dissertativo c) Na absorção de minerais por transporte
1. ativo – nas raízes, para produção de ma-
a) Tanto no Brasil como nos EUA o floresci- téria orgânica – através da fotossíntese,
mento aconteceu ocorreu no verão, então na síntese de proteínas e hormônios, em
trata-se de uma planta de dia longo, ou divisões celulares e crescimento.
seja, que floresce quando o período de luz 7.
é maior que o fotoperíodo crítico. No Bra- a) Pode ser classificada como planta de dia
sil, esse período (verão) corresponde de curto.
dezembro a março. b) Porque esse tipo de planta de dia curto ne-
b) A floração, a polinização, a fecundação e a cessita, para a floração, de um período de
frutificação. escuro contínuo.
2. c) O fitocromo, uma proteína de cor azul-es-
a) Espécie A – plantas de dia curto (PDC); es- verdeada, presente nas membranas e no
pécie B – plantas de dia longo (PDL).
citoplasma de células foliares.
b) Cada tipo de planta apresenta uma resposta
d) As folhas.
em relação a esse período. Para aquelas de
e) O florígeno, hormônio relacionada à flora-
dia curto as PDC, é considerado o número
ção, é distribuído também para as regiões
mínimo de horas de escuro necessário para
floração e, para aquelas de dia longo PDL, é desfolhadas, nas quais induz a floração.
considerado o número máximo de horas de
escuro.
c) Quando ocorre fotoperíodo de 12 horas de E.O. Objetivas
luz e de escuro, uma condição em que o fo-
toperíodo crítico é atingido para ambas.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
3. O que determina a floração é o período de es- 1. C 2. B 3. D 4. E
curo, já que sua interrupção (quando longo)
determinou a produção de flores. Na verdade,
plantas de dias longos necessitam de períodos
de escuros curtos (noites curtas), o que carac- E.O. Dissertativas
teriza as noites de verão.
4. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) 1.
a1) Refere-se a glândula Pineal. a) A planta do experimento I é de dia cur-
a2) Melatonina. to, apresentando fotoperíodo crítico de
b) Podem ser citados os seguintes fatores eco- 14 horas, ou seja, floresce ao receber luz
lógicos: aumento de temperatura, aumento num período abaixo de 14 h por dia.
da disponibilidade de alimento e também b) A interrupção do escuro foi a que interfe-
aumento da disponibilidade de água. riu na floração. A proteína é denominada
c) A germinação de sementes e o estiolamento. fitocromo.
102
2.
a) Florescerá nas condições da figura I.
b) Pois a planta de dia curto necessita de
um período contínuo de escuro. Somente
florescerá se for submetida ao regime re-
presentado na figura I do enunciado.
3.
a) O experimento permite concluir que a
floração é determinada pelo período con-
tínuo de escuridão a que o vegetal é sub-
metido.
b) O pigmento envolvido nos fenômenos fo-
toperiódicos é o fitocromo.
c) O fitocromo também está relacionado ao
fenômeno de abscisão (queda) das fo-
lhas.
103
INFOGRÁFICO:
Abordagem da SISTEMAS FISIOLÓGICOS E DSTs nos
principais vestibulares.
FUVEST – Tema de baixa incidência na Fuvest. Tendo poucos exemplares nos últimos 10 anos de
vestibular. Dentre eles o mais cobrado foi ciclo menstrual, relacionando os hormônios hipofisários
e ovarianos.
LD
ADE DE MED UNICAMP – A UNICAMP cobrou recentemente os con-
CU
IC
1963
BO
Competência 4
Habilidades 14 e 15
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Assim como ocorre no cotidiano, o título desta aula abre espaço para diversas interpretações sobre o que seriam
as drogas. Chamadas simplesmente por “drogas”, as substâncias tóxicas de uso ilícito são fonte infinita de discus-
sões sob aspectos social, psicológico, físico, religioso e emocional. O enfoque dessa aula, no entanto, é explicar os
efeitos biológicos ligados a esse tema.
Em algum momento da vida, certamente você já se deparou com discussões a respeito dos efeitos maléficos
causados pelo abuso de drogas – substâncias químicas que interferem no metabolismo do indivíduo. Nosso objetivo
é caracterizar tais substâncias e explicar seus mecanismos e efeitos no organismo, sejam eles imediatos ou de longo
prazo.
As drogas possuem diversas vias de administração. Podem ser por via oral, através de absorção cutânea – mui-
to comum em mucosas – por injeção ou por inalação. Quanto mais rápido a droga atingir a corrente sanguínea, mais
instantâneo será o seu efeito. Dessa forma, injetar e inalar as drogas são as formas que causam os efeitos mais fortes
e rápidos, pois atingem seus receptores específicos, geralmente localizados no cérebro. Atente para o fato de que os
neurotransmissores se ligam aos receptores de forma específica.
Ao alcançar o sistema nervoso central (SNC), essas substâncias interferem na atividade neuronal de alguma
forma, podendo causar os seguintes efeitos:
§§ Mimetizar ou aumentar o efeito de um neurotransmissor (drogas agonistas). Um exemplo de droga ago-
nista é o LSD (ácido lisérgico), um agonista da serotonina; outro exemplo é a nicotina, uma agonista da
acetilcolina;
§§ Bloquear uma ação (drogas antagonistas). A exemplo, temos a cafeína que é antagonista da adenosina;
§§ Afetar a reabsorção de determinada substância. Esse mecanismo é essencial, pois ocorre depois do estímulo da
membrana pós-sináptica. Um exemplo é a cocaína, pois impede a reabsorção de norepinefrina e da dopamina,
portanto sua ação pode ser continuada.
É comum classificar as drogas que agem no sistema nervoso alterando o humor, comportamento, lógica e
percepção como psicoativas ou psicotrópicas. Ainda, costumam ser classificadas em alucinógenas (perturbadoras),
estimulantes ou calmantes.
§§ Drogas estimulantes: aumentam a atividade do SNC. Quando administradas em doses baixas, diminuem
a fadiga do usuário, o apetite e melhoram o humor. Porém, quando em doses elevadas, podem levar à
irritabilidade, insônia e ansiedade. Seus efeitos imitam àqueles da adrenalina, hormônio responsável pelas
reações de luta/fuga. Exemplos: cocaína, crack, cafeína, nicotina e anfetaminas.
§§ Drogas calmantes: como o próprio nome sugere, essas drogas diminuem a atividade do SNC. Quando ad-
ministradas em doses pequenas, minimizam a velocidade da formação de pensamentos e da atividade física.
Por outro lado, quando presente em doses elevadas no organismo, levam à letargia, sonolência e amnésia.
Essas drogas também podem levar à morte, pois desencadeiam depressão muito intensa no sistema, o que
109
pode interromper as funções vitais do metabolismo, como a respiração. Num primeiro momento, as drogas
bifásicas, como o álcool estimulam o organismo num segundo momento, efeitos depressores. Exemplos:
álcool, inalantes, opioides, barbitúricos e solventes. Vale lembrar que quando os barbitúricos são usados em
conjunto com outras drogas, são muito perigosos, pois seus efeitos são intensificados. Por exemplo, ao com-
binar barbitúrico com álcool, pode ocorrer a supressão dos centros respiratórios (bulbo) e levar à morte. Os
barbitúricos possuem função no tratamento de convulsões e na indução da anestesia geral. Já o grupo dos
opioides, que tem como principais representantes a morfina e a heroína, potentes analgésicos. Os efeitos
do opioides mimetizam as endorfinas, que são opioides naturais, responsáveis por auxiliar o balanceamento
das sensações de dor e prazer.
§§ Drogas alucinógenas: não potencializam ou amenizam as atividades do SNC, porém desequilibra-nas,
causando alterações em processos como a percepção sensorial e induzindo a alucinações auditivas e visuais.
Exemplos: maconha (THC), LSD, ecstasy, mescalina e alguns tipos de cogumelos. A maconha é a droga
alucinógena mais usada. É obtida das folhas e flores da planta Canabis sativa, porém seus efeitos são pro-
venientes do princípio ativo contido no vegetal: o tetrahidrocanabinol (THC). Após muitos anos de pesquisa,
hoje sabe-se que existem receptores específicos do THC nos neurônios humanos. Vale ressaltar que o uso de
maconha em conjunto ao álcool resulta em efeito aditivo (potenciação).
O quadro de dependência física e psicológica pode ocorrer de maneira rápida, de acordo com o potencial viciante
de cada substância. Nesses casos, a dependência é acompanhada de tolerância às drogas, que resulta em busca
por doses cada vez maiores pelos usuários. Caso a droga seja descontinuada, aparecem os efeitos de abstinência,
que, dependendo da droga, podem incluir respiração rápida, náusea e vômito, pânico e, claro, o intenso desejo
pela substância.
Ação normal da sinapse. Essa figura esquematiza a comunicação sináptica entre dois neurônios. O neurônio pré-sináptico produz e armazena em vesí-
culas (1) neurotransmissores (2). Mediante o estímulo apropriado, o neurotransmissor é liberado no espaço sináptico e liga-se aos receptores (3) no
neurônio pós-sináptico, desencadeando diversas repostas metabólicas. Depois de exercer sua ação, parte do neurotransmissor volta para o neurônio
pré-sináptico graças ao sistema de recaptação (4) e outra parte é degradada.
110
Para explicar mais profundamente o efeito das drogas no SNC, iremos utilizar a cocaína e o neurotrans-
missor dopamina (DA): a droga bloqueia o sistema de recaptação, aumentando a concentraçõ de DA no espaço
sináptico, intensificando os efeitos metabólicos da droga no neurônio pós-sináptico. Depois de o neurotransmissor
ter sido passado ao neurônios pós-sináptico, é impedido de retornar ao seu neurônio de origem, por isso fica na
fenda sináptica repetindo a neurotransmissão. A recaptação é um mecanismo muito importante para o correto fun-
cionamento do SNC, pois o neurotransmissor deve ser reciclado a cada uso, para ser capaz de reagir eficientemente
a novas exigências do corpo.
A ação da cocaína induz o usuário à euforia, altera o humor e o estado de alerta, além de reduzir a fadiga.
Níveis muito altos de dopamina devido à ação das drogas prejudicam e chegam a destruir áreas importantes
do cérebro.
Na fisiologia do organismo como um todo, os efeitos que podem surgir a longo prazo são inúmeros e nem
todos são conhecidos. Por isso, vamos destacar aqueles decorrentes das drogas mais usadas.
Álcool
Como mencionado acima, o álcool é uma droga bifásica, pois num primeiro momento os efeitos são o comporta-
mento desinibido, a euforia – o usuário fica falante (loquacidade) – no geral, efeitos estimulantes. Num segundo
momento, os efeitos são depressores, pois podem ser intensificados se o consumo for exagerado, chegando a levar
o usuário ao coma. Há outros riscos que envolvem o uso de álcool, caracterizados pela dependência dessa droga.
Em decorrência dessa situação crônica, os usuários podem desenvolver algumas patologias, podendo ser hepáticas
(cirrose, esteatose hepática e hepatite alcoólica) e outras ligadas ao aparelho digestivo, como gastrite e ao sistema
cardiovascular, como hipertensão.
Assim como outras drogas, o álcool oferece risco em relação à interação com outras drogas. O consumo de
bebidas alcóolicas atrelado ao uso de ansiolíticos pode matar o usuário, porque ambas as drogas agem no mesmo
sistema de neurotransmissão do SNC, causando forte depressão.
Vale lembrar que o uso de álcool na gravidez prejudica o feto e, durante a amamentação, também é preju-
dicial ao bebê, pois o recebe através do leite materno.
Nicotina
A nicotina é uma substância presente em conjunto com outras substâncias químicas e por si só é viciante, é um
dos princípios ativos do tabaco. Além da nicotina, a fumaça do cigarro possui, dentre outras diversas substâncias
tóxicas, o CO e o alcatrão.
Ao fumar um cigarro, essa substância química prontamente penetra em diversos tecidos do corpo. Como
age no sistema neuromuscular, promove efeito de relaxamento muscular. Outros efeitos são a diminuição de rea-
ções ao estresse, ao apetite, além de induzir o aumento da vivacidade.
O uso contínuo de cigarros aumenta as chances de ocorrência de cânceres, como o de pulmão, além de
outras regiões que entram em contato com a fumaça – órgãos do sistema respiratório, no geral – em adição, pode
desencadear problemas coronarianos, bronquite, pneumonia, dentre outras doenças.
O cigarro também oferece riscos às gestantes, pois oferece maiores chances de complicações durante o
período gestacional. As substâncias tóxicas presentes no cigarro são capazes de atravessar a barreira placentária,
sendo, portanto, capaz de atingir o feto, lhe causando aumento da frequência cardíaca. No recém-nascido pode
ocorrer diminuição de peso, menor estatura relativa, além de importantes e relevantes alterações neurológicas. As
substâncias tóxicas do cigarro também se tornam presentes no leite materno das mães fumantes, alcançando o
bebê através da amamentação.
111
Benzodiazepínicos
Influenciam a ansiedade e a tensão, sendo, portanto, também conhecidos por ansiolíticos ou tranquilizantes. O uso
dessas substâncias deve ocorrer somente sob prescrição médica. Quando consumidos em pequenas doses, redu-
zem a ansiedade; aumentando um pouco a dose, atuam como sedativos; porém em doses elevadas, desencadeiam
efeitos anestésicos e até mesmo o coma.
Também são usados no tratamento contra a insônia, por isso são denominados drogas hipnóticas, o que
significa que induzem ao sono. Sua ingestão ocorre via oral ou endovenosa (mais comum em hospitais).
Além do grande risco de causar dependência, o uso recorrente e abusivo dessas substâncias pode desen-
cadear problemas de aprendizado e memória, retardo no tempo a estímulos e processamento de informações,
problemas psicomotores, dentre outros.
Maconha
Seu princípio ativo, o tetrahidrocanabinol (THC), tem sua concentração variada na planta, pois é dependente da
variadade, bem como a forma de cultivo e preparação, pois a substância pode ser danificada. Tal concentração afeta
diretamente os efeitos provenientes do uso da droga.
A maconha pode ser ingerida ou fumada. Essas diferentes vias de administração possuem relação direta
com a velocidade que os efeitos aparecem. Quando fumada, os efeitos ocorrem mais rapidamente, porém menos
duradouros que quando ingerida.
A maconha causa alteração da consciência, diminui os níveis de atenção, lentidão motora da voz, e também
distorção do tempo e espaço, a coordenação motora se torna mais difícil; também pode desencadear sensação de
bem-estar, riso e euforia. Devido a esses efeitos, o uso da maconha oferece risco a algumas atividades, tal como
dirigir. Sabe-se também que a maconha agrava os sintomas de pessoas esquizofrênicas.
Os efeitos crônicos desencadeados pelo uso dessa droga são problemas de memória e respiratórios, graças
à irritação contínua causada pela fumaça.
A maconha é ilegal em muitos países, como no Brasil. Quando usada em baixas doses, o THC oferece efei-
tos sedativo-hipnóticos moderados, benéfico no tratamento de algumas doenças. Dentre os efeitos benéficos do
uso controlado dessa droga estão: alívio da dor e da náusea associado à quimioterapia em pacientes com câncer,
controle de convulsões cerebrais sintomáticas de epilepsia e redução da pressão intraocular em pacientes com
glaucoma. No entanto, seus efeitos alteradores das funções psicológicas são alguns dos motivos que dificultam sua
legalização em determinados países.
Cocaína
Essa droga, em especial, possui elevado risco de dependência devido ao poder de aumentar a disponibilidade de
dopamina nas fendas sinápticas no SNC. A cocaína bem como a anfetamina bloqueiam a recaptação da dopamina
e desencadeiam os sintomas típicos esquizofrenia. Os efeitos agudos são comportamentos de ansiedade, euforia
e estado de alerta.
O cloreto de cocaína é a substância em pó branca que é geralmente usada através de aspiração nasal ou
diluída em água para ser injetada na veia. Se submetida ao tratamento indicado, a cocaína empedra e produz o
crack, fumado num cachimbo – portanto, o efeito ocorre de maneira mais rápida, bem como sua duração, por isso o
usuário sente a necessidade de consumir a droga novamente e com maior frequência. Quanto menor o tempo entre
o consumo da droga e o efeito no corpo, maior será o risco de vício (potencial de adicção). Sendo assim, drogas que
atingem o SNC com maior velocidade, como o crack, oferecem maior potencial de dependência.
Se consumida em ciclos intermitentes e em elevadas doses, pode desencadear comportamentos violentos,
fácil irritabilidade, tremores e paranoia, também pode causar alucinações, distorções na visão e delírios; ainda,
depressões graves que podem ter como consequência o suicídio.
112
As consequências no corpo são diversas, porém, aquelas mais intensas ocorrem no sistema cardiovascular,
através do aumento da pressão arterial, taquicardia e aumento da temperatura corpórea; também pode inteferir
nos centros de controle da respiração. O uso crônico pode afetar os músculos esqueléticos.
Opiáceos
Os opiáceos são substâncias derivadas do ópio, consiste num extrato das sementes de papoula utilizado há milha-
res de anos por pessoas que buscavam euforia ou alívio de dores. Porém, essa droga também desencadeia crises
de diarreia e tosse. Tanto a morfina quanto a codeína são extraídas do ópio, enquanto a heroína é sintetizada à
partir da morfina, substância que possui intensa aplicação médica pelo seu efeito analgésico poderoso. A codeína
também é muito usada pela medicina, pois é um medicamento contra a tosse. Narcóticos são um grupo de drogas
que possuem efeito analgésico (aliviam a dor) e hipnótico (induzem ao sono). Também proporcionam sensação de
prazer e bem-estar, justificando o seu uso “recreativo”. Essas drogas, como já mencionado, possuem alto poder
de dependência, sendo que o usuário crônico pode tornar-se passivo e apático, desligado da realidade e letárgico.
O SNC possui receptores específicos para a endorfina, porém os opiáceos também se ligam a essas estruturas.
Inalantes
São químicos com características que possibilitam sua inalação, como solventes muito voláteis. Os efeitos causados
por essas drogas ocorrem rapidamente e duram pouco. Exemplos: lança-perfumes, removedores e vernizes, cola de
sapateiro e combustíveis.
Os primeiros efeitos são estimulantes, como euforia e excitação, mas podem também podem desencadear
desorientação, alucinações auditivas e visuais e tonturas. Após os efeitos estimulantes, os depressivos vêm à tona,
podendo levar à inconsciência.
O consumo de tais substâncias pode acarretar dependência e tolerância. Dentre os efeitos crônicos, estão
apatia, lesões a órgãos como rins e fígado, além de prejuízo ao SN, que pode ser irreversível.
Anfetaminas e derivados
Essas drogas sintéticas são usadas para estimular o SN, ou seja, fazê-lo trabalhar mais depressa, mantendo o usuá-
rio mais alerta, “elétrico” e com menos sono. Recebem os nomes populares, como rebite ou bolinha, usados prin-
cipalmente por estudantes, motoristas e outras pessoas que não querem ter sono. Também usadas pela medicina,
as anfetaminas agem como moderador de apetite, ajudando no emagrecimento, porém, gerando efeitos colaterais.
Os efeitos são o nervosismo, a irritação e a ausência de sono.
O ecstasy é derivado da anfetamina, denominado MDMA. Os usuários sentem euforia, hipertermia (acom-
panhada de muita transpiração e, por isso, desidratação), além de elevar a pressão arterial.
As anfetaminas também geram tolerância e dependência. Quem faz uso crônico dessa substância xpode
sentir irritabilidade, tremores, alucinações, confusão mental, dentre outros sintomas.
113
Alucinógenos sintéticos
O dietilamida do ácido lisérgico (LSD), é uma droga sintética, alucinógena que foi descoberta por acaso. Era usado
em tratamento contra doenças mentais, mas caiu em desuso por diversos motivos. Como possui potencial de ação
rápida no cérebro, pequenas doses são capazes de desencadear grandes alterações, ,ustificando sua venda na
forma de cartões, selos etc.
Dentre seus efeitos estão ilusões, alucinações, percepção de cores brilhantes e sons incomuns. Porém, es-
sas percepções são ruins e podem levar à atos inesperados e perigosos. Além disso, já foram relatados casos de
flashbacks, onde o efeito surge retardado: após semanas ou meses do uso da droga, incluindo o retorno dos sinto-
mas mentais, até na ausência do uso da substância.
O principal risco decorrente do uso desta droga são perturbações psíquicas que prejudicam a percepção de
situações que oferecem risco ao usuário, pois pode se julgar com capacidades que não possui, como voar ou forçar
a parada de um carro usando a sua força, ou seja, se expondo a situações de risco.
114
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
LER
Livros
Almanaque das Drogas (2ª ed.) – Tarso Araujo
116
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Uma droga pode ser definida como qualquer substância que quando introduzida no organismo altera a estrutura ou a
função desse organismo. Um medicamento é o tipo específico de droga que é tomado com o fim específico de curar
ou prevenir uma doença. Existem várias drogas legalizadas que podem ser administradas para se obter um efeito
específico, como os estimulantes, caso do café e da nicotina. E algumas depressivas, como é o caso do álcool que é
usado para melhorar a capacidade de relacionamento social, que associado a economia nacional vem aumentando
sua produção nos últimos anos.
INTERDISCIPLINARIDADE
As drogas são classificadas principalmente pelo seu efeito no organismo e pelos compostos orgânicos, sendo assim
o estudo da química orgânica é importante para compreender seu funcionamento e efeito.
117
E.O. Aprendizagem Assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Lipoproteínas são reabsorvidas do filtrado
nos túbulos renais.
1. (UPE) Existem drogas lícitas e ilícitas, isto b) Proteínas são normalmente retidas na filtra-
é, legais, (podendo ou não estarem submeti- ção glomerular.
das a algum tipo de restrição) e ilegais, proi- c) A vitamina A apresenta menor taxa de ex-
bidas por lei. Há outra forma de classificar creção renal que a vitamina C.
as drogas, por exemplo, a que se baseia nas d) Patologias hepáticas podem levar a um efei-
ações aparentes das drogas sobre o Sistema to terapêutico maior ou mais prolongado
Nervoso Central (SNC), conforme as modifi- para algumas drogas hidrofóbicas.
cações observáveis na atividade mental ou
no comportamento das pessoas que utilizam 5. (UFMG) A enzima G-6-PD (glicose-6-fosfato
essa substância. São elas: desidrogenase) está presente nas hemácias
I. drogas depressoras da atividade mental. de indivíduos normais. A ausência dessa en-
II. drogas estimulantes da atividade mental. zima, em indivíduos afetados, torna as he-
III. drogas perturbadoras da atividade mental. mácias sensíveis a certas drogas e nutrien-
Assinale a alternativa CORRETA quanto ao tes, provocando sua destruição. O gene que
uso da droga depressora, estimulante e per- determina a ausência de G-6-PD é recessivo
e situa-se no cromossoma X.
turbadora, respectivamente, em concentra-
Observe o heredograma que representa uma
ções que modificam a atividade mental e o
família com essa característica.
comportamento.
a) Ópio, LSD, ecstasy.
I
b) Cocaína, solvente e anfetamina.
1 2
c) Anfetamina, maconha e álcool.
d) Solvente, álcool e cocaína.
e) Álcool, cocaína e maconha. II
3 4 5 6
2. (UFSM) Uma vida saudável combina com
exercícios físicos aliados a uma dieta ali- Ausência de G - 6PD
mentar balanceada, mas não combina com a Presença de G - 6PD
ingestão de drogas e álcool. A organela ce-
lular que atua auxiliando na degradação do Com base nesse heredograma, é CORRETO
álcool e outras drogas é chamada de: afirmar que:
a) retículo endoplasmático liso. a) cada um dos indivíduos representados tem,
b) retículo endoplasmático rugoso. pelo menos, um gene para ausência de G-6-
c) complexo de Golgi. -PD.
d) centríolos. b) essa família apresenta dois indivíduos hete-
e) ribossomos. rozigotos para o gene que determina a G-6-
-PD.
3. Embora constitua um grave problema social, c) casais como I.1 x I.2 têm probabilidade
durante o Carnaval há um aumento de con- maior de ter filhos afetados do que de ter
sumo de drogas tanto lícitas como ilícitas. filhas afetadas.
São drogas lícitas e ilícitas, no Brasil, respec- d) o indivíduo II.3 pode ter recebido o gene da
tivamente: G-6-PD tanto do seu pai quanto de sua mãe.
a) maconha e álcool.
b) lança-perfume e cocaína. 6. (UFC) Observe a tabela abaixo, que apresen-
c) nicotina e ecstasy. ta dados sobre as formas de transmissão da
d) cola de sapateiro e cafeína. aids em diferentes anos.
e) morfina e anfetaminas.
118
A análise dos dados contidos na tabela nos c) provocar lesões nas organelas das células
permite inferir, corretamente, que: das mucosas das vias aéreas e dos pulmões,
a) houve declínio acentuado da transmissão o que é a causa primária do câncer.
por via sexual e aumento da transmissão por d) provocar rigidez dos brônquios e do diafrag-
transfusão de sangue. ma, comprometendo a capacidade de inspi-
b) as campanhas de estímulo ao uso de preser- ração e expiração.
vativo (“camisinha”) trouxeram resultados e) estabelecer uma ligação química com a he-
mais satisfatórios entre os heterossexuais moglobina, resultando em hemácias com
do que entre os homossexuais. baixo potencial de oxigenação.
c) a transmissão perinatal e a transmissão en-
tre heterossexuais aumentaram no período
9. (PUC-RIO)A lei seca, aplicada em diversos
observado.
estados brasileiros trouxe uma série de po-
d) as campanhas de prevenção não obtiveram
lêmicas. O álcool foi proibido para pessoas
sucesso algum entre os indivíduos que fa-
que dirigem porque pode influenciar seu
zem uso de drogas injetáveis.
comportamento. Para alguns, o álcool é uma
e) a falta de testes diagnósticos que reduzam
droga e como tal o principal órgão responsá-
a janela imunológica explica a situação pre-
vel pela sua detoxificação é o:
ocupante da transmissão por transfusões de
sangue. a) baço.
b) fígado.
7. (UFMG) Sabe-se que o CRACK é uma droga c) intestino.
inalável, que vicia e pode levar à morte. En- d) Coração
tre seus possíveis efeitos estão hiperativida- e) Pulmão
de motora e sensorial, taquicardia, hiperten-
são arterial, convulsões e derrame cerebral. 1
0. (PUC-RIO) Um indivíduo ao ingerir certa
A figura adiante representa alguns compo- quantidade de bebida alcoólica geralmente
nentes de sistemas orgânicos humanos, dos apresenta uma necessidade maior de urinar.
quais alguns foram numerados de 1 a 5. Este fato ocorre porque o álcool:
a) estimula a produção do hormônio ADH.
b) aumenta a eliminação de açúcar pela urina.
c) inibe a produção do hormônio ADH.
d) inibe o funcionamento do fígado.
e) estimula o funcionamento do pâncreas.
E.O. Fixação
1. (UPE) O Brasil é o maior mercado mundial
Com base na figura e em seus conhecimentos é
do crack e o segundo maior de cocaína, con-
correto afirmar-se, em relação ao CRACK, que
forme pesquisa do Instituto Nacional de Pes-
a) distúrbios motores e sensoriais ocorrem pela
quisa de Políticas Públicas do Álcool e outras
sua ação em 5.
b) é absorvido em 1 e atinge os diversos órgãos Drogas (Inpad) da Universidade Federal de
pela ação de 2. São Paulo (Unifesp). O estudo ouviu 4,6 mil
c) é metabolizado em 4. pessoas com mais de 14 anos em 149 mu-
d) sua excreção ocorre em 3. nicípios do país. Os resultados do Levanta-
mento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad)
apontam ainda que o Brasil representa 20%
8. (FGV) Uma lei estadual proíbe o fumo em
ambientes fechados coletivos no Estado de do consumo mundial do crack.
São Paulo. Adaptado de: Redação Época,
A medida é bem-vinda, pois se sabe que den- com Agência Brasil, 05/09/12
tre os inúmeros problemas de saúde causa-
dos ou agravados pelo fumo, um deles é o Das alternativas abaixo, qual se relaciona
fato de o monóxido de carbono (CO), presen- com as doenças e os efeitos provocados pelo
te na fumaça do cigarro: uso do crack?
a) causar irritação no epitélio das vias aéreas a) Perda de memória, sonolência, problemas na
superiores, favorecendo infecções e dificul- coordenação motora, disfunção sexual, como
tando o aporte de oxigênio aos pulmões. ejaculação precoce, câncer de pulmão.
b) provocar lesões nas paredes dos alvéolos, b) Depressão, delírios, ataques de pânico, im-
que se rompem e ampliam a superfície do pacto na capacidade cognitiva, incidência de
tecido para trocas gasosas. doenças pulmonares e cardíacas.
119
c) Perda do controle de impulsos, perda de olfato, impotência sexual, hipertensão e doenças vasculares.
d) Distúrbios respiratórios, como bronquite e enfisema, doenças cardiovasculares, acidentes vasculares
cerebrais, diversos tipos de câncer, como pulmão e laringe.
e) Vertigem, tiques exagerados e anormais da mandíbula, anorexia nervosa, desidratação, dor de cabeça,
taquicardia.
2. (UCS) Um dos problemas que refletem as desigualdades sociais é o consumo de substâncias que levam
à dependência química. A Organização Mundial da Saúde reconhece a dependência química como do-
ença. É uma verdadeira epidemia que vem se alastrando pela sociedade mundial e apresenta-se como
uma questão político-social. Ainda não são conhecidas, exatamente, as quantidades de drogas “líci-
tas” e “ilícitas” efetivamente consumidas no Brasil. Os usuários de cocaína estão espalhados por todas
as classes sociais, e o baixo custo do crack propicia que pessoas de classes menos favorecidas também
tenham acesso a ele. Um levantamento realizado em 2010 pelo Instituto de Medicina Legal (IML-DF)
mostrou que 63% das vítimas de assassinatos consumiram drogas, por via oral ou intravenosa. Nesse
estudo, foi constatado que as vítimas eram jovens de 15 a 22 anos, o que mostra o poder de destruição
dessas substâncias.
(DANTAS, G. F. de. Em nome dos direitos dos dependentes químicos. Disponível em: <http://www.observatoriodaimprensa.
com.br>. Acesso em: 14 abr. 2012. – Texto adaptado. SOBREIRA, C. Droga, o alimento da violência. Disponível
em: <http://www.antidrogas.com.br/artigos.php>. Acesso em: 16 abr. 2012. – Texto adaptado.)
3. (UEG) A força dos fluidos do globo ocular contra a superfície interna do olho resulta em pressão
intraocular normal entre 30 a 45 mmHg. Em indivíduos com glaucoma, essa pressão pode aumentar
até 70 mmHg por causa da drenagem deficiente do humor aquoso produzido continuamente pelo
olho. Considerando-se a ação das drogas sobre a pressão de fluidos no organismo, é correto afirmar:
a) a maconha tem ação vasodilatadora acompanhada de dilatação acentuada da pupila e redução da pres-
são intraocular.
b) a anfetamina tem ação tonificante que desencadeia a contração acentuada da pupila e o aumento da
pressão intraocular.
c) a cocaína tem ação estimulante que desencadeia em midríase e redução da pressão por drenagem do
humor aquoso.
d) o ácido lisérgico tem ação estimulante associada à miose e ao aumento da pressão por acúmulo de
humor aquoso.
4. (UFC) Ao contrário da maioria das drogas, o crack não tem sua origem ligada a fins medicinais:
ele já nasceu como uma droga para alterar o estado mental do usuário, tendo surgido da ...1... . Os
primeiros efeitos do crack são uma euforia plena que desaparece repentinamente depois de um
curto período, sendo seguida por uma grande e profunda ...2... . O uso continuado da droga pode
causar ataque cardíaco e derrame cerebral, consequência do(a) considerável ...3... . Sua principal
forma de consumo é a ...4... .
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas do texto apresentado.
a) 1-maconha; 2-paranoia; 3-diminuição da resistência periférica; 4-inalação da fumaça.
b) 1-heroína; 2-alucinação; 3-aumento da resistência periférica; 4-injeção de líquido.
c) 1-morfina; 2-sonolência; 3-diminuição da resistência periférica; 4-injeção de líquido.
d) 1-cola; 2-alucinação; 3-diminuição da pressão arterial; 4-inalação de líquido.
e) 1-cocaína; 2-depressão; 3-aumento de pressão arterial; 4-inalação da fumaça.
5. (Mackenzie) A respeito das consequências do uso do cigarro para a saúde humana, muitas pes-
quisas têm sido publicadas, muitas delas voltadas ao mecanismo de ação de um dos principais
componentes, a nicotina, enquanto outras procuram esclarecer a população a respeito dos efeitos
colaterais dos demais componentes do cigarro.
120
A tabela a seguir mostra alguns desses componentes e seus efeitos no organismo humano.
Componente Efeito
A história da maioria dos municípios gaúchos coincide com a chegada dos primeiros portugueses,
alemães, italianos e de outros povos. No entanto, através dos vestígios materiais encontrados nas
pesquisas arqueológicas, sabemos que outros povos, anteriores aos citados, protagonizaram a nos-
sa história.
Diante da relevância do contexto e da vontade de valorizar o nosso povo nativo, “o índio”, foi sele-
cionada a área temática CULTURA e as questões foram construídas com base na obra Os Primeiros
Habitantes do Rio Grande do Sul.
(Custódio, L. A. B., organizador. Santa Cruz do Sul: EDUNISC; IPHAN, 2004).
“Nos últimos 2 mil anos, nosso povo vem-se transformando, evoluindo, integrando-se aos vizi-
nhos, aos colonizadores, ao mundo.”
( ) esôfago
( ) estômago
( ) pâncreas
( ) fígado
121
A sequência correta é:
a) 1 - 4 - 3 - 5.
b) 2 - 3 - 6 - 5.
c) 1 - 3 - 5 - 6.
d) 2 - 4 - 6 - 3.
e) 3 - 6 - 4 - 5.
7. Após ser ingerido, o álcool é rapidamente absorvido no estômago, de onde chega a todos os órgãos
pela corrente sanguínea. Sob a ação de doses maiores, a pessoa perde a autoconfiança e o controle
emocional, tornando-se deprimida. Fala enrolado, tem lapsos de memória, torna-se desatenta,
executa ações com dificuldade, cambaleia e fica agressiva. Sob o efeito de doses exageradas, a pes-
soa atinge um estado em que age irresponsavelmente e mal consegue parar em pé.
Fonte: MARCONDES, Ayrton C.; SARIEGO, José C. Ciências: corpo humano. São Paulo: Scipione, 1996.
INSTRUÇÃO: Para responder à(s) questão(ões), leia as informações e complete os parênteses com V
(verdadeiro) ou F (falso).
Em consonância com a Lei 11.705/2008, faz parte do comportamento responsável não assumir o
volante de um carro depois de consumir bebidas alcoólicas.
8. (PUC-RS) O álcool absorvido no estômago chega pelo sangue ao sistema nervoso, atingindo encé-
falo, medula espinhal e nervos periféricos. Sobre essa situação, afirma-se:
( ) Os estados de desinibição e euforia iniciarão após haver uma alta dose de álcool no organis-
mo.
( ) Os efeitos excitatórios do álcool poderão ser minimizados pela ingestão de uma taça de café
bem forte e amargo.
( ) Uma corrida de 10 minutos auxiliará na eliminação do álcool pelos rins.
( ) Uma ducha bem fria dificultará a circulação do álcool sem diminuir seus efeitos no organismo.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a) V – F – F – F.
b) V – V – V – F.
c) F – F – F – V.
d) F – F – V – V.
e) F – V – V – V.
1
0. São doenças que podem ser provocadas ou agravadas pelo tabagismo, EXCETO:
a) Câncer de pulmão.
b) Úlcera gástrica.
c) Enfarte do miocárdio.
d) Enfisema pulmonar.
e) Cirrose hepática.
122
E.O. Complementar 2. (UEPG) Nos últimos anos foi reaberta a dis-
cussão do cultivo da maconha para fins me-
dicinais. Alguns países liberam esse tipo de
1. A morte do cantor Alexandre Magno Abrão, o utilização com regras de cultivo e comercia-
Chorão, foi provocada por overdose de cocaína, lização. Entre as plantas medicinais, assina-
de acordo com exame necroscópico divulgado na le o que for correto em relação às caracterís-
quinta-feira, 04/04/2013. O laudo necroscópico ticas fisiológicas e terapêuticas.
do Instituto Médico Legal com o resultado do 01) Deixando de lado a discussão dos malefícios
exame afirma que foram encontradas no corpo que a maconha pode acarretar, a sua utili-
de Chorão 4,714 microgramas de cocaína por zação como medicamento pode auxiliar no
mililitro de sangue. A conclusão dos peritos é de tratamento de algumas doenças, como cân-
que a morte foi causada por “intoxicação exó- cer e aids (combate as náuseas e estimula o
gena devido à cocainemia”. [...] Em entrevista apetite), glaucoma (alivia a pressão ocular),
após o enterro de Chorão, Graziela Gonçalves, epilepsia (evita as convulsões) e esclerose
ex-mulher do cantor, indicou que a morte tinha múltipla (diminui espasmos musculares).
relação com o abuso de drogas. “Eu lutei por ele 02) A colchicina é um produto com atividade de
até o final. Acabei perdendo a guerra para essa bloquear o fuso mitótico, por isso, pode ser
droga, que está acabando com todo mundo”, de- útil na regressão de algumas formas de câncer.
clarou a estilista à época. 04) Os metabólitos secundários de algumas plan-
tas, denominados de princípios ativos, não
Fonte: http://musica.uol.com.br/noticias/
podem alterar a fisiologia do ser humano.
redacao/2013/04/04/morte-de-chorao-foi-causada-por-
overdose-de-cocaina-diz-laudo.htm. Acesso: 13 ago. 2014. 08) O Papaver somniferum é a papoula fornecedo-
ra do ópio. Essa planta produz alcaloides como
Droga é um nome genérico dado a todo o a morfina, que é um potente analgésico, e a
tipo de substância natural ou não, que ao ser codeína, que é um antitússico, entre outros.
introduzida no organismo provoca mudanças Também é de interesse toxicológico, pois é ile-
físicas ou psíquicas. Em relação às drogas, galmente usado para a síntese de heroína.
assinale a alternativa CORRETA.
a) O cigarro é uma droga lícita no Brasil, e por 3. (UFSC) “Empresas criam programas para de-
causa dela há milhões de pessoas enfrentan- tectar e ajudar os funcionários viciados em
do quadros clínicos irreversíveis e morrendo substâncias químicas”. Com essa manchete,
aos poucos em todo o país. É interessante a revista “Veja”, de 4/7/2001, divulga uma
ressaltar que as pessoas que convivem com matéria sobre “As Drogas no trabalho”.
fumantes (fumantes passivos) não desenvol- Com relação ao tipo, uso e consequências
das drogas, assinale a(s) proposição(ões)
vem doenças relacionadas ao fumo.
CORRETA(S).
b) As drogas depressoras diminuem a velocida-
01) As drogas que usualmente chamamos de
de de funcionamento do cérebro. Exemplo:
“drogas psicotrópicas” são aquelas que agem
álcool, maconha e cocaína. As drogas per-
sobre o sistema nervoso do indivíduo, modifi-
turbadoras ou alucinógenas, frequentemen-
cando sua maneira de sentir, pensar ou agir.
te causam ilusões visuais e alterações nos 02) As anfetaminas, muitas vezes utilizadas pe-
sentidos. Exemplo: benzodiazepínicos (tran- los caminhoneiros, para permanecerem mais
quilizantes ou calmantes). tempo acordados, são poderosos estimulan-
c) Na Holanda, Bélgica e países da América do Sul tes, cujo consumo constante acaba provo-
o uso, consumo e venda de maconha é liberado. cando tolerância, o que leva o usuário a um
d) A cocaína é considerada uma droga estimu- aumento das dosagens.
lante. Com a ingestão da cocaína ocorre uma 04) O uso contínuo da maconha traz dificul-
sensação de euforia e prazer. Dosagens mui- dades de aprendizagem e de memorização,
to frequentes e excessivas provocam aluci- além de ocasionar, como o fumo, problemas
nações táteis, visuais e auditivas, ansiedade, respiratórios.
delírios, agressividade, paranoia. 08) A cocaína e o crack são drogas que têm alto
e) As drogas sintéticas são produzidas através poder de dependência e, quando consumidos
de componentes ativos encontrados na na- em grandes quantidades, podem provocar a
tureza. Exemplo: LSD, ecstasy e anfetami- morte por parada cardíaca.
nas. São drogas semissintéticas: crack, coca- 16) O consumo de bebidas alcoólicas produz uma
ína, cristais de rachiche, heroína, maconha sensação de bem-estar, sem comprometer a
(modificada), morfina, codeína, benzodiaze- saúde das pessoas.
pínicos e outras. 32) A heroína e outras drogas injetáveis, além de
causarem dependência química, também re-
presentam risco de contágio pelo vírus HIV.
123
4. (UEPA) “Comemore com Sucesso, sem Excesso” é um slogan que dissemina o consumo inteligente
e responsável do álcool, entretanto o Ministério da Saúde aborda o consumo de álcool como um
problema de saúde pública, sob dois aspectos: o primeiro embasa o consumo num contexto de al-
terações no Sistema Nervoso Central, e o segundo alerta para a ingestão constante e prolongada do
álcool que causa danos mais graves, principalmente no fígado, diminuindo a regeneração celular
neste órgão, inibindo a principal via de metabolização dos ácidos graxos, provocando acúmulo dos
mesmos, ocasionando lesões hepáticas.
(Adaptado do texto – Setor de bebidas conclui primeira campanha coletiva para o consumo responsável.
Disponível em: http://abetran.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=15680&Itemid=2)
5. (UFTM) A Organização Mundial de Saúde classifica 432 agentes como cancerígenos ou potencial-
mente cancerígenos. Eles estão divididos em três grupos, sendo que no grupo 1 estão agentes
comprovadamente associados ao desenvolvimento de câncer, entre eles podem ser citados: bebidas
alcoólicas, tabaco, radiação ultravioleta, vírus da hepatite B, vírus da hepatite C e outros.
(Veja, 08.06.2011. Adaptado.)
Dos agentes que são comprovadamente associados ao desenvolvimento de câncer, pode-se afirmar
que:
a) as bebidas alcoólicas e o tabaco causam câncer especificamente em órgãos dos sistemas digestório e
circulatório.
b) a radiação ultravioleta danifica moléculas de RNA, presentes no interior do núcleo das células epiteliais, e isso
desencadeia o câncer de pele.
c) uma vez desencadeado o câncer em uma pessoa, que consiste em divisões meióticas descontroladas,
seus descendentes também irão herdar essa característica.
d) somente o etanol, álcool presente em bebidas destiladas, pode desencadear sucessivas divisões celu-
lares, enquanto que o metanol, presente em bebidas fermentadas, não possui efeito mutagênico.
e) os vírus, ao se reproduzirem no interior das células hepáticas, podem alterar o controle gênico celular
e, com isso, promover divisões celulares descontroladas.
E.O. Dissertativo
1. (UFMG) O tabagismo é um importante fator de alterações patológicas no pulmão – como o câncer
e o enfisema pulmonar. Substâncias presentes no cigarro podem lesar esse órgão comprometendo
seu funcionamento. Duas enzimas – elastase e a alfa-1-antitripsina – são essenciais para manter
a integridade do pulmão. Analise os esquemas da figura 1.
a) CITE o mecanismo genético que favorece o aparecimento de indivíduos deficientes para a síntese da
enzima alfa-1-antitripsina.
b) Foram descritos vários alelos responsáveis por diferentes variantes enzimáticas, como, por exemplo, M
(mais frequente) seguido de S e Z. Analise a tabela da figura 2.
I. DETERMINE a probabilidade de casais heterozigotos para o alelo M terem descendentes com genó-
tipo favorável ao desenvolvimento de enfisema pulmonar. EXPLICITE o seu raciocínio.
II. Suponha que há um método para detecção desses alelos na população. RESPONDA: Como os dados
obtidos por esse método poderiam ser utilizados pelo Ministério da Saúde em programas de pre-
venção?
124
c) É comum fumantes sentirem falta de ar ao praticarem atividades físicas. Considerando essa informação:
I. CITE a estrutura pulmonar lesada nesses fumantes.
II. EXPLIQUE o processo fisiológico que provoca a falta de ar nesses indivíduos.
2. Cite dois tipos de drogas e qual a sua ação no SNC? Dê um exemplo de cada.
3. (UFG) A cirrose hepática é uma séria enfermidade que frequentemente surge do hábito de ingerir
bebida alcoólica. O álcool pode alterar várias estruturas do fígado, como ductos biliares e as células
produtoras de bile, além de causar acúmulo de glóbulos de gordura.
a) Qual a importância da bile para o processo de digestão e em que parte do tubo digestório a bile é
lançada?
b) Outra função realizada pelo fígado é a produção e armazenamento de glicogênio. Espera-se que esse
processo ocorra depois de uma refeição ou após um longo período de jejum? Qual a importância do
armazenamento do glicogênio?
4. (UnB) O novo Código de Trânsito Brasileiro faz restrições ao consumo de bebidas alcoólicas por
condutores de veículos. Se, no exame do bafômetro, o condutor de um veículo automotor for
flagrado com quantidade superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido, ele fica sujeito
a penalidades. Entretanto, o resultado apontado pelo bafômetro pode não corresponder ao real
estado de intoxicação do condutor do veículo, pois o princípio de funcionamento dos bafômetros
fundamenta-se em reações químicas. Alguns compostos cetônicos, frequentemente encontrados no
ar exalado por diabéticos, por exemplo, podem ser interpretados como concentrações elevadas de
álcool pelo bafômetro.
Considerando o texto acima e aspectos a ele relacionados, julgue os itens que se seguem.
a) A presença de corpos cetônicos no ar exalado por diabéticos decorre de alterações no metabolismo
energético dessas pessoas, semelhantes às que ocorrem em indivíduos não diabéticos durante o jejum.
b) A presença de álcool por litro de ar expelido decorre do fato de o fígado não conseguir metabolizar
completamente a quantidade de álcool ingerida.
5. (UFRJ)
O álcool etanol presente nas bebidas alcoólicas produz seu efeito diretamente no sistema nervoso
central. O catabolismo do etanol no fígado humano está esquematizado na figura anterior.
125
O diagrama mostra que o etanol é oxidado a acetaldeído (uma molécula tóxica) pela enzima álcool
desidrogenase e, em seguida, o acetaldeído é oxidado a acetato pela enzima aldeído desidrogenase.
O acetato é degradado a piruvato, que é metabolizado subsequentemente no ciclo de Krebs.
Existe um fármaco (dissulfiram) que é usado no tratamento do alcoolismo. O tratamento com este
fármaco procura gerar no alcoólatra uma aversão ao álcool, induzindo neste uma sensação desa-
gradável sempre que o álcool for ingerido.
O dissulfiram age inibindo uma das duas enzimas envolvidas diretamente no catabolismo do etanol.
Qual das enzimas é inibida pelo dissulfiram? Justifique.
6. (UFRJ) A cachaça é obtida pela fermentação da cana-de-açúcar por uma levedura. O produto final
é uma mistura que contém fragmentos do glicídio inicial, como o álcool etílico, o metanol e outras
substâncias.
Quando essa mistura é mal destilada, a cachaça pode causar intoxicações graves nos consumidores,
devido à presença de metanol.
Considerando os tipos de degradação de glicídios nos seres vivos, explique por que a degradação
de glicose nas nossas células não produz metanol.
O último Conselho Nacional de Secretários de Saúde, realizado no dia 29 de abril, em Porto Alegre,
RS, promoveu o “Seminário Nacional de Violência: Uma Epidemia Silenciosa”, em cuja abertura
estava o ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Para o ministro, a área da saúde tem papel fun-
damental no controle da violência que assola o Brasil ao implementar políticas e ações específicas,
como o incentivo à redução do consumo abusivo do álcool, por exemplo.
Além de provocar múltiplas lesões orgânicas, especialmente no fígado e no sistema nervoso, o
abuso de bebidas alcoólicas é um fator de risco para diversas formas de violência, como maus
tratos, homicídios e acidentes de trânsito. Uma evidência dessa associação está na redução, em
mais de 50%, no número de homicídios em Diadema, cidade do ABC paulista, após um período de
cinco anos a partir do decreto da Lei Seca. Na cidade de Recife, capital pernambucana, houve uma
regressão da ordem de 40% nestes números, após a instituição da referida lei.
Especificamente no caso de acidentes de trânsito, a influência do álcool é surpreendente: um mo-
torista adulto, com uma concentração alcoólica no sangue entre 0,5 e 0,9 g/L tem uma chance nove
vezes maior de vir a morrer em um acidente de carro. Perante esse quadro, houve a necessidade
de se estabelecer uma taxa legal máxima de álcool no sangue dos motoristas, taxa esta que varia
conforme o país considerado. No Brasil, a taxa máxima é de 0,6 g/L, o que corresponde, aproxima-
damente, a duas latas de cerveja ingeridas por um indivíduo de 60 kg. Esta taxa pode ser inferida
pelo uso do bafômetro, principal meio empregado pelas autoridades para comprovar o estado de
embriaguez do motorista.
Existem dois tipos de bafômetro. O mais antigo, se baseia na reação do vapor de álcool etílico (eta-
nol) contido no ar expirado pelo indivíduo com uma fase sólida embebida em solução de dicromato
de potássio (K2Cr2O7) em ácido sulfúrico (H2SO4). O teor de álcool é determinado a partir de uma
escala de variação de cores que vai do laranja ao verde. A reação que ocorre pode ser equacionada
por:
126
8. (UFRN) A ingestão contínua de bebidas alcoólicas pode comprometer o funcionamento normal do
fígado e culminar numa cirrose hepática.
Ao chegar ao fígado, o álcool etílico sofre as seguintes transformações:
De acordo com o esquema apresentado, explique por que o excesso de álcool no fígado pode promo-
ver um acúmulo de gordura nos hepatócitos e comprometer o metabolismo do órgão.
9. (PAAE) Os estudos mais recentes mostram que 61% dos acidentes de trânsitos, o condutor havia
ingerido bebida alcoólica. Por isso, é muito importante conscientizar as pessoas que bebida e dire-
ção não combinam. As estatísticas mostram como resultado dessa mistura, 28 mil mortos por ano
e 199 mil pessoas feridas. Geralmente, quem bebe e acha que tem condições de dirigir pensa que
o álcool não influencia em sua habilidade como motorista.
A combinação de bebida alcoólica e direção é perigosa por quê?
1
0. Adolescentes em crise de identidade, que estão em busca de autoafirmação, anseiam pertencer à
turma mais popular de colégio. Alguns deles, incentivados pelos colegas, embarcam numa longa
e perigosa viagem. A porta de entrada costuma ser o álcool, no percurso passam pela maconha e
geralmente terminam em cocaína ou crack. Mas o que esses jovens não imaginam é que o caminho
de volta não é tão sedutor quanto o a ida, pelo contrário, é penoso, árduo. ”O retorno é possível,
mas o melhor é não comprar o bilhete de ida”, recomenda M.S, 25 anos, ex-dependente químico.
Qual a etapa mais difícil de recuperação de um dependente químico geralmente?
E.O. Enem
1. Analise a figura.
Supondo que seja necessário dar um título para essa figura, a alternativa que melhor traduziria o
processo representado seria:
a) Concentração média de álcool no sangue ao longo do dia.
b) Variação da frequência da ingestão de álcool ao longo das horas.
c) Concentração mínima de álcool no sangue a partir de diferentes dosagens.
d) Estimativa de tempo necessário para metabolizar diferentes quantidades de álcool.
e) Representação gráfica da distribuição de frequência de álcool em determinada hora do dia.
127
2. A figura a seguir apresenta dados percentuais que integram os Indicadores Básicos para a Saúde,
relativos às principais causas de mortalidade de pessoas do sexo masculino.
Causas externas
§§ M1 agressões
§§ M2 acidentes de trânsito
§§ M3 causas externas de intenção indeterminada
§§ M4 lesões autoprovocadas voluntariamente
§§ M5 afogamentos e submersões acidentais
Doenças do aparelho circulatório
§§ M6 doenças isquêmicas do coração
§§ M8 doenças cardiovasculares
§§ M9 outras doenças cardíacas
Doenças do aparelho respiratório
§§ M10 doenças crônicas das vias aéreas inferiores
§§ M11 pneumonia
Doenças do aparelho digestivo
§§ M7 doenças do fígado
Internet: <tabnet.datasus.gov.br> (com adaptações).
O limite de concentração de álcool etílico no sangue estabelecido para os motoristas revela que a
nova legislação brasileira de trânsito é uma das mais rígidas do mundo. Apesar dos aspectos polê-
micos, a “lei seca” pode mudar substancialmente os indicadores de mortalidade, particularmente
no que se refere a:
a) gripe e pneumonia.
b) doenças do aparelho urinário.
c) acidentes vasculares cerebrais.
d) doenças sexualmente transmissíveis.
e) agressões e acidentes de trânsito.
O texto, que relata o uso de uma droga injetável, pode servir ainda para descrever o contágio de
doenças como:
a) aids e hepatite B.
b) gonorreia e sífilis.
c) gonorreia e aids.
d) meningite e aids.
e) meningite e hepatite B.
128
2. (Unifesp) Leia os versos seguintes.
“Uns tomam éter, outros cocaína
Eu tomo alegria!”
(Manuel Bandeira, “Não sei dançar”.)
Éter e cocaína são drogas que agem, respectivamente, como depressora e estimulante do sistema
nervoso central (SNC). Depressão e estimulação do SNC também podem ser efeitos do uso, respec-
tivamente, de:
a) nicotina e maconha.
b) ácido lisérgico (LSD) e álcool.
c) crack e ecstasy.
d) álcool e crack.
e) maconha e LSD.
3. (Unesp) O gráfico apresenta resultados de uma pesquisa sobre o consumo de drogas, realizada com
943 jovens estudantes de um grande município do Estado de São Paulo.
Dentre as drogas relacionadas, há uma que tem sido detectada em alguns atletas que participam
de competições esportivas e utilizada por jovens ou adolescentes que cultuam o chamado “corpo
sarado”. Trata-se:
a) do ecstasy, pois melhora o desempenho nas práticas esportivas, embora provoque ansiedade.
b) do anabolizante que, na forma de esteroides, aumenta a massa muscular, sem provocar sérios proble-
mas ou danos à saúde.
c) do anabolizante que, na forma de esteroides, aumenta a massa muscular mas pode causar esterilidade,
impotência e doenças cardíacas.
d) do ecstasy, pois aumenta a massa muscular, embora provoque depressão.
e) da cocaína, pois acelera a circulação e, consequentemente, as contrações musculares, embora provoque
sérios efeitos colaterais.
4. (Unesp) Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que crianças filhas de mães fumantes
têm, ao nascer, peso médio inferior ao de crianças filhas de mães não fumantes.
Sobre esse fato, um estudante fez as seguintes afirmações:
I. O cigarro provoca maior concentração de monóxido de carbono (CO) no sangue e provoca cons-
trição dos vasos sanguíneos da fumante.
II. O CO se associa à hemoglobina formando a carboxiemoglobina, um composto quimicamente
estável que favorece a ligação da hemoglobina ao oxigênio.
III. O oxigênio, ligado à hemoglobina, fica indisponível para as células e desse modo o sangue ma-
terno chega à placenta com taxas reduzidas de oxigênio.
IV. A constrição dos vasos sanguíneos maternos diminui o aporte de sangue à placenta, e desse
modo reduz-se a quantidade de oxigênio e nutrientes que chegam ao feto.
V. Com menos oxigênio e menos nutrientes, o desenvolvimento do feto é mais lento, e a criança
chegará ao final da gestação com peso abaixo do normal.
129
Sabendo-se que a afirmação I está correta, alcoolemia, cujo resultado é fornecido pelo
então podemos afirmar que: etilômetro, um aparelho conhecido popu-
a) a afirmação II também está correta, mas esta larmente como “bafômetro”, e também pela
não tem por consequência o contido na afir- constatação da alteração da capacidade psi-
mação III. comotora do motorista.
b) as afirmações II e III também estão corretas, Considerando a fisiologia humana, explique,
e ambas têm por consequência o contido na em linhas gerais, como o álcool ingerido
afirmação V. pelo motorista pode chegar ao etilômetro,
c) a afirmação III também está correta, mas no qual é detectado. Considerando a ação
esta não tem por consequência o contido na do álcool sobre o sistema nervoso central,
afirmação V. explique o porquê dos movimentos lentos e
d) a afirmação IV também está correta e tem da alteração da fala, característicos daqueles
por consequência o contido na afirmação V. que o ingerem.
e) as afirmações II, III e IV estão corretas, e
têm por consequência o contido na afirma-
ção V.
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unesp) João e José foram ao Estádio do
Morumbi assistir a um jogo de futebol. Pou-
co antes do início do jogo, ambos foram ao
sanitário do estádio e urinaram. Durante o
primeiro tempo do jogo, João tomou duas la-
tinhas de refrigerante e José, duas latinhas
de cerveja. No intervalo da partida, ambos fo-
ram novamente ao sanitário e urinaram; an-
tes do término do jogo, porém, José precisou
urinar mais uma vez. Sabendo-se que ambos
gozavam de boa saúde, responda às seguintes
questões.
a) Por que o fato de José ter ingerido bebida al-
coólica fez com que ele urinasse mais vezes
que João?
b) A urina, uma vez formada, percorre determi-
nados órgãos do aparelho excretor humano.
Qual a trajetória da urina, desde sua forma-
ção até sua eliminação pelo organismo?
130
Gabarito 5. Esse fármaco atua inibindo a enzima aldeído
desidrogenase, isso resulta em acúmulo de
acetaldeído, cujo acúmulo produz a sensação
desagradável. Caso inibisse a ação da enzima
E.O. Aprendizagem álcool desidrogenase, o efeito seria a poten-
1. E 2. A 3. C 4. A 5. B cialização dos efeitos do álcool, devido ao
seu acúmulo.
6. C 7. C 8. E 9. B 10. C 6. Porque, nos seres humanos, as células realizam
respiração aeróbica, a partir da qual a glicose
é completamente degradada, logo não há sub-
E.O. Fixação 7.
produtos orgânicos como o metanol.
A mitocôndria seria a organela afetada, es-
1. B 2. D 3. A 4. E 5. A pecificamente a crista mitocondrial, onde
ocorre a cadeia respiratória.
6. D 7. C 8. C 9. B 10. E
8. Como mostra o esquema, o álcool etílico pode
ser utilizado para a produção de energia via
ciclo de Krebs e cadeia respiratória. Se inge-
E.O. Complementar rido em excesso, essa substância afetará a
1. D 2. 01 + 02 + 08 = 11 3. 01 + 02 + 04 + 08 + 32 = 47 ciclo de Krebs e, consequentemente, aconte-
cerá o acúmulo de outra via metabólica con-
4. B 5. E verterá o álcool em gorduras. A acumulação
de lipídios que pode comprometer severa-
mente o funcionamento dos hepatócitos.
E.O. Dissertativo 9. Deixa os reflexos mais lentos.
10. Volta ao convívio social.
1.
a) Mutações.
b)
I. MZ × MZ E.O. Enem
MM MZ MZ ZZ 1. D 2. E
1/4 ou 25%
II. As populações que apresentassem por-
centagens elevadas de alelos S e Z po- E.O. Objetivas
deriam ser aconselhadas a abdicar do
fumo, já que teriam alta probabilida- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
de de desenvolver enfisema pulmonar. 1. A 2. D 3. C 4. D
c)
I. Os alvéolos pulmonares.
II. As trocas gasosas (hematose) são pre- E.O. Dissertativas
judicadas, passando a ocorrer de ma-
neira ineficiente. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
2.
Podem ser citados o álcool, um depressor do 1.
sistema nervoso, altera o comportamento e a) O álcool atua inibindo a secreção (hipofi-
também da manutenção do equilíbrio; e a sária) do ADH (hormônio antidiurético),
cocaína, um estimulante do SNC, produzindo isso provoca diminuição da reabsorção
sensações de euforia. de água nos túbulos renais e resulta na
3. maior produção de urina.
a) A bile, produzida pelo fígado e lançada b) Rins, ureteres, bexiga urinária e uretra.
no duodeno (porção inicial do intestino) 2.
Através do ar expirado pelos pulmões, o ál-
contém sais que atuam emulsificando as cool ingerido pelo motorista pode chegar ao
gorduras, transformando-as em gotículas etilômetro. Essa substância afeta a transmis-
microscópicas, facilitando ação das enzi- são dos impulsos nervosos, a partir do SNC,
mas lipases. pelos neurônios motores, que são responsá-
b) Após as refeições, pois o nível de glicose veis pelos movimentos e pela fala.
é alto no sangue, assim ela pode ser es-
tocada na forma de glicogênio hepático,
uma importante reserva enérgica para os
períodos de jejum.
4.
a) Correto.
b) Correto.
131
Aulas
47 e 48
Sistema endócrino I
Competência 4
Habilidades 14 e 15
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
O sistema endócrino é composto por glândulas e tecidos, especializados em liberar secreções responsáveis pelo controle de
muitos processos metabólicos. Essas secreções são os hormônios, que são secretados de forma a agir em tecidos alvos, ca-
pazes de se ligarem a receptores específicos. As glândulas podem ser endócrinas e/ou exócrinas. A função endócrina de uma
glândula é liberar sua substância na corrente sanguínea.
Capilares sanguíneos
Hormônios na
corrente sanguinea
Células endócrinas
Dessa forma, os hormônios são responsáveis pela regulação do metabolismo de forma geral, atuando no
crescimento, funcionamento e outras regulações orgânicas, inclusive influenciando na maioria das características
sexuais masculinas e femininas. Portanto, podemos dizer que os hormônios são os responsáveis pela homeostase,
ou seja, pelo equilíbrio do organismo.
A atividade, ou seja, a quantidade de hormônios liberada pelo sistema endócrino é regulada por um meca-
nismo denominado “feedback” ou retroalimentação. Tal mecanismo pode ser “feedback negativo” ou “feedback
positivo”. No primeiro caso, o organismo, ao detectar altas concentrações do hormônio em questão, acima da ne-
cessária, diminui ou para a secreção, buscando a homeostase. O “feedback positivo”, funciona de forma contrária,
quanto maior a concentração circulante do hormônio, mais este será secretado. A ação hormonal acontece através
da presença de receptores de membrana das células que constituem os tecidos alvos. Os hormônios possuem
receptores específicos e, ao se ligarem, induzem a modificações em suas estruturas moleculares, o que leva a comu-
nicação do receptor com “mensageiros” celulares, desencadeando diversas reações moleculares no metabolismo.
Na figura, a seguir, está esquematizado um mecanismo de ação hormonal, comum nos hormônios esteroi-
des (compostos por colesterol), passam (a) pela membrana plasmática e se ligam (b) proteína receptora no núcleo
(c). O complexo formado proteína-esteroide é capaz de ativar a síntese do RNA mensageiro (d), molécula que deixa
o núcleo para executar sua função na síntese de moléculas de proteínas (e).
Hormônio esteroide
(a)
Complexo
proteína-esteroide
(b) Proteína
receptora
(c)
Núcleo DNA
Ribossomo
RNA
nova RNA mensageiro
molécula de
mensageiro
protéina (e) (d)
Membrana celular
Em mamíferos o sistema nervoso e endócrino são interligados através do hipotálamo, região do encéfalo
encarregada de regular as atividades da hipófise, que é a glândula mestra no organismo. Quando comparado à
coordenação nervosa, os mecanismos e ações do sistema endócrino produzem ações que possuem efeito lento e
duradouro.
135
Principais glândulas endócrinas humanas
Na figura abaixo, estão esquematizadas as principais glândulas endócrinas presentes no corpo humano, cujas
ações são reguladas pelo sistema nervoso, especialmente pelo hipotálamo, criando um mecanismo complexo e
sensível de interelações neuroendócrinas.
Hipotálamo e hipófise
O hipotálamo compreende a região localizada acima da hipófise, compondo o sistema nervoso central (SNC). O
local é responsável por realizar a integração entre os sistemas nervoso e endócrino, devido à sua propriedade de
estimular ou inibir as secreções de hormônios provenientes da hipófise. A ação – inibir ou estimular a secreção –
varia de acordo com as informações detectadas no corpo pelo sistema nervoso. A hipófise também chamada de
glândula pituitária, possui tamanho parecido a um grão de ervilha e está se localiza na base do encéfalo. Essa
glândula possui duas regiões: adenoipófise (região anterior), regulada pelo hipotálamo, e a região da neuroipófise
(lobo posterior), responsável por armazenar e liberar hormônios produzidos no hipotálamo. Os hormônios da ade-
noipófise são conhecidos por “trofinas” e estimulam a atividade dos órgãos ou glândulas.
136
A tabela a seguir relaciona os hormônios liberados pelas regiões da hipófise, bem como seus locais de ação.
Hormônios Atuação
Age no crescimento de vários tecidos e órgãos, particularmente nos
ossos. Na infância, a deficiência desse hormônio pode levar ao quadro
Crescimento – GH (somatotrofina) de nanismo; e o excesso dele, ao gigantismo. No adulto, o excesso,
provoca acromegalia (aumento das extremidades – mãos, pés, man-
díbulas).
(porção anterior)
Adenoípofise
Glândula pineal
A glândula pineal possui formato ovoide e se encontra entre os dois hemisférios cerebrais, também sobre o tálamo.
É responsável por secretar a melatonina, pois a pineal é responsiva a estímulos luminosos do ambiente, dessa
forma, a melatonina é secretada, por exemplo, quando o sol se põe. As informações sobre o ambiente, como a
luminosidade, atinge a glândula através de impulsos nervosos que foram orginados na retina. Em consequência aos
estímulos luminosos, a pineal diminui a secreção de melatonina. Assim, o hormônio terá sua concentração máxima
à noite, com o sono. Dessa forma, inferimos que a melatonina regula o ritmo mecanismos dependentes do dia/noite
(ciclo circadiano), além de outros eventos cíclicos que ocorrem no corpo, como o ciclo menstrual.
A forma de ação da melatonina é pouco conhecida, mas os estudos indicam que este hormônio está en-
volvido na regulação do início da puberdade. Esse hormônio parece ter papel inibitório no hipotálamo, por isso,
impede a síntese de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). A queda dos niveis ou ausência da produção de
melatonina acarreta no aumento dos níveis de LH (hormônio luteinizante) e FSH (hormônio folículo estimulante),
que são hormônios gonadotróficos, sintetizados pela hipófise, determinando um quadro de puberdade precoce.
Hipotálamo
Pineal
Pituitaria
137
Glândula tireóidea
A glândula tireoide é fundamental para o correto funcionamento do metabolismo. Está localizada no pescoço, é
uma comprida glândula posicionada na região ventral da traqueia. A tireóide produz três hormônios: o T4 (tiroxina
ou tetraiodotironina), o T3 (triiodotironina), ambos provenientes da tirosina, e estão unidos a quatro ou três átomos
de iodo, respectivamente; o terceiro hormônio é a calcitonina. O T3 e T4 estimulam o metabolismo, promovendo
aumento da taxa respiratória das células. Durante a infância, a deficiência nos níveis desses hormônios acarreta no
cretinismo, caracterizado por retardamento mental e físico; já na fase adulta, o hipotireoidismo (baixa produ-
ção de hormônios tireoidianos), leva à redução da atividade metabólica, redução da temperatura corporal, maior
sonolência, além de inchaço característico, conhecido como mixedema. Por outro lado, o hipertireoidismo, é
caracterizado por maior produção desses hormônios, acarretando na aceleração do metabolismo. Os sintomas são
hiperatividade, nervoso, muita fome devido ao rápido gasto energético, perda de peso, e aumento da temperatura
corporal.
O iodo é componente de tais hormônios, por isso esse elemento é necessário para a síntese dos mesmos. A
falta de iodo na alimentação leva a um aumento no tamanho da glândula tireoide e como consequência o pescoço
fica visivelmente inchado, caracterizando o quadro de bócio carencial. No Brasil, após muita discussão, criou-se
uma lei que determina a adição de iodo no sal de cozinha, visando diminuir a ocorrência desse quadro.
A calcitonina, por sua vez, permite a deposição acelerada de sais de cálcio nos ossos, dessa forma, o teor de
cálcio no sangue diminui. A calcitonina atua em conjunto com o paratormônio, regulando a quantidade de cálcio
sanguíneo.
Para compreensão do mecanismo de feedback (retroalimentação), usaremos o caso do TSH – produzido na adenoi-
pófise –, hormônio este que regula a produção de tiroxina pela tireoide. Uma substância sintetizada no hipotálamo
chamada fator de liberação ou hormônio de liberação, estimula a síntese de TSH pelas células hipofisárias. Quando
atinge a glândula tireóidea, causo estímulos para a produção de tiroxina, dessa forma a sua contração no sangue
se eleva. Conforme o teor de tiroxina aumenta na circulação sanguínea, o hipotálamo e a hipófise detectam esse
alto nível do hormônio, inibindo a produção de TSH. Tal mecanismo é denominado feedback negativo. Por outro
lado, como os tecidos consomem tiroxina, a consequência é a diminuição de sua concentração sanguínea. Como
consequência, a produção de TSH é estimulada pela hipófise que novamente estimula a glândula tireoidea e passa
a produzir tiroxina. Esse processo é chamado feedback positivo.
TSH
138
Glândulas paratireóideas
São um conjunto de quatro glândulas situadas na região posterior da tireoide.
Também podem se situar no interior da tireoide. Cada paratireoide é envolta por uma cápsula formada por
tecido conjuntivo. O hormônio produzido pelas paratireoides é o paratormônio, cuja função é regular os níveis de
íons fosfato e cálcio do plasma sanguíneo. A queda da taxa de cálcio no plasma causa estímulo das paratireoides,
que inicam a lliberação do seu hormônio. O paratormônio age nas células do tecido ósseo, promovendo o aumento
do número de osteoclastos, responsáveis por reabsorver cálcio da matriz óssea, elevando o cálcio plasmático. O
paratormônio também eleva a taxa de íon fosfato no plasma sanguíneo, porém não se mantém dessa forma porque
esse hormônio estimula a excreção de fosfato pelos rins. Veja a seguir, um esquema para compreender o papel das
paratireoides, bem como do paratormônio no organismo.
2. Aumenta a
reabsorção de
cálcio pelos rins.
Baixa Concentração
concentração normal
de Ca2+ de Ca+2
4. Os rins produzem mais
vitamina D ativa que auxilia na
absorção de cálcio no intestino.
139
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula considerada anfícrina (mista), pois possui ação endócrina e exócrina. Para entender
melhor, observe esquema abaixo. A região com função exócrina do pâncreas sintetiza os componentes do suco
pancreático, que são liberados no duodeno, enquanto a porção endócrina produz os hormônios responsáveis pelo
metabolismo da glicose.
As ilhotas de Langerhans são a porção endócrina do pâncreas e encontram-se como aglomerados arredon-
dados de células. Em cada uma das ilhotas de Langerhans, existem dois tipos de células responsáveis pela pro-
dução dos hormônios produzidos no pâncreas: as células alfa, responsáveis por produzir o glucagon, e as outras
células são chamadas de beta, responsáveis pela produção de insulina. A insulina e o glucagon são importantes
na regulação do metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras.
A insulina possui ação anabólica, por isso, aumenta o depósito de glicose, mas também de ácidos graxos e
aminoácido. O glucagon possui ação catabólica, mobiliza a glicose e também os ácidos graxos e os aminoácidos,
provenientes dos depósitos para a corrente sanguínea. Conclui-se que ambos os hormônios são contrários em sua
ação final.
Região exócrina do pâncreas
(células e seus ductos secretores)
Capilares
Estômago
Pâncreas
A insulina é hipoglicemiante, pois após sua ação, a concentração de glicose no sangue diminui, devido ao
fato de facilitar a internalização da glicose do sangue em direção aos diversos tipos de célula, especialmente nas
musculares e nas hepáticas, locais onde moléculas de glicose encontram-se armazenadas na forma de glicogê-
nio – substância de reserva e insolúvel – que tem papel oposto à glicose. Além disso, a insulina também inibe a
gliconeogênese, isto é a transformação de aminoácidos e lipídios em forma de glicose, processo realizado pelo
fígado.
140
O glucagon, pelo contrário, é caracterizado por ser um hormônio hiperglicemiante, isto é, favorece a hidró-
lise de glicogênio hepático, processo denominado glicogenólise. Como consequência ocorre a liberação de glicose
na corrente sanguínea. Assim, a glicose e o glicogênio possuem ação antagônica. O glucagon age em condições
regulares; também em situações de estresse ou emergenciais, sendo que o seu efeito é reforçado pela adrenalina.
O excesso de insulina acarreta em hipoglicemia, que pode produzir convulsões e coma. A deficiência de
insulina no corpo é denominada diabetes.
141
Transporte de glicose. O receptor de glicose da membrana é do tipo insulina/dependente.
Sem insulina, não há transporte de glicose para as células.
Suprarrenais
Suprarrenais ou adrenais ocorrem no polo superior de cada rim, desse modo existem duas suprarrenais. Possuem
forma meia-lua achatada, porém seu tamanho é variável de com a idade e as condições fisiológicas da pessoa.
A glândula é recoberta por uma cápsula conjuntiva.As adrenais são formadas por uma camada cortical
ou córtex da adrenal e uma segunda camada chamada medular ou medula da adrenal. As duas camadas possuem
morfologia e funções diferentes.
§§ Medula adrenal – as principais secreções dessa região são: adrenalina (epinefrina) e noradrenalina (no-
repinefrina). As células das regiões secretam produtos quando recebem estímulo proveniente do sistema
nervoso.
§§ Córtex adrenal – as principais secreções da região são: cortisol (glicocorticoides), esteroides de ampla
ação no metabolismo de carboidratos e proteínas, e uma segunda substância secretada é a aldosterona
(mineralocorticoides), essenciais na manutenção do equilíbrio de sódio e do volume do líquido extracelular.
Nos rins, devido à presença da aldosterona, os túbulos renais realizam a reabsorção de íons Na+, favore-
cendo a retenção de água nos vasos, bem como a elevação da pressão sanguínea. Num mesmo momento, esse
mesmo hormônio possibilita a eliminação de íons K+. O cortisol (hidrocortisona) é um famoso hormônio anti-
-inflamatório. Atua em bronquites, sinusites e alergias, diminuindo os efeitos inflamatórios nos tecidos.
A modulação principal da secreção adrenocortical é feita pela hipófise atravpes do ACTH; mas, a secreção
de mineralocorticoides está sujeita à uma outra modulação independente, através de outras substâncias, dando
destaque à angiotensina II, produzida na corrente sanguínea por ação da renina (enzima secretada pelos rins). A
angiotensina II também possui uma função fisiológica importante: manutenção dos níveis dentro de uma faixa boa
da pressão sanguínea (pressão arterial).
143
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
Vídeo Hormônios
Fonte: Youtube
144
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
A melatonina é um hormônio ligado ao ciclo circadiano, ou seja, a forma como o organismo organiza suas funções
quando estamos acordados e durante o sono. A substância começa a ser produzida na glândula pineal quando o dia
escurece, para ajudar o organismo se preparar para dormir. Ela atinge seu nível máximo quando estamos dormindo.
Com o nascer do sol e a volta da claridade, a glândula reduz a produção de melatonina, o que sinaliza que é o mo-
mento de acordar. Por regular as funções do sono em todo o organismo, a maior parte dos órgãos possuem receptores
para ela. Portanto, é bem possível que ela atue no organismo de formas variadas.
INTERDISCIPLINARIDADE
A natureza química dos hormônios está associado ao local onde o receptor hormonal se encontra, além do seu trans-
porte pela corrente sanguínea. Hormônios lipossolúveis, como os esteroides, precisam de um carreador na corrente
sanguínea, e seu receptor é intracelular, visto que esse hormônio atravessa a membrana lipossolúvel com facilidade.
Já os hormônios polares podem se dissolver no plasma sanguíneo e seu receptores são de membrana celular.
145
E.O. Aprendizado
1. (Mackenzie) Observe a tabela abaixo:
Tireoide T3 e T4 A
3. (UPF) “Dois homens atingidos pela árvore que caiu na tarde do último sábado no Parque da Re-
denção, em Porto Alegre, seguem internados no Hospital de Pronto Socorro. (...) Uma das vítimas,
um jovem de 21 anos, realizou uma cirurgia na tarde de domingo (...). Ele foi atingido na região
abdominal e perdeu 30% do estômago, o baço inteiro e 70% do pâncreas.”
(Zero Hora, 02/09/13 - Adaptado).
O fato de o jovem perder o baço e parte do pâncreas tem influência sobre seu organismo porque as
funções desses dois órgãos correspondem, respectivamente, a:
a) produção de glucagon e produção de insulina.
b) produção de adrenalina e filtragem do sangue para remoção de micro-organismos.
c) destruição de hemácias envelhecidas e produção de insulina.
d) produção de glucagon e produção de adrenalina.
e) destruição de hemácias envelhecidas e filtragem do sangue para remoção de micro-organismos.
146
O hormônio responsável pelos eventos indi- 8. (Ulbra) A morte de Steve Jobs, cofundador
cados é a(o): da Apple, foi amplamente divulgada pela
a) insulina. mídia internacional. Considerado um visio-
b) tiroxina. nário gênio criativo, foi vitimado por com-
c) endorfina. plicações associadas a um câncer pancreáti-
d) adrenalina. co. Com relação aos mecanismos e estruturas
e) serotonina. pancreáticas envolvidas, é correto afirmar o
seguinte:
5. (Mackenzie) Com relação a diabetes melito, I. O pâncreas é uma glândula mista cuja
é correto afirmar que: porção exócrina produz e secreta o suco
a) essa condição ocorre devido à produção ex- pancreático enzimático e a endócrina, em
cessiva de hormônio na medula da supra re- que há a produção de hormônios relacio-
nal. nados ao metabolismo dos açúcares.
b) a glicose permanece no sangue e não é enca- II. A insulina estimula o fígado a degradar o
minhada para dentro das células. glicogênio e liberar a glicose evitando a
c) devido aos altos níveis de glicose no sangue, hipoglicemia.
as pessoas afetadas podem fazer grandes in- III. O diabetes mellitus é uma síndrome hete-
tervalos entre as refeições. rogênea de etiologia múltipla, decorrente
d) é causada pelo excesso de insulina. da falta de glucagon ou da incapacidade
do glucagon em exercer adequadamente
e) os indivíduos diabéticos, frequentemente,
seus efeitos hiperglicemiantes.
apresentam valores de pressão arterial me-
a) I.
nores que os normais.
b) II.
c) III.
6. (UFSJ) Considerando que nas relações entre d) I e II.
as glândulas hipófise e a tireoide há uma e) II e III.
realimentação negativa, é CORRETO afirmar
que:
9. (UEPA) Ele surge do nada. Tem os músculos
a) uma não tem influência sobre a outra.
enrijecidos e uma arma na mão. Está tão as-
b) a produção de hormônio estimulador da ti-
sustado quanto você, mas a voz sai forte: “É
reoide (TSH) pela hipófise estimula a produ-
um assalto!”. Diante dessa situação de peri-
ção de tiroxina, e a tiroxina inibe a produção
go ou assim considerada pelo organismo, a
de TSH.
medula é estimulada pelo sistema nervoso
c) a produção de hormônio estimulador da ti-
simpático e libera substâncias que aumen-
reoide (TSH) pela hipófise estimula a pro- tam a capacidade do organismo de enfrentar
dução de tiroxina, mas esta não tem efeito a situação de alarme.
sobre a hipófise. (Adaptado de Linhares e Gewandsznajder:
d) há uma inibição mútua entre a hipófise e a Biologia – volume único, 2008).
tireoide.
Sobre a situação descrita, analise o quadro
7. (Mackenzie) A respeito dos hormônios sin- abaixo e assinale a alternativa correta.
tetizados na tireoide, considere I, II, III e IV
abaixo. Substâncias Ação
I. São produzidos a partir de um aminoáci-
Aumenta a disponibilidade de
do. I Glucagon
glicose lançando-a no sangue.
II. Têm como função acelerar o metabolismo
basal. Aumento dos movimen-
III. Apresentam iodo na sua molécula. II Adrenalina tos respiratórios e dos
batimentos cardíacos.
IV. Sua produção é controlada por nervos
cranianos. Contração dos vasos periféricos
III Adrenalina
Assinale: ocasionando a palidez da pele.
a) se todas as afirmativas forem corretas. Reduz a quantidade de
b) se somente as afirmativas II e III forem cor- IV Glucagon
glicose no sangue.
retas.
Aumento da taxa meta-
c) se somente as afirmativas I e IV forem corre-
V Adrenalina bólica e diminuição das
tas. atividades digestivas.
d) se somente as afirmativas II, III e IV forem
corretas. Diminuição da disponi-
e) se somente as afirmativas I, II e III forem VI Acetilcolina bilidade de oxigênio e
dilatação da pupila.
corretas.
147
As corretas são: 2. (UEG) Imagine o sistema hormonal como
a) I, II, III e V. uma orquestra. O hipotálamo, no centro do
b) I, III, IV e V. cérebro, é o diretor artístico, e a hipófise, na
c) II, IV, V e VI. base do crânio, o maestro. Nesse conjunto,
d) III, IV, V e VI. os hormônios sintetizados por outros órgãos
e) I, II, III, IV e VI. e as glândulas equivalem às orquestras de
câmara. Como em um concerto, em que to-
1
0. (Mackenzie) O quadro abaixo apresenta al- dos os músicos tocam juntos, os hormônios
gumas doenças provocadas por alterações interagem entre si e o bom funcionamento
hormonais. de um depende da ação precisa do outro.
LOPES, A. D.; CUMINALE, N. Hormônios. Veja, São
Altera- Paulo, ed. 2283, ano 45 n. 34, 22 ago. 2012. p.91.
Glândula
Hormônio ção na
afetada Sobre os hormônios animais e suas relações,
secreção
como substâncias-alvo no concerto, pode-se
Diabetes deduzir a seguinte comparação:
pâncreas A B
melito
a) a calcitonina, hormônio que diminui o es-
Gigan-
C D aumento
tresse, compõe a orquestra de câmara, sinte-
tismo tizada pelo hipotálamo-diretor artístico do
Bócio E F diminuição concerto.
b) a dopamina e a adrenalina são hormônios
produzidos pela hipófise-maestro do concer-
Os espaços, A, B, C, D, E e F serão preenchi-
to e considerados os hormônios da felicidade
dos correta e respectivamente por
e do prazer.
a) glucagon, diminuição, hipófise, GH, parati-
c) a insulina, hormônio sintetizado pela glân-
reoide e calcitonina.
dula pineal, compõe a orquestra de câmara
b) T4, aumento, hipotálamo, FSH, medula da
juntamente com o glucagon.
supra renal e ocitocina.
d) a ocitocina e a vasopressina são hormônios
c) insulina, diminuição, hipófise, GH, tireoide
produzidos pelo diretor artístico da orques-
e tiroxina.
tra, o hipotálamo, sendo armazenados na
d) glicocorticoide, aumento, paratireoide, adre-
neuroipófise.
nalina, tireoide e LH.
e) insulina, diminuição, hipotálamo, ADH, ti-
reoide e ACTH. 3. (UFSM) Muitos dos escoteiros estavam em
idade reprodutiva e, então, o chefe separou
as barracas das meninas das dos meninos
para não incentivar a formação de casais.
E.O. Fixação Com isso, procurou evitar futuras gestações
indesejadas, pois sabia que os hormônios
deles estavam bastante ativos.
1. (UECE) Analise as afirmações abaixo. Os hormônios que promovem os impulsos
I. A tireoide é uma glândula exócrina res- sexuais no homem e na mulher são as gona-
ponsável pela liberação de dois hormô- dotrofinas. Esses hormônios são produzidos
nios, o T3 e o T4; é controlada principal- pelo(a):
mente pelo TSH secretado pela hipófise. a) hipófise.
II. A progesterona é um hormônio feminino b) fígado.
produzido pelo corpo lúteo responsável c) espermatozoide.
pela manutenção das células de revesti- d) ovócito.
mento do útero e também pela produção e) tireoide.
de leite.
III. A melatonina, substância produzida pela 4. (UPE) O aleitamento materno é a estratégia
glândula pineal, é responsável pela regu- isolada, que mais previne mortes infantis,
lação do sono. além de promover a saúde física, mental e
IV. A insulina produzida pelo pâncreas atua psíquica da criança e da mulher que ama-
no aumento da taxa de glicose no sangue. menta.
Está correto o que se afirma somente em:
(Fonte: http://portal.saude.gov.br/portal/
a) I, III e IV.
saude/area.cfm?id_area=1251).
b) II e III.
c) II e IV. Observe, na figura a seguir, as glândulas en-
d) I e III. volvidas no processo de amamentação.
148
a) diabetes melito e glucagon.
b) diabetes insípido e vasopressina.
c) diabetes insípido e insulina.
d) diabetes melito e insulina.
149
a) §§ compostos orgânicos que, mesmo em bai-
xas concentrações, podem interferir no
funcionamento dos seres vivos, como o
benzeno, que é um agente mutagênico,
e os hormônios humanos, que podem ser
exemplificados pelos esteroides.
b)
9. (UFSM) Associe a 2a coluna à 1a.
COLUNA 1
Glândulas
1. hipófise
2. pâncreas
c)
3. testículos
COLUNA 2
Hormônios
( ) andrógenos
d) ( ) somatotrofina ou hormônio do cresci-
mento
( ) insulina
( ) hormônio folículo estimulante
A sequência correta é
a) 1 – 1 – 3 – 2.
e) b) 3 – 1 – 2 – 1.
c) 3 – 2 – 2 – 1.
d) 1 – 2 – 3 – 2.
e) 3 – 2 – 1 – 3.
1
0. Sabemos que o sistema endócrino é formado
8. (UFC) Um amigo meu ficou sabendo que esta- por glândulas endócrinas, ou seja, glândulas
va com câncer na tireoide e teria que se sub- que produzem secreções que são lançadas di-
meter a uma cirurgia para a retirada desse retamente na corrente sanguínea. Marque a
órgão. Ele foi informado de que, como conse- alternativa em que são encontradas apenas
quência da cirurgia, teria que tomar medica- glândulas do sistema endócrino.
mentos, pois a ausência dessa glândula: a) Testículos, tireoide e glândula sudorípara.
a) provocaria a ocorrência do aumento do vo- b) Hipófise, tireoide e glândula sebácea.
lume do pescoço, caracterizando um quadro c) Glândula sudorípara, glândula salivar e ová-
clínico conhecido como bócio endêmico. rios.
b) reduziria a produção do hormônio de cresci- d) Hipófise, tireoide e testículos.
mento, provocando a redução de cartilagens e) Testículos, ovários e glândula salivar.
e ossos, fenômeno conhecido como nanis-
mo.
c) diminuiria a concentração de cálcio no san- E.O. Complementar
gue, levando à contração convulsiva das
células musculares lisas, o que provocaria a 1. (PUC-MG) PORCOS PODEM SER A SALVAÇÃO
tetania muscular. DOS DIABÉTICOS
d) comprometeria a produção do hormônio an- A maioria das pessoas provavelmente vê os
tidiurético, aumentando a concentração de porcos, na melhor das hipóteses, como uma
água no sangue e diminuindo o volume de fonte de subsistência ou, na pior, como ani-
urina excretado. mais glutões. Mas parece que nossos amigos
e) levaria a uma queda generalizada na ativida- suínos podem também ser valiosos na luta
de metabólica, o que acarretaria, por exem- contra o diabetes tipo 1. Pesquisadores estão
plo, a diminuição da temperatura corporal. realizando experiências com novas maneiras
de colher células de ilhotas produtoras de in-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: sulina em porcos para transplantá-las em por-
tadores do diabetes – na esperança de um dia
A qualidade da água pode ser alterada por reduzir a necessidade de doses diárias de insu-
vários fatores: lina e até mesmo substituí-las por tratamentos
§§ contaminantes biológicos, que podem com células de ilhotas duas vezes ao ano.
transformar as águas em fontes de trans- Fonte: “Scientific American Brasil”,
missão de doenças; online, 05 de março de 2008.
150
Sobre esse assunto, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca e destrói as células produtoras de insulina localizadas
nas ilhotas pancreáticas.
b) O pâncreas é uma glândula produtora dos hormônios insulina e glucagon, que atuam no controle da
glicemia.
c) A ação da insulina depende da circulação desse peptídeo pela corrente sanguínea e de sua ligação em
receptores na superfície de células-alvo, como as hepáticas e musculares.
d) Os indivíduos diabéticos apresentam normalmente altas concentrações de glicogênio hepático e mus-
cular.
2. (Ufpel) O sistema endócrino é responsável pela produção de hormônios, mensageiros químicos que
fazem a comunicação entre as células do organismo.
A figura a seguir indica algumas das principais glândulas de um homem:
3. (Ufal) O nível normal de glicose no sangue é mantido graças à ação conjunta de dois hormônios
produzidos por células que constituem a parte endócrina do pâncreas, constituída por centenas de
aglomerados celulares, as ilhotas de Langerhans, onde são encontradas células do tipo beta e do tipo
alfa.
Com relação à regulação da concentração de glicose no sangue, é correto afirmar que:
a) o aumento no nível de glicose no sangue estimula as células alfa a secretarem o hormônio glucagon,
o qual atua na permeabilidade da membrana plasmática, facilitando a entrada da glicose nas células.
b) sob a ação do hormônio glucagon, todas as células passam a absorver mais glicose, e a concentração
desse açúcar no sangue diminui, havendo o retorno ao padrão normal de concentração.c
c) se uma pessoa passa muitas horas sem se alimentar, a concentração de glicose no sangue diminui,
fazendo com que as células alfa aumentem a secreção de insulina para estimular as células do fígado.
d) após muitas horas sem alimento, sob a ação do hormônio insulina, o fígado passa a armazenar energia
em forma de glicose, e, assim, o organismo atinge o estado de equilíbrio bioquímico.
e) o aumento na concentração de glicose, no sangue, resultante da absorção de açúcar dos alimentos
pelas células do intestino, estimula a secreção de insulina pelas células beta.
151
4. A glândula tireoide produz os hormônios TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
triiodotironina (T3), tiroxina (T4) e calcito-
nina. O excesso dos hormônios T3 e T4 causa Em uma pesquisa, com 2.270 mulheres com
uma doença que apresenta sintomas como idade entre 49 e 69 anos, realizada pela Fede-
irritabilidade, pele quente e úmida, insônia, ração Brasileira das Sociedades de Ginecolo-
perda de peso e exoftalmia. Essa doença é gia e Obstetrícia, foi observado que 19% delas
denominada de: sofriam de osteoporose. Essa doença pode ser
a) Hipotireoidismo. prevenida e tratada. Uma das medidas de pro-
b) Hipertireoidismo. filaxia e tratamento é o uso de vitamina D.
c) Anemia. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/ensino-
d) Nanismo. medio/licao-chacoalhar-esqueleto-estudantes-431291.
shtml>. Acesso em: 8 out. 2012. (Adaptado).
e) Acromegalia
152
5. Um deficit de água no sangue estimula cer-
tas células no hipotálamo que, por sua vez, E.O. Enem
levam a hipófise a liberar qual substância?
1. (Enem)
6. O momento do vestibular, sem dúvida, cau-
sa nos candidatos uma mistura de sensações
como prazer, por estar próxima a tão sonhada
aprovação; emoção, por vivenciar uma gran-
de escolha, e medo de cometer um equívoco
ao responder as questões. Essas sensações
estimulam o sistema nervoso, ocasionando
taquicardia e aumento da frequência respi-
ratória. Qual a glândula que foi estimulada
e o hormônio produzido como consequência
das sensações citadas no texto?
153
3. (Enem) Matéria publicada em jornal diário A epinefrina é um hormônio liberado em
discute o uso de anabolizantes (apelidados situações de tensão, com a finalidade de
de “bombas”) por praticantes de muscu- melhorar o desempenho de animais em re-
lação. Segundo o jornal, os anabolizantes ações de luta ou de fuga. Além de agir sobre
são hormônios que dão uma força extra aos o coração e os vasos sanguíneos, facilita o
músculos. Quem toma consegue ganhar mas- consumo de reservas orgânicas de combustí-
sa muscular mais rápido que normalmente.
vel pelos músculos. Para cumprir essa função
Isso porque uma pessoa pode crescer até cer-
to ponto, segundo sua herança genética e in- metabólica, estimula a glicogenólise hepáti-
dependentemente do quanto ela se exercite. ca e muscular, a gliconeogênese hepática, a
Um professor de musculação diz: “Comecei a glicólise muscular e a lipólise no tecido adi-
tomar bomba por conta própria. Ficava ner- poso.
voso e tremia. Fiquei impotente durante uns No esquema, as etapas ativadas pela epine-
seis meses. Mas como sou lutador de vale- frina correspondem às representadas pelos
-tudo, tenho que tomar”. números:
A respeito desta matéria, dois amigos fize- a) 1 – 3 – 5 – 8 – 10
ram os seguintes comentários: b) 1 – 4 – 6 – 8 – 10
I. O maior perigo da automedicação é seu c) 2 – 3 – 6 – 7 – 9
fator anabolizante, que leva à impotência
sexual. d) 2 – 4 – 5 – 7 – 9
II. O crescimento corporal depende tanto
dos fatores hereditários quanto do tipo
de alimentação da pessoa, se pratica ou E.O. UERJ
não esportes, se dorme as 8 horas diárias.
III. Os anabolizantes devem ter mexido com o
sistema circulatório do professor de mus-
Exame Discursivo
culação, pois ele até ficou impotente.
IV. Os anabolizantes são mais perigosos para 1. (UERJ) Com o objetivo de estudar a influ-
os homens, pois as mulheres, além de ência de hormônios sobre o metabolismo da
não correrem o risco da impotência, são glicose, foram utilizados os seguintes proce-
protegidas pelos hormônios femininos. dimentos experimentais:
Tomando como referência as informações §§ manter inicialmente em jejum um ani-
da matéria do jornal e o que se conhece da mal adequado ao estudo;
fisiologia humana, pode-se considerar que
§§ injetar nesse animal, por via subcutânea,
estão corretos os comentários:
a) I, II, III e IV. e em diferentes intervalos de tempo, os
b) I, II e IV, apenas. hormônios A, B e C, que atuam no meta-
c) III e IV, apenas. bolismo dos carboidratos.
d) II e III, apenas. O gráfico abaixo apresenta as alterações da
e) I, II e III, apenas. taxa de glicose no sangue do animal em função
da inoculação de cada um desses hormônios.
E.O. UERJ
Exame de Qualificação
1. (UERJ) O esquema a seguir destaca três ti-
pos de tecidos e algumas de suas respectivas
etapas metabólicas.
154
2. (UERJ) O hormônio cortisol, devido a sua Assinale a alternativa correta.
acentuada ação anti-inflamatória, é muito a) A redução na ingestão de água aumenta a
usado como medicamento. pressão osmótica do sangue. O ADH atua nos
Observe o seguinte procedimento de terapia rins, aumentando a reabsorção de água e di-
hormonal prescrito para um paciente: minuindo a pressão osmótica do sangue.
§§ administração de doses altas de cortisol b) O aumento na ingestão de água aumenta a
diariamente, durante trinta dias; pressão osmótica do sangue. O ADH atua nos
§§ diminuição progressiva das doses, após rins, aumentando a reabsorção de água e di-
esse prazo, até o final do tratamento. minuindo a pressão osmótica do sangue.
No gráfico a seguir, são mostradas a taxa de c) A redução na ingestão de água diminui a
produção de cortisol pelo organismo do pa- pressão osmótica do sangue. O ADH atua nos
ciente e a concentração desse hormônio no
rins, aumentando a reabsorção de água e au-
sangue, nos primeiros trinta dias de trata-
mentando a pressão osmótica do sangue.
mento.
d) O aumento na ingestão de água diminui a
pressão osmótica do sangue. O ADH atua nos
rins, diminuindo a reabsorção de água e au-
mentando a pressão osmótica do sangue.
155
E.O. Dissertativas a) Das causas mencionadas pelo autor, alguma
é realmente responsável pelo aparecimento
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) do bócio? Justifique.
b) Qual a consequência do aparecimento do bó-
cio para o organismo?
1. (Unicamp) A insulina é um hormônio pep- c) Que medida foi tomada pelos órgãos de saú-
tídico produzido no pâncreas que age na de brasileiros para combater o bócio endêmi-
regulação da glicemia. É administrada no co?
tratamento de alguns tipos de diabetes. A
insulina administrada como medicamento 4. (Fuvest) Um pesquisador construiu um ca-
em pacientes diabéticos é, em grande parte, mundongo transgênico que possui uma cópia
produzida por bactérias. extra de um gene Z. Em um outro camundon-
a) Explique como é possível manipular bactérias go jovem, realizou uma cirurgia e removeu a
para que produzam um peptídeo que natural- hipófise. Em seguida, estudou o crescimen-
mente não faz parte de seu metabolismo. to desses camundongos, comparando com o
b) Cite duas outras maneiras pelas quais é pos- crescimento de um camundongo, não trans-
sível se obter insulina sem envolver o uso de gênico e com hipófise. Obteve as seguintes
bactérias. curvas de crescimento corporal:
156
Gabarito c) O pâncreas desempenha função endócri-
na ao produzir e liberar insulina e glu-
cagon na corrente sanguínea; e função
exócrina ao produzir e liberar suco pan-
E.O. Aprendizagem creático no duodeno.
1. A 2. B 3. C 4. A 5. B 5. Hormônio antidiurético.
6. Tireoide e calcitonina.
6. B 7. E 8. A 9. A 10. C
7. Insulina.
8. TSH, adeno-hipófise, tireoxina (T4) e triio-
dotireonina (T3).
E.O. Fixação
1. B 2. D 3. A 4. D 5. B
6. A 7. A 8. E 9. B 10. D E.O. Enem
1. C 2. D 3. D
E.O. Complementar
1. D 2. A 3. E 4. B E.O. UERJ
Exame de Qualificação
E.O. Dissertativo 1. D
1.
a) I - digestório, II - respiratório, III - excre-
tor e IV - cardiovascular. E.O. UERJ
b) A hemoglobina age no transporte e trocas
gasosas. Exame Discursivo
c) A digestão ocorre na boca, no estômago e 1.
A: glucagon; B: insulina. O hormônio C é
no intestino. A digestão de carboidratos produzido pelas glândulas suprarrenais, que
começa na boca. também secretam hormônios hiperglice-
d) A aldosterona age aumentando a reabsor- miantes, como a adrenalina e os glicocorti-
ção de sódio e consequente de água, por coides.
osmose, para circulação – logo ocorre au- O glicogênio muscular não se altera, pois,
mento da pressão arterial. o glucagon promove a quebra do glicogênio
2. hepático e as células musculares não pos-
a) X: Tireoide; Y: Paratormônio. suem receptores para esse hormônio.
b) A Calcitonina pode agir promovendo a de- 2.
posição de cálcio no osso e/ou reduzindo a) Devido ao mecanismo de retroalimenta-
a absorção de cálcio intestinal e/ou ainda ção, o aumento nos níveis de cortisol na
reduzindo a reabsorção de cálcio nos rins. corrente sanguínea, após sua administra-
3.
Quando da exposição a menor pressão par- ção, acaba por inibir a produção de ACTH
cial de oxigênio, em elevadas altitudes, (hormônio adrenocorticotrófico) pela hi-
ocorre uma resposta fisiológica que culmina pófise, resultando assim na redução do
por estimular, nos rins, um aumento da pro- estímulo para produção de cortisol pelas
dução de eritropoietina, hormônio que age
glândulas suprarrenais.
acelerando a produção de hemácias. Devido
b) A progressiva retirada do cortisol resulta
a velocidade nessa produção as hemácias
em aumento gradativo dos níveis de ACTH
são menores, e por isso apresentam maior
na corrente sanguínea, evitando assim um
superfície relativa, sendo por isso mais efi-
quadro de hipofunção do córtex da glându-
cientes no transporte de oxigênio.
4. la suprarrenal após o fim do tratamento.
a) Os hormônios conseguem exercer seus
efeitos em células específicas devido ao
reconhecimento com os receptores es- E.O. Objetivas
pecíficos a eles presentes na membrana
plasmática de células-alvo.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
b) A quebra do glicogênio promove a libe- 1. A 2. A
ração de glicose, utilizada na respiração
celular para a produção de ATP, por sua
vez utilizado como fonte de energia pelo
organismo para responder a uma situação
de perigo.
157
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) Pode-se modificar geneticamente as bac-
térias, introduzindo nelas o gene humano
codificador do hormônio insulina, assim
elas passariam a produzir esse peptídeo,
utilizado em diabéticos.
b) Através de purificação a partir de extrato
do pâncreas de outros animais, obter or-
ganismos transgênicos ou ainda síntese
química.
2.
a) Se transmite a mensagem através de neu-
rotransmissores na sinapse.
b) A taquicardia é a resposta desencadeada
pelo do hormônio adrenalina.
3.
a) Não, pois o bócio endêmico é causado
pela carência nutricional de iodo.
b) A diminuição da taxa metabólica.
c ) O acréscimo de iodo ao sal de cozinha,
consumido pela população.
4.
a) O camundongo 2, tem maior aumento
corporal, pois sua hipófise secreta nor-
malmente o GH (hormônio do crescimen-
to); enquanto que no camundongo 3, sem
hipófise não ocorre produção de GH, por-
tanto o crescimento é prejudicado.
b) O camundongo 1, que foi geneticamen-
te modificado, apresenta maior produção
de hormônio do crescimento, pois possui
uma cópia extra do gene que codifica a
sua síntese.
158
Aulas
49 e 50
Sistema endócrino II
e métodos contraceptivos
Competência 4
Habilidades 14 e 15
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Controle hormonal na reprodução humana
Os hormônios folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH), produzidas pela adenoipófise, agem re-
gulando a atividade das gônadas femininas e masculinas – ovários e testículos, respectivamente. Esses órgãos,
por sua vez, produzem hormônios que atuam estimulando a expressão de caracteres sexuais secundários (como
engrossamento da voz e pelos na face em homens e alargamento dos quadris em mulheres) e no processo de
reprodução humana.
No homem, o FSH estimula a espermatogênese e o LH favorece a produção de testosterona pelo testículo.
Na mulher, o FSH e o LH participam do ciclo menstrual. No organismo feminino a ação hormonal, no que
tange a reprodução, se inicia ainda na vida intrauterina e se desdobra em eventos complexos a partir da puberdade.
Neste período, o estrógeno estimula o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
O número total de folículos ovarianos nos dois ovários da criança recém-nascida é estimado em dois milhões,
porém a maioria sofrerá um processo degenerativo, sendo que na época da puberdade restam apenas cerca de
300.00 folículos. Essa regressão folicular ocorre durante toda a vida, desde a menarca (primeira menstruação) até
a menopausa (interrupção da menstruação). Como em geral apenas um ovócito é liberado pelos ovários em cada
ciclo menstrual (duração média 28 dias) e a vida reprodutiva da mulher é de 30 a 40 anos, o total de ovócitos
liberados é de aproximadamente 450. Todos os demais folículos, com seus ovócitos, degeneram e desaparecem.
Ciclo ovariano
O início de cada ciclo menstrual coincide com o começo da menstruação. O FSH age estimulando o cresci-
mento de folículos ovarianos, dentro de cada um há um ovócito em formação – no entanto, geralmente, apenas um
folículo atinge maior desenvolvimento, e se torna maduro (ou folículo de Graaf). À medida que um folículo cresce
ele produz estrógeno, que como o FSH apresenta aumento progressivo. O papel do estrógeno é promover o cresci-
mento da parede uterina interna, o endométrio, rico em glândulas e vasos sanguíneos.
Em determinado ponto do ciclo, a alta concentração de estrógeno na corrente sanguínea estimula a hipófise
a liberar FSH e LH em elevadas quantidades. Com o pico de LH ocorre a ovulação, para a qual ocorre a ruptura do
folículo maduro com liberação do ovócito II, resultando numa queda da taxa de estrógeno. A ovulação ocorre apro-
161
ximadamente no meio do ciclo menstrual, portanto em torno do 14º dia, considerando-se o ciclo mais frequente de
28 dias. Na pós-ovulação, devido ao estímulo do LH, as células foliculares dão origem a uma glândula endócrina
temporária, denominada corpo lúteo (corpo amarelo), localizada no ovário e secretora de progesterona e estró-
genos, que atuam sobre a mucosa uterina, estimulando a secreção de suas glândulas. Além disso, a progesterona
impede o desenvolvimento de outros folículos ovarianos e nova ovulação. A elevada quantidade de estrógeno e
progesterona, inibe a hipófise, que reduz a síntese de FSH e LH.
Na figura, a seguir, estão representados os níveis hormonais, o aspecto do folículo ovariano e do endométrio
durante o ciclo menstrual.
Quando não ocorre gravidez, devido à falta de hormônio luteinizante, o corpo lúteo degenera, transforman-
do-se no corpo branco ou albicans, e para de produzir hormônios. Como consequência, as quantidades de estró-
geno e progesterona caem bruscamente, ocasionando a descamação da mucosa uterina – a menstruação – e tam-
bém a produção de FSH pela hipófise, reiniciando o ciclo. Ocorrendo a gravidez, a gonadotrofina coriônica (HCG)
produzida pelo sinciciotrofoblasto embrionário estimulará o corpo lúteo, que se manterá durante a gestação. Esse
hormônio pode ser detectado na urina e no sangue, por isso sua presença é indicativo de processo gestacional. A
produção de progesterona permanece alta e constante, mantendo assim o endométrio crescido. Aproximadamente
a partir do quarto mês de gravidez, o corpo lúteo degenera. No entanto, é a própria placenta já completamente
formada, que produzirá estrógeno e progesterona, garantindo a continuidade da gravidez.
Tubas uterinas
Cada tuba uterina é uma estrutura tubular musculomembranosa de grande mobilidade, com cerca de 12 cm de
comprimento. Quando ocorre a ovulação, a tuba uterina recebe o ovócito expulso pelo ovário e o conduz na dire-
ção do útero. É no seu interior que pode ocorrer a fertilização, e a secreção aí contida contribui para a proteção e
nutrição do ovócito, bem como para a ativação do espermatozoide. Na época da ovulação, a tuba movimenta-se de
modo regular pela contração de sua musculatura. Essas ondas, auxiliadas pela atividade ciliar do epitélio, parecem
ser de grande importância na movimentação do embrião no sentido do útero.
162
Útero
Órgão muscular cuja parede é relativamente espessa e constituída, principalmente, pelo miométrio (túnica de
músculo liso) e pelo endométrio (mucosa). O miométrio é a camada mais espessa do útero e durante a gravidez
cresce acentuadamente, sofrendo regressão após o parto. O endométrio secreta glicoproteínas (muco) e sob a ação
dos hormônios ovarianos (estrógeno e progesterona), sofre modificações estruturais cíclicas, que constituem o ciclo
menstrual. As modificações estruturais do endométrio durante o ciclo menstrual são graduais e podem ser divididos
da seguinte maneira: fase proliferativa, fase secretória e fase menstrual. Na fase proliferativa após a fase menstrual,
a mucosa uterina fica reduzida e será reconstruída. Na fase secretória, após a ovulação, o endométrio atinge sua
espessura máxima (5 mm), devido ao acúmulo de secreções nutritivas. Finalmente, na fase menstrual, não havendo
fertilização do óvulo expelido pelo ovário, ocorrerá uma queda brusca dos níveis de estrógenos e progesterona no
sangue. Em consequência, o endométrio, que estava desenvolvido pelo estímulo desses hormônios, entra em colap-
so, sendo parcialmente destruído. O sangue da menstruação é principalmente de origem venosa, pois as artérias,
ao se romperem, contraem suas paredes, fechando a extremidade rompida. O endométrio destaca-se por partes e
o grau de perda endometrial varia de mulher para mulher; daí o motivo da menstruação durar aproximadamente 3
dias, ou mais.
O fluxograma a seguir, indica a regulação hormonal do ciclo menstrual.
HIPOTÁLAMO
HORMÔNIO LIBERADOR DE
GONADOTROFINAS (GnRH)
Placenta
Trata-se de um órgão que se desenvolve durante a gravidez, no revestimento interno do útero. A placenta desenvol-
ve-se parcialmente de material fetal e parcialmente de material materno. A função primária da placenta é permitir
trocas materno-fetais, ou seja, que substâncias dissolvidas no sangue do feto difundam para o sangue materno e
vice-versa.
A implantação e desenvolvimento do óvulo fecundado ocorrerão após a fecundação na tuba uterina e sua
segmentação ocorre à medida que ele se desloca passivamente na direção do útero. Por mitoses sucessivas, forma-
-se a mórula e depois a blástula ou blastocisto. O blastocisto permanece livre na cavidade uterina por apenas um
ou dois dias, após este período ele se implantará na parede do útero e será envolvido pela secreção das glândulas
endometriais.
163
Início do desenvolvimento embrionário humano. O blastocisto – constituído da massa celular interna e do trofoblasto – implanta-se no endométrio
uterino. As células do trofoblasto, que formam a camada de revestimento, organizam a parte embrionária da placenta.
Glândulas mamárias
Trata-se de uma estrutura glandular exócrina composta por vários lobos com função secretora de leite para nutrição
de recém-nascidos. Embora o conjunto de lobos seja chamado frequentemente de glândula mamária, cada lobo é
de fato uma glândula mamária, com sua parte secretora e seu ducto excretor próprio. A seguir, figura representativa
da estrutura da mama.
Ao atingir a maturidade sexual, puberdade, as mamas aumentam de tamanho e tomam a forma hemisférica
e o mamilo torna-se proeminente. Durante o ciclo menstrual observam-se pequenas variações na estrutura histo-
lógica dessas glândulas, que se caracterizam por uma proliferação dos ductos e das partes secretoras aproximada-
mente na época da ovulação e que coincidem com o maior teor de estrógeno circulante. Além disso, observam-se
maior acúmulo de tecido adiposo e hidratação maior do tecido conjuntivo na fase pré-menstrual, que se reflete
num aumento do volume das mamas.
164
O crescimento das glândulas mamárias durante a gravidez dá-se pela ação sinergética de vários hormônios,
destacando-se os seguintes: estrógenos, progesterona, prolactina, hormônio mamotrófico placentário, tiroxina e
hormônio somatotrófico.
A lactação caracteriza-se pelo desencadeamento dos processos de secreção do leite produzido dentro das
células epiteliais das porções secretoras. As proteínas constituem aproximadamente 1,5% do leite humano; já a
lactose constitui cerca de 7%. A sucção da criança funciona em mulheres lactantes como estímulo nos receptores
tácteis que existem em abundância ao redor do mamilo e que são os responsáveis pelo desencadeamento de um
reflexo que promoverá a liberação da oxitocina (hormônio da hipófise posterior). Este hormônio promove a contra-
ção das células mioepiteliais presentes na glândula, ocorrendo, assim, a ejeção do leite.
Em mulheres em período de lactação, os estímulos emocionais e sexuais também podem determinar a libe-
ração de oxitocina, fazendo com que o leite brote nos mamilos. Após a menopausa inicia-se a involução climatérica
da mama, que é caracterizado por uma redução do seu tamanho, consequência da atrofia dos ductos, porções
secretoras e do tecido conjuntivo.
A tabela, a seguir, resume os hormônios associados à reprodução humana.
Métodos contraceptivos
Os métodos contraceptivos são formas de prevenção da gravidez. Podem ser utilizados de diversas maneiras e agir
como:
§§ uma barreira física, impedindo a fecundação;
§§ uma barreira hormonal, evitando a ovulação ou a fixação do “zigoto”;
§§ uma barreira esterilizadora, obstruindo a passagem do gameta (feminino ou masculino);
§§ como uma barreira comportamental, baseada na identificação do período fértil a fim de evitá-lo.
Vamos abordar aqui os seguintes métodos contraceptivos: preservativos, pílula anticoncepcional, DIU, dia-
fragma, vasectomia, laqueadura de tubas uterinas e tabelinha.
165
Ambos são popularmente conhecidos como camisinhas. O preservativo masculino é constituído de uma fina borra-
cha e deve revestir o pênis quando ereto, antes da relação sexual. É importante que, antes de revesti-lo, deixe-se
um espaço livre na ponta do preservativo, que vai servir para depósito do esperma após a ejaculação. Em razão
disso, esse é chamado método de barreira, porque impede a passagem de espermatozoides, do pênis para o corpo
da parceira.
O preservativo feminino, por sua vez, é de plástico e é mais largo que o preservativo masculino. Deve ser
alocado na vagina, com a extremidade fechada posicionada ao fundo do canal vaginal e a extremidade aberta,
posicionada do lado externo do órgão genital feminino.
Depois da relação sexual, os preservativos devem ser descartados. Ambos constituem recursos eficazes para
prevenção não apenas de gravidez, bem como de doenças sexualmente transmissíveis, o que não é proporcionado
pelos demais métodos contraceptivos. Saliente-se que esses preservativos não devem ser usados simultaneamente
numa relação sexual. Eles podem romper-se ou deslocar-se, pondo em risco sua eficácia.
Pílula anticoncepcional
Atualmente, existem vários métodos contraceptivos à base de hormônios, como adesivos e injeções, mas a pílula
ainda é a mais popular. A pílula anticoncepcional é considerada um método contraceptivo bastante eficaz. Trata-
-se de um comprimido que contém hormônios sintéticos (produzidos em laboratório), quimicamente similares ao
estrógeno e à progesterona. Sua atuação baseia-se no mecanismo de feedback, mediante o qual a presença desses
hormônios sintéticos bloqueiam a síntese de FSH e de LH pela hipófise. Consequentemente, a ovulação não aconte-
ce. Esse tipo de contraceptivo à base de hormônios deve sempre ser utilizado com acompanhamento médico, uma
vez que há restrições ao uso deles, que envolvem características particulares de cada organismo.
DIU
O dispositivo intrauterino, mais conhecido pela sigla DIU, é uma estrutura plástica coberta de cobre, cuja função
é impedir a chegada de espermatozoides ao útero. Sua implantação deve ser feita por um médico e só deve ser
utilizado sob orientação dele. Esse método apresenta elevada eficácia (quase 100%).
166
Diafragma
O diafragma é uma estrutura circular de borracha, aplicado – geralmente junto com um espermicida – na região
mais profunda da vagina. Sua finalidade é “tampar” a entrada de espermatozoides, impedindo a chegada desses
gametas no ovócito. A estrutura deve ser introduzida antes da relação sexual e pode ser retirada em até algumas
horas depois.
Vasectomia
É um método contraceptivo definitivo, onde é realizada a esterilização masculina, de modo que uma parte dos
ductos deferentes é seccionada, impedindo a eliminação dos espermatozoides durante a ejaculação. Dependendo
do caso, o seccionamento pode ser revertido.
Os ductos deferentes são cortados em dois pontos e cada ponta é cauterizada:
A vasectomia não altera a produção hormonal, portanto não causa efeitos sobre o desejo sexual. O homem
vasectomizado não percebe qualquer alteração nem mesmo no volume de sêmen expelido durante a ejaculação.
167
Laqueadura de tubas uterinas
Também denominada ligação das tubas, esse método é uma esterilização feminina. Numa cirurgia, as tubas uteri-
nas são amarradas ou seccionadas, impedindo a passagem dos espermatozoides até óvulo e, consequentemente,
a fecundação se torna impossível.
Uma vez definitivo, esse método contraceptivo é investigado até mesmo por psicólogos antes de ser reali-
zado, pois não pode ser revertido.
Cada método contraceptivo possui indicações particulares e adequadas a cada tipo de organismo, idade,
entre outros fatores; razão pela qual é indispensável que ao optar por um ou mais métodos, contem com orientação
médica que, em última instância, opta pelo melhor método indicado para o paciente.
Aborto e ética
Poucas questões em medicina têm despertado debates tão acalorados quanto a questão do aborto. Se, por
um lado, há os que defendem a descriminalização do aborto, há aqueles – e são muitos – que se apoiam em argu-
mentos morais, políticos e religiosos para continuar favoráveis à sua proibição.
No Brasil, está na lei que o abortamento é permitido em duas situações: quando a gravidez representa risco
de morte para a mãe e nos casos de estupro, se a mulher desejar interromper a gravidez. Mais recentemente, os
juízes têm deferido favoravelmente aos pedidos de interrupção da gravidez dos fetos anencéfalos.
Apesar da polêmica e das restrições, o número de abortamentos realizados clandestinamente no nosso país
é enorme. A julgar apenas pelos índices expressivos de complicações decorrentes de abortamentos realizados em
condições precárias nas mulheres atendidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), fica evidente que a
atual lei brasileira sobre o assunto não está sendo respeitada. Portanto, é chegada a hora de rediscutir um proble-
ma que envolve todos os segmentos sociais.
Leia mais sobre os aspectos éticos do aborto na entrevista com o Dr. William Saad Hossne, professor de Medicina e coordenador
da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa, disponível em: < http://drauziovarella.com.br/mulher-2/gravidez/abortamento-e-
-etica/>. Acesso em: 01 set. 2016
*A anencefalia é uma malformação congênita originada de uma neurulação anormal, que leva o feto à morte logo após
o nascimento ou após algumas horas ou dias.
168
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
170
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Os métodos contraceptivos podem estar associados aos hormônios que alteram a fisiologia do corpo, e isso pode se
refletir no bem-estar do indivíduo. E esse assunto é importante para entender como o corpo responde aos hábitos do
dia a dia, como bem-estar, humor, ganho e perda de músculo, e identificação de gravidez.
INTERDISCIPLINARIDADE
Esse assunto já foi cobrado nos vestibulares por conter temas abordados em obras literárias obrigatórias do ves-
tibular. Além disso, os esteroides (ou substâncias similares) podem ser encontrados em alimentos e sintetizados
artificialmente, e para isso é importante o reconhecimento das funções orgânicas dos mesmos.
171
E.O. Aprendizagem a) maturação do folículo.
b) liberação do óvulo.
c) fecundação do oócito.
1. (UFSM) A idade em que ocorre a primeira d) formação do corpo amarelo.
menstruação depende de vários fatores, por e) diferenciação do disco embrionário.
exemplo, nas populações que vivem em cli-
mas quentes, a média de idade é mais bai- 4. (UFPR) A exposição da mãe à nicotina du-
xa que nas populações de climas frios. Essas rante a gravidez pode levar ao retardo do
observações indicam que fatores ambientais crescimento do feto, maior incidência de
influem na produção de hormônios que re- abortos e morte na infância. Isso ocorre por-
gulam o funcionamento ovariano. Sobre os que a nicotina causa constrição dos vasos
hormônios que atuam sobre o ciclo menstru- sanguíneos uterinos, levando ao baixo supri-
al, é correto afirmar: mento de oxigênio e nutrientes para o feto.
I. O hormônio folículo estimulante (FSH) (Moore, K.; Persaud, T.V.N. Embriologia Básica.
7ª Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.)
ativa a continuidade da meiose I.
II. Os ciclos menstruais iniciam, quando as Nesses casos, o feto recebe menos oxigênio e
ovogônias se transformam em ovócitos nutrientes porque:
primários ou ovócitos I. a) a circulação placentária é interrompida.
III. O sistema nervoso capta sinais relacio- b) apenas sangue venoso circula na placenta.
nados com o clima, e essas informações c) menos sangue materno circula na placenta.
podem influenciar a produção de hormô- d) o sangue materno deixa de entrar na circu-
nios no hipotálamo e na hipófise, resul- lação do feto.
tando em ativação das funções gonadais. e) o sangue materno e fetal deixam de se mis-
Está(ão) correta(s): turar na placenta.
a) apenas I.
b) apenas I e II. 5. (UECE) Dentre os métodos contraceptivos, a
vasectomia é um processo que consiste em:
c) apenas I e III.
a) eliminar os tubos seminíferos para que os
d) apenas II.
espermatozoides não possam se locomover
e) apenas II e III.
até o óvulo.
b) cortar os canais deferentes para que não seja
2. (UEPA) O aparecimento de características mais possível a eliminação dos espermato-
sexuais secundárias no menino, a partir da zoides no sêmen.
puberdade, resulta da ação da testosterona c) retirar a vesícula seminal para diminuir a
sobre o organismo em desenvolvimento. No quantidade de sêmen produzido.
sistema reprodutor, a estrutura que abriga d) isolar a próstata, cessando a produção de es-
as células responsáveis pela síntese do refe- permatozoides.
rido hormônio é denominada:
a) uretra. 6. (Mackenzie)
b) próstata.
c) testículo.
d) vesícula seminal.
e) glândula bulbouretral.
172
7. (UFSJ) Enjoos e prisão de ventre Assinale a única alternativa que descreve
Esses sintomas, bastante comuns principal- corretamente fenômenos ocorridos no orga-
mente no início da gravidez, também estão nismo feminino durante o seu ciclo mens-
relacionados com mudanças hormonais e, trual.
por estranho que possa parecer, com os mús- a) A maturação do folículo ovariano ocorre pela
culos. (...) Nosso corpo tem vários músculos ação do hormônio folículo estimulante (FSH)
que trabalham sob nossas ordens, isto é, produzido pelos ovários nos primeiros dias do
conseguimos controlar sua contração e re- ciclo.
laxamento: andamos quando queremos, es-
b) A menstruação ocorre no final do ciclo, quan-
ticamos o braço quando temos vontade. Di-
do a taxa de progesterona é alta no sangue da
zemos que temos controle voluntário sobre
esses músculos. Mas há outros tantos múscu- mulher.
los no nosso corpo que trabalham indepen- c) Para que ocorra a ovulação, aproximadamente
dentemente de nossa vontade. Não podemos no meio do ciclo, é necessário que as taxas de
fazer uma pausa no batimento do nosso co- progesterona e estrógenos estejam altas.
ração, tampouco podemos controlar o cami- d) A ovulação deverá ocorrer na fase intermedi-
nho dos alimentos ao longo do nosso apare- ária do ciclo menstrual, pois, nesse momen-
lho digestivo. Esses músculos são de controle to, os hormônios hipofisários, FSH e LH, além
involuntário. Isso não quer dizer que nada dos estrógenos, estão com taxas elevadas.
comanda seu funcionamento. Significa ape- e) Quando as taxas de FSH e LH estão altas, e
as taxas de progesterona e estrógenos estão
nas que quem controla seu funcionamento
baixas, ocorre a menstruação.
não é a vontade ou a consciência. Uma das
coisas que participam do controle do funcio-
namento desses músculos são os hormônios.
A musculatura do aparelho reprodutor é do E.O. Fixação
tipo involuntário. Ela está sujeita à interfe- 1. (UPE) A gravidez na adolescência apresenta
rência dos hormônios. Quando ocorre a fe- riscos por causa da imaturidade anatomofi-
cundação, inicia-se uma produção hormonal siológica, dificultando o desenvolvimento e
própria dessa condição e, em consequência, o desfecho do processo de gestação, parto e
há uma ação mais lenta da musculatura in- puerpério. Observe a figura a seguir:
voluntária.
Texto extraído de: Portal Ciência à Mão. Universidade
de São Paulo. http://www.cienciamao.usp.br
173
adolescente disciplina e planejamento, e as A análise do gráfico permite afirmar:
relações sexuais nessa fase, em geral, não são a) A mulher está grávida, pois os níveis dos hor-
planejadas. _______ podem ser usadas(os), mônios reduziram no final do ciclo menstrual.
desde a primeira menstruação, pois agem b) A mulher está grávida, pois os níveis dos hor-
impedindo a ovulação. _______ pode ser mônios estão baixos no período da ovulação.
usada(o) pelas garotas, entretanto as que c) Se a mulher fizesse sexo sem preocupações
nunca tiveram filhos correm mais risco de contraceptivas nos cinco dias antes do perí-
expulsá-la(lo) e também não é indicada(o) odo da ovulação ou nos cinco dias após esse
para aquelas com mais de um parceiro sexual período, suas chances de engravidar seriam
ou cujos parceiros têm outros parceiros/par- elevadas.
ceiras e não usam camisinha em todas as re- d) Se a mulher estivesse grávida, os níveis de es-
lações sexuais, pois, nessas situações, existe trógeno e progesterona seriam baixos desde a
ovulação.
risco maior de contrair doenças sexualmente
e) A elevação dos níveis de progesterona após a
transmissíveis. ______ não são indicadas(os)
ovulação impedirá a gravidez.
para adolescentes.
Fonte: adaptado de http://portal.saude.gov.br/portal/
arquivos/pdf/cartilha_direitos_sexuais_2006.pdf 4. (UFPB) A precocidade da atividade sexual é
mundialmente reconhecida como uma das
Assinale a alternativa cuja sequência numé- causas do aumento na ocorrência de casos de
rica preenche corretamente as lacunas. gravidez não planejada. Entre os métodos de
a) 1; 2; 3; 5; 7. prevenção, os contraceptivos orais são con-
b) 1; 3; 4; 6; 2. siderados bastante eficazes. Em geral, esses
c) 1, 2; 3; 6; 7. contraceptivos consistem de uma mistura de
d) 4; 3; 1; 5; 2. derivados sintéticos dos hormônios proges-
e) 5; 2; 3; 4; 6. terona e estrógeno.
Com base na literatura sobre reprodução hu-
2. (UFRN) Para um grande número de mulhe- mana e ação hormonal, é correto afirmar que
res, a camisinha feminina e o diafragma va- contraceptivos orais são eficientes por:
ginal representam a conquista da liberdade a) impedirem a implantação do óvulo no útero.
de escolha para fazer o sexo seguro, sem de- b) impedirem a entrada do espermatozoide no
pender da iniciativa masculina. Ambos dis- óvulo.
positivos apresentam uma relativa eficiência c) inibirem a secreção do hormônio testostero-
como métodos contraceptivos e na preven- na, responsável pela lactação.
ção de doenças sexualmente transmissíveis d) inibirem a secreção dos hormônios FSH e LH,
responsáveis pela ovulação.
(DSTs), entretanto, têm seu uso corrente
e) impedirem o crescimento da mucosa uteri-
limitado por razões de custo econômico e
na, necessário à fixação do embrião.
cuidados especiais quanto ao uso correto. Na
tomada de decisão para a escolha entre esses 5. (UFMG) Um estudo chinês vem anunciando
dois métodos, é preciso considerar que o dia- resultados promissores para o desenvolvi-
fragma vaginal: mento de um anticoncepcional para homens.
a) dispensa o uso de espermicidas e previne as O tratamento, com eficácia de 99%, consiste
DSTs. em aplicar-se, no interessado, uma injeção
b) precisa ser retirado logo após o término do mensal de testosterona.
ato sexual. Folha de S.Paulo, 8 maio 2009. (Adaptado)
c) impede a ovulação e a implantação do zigoto.
d) apresenta uma menor proteção contra as Analise estas figuras:
DSTs.
Legenda:
§§ FSH – Hormônio foliculoestimulante
§§ GnRH – Hormônio liberador de gonado-
E- Estrógeno trofinas
P- Progesterona §§ LH – Hormônio luteinizante
174
Considerando-se essas informações e outros
conhecimentos sobre o assunto, é CORRETO
afirmar que a testosterona injetada:
a) age sobre os túbulos seminíferos, inibindo a
espermatogênese.
b) bloqueia diretamente as funções das células
de Leydig.
c) inibe a liberação dos hormônios LH e FSH
pela hipófise.
d) reduz a produção de gonadotrofinas na glân-
dula pineal.
175
uterina, para receber o embrião que eventual- Alguns desses procedimentos estão listados
mente se forme. Se a fecundação não ocorre, em sequência.
o revestimento do endométrio é eliminado, 1. Estímulo à ovulação.
pela menstruação, e o organismo reinicia ou- 2. Aspiração de óvulos liberados a partir dos
tro ciclo de preparação. Com relação aos hor- folículos ovarianos.
3. Estímulo ao desenvolvimento do endo-
mônios que participam desse processo, anali-
métrio.
se as figuras e as proposições apresentadas.
4. Fertilização in vitro.
5. Implantação do embrião no útero.
Em função da sequência de procedimentos
referentes à biologia reprodutiva humana,
está correto afirmar que:
a) o estímulo à ovulação ocorre através de hor-
mônios hipofisários.
b) a ovulação ocorre no útero, após cerca de 14
dias de estímulo hormonal.
c) o desenvolvimento do endométrio permane-
ce até o final da gestação.
d) a fertilização de um óvulo por dois esperma-
tozoides origina gêmeos fraternos.
e) a implantação do embrião no útero, a nida-
ção, ocorre na fase de nêurula.
176
5. Com o aumento da idade, os hormônios sexuais femininos tendem a diminuir sua produção. Nor-
malmente, a partir dos 50 anos, os ciclos menstruais começam a apresentar irregularidades até
desaparecerem por completo. Essa fase é chamada de:
a) Menarca.
b) Menopausa.
c) Menstruação.
d) Ciclo menstrual.
E.O. Dissertativo
1. (UFPR) O esquema abaixo representa um eixo importante do sistema endócrino, no qual a hipófise
anterior (adeno-hipófise) libera hormônios que controlam, além das glândulas endócrinas, diver-
sos órgãos e tecidos.
2. (UEL) O esquema e o gráfico, a seguir, ilustram algumas das inúmeras atividades fisiológicas da
espécie humana.
177
3. (UFG) A maior parte dos copinhos de café, a próxima Anshe Chung, a avatar de origem
copos de água e mamadeiras é feita de poli- chinesa que ganhou o primeiro milhão de
carbonato com bisfenol A, substância que é dólares reais vendendo terrenos irreais.
liberada quando algum líquido quente é co- ÉPOCA, São Paulo, n. 461, 19 mar.
locado nesses recipientes. O bisfenol A é um 2007, p. 188-193. [Adaptado].
composto químico cuja estrutura molecular é
O texto menciona que “No barulho difuso,
muito semelhante à do hormônio estrógeno. no espetáculo de cores e formas estranhas,
A ingestão do bisfenol A pode resultar em al- na luz que aparece de súbito – tudo remete
terações do ciclo menstrual e também causar a um nascimento”. O ciclo da vida humana
alterações no amadurecimento sexual princi- inicia-se com a fecundação do ovócito e o
palmente em adolescentes do sexo feminino. desenvolvimento embrionário. Para que isso
a) Considerando a semelhança do bisfenol A ocorra, o sistema hipotálamo-hipófise-gôna-
com o estrógeno e a sua presença em ado- da produz e libera hormônios sexuais, como
lescentes, explique como o bisfenol A po- mostrado a seguir.
deria influenciar no amadurecimento sexual
desses adolescentes e no espessamento do
endométrio no início do ciclo menstrual.
b) Embora o amadurecimento sexual ocorra
para meninos e meninas em torno dos 12
anos, no sexo feminino a divisão celular
meiótica começa muito antes e pode durar
décadas. Quando esse processo de divisão
começa no sexo feminino e por que essa di-
visão pode ser tão longa?
178
E.O. Enem confirmou-se a melhora da condição cardíaca
em resposta ao exercício, mas verificou-se
que os efeitos benéficos do exercício físico
1. A pílula anticoncepcional é um dos métodos são prejudicados pelo uso de anabolizantes,
contraceptivos de maior segurança, sendo como o decanoato de nandrolona, aumentan-
constituída basicamente de dois hormônios do a área cardíaca afetada pelo infarto.
sintéticos semelhantes aos hormônios pro- CHAVES, E. A. et al. Cardioproteção induzida
duzidos pelo organismo feminino, o estrogê- pelo exercício é prejudicada pelo tratamento com
nio (E) e a progesterona (P). Em um expe- anabolizante decanoato de nandrolona. Brazilian
Journal of Biomotricity, v. 1, n. 3, 2007 (adaptado).
rimento médico, foi analisado o sangue de
uma mulher que ingeriu ininterruptamente Qual gráfico representa os resultados desse
um comprimido desse medicamento por dia
estudo?
durante seis meses.
a)
Qual gráfico representa a concentração san-
guínea desses hormônios durante o período
do experimento?
a)
b)
b)
c)
c)
d)
d)
e)
e)
179
E.O. UERJ E.O. UERJ
Exame de Qualificação Exame Discursivo
1. (UERJ) A pílula anticoncepcional contém os 1. (UERJ) Uma das consequências do processo
de envelhecimento da população é a maior
hormônios estrogênio e progesterona, que
ocorrência de doenças como a osteoporose,
agem sobre a hipófise alterando os níveis de
um desequilíbrio no metabolismo do cálcio
liberação dos seguintes hormônios: folículo que resulta em fragilidade óssea. Em mulhe-
estimulante (FSH) e luteinizante (LH). res, a osteoporose está relacionada à dimi-
No gráfico abaixo, são mostradas as varia- nuição da produção de hormônios ovarianos.
ções das concentrações de FSH e de LH du- Identifique o hormônio ovariano envolvido
rante um ciclo menstrual de 28 dias de uma no metabolismo do cálcio. Em seguida, no-
mulher que não usa anticoncepcionais. meie a célula óssea estimulada por esse hor-
mônio. Indique, ainda, a função dessa célula
na manutenção da homeostase do esqueleto.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unesp) Leia.
Método de contracepção definitiva começa a
Considere agora uma mulher que utilize esse se popularizar no país
método anticoncepcional na prescrição usu- Consagrado nos Estados Unidos há quase
uma década, o Essure é um procedimento
al: uma pílula por dia ao longo de 28 dias.
feito em ambulatório, que dispensa cortes.
Os valores sanguíneos dos hormônios FSH e O Essure consiste de dois dispositivos metá-
LH, durante o ciclo menstrual dessa mulher, licos com 4 centímetros, instalados no início
estão apresentados em: das tubas uterinas por meio de um equipa-
a) mento bem fino, que é introduzido no canal
vaginal. Em algumas semanas, as paredes
das tubas recobrem os microimplantes, obs-
truindo as tubas e fazendo do Essure um mé-
todo contraceptivo permanente.
(Diogo Sponchiato. Revista Saúde, maio de 2012. Adaptado.)
180
2. (Unesp) Márcia, Juliana e Ana Cristina são c) se desenvolverá em um indivíduo cromossô-
três amigas. Uma delas está amamentando, mica (XY) e fenotipicamente do sexo mascu-
outra está entrando em seu período fértil e a lino, mas sem testículos.
terceira está no final de seu ciclo menstrual. d) se desenvolverá em um indivíduo cromos-
Os gráficos 1 e 2 apresentam os níveis dos somicamente do sexo masculino (XY), mas
hormônios luteinizante (LH) e ocitocina no com fenótipo feminino.
sangue dessas mulheres. e) se desenvolverá em um indivíduo cromossô-
mica (XX) e fenotipicamente do sexo feminino.
181
Considerando que a pílula à qual a leitora se É correto o que se afirma apenas em:
refere é composta por pequenas quantidades a) I, II e IV.
dos hormônios estrógeno e progesterona, b) I, II e V.
pode-se dizer à leitora que: c) I, III e IV.
a) sim, está protegida de uma gravidez. Esses d) II e V.
hormônios, ainda que em baixa dosagem, in-
e) III e V.
duzem a produção de FSH e LH e estes, por
sua vez, levam à maturação dos folículos e à
ovulação. Uma vez que já tenha ocorrido a
ovulação, não corre mais o risco de engravidar. E.O. Dissertativas
b) sim, está protegida de uma gravidez. Esses
hormônios, ainda que em baixa dosagem, in-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
duzem a produção de FSH e LH e estes, por
sua vez, inibem a maturação dos folículos, 1. (Unesp) Leia a letra da canção O xote das
o que impede a ovulação. Uma vez que não meninas, composta por Luiz Gonzaga e Zé
ovule, não corre o risco de engravidar. Dantas.
c) não, não está protegida de uma gravidez. Mandacaru, quando fulora na seca,
Esses hormônios, em baixa dosagem e a in- É o sinal que a chuva chega no sertão,
tervalos não regulares, mimetizam a função Toda menina que enjoa da boneca
do FSH e LH, que deixam de ser produzidos. É sinal que o amor
Desse modo, induzem a maturação dos folí- Já chegou no coração
culos e a ovulação. Uma vez ovulando, corre Meia comprida, não quer mais sapato baixo,
o risco de engravidar. Vestido bem cintado
d) não, não está protegida de uma gravidez.
Não quer mais vestir timão
Esses hormônios, em baixa dosagem e a in-
Ela só quer, só pensa em namorar
tervalos não regulares, inibem a produção de
FSH e LH os quais, se fossem produzidos, Ela só quer, só pensa em namorar
inibiriam a maturação dos folículos. Na au- De manhã cedo, já tá pintada,
sência de FSH e LH ocorre a maturação dos Só vive suspirando
folículos e a ovulação. Uma vez ovulando, Sonhando acordada,
corre o risco de engravidar. O pai leva ao doutô
e) não, não está protegida de uma gravidez. A filha adoentada,
Esses hormônios, em baixa dosagem e a in- Não come nem estuda
tervalos não regulares, não inibem a produ- Não dorme, não quer nada
ção de FSH e LH os quais, sendo produzidos,
induzem a maturação dos folículos e a ovu-
Ela só quer, só pensa em namorar
lação. Uma vez ovulando, corre o risco de
engravidar. Ela só quer, só pensa em namorar
182
2. (Unifesp) Leia os trechos extraídos do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo (1857-1913).
TRECHO 1
A filha era a flor do cortiço. Chamavam-lhe Pombinha. [...] Tinha o seu noivo, o João da Costa,
[...] mas Dona Isabel não queria que o casamento se fizesse já. É que Pombinha, orçando aliás pe-
los dezoito anos, não tinha ainda pago à natureza o cruento tributo da puberdade [...], por coisa
nenhuma desta vida consentiria que a sua pequena casasse antes de “ser mulher”, como dizia ela.
[...] entendia que não era decente, nem tinha jeito, dar homem a uma moça que ainda não fora
visitada pelas regras!
TRECHO 2
— Veio?! perguntou a velha com um grito arrancado do fundo da alma.
A rapariga meneou a cabeça afirmativamente, sorrindo feliz e enrubescida.
[...]
— Milha filha é mulher! Minha filha é mulher!
O fato abalou o coração do cortiço, as duas receberam parabéns e felicitações.
a) Considerando a fisiologia da reprodução humana, o que vem a ser “as regras”, as quais o autor se re-
fere? Qual alteração hormonal finaliza o processo que resulta na “vinda das regras”, como explicitado
no trecho 2?
b) Suponha que Pombinha, já casada, e com “regras” regulares, quisesse evitar filhos, e para isso adotas-
se o método contraceptivo conhecido por “tabelinha”. Como Pombinha poderia determinar o período
no qual deveria se abster de relações sexuais? Explique por que essa abstenção sexual deve se dar ao
longo de um período de dias, e não apenas em um dia.
3. (Fuvest)
As figuras acima mostram os ciclos ovariano e uterino e as variações dos hormônios hipofisários
relacionadas com esses ciclos, na mulher. Em cada figura, a representação dos eventos se inicia em
tempos diferentes. As figuras estão reproduzidas na página de resposta.
a) Nas linhas horizontais abaixo das figuras A e B, indique, com a letra M, o início da menstruação.
b) Na linha horizontal abaixo da figura C, indique, com a letra O, o momento da ovulação.
c) Na gravidez, o que ocorre com a produção dos hormônios representados na figura C?
183
5. (Unifesp) Nas mulheres, tanto a ovulação
quanto a menstruação encontram-se asso- Gabarito
ciadas a diferentes taxas hormonais.
O esquema seguinte reproduz tais eventos e
identifica como A e B os hormônios envolvi- E.O. Aprendizagem
dos no processo. 1. C 2. C 3. C 4. C 5. B
6. B 7. C 8. D
E.O. Fixação
1. C 2. D 3. C 4. D 5. C
6. D 7. D 8. A 9. C 10. D
E.O. Complementar
1. E 2. A 3. A 4. C 5. B
184
b) Hormônio X: LH ou hormônio luteini- sexualmente maduros. Estão envolvidos nes-
zante, é produzido na adeno-hipófise e sas alterações os hormônios hipofisários FSH
podem ser citadas como suas funções a (hormônio folículo-estimulante) e LH (hor-
promoção de ovulação ou do desenvolvi- mônio luteinizante), que induzem à secreção
mento do corpo lúteo. dos hormônios estrógeno e progesterona, que
Hormônio Y: progesterona, é produzido por sua vez irão desencadear as mudanças tí-
pelo corpo lúteo e são algumas de suas picas dessa fase da vida feminina. Durante
funções a manutenção do endométrio es- o ciclo menstrual, a hipófise secreta o FSH,
pesso, preparando a mucosa uterina para que estimula o amadurecimento do folículo
a gravidez, e estimula o desenvolvimento ovariano; as células foliculares secretam es-
das glândulas mamárias. trógenos, promotor do desenvolvimento do
Hormônio Z: gonadotrofina coriônica endométrio e também das mamas; o aumento
(HCG), é produzido pela placenta ou pelas do nível de estrógeno, por retroalimentação
células trofoblásticas, e tem como função negativa, culmina na inibição da produção
manter o corpo lúteo em funcionamento, do FSH. Então a hipófise aumenta a produção
secretando progesterona, que ajudará na do LH, responsável por promover a ovulação
manutenção da gravidez. e originar o corpo lúteo, que secreta a pro-
5. Camisinha. gesterona, cuja função é acelerar o desenvol-
6. A vasectomia impede que os espermatozoi- vimento do endométrio e das mamas; caso a
des sejam expelidos na ejaculação. fecundação não aconteça o nível de progeste-
rona cai, e ocorre a menstruação.
2.
E.O. Enem a) As “regras” correspondem às menstrua-
ções comuns ao ciclo menstrual. A altera-
1. A 2. B ção hormonal responsável pela vinda das
“regras” é a queda nos níveis plasmáticos
de progesterona.
b) Pombinha deveria se abster de relações se-
E.O. UERJ xuais no período próximo à ovulação, que
Exame de Qualificação ocorre por volta do 14º dia após o início do
ciclo. A abstenção sexual deverá ocorrer 3
1. C dias antes e 3 dias depois do 14º dia, dado
que o ovócito e o espermatozoide podem
permanecer viáveis por um período de
tempo.
E.O. UERJ 3.
Exame Discursivo a)
1.
O estrogênio é o hormônio ovariano envol-
vido no metabolismo do cálcio. Ele desem-
penha importante papel no crescimento e
também na manutenção da homeostase do
esqueleto. Age estimulando a atividade dos
osteoblastos, células responsáveis pela depo-
sição de matriz óssea.
b)
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp
1. E 2. E 3. D 4. A 5. E
6. A
E.O. Dissertativas
c) Na gravidez, os hormônios hipofisários
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) folículo estimulante (FSH) e luteinizante
1.
O verso se refere à puberdade, período no qual (LH), devido ao mecanismo de feedback
ocorrem intensas transformações nos orga- negativo, permanecem baixos.
nismos dos jovens, responsáveis por torná-los
185
4.
a) Respectivamente, doenças cardiovascula-
res; e câncer de mama.
b) Progesterona e estrógeno, produzidos pe-
los ovários.
5.
a) A queda da concentração sanguínea de
progesterona (B) causa a TPM. A produção
de hormônio durante a gravidez, permite
a manutenção do endométrio e da placen-
ta, estruturas importantes nesse período.
b) A eliminação da placenta provoca queda
da concentração sanguínea de progestero-
na e a consequente depressão pós-parto.
186
Aulas
51 e 52
Doenças sexualmente
transmissíveis
Competências 4 e 8
Habilidades 13 e 30
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Doenças sexualmente transmissíveis
Como o nome sugere, as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) podem ser transmitidas, dentre outras formas,
através de relações sexuais, pois o patógeno se encontra em grandes quantidades nas secreções sexuais e regiões
íntimas. Destacaremos nesta aula a aids, o condiloma acuminado (HPV), o herpes genital, as hepatites, a gonor-
reia, a sífilis, o cancro mole e a tricomoníase. A principa e mais indicadal forma de prevenção contra tais doenças
é através do uso de preservativos (feminino e/ou masculino) nas relações sexuais. Outros cuidados que devem ser
tomados como forma de prevenção contra DST:
§§ uso de agulhas e seringas descartáveis;
§§ não compartilhar instrumentos cortantes, como navalhas, lâminas de barbear, e alicates de unha;
§§ realizar exames pré-natais em mulheres grávidas – fundamental para evitar e cuidar possíveis DST (de mãe
para filho);
§§ vacinação contra hepatite B e HPV;
§§ controle do sangue usado em transfusões.
Aids
A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é uma doença causada pelo vírus HIV, um retrovírus capaz de
invader e destruir os linfócitos TCD4, fundamentais para a defesa do corpo, razão pela qual as consequências dessa
infecção é uma acentuada debilitação do sistema imune.
Durante a fase aguda (início) da infecção, existem pacientes assintomáticos; porém os sintomáticos podem
apresentar quadros similares aos da gripe, que, também podem desaparecer após um período de alguns dias.
Após alguns anos da contração, a infecção (fase crônica), devido à queda da taxa dos leucócitos conse-
quente do constante ataque viral, o sistema imunológico começa a se apresentar muito debilitado. O organismo
se torna sujeito à invasão e ataque de muitos patógenos, que levam podem levar ao desenvolvimento de doenças
oportunistas, assim chamadas, uma vez que, normalmente não se manifestam em pessoas saudáveis. Tais doenças
podem desencadear severas infecções e até mesmo levar o infectado à morte. Sintomas comuns nessa fase da AIDS
são febre, emagrecimento, diarreias, inchaço dos linfonodos, além de fadiga acentuada.
Além das possíveis formas citadas de contaminação para DST em geral, o HIV, em particular, pode ultra-
passar a barreira placentária, contaminando o feto de mãe portadora do vírus, assim como pode ser transmitido
através da amamentação. Por esse e outros muitos motivos, mães soropositivas necessitam ter acompanhamento
médico constante. Não foram desenvolvidas ainda vacinas nem medicamentos preventivos ou curativos contra a
aids. Entretanto, o tratamento está bem avançado e é à base de coquetéis antirretrovirais, ou seja, um conjunto
de medicamentos, que retardam significativamente a evolução da doença. Vale lembrar que um paciente pode
ser soropositivo, ou seja, ter o vírus HIV, porém não ter AIDS. Nesse caso, a pessoa não chegou ao estágio de mni-
festação de sinais e sintomas clínicos indicativos que acusam falha do sistema imunológico. Porém, esse paciente
soropositivo pode transmitir o vírus HIV.
189
Condiloma acuminado
Desencadeado pelo HPV (papilomavírus humano), também pode ser transmitido de mãe para filho, além de rela-
ções sexuais. No geral, as infecções mais comuns estão presentes nas regiões das genitálias masculina e feminina.
Formam lesões que aparecem com aspecto de altas verrugas dotadas de uma “crista” ou “cume”, justificando o
fato de ser popularmente conhecidas “crista de galo” ou “verruga genital”.
Tais verrugas podem ser retiradas através de administração de substâncias químicas; porém as lesões inter-
nas, que podem estar presentes no colo do útero, são assintomáticas e têm que ser tratadas para não evoluirem
para câncer de colo do útero, não sendo uma regra. Há vacina contra a infecção por HPV, é composta de três doses
e disponibilizada na rede pública, com algumas restrições de idade gratuitamente na rede pública de saúde para
meninos e meninas com idades entre 9 e 15 anos.
Herpes genital
A herpes é uma doença viral, causada especialmente pelo herpes vírus tipo 2 (HSV-2), com manifestação nos
órgãos genitais. Os sintomas são o aparecimento de vesículas (bolhas) cheias de líquido, que quando se rompem,
originam feridas. Tais sintomas podem desaparecer por algumas semanas ou meses, porém irão reaparecer com
menos severidade. Entretanto, normalmente as pessoas contaminadas por tais vírus são assintomáticas, o que não
é um sinal de que elas não podem transmiti-lo; podem e oferecem risco à outras pessoas. Durante o parto, o vírus
também pode ser passado para o bebê – se afetado é necessária assistência médica imediata, pois tal contamina-
ção pode ocasionar graves danos, inclusive ao sistema nervoso central.
Não há cura para tal patologia; no entanto, existem medicamentos que minimizam os sintomas e se utiliza-
dos no início da doença, podem até mesmo, evitar o aparecimento dos sintomas.
Hepatite B
Existem 5 tipos de hepatite virais: A, B, C, D, E, sendo que a hepatite B é aquela considerada sexualmente trans-
missível. O contágio pelo vírus C pode ocorrer mais raramente através de relações sexuais, bem como pelo tipo D,
que necessita a presença do vírus B, cuja transmissão pode ocorrer mais comumente via de sangue contaminado,
190
relação sexual e também de mãe para filho, durante o período gestacional e a amamentação.
No início, a hepatite B é assintomática. Caso os sintomas apareçam, manifestam-se através de sinais de
cansaço, tontura, enjoo, febre, dorabdominal, vômitos, além de pele e olhos amarelados (icterícia), urina escura e
fezes claras.
A hepatite B desenvolve-se através de duas formas: aguda – cuja infecção é de curta duração – e crônica
– cuja infecção é de longa duração, perdurando por mais de seis meses. Necessita de atenção e tratamento espe-
cífico, pois pode evoluir para cirrose ou até mesmo câncer hepático.
É disponibilizada vacina gratuita distribuída pelo SUS, constituída de três doses.
Gonorreia
Doença causada pela bactéria Neisseria gonorrheae, transmitida através de relações sexuais, mas também de mãe
para filho durante o parto. Caso a patologia não seja tratada e curada, pode levar à esterilidade. A manifestação
dos sintomas ocorre diferentemente entre homens e mulheres. Em indivíduos do sexo masculino, a manifestação
ocorre poucos dias após a contaminação, e abrange corrimento uretral e ardor ao urinar; já em mulheres, pode
haver pacientes assintomáticos, mas quando presentes é comum o corrimento vaginal esbranquiçado.
No tratamento dessa e demais doenças bacterianas que são sexualmente transmissíveis, é possível
utilizar antibióticos.
Sífilis
A sífilis é causada pela bactéria Treponema pallidum, cuja transmissão ocorre através de relações de sexuais e
também de mãe para filho durante a gestação.
A evolução do quadro da doença pode ser dividida em três estágios: no primeiro deles, por volta de um mês
passada a contaminação, aparecem nas genitálias o “cancro duro”, uma lesão de aspecto ulcerosa, praticamente
indolor, porém desaparece posteriormente; o segundo estágio seria, dentre outros sintomas, lesões cutâneas e
também presentes nas mucosas; e no terceiro estágio, estão incluídas lesões que se alastram por todo o corpo,
inclusive o SNC, resultando em provável cegueira,paralisia que pode ser geral e até mesmo levar à morte.
Cancro mole
Doença causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, com a transmissão através de relações sexuais. A manifes-
tação pode ocorrer após poucos dias da contaminação e perdurar por até duas semanas. Num primeiro momento,
surgem pequenas lesões nas genitálias – comuns na glande do pênis (homem) e no pudendo, no caso das mulheres
– porém, podem rapidamente evoluir para feridas dolorosas de consistência mole na base – daí o nome popular
cancro mole.
Tricomoníase
É desencadeada pelo protozoário flagelado Trichomonas vaginalis. Sua transmissão pode ocorrer de mãe para filho
durante o parto, mas também através do uso comum de instalações sanitárias, compartilhamento de toalhas ou
roupas de cama contaminadas. A manifestação ocorre diferentemente em homens e mulheres: nos homens, o pa-
rasita costuma infectar a uretra e a bexiga urinária, e embora quase sempre seja assintomática, pode levar à produ-
ção de corrimento uretral e dores ao urinar; já nas mulheres, pode levar à inflamação na vagina, com consequente
produção de secreção de cor amarelo-esverdeada e de odor fétido, também dores ao urinar. Existe tratamento com
uso de medicamentos, que deve ser indicado por um médico.
191
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
Vídeo Vamos falar sobre DST com dr. Esper Kallás ...vv
Fonte: Youtube
Fonte: Youtube
192
E.O. Aprendizagem está relacionada às diversas mutações que
ocorrem no vírus transmissor, o que dificulta
o tratamento da doença e possibilita maior
1. (UEPA) Foi veiculada na imprensa televisiva contágio.
a aprovação pela ANVISA (Agência Nacional d) a menor frequência de sífilis em relação à go-
de Vigilância Sanitária) da utilização da Va- norreia e à clamídia pode ser explicada pelo
cina Quadrivalente produzida pelo Labora-
fato de a população humana utilizar frequen-
tório Merck Sharp & Dohme contra o papi-
temente espermicidas e anticoncepcionais.
lomavírus humano (HPV), para meninas e
mulheres de 9 a 26 anos que não tenham
a infecção, o que irá conferir proteção con- 3. (UEPB) A principal atração dos festejos juni-
tra esse agente etiológico. Esta notícia foi nos em Campina Grande é o tradicional for-
bem recebida e amplamente comentada pela ró. Este ritmo encanta os brasileiros desde
população em decorrência do meio onde foi o início do século XX. A dança é realizada
veiculada. por casais, que dançam com os corpos bem
Disponível em: http://www.dst.com.br/gener.htm colados, transmitindo sensualidade. Nesse
ritmo de romantismo e sensualidade mui-
A vacina referida no texto é utilizada como tos casais são formados durante o São João,
medida preventiva para: o que preocupa a organização do evento e os
a) condiloma acuminado. órgãos de saúde pública em relação à trans-
b) candidíase.
missão de Doenças Sexualmente Transmis-
c) gonorreia.
síveis (DSTs). Com o objetivo de alertar os
d) sífilis.
forrozeiros de Campina Grande e de outras
e) AIDS.
cidades sobre a importância do uso do pre-
servativo como única forma de prevenção
2. (UEG) As doenças sexualmente transmissí-
das Doenças Sexualmente Transmissíveis,
veis (DSTs) são consideradas como um dos
entre elas, a AIDS, foi lançada a campanha
problemas de saúde pública mais comuns em
todo o mundo. Em ambos os sexos, tornam o “Quem tem atitude usa camisinha”, que
organismo mais vulnerável a outras doenças, distribuiu mais de 100 mil preservativos
inclusive à Aids, além de terem relação com durante o período da festa, e intensificou
a mortalidade materna e infantil. No Brasil, ações educativas e preventivas para orien-
as estimativas da Organização Mundial de tar e informar a população quanto à prática
Saúde (OMS) de infecções de transmissão se- do sexo seguro.
xual na população sexualmente ativa, a cada
ano, estão representadas no gráfico a seguir:
194
4. (UFSC) As DSTs (doenças sexualmente trans- Assinale a alternativa que contém todas as
missíveis) constituem um dos grandes pro- afirmações cientificamente válidas.
blemas de saúde pública mundial. É direito e a) Apenas I e II.
dever de todo cidadão manter-se informado b) Apenas II e III.
sobre as doenças sexualmente transmissí- c) Apenas III e IV.
veis, de forma a se proteger do contágio e d) Apenas I, II e III.
evitar a sua transmissão. Sobre elas, é COR- e) Apenas I, II e IV.
RETO afirmar que:
01) caso uma gestante tenha DST, seu filho não 6. (Mackenzie) Comparando-se as doenças AIDS
corre perigo de contrair a doença, pois não e Ebola, são feitas as seguintes afirmações:
há contato entre o sangue da mãe e o do I. o vírus HIV só é transmitido de uma pes-
bebê. soa para outra pelo contato sanguíneo,
02) a AIDS (em português, síndrome da imuno- enquanto o vírus Ebola, além do sangue,
deficiência adquirida) sempre causa lesões pode ser transmitido também por secre-
nos órgãos genitais. ções bucais e nasais.
04) a grande maioria das DSTs pode ser preve-
II. Para o combate à doença Ebola, há a vaci-
nida com o uso de preservativo (camisinha)
nação, enquanto para a AIDS não há esse
durante a relação sexual.
recurso.
08) as DSTs ocorrem apenas em pessoas que
III. A doença Ebola constitui uma endemia,
mantêm relações sexuais.
pois atingiu apenas alguns países da
16) toda DST causa lesão nos órgãos genitais.
África, enquanto a AIDS é uma epidemia,
32) a AIDS pode ser transmitida através do con-
pois sua ocorrência é mundial.
tato direto com o paciente, como um aper-
IV. Tanto o vírus HIV como o vírus Ebola
to de mão, ou através do contato indireto,
como o uso dos mesmos pratos, copos e ta- podem ser adquiridos pelo homem pelo
lheres. contato com o sangue de animais, como o
64) a AIDS é causada pelo vírus HIV (em por- macaco.
tuguês, vírus da imunodeficiência humana), Estão corretas, apenas:
que ataca as células do sistema imunológico a) I e II.
diminuindo a capacidade do organismo de b) I e III.
c) I e IV.
reagir às infecções mais comuns.
d) II e III.
e) II e IV.
5. No Carnaval, o Ministério da Saúde aumenta
a distribuição de preservativos para a popu-
lação e intensifica ainda mais as ações de 7. (UFC) A AIDS é uma doença infecciosa que
prevenção às doenças sexualmente transmis- afeta o sistema imunológico e cujo agente
síveis. Durante a festa, por tradição, alguns etiológico é o vírus HIV.
fatores acentuam os comportamentos que Assinale a alternativa que apresenta duas
deixam os foliões mais vulneráveis à infec- formas de transmissão do vírus da AIDS.
ção, como o aumento do consumo de bebi- a) Inalação de ar contaminado; uso de seringas
das alcoólicas e um clima de maior liberação não esterilizadas.
sexual. O uso adequado de preservativo, em b) Transfusão de sangue contaminado; ingestão
todas as relações sexuais, é apontado pelas de água contaminada.
pesquisas como a forma mais eficiente de c) Picada de inseto; contaminação do bebê por
prevenir doenças sexualmente transmissí- meio da amamentação.
veis (DST) como a AIDS, herpes, sífilis, go- d) Contato sexual sem o uso de preservativo;
norreia e outras. uso de talheres e copos contaminados.
As frases a seguir se referem a essas doen- e) Contaminação do feto, pela mãe, por meio
ças. Leia-as com atenção, procurando verifi- da placenta; contato sexual sem o uso de
car a veracidade do conteúdo científico. preservativo
I. Nas DST, o contágio ocorre durante a rela-
ção sexual, quando um dos parceiros está 8. Nem todas as doenças sexualmente trans-
contaminado. missíveis possuem sintomas, sendo assim,
II. Qualquer pessoa sexualmente ativa pode não é possível descobrir se uma pessoa apre-
contrair essas doenças. O risco pode ser senta alguma DST apenas olhando para ela.
maior para aqueles que trocam frequen- Baseando-se nessa informação, marque a
temente de parceiros. única alternativa que não garante a preven-
III. Os preservativos além de prevenirem con- ção contra uma dessas doenças:
tra as doenças podem também impedir a) Usar camisinha em toda relação sexual.
gravidez indesejada. b) Nunca compartilhar seringas.
IV. Todas essas doenças são provocadas por c) Não compartilhar objetos de uso pessoal,
fungos e bactérias. como lâmina de barbear.
195
d) Não compartilhar roupas íntimas. interior da célula hospedeira, a partir dos
e) Utilizar sempre métodos comportamentais seus processos metabólicos, recodificando
nas relações sexuais. sua própria replicação.
d) Tem um ciclo biológico no qual as partícu-
9. As doenças sexualmente transmissíveis po- las virais penetram inicialmente, nas célu-
las da camada profunda da pele ou das mu-
dem ser causadas por diferentes agentes,
cosas que são células mais diferenciadas do
tais como fungos, vírus, bactérias e proto-
epitélio escamoso e que não têm atividade
zoários. Entre as doenças abaixo, marque a mitótica.
única causada por um protozoário. e) Nos seus estágios de ativação, pode replicar-
a) Aids. -se e permanecer em sítio primário, ou pode
b) Tricomoníase. trilhar outros caminhos, tais como causar o
c) Hepatite. condiloma, doença que, nos seres humanos,
d) Candidíase. pode se expressar de forma assintomática,
e) Gonorreia. após o contato inicial.
1
0. O HPV provoca uma doença que ocasiona 2. (UEL) Uma infecção por HIV pode estar pre-
uma verruga genital, além de ter relação di- sente por vários anos antes da manifestação
reta com o câncer do colo do útero. Analise dos primeiros sintomas, sem que o portador
as alternativas a seguir e marque o nome da suspeite disso. Esse longo período de “latên-
DST provocada pelo HPV. cia” frequentemente ocasiona a transmissão
a) Herpes genital. viral.
b) Gonorreia.
c) Sífilis.
d) Condiloma acuminado.
e) Cancro mole.
E.O. Fixação
1. (UPE) O papiloma vírus humano (HPV) é o
principal causador do câncer de colo do úte-
ro, enfermidade considerada um dos princi-
pais problemas de saúde pública do Brasil.
Em Recife, esse tipo de câncer tem colocado
o estado de Pernambuco em evidência mun- Com base na figura e nos conhecimentos so-
dial, principalmente pelo elevado número de bre AIDS (síndrome da imunodeficiência ad-
casos registrados e por ser a terceira neopla- quirida), considere as afirmativas a seguir.
sia mais comum entre mulheres. Atualmen- I. No primeiro ano da infecção por HIV, o
te, para prevenir e ou reduzir a mortalidade sistema imune produz anticorpos contra
por essa doença, o Ministério da Saúde resol- diversos componentes celulares, incluin-
veu imunizar jovens na faixa entre 11 e 13 do DNA e proteínas nucleares.
anos de idade. II. Após o segundo ano, a concentração de
(Diário de Pernambuco, 11/03/2014. Disponível em: http:// células T diminui gradativamente, a con-
monsystemeimmunitaire.fr/etiquette/cancer. Adaptado) centração de HIV aumenta e a pessoa in-
fectada pode apresentar sintomas como
Assinale a alternativa CORRETA, com base inflamação dos linfonodos e febre.
no conhecimento sobre o papiloma vírus III. A partir do terceiro ano, as células T di-
humano. minuem e a concentração de HIV aumen-
a) São vírus de DNA de dupla fita, ou seja, ta, indicando que o indivíduo se torna
adenovírus, que provocam o aparecimento
mais suscetível a outras infecções que as
de verrugas de coloração rosada, úmidas e
células T normalmente eliminariam.
macias, de aspecto semelhante à couve-flor
IV. Após o nono ano, a concentração de HIV
tanto no órgão sexual do homem quanto no
da mulher. se estabiliza e um nível adequado de cé-
b) Pode ser transmitido indiretamente, pelo lulas T possibilita o desenvolvimento de
contato com a pele ou mucosa contami- respostas imunes.
nada, durante a relação sexual, ou pela Assinale a alternativa correta.
contaminação por meio de objetos como a) Somente as afirmativas I e III são corretas.
toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
ou banheiras. c) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) São vírus heterogêneos capazes de multipli- d) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
carem-se e de alterarem o seu genoma no e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
196
3. (PUC-MG) Já não se fala da Aids (campanhas O câncer do colo do útero é o segundo que
de prevenção e reportagens) como se falava mais mata mulheres em todo o mundo, sen-
há alguns anos, mas é sempre oportuno lem- do responsável por cerca de 240 mil mortes
brar que o HIV continua infectando e matan- por ano. Para 2006, a estimativa do Insti-
do milhares de pessoas por ano. tuto Nacional do Câncer (Inca) é de 19.260
A esse respeito, leia o texto a seguir. novos casos no Brasil. Porém, a boa notícia
Em pouco menos de 20 anos, a Aids já foi é o desenvolvimento de uma vacina contra o
responsável por cerca de 19 milhões de óbi- câncer de colo uterino, que previne contra os
tos no mundo inteiro. Somam-se a esses os quatro tipos mais frequentes de HPV (6, 11,
quase 34 milhões de portadores vivos de 16 e 18). Essa é a primeira vacina contra um
Aids no planeta. Acredita-se que grande par- câncer e deve ser aprovada ainda esse ano
te desses indivíduos não sobreviverá, pois pela Agência Nacional de Vigilância Sanitá-
vive em países que são estrutural e econo- ria (Anvisa).
micamente incapazes de prover tratamento. O Brasil participou dos testes para a verifi-
Supondo que a Aids fosse controlada hoje cação da eficácia da vacina. Nesses testes,
(o que é obviamente uma impossibilidade) 20.541 mulheres foram divididas em dois
e somente esses dois números juntos tota- grupos de forma aleatória. Durante três
lizassem o seu número de mortes, ela seria anos, 50% receberam a vacina, e as demais,
responsável por mais de 53 milhões de óbi- placebo (substância sem efeito medica-
tos. Esse número ultrapassa qualquer cala- mentoso). A vacina impediu em 100% das
midade pública já vivida pelo homem, seja pacientes os cânceres do colo do útero; em
ela de caráter natural, médico ou social. A 95%, as neoplasias cervicais de baixo grau;
peste negra, por exemplo, matou de 22 a em 99%, as verrugas genitais, e, em 100%,
45 milhões de pessoas na Europa. Mesmo a os pré-cânceres.”
gripe espanhola, talvez a mais grave epide- Fonte: Jornal “Estado de São Paulo”, 15/08/2006.
mia conhecida até então, matou cerca de 21
milhões de pessoas entre 1918 e 1919. Pos- Analisando as informações anteriores e de
sivelmente, com as nossas atuais “armas”, acordo com seus conhecimentos, é INCORRE-
seríamos capazes de frear em grande escala TO afirmar:
essas outras doenças. a) A vacinação de homens poderia contribuir
(Extraído de “Folha Explica A Aids”, de para a redução do câncer de colo uterino.
Marcelo Soares, Editora Publifolha, 2001.) b) A vacina desenvolvida não permite que as
verrugas se transformem em cânceres.
Com base no texto e em seus conhecimentos
c) A prevenção do câncer consiste em impedir
sobre o assunto, assinale a afirmativa IN-
a instalação e desenvolvimento do HPV.
CORRETA.
d) Algumas das mulheres que receberam place-
a) Deve estar ocorrendo seleção de um número
bo podem ter desenvolvido câncer do colo
maior de indivíduos resistentes à Aids nos
uterino.
países incapazes de prover tratamento para
aidéticos.
b) O tratamento com o coquetel antiaids favo- 5. (UFU) A figura a seguir representa o ciclo
rece a disseminação do HIV. vital do vírus da imunodeficiência humana
c) O aumento da população mundial e a inten- (HIV).
sificação dos contatos entre as diferentes
populações humanas favoreceram a pande-
mia de Aids.
d) O uso de antibióticos e vacinas, hoje dis-
poníveis, poderia ser útil na prevenção da
peste negra e a gripe espanhola, respectiva-
mente.
197
II. As letras A e C indicam moléculas de DNA. 8. (UFF) As Doenças Sexualmente Transmis-
III. O material genético do HIV é envolvido por síveis (DSTs) se tornaram um problema de
um capsídio de lipídios e glicoproteínas, Saúde Pública na faixa etária de 12 a 16
revestido por um envelope de proteínas. anos, dada a ilusão dos jovens em considerar
a) I e III são corretas. que outras formas de sexo (oral, anal, coito
b) I e II são corretas. interrompido) não apresentam riscos e que
c) II e III são corretas. metodologias exclusivamente contraceptivas
d) Apenas I é correta. (tabelinha, pílula anticoncepcional) são su-
ficientes para protegê-los.
6. (UFSCar) Determinado medicamento tem o Três adolescentes que se consideravam con-
seguinte modo de ação: suas moléculas in- taminados por alguma DST resolveram se
teragem com uma determinada proteína automedicar, usando um antifúngico (ado-
lescentes A e B) ou um antibiótico (adoles-
desestabilizando-a e impedindo-a de exercer
cente C). A tabela a seguir mostra a análise
sua função como mediadora da síntese de
dos três adolescentes para identificação das
uma molécula de DNA, a partir de um molde
respectivas DSTs.
de RNA. Este medicamento:
a) é um fungicida. Agente causativo (Nível = UA*)
b) é um antibiótico com ação sobre alguns tipos
de bactérias. Adolescente Vírus da
Neisseria Candida
c) impede a reprodução de alguns tipos de vírus. Imunodeficiência
gonorrhoeae albicans
Adquirida
d) impede a reprodução de alguns tipos de pro-
tozoários. A 5,60 0,10 0,12
e) inviabiliza a mitose.
B 0,20 8,50 0,18
198
milhões de pessoas em todo o mundo. O gráfico abaixo apresenta a incidência de novos casos de AIDS na
população de Santa Catarina em comparação com dados de todo o país.
1
0. Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, as doenças sexualmente transmissíveis
(DST) são transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pes-
soa infectada e, geralmente, manifestam-se por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.
Analise as alternativas a seguir e marque aquela que indica uma informação incorreta a respeito
das DSTs.
a) Toda DST apresenta sintomas característicos na região genital.
b) A gonorreia e a tricomoníase são exemplos de DST.
c) A camisinha é uma das melhores formas de se evitar o contágio por alguma DST.
d) Todos os tipos de relação sexual (oral, vaginal e anal) podem transmitir DST.
e) Algumas DST podem ser transmitidas durante a gravidez da mãe para o bebê.
E.O. Complementar
1. (UEM) “O HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o
sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas
são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois
de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. Ter o HIV não é
a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem
desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas,
pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a ama-
mentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações””
(Portal do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Disponível em: <http://www.aids.gov.br/>. Acesso em 06/06/2012)
Com relação às doenças sexualmente transmissíveis (DST) e ao sistema imune na espécie humana,
assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
01) A sífilis é causada pelo vírus Treponema Pallidum e, nas fases iniciais, caracteriza-se pelo aparecimento
de diversas lesões ulcerosas. Por ser grave, sua vacina foi amplamente distribuída na década de 1980
e hoje está erradicada da maioria dos países desenvolvidos e do Brasil.
02) O dispositivo intrauterino, DIU, apesar de ser um método anticoncepcional seguro, não oferece qual-
quer tipo de proteção contra o HIV e outras DSTs. Portanto o DIU não dispensa o uso da camisinha.
04) Nos primeiros meses após a infecção pelo HIV, a pessoa infectada poderá ter sua sorologia negativa
para o vírus. Esse período é conhecido como janela imunitária, não sendo possível a transmissão do
vírus nessa fase da infecção.
199
08) O sistema imunológico atua no combate às infecções e é constituído por diferentes tipos de glóbulos
brancos e pelos órgãos responsáveis pela produção e manutenção desses glóbulos. Entre os órgãos
associados a esse sistema estão o baço e o timo.
16) A vacinação é um exemplo de imunização passiva, uma vez que fornece anticorpos prontos para serem
utilizados e replicados pelos plasmócitos e linfócitos B.
2. (Ufpel) Um estudo sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em adolescentes foi realiza-
do no Rio de Janeiro, para identificar as principais causas dessas enfermidades. A média de idade
dos jovens portadores de DSTs foi de 16,8 anos, sendo que a idade média da primeira relação se-
xual foi de 14,7 anos. O uso infrequente de preservativo, o atraso escolar e o uso de drogas lícitas
e ilícitas foram as principais variáveis associadas, nesse estudo, às DSTs. A tabela a seguir mostra
a distribuição das DSTs nos adolescentes avaliados.
De acordo com o texto, a tabela e seus conhecimentos sobre DSTs, analise as afirmativas a seguir.
I. A segunda DST em ocorrência para ambos os sexos é transmitida pelo papilomavírus humano,
responsável pelo surgimento de lesões verrugosas na região genital e anal, podendo alguns
tipos de HPV provocar câncer de colo do útero.
II. Portadores de DST que apresentam lesões na genitália têm mais chance de contrair o HIV –
vírus que ataca o sistema imunológico e que pode ser transmitido, durante o ato sexual, por
contato com o sêmen e/ou secreção vaginal contaminados, por contato com sangue infectado e
por compartilhamento, entre usuários de drogas injetáveis, de agulhas contaminadas.
III. As DSTs que mais ocorreram nas adolescentes são transmitidas por vírus durante o contato
sexual sem preservativo, através do sêmen ou da secreção vaginal contaminados.
IV. A terceira DST em ocorrência para ambos os sexos é transmitida exclusivamente pelo ato sexual
sem o uso de preservativo, tendo como agente causal um vírus que provoca desde lesões na
genitália até lesões cardiovasculares.
a) II e III.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I e II.
e) I e III.
3. (PUC-PR) Vírus é uma entidade biológica que pode infectar organismos vivos. Vírus são parasitas
intracelulares obrigatórios e isso significa que eles somente se reproduzem pela invasão e controle
da maquinaria de auto-reprodução celular. O termo VÍRUS geralmente se refere às partículas que
infectam eucariontes, enquanto o termo FAGO é utilizado para descrever aqueles que infectam proca-
riontes. Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico cercada
por alguma estrutura protetora consistente de proteína também conhecida como envelope viral ou
capsídeo; ou feita de proteína e lipídio. São conhecidas aproximadamente 3.600 espécies de vírus,
sendo que algumas são patogênicas para o homem.
200
Analise as proposições sobre os vírus: e) A vasectomia é um método anticoncepcio-
I. Vírus com a enzima transcriptase rever- nal masculino que consiste na retirada da
sa são possuidores de RNA como material vesícula seminal, que produz o sêmen, que
genético e são capazes de promover có- deste modo, não é liberado na ejaculação.
pias de moléculas DNA a partir de molé-
culas de RNA. 5. (UFF) Cientistas da Universidade Estadual
II. Febre amarela, dengue, varíola, poliomie- de Nova York, EUA, sintetizaram o vírus da
lite, hepatite, hanseníase, Aids, condilo- poliomielite. Foi o mais perto que se chegou
ma, sarampo, sífilis e caxumba são exem- de criar-se vida em laboratório, já que os ví-
plos de viroses humanas. rus, embora tenham material genético e ca-
III. Há vírus bacteriófagos capazes de reali- pacidade de se multiplicar como bactérias,
zar o ciclo lítico onde a célula infectada
plantas e seres humanos, não são considera-
não sofre alterações metabólicas e acaba
dos organismos vivos.
gerando duas células filhas infectadas.
“Jornal do Brasil”, Rio de Janeiro, 12 de jul. 2002
IV. Antibióticos como a penicilina, cefalexi-
na e ampicilina não são indicados para o Os seguintes esquemas simplificados suge-
tratamento de viroses pois os vírus, devi- rem alguns dos possíveis mecanismos que
do a sua elevada capacidade mutagência,
poderiam explicar a multiplicação viral em
desenvolvem rapidamente resistência a
uma célula:
esses medicamentos.
V. Normalmente, os vírus apresentam es-
pecificidade em relação ao tipo de célula
que parasitam. Assim, o vírus da hepa-
tite tem especificidade pelas células he-
páticas; os vírus causadores de verrugas
têm especificidade por células epiteliais;
assim como os vírus que atacam animais
são inócuos em vegetais e vice-versa.
Estão corretas:
a) II, III e IV.
b) I, II e III.
c) apenas I e V.
d) I, IV e V.
e) apenas III e V. Identifique o esquema que representa o me-
canismo de multiplicação do vírus da AIDS:
4. A capacidade de reprodução representa uma
a) esquema I.
das mais marcantes características gerais
b) esquema II.
dos seres vivos e basicamente consiste no
c) esquema III.
mecanismo em que um ou dois organismos
d) esquema IV.
originam novos indivíduos contribuindo
e) esquema V.
para a perpetuação da espécie.
(PAULINO, W. R. Biologia - Volume
único. São Paulo. Ed. Ática, 2003.)
201
a) Qual é a dificuldade em se desenvolver uma vacina para a AIDS?
b) Quais as diferenças ao se aplicar a terapia gênica utilizando células-tronco e utilizando células somá-
ticas?
2. (UFC) A Inglaterra anunciou que meninas entre 12 e 13 anos poderão receber vacina contra o HPV
(papilomavírus humano), que causa grande parte dos tipos de câncer do colo do útero, além do
condiloma acuminado. Com base nessa informação, responda ao que se pede.
a) Cite dois métodos que podem impedir a contaminação por essa doença e ao mesmo tempo evitar uma
gravidez não planejada.
b) Considerando a diversidade de opção sexual, vacinar apenas indivíduos do sexo feminino será uma me-
dida eficaz para acabar com a transmissão da doença condiloma acuminado na população? Justifique.
c) A descoberta e a utilização de uma vacina para uma determinada doença é um grande avanço para a
saúde pública. Porém, além das vacinas existe também o soro como forma de imunizar a população.
Qual a diferença entre vacina e soro e qual é o mais indicado para uma situação na qual o antígeno já
está no organismo?
d) O HPV é um vírus, e os vírus não são considerados como seres vivos por muitos cientistas. Qual a prin-
cipal justificativa para não se considerar vírus como um ser vivo?
3. (UFRJ) Em 1928, Alexander Fleming isolou a penicilina a partir de culturas de fungos do gênero ‘Pe-
nicilium’. Primeiro antibiótico conhecido, a penicilina foi produzida em larga escala para o combate
às infecções bacterianas. Desde então, inúmeros outros antibióticos foram isolados de seres vivos ou
sintetizados em laboratório. Cada um destes antibióticos interfere em uma via do metabolismo das
bactérias. Os antibióticos, porém, são inúteis no combate às infecções por vírus.
Explique por que os antibióticos não têm efeito contra os vírus.
Um aluno do Ensino Médio de Rio Bananal, preocupado com a contaminação por hepatite B, pre-
tende produzir um texto informativo para esclarecer a população do seu município. Nesse sentido,
fez um levantamento e observou que:
I. a vacinação em massa, realizada em 1999, não impediu a proliferação da doença;
II. a população do município é pequena, e ocorre um elevado número de casamentos entre indiví-
duos dessa região;
III. a vacinação, feita em novembro de 2001, foi seletiva, priorizando pessoas com idade acima de
20 anos, profissionais da saúde, policiais e bombeiros.
Com base em seus conhecimentos sobre esse assunto e nas informações acima, responda:
a) Qual o tipo de agente etiológico envolvido na hepatite B?
b) Qual a característica do agente etiológico que justifica a observação I?
c) Quais as justificativas para as observações II e III, considerando o modo de transmissão da hepatite B?
5. O uso de preservativo masculino (“camisinha”) tem sido amplamente divulgado e estimulado nos
dias de hoje. Cite finalidades para uso da camisinha.
202
E.O. UERJ - Exame Discursivo
1. (UERJ) Os antibióticos, largamente usados no combate às infecções bacterianas, deveriam matar
as bactérias de modo seletivo, sem interferir no metabolismo das células do corpo humano, o que
nem sempre ocorre.
a) Os derivados de cloranfenicol, apesar de terem sido usados como antibióticos, por atuarem sobre o
ribossomo de bactérias, também interferem na função de uma organela humana. Indique o processo
que é inibido pelo cloranfenicol e explique por que apenas uma organela humana é afetada por sua
ação.
b) O tratamento prolongado com qualquer antibiótico por via oral pode levar à carência de algumas
vitaminas. Cite uma dessas vitaminas e explique como a antibioticoterapia oral pode provocar sua
carência.
2. (Unifesp) HIV e HPV são vírus responsáveis por duas das principais doenças sexualmente trans-
missíveis (DSTs) da atualidade, a AIDS e o condiloma (ou crista-de-galo), respectivamente. Em
julho de 2003, os meios de comunicação divulgaram que foi liberado, apenas para testes, o uso
de um gel que impediria o contágio pelo vírus da AIDS por meio do ato sexual. Esse gel, usado na
vagina ou no ânus, possui substâncias que reconhecem e destroem a cápsula proteica do vírus.
Considerando tal mecanismo de ação, pode-se afirmar corretamente que:
a) princípio de ação semelhante poderia ser usado para a produção de medicamentos contra o HPV, cau-
sador do condiloma ou crista-de-galo, mas não seria eficiente contra a sífilis.
b) a prevenção da gonorreia, doença para a qual também não há vacina, poderia ser feita por um gel que
apresentasse o mesmo mecanismo de ação.
c) embora a cápsula proteica seja destruída, se o material genético do vírus continuar íntegro, isso é
suficiente para que ele infecte novas células naquele meio.
d) se os resultados forem completamente positivos, esse medicamento liberará a população do uso defini-
tivo da camisinha como preservativo das DSTs de uma forma geral, mas não como método contracep-
tivo.
e) o uso do gel, se der resultados, será mais eficiente que o uso de uma possível vacina na diminuição
da incidência da doença, já que não incorre na inoculação de vírus mortos ou atenuados no corpo
humano.
203
3. (Fuvest) Analise o gráfico abaixo:
4. (Unifesp) Uma mulher com idade entre 25 e 35 anos foi contaminada pelo vírus HIV depois de
receber transfusão de sangue (...). A contaminação da mulher pode ter ocorrido em razão da cha-
mada “janela imunológica”.
(“Folha de S. Paulo”, 06.08.2005.)
204
E.O. Dissertativas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unifesp)
a) A partir do início deste século, as agências oficiais de saúde passaram a desenvolver campanhas de
prevenção voltadas diretamente ao público feminino. Como os dados do gráfico justificam esta inicia-
tiva?
b) Cite outras duas doenças que são transmitidas pelas mesmas vias que a AIDS.
Lembre-se de que cada droga reconhece e atua sobre uma região específica da enzima transcriptase
reversa, e que as enzimas dependem de sua composição de aminoácidos e estrutura espacial para
exercer sua função.
a) Do ponto de vista evolutivo, e considerando a ação da seleção, explique o que ocorreria com a popu-
lação viral se fosse utilizada uma única droga.
b) Por que o tratamento só se mostrou eficaz com a administração conjunta das três drogas?
205
4. (Unifesp) Alguns antibióticos são particu-
larmente usados em doenças causadas por Gabarito
bactérias. A tetraciclina é um deles; sua ação
impede que o RNA transportador RNAt) se
ligue aos ribossomos da bactéria, evitando a
progressão da doença.
E.O. Aprendizagem
a) Que processo celular é interrompido pela 1. A 2. B 3. E 4. 04 + 64 = 68 5. D
ação da tetraciclina? Qual é o papel do RNAt
6. C 7. E 8. E 9. B 10. D
nesse processo?
b) Em que local, na bactéria, ocorre a síntese
do RNAt? Cite dois outros componentes bac-
terianos encontrados nesse mesmo local. E.O. Fixação
1. A 2. C 3. B 4. B 5. D
5. (Unesp) Na música “Vila do Sossego”, com-
posta e gravada por Zé Ramalho, encontra- 6. C 7. 01 + 02 + 08 + 16 = 27 8. B
mos os versos:
Meu treponema não é pálido, nem viscoso. 9. 02 + 04 + 08 + 16 = 30 10. A
Os meus gametas se agrupam no meu som.
Os versos aparentemente fazem referência a
um microorganismo causador de uma doença
sexualmente transmissível. E.O. Complementar
a) A qual grupo (vírus, bactéria ou protozoá- 1. 02 + 08 = 10 2. D 3. C 4. A 5. D
rio) e espécie pertence este microorganis-
mo? Qual a doença que causa?
b) Se esta é uma doença sexualmente transmis-
sível, como explicar o fato de algumas crian- E.O. Dissertativo
ças, filhas de mães não tratadas, nascerem 1.
com lesões no sistema nervoso central? a) A grande dificuldade em se desenvolver
uma vacina para esse vírus é sua elevada
taxa de mutação. Como conseqüência des-
se processo, a composição de seus antíge-
nos de superfície é alterada, dificultando
sua identificação pelas células de defesa
específicas e a sucessiva atuação eficaz do
sistema imunológico.
b) A utilização de células-tronco apresenta
vantagem, pois como ainda são indiferen-
ciadas, possuem maior capacidade prolife-
rativa e de diferenciação em outros tipos
celulares; enquanto as células somáticas
já são diferenciadas, não podendo dar ori-
gem a outras linhagens celulares e ainda
têm menor capacidade proliferativa.
2.
a) Preservativo masculino e preservativo fe-
minino ou ainda a abstinência sexual.
b) Não será, porque há casais homossexuais
masculinos que caso se relacionem sem
preservativo podem transmitir e/ou con-
trair o vírus.
c) A vacina é uma forma de imunização ati-
va e preventiva, contém o antígeno em
forma atenuada ou os microrganismos
mortos, assim estimula o sistema imuno-
lógico da pessoa que a recebe; o soro é
uma forma de tratamento, pois contém
anticorpos, assim seria o mais indicado
para utilização na situação descrita.
d) Serem acelulares.
206
3. Pois os antibióticos interferem no funcio- b) São outros exemplos de doenças sexual-
namento de organismos providos de capaci- mente transmissíveis: o HPV (papiloma
dade metabólica, como bactérias; assim não vírus), a hepatite B, a gonorreia e a sífilis.
agem em vírus, porque eles não tem metabo- 2.
lismo próprio. a) São organismos que recebem e expressam
4. genes de outros seres vivos.
a) Vírus. b) O HIV é parasita específico de animais, por
b) O vírus causador da hepatite B sofre mu- isso caso ingerido com o vegetal transgê-
tações e por isso a vacina não é capaz de nico, sua composição seria digerida por
prevenir contra todas as formas mutantes enzimas digestivas de um indivíduo.
do vírus. 3.
c) A transmissão viral se dá de maneira di- a) A utilização de apenas uma droga possi-
reta, através de objetos contaminados e bilitaria a seleção de linhagens virais re-
de relações sexuais. Sabido que jovens sistentes ao medicamento – por mutação
abaixo de 20 anos muitas vezes já são se- – tornando-o ineficaz.
xualmente ativos, a vacinação de apenas b) Pois seu uso conjunto diminui a probabi-
determinados grupos não é plenamente lidade de haver sobreviventes, pois seria
eficaz na prevenção da doença. mais difícil haver linhagens resistentes
5. Evitar doenças como sífilis e gonorreia, con- aos três medicamentos.
trole de natalidade, prevenção da Aids. 4.
6. Aids. a) O antibiótico interrompe a tradução do
7. Consiste em cortar ou amarar os ductos defe- RNAm, ou seja, a síntese das proteínas
rentes, com isso, os espermatozoides produ- bacterianas. O RNAt conduz os aminoáci-
zidos nos testículos não chegam até a uretra dos aos ribossomos.
e não podem ser eliminados do corpo. b) O RNAt é transcrito a partir do DNA dis-
perso no citosol bacteriano. No citosol
8. Age impedindo a passagem dos espermato-
bacteriano também encontram-se ribos-
zoides para o útero e, consequentemente, somos e cromatina (DNA).
para as tubas uterinas. 5.
9. Ardência ao urinar e eliminação de gotas de a) Bactéria ‘Treponema pallidum’, causado-
pus pela uretra. ra da sífilis.
b) Isso acontece porque a bactéria pode
atravessar a barreira placentária, alcan-
E.O. UERJ çando e provocando no feto a infecção e
consequentes lesões no sistema nervoso
Exame Discursivo central.
1.
a) A síntese proteica.
Podem interferir nas mitocôndrias, pois
seu mecanismo de síntese de proteínas é
parecido com o das bactérias.
b) Esse tratamento pode eliminar as bacté-
rias intestinais mutualísticas, importan-
tes para produção de vitamina K e vita-
minas do complexo B. Assim o indivíduo
pode sofrer carência dessas vitaminas.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp
1. C 2. A 3. E 4. D
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) A ênfase das campanhas preventivas con-
tra DSTs no público feminino se justifica
pelo aumento na taxa de mulheres infec-
tadas – mostrado no gráfico.
207
INFOGRÁFICO:
Abordagem da BIOTECNOLOGIA E GENÉTICA nos princi-
pais vestibulares.
FUVEST – Assunto que foi cobrado nos últimos anos pela FUVEST, teve como principal ponto a
mutação relacionada com a transcrição e tradução de proteínas pela célula, assunto que desafia o
vestibulando, pois não é simples de compreender.
LD
ADE DE MED UNICAMP – Frequentemente perguntado na prova, co-
CU
IC
1963
BO
ENEM / UFRJ – Bastante cobrado no ENEM, o tema abordado pela matéria é cobrado
diretamente no Enem em forma de conceito, se o aluno consegue reconhecer um padrão
apresentado em um texto. Já o vestibular da UFRJ não tem cobrado esse assunto.
BIOTECNOLOGIA E GENÉTICA
Aulas 45 e 46: Herança quantitativa 211
Aulas 47 e 48: Mutações 227
Aulas 49 e 50: Genética de populações 251
Aulas 51 e 52: Biotecnologia e engenharia genética 267
Aulas
45 e 46
Herança quantitativa
Competência 4
Habilidades 13, 14 e 15
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Herança quantitativa
A herança quantitativa ou poligênica é um exemplo de interação gênica em que os genes relacionados a uma ca-
racterística apresentam efeito aditivo na sua composição. Isso significa que o número de alelos em forma dominante
determina a expressão fenotípica, que mostra, entre indivíduos de uma população, variações graduais, de um fenótipo
mínimo até chegar a um máximo. Algumas características sujeitas a esse tipo de herança são de importância econô-
mica, como a biomassa na produção de gado de corte, a quantidade de leite e o tamanho de espigas de milho. Na
espécie humana, podemos destacar a estatura, cor da pele, e a inteligência como exemplos de herança quantitativa.
A manifestação dessas heranças, a partir do fenótipo, também depende de fatores ambientais, como a alimentação,
para a estatura, e a exposição à luz solar, para a cor da pele.
Suponhamos um modelo que propõe explicar a cor da pele na espécie humana pela ação de dois pares de genes
(AaBb) sem dominância. Ambos os genes A e B determinam a produção da mesma quantidade do pigmento mela-
nina e têm efeito aditivo. Logo, é possível concluir que deveriam existir cinco tonalidades de cor na pele humana,
segundo a quantidade de genes A e B. Veja, a seguir, a proposta desse modelo:
Genótipos Fenótipos
aabb branco
AABB negro
Note que quanto mais alelos dominantes, mais escura é a cor da pele. Por isso, um indivíduo AABB tem
pele negra, enquanto que aquele aabb apresenta pele branca. Observe os resultados genotípicos e fenotípicos que
seriam obtidos a partir do cruzamento de dois indivíduos mulatos médios duplo-heterozigotos:
mulato médio x mulato médio
AaBb AaBb
AB Ab aB ab
fenótipos: 1
___ 4
___ 6
___ 4 ___
___ 1
16 16 16 16 16
branco mulato claro mulato médio mulato escuro negro
213
A representação com dois pares de genes para a herança de cor da pele é apenas didática. Na realidade, há
mais pares de genes envolvidos nessa herança; portanto, há um número maior de fenótipos intermediários entre
a cor branca a cor negra.
Na primeira linha, é colocado o número 1, pelo qual também todas as demais linhas são iniciadas e termi-
nadas. Os números seguintes ao inicial de cada linha são resultados da soma do número imediatamente acima com
aquele à esquerda (caso não haja um número acima ou à esquerda, é considerado zero). A proporção apontada
na quinta linha é 1:4:6:4:1. Confira esse resultado com aquele da tabela de cruzamento entre indivíduos mulatos-
-médio, conforme visto anteriormente.
Acompanhe, na tabela, o resumo com os tipos de herança estudados e a proporção fenotípica clássica em
que aparecem:
9 :
___ 6
___ : 1
___
Interação gênica Forma dos frutos em abóbora 16 16 16
discoide esférica alongada
9 : ___
___ 3 : ___
4
Epistasia recessiva Cor da pelagem nos ratos 16 16 16
aguti albino preto
214
Pleiotropia: um par de genes, várias características
Damos o nome de pleiotropia à situação em que um par de genes alelos participa da expressão de várias ca-
racterísticas no mesmo organismo. É um fenômeno que prova que a ideia de que cada gene afeta apenas uma
característica nem sempre é válida. É o caso, por exemplo, de certos ratos que nascem com costelas espessadas,
traqueia estreita, pulmões com elasticidade diminuída e narinas bloqueadas, o que, fatalmente, os levará à morte.
Como todas essas características estão relacionadas a apenas um par de genes, podemos afirmar que é um caso
de pleiotropia
215
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Muitas características do nosso corpo são expressas por herança quantitativa, e são notadas diariamente, como a
pigmentação da pele, cabelo e olhos, altura, entre outros. Essa herança também pode ser observada nos animais.
INTERDISCIPLINARIDADE
A herança quantitativa, como o próprio nome sugere, pode respeitar padrões e ser inferido por cálculos matemá-
ticos. O domínio de cálculos de combinação e probabilidade facilitam a compreensão e resolução dos exercícios,
assim como a maioria dos exercícios de genética.
216
E.O. Aprendizagem genes “maiúsculos” e dois genes “minúscu-
los” no genótipo retêm uma quantidade in-
termediária de água.
1. (PUC-RS) A doença de Gaucher, autossômica Na genealogia abaixo, são dados os genóti-
recessiva, afeta o metabolismo dos lipídios. pos dos animais indicados pelos números
O afetado, se não tratado, tem aumento do 1, 2, 3 e 6. Considerando que os genes em
questão se segregam independentemente,
fígado e do baço, anemia, diminuição de pla-
qual a probabilidade de os indivíduos 7 e 8
quetas e de glóbulos brancos, desgaste ós- apresentarem simultaneamente retenção in-
seo, fadiga, cansaço e atraso de crescimento. termediária de água?
É correto afirmar que um paciente com esta
doença transmite o gene defeituoso para:
a) seus filhos homens, apenas.
b) suas filhas mulheres, apenas.
c) 25% de sua descendência, apenas.
d) 50% de sua descendência, apenas.
e) 100% de sua descendência.
a) __ 1 .
2
2. (UFRN) A cor da pele humana é consequên-
cia do efeito cumulativo de mais de um gene, b) 1 .
__
3
de modo que cada gene contribui igualmente c) __ 1 .
para o fenótipo. O gráfico que representa a 4
proporção fenotípica nesse tipo de herança é: d) 1 .
__
8
e) 1 .
___
16
Frequência
fenotípica
a) 4. (Mackenzie)
número de
baixa alta cor da semente
Concentração de Melanina genes dominantes
4 vermelho escuro
Frequência
fenotípica
3 vermelho médio
b)
2 vermelho
baixa alta
1 vermelho claro
Concentração de Melanina
nenhum branco
Frequência
a) 3/8.
d) b) 1/8.
baixa alta
c) 3/16.
Concentração de Melanina d) 6/8.
e) 5/8.
217
6. (Cesgranrio) O gráfico a seguir representa 8. (PUC-RS) Se compararmos as sequências de DNA
um tipo de herança onde os caracteres va- de duas pessoas, veremos que são idênticas:
riam de forma gradativa. a) apenas nos cromossomos autossômicos.
As opções a seguir são exemplos deste tipo de b) apenas no cromossomo mitocondrial.
herança no homem, EXCETO uma. Assinale-a. c) no cromossomo X, se forem de duas mulhe-
Proporção res.
6 d) no cromossomo Y, se forem de dois homens.
e) em tudo, se forem de gêmeos monozigóticos.
4
9. (UFSCar) O exame de um epitélio e do tecido
nervoso de um mesmo animal revelou que
suas células apresentam diferentes caracte-
1 rísticas. Isso ocorre porque:
a) as moléculas de DNA das duas células carre-
Classes Fenotípicas gam informações diferentes.
a) Estatura. b) os genes que estão se expressando nas duas
b) Inteligência. células são diferentes.
c) Obesidade. c) o mecanismo de tradução do RNA difere nas
d) Fator Rh. duas células.
e) Cor da pele. d) o mecanismo de transcrição do DNA nas duas
células é diferente.
7. (UFC) Com base no conhecimento sobre os e) os RNA transportadores das duas células são
processos genéticos, identifique, entre as diferentes.
palavras destacadas, aquela que corresponde
aos fenômenos descritos nas assertivas a se- 1
0. Sabendo-se que do casamento entre um mu-
guir e circule-as. lato médio e uma mulher mulata clara nas-
a) Suponha o indivíduo diíbrido AaBb cujas cé- ceram crianças brancas e mulatas, assinale
lulas germinativas entraram no processo de a alternativa que apresenta a sequência de
meiose e originarão quatro tipos de game- genótipos do pai e da mãe respectivamente:
tas, cada tipo na proporção de 25%. a) AAbb Aabb.
SEGREGAÇÃO INDEPENDENTE – LIGAÇÃO GÊ- b) aaBB aaBb.
NICA – GENES LIGADOS c) AAbb aaBb.
b) Um único par de alelos de uma espécie de d) AaBb Aabb.
mamífero é responsável pela manifestação e) aaBB Aabb.
do formato das orelhas e pelo comprimento
do pelo.
INTERAÇÃO GÊNICA – PLEIOTROPIA – E.O. Fixação
HERANÇA POLIGÊNICA
c) Cruzou-se uma variedade de grãos brancos 1. (PUC-CAMP) Para uma determinada planta,
com outra variedade de grãos vermelhos. suponha que a diferença entre um fruto de
Após o cruzamento entre si dos indivíduos 10 cm de comprimento e um de 20 cm de
da geração F2, obtiveram-se grãos brancos, comprimento seja devida a dois genes, cada
grãos de cores intermediárias e grãos verme- um com dois alelos, que têm efeito aditivo
lhos. e que se segregam independentemente. Na
HERANÇA QUANTITATIVA – INTERAÇÃO EPIS- descendência do cruzamento entre dois in-
TÁSICA – HIPOSTASIA divíduos que produzem frutos com 15 cm,
d) Uma determinada doença é manifestada por espera-se uma proporção de plantas com fru-
alelos recessivos. Um casal em que ambos
tos de 17,5 cm igual a:
são portadores dessa doença teve todos os
a) 9/16.
filhos, de ambos os sexos, portadores.
b) 1/2.
HERANÇA LIGADA AO SEXO – HERANÇA AU-
c) 3/16.
TOSSÔMICA – CODOMINÂNCIA
d) 1/4.
e) Em uma determinada anomalia fenotípica, a
população afetada apresenta diferentes in- e) 1/8.
tensidades de manifestação do fenótipo, o
que pode depender de outros genes ou de 2. (PUC-MG) Em um caso de herança quantita-
outros fatores que influenciam nessa inten- tiva, estão envolvidos três pares de genes,
sidade de manifestação. “a”, “b” e “c”. Cruzando-se dois indivíduos
AUSÊNCIA DE DOMINÂNCIA – PENETRÂNCIA triplo heterozigotos, a proporção de homozi-
GÊNICA – EXPRESSIVIDADE GÊNICA gotos esperada é de:
218
a) 1/2. 6. (UEL) Em certa espécie vegetal, a altura dos
b) 1/8. indivíduos é determinada por dois pares de
c) 1/16. alelos de efeito aditivo e segregação inde-
d) 1/32. pendente: cada alelo P e R determina 20 cm
e) 1/64. de altura e cada alelo p e r determina 10 cm.
Assim, os indivíduos PPRR têm 80 cm e os
3. (Unirio) As diferenças hereditárias entre indivíduos pprr, 40 cm. O gráfico a seguir
os indivíduos de uma população podem ser representa a distribuição das classes fenotí-
classificadas em qualitativas e quantitativas. picas observada nos descendentes dos cruza-
A esse respeito, assinale a opção correta. mento entre heterozigotos PpRr.
a) Na herança de caracteres quantitativos,
existe um grande contraste entre as caracte- III
Nº de indivíduos
rísticas que um dado traço fenotípico pode
apresentar. II IV
b) Na herança de caracteres qualitativos, um
dado traço de fenótipo apresenta-se sob
grande variedade de formas, em geral com I V
pequenas diferenças entre si.
c) Altura, peso e cor da pele são exemplos de al- 40 50 60 70 80 Altura (cm)
gumas características quantitativas do homem.
Nesse gráfico, os indivíduos PPRr e Pprr es-
d) Os caracteres qualitativos, em sua maioria,
tão incluídos, respectivamente, em:
sofrem grande influência do meio.
a) IV e V.
e) A altura não é uma característica hereditá-
b) IV e II.
ria, já que um indivíduo cresce menos se não c) III e II.
receber a alimentação adequada na infância. d) III e I.
e) I e V.
4. (Cesgranrio) A pigmentação da pele huma-
na é condicionada por pares de genes com 7. (PUC-MG) A cor da íris dos olhos na espé-
ausência da dominância. Suponhamos que
cie humana é uma HERANÇA QUANTITATIVA
apenas dois pares de genes estivessem en-
determinada por diferentes pares de alelos.
volvidos na cor de pele: o negro seria SSTT e
o branco, sstt. Nesse tipo de herança, cada alelo efetivo,
Um homem mulato, heterozigoto nos dois representado por letras maiúsculas (N e B),
pares, tem 6 filhos com uma mulher mulata adiciona um mesmo grau de intensidade ao
de genótipo igual ao seu. Sobre os filhos do fenótipo. Alelos representados por letras mi-
casal, pode-se afirmar que: núsculas (n e b) são inefetivos.
a) todos são mulatos como os pais. Um outro gene alelo A com segregação inde-
b) cada um deles tem uma tonalidade de pele pendente dos outros dois alelos menciona-
diferente da outra. dos é necessário para a produção de melani-
c) um ou mais deles podem ser brancos. na e consequente efetividade dos alelos N e
d) a probabilidade de serem negros é maior do B. Indivíduos aa são albinos e não depositam
que a de serem brancos. pigmentos de melanina na íris.
e) 50% apresentam pele branca e 50%, pele negra.
219
b) Considerando-se apenas os dois pares de alelos aditivos, são possíveis vários genótipos, mas apenas
cinco fenótipos.
c) A não ocorrência de cruzamentos preferenciais em uma população não albina, cuja frequência de ale-
los N e B seja igual, favorece um maior percentual de descendentes com fenótipo intermediário.
d) O cruzamento de indivíduos NnBbAa com nnbbaa pode produzir oito fenótipos diferentes.
8. (FGV) Um pesquisador obteve várias sementes de uma mesma planta, sementes essas com diferen-
tes pesos. Na figura, a curva 1 representa a distribuição de peso dessas sementes. Dentre essas
sementes, as mais leves foram plantadas e originaram novas plantas cujas sementes eram, em
média, mais leves que as da geração anterior. A curva 2 representa a distribuição de peso dessas
novas sementes. O mesmo ocorreu com as sementes mais pesadas que, plantadas, originaram
novas plantas cujas sementes eram, em média, mais pesadas que as da geração anterior, como
representado na curva 3. O valor X, peso em g, é o mesmo nas três curvas.
Sabendo-se que o plantio das sementes e desenvolvimento das novas plantas deram-se sob as
mesmas condições ambientais (composição do solo, luz, temperatura e umidade), pode-se supor
corretamente que a variação no peso das sementes é:
a) geneticamente determinada. Se fosse determinada por fatores ambientais, as descendentes das
sementes mais leves deveriam apresentar a mesma distribuição de peso das descendentes das se-
mentes mais pesadas.
b) geneticamente determinada. Se fosse determinada por fatores ambientais, as descendentes das se-
mentes mais leves deveriam apresentar distribuição de peso indicando serem estas mais leves que as
descendentes das sementes mais pesadas.
c) geneticamente determinada. Se fosse determinada por fatores ambientais, as descendentes das semen-
tes mais leves deveriam apresentar distribuição de peso indicando serem estas mais pesadas que as
descendentes das sementes mais pesadas.
d) devido a fatores ambientais. Se fosse geneticamente determinada, as descendentes das sementes mais
leves deveriam apresentar a mesma distribuição de peso das descendentes das sementes mais pesadas.
e) devido a fatores ambientais. Se fosse geneticamente determinada, as descendentes das sementes mais
leves deveriam apresentar distribuição de peso indicando serem estas mais leves que as descendentes
das sementes mais pesadas.
9. (Cesgranrio) Supondo que a cor da pele humana seja condicionada por apenas dois pares de genes
autossômicos (A e B) contribuintes, qual a probabilidade de um casal de mulatos, ambos com ge-
nótipo AaBb, ter um filho branco?
a) 1/16.
b) 4/16.
c) 5/16.
d) 6/16.
e) 8/16.
220
E.O. Complementar 3. (UEL) Supondo que na aboboreira existam 3
pares de genes que influem no peso do fruto,
uma planta aabbcc origina frutos com apro-
1. (UFSCar) Uma empresa agropecuária desen- ximadamente 1.500 gramas e uma planta
volveu duas variedades de milho, A e B, que, AABBCC, frutos ao redor de 3.000 gramas.
quando entrecruzadas, produzem sementes Se essas duas plantas forem cruzadas, o peso
que são vendidas aos agricultores. Essas aproximado dos frutos produzidos pelas
sementes, quando plantadas, resultam nas plantas F1 será de:
plantas C, que são fenotipicamente homo- a) 3 000 gramas.
gêneas: apresentam as mesmas característi- b) 2 500 gramas.
cas quanto à altura da planta e tamanho da c) 2 250 gramas.
espiga, ao tamanho e número de grãos por d) 2 000 gramas.
espiga, e a outras características de interes- e) 1 500 gramas.
se do agricultor. Porém, quando o agricultor
realiza um novo plantio com sementes pro- 4. (Unitau) Determinada característica quan-
duzidas pelas plantas C, não obtém os resul- titativa depende da ação de cinco pares de
tados desejados: as novas plantas são feno- genes. Do cruzamento entre dois indivíduos
tipicamente heterogêneas e não apresentam com genótipo AaBbCcDdEe resultam:
as características da planta C; têm tamanhos a) 5 classes fenotípicas.
variados e as espigas diferem quanto a ta- b) 9 classes fenotípicas.
manho, número e qualidade dos grãos. Para c) 10 classes fenotípicas.
as características consideradas, os genótipos d) 11 classes fenotípicas.
das plantas A, B e C são, respectivamente: e) 15 classes fenotípicas.
a) heterozigoto, heterozigoto e homozigoto.
b) heterozigoto, homozigoto e heterozigoto. 5. Um casal tem 12 filhos, todos mulatos mé-
c) homozigoto, heterozigoto e heterozigoto. dios. Provavelmente este casal será constitu-
d) homozigoto, homozigoto e heterozigoto. ído por:
e) homozigoto, homozigoto e homozigoto. a) dois mulatos médios.
b) um mulato médio e um negro.
2. (Ufrgs) Os seguintes conceitos genéticos fo- c) um branco e um mulato médio.
ram escritos por um aluno que estava com d) um negro e um branco.
dúvidas sobre a matéria e que pediu a um e) um mulato claro e um escuro.
professor qualificado que os conferisse:
I. Os genes em um mesmo cromossomo ten-
dem a ser herdados juntos e são denomi-
nados “genes ligados”.
E.O. Dissertativo
II. Quando uma característica particular de
um organismo é governada por muitos pa- 1. (UFSC - Adaptada) Para explicar a herança
res de genes, que possuem efeitos simila- da cor da pele nos humanos, existem dois
res e aditivos, nós dizemos que esta carac- modelos poligênicos. O primeiro se baseia na
terística é uma característica poligênica. existência de dois genes com dois alelos cada
III. Quando três ou mais alelos, para um dado um. O segundo admite a existência de três
“locus”, estão presentes na população, genes, cada um deles também com dois ale-
dizemos que este “locus” possui alelos los. No primeiro modelo, indivíduos seriam
múltiplos. negros e seriam brancos. No segundo mode-
IV. Um organismo com dois alelos idênticos lo, seriam negros e seriam brancos. Em am-
para um “locus” em particular é consi- bos os modelos, a ação dos genes e seus ale-
derado homozigoto para este “locus”, los seria aditiva, não existindo uma relação
enquanto um organismo com dois alelos de dominância entre os alelos envolvidos. A
diferentes para um mesmo “locus” é con- cor da pele dependeria então da presença de
siderado heterozigoto para este “locus”. alelos mais ou menos ativos na produção da
V. A aparência de um indivíduo com respei- melanina, sendo este um modelo típico de
to a uma dada característica herdada é herança quantitativa.
chamada de fenótipo. Com relação à herança da cor da pele huma-
Quais afirmativas o professor diria que estão na, analise os itens que seguem:
corretas? 01) Em ambos os modelos, o padrão de herança é
a) Apenas II, III e IV. autossômico recessivo.
b) Apenas I, II, III e IV. 02) No primeiro modelo, a chance de um casal
c) Apenas I, II, III e V. duplo heterozigoto ter um descendente ne-
d) Apenas II, III, IV e V. gro é de 6,25%.
e) I, II, III, IV e V. 04) No segundo modelo, a chance de um casal
221
triplo heterozigoto ter um descendente bran- produziu F1 com gramíneas de altura inter-
co é de 3,12%. mediária, cujos entrenós são em média de
08) No primeiro modelo, há a possibilidade de 3 cm. A autopolinização de F1 produziu F2
existirem quatro classes fenotípicas diferen-
constituído por plantas de diferentes ta-
tes.
manhos. Dentre esses diferentes tamanhos,
16) No segundo modelo, pode-se prever a exis-
tência de sete classes fenotípicas diferentes. existiam gramíneas com entrenós de 4,2 cm
32) Na herança de padrão quantitativo, as con- e 1,8 cm, que correspondiam, separadamen-
dições ambientais têm pouca influência nos te, a 1/64 da população F2.
fenótipos. Acerca desse assunto, pergunta-se:
64) O gráfico de distribuição das classes feno- a) Qual o número provável de genes envolvidos
típicas de uma herança quantitativa tende
no tamanho dos entrenós dessas plantas?
a apresentar uma distribuição contínua de
suas classes. Justifique sua resposta.
b) Calcule a participação provável de cada alelo
2. (UEM) Relacionado à Genética, analise os para o fenótipo final.
itens a seguir.
01) Uma mulher daltônica, filha de mãe daltônica,
5. (UFU) O peso dos frutos (fenótipos) de uma
mesmo sem saber quem era seu pai, concluiu
que ele também seria daltônico. determinada espécie vegetal varia de 150 g a
02) A hemofilia, dificuldade de coagulação do san- 300 g. Do cruzamento entre linhagens homo-
gue, manifesta-se principalmente no homem, zigóticas que produzem frutos de 150 g, com
porque é um caráter ligado ao cromossomo Y. linhagens homozigóticas que produzem frutos
04) A eritroblastose fetal está associada ao fator de 300 g, obteve-se uma geração F1 que, auto-
ABO, manifestada pela mãe no primeiro filho, fecundada, originou 7 fenótipos diferentes.
se este apresentar o anticorpo anti-Rh.
Sabendo-se que o peso do fruto é um caso de
08) A cor da pele na espécie humana é determina-
da pela interação gênica, dita poligenia, que herança quantitativa, reponda:
resulta em gradativa variação de fenótipos. a) Quantos pares de genes estão envolvidos na
16) Há 50% de chance de uma menina com sín- determinação do peso dos frutos desta espé-
drome de Down (alteração no número de cro- cie vegetal?
mossomos) ter recebido dois cromossomos X b) Qual é o efeito aditivo de cada gene?
de sua mãe. c) De acordo com o triângulo de Pascal, qual é
a proporção de cada classe fenotípica obtida
3. (UEG) A grande variação da cor da pele na
em F2?
espécie humana deve-se não apenas à he-
rança quantitativa, mas também à maior ou
menor exposição ao Sol. Em relação à influ- 6. (UFPE) Em um dos modelos propostos para
ência genética, supõe-se que o gene S deter- a determinação da cor dos olhos na espécie
mine uma dose de melanina, que se soma ao humana (herança quantitativa), são consi-
mesmo efeito do gene T, não alelo. Assim, derados cinco diferentes fenótipos. Na des-
indivíduos SSTT são considerados negros. No cendência de pais heterozigóticos para os
cruzamento de um homem mulato médio, fi-
locos determinantes desta característica,
lho de uma mulher branca, com uma mulher
negra, qual seria a proporção fenotípica dos foram observados os dados apresentados no
filhos desse casal? quadro a seguir. Analise-os, juntamente com
o gráfico, e identifique a correção das propo-
4. (UFU) Considere o trecho a seguir e as infor- sições a seguir.
mações seguintes.
“Nielson-Ehle mostrou que a herança poli- Nº de indivíduos
Classes fenotípi-
gênica segue as leis mendelianas e que os observados por
cas observadas
fenótipos são condicionados por diversos ge- classe fenotípica
nes cujos alelos têm efeitos aditivos.”
castanho-escuro (CE) 2
AMABIS e MARTHO. “Biologia das Populações 3”. São
Paulo: Moderna, 2a ed., 2004, p. 84-85.
castanho-médio (CM) 8
Uma variedade de gramíneas tem o tamanho castanho-claro (CC) 12
médio dos entrenós do caule de 4,2 cm. A ou-
tra variedade, de tamanho menor, apresenta verde (VD) 8
para os entrenós do caule a média de 1,8 cm.
azul (AZ) 2
A polinização entre essas duas variedades
222
6 Os pesquisadores chegaram à conclusão, a
partir da observação da prole, que a altura
nessa planta é uma característica que:
fenotípicas (F2)
4 a) não segue as leis de Mendel.
Frequências
b) não é herdada e, sim, ambiental.
esperadas
c) apresenta herança mitocondrial.
d) é definida por mais de um gene.
1 e) é definida por um gene com vários alelos.
CE CM CC VD AZ
Classes fenotípicas E.O. Objetivas
( ) Três pares de alelos justificam os resultados
apresentados.
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
( ) Nos indivíduos de olhos castanho-claros,
1. (Fuvest) No processo de síntese de certa pro-
os locos em questão podem estar em ho-
teína, os RNA transportadores responsáveis
mozigose ou em heterozigose.
( ) Indivíduos de olhos verdes apresentam homo- pela adição dos aminoácidos serina, aspara-
zigose em apenas um dos locos em questão. gina e glutamina a um segmento da cadeia
( ) A probabilidade do nascimento de duas polipeptídica tinham os anticódons UCA,
crianças de olhos azuis, a partir de um ca- UUA e GUC, respectivamente.
sal genotipicamente igual ao do exemplo No gene que codifica essa proteína, a
dado, é de aproximadamente 0,004. sequência de bases correspondente a esses
( ) A probabilidade do casal indicado no item aminoácidos é:
anterior de ter duas crianças, sendo uma a) U C A U U A G U C.
de olhos castanho-claros e uma de olhos b) A G T A A T C A G.
verdes é de 3/16. c) A G U A A U C A G.
d) T C A T T A G T C.
7. Um galo de crista noz, cruzado com uma ga- e) T G T T T T C T G.
linha crista rosa, produziu a seguinte gera-
ção: 3/8 noz, 3/8 rosa, 1/ 8 ervilha e 1/8 2. (Unesp) Políticas de inclusão que consideram
simples. Quais os genótipos dos pais? cotas para negros ou afrodescendentes nas
universidades públicas foram colocadas em
8. Um mulato escuro casou-se com uma mulher prática pela primeira vez na Universida-
branca. Quais as probabilidades de esse casal de Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em
ter um filho mulato claro do sexo masculino? 2001. Propostas como essas geram polêmi-
cas e dividem opiniões. Há vários argumen-
tos contra e a favor. Os biólogos têm parti-
E.O. Enem cipado desse debate, contribuindo com os
conhecimentos biológicos referentes à raça
e à herança da cor da pele humana, entre
1. Após a redescoberta do trabalho de Gregor outros.
Mendel, vários experimentos buscaram tes- Assinale a afirmação considerada correta
tar a universalidade de suas leis. Suponha do ponto de vista da biologia.
um desses experimentos, realizado em um a) Os critérios para se definirem duas popula-
mesmo ambiente, em que uma planta de li- ções como raças diferentes são científica e
nhagem pura com baixa estatura (0,6 m) foi consensualmente determinados.
cruzada com uma planta de linhagem pura b) Não encontramos, na história da biologia,
de alta estatura (1,0 m). Na prole (F1) todas dúvidas sobre a existência de raças na es-
as plantas apresentaram estatura de 0,8 m. pécie humana.
Porém, na F2 (F1 x F1) os pesquisadores en- c) A cor da pele humana é um exemplo de
contraram os dados a seguir. herança quantitativa ou poligênica, o que
significa que vários genes atuam na sua de-
Altura da planta finição.
Proporção da prole
(em metros)
d) O fato de a cor da pele não ser influenciada
1,0 63 por fatores ambientais reforça a hipótese
0,9 245 da existência de raças na espécie humana.
0,8 375 e) A determinação da cor da pele humana se-
0,7 255 gue os padrões do tipo de herança qualita-
0,6 62 tiva e é um exemplo de codominância.
Total 1000
223
3. (Unifesp) Os gráficos I e II representam a dois filhos mulatos intermediários e uma fi-
frequência de plantas com flores de diferen- lha albina. Com base nesses dados:
tes cores em uma plantação de cravos (I) e a) Indique os genótipos de todas as pessoas ci-
rosas (II). tadas no texto. (Use as notações indicadas
Gráfico 1 Frequência (%)
no texto para identificar os alelos.)
b) Se um dos descendentes mulatos intermedi-
ários se casar com uma mulher branca albi-
na, qual será a proporção esperada de filhos
albinos?
cor de flor c) A que tipo de herança se refere a caracterís-
branca cor-de-rosa vermelha tica cor de pele? Justifique.
Gráfico 2 Frequência (%)
2. (Unesp) Em um concurso de cães, duas ca-
racterísticas são condicionadas por genes
dominantes (A e B). O homozigoto domi-
nante para estas duas características recebe
cor de flor mais pontos que os heterozigotos e estes,
branca cor-de-rosa vermelha
mais pontos que os recessivos, que ganham
nota zero. Um criador, desejando participar
Os padrões de distribuição fenotípica são de-
vidos a: do concurso, cruzou um macho e uma fêmea,
a) I: 1 gene com dominância; ambos heterozigotos para os dois genes, ob-
II: 1 gene com dominância incompleta. tendo uma descendência com todos os genó-
b) I: 1 gene com dominância incompleta; tipos possíveis.
II: vários genes com interação. a) Qual a probabilidade do criador obter um
c) I: 1 gene com dominância incompleta; animal com a pontuação máxima? Qual a
II: 1 gene com alelos múltiplos. probabilidade de obter um animal homozi-
d) I: 3 genes com dominância incompleta; goto recessivo para os dois genes?
II: vários genes com interação. b) Considerando que todos os descendentes do
e) I: 2 genes com interação; referido cruzamento participaram do con-
II: 2 genes com dominância incompleta. curso, e que cada gene dominante contribui
com 5 pontos na premiação, quantos pontos
4. (Unesp) A altura de uma certa espécie de devem ter obtido os vice-campeões e os cães
planta é determinada por dois pares de ge-
classificados em penúltimo lugar?
nes A e B e seus respectivos alelos a e b. Os
alelos A e B apresentam efeito aditivo e,
quando presentes, cada alelo acrescenta à 3. (Unicamp) Um pesquisador cruzou painei-
planta 0,15 m. Verificou-se que plantas desta ras de flores “pink” com paineiras de flores
espécie variam de 1,00 m a 1,60 m de altura. brancas. Os descendentes (F1) foram cruza-
Cruzando-se plantas AaBB com aabb pode-se dos entre si, produzindo sempre as seguin-
prever que, entre os descendentes: tes frequências fenotípicas na geração (F2):
a) 100% terão 1,30 m de altura.
6
b) 75% terão 1,30 m e 25% terão 1,45 m de altura.
c) 25% terão 1,00 m e 75% terão 1,60 m de altura.
Frequência em F2
E.O. Dissertativas 0
“pink” rosa rosa rosa branco
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) escuro médio claro
224
4. (Unicamp) Certas características fenotípicas
são determinadas por poucos genes (heran- Gabarito
ça mendeliana), enquanto outras são deter-
minadas por muitos genes (herança poligê-
nica). Qual dos dois mecanismos explica a
maior parte das variações fenotípicas nas
E.O. Aprendizagem
1. E 2. B 3. C 4. A 5. B
populações? Justifique.
6. D 7. B 8. E 9. B 10. D
E.O. Fixação
1. D 2. B 3. C 4. C 5. D
6. B 7. D 8. A 9. A
E.O. Complementar
1. D 2. E 3. C 4. D 5. D
E.O. Dissertativo
1.
[01] Falso. Os alelos envolvidos nesse tipo
de herança são aditivos (somam os seus efei-
tos na determinação do fenótipo).
[02] Verdadeiro.
[04] Falso. De acordo com o segundo modelo,
a probabilidade de um casal triplo heterozi-
goto ter um descendente branco, é a resul-
tando em:
[08] Falso.
[16] Verdadeiro.
[32] Falso. O ambiente tem grande influên-
cia na variação desses fenótipos.
[64] Verdadeiro.
2.
[01] Verdadeiro.
[02] Falso. A hemofilia é um caráter recessi-
vo ligado ao cromossomo X.
[04] Falso. A eritroblastose fetal normal-
mente se manifesta no segundo filho.
[08] Verdadeiro.
[16] Falso. A síndrome de Down se caracteri-
za pela trissomia de um cromossomo autos-
somo (21).
Pais: ♂ SstT ♀ SSTT
3.
Filhos: 1/4 negro (SSTT); 2/4 mulatos escu-
ros (SsTT e SSTt) e 1/4 mulato médio (SsTt).
4.
a) 6 (3 pares). Os extremos da F2 são:
1/4n = 1/64 = 1/43.
b) 0,4 cm.
5.
a) Três.
b) 25 g.
c) 1:6:15:20:15:6:1.
6.
F – V – V – V – V.
7.
RrEe X Rree.
8.
1/4 ou 25%.
225
E.O. Enem
1. D
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp
1. D 2. C 3. B 4. D
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) 1. Homem negro: Dd AA BB
2. Mulher negra: Dd AA BB
3. Menino albino: dd AA BB
4. Mulher branca: Dd aa bb
5. Filhos mulatos intermediários:
Dd Aa Bb
6. Filha albina: dd Aa Bb.
b) 50%.
c) Trate-se de herança quantitativa, na qual
genes aditivos contribuem para a varia-
ção da quantidade de melanina na pele.
2.
a) P (pontuação máxima) = P (AABB) = 1/16
P (pontuação mínima) = P (aabb) = 1/16.
b) Vice-campeões = AABb e AaBB = 15 pontos
Penúltimo lugar = Aabb e aaBb = 5 pon-
tos.
3.
a) Herança quantitativa ou poligênica.
b) I – 100% flores brancas (aabb) poderão
ser obtidas do cruzamento de dois indiví-
duos aabb (brancos).
II – 100% flores rosa médio (AaBb) só po-
derão ser obtidas do cruzamento de um
indivíduo AABB (pink) com branco.
4.
A herança poligênica pois os genes envolvi-
dos somam seus efeitos na determinação do
fenótipo, assim mais fenótipos são possíveis.
226
Aulas
47 e 48
Mutações
Competência 4
Habilidades 13, 14 e 16
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Mutações
Pode-se definir mutação como qualquer alteração no material genético. A ocorrência de mutações espontâneas,
não estimuladas por um agente mutagênico, é rara. Consideradas importantes para a evolução – junto a recom-
binação gênica –, proporcionam alta variabilidade genética. A partir de um alelo podem surgir alelos mutantes,
que, se não causarem danos letais ao organismo, serão passados adiante – de forma hereditária – para as futuras
gerações. A molécula de DNA modificada continuará a se duplicar normalmente.
Uma mutação apenas passará aos descendentes de um indivíduo se ocorrer em alelo que integre as células
germinativas ou gametas. Caso aconteça numa célula autossômica (epitelial, por exemplo), ela não será transmiti-
da hereditariamente. Convém salientar também que nem sempre uma mutação alterará o fenótipo, uma vez que o
código genético é degenerado, ou seja, para um mesmo aminoácido há mais de um códon.
Há dois tipos básicos de mutação, a gênica e a cromossômica.
As mutações gênicas são pequenas alterações que ocorrem na cadeia de nucleotídeos (gene) do DNA e
em razão disso podem levar à alteração do fenótipo. A mutação cromossômica é uma mudança no número ou
na estrutura dos cromossomos.
§§ Adição: inserção de um nucleotídeo à sequência já existente do DNA. Nesse caso ocorre uma alteração na se-
quência do RNAm, e a cadeia de aminoácidos é afetada, o que consequentemente afetará a proteína formada.
229
§§ Deleção: eliminação de um nucleotídeo da sequência presente no DNA. Assim como na adição, esse
processo também acarreta em alteração na sequência do RNAm e consequente mudança na ordem dos
aminoácidos, modificando a proteína formada.
§§ Substituição: ocorre a troca de um nucleotídeo por outro. Podemos ter substituição de transição, quando
se troca uma base nitrogenada púrica por outra base púrica, ou uma pirimídica por outra pirimídica. Além
da transição, temos a substituição por transversão quando ocorre a troca de uma base púrica por uma piri-
mídica, ou vice-versa ocorre a troca de um nucleotídeo por outro.
Caso clássico dessa condição é a que resulta em hemácias falciformes (com formato de foice). Observe:
Note a substituição de timina por adenina, que levará a troca – no RNAm – de aminoácido glutâmico por
valina. A hemácia com formato de foice possui menor capacidade de transporte de gases – pois sua molé-
cula de hemoglobina foi alterada – o que leva a prejuízos no metabolismo da pessoa afetada.
230
§§ Duplicação: Na duplicação há formação de um segmento adicional (repetido) em um cromossomo. Em
princípio, as sequências de uma duplicação são bem toleradas.
§§ Inversão: Envolve a inversão de 180° de um segmento cromossômico, após sua quebra em dois lugares,
assim as partes são unidas com as extremidades trocadas. Em decorrência da ausência de perda de material
genético, em princípio os efeitos no fenótipo são pouco perceptíveis.
§§ Translocação: Ocorrem quebras em cromossomos não homólogos, que resultam em pedaços trocados
entre si. Não se trata de permutação ou crossing-over, pois este compreende troca de pedaços entre cro-
mossomos homólogos.
Euploidia
As euploidias compreendem alterações em lotes haploides inteiros de cromossomos, resultado de falhas na sepa-
ração cromossômica durante a divisão celular. Resumidamente, elas ocorrem se os cromossomos de uma célula
multiplicam-se, sem que a célula divida-se. Se a quantidade de cromossomos for de três ou mais lotes cromossô-
micos completos, serão chamados poliploidias – comuns em vegetais – como triploidias (3n), tetraploidias (4n), e
assim por diante. Em animais, de modo geral, as euploidias são incompatíveis com a vida; na espécie humana, essa
é uma das causas de aborto.
Aneuploidia
Qualquer perda ou ganho de cromossomos que altere a condição normal das células. Na espécie humana, a pre-
sença de duas cópias cromossômicas, na maioria das células, leva ao desequilíbrio gênico, provocando a morte do
portador ou sérios danos ao seu desenvolvimento físico e mental.
A aneuploidia consiste no acréscimo – trissomia – ou perda de um cromossomo – monossomia. Caso ocorra
a perda dos dois cromossomos de um mesmo par tem-se a nulissomia. Essas alterações decorrem da não disjunção
cromossômica durante a meiose.
Na espécie humana, as aneuploidias autossômicas mais conhecidas são as trissomias. Nelas, os indivíduos
portadores são 45A + XX ou 45A + XY.
231
Síndrome de Down
Os indivíduos portadores dessa anomalia apresentam uma cópia extra do cromossomo 21, resultado da fecunda-
ção de um óvulo anômalo (com um cromossomo a mais) por um espermatozoide normal.
Nessa condição, as características clínicas dos afetados incluem microcefalia, pregas palpebrais, baixa es-
tatura, fissuras na língua, deformidades cardíacas, prega única na palma da mão (prega simiesca) e de moderado
a grave retardamento mental.
Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma doença.
Síndrome de Edwards
O cromossomo 18 está envolvido nessa condição. Essa trissomia tem como principais características clínicas retar-
damento mental, atraso no crescimento, deformidades do aparelho auditivo, pode acontecer malformações graves
no coração, espasticidade muscular (contraturas musculares), anomalias renais e oculares.
Síndrome de Patau
O cromossomo 13 está envolvido nessa mutação. Dentre as múltiplas anomalias provocadas por essa trissomia,
estão as cardíacas, renais e cerebrais que levam o portador à morte nos primeiros meses de vida.
Tipo de
Nome comum Fórmula cromossômica
aneuploidia
Síndrome de Turner monossomia 44A + X0 (óvulo sem X + espermatozoide com X)
232
Síndrome do triplo X trissomia 44A + XXX (óvulo com XX + espermatozoide com X)
Síndrome do duplo Y trissomia 44A + XYY (óvulo com X + espermatozoide com YY)
Essa síndrome decorre de uma monossomia do cromossomo sexual X, encontrada apenas em mulheres. Portanto,
as afetadas são X0, portadoras de apenas um cromossomo X, por isso o 0 (zero). Apresentam baixa estatura, pes-
coço alado (curto e largo), os órgãos sexuais internos e externos são pouco desenvolvidos, esterilidade e não há
desenvolvimento de características sexuais secundárias.
Essa síndrome decorre de uma trissomia que envolve cromossomos sexuais e é encontrada apenas em homens.
Os afetados assemelham-se a homens normais, mas seus testículos são pequenos e produzem pouco ou nenhum
espermatozoide. Regularmente, são altos com seios um pouco desenvolvidos e poucos pelos corporais e púbicos.
233
Síndrome do triplo X (XXX)
São fenotipicamente mulheres – apresentam corpúsculo de Barr – de aparência normal, eventualmente férteis,
embora apresentem certo grau de retardamento mental.
São indivíduos com um cromossomo X e dois Y fenotipicamente do sexo masculino e férteis. Apresentam elevada
estatura e durante a adolescência apresentam grande quantidade de acne no rosto.
Ausência de X (Y0)
A ausência do cromossomo X é incompatível com a vida, pois os genes alocados nesse cromossomo são indispen-
sáveis à sobrevivência do indivíduo.
234
Mosaiscismo e quimerismo
Numa condição na qual um indivíduo tem duas ou mais populações de células geneticamente diferentes,
pode-se distinguir duas definições: mosaicismo e quimerismo. Um mosaico acontece quando as populações ce-
lulares distintas provêm de único zigoto. Se essas distintas populações celulares tiverem se originado de zigotos
diferentes têm-se o quimerismo.
Mutações pós-zigóticas – que apesar de frequentes nos seres humanos não são clinicamente significantes –
podem ser responsáveis pelo mosaico. É necessário o surgimento de quantidade substancial de células mutadas
para que haja consequências clínicas por essa condição.
Há duas formas de surgirem indivíduos quimeras: através de união (fusão) de dois zigotos geneticamente
diferentes num único embrião, ou devido à parcial colonização de um gêmeo por células de um cogêmeo fraterno
(geneticamente diferente).
235
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
236
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Algumas características comuns podem ser fruto de mutações que foram fixadas na população. Um gene que expressava
uma certa proteína pode ter sofrido mutação e fez a característica final ser alterada. Assim, temos o surgimento da varia-
bilidade dentro da mesma espécie. Normalmente isso é observado em características recessivas, como a cor do olho.
INTERDISCIPLINARIDADE
As mutações podem ser ocasionadas pela alteração química da estrutura do DNA, a semelhança química entre as
bases nitrogenadas, adição de grupos orgânicos que desativam um gene e reações oxidativas causadas por radicais
livres são alguns exemplos que o vestibular pode comentar nas duas questões, correlacionado química e biologia.
237
E.O. Aprendizagem
1. (Ufrgs) Uma mulher com cariótipo 47, XXX
tem cariótipo anormal. Essa anomalia:
a) é uma triploidia.
b) é uma aneuploidia autossômica.
c) pode ter origem no gameta paterno.
d) caracteriza-se pela presença de um corpús-
Tomando por base o quadro acima, que apre-
culo de Barr.
senta uma sequência sem mutação (normal)
e) causa alterações somente em genes exclusi-
e uma sequência mutante de uma doença
vos do sexo feminino.
humana severa, assinale a opção que cor-
responde ao ácido nucleico representado e
2. (PUC-RS) No início da evolução humana,
ao número de aminoácidos codificados pela
não havia olhos claros, todos os indivíduos
sequência de bases entre o sítio de início da
tinham olhos muito pigmentados. A varia-
tradução e a mutação.
ção fenotípica “olhos claros” surgiu graças
a) DNA; 8.
_________ que atuou diretamente no DNA.
b) DNA; 24.
a) à mutação.
b) à adaptação. c) RNA; 8.
c) ao fluxo gênico. d) RNA; 24.
d) à deriva genética.
e) à seleção natural. 5. (UCS) Os avanços das tecnologias biomédicas
apresentam grandes benefícios à população,
3. (UEPA) Pela primeira vez, cientistas conse- porém geram algumas situações preocupan-
guiram identificar uma maneira de neutra- tes. Pesquisas comprovaram que crianças de
lizar a alteração genética responsável pela até 15 anos, submetidas a doses de radiação
Síndrome de Down. Em um estudo feito com provenientes de duas a três tomografias na
células de cultura, pesquisadores da Univer- região da cabeça, podem triplicar os riscos
sidade de Massachusetts, Estados Unidos, de câncer no cérebro.
Ciência Hoje, n. 294, julho de 2012, p. 13. (Adaptado)
“desligaram” o cromossomo extra, presente
nas células de pessoas com o distúrbio. As- De acordo com o texto, pode-se afirmar que:
sim, eles foram capazes de corrigir padrões a) todas as células expostas a qualquer tipo de
anormais de crescimento celular, caracterís- radiação, independentemente do tempo de
ticos da Síndrome de Down. A descoberta exposição, sofrem mutação.
abre portas para o desenvolvimento de no- b) as células cerebrais, por não apresentarem
vos mecanismos que poderão ajudar no tra- mitoses após o nascimento, ficam muito sus-
tamento do distúrbio.
cetíveis às radiações.
Adaptado de: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/
cientistasdesligam-gene-que-causa-a-sindrome-de-down
c) a probabilidade de câncer em células expos-
tas à radiação aumenta devido à quantidade
Sobre a alteração cromossômica referida no e ao tempo de exposição.
texto, afirma-se que: d) todo exame que utilize qualquer fonte ra-
a) o cariótipo de mulheres com a síndrome é diativa deveria ser evitado em qualquer cir-
representado por 45,X. cunstância.
b) o cariótipo de homens com a síndrome é re- e) nenhuma das células existentes no cérebro é
presentado por 47,XXY.
mielinizada, por isso elas ficam mais expos-
c) trata-se de uma monossomia do cromossomo
sexual Y. tas ao efeito da radiação.
d) trata-se de uma trissomia do cromossomo
21. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
e) os portadores da síndrome são altos e apre-
sentam ginecomastia e azoospermia. Leia o texto a seguir para responder à(s) se-
guinte(s) questão(ões):
4. (UECE) Uma mutação severa foi identificada As bases nitrogenadas, quando oxidadas, po-
numa família humana. As sequências de ba- dem causar emparelhamento errôneo durante
ses nitrogenadas sem a mutação (normal) e a replicação do DNA. Por exemplo, uma guani-
com a mutação (sublinhada e marcada com na oxidada (G*) pode passar a se emparelhar,
uma seta) estão representadas no quadro durante a divisão celular, com timina (T) e
abaixo. Em ambas as sequências, estão em não com citosina (C). Esse erro gera células
destaque o sítio de início da tradução e a mutadas, com uma adenina (A) onde deveria
base alterada. haver uma guanina (G) normal.
238
6. (UFSM) Uma senhora está grávida e deseja o fato de que errar é também biológico" (Le-
adquirir conhecimento a respeito da saúde wis Thomas. A medusa e a lesma, ed. Nova
do seu futuro bebê. Após um exame, ela fica Fronteira, RJ, 1979). Esse texto refere-se a
sabendo que seu filho terá uma mutação cro- uma característica dos seres vivos. É ela:
mossômica. a) seleção natural.
b) reprodução.
c) excitabilidade.
d) excreção.
e) mutação.
1
0. O gênero vegetal Spartina é composto de
várias espécies que apresentam o seguinte
número de cromossomos em suas células me-
ristemáticas:
I. S. stricta – 56
II. S. alterniflora – 70
III. S. townsendii – 126
A espécie S. townsendii é, provavelmente:
As mutações cromossômicas que correspon- a) um poliplóide de I;
dem ao resultado da divisão celular em 1 e 2 b) um aneuplóide de II;
são, respectivamente, c) descendente de espécie diferente de I e II;
a) trissomia — monossomia. d) apenas um gíbrido de I e II;
b) diploidia — haploidia. e) um híbrido poliplóide de I e II.
c) triploidia — haploidia.
d) tetrassomia — trissomia.
e) trissomia — diploidia. E.O. Fixação
7. Um dos fatores mais importantes para que 1. (UPE) Leia o texto a seguir:
a evolução ocorra é a mutação, uma vez que O terremoto e o Tsunami, que devastaram o
esse processo está relacionado com mudan- Japão, em 11 de março de 2011, comprome-
ças no material genético do indivíduo. As teram o sistema de refrigeração dos reatores
mutações garantem: na usina nuclear de Fukushima, o que levou
a) que a seleção natural selecione os organis- a incêndios e explosões. Um mês depois, o
mos mutantes. governo elevou a emergência ao nível 7, grau
b) que a variabilidade genética aumente em máximo da escala, antes atingido apenas
uma população. pelo desastre de Chernobyl, na Ucrânia, em
c) que as características sejam passadas de um 1986. Acidentes nucleares têm consequên-
descendente para outro. cias graves e de longa duração para o meio
d) que os organismos adquiram apenas caracte- ambiente e as populações próximas. A expo-
rísticas vantajosas para sua sobrevivência. sição de material nuclear no meio ambien-
e) que os organismos consigam sobreviver no te libera substâncias radioativas no ar e no
ambiente. solo. Essas substâncias contaminam plantas,
rios, animais e pessoas em volta.
8. Nem toda mudança no DNA é benéfica, sen- Disponível em: http://veja.abril.com.br/
tema/crise-nuclear. Adaptado.
do algumas neutras e até mesmo prejudiciais
para um organismo. Levando em considera- Observe as imagens que mostram como a ra-
ção essa característica das mutações, dize- diação pode afetar o corpo humano.
mos que elas são:
a) especiais.
b) estratégicas.
c) aleatórias.
d) evolutivas.
e) direcionais.
239
a) pela contaminação da água ingerida, ocasio- O texto acima é um fragmento de uma notí-
nando risco de má-formação fetal, devido à cia veiculada em agosto deste ano na mídia
barreira placentária não oferecer proteção eletrônica.
suficiente ao bebê; embora a mãe não seja De acordo com os dados da notícia e seus
conhecimentos sobre o assunto, assinale a
afetada, seu sistema imune oferece maior alternativa CORRETA:
margem de proteção. a) Os cientistas japoneses concluíram que se até
b) por diferentes formas de contaminação e as borboletas, que são seres pequenos e frá-
seus efeitos cumulativos, os gametas podem geis, foram afetadas pela radioatividade, com
sofrer danos por meio de mutações gênicas certeza os seres humanos também foram.
e/ou cromossômicas, comprometendo as ge- b) Em Fukushima, a radioatividade atuou como
rações futuras. agente mutagênico para as borboletas dos
c) pela contaminação do solo, que afetaria os arredores da central nuclear, causando nelas
vegetais ingeridos, causando destruição da alterações genéticas.
medula óssea via alterações cromossômicas c) A radioatividade causou mutação nas borbo-
estruturais, a exemplo das monossomias, de- letas da região próxima a Fukushima, pois as
sencadeando câncer ósseo e de pele. borboletas são seres que têm predisposição
d) por meio da ingestão de alimentos de origem genética para esse tipo de erro.
animal contaminados, afetando o aparelho d) A mutação, como a ocorrida nas borboletas,
digestório e ocasionando diarreias temporá- nada mais é do que uma diminuição do nú-
rias por causa das mutações espontâneas. mero de células do organismo.
e) por causa da contaminação do ar inalado, e) O agente mutagênico, que nesse caso é a
o qual provoca efeitos imediatos e perma- radioatividade, é uma substância capaz de
multiplicar células normais nos organismos.
nentes sobre o sistema nervoso, levando à
desorientação e morte súbita.
4. (Udesc) Analise as proposições abaixo, em
relação às mutações:
2. (FGV) A substituição de apenas um nucleo- I. As mutações gênicas são alterações na
tídeo no DNA pode representar uma grave sequência dos nucleotídeos do material
consequência ao seu portador, em função de genético.
uma modificação de um componente mole- II. As mutações cromossômicas numéricas
cular na proteína sintetizada a partir do tre- são aquelas que não modificam a quan-
tidade de cromossomos de uma célula e
cho alterado.
sim a estrutura do cromossomo.
É o caso da anemia falciforme, na qual a sín- III. As euploidias são casos de mutações cro-
tese da hemoglobina humana normal, Hb mossômicas, ocorrendo redução ou au-
A, é parcial ou totalmente substituída pela mento em toda a coleção de cromossomos
hemoglobina falciforme mutante, Hb S, em com a formação de células n, 3n, 4n e su-
decorrência da presença de um nucleotídeo cessivamente.
com adenina no lugar de outro com timina. IV. A síndrome de Down é um tipo de mu-
tação cromossômica estrutural em que
Tal mutação é responsável pela:
ocorre a trissomia do cromossomo 21; a
a) leitura incompleta do RNAm transcrito, co- síndrome do Cri du Chat é um exemplo
dificador da hemoglobina. de mutação cromossômica numérica que
b) alteração na sequência de aminoácidos da ocorre na ausência de um fragmento do
hemoglobina sintetizada. braço curto do cromossomo 5.
c) modificação na sequência de nucleotídeos da Assinale a alternativa correta.
hemoglobina das hemácias. a) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
d) tradução de uma hemoglobina mutante com
c) Somente as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
um aminoácido a mais. d) Somente as afirmativas I, II e IV são verda-
e) transcrição de uma hemoglobina mutante deiras.
com um aminoácido a menos. e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
240
forma, pode-se indicar a classificação e o Caso o exame confirme a suspeita clínica, o
tipo de alteração cromossômica sofrida pela cariótipo da criança está representado em:
laranja-baía, como: I. 2AXX
a) angiosperma e euploidia. II. 2AXX+21
b) monocotiledonea e aneuploidia. III. 2AX0
c) gimnosperma e euploidia. IV. 2AXXY
d) angiosperma e aneuploidia. V. 2AXY
A alternativa que reúne as respostas corretas é:
a) 20 – D – II.
6. (UEPB) Um casal, orientado pela pediatra b) 25 – B – II.
que acompanha sua criança desde o nasci- c) 13 – A – IV.
mento e que agora com 8 anos apresentava d) 20 – C – III.
um deficit de crescimento, buscou um mé- e) 25 – D – II.
dico, especialista em genética, para exames
que elucidassem o problema apontado pela 7. (UFSM) Durante a evolução humana, muitas
pediatra. Durante o exame clínico, o gene- mutações ocorreram. Na figura, os cromosso-
ticista observou que a menina apresentava mos apresentam mutações ou alterações do
pescoço curto e largo, sem deficit de inteli- tipo cromossômicas estruturais. Identifique
gência; solicitou então uma coleta de sangue cada uma delas e complete a coluna corres-
para realização de cariotipagem. pondente ao tipo de alteração.
Sobre o texto acima, são apresentadas as se-
guintes proposições:
02) O cariótipo é o conjunto cromossômico
ou a constante cromossômica diploide
de uma espécie.
04) Qualquer célula sanguínea coletada será
analisada à microscopia eletrônica, para
visualização dos cromossomos e monta-
gem do cariótipo.
07) Os leucócitos serão tratados com colchi-
cina para que a divisão celular fique pa-
ralisada em metáfase, visto ser esta fase
aquela na qual os cromossomos atingem
o máximo de condensação.
11) As características descritas sugerem um
caso de síndrome de Turner, sendo ne-
cessário uma cariotipagem para diag- ( ) deleção.
nóstico conclusivo. ( ) inversão.
16) As características descritas sugerem um ( ) translocação.
caso de síndrome de Down, sendo neces- ( ) duplicação.
sário uma cariotipagem para diagnósti- A sequência correspondente é:
co conclusivo. a) A - B - D - C.
b) B - A - D - C.
Somatório das corretas = __________
c) C - B - A - D.
Para realização da cariotipagem deverá ser d) D - D - C - A.
utilizada a célula representada na alterna- e) A - C - D - C.
tiva:
8. (Mackenzie) Uma das causas possíveis de
abortamentos espontâneos são as aneuploi-
dias. A respeito de aneuploidias, assinale a
alternativa correta.
a) São alterações nas quais a ploidia das células
se apresenta alterada.
b) Sempre são causadas por erros na meiose,
durante a gametogênese, não sendo possível
sua ocorrência após a fecundação.
c) Há casos em que um indivíduo aneuploide
pode sobreviver.
d) Em todos os casos, o indivíduo apresenta
cromossomos a mais.
e) A exposição a radiações não constitui fator de
risco para a ocorrência desse tipo de situação.
241
9. (PUC-PR) Na espécie humana podem apare- sobre o tema, assinale a alternativa que in-
cer certas anomalias cromossômicas origi- dica a causa mais provável para a infertili-
nadas durante a meiose, com a produção de dade da F1, seguida de reprodução normal
gametas anormais. Com relação à Síndrome na F2:
de Turner e à Síndrome de Klinefelter, rela- a) O tratamento com colchicina removeu as
cione as colunas considerando as suas res- barreiras químicas existentes nos dois con-
pectivas caracterizações: juntos de cromossomos.
b) Durante a meiose ocorrida em F1, parte dos
COLUNA 1:
cromossomos foi eliminada, havendo multi-
a) Síndrome de Klinefelter
plicação apenas do lote haploide de uma das
b) Síndrome de Turner
espécies.
COLUNA 2: c) A primeira geração filial era infértil, em fun-
( ) Cariótipo 2A XXY. ção de alelos incompatíveis, que foram sele-
( ) Sexo feminino, baixa estatura, pescoço tivamente eliminados em F2.
curto e largo. d) A duplicação do número cromossômico per-
( ) Cariótipo 2A X0. mitiu a formação de 28 pares de cromosso-
( ) Sexo masculino, esterilidade, braços e mos bivalentes, viabilizando a meiose.
pernas longos, ausência de pelos. e) A duplicação deu-se apenas com os cromosso-
Assinale a alternativa que contém a sequên- mos viáveis de cada espécie e o número total
cia CORRETA: foi completado com quebras cromossômicas.
a) a, b, a, b.
b) a, b, b, a. 2. (UFG) Indivíduos portadores do genótipo
c) a, a, b, b. HAH sofrem uma mutação gênica no cromos-
d) b, a, a, b. somo 11 e expressam anemia falciforme ou
e) b, b, a, a. siclemia. Sabendo-se que o continente afri-
cano possui alto índice de malária e que o
1
0. A célula cujo núcleo está representado abai- ‘Plasmodium malariae’ tem dificuldade de
xo, é: sobreviver nas hemácias de indivíduos por-
tadores do genótipo HAH, analise a figura a
seguir que representa uma população isola-
da, em um período de tempo, em uma deter-
minada região africana que possui casos de
malária.
a) aneuploide
b) haploide
c) diploide
d) triploide
Com base nas informações apresentadas, po-
e) tetraploide de-se concluir que:
a) o aumento do número de indivíduos HAH
está diretamente associado ao aparecimento
E.O. Complementar de casos de malária.
b) a elevação do número de indivíduos HH está
associada ao aparecimento de indivíduos
1. (UEL) Duas espécies de gramíneas, perten-
HAH infectados.
centes a gêneros diferentes, ambas com nú- c) os genótipos HH e HAH estão igualmente
mero cromossômico 2n = 28, foram cruzadas adaptados ao longo do tempo.
e criou-se um híbrido, também com 2n = d) a variação do meio, durante um certo tem-
28, que florescia, mas não conseguia produ- po, desfavorece os indivíduos HAH.
zir sementes. Meristemas desta geração de e) a seleção natural, nesse caso, prioriza os in-
híbridos (F1) foram submetidos a um tra- divíduos HH.
tamento com colchicina, o que resultou em
uma duplicação do número cromossômico, 3. (UFSCar) A coloração vermelha da casca da
gerando plantas (F2) com 2n = 56, que por maçã é determinada geneticamente. Um ale-
sua vez produziam sementes normalmente. lo mutante determina casca de cor amare-
De acordo com o texto e os conhecimentos la. Um produtor de maçãs verificou que, em
242
uma determinada macieira, um dos frutos, – conhecido nos meios científicos como Homo
ao invés de apresentar casca vermelha, apre- sapiens sapiens – houve uma série de outros
sentava casca com as duas cores, como repre- tipos conforme a representação esquemática
sentado na figura. da possível linha evolutiva entre o Australo-
pithecus e o Homo sapiens.
243
radioatividade pode induzir mutações nos 6. As mutações podem ocorrer naturalmente
seres vivos. quando o DNA não se replica de maneira
a) Com base nessas informações e em outros adequada. Entretanto, algumas influências
conhecimentos sobre o assunto, explique externas também podem causar mutações,
esta afirmativa. Embora sejam a causa de como é o caso da radiação. As radiações po-
alguns problemas de saúde para o ser huma- dem ocasionar a perda de trechos de DNA.
no, as mutações também contribuem para a Qual esse tipo de mutação?
continuidade da vida nos ambientes.
b) Em doses adequadas, a radiação pode ter
aplicações benéficas, como mostrado nessas
figuras: E.O. Enem
1. Todas as reações químicas de um ser vivo se-
guem um programa operado por uma central
de informações. A meta desse programa é a
autorreplicação de todos os componentes do
sistema, incluindo-se a duplicação do pró-
prio programa ou mais precisamente do ma-
terial no qual o programa está inscrito. Cada
reprodução pode estar associada a pequenas
modificações do programa.
M. O. Murphy e l. O’neill (Orgs.). O que é vida?
50 anos depois - especulações sobre o futuro da
biologia. São Paulo: UNESP. 1997 (com adaptações).
Explique, do ponto de vista biológico, a im-
portância econômica da irradiação de ali- São indispensáveis à execução do “progra-
mentos. ma” mencionado acima processos relacio-
nados a metabolismo, auto-replicação e
mutação, que podem ser exemplificados,
4. (UFC) A Agência Nacional de Vigilância Sa- respectivamente, por:
nitária (ANVISA) proibiu a venda e a utili- a) fotossíntese, respiração e alterações na se-
zação de equipamentos para bronzeamento quência de bases nitrogenadas do código ge-
artificial no Brasil. A Sociedade Brasileira de nético.
Dermatologia solicitava a proibição, alertan- b) duplicação do RNA, pareamento de bases ni-
do sobre o risco de câncer de pele. Responda trogenadas e digestão de constituintes dos
os itens a seguir, relacionados ao tema. alimentos.
a) Que células produzem o bronzeamento c) excreção de compostos nitrogenados, respi-
quando estimuladas pela radiação ultravio- ração celular e digestão de constituintes dos
leta tipo A (UVA), emitida pelo equipamen- alimentos.
to? A que tecido pertencem essas células? d) respiração celular, duplicação do DNA e alte-
b) A radiação UVA, absorvida pela timina no rações na sequência de bases nitrogenadas
DNA, pode causar a formação de ligações do código genético.
covalentes entre bases de nucleotídeos ad- e) fotossíntese, duplicação do DNA e excreção
jacentes. Por que essas ligações covalentes de compostos nitrogenados.
podem induzir mutações?
c) Existem nas células mecanismos moleculares
de reparo do DNA. Porém esses mecanismos
nem sempre funcionam em células somáti-
E.O. UERJ
cas que se dividem com elevada frequência.
No tecido em questão, que células apresen-
Exame de Qualificação
tam essa característica? 1. (UERJ) Considere uma célula bacteriana com
d) As células somáticas que sofreram mutação quatro guaninas oxidadas em um trecho do
podem tornar-se malignas (cancerosas). Elas gene que codifica determinada proteína,
perdem o controle sobre a divisão celular e conforme mostra a sequência:
passam a expressar o gene da telomerase.
Qual a consequência da ativação dessa enzi- G*CG* - CCC - TG*T - ACG* - ATA
ma na reprodução dessas células? Ao final de certo tempo, essa célula, ao divi-
dir-se, dá origem a uma população de bacté-
5. Denominamos de mutação as alterações que rias mutantes.
ocorrem na estrutura do material genético. O número máximo de aminoácidos diferen-
Uma dessas alterações é a troca de uma base tes que poderão ser substituídos na proteína
nitrogenada por outra. Qual o nome dessa sintetizada por essas bactérias, a partir da
mutação? sequência de DNA apresentada, é igual a:
244
a) 0.
b) 1.
c) 2.
d) 3
2. (UERJ) A mutação no DNA de uma célula eucariota acarretou a substituição, no RNA mensageiro
de uma proteína, da 15ª base nitrogenada por uma base C.
A disposição de bases da porção inicial do RNA mensageiro da célula, antes de sua mutação, é
apresentada a seguir:
início da tradução
→
AUGCUUCUCAUCUUUUUAGCU...
fenilalanina UUU
fenilalanina UUC
leucina UUA
leucina UUG
leucina CUC
metionina AUG
valina GUU
valina GUA
3. (UERJ) Qualquer célula de um organismo pode sofrer mutações. Há um tipo de célula, porém, de
grande importância evolutiva, que é capaz de transmitir a mutação diretamente à descendência.
As células com essa característica são denominadas:
a) diploides.
b) somáticas.
c) germinativas.
d) embrionárias.
245
E.O. Objetivas (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Fuvest) Certa planta apresenta variabilidade no formato e na espessura das folhas: há indivíduos
que possuem folhas largas e carnosas, e outros, folhas largas e finas; existem também indivíduos
que têm folhas estreitas e carnosas, e outros com folhas estreitas e finas. Essas características são
determinadas geneticamente. As variantes dos genes responsáveis pela variabilidade dessas carac-
terísticas da folha originaram-se por:
a) seleção natural.
b) mutação.
c) recombinação genética.
d) adaptação.
e) isolamento geográfico.
4. (Unesp) A respeito das mutações gênicas, foram apresentadas as cinco afirmações seguintes.
I. As mutações podem ocorrer tanto em células somáticas como em células germinativas.
II. Somente as mutações ocorridas em células somáticas poderão produzir alterações transmitidas
à sua descendência, independentemente do seu sistema reprodutivo.
III. Apenas as mutações que atingem as células germinativas da espécie humana podem ser trans-
mitidas aos descendentes.
246
IV. As mutações não podem ser espontâneas, mas apenas causadas por fatores mutagênicos, tais como
agentes químicos e físicos.
V. As mutações são fatores importantes na promoção da variabilidade genética e para a evolução
das espécies.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmações corretas.
a) I, II e III.
b) I, III e V.
c) I, IV e V.
d) II, III e IV.
e) II, III e V.
a) O experimento mostrou que a nova linhagem de fungos deixou de produzir o nutriente C, mas que
produzia os nutrientes A e B. Quais foram os resultados observados nos tubos 3, 4 e 5 que levaram a
essa conclusão?
b) Que alterações os raios X devem ter provocado nos esporos para levar ao surgimento de uma linhagem
de fungo incapaz de sobreviver em substrato mínimo?
2. (Unesp) Um estudante de biologia tem em seu quintal um lindo pé de malva-rosa (Hibiscus muta-
bilis), planta cujas flores apresentam pétalas que são brancas pela manhã, quando a flor se abre,
e vão se tornando de um cor-de-rosa intenso conforme o dia vai passando. Em um mesmo pé de
malva-rosa, pode-se apreciar flores com cores de diferentes tons: desde as totalmente brancas, que
acabaram de se abrir, até as totalmente rosas, abertas há várias horas.
O estudante tem uma hipótese para explicar o fenômeno: ao longo do dia a radiação solar induz
mutações genéticas nas células das pétalas, que as levam à alteração da cor; se flores já totalmente
cor-de-rosa forem polinizadas com pólen de flores da mesma cor, ou seja, se a polinização ocorrer
depois da ocorrência das mutações, as sementes resultantes darão origem a plantas que produzirão
apenas flores cor-de-rosa.
A explicação do estudante para a mudança da cor da pétala de malva-rosa e sua explicação para a
transmissão hereditária dessa característica estão corretas? Justifique.
247
3. (Unesp) Um cientista analisou a sequência a) Que relações podem ser estabelecidas entre
de bases nitrogenadas do DNA de uma bacté- as informações I e II? Inclua na sua resposta
ria e verificou que era formada pelos códons os conceitos de “mutação gênica”, “agentes
AGA-CAA-AAA-CCG-AAT. Verificou também mutagênicos”, “descontrole dos mecanismos
que a sequência de aminoácidos no polipep- de divisão celular” e “câncer”.
tídio correspondente era serina-valina-feni- b) Dê exemplos de um agente de natureza físi-
lalanina-glicina-leucina. Ao analisar o mes- ca e de um agente de natureza biológica que
mo segmento de DNA de outra bactéria da podem aumentar a taxa de mutações gêni-
mesma colônia, verificou que a sequência de cas, aumentando assim a probabilidade de
bases era AGA-CAA-AAG-CCG-AAT, porém não desenvolvimento de câncer.
verificou qualquer alteração na composição
de aminoácidos da cadeia polipeptídica.
Como você explica o fato de bactérias de uma
mesma colônia apresentarem, para o mesmo
segmento de DNA, diferentes sequências de
bases e o fato dessas bactérias apresentarem
a mesma composição de aminoácidos na ca-
deia polipeptídica correspondente?
248
Gabarito 4.
a) Os melanócitos, células situadas no teci-
do epitelial.
b) Pois essas ligações covalentes, entre ba-
E.O. Aprendizado ses de nucleotídeos adjacentes, resultam
em distorções na molécula de DNA, que
1. C 2. A 3. D 4. C 5. C podem causar problemas na sua replica-
6. A 7. B 8. C 9. E 10. E ção – logo pode resultar em mutações.
c) As células com capacidade de proliferação
são aquelas que compõem o estrato basal
do tecido epitelial, pois são as responsá-
E.O. Fixação veis por garantir a renovação da pele.
1. B 2. B 3. B 4. E 5. A d) A telomerase é uma enzima que adicio-
na sequências definidas e repetitivas de
6. D 7. A 8. C 9. B 10. A DNA, os telômeros, à extremidade dos
cromossomos. Quando ativada, essa enzi-
ma em células cancerosas evita que seus
cromossomos encolham por perderem
E.O. Complementar seus telômeros em cada duplicação, deste
1. D 2. A 3. B 4. C 5. B modo permitem que continuem a se re-
produzir indefinidamente.
5.
Substituição.
6.
Inserção.
E.O. Dissertativo
1.
As mutações favoráveis, foram positivamen-
te selecionadas, tornarado os ancestrais hu-
manos aptos a sobreviver no ambiente. São
exemplos de características adaptativas, bipe-
E.O. Enem
dismo, fala, raciocínio e habilidade manual. 1. D
2.
a) O erro se deu na anáfase II da meiose, na
qual não ocorreu a disjunção das cromá-
tides irmãs. E.O. UERJ
b) As consequências biológicas seriam a
formação de aneuploidias (aberração Exame de Qualificação
cromossômica numérica). Se o gameta C 1. C 2. D 3. C
for fecundado dará origem a um zigoto
portador de trissomia (2n + 1) e se fe-
cundado o gameta D originará um zigoto
com monossomia (2n – 1).
c) Sim, haveria diferença. Caso o cromosso-
E.O. UERJ
mo ausente for um sexual (X ou Y), o zi-
goto formado seria 44A+ X0, originando
Exame Discursivo
1.
O códon UAG do RNA mensageiro mutado
um indivíduo com Síndrome de Turner.
será reconhecido pelo anticódon AUC do RNA
No entanto, caso o cromossomo ausente
fosse um autossomo, originaria uma mo- transportador que, por sua vez, deverá ser
nossomia autossômica e o zigoto prova- transcrito a partir da trinca TAG da cadeia de
velmente seria inviável. DNA. Devido à presença do códon de termi-
3. nação UAG, as proteínas sintetizadas a partir
a) As mutações constituem a fonte primária de RNAs mensageiros normais apresentarão
da geração de variabilidade genética nos ao menos um aminoácido a mais em sua es-
seres vivos, tal variabilidade pode possi- trutura primária.
bilitar a sobrevivência de populações em
ambientes que se modificam.
b) A irradiação de alimentos, permite que
“suportem” longos períodos de transporte
e ainda assim permanecer em condições
E.O. Objetivas
adequadas ao consumo, reduzindo prejuí- (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
zos econômicos, pois dificulta ou impede 1. B 2. E 3. B 4. B
a ocorrência de germinação ou desenvol-
vimento de estruturas vegetativas.
249
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) No tubo 5, ao qual foi adicionado o nu-
triente C, houve crescimento.
250
Aulas
49 e 50
Genética de populações
Competência 4
Habilidades 13 e 15
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Genética de populações
População é um conjunto de indivíduos de uma mesma espécie, vivendo em determinado lugar e num determinado
tempo. No âmbito genético, uma população também pode ser definida pelo seu pool gênico, ou seja, pelo conjunto
de alelos (de todos os genes) dos indivíduos.
A genética de populações estuda a distribuição dos genes em populações, os fatores que podem alterar
ou modificar a frequência gênica (ou alélica), bem como a frequência genotípica ao passar de gerações.
A frequência refere-se à quantidade de vezes que um determinado evento acontece. No caso da frequência
gênica, trata-se do aparecimento de um alelo. Ao contrário do que se poderia pensar, não necessariamente um
alelo dominante é o mais frequente; portanto, o grau de abrangência ou aparecimento de um fenótipo ligado a
esse tipo de alelo nem sempre é maior que o ligado a um gene recessivo.
Nas diferentes populações, a predominância de certas características se deve a frequência de genes – como,
dominantes e recessivos.
A braquidactilia - dedos curtos - é uma herança de alelo dominante; dedos normais são condicionados por
alelo recessivo; no entanto, geralmente, a frequência de pessoas com dedos curtos é baixa em relação ao fenótipo
normal.
O princípio de Hardy-Weinberg
A lei de Hardy-Weinberg, ou princípio do equilíbrio, desenvolvida pelo trabalho conjunto do matemático inglês Go-
dfrey Hardy e do médico alemão Wilhem Weinberg, demonstra que, caso nenhum fator evolutivo, como mutação,
atuar sobre dada população, as frequências gênicas e genotípicas não sofrem alteração ao longo das gerações. Por
exemplo, numa população X, as frequências de A e de a permaneceriam iguais, mesmo após um longo período. No
entanto, essa lei aplica-se somente a populações que atendam alguns critérios, tais quais:
§§ serem infinitamente grandes – assim não há influência de deriva gênica, eventos ao acaso que possam
alterar a frequência gênica sem considerar os genótipos que ofereçam mais vantagens em dado meio;
§§ com cruzamentos aleatórios (panmítica) e ausência de consanguinidade; e
§§ não atuação de fatores evolutivos – seleção natural, migrações e mutações (com exceção de uma taxa
constante a partir da qual os genes alelos letais são substituídos). Em razão disso, pode-se dizer que uma
população, teórica, que atenda a esses critérios está em equilíbrio gênico; bem como todos os fatores
mencionados serem responsáveis por alterar a frequência gênica.
A frequência de um gene refere-se à quantidade (dada em %) de vezes que ele aparece em uma população.
Apesar de ser praticamente impossível a existência de populações em equilíbrio gênico, o teorema de Hardy-
-Weinberg é relevante para o estudo de populações reais, uma vez que ele estabelece um modelo para entendi-
mento de como se portam os genes. A partir do teorema é possível estimar as frequências gênicas e genotípicas ao
longo de gerações e comparar os resultados ideais com os reais. Caso eles sejam significativamente diferentes dos
valores esperados, permitirão concluir que os fatores evolutivos estão atuando sobre essa população, que, portanto,
está evoluindo. Por outro lado, caso os valores reais não difiram significativamente dos ideais, pode-se concluir que
a população está em equilíbrio gênico: portanto, não está evoluindo.
Com recurso a equação de Hardy-Weinberg, é possível demonstrar a frequência genotípica de uma popula-
ção em equilíbrio gênico. De acordo com ela, considera-se um locus gênico com dois alelos (A e a), com frequências
alélicas, p e q respectivamente.
253
Graças à reprodução sexuada, os genótipos possíveis serão AA, Aa e aa, e as frequências genotípicas em
cada geração:
§§ probabilidade de AA: p x p = p2
§§ probabilidade de aa: q x q = q2
§§ probabilidade de Aa: com gameta feminino (A) e gameta masculino (a):
p x q = pq
§§ probabilidade de Aa: com gameta feminino (a) e gameta masculino (A) é:
q x p = qp
Observe neste quadro de Punnet a representação do cruzamento.
A a →A+a=1
A+a=1 A AA Aa
a Aa aa
(p + q)2 = 1 ou p2 + 2pq + q2 = 1
↓ ↓ ↓
AA + 2Aa + aa = 1
Uma vez que p + q = 1, logo: q = 1 – p.
A fórmula de Hardy-Weinberg também pode ser escrita desta maneira:
p2 + 2p(1 – p) + (1 – p)2 = 1
*Lembre-se que o “1” ao final da fórmula representa 100%.
254
q2 = 16% = 0,16
q = d XXXX
0,16
= 0,4
q = 0,4
Como:
p+q=1
p=1–q
p = 1 – 0,4
p = 0,6
A frequência do gene a é 0,4 e a do gene A é 0,6.
Sabendo isso, pode-se estimar a frequência genotípica do seguinte modo:
p2 + 2pq + q2
↓ ↓ ↓
(0,6) + 2 ⋅ (0,6) ⋅ (0,4) + (0,4)22
255
INTERDISCIPLINARIDADE
O próprio Hardy era um matemático inglês e seu princípio envolvia muitos cálculos estatísticos. A própria fórmula para
o cálculo desse equilíbrio já exige parte de um conteúdo mais matemático.
256
E.O. Aprendizagem próxima à extinção da espécie, no início de
século XX. A força evolutiva que melhor ex-
plica a redução da diversidade genética nes-
1. (Ufrgs) Assinale com V (verdadeiro) ou F ta espécie é:
(falso) as afirmações abaixo, referentes aos a) seleção natural.
mecanismos de mudança evolutiva. b) migração.
( ) O equilíbrio de Hardy-Weinberg descreve c) deriva genética.
uma situação modelo na qual as frequên- d) mutação.
cias alélicas mudam ao longo das gera- e) seleção sexual.
ções.
( ) As mutações são fonte de variabilidade, 5. (PUC-RS) Grande parte do álcool que circula
pois ocorrem em taxas elevadas para a no sangue é metabolizado no fígado por en-
maioria dos locos estudados. zimas hepáticas como a aldeído-desidroge-
( ) O movimento de gametas entre popula- nase 2 (ALDH2). Indivíduos leste-asiáticos
ções, referido como fluxo gênico, pode apresentam uma variante genética ‘a’ da
alterar as frequências alélicas de uma po- ALDH2 que a deixa pouco eficiente, fazendo
pulação. com que eles sejam mais sensíveis ao efeito
( ) Quando uma população passa por um do álcool. Havendo 16% de homozigotos ‘aa’
evento de gargalo populacional, a varia- numa população equilibrada do leste-asiáti-
ção genética pode ser reduzida por deriva co, espera-se que a porcentagem de hetero-
genética. zigotos seja:
A sequência correta de preenchimento dos a) 4%.
parênteses, de cima para baixo, é: b) 24%.
a) V – V – F – V. c) 32%.
b) V – F – V – F. d) 48%.
c) F – V – V – F. e) 84%.
d) F – F – V – V.
e) V – F – F – V.
6. (Uespi) Uma das condições para que uma po-
pulação mendeliana mantenha as frequências
2. (UECE) Em 1908, G.H. Hardy, um matemático de alelos constantes, ou seja, em equilíbrio
britânico e um médico alemão, W.Weinberg, gênico, com o passar das gerações, é:
independentemente desenvolveram um con- a) a ocorrência de mutações.
ceito matemático relativamente simples, b) a seleção natural.
hoje denominado de princípio de Hardy- c) a existência de poucos indivíduos.
-Weinberg, para descrever um tipo de equilí- d) a migração com fluxo gênico.
brio genético (BURNS; BOTTINO, 1991). e) o acasalamento aleatório.
O princípio citado é fundamento da genética de:
a) edução alélica.
7. (PUC-MG) No heredograma adiante, os indi-
b) determinantes heterozigóticos.
víduos 3 e 5 são afetados por uma anomalia
c) populações.
genética recessiva.
d) determinantes homozigóticos.
257
c) A probabilidade de o indivíduo 7 ser hetero-
zigoto é de 18%. E.O. Fixação
d) O caráter em estudo pode ser ligado ao sexo.
1. (UFG) Considere que a cor dos olhos seja
8. (Uel) Em uma população composta de 100 determinada por um par de alelos em que
mil indivíduos, 24 mil apresentam o genó- o gene para a cor preta é dominante e para
tipo AA e 36 mil apresentam o genótipo aa. a cor azul, recessivo. Admitindo-se que, em
Com base nesses dados, é correto afirmar uma comunidade de 5000 indivíduos, 450 te-
que a frequência dos alelos A e a será res- nham olhos azuis e que essa população esteja
pectivamente: em equilíbrio de Hardy-Weinberg, o número
a) 0,49 e 0,51. de heterozigotos, nessa população, é de:
b) 0,44 e 0,56. a) 1050.
c) 0,50 e 0,50. b) 1500.
d) 0,56 e 0,44. c) 1900.
d) 2100.
e) 0,34 e 0,66.
e) 3500.
9. (UfsCar) O gráfico mostra a variação dos nú-
meros de indivíduos do tipo original e do
2. (EEWB) A fenilcetonúria (PKU) é um erro
inato do metabolismo, de herança autossô-
tipo mutante, ao longo de 100 anos, em uma
mica recessiva, que leva ao acúmulo de um
mesma área de floresta.
aminoácido essencial, a fenilalanina, no or-
ganismo de indivíduos afetados. Esta doença
é caracterizada pelo defeito ou ausência da
enzima fenilalanina hidroxilase (PAH), que
catalisa o processo de conversão da fenilala-
nina em tirosina. O tratamento consiste basi-
camente de uma dieta com baixo teor de feni-
lalanina, porém com níveis suficientes deste
aminoácido para promover crescimento e de-
senvolvimento adequados. Uma fábrica de re-
frigerantes colocou por engano um alto teor
de fenilalanina em garrafas com rótulos que
afirmavam que o produto era livre do ami-
A análise do gráfico permite concluir que: noácido, e as enviou a uma cidade. Supondo
a) o tipo original permanece melhor adaptado que essa cidade, com 10 mil habitantes tenha
ao longo do período analisado. uma frequência alélica de 0,1 para o gene da
b) o tipo original e o tipo mutante estão igual- PKU, e todos os seus moradores consumam o
mente adaptados à mesma área de floresta. refrigerante, quantos serão afetados?
c) a mudança de ambiente provocou alteração a) 10.
nas frequências gênicas. b) 100.
d) a partir de 50 anos, o tipo mutante passou a c) 900.
parasitar o tipo original. d) 1000.
e) após 50 anos, deixa de existir o efeito de do-
minância do alelo para o tipo original sobre 3. (Unirio) A característica de ter covinha nas
aquele para o tipo mutante. bochechas é determinada por um par de
gens, seguindo a primeira lei mendeliana.
1
0. (UFES) Um par de genes determina resistên- Imagine que, numa população de 500 indi-
cia a um fungo que ataca a cana-de-açúcar víduos, 84% das pessoas possuem covinhas
e os indivíduos suscetíveis (aa) apresentam (CC e Cc). Admitindo que essa população
frequência de 0,25. Em uma população que esteja em equilíbrio de Hardy-Weinberg, de-
está em equilíbrio de Hardy-Weinberg, a fre- termine, respectivamente, qual é a frequên-
quência de heterozigotos será: cia do gen “c” e qual é o número esperado de
a) 15%. heterozigotos nessa população.
b) 25%. a) 0,4 – 420 indivíduos.
c) 50%. b) 0,16 – 180 indivíduos.
d) 75%. c) 0,6 – 240 indivíduos.
e) 100%. d) 0,4 – 240 indivíduos.
e) 0,6 – 180 indivíduos.
258
4. (UFC) Descobertas recentes na medicina e na saúde pública, se aplicadas consistentemente, terão
algum impacto no curso da evolução humana. Qualquer resistência às doenças infecciosas (de ca-
ráter hereditário), como o sarampo e a difteria, conferiria vantagem seletiva a uma família.
Assinale a alternativa que mostra, corretamente, os efeitos da imunização em massa sobre a fre-
quência da resistência ou susceptibilidade inata às doenças.
a) A frequência dos alelos que conferem resistência inata às doenças seria aumentada.
b) Os genótipos que produzem pouca ou nenhuma resistência se tornariam comuns.
c) A longo prazo, mais pessoas se tornariam independentes de procedimentos médicos.
d) A longo prazo, haveria adaptação genética a resistência a muitas doenças.
e) Não haveria alteração alguma na frequência desses alelos.
7. (UFPI) Em 1908, os cientistas Hardy e Weinberg formularam um teorema cuja importância está no
fato dele estabelecer um modelo para o comportamento dos genes nas populações naturais. Se os
valores das frequências gênicas de uma população, observada ao longo de gerações, forem signi-
ficativamente diferentes dos valores esperados através da aplicação do teorema, pode-se concluir
corretamente que:
a) a população estudada é infinitamente grande, inviabilizando a aplicação do teorema.
b) não houve a atuação dos fatores evolutivos sobre a população.
c) a população encontra-se em equilíbrio genético.
d) a população está evoluindo, uma vez que as frequências gênicas foram alteradas.
e) os cruzamentos nessa população ocorrem ao acaso.
9. (UEL) Tamanho ...(I)..., cruzamentos ...(2)... e fatores evolutivos ...(3)... são condições para que,
numa população, as frequências gênicas e genotípicas se mantenham constantes ao longo das ge-
rações, de acordo com Hardy e Weinberg.
Preenchem correta e respectivamente as lacunas (1), (2) e (3):
a) Infinitamente grande, ao acaso, atuantes.
b) Infinitamente grande, direcionados, atuantes.
c) Infinitamente grande, ao acaso, ausentes.
d) Pequena, direcionados, ausentes.
e) Pequena, ao acaso, atuantes.
259
10. (UEM) Dependendo de sua constituição gênica, um indivíduo pode apresentar maior ou menor adap-
tação ao meio, maior ou menor chance de sobreviver e de se reproduzir. Um exemplo disso foi o
melanismo industrial na Inglaterra. Mariposas portadoras do genótipo para cor clara (aa) eram mais
intensamente caçadas pelos pássaros do que mariposas escuras (genótipos AA ou Aa), em áreas po-
luídas. O diagrama a seguir mostra, ao longo de três gerações, o número de genótipos encontrados
em cada geração. Com base no diagrama, assinale o que for correto.
E.O. Complementar
1. (UPE)
260
Posteriormente, o gene Edn3 controla a cor TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
do pelo e induz à produção de pigmento es-
curo (manchas, pintas e listras) nas áreas RISCO DE DIABETES TIPO 2 ASSOCIA-
preestabelecidas pelo Taqpep, importante DO A GENE DOS NEANDERTAIS
para camuflagem no ambiente, podendo fa-
vorecer ou desfavorecer a adaptação dessa Uma variante do gene SLC16A11 aumenta o
espécie. Em uma população de 100 guepar- risco de diabetes entre os latino-americanos.
dos, os genótipos estão distribuídos da se- As análises indicaram que a versão de maior
guinte forma: 36 são TT, 16 são tt e 48 são
risco dessa variante foi herdada dos Nean-
heterozigotos Tt.
dertais. As pessoas que apresentam a varia-
Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.
br/2012/09/20/mutação-gera-padrão-emespiral- ção SLC16A11 em um dos alelos, são 25%
no-pelo-de-gatos-e-guepardos/ 1/2. Adaptado. mais propensas a desenvolver o diabetes, já
aquelas que herdaram de ambos os pais, essa
Em relação a essas informações, é CORRETO probabilidade sobe para 50%.
afirmar que: Disponível em: <www.bbc.co.uk/portuguese/
a) as frequências alélicas e genotípicas dessa po- noticias/2013/12/131225_neandertal_ lk.shtml>.
pulação felina são, respectivamente, p2 = 0,36, Acesso em: 26 mar. 2014. (Adaptado).
2pq = 0,48 e q2 = 0,16 e p = 0,6 e q = 0,4.
3. (UFG) De acordo com os dados apresentados
b) nessa população de guepardos, as frequ-
no texto e considerando uma população em
ências gênicas se manterão de forma cons-
tante, indefinidamente, visto não haver ne- equilíbrio de Hardy-Weinberg, na qual 36%
nhum fator evolutivo em ação. dos indivíduos apresentam genótipo com
c) nesse exemplo, o fator que impede a manu- dois alelos variantes de SLC16A11, qual a
tenção do equilíbrio de Hardy-Weinberg é a frequência, em percentagem, de indivíduos
deriva em razão do grande tamanho popula- que serão 25% mais propensos a desenvolver
cional dos guepardos reais. o diabetes?
d) o processo pelo qual um alelo se transforma Dados: Equilíbrio de Hardy-Weinberg
em outro, a mutação, pode afetar o equilí- (p + q)2 = p2 + 2pq + q2 = 1
brio gênico dessa população de guepardos. p - frequência do alelo variante
e) os genes citados no texto exemplificam a q - frequência do alelo normal
ação de alelos, localizados nos mesmos locos a) 48%.
de cromossomos distintos que agem conjun- b) 50%.
tamente na determinação do equilíbrio de c) 64%.
Hardy-Weinberg. d) 75%.
e) 84%.
2. (FGV) Uma determinada característica gené-
tica de um grupo de animais invertebrados 4. (PUC-Camp) Analise o heredograma a seguir
é condicionada por apenas um par de alelos no qual os símbolos escuros significam a pre-
autossômicos. Estudos de genética de popu- sença de uma anomalia.
lações, nestes animais, mostraram que a fre-
quência do alelo recessivo é três vezes maior
que a frequência do alelo dominante, para a
característica analisada em questão.
A quantidade esperada de animais com ge-
nótipo heterozigoto, em uma população com
4 800 indivíduos, em equilíbrio gênico, será
igual a:
a) 900.
b) 1 200. Sabendo-se que a frequência de heterozigo-
c) 1 800. tos na população é 1/20, a probabilidade do
d) 2 400. casal III.1 x III.2 vir a ter uma criança com
e) 3 600. a anomalia é:
a) 1/420.
b) 1/160.
c) 1/120.
d) 1/80.
e) 1/50.
261
5. (UFMG) A cor da raiz da cenoura é controlada por um par de genes autossômicos. O gene B é res-
ponsável pela cor branca e seu alelo recessivo, pela cor amarela.
Um agricultor colheu 20.000 sementes de uma população panmítica, que se cruza ao acaso, das
quais 12.800 desenvolveram plantas com raízes brancas.
E.O. Dissertativo
1. (UEL) Em um pequeno brejo, existe uma população de sapos de coloração marrom ou verde. Um
pesquisador analisou diferentes cruzamentos entre esses anfíbios e descobriu que a coloração é
controlada por um único gene com dois alelos.
Os esquemas a seguir, representados pelas letras A, B e C, mostram os resultados de três dos dife-
rentes cruzamentos realizados por esse pesquisador.
a) Com base nos resultados dos cruzamentos ilustrados nos esquemas, identifique o caráter recessivo e
explique qual dos três esquemas permite essa conclusão.
b) Nesse mesmo brejo, descobriu-se que a frequência de sapos marrons é de 4%. Se for considerado que
essa população segue o modelo de equilíbrio de Hardy-Weinberg, qual será a porcentagem de sapos
heterozigotos? Justifique sua resposta apresentando os cálculos realizados.
2. (UFSC) Em uma população hipotética em equilíbrio de Hardy-Weinberg, um gene possui dois ale-
los. Sabe-se que a frequência do alelo recessivo é de 0,4. Calcule o percentual esperado de indiví-
duos heterozigotos nesta população.
Considerando que essa distribuição de fenótipos se assemelha à observada no Brasil e que os alelos
envolvidos no sistema ABO são denominados i, IA, e IB, e no sistema Rh, D e d, faça o que se pede.
262
a) Assinalando a assertiva apropriada, indique se você concorda, ou não, com esta afirmativa: Nessa
amostra da população, a frequência do alelo i é de 47,3%.
( ) Concordo.
( ) Não concordo.
Justifique sua resposta.
b) Cite o genótipo menos comum, no Brasil, em cada dos sistemas indicados.
Genótipo do sistema ABO:
Genótipo do sistema Rh:
4. (UFJF) Sabe-se que a Fibrose Cística (CF) é uma doença autossômica recessiva causada por mu-
tações no gene CFTR, e que os pacientes apresentam, principalmente, insuficiência pancreática e
infecções pulmonares recorrentes. As pessoas brancas constituem o grupo étnico mais frequente-
mente acometido pela CF na proporção de 1 para cada 2.500 nativivos e que o gene se encontra em
equilíbrio de Hardy e Weinberg.
Joana, portadora de uma mutação no gene CFTR, pretende se casar com Antônio, 28 anos. Sabendo-
-se que ambos os indivíduos não são consanguíneos, responda:
a) Qual a probabilidade de Antônio não ser portador de mutações no gene CFTR e seu risco ser igual a
qualquer outro homem da população?
b) Qual será a probabilidade de Antônio ser portador de uma mutação em qualquer alelo do gene CFTR?
c) Qual a probabilidade de Joana e Antônio virem a ter uma criança afetada por Fibrose Cística por essa
mesma condição?
5. (UFRJ) O gráfico a seguir mostra as frequências dos genótipos de um locos que pode ser ocupado
por dois alelos A e a. No gráfico, p representa a frequência do alelo A.
Calcule a frequência dos genótipos AA, Aa, aa nos pontos determinados pela linha pontilhada.
Justifique sua resposta.
6. (UFRJ) O grupo sanguíneo MN é determinado por dois alelos codominantes. A frequência dos
genótipos desse grupo sanguíneo foi amostrada em duas populações humanas e os resultados são
apresentados na tabela a seguir.
População MM MN NN Total
Europeus do Norte 16% 48% 36% 100%
Europeus do Sul 36% 48% 16% 100%
Calcule a frequência do alelo M nas duas populações e determine se a população da Europa como
um todo é uma população panmítica, isto é, uma população em que os casamentos ocorrem ao
acaso. Justifique sua resposta.
7. (UFRJ) Dois ‘loci’ de uma população, cada um com dois gens alelos, sofrem a ação da seleção na-
tural por muitas gerações, como é mostrado nas tabelas abaixo. O coeficiente de seleção (S) indica
os valores com que a seleção natural atua contra o genótipo. O valor adaptativo (W) representa os
valores com que a seleção natural favorece o genótipo. Note que (W+S)=1.
263
Genótipo
Valor adaptativo (W)
A1A1
1
A1A2
1
A2A2
0
E.O. Dissertativas
Coeficiente de seleção (S) 0 0 1 (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
Genótipo B1B1 B1B2 B2B2 1. (Unesp) Considere duas populações dife-
Valor adaptativo (W) 1 0 0 rentes, 1 e 2, cada uma com 200 indivíduos
Coeficiente de seleção (S) 0 1 1 diploides, portanto, com 400 alelos. A popu-
lação 1 apresenta 90 indivíduos com genóti-
Qual dos gens, A2 ou B2, apresentará a maior po AA, 40 indivíduos com genótipo Aa e 70
frequência na população? Explique. indivíduos com genótipo aa. A população 2
apresenta 45 indivíduos com genótipo AA,
130 indivíduos com genótipo Aa e 25 indiví-
E.O. UERJ duos com genótipo aa.
a) Qual a frequência dos alelos A e a em cada
Exame Discursivo uma das populações?
b) Qual delas tem a maioria dos indivíduos ho-
mozigotos? Explique.
1. (UERJ) Segundo o Teorema de Hardy Wein-
berg, uma população ideal deve atingir o 2. (Fuvest) Um determinado gene de heran-
equilíbrio, ou estado estático, sem grandes ça autossômica recessiva causa a morte das
alterações de seu reservatório genético. pessoas homozigóticas aa ainda na infância.
Em uma das ilhas do arquipelago de Galápa- As pessoas heterozigóticas Aa são resisten-
gos, uma das condições estabelecidas por tes a uma doença infecciosa causada por um
Hardy e Weinberg para populações ideais foi protozoário, a qual é letal para as pessoas
seriamente afetada por uma erupção vulcâ- homozigóticas AA.
nica ocorrida há cerca de cem mil anos. Esta Considere regiões geográficas em que a do-
erupção teria diminuído drasticamente a po- ença infecciosa é endêmica e regiões livres
pulação de jabutis gigantes da ilha. dessa infecção. Espera-se encontrar diferen-
a) Cite duas das condições propostas por Hardy ça na frequência de nascimento de crianças
e Weinberg para que o equilíbrio possa ser aa entre essas regiões? Por quê?
atingido.
b) Defina o conceito de evolução em função da
frequência dos genes de uma população e
indique de que forma a diminuição da popu-
lação afetou a evolução dos jabutis gigantes.
E.O. Objetivas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1. (Unesp) No estudo da genética de popula-
ções, utiliza-se a fórmula p2 + 2pq + q2 = 1,
na qual p indica a frequência do alelo do-
minante e q indica a frequência do alelo re-
cessivo. Em uma população em equilíbrio de
Hardy-Weinberg espera-se que:
a) o genótipo homozigoto dominante tenha fre-
quência p2 = 0,25, o genótipo heterozigoto te-
nha frequência 2pq = 0,5 e o genótipo homo-
zigoto recessivo tenha frequência q2 = 0,25.
b) haja manutenção do tamanho da população ao
longo das gerações.
c) os alelos que expressam fenótipos mais adap-
tativos sejam favorecidos por seleção natural.
d) a somatória da frequência dos diferentes ale-
los, ou dos diferentes genótipos, seja igual a 1.
e) ocorra manutenção das mesmas frequências
genotípicas ao longo das gerações.
264
Gabarito b) A partir dos cálculos a seguir: 2pq = 2 ×
49/50 × 1/50 = 98/2.500. A resposta é:
98/2.500.
c) A partir dos cálculos a seguir: 1/2 ×
E.O. Aprendizagem 98/2.500 × 1/2 = 98/10.000, a resposta
é 98/10.000.
1. D 2. C 3. D 4. C 5. D 5.
O gráfico mostra que a frequência do gene
6. E 7. D 8. B 9. C 10. C A é p = 0,60. Como p + q = 1, temos que a
frequência do gene a é q = 0,40. Portanto,
a frequência de AA é p2 = 0,36 ou 36%, a
frequência de Aa é 2pq = 0,48 ou 48% e a
E.O. Fixação frequência de aa é q2 = 0,16 ou 16%.
1. D 2. B 3. D 4. B 5. C 6.
Entre europeus do Norte: M = 0,16 +
(0,48/2) = 0,40.
6. A 7. D 8. D 9. C Entre europeus do Sul: M = 0,36 +
10. 02 + 08 + 16 + 32 = 58 (0,48/2) = 0,60.
A população europeia de modo geral não
está em equilíbrio gênico. Caso os casamen-
tos fossem ao acaso, a frequência dos genes
E.O. Complementar seriam iguais em todas as populações.
1. D 2. C 3. A 4. C 5. E 7.
O gene A2, porque é um letal recessivo, es-
tando assim favorecido pela seleção natural
quando em heterozigose, enquanto o gene B2
é um letal dominante, portanto é eliminado
E.O. Dissertativo mesmo em dose simples.
1.
a) O caráter recessivo é o responsável pela
cor marrom e o quadro B é aquele que
permite essa conclusão, pois pais com
E.O. UERJ
fenótipo dominante (heterozigotos) ti- Exame Discursivo
veram filho com fenótipo recessivo. 1.
b) A equação de Hardy-Weinberg, é: a) Poderiam ser duas dentre as seguintes
p2 + 2pq + q2 = 1,0 condições:
Portanto a frequência de sapos marrons é §§ ausência de migrações;
dada por q2 = 0,04; §§ ausência de mutações;
a frequência do alelo (a) para a cor mar- §§ probabilidades iguais na escolha dos
rom é dada por q = d XX
q2 = d XXXXX
0,04
= 0,2; parceiros para reprodução sexuada
a frequência do alelo (A) para a cor verde §§ população infinitamente grande;
é dada por p = 1 – 1 = 1 – 0,2 = 0,8; §§ não sujeição dos genes à seleção na-
a frequência de heterozigotos é dada por tural.
2pq = 2 × 0,8 × 0,2 = 0,32. b) A evolução pode ser definida como uma
Então a porcentagem de sapos heterozi- alteração progressiva das frequências gê-
gotos é: 32%. nicas em uma população, devido a seleção
2. Alelos: A e a. de alelos que conferem melhor adaptação
f(a) = 0,4 ao meio.
f(A) = 1 – 0,4 = 0,6 A população de jabutis ficou mais sujeita
à variações gênicas aleatórias, pois po-
f(Aa) = 2 × 0,6 × 0,4 = 0,48 = 48%
dem ter sido eliminados “bons” alelos
3.
que confeririam melhor adaptatibilidade
a) A resposta correta seria: “Não concordo”.
ao meio. Assim não necessariamente so-
Pois a frequência do genótipo ii é igual a
braram os “melhores” alelos.
47,3%. Logo, a frequência do gene i é a
raiz quadrada desse valor: 6,89%.
b) O genótipo do grupo AB é IAIB
O genótipo do grupo RH– é dd E.O. Objetivas
4. (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
a) A partir dos cálculos a seguir: q2 = 1. E
1/2.500, assim q = 1/50. Sendo p + q = 1
∴ p + 1/50 = 49/50.
p2 = (49/50)2 ou p2 = 2.401/2.500, a pro-
babilidade é de 2.401/2.500.
265
E.O. Dissertativas
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
1.
a) Pela contagem dos alelos nas populações
1 e 2 há 220 alelos A e 180 alelos a. En-
tão, nas duas populações a frequência dos
gametas é a mesma: 55% para A e 45%
para a.
b) Na população 1 há 160 homozigotos (90
AA + 70 aa) e a população 2 há 70 homo-
zigotos (45 AA + 25 aa).
2. A frequência de nascimentos de crianças
aa se mostrará mais elevada em regiões nas
quais a doença é endêmica. Pois nelas have-
rá uma maior taxa de indivíduos heterozi-
gotos, selecionados favoravelmente em rela-
ção aos indivíduos AA, devido a presença do
protozoário patogênico. Assim, cruzamentos
subsequentes entre heterozigotos produzi-
rão maior taxa de indivíduos aa.
266
Aulas
51 e 52
Biotecnologia e
engenharia genética
Competência 3, 4 e 8
Habilidades 11, 13, 15 e 29
Competência 1 – Compreender as ciências naturais e as tecnologias a elas associadas como construções humanas, percebendo seus papéis nos
processos de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
H1 Reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios, relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
H2 Associar a solução de problemas de comunicação, transporte, saúde ou outro, com o correspondente desenvolvimento científico e tecnológico.
H3 Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, ao longo do tempo ou em diferentes culturas.
Avaliar propostas de intervenção no ambiente, considerando a qualidade da vida humana ou medidas de conservação, recuperação ou utilização sustentável
H4
da biodiversidade.
Competência 2 – Identificar a presença e aplicar as tecnologias associadas às ciências naturais em diferentes contextos.
H5 Dimensionar circuitos ou dispositivos elétricos de uso cotidiano.
H6 Relacionar informações para compreender manuais de instalação ou utilização de aparelhos, ou sistemas tecnológicos de uso comum.
Selecionar testes de controle, parâmetros ou critérios para a comparação de materiais e produtos, tendo em vista a defesa do consumidor, a saúde do
H7
trabalhador ou a qualidade de vida.
Competência 3 – Associar intervenções que resultam em degradação ou conservação ambiental a processos produtivos e sociais e a instrumen-
tos ou ações científico-tecnológicos.
Identificar etapas em processos de obtenção, transformação, utilização ou reciclagem de recursos naturais, energéticos ou matérias-primas, considerando
H8
processos biológicos, químicos ou físicos neles envolvidos.
Compreender a importância dos ciclos biogeoquímicos ou do fluxo energia para a vida, ou da ação de agentes ou fenômenos que podem causar alterações
H9
nesses processos.
H10 Analisar perturbações ambientais, identificando fontes, transporte e(ou) destino dos poluentes ou prevendo efeitos em sistemas naturais, produtivos ou sociais.
Reconhecer benefícios, limitações e aspectos éticos da biotecnologia, considerando estruturas e processos biológicos envolvidos em produtos biotecnoló-
H11
gicos.
H12 Avaliar impactos em ambientes naturais decorrentes de atividades sociais ou econômicas, considerando interesses contraditórios.
Competência 4 – Compreender interações entre organismos e ambiente, em particular aquelas relacionadas à saúde humana, relacionando
conhecimentos científicos, aspectos culturais e características individuais.
H13 Reconhecer mecanismos de transmissão da vida, prevendo ou explicando a manifestação de características dos seres vivos.
Identificar padrões em fenômenos e processos vitais dos organismos, como manutenção do equilíbrio interno, defesa, relações com o ambiente, sexualidade,
H14
entre outros.
H15 Interpretar modelos e experimentos para explicar fenômenos ou processos biológicos em qualquer nível de organização dos sistemas biológicos.
H16 Compreender o papel da evolução na produção de padrões, processos biológicos ou na organização taxonômica dos seres vivos.
Competência 5 – Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em diferentes contextos.
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
H17
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.
H18 Relacionar propriedades físicas, químicas ou biológicas de produtos, sistemas ou procedimentos tecnológicos às finalidades a que se destinam.
Avaliar métodos, processos ou procedimentos das ciências naturais que contribuam para diagnosticar ou solucionar problemas de ordem social, econômica
H19
ou ambiental.
Competência 6 – Apropriar-se de conhecimentos da física para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H20 Caracterizar causas ou efeitos dos movimentos de partículas, substâncias, objetos ou corpos celestes.
H21 Utilizar leis físicas e (ou) químicas para interpretar processos naturais ou tecnológicos inseridos no contexto da termodinâmica e(ou) do eletromagnetismo.
Compreender fenômenos decorrentes da interação entre a radiação e a matéria em suas manifestações em processos naturais ou tecnológicos, ou em suas
H22
implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais.
Avaliar possibilidades de geração, uso ou transformação de energia em ambientes específicos, considerando implicações éticas, ambientais, sociais e/ou
H23
econômicas.
Competência 7 – Apropriar-se de conhecimentos da química para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-
-tecnológicas.
H24 Utilizar códigos e nomenclatura da química para caracterizar materiais, substâncias ou transformações químicas
Caracterizar materiais ou substâncias, identificando etapas, rendimentos ou implicações biológicas, sociais, econômicas ou ambientais de sua obtenção ou
H25
produção.
Avaliar implicações sociais, ambientais e/ou econômicas na produção ou no consumo de recursos energéticos ou minerais, identificando transformações
H26
químicas ou de energia envolvidas nesses processos.
H27 Avaliar propostas de intervenção no meio ambiente aplicando conhecimentos químicos, observando riscos ou benefícios.
Competência 8 – Apropriar-se de conhecimentos da biologia para, em situações problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico
tecnológicas.
Associar características adaptativas dos organismos com seu modo de vida ou com seus limites de distribuição em diferentes ambientes, em especial em
H28
ambientes brasileiros.
Interpretar experimentos ou técnicas que utilizam seres vivos, analisando implicações para o ambiente, a saúde, a produção de alimentos, matérias primas
H29
ou produtos industriais.
Avaliar propostas de alcance individual ou coletivo, identificando aquelas que visam à preservação e a implementação da saúde individual, coletiva ou do
H30
ambiente.
Melhoramento genético e seleção artificial
É um engano comum achar que as práticas de melhoramento genético somente começaram a partir das descober-
tas mais recentes da Biologia Molecular. De fato, essas práticas são realizadas há muito tempo, mesmo antes dos
avanços no campo molecular.
Bons exemplos de melhoramento genético são encontrados no ramo da agricultura e da pecuária, nas quais
são cruzadas e posteriormente selecionadas as espécies com características de interesse, cujo resultado é a melho-
ra na produtividade – gado leiteiro e de corte mais produtivos, grãos com maior valor nutritivo, etc. Para garantir
ao longo das gerações a manutenção das características de interesse recorre-se a reprodução assexuada, como a
propagação vegetativa, responsável pela criação de clones a partir de uma planta-mãe, evitando-se desse modo a
variabilidade genética decorrente da reprodução sexuada.
Indústria farmacêutica
§§ vacinas;
§§ interferon humano (antiviral natural);
§§ insulina humana;
§§ hormônios do crescimento humano;
§§ reagentes de diagnóstico;
§§ agentes antitumorais;
§§ novas drogas.
269
Agropecuária
§§ animais resistentes a doenças e plantas resistentes a vírus, herbicidas e tolerantes a insetos;
§§ valor nutricional multiplicado de animais e plantas;
§§ plantas resistentes a pragas;
§§ produção de espécies raras;
§§ indústria alimentar;
§§ novos ingredientes;
§§ novos processos de manufatura;
§§ novas enzimas.
Meio ambiente
§§ produção de bactérias usadas na biorremediação ambiental.
Manipulação genética
Antes de tratar dos conceitos e aplicações próprios da engenharia genética, observe este esquema. Ele representa
o mecanismo natural de reparação de genes defeituosos na molécula de DNA. A engenharia genética vale-se da
atuação dessas enzimas para realizar seus feitos.
Para compreender como se dá a manipulação dos genes, é necessário conhecer antes os agentes envolvidos
em cada etapa, como as enzimas de restrição, também chamadas de endonucleases de restrição. São enzimas
produzidas regularmente por bactérias, cujo papel é garantir a integridade da molécula de DNA, uma vez que per-
mitem o conserto de erros de pareamento, e também degradam DNA virais invasores. Por cortarem a molécula de
DNA sempre em pontos específicos, produzem fragmentos dela, que podem se ligar a outras pontas de moléculas
de DNA também cortadas pela mesma enzima.
Uma das primeiras enzimas de restrição a ser isolada foi a Eco Ri, produzida pela bactéria Escherichia coli.
Com a descoberta dessas enzimas, os pesquisadores puderam manipular o DNA com extrema precisão, o que pro-
vocou uma verdadeira revolução na biologia molecular, uma vez que permitiu a montagem de moléculas de DNA
recombinante.
270
Tipos de corte efetuados por enzimas de restrição
No DNA, ocorre repetição de sítios-alvos ao longo da molécula, assim ela pode ser cortada em vários frag-
mentos de tamanhos diferentes, dependendo da quantidade de sítios.
A técnica do PCR
Trata-se de uma reação em cadeia da polimerase (do inglês, polymerase chain reaction), que é utilizada para
multiplicar em milhares de cópias um único pedaço de DNA. Essa técnica pode ser realizada em tubos de ensaio
e vem se revelando mais vantajosa que a do DNA recombinante, uma vez que não necessita da produção de um
plasmídeo recombinante, tampouco de bactérias para clonar os fragmentos de DNA.
Se uma molécula de DNA, originada de uma célula humana, for submetida a altas temperaturas (cerca de
90°C) ou a pHs extremos, desfazem-se as pontes de hidrogênio que unem suas fitas, processo esse conhecido
como desnaturação. Separadas as fitas, ocorre a produção de novas moléculas de DNA, o que aumenta a quan-
tidade de amostra. Se essas fitas forem alocadas em ambiente com a temperatura regular do organismo humano,
ou em pH regular da célula, elas tendem a se unir novamente, ocorrendo, portanto, uma renaturação, também
co- nhecida por hibridização. Para que ocorra hibridização, é necessário que as duas fitas sejam dotadas de sequ-
ências complementares de bases que permitam o pareamento.
Sob altas temperaturas ou pHs extremos ocorre a separação das fitas de DNA. Em condições favoráveis,
ocorre novamente a hibridização dessas fitas.
A partir dessa técnica, é possível obter de um pequeno fragmento de DNA uma amostra, suficiente para
análise, por exemplo.
271
Eletroforese em gel e separação dos fragmentos de DNA
Os fragmentos de DNA formados com a ação das enzimas de restrição e, se necessário, multiplicados pela PCR,
possuem diferentes tamanhos, o que torna possível separá-los e análisá-los individualmente mediante uma técnica
denominada eletroforese em gel. Cada amostra (contendo fragmentos de moléculas de DNA) é colocada sobre
um gel de agarose (do ágar, de algas vermelhas), em pequenos espaços retangulares, uma ao lado da outra. É sabi-
do que a molécula de DNA é dotada de carga elétrica negativa e, portanto, ao ser submetida a um campo elétrico,
migrará em direção ao eletrodo positivo.
Na eletroforese em gel, fragmentos maiores movem-se mais lentamente que os menores e separam-se.
Para que seja possível visualizar os fragmentos, eles são tratados com um corante – brometo de etídio, que
possui afinidade pelo DNA e fluoresce, tornando-se visível quando em contato com a luz ultravioleta, sob a qual
fotografa-se o gel para posterior análise. A partir da medição da distância entre as bandas, é possível calcular o
peso molecular e o tamanho dos fragmentos bem como localizar as bandas que compõem o DNA. Outra maneira
de se visualizar as bandas de DNA é a autorradiografia. No início do processo, os fragmentos de DNA são marcados
com radioisótopo p32 ou com um corante luminescente. Ao final, esse material sensibiliza um filme fotográfico
colocado sobre o gel. Revelado, visualiza-se a posição das bandas.
Para visualizar os fragmentos de DNA separados, cora-se o material com brometo de etídio, que
fluoresce sob luz ultravioleta, revelando as bandas de DNA.
272
Criação de DNA recombinante
Um DNA recombinante é uma molécula de DNA formada pela união de duas ou mais moléculas desse ácido
nucleico. Esses fragmentos de DNA não são encontrados juntos na natureza, resultando de manipulação em la-
boratório. Na técnica para produção do DNA recombinante, as moléculas dos organismos doador e receptor são
clivadas por uma enzima de restrição e posteriormente unidas pela enzima DNA ligase. Observe:
O organismo receptor pode ser uma bactéria, portadora de plasmídeo, um DNA circular com capacidade
de replicação autônoma. Nesse caso, o plasmídeo age como um vetor, transportando um gene de interesse. Este
ao ser inserido no plasmídeo bacteriano pode ser transcrito várias vezes, dado que a cada reprodução da bactéria o
DNA recombinante também é replicado. A capacidade de reprodução rápida das bactérias contribui para a criação
de várias cópias idênticas do gene de interesse, caracterizando a clonagem de DNA.
O gene da insulina, por exemplo, pode ser inserido numa bactéria para a produção desse hormônio neces-
sário aos diabéticos que dele tem carência. Outros genes de interesse são aqueles para a produção de vacinas, de
medicamentos e de fatores de coagulação para hemofílicos:
273
Sequência de etapas para produção do DNA recombinante:
Uma satisfatória proliferação de bactérias portadoras do DNA recombinante pressupõe que elas sejam
inseridas em meio nutritivo seletivo, a fim de que apenas as portadoras do DNA recombinante cresçam e formem
colônias. Depois de muitas gerações de bactérias, os plasmídeos são retirados e os fragmentos de DNA clonados
são isolados. Outra possibilidade é retirar apenas os produtos de expressão do fragmento de DNA clonado, um
hormônio, por exemplo, como a insulina ou o hormônio do crescimento humano, bem como uma proteína que,
isolada, poderá servir para a confecção de uma vacina.
Além dos plasmídeos, vírus animais e bacteriófagos também podem ser utilizados como vetores nessa
técnica.
274
Terapia gênica
Se trata da utilização de genes normais que substituiriam genes alterados causadores de diversas doenças huma-
nas, que possuem caráter gênico. Esse material genético será introduzido (por um vetor) no indivíduo afetado, com
o objetivo de corrigir uma informação que está errada ou ausente no DNA desse indivíduo, atenuando os sintomas
ou ainda o curando.
Observe neste esquema como se dá essa terapia.
Transgênicos ou OGM
Os transgênicos são organismos geneticamente modificados (OGM). No Brasil, a lei de Biossegurança, sancionada
em 2005, permite a produção e venda de OGM. Os alimentos que contêm ingredientes transgênicos devem conter
o seguinte símbolo em sua embalagem:
275
Alvos de muitas polêmicas, são, no entanto, amplamente utilizados hoje em dia, como a soja e o milho.
Geneteca
276
Projeto genoma
O Projeto Genoma Humano (PGH) foi um empreendimento internacional, iniciado formalmente em 1990 e conclu-
ído em 2003. Seus objetivos principais incluíram:
§§ Identificar os genes humanos;
§§ Determinar a sequência dos pares de bases nitrogenadas componentes do genoma humano;
§§ Manter essas informações num banco de dados;
§§ Produzir ferramentas eficientes para a análise desses dados;
§§ Tornar esses dados acessíveis a pesquisadores; e
§§ Suscitar a discussão sobre questões éticas, legais e sociais relacionadas ao projeto.
As amostras utilizadas no projeto eram provenientes de doadores anônimos, representantes de diversos
grupos étnicos, compondo um genoma-referência. Dentre os resultados do PGH estão:
§§ Cerca de 3,2 bilhões de pares de nucleotídeos compõem o genoma humano;
§§ Apenas cerca de 2% do genoma tem função de instruir a síntese de proteínas, constituindo os genes;
§§ O número de genes foi estimado em 25.000;
§§ Em média os genes são compostos por 3.000 bases nitrogenadas, mas pode variar até milhões;
§§ A função de aproximadamente metade dos genes encontrados é desconhecida;
§§ Todas as pessoas compartilham 99,9% da mesma sequência genômica;
§§ Sequências repetidas de nucleotídeos que não codificam proteínas compõem mais de 50% do genoma
humano; e
§§ Associação de determinadas sequências gênicas com doenças e disfunções, como o câncer de mama, sur-
dez, doenças musculares e cegueira.
As sequências do genoma humano compõem uma valiosa fonte de informação, disponível para pesquisa-
dores ao redor do mundo que a tem usado para o desenvolvimento de diversas aplicações práticas. Portanto, o
PGH serviu como ponto de partida para inúmeros avanços na biologia molecular do século XXI. Como exemplos
de aplicações se destacam:
§§ Auxílio no aconselhamento genético;
§§ Probabilidade de detecção na fase inicial de doenças causadas ou influenciadas por genes;
§§ Auxílio ao desenvolvimento da proteômica, o conjunto de técnicas utilizadas para análise de proteínas em
larga escala;
§§ Analisar o grau de parentesco evolutivo entre diferentes espécies, a partir da comparação genética;
§§ Melhorar a compreensão de como atuam os genes, podendo interferir na sua expressão; e
§§ Desenvolvimento de medicamentos específicos para cada indivíduo com base em seu funcionamento meta-
bólico compreendido pelo estudo genético.
Fingerprint
Trata-se da impressão digital molecular, que contribui decisivamente para identificar casos de paternidade duvido-
sa, a partir dessa análise no DNA, dado que cada indivíduo detém uma composição genômica única, à exceção de
gêmeos univitelinos (idênticos). Para essa análise e posterior comparação, é necessária uma amostra de DNA, que
pode ser proveniente de células da raiz de um fio de cabelo ou de células (leucócitos) sanguíneas, amostra essa que
pode ser amplificada mediante a técnica do PCR.
Para a efetiva determinação da fingerprint, os cientistas recorrem aos VNTR (do inglês, variable number of
tandom repeats), repetições de pequenas sequências de nucleotídeos (entre 15 e 20 bases nitrogenadas) presentes
em trechos do DNA.
277
Representação de sequências de bases repetidas no DNA. Esse número é particular de cada indivíduo.
A quantidade de repetições em cada gene é bastante variável entre os componentes de uma população. Por
isso, ao comparar cromossomos homólogos de diferentes pessoas, é pouco provável que o número de repetições
seja o mesmo, razão pela qual o VNTR é tido como único para cada um, assim como a impressão digital.
Essas repetições podem ser visualizadas pela técnica de eletroforese, que permite a observação de repeti-
ções particulares.
Analisados os VNTR de determinado par de cromossomos homólogos do pai, notou-se a existência de cinco
sequências repetidas em um dos cromossomos e, quatro em outro. No caso da mãe, há um cromossomo com sete
sequências repetidas e, no homólogo, três repetições.
278
Ao fazer a análise dos fingerprints dos dois primeiros filhos – da esquerda para a direita – notou-se que o pri-
meiro tem cinco e três sequências (cinco derivadas do pai e três, da mãe); o segundo filho tem sete e cinco sequências
repetidas (sete provenientes da mãe e cinco provenientes do pai). O resultado permitiu concluir que não houve troca
de nenhum dos dois primeiros filhos. Mas a análise do fingerprint do terceiro filho, revela que ele tem seis e duas
repetições, portanto, ele não é filho biológico do casal, uma vez que os pais não apresentam esses VNTR.
Uso de células-tronco
Por se tratarem de tipos celulares indiferenciados as células-tronco constituem um assunto de interesse no meio
científico. Esse interesse também é compartilhado pela opinião pública, dado a ampla disseminação pela imprensa
de temas relacionados a esses tipos particulares de células. Alguns dos principais interesses envolvidos no uso de
células-tronco são: o estudo da biologia do desenvolvimento, terapia gênica (poderiam agir como vetores) e na
produção de linhagens celulares específicas para transplantes (quando do próprio indivíduo reduzem o risco de
rejeição).
As células-tronco adultas são classificadas como multipotentes e podem originar apenas células do tecido
de onde são provenientes. Aquelas provenientes do tecido hematopoiético são utilizadas na reposição da medula
óssea após os processos de quimioterapia ou radioterapia, ambos adotados contra o câncer. Essa forma de aplica-
ção terapêutica se enquadra na medicina regenerativa.
A maior esperança, no entanto, reside na adoção de procedimentos terapêuticos com células-tronco em-
brionárias, pois podem originar uma variedade de tipos celulares. O uso dessas células embrionárias ainda carece
de muitas pesquisas, que vêm sendo desenvolvidas ao redor do mundo e visando inúmeras patologias.
Os embriões excedentes resultantes da técnica de fertilização in vitro, são fontes de células-tronco em-
brionárias passiveis de uso em pesquisas. Esses embriões são armazenados congelados em nitrogênio líquido nas
clinicas de fertilização in vitro.
No Brasil, a legislação dispõe que é permitida a utilização de células-tronco embrionárias obtidas de embri-
ões humanos produzidos por fertilização in vitro, mas não utilizados para tal, para fins de pesquisa e terapia. No
entanto, os embriões devem ser inviáveis ou estarem congelados há três anos ou mais, e claro o consentimento
dos pais é exigido.
Apesar de todas as esperanças em torno dos tratamentos com células-tronco, ainda há muito trabalho a ser
feito, há muitas pesquisas a serem realizadas antes que muitos desses avanços prometidos ou esperados possam
ser efetivamente aplicados às necessidades dos indivíduos. Contudo, é inegável que a terapia com essas células são
uma fonte de esperança para milhões de pessoas portadoras, por exemplo, de mal de Parkinson, diabetes, mal de
Alzheimer, câncer, e outros problemas genéticos.
Clonagem
A clonagem reprodutiva produz uma cópia de um indivíduo existente mediante uma técnica chamada trans-
ferência nuclear, que se baseia na remoção do núcleo de um óvulo que é substituído pelo núcleo de outra célula
somática. Feita a fusão, as células passam a se diferenciar. Ao alcançar o estado de blastocisto – fase em que ocorre
a implantação do embrião na cavidade uterina –, a massa celular apresenta dois grupos celulares: a camada exter-
na, que formará a placenta e o saco amniótico, e a interna, que dará origem aos tecidos do feto. Após o período de
gestação, surge um indivíduo com material genético idêntico ao do doador da célula somática.
279
Clonagem reprodutiva
Na clonagem terapêutica, os estágios iniciais são idênticos à clonagem com fins reprodutivos, à exceção
do blastocisto, que não é introduzido em um útero, mas utilizado em laboratório como fonte de células-tronco
totipotentes destinadas à produção de tecidos ou órgãos para transplante. O objetivo dessa técnica é produzir uma
cópia saudável do tecido ou do órgão de um paciente para transplante.
As células-tronco embrionárias podem ser utilizadas no intuito de restaurar a função de um órgão ou tecido,
transplantando novas células para substituírem as células lesionadas por doença ou com defeito genético. Esse é
o caso de doenças neurológicas, diabetes, cardiopatias, derrames, lesões da coluna cervical, doenças sanguíneas.
Dentre outras questões delicadas, essa técnica traz à tona várias questões relacionadas a bioética; uma vez
que após a coleta do material, qual destino deve ser dado ao embrião? Quando precisamente começa uma nova
vida? Até que ponto valeria a pena sacrificar “uma vida” para salvar outra?
ativada
280
INTERATIVIDADE
ASSISTIR
Fonte: Youtube
282
APLICAÇÃO NO COTIDIANO
Testes de DNA, organismos transgênicos e inseminação artificial são exemplos de aplicações das tecnologias genéticas
que podem impactar positivamente a nossa vida e auxiliar no avanço de curas e produção de remédios.
INTERDISCIPLINARIDADE
Algumas técnicas de teste de DNA utilizam correntes elétricas no final do experimento, que junto com a carga de
DNA faz as moléculas do mesmo se deslocarem. E ao final, é verificado se a corrida obteve o resultado esperado.
Sendo assim, as técnicas dependem de uma diferença de potencial (DDP).
283
E.O. Aprendizagem
1. (PUC-RJ) A figura abaixo representa o resultado de um teste de paternidade. Este teste baseia-se
na identificação de marcadores genéticos compartilhados ou não por pai, mãe e filhos.
3. (Cefet-MG) Com o desenvolvimento de técnicas de genética e aumento da área plantada com trans-
gênicos surgiram preocupações com a biossegurança, restringindo esse tipo de cultura. Mesmo
assim espera-se que a taxa de cultivo de organismos geneticamente modificados no Brasil cresça
em média 54% até a safra 2020/21.
Disponível em: <http://agromais.tv>. Acesso em: 26 jul. 2012. (Adaptado)
284
4. (UEMG) Analise as informações contidas na imagem a seguir, que mostra a produção de insulina
por uma bactéria.
5. (UFPR) Assim como ocorre em animais, o cultura de células in vitro, técnica biotecno-
teste de DNA pode ser utilizado para a iden- lógica que pode utilizar tanto células animais
tificação da paternidade de árvores. Quando quanto vegetais. Para a cultura in vitro há ne-
os pais de uma árvore juvenil são identifi- cessidade de usar meio de cultura que con-
cados em uma floresta, é possível calcular a tém nutrientes (água, minerais, vitaminas
distância entre pais e filhos. As distâncias e açúcares) necessários para sobrevivência,
percorridas pelo pólen e pela semente que crescimento e proliferação celular. Pequenas
deram origem ao juvenil correspondem, res- alterações nesse meio podem acarretar modi-
pectivamente, à distância entre: ficações fisiológicas e metabólicas.
a) a mãe e o juvenil e entre o pai e o juvenil. Disponível em: <www.laben.ufscar.br/documentos/arquivos/
b) a mãe e o juvenil e entre o pai e a mãe. cultura-celular.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2014. (Adaptado).
c) o pai e o juvenil e entre a mãe e o juvenil.
d) o pai e a mãe e entre o pai e o juvenil. 7. (UFG) Para a utilização da técnica biotecno-
e) o pai e a mãe e entre a mãe e o juvenil. lógica referida no texto, o material vegetal
precisa apresentar totipotência, que é a ca-
6. (UFPB) O desenvolvimento da Biologia Mole- pacidade celular de reconstituir um organis-
cular, a partir de 1950, transformou radical- mo inteiro. Assim, um tecido com essa capa-
mente a maneira pela qual o homem modifi- cidade e uma habilidade celular deste tecido
ca os organismos. Hoje, é possível introduzir são, respectivamente:
genes de uma espécie em outra para adi- a) esclerênquima e alongamento.
cionar-lhe características de interesse. Essa b) parênquima e divisão.
tecnologia é baseada no processo evolutivo c) xilema e diferenciação.
dos seres vivos. Utilizando os conhecimentos d) súber e alongamento.
sobre evolução, é correto afirmar que a fun- e) floema e divisão.
cionalidade de um gene de uma espécie em
outra só é possível devido à(ao): 8. (UERN) O termo albinismo refere-se a um
a) lei do uso e desuso. conjunto de condições hereditárias que levam
b) processo de especiação. as pessoas afetadas a ter pouca ou nenhuma
c) ancestralidade comum. pigmentação nas estruturas de origem epidér-
d) gradualismo. mica. O albinismo tipo 1 e condicionado por
e) efeito fundador. um alelo mutante localizado no cromossomo
11 humano, que codifica a enzima tirosina-
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO se, a qual atua na transformação da tirosina
em melanina. A descoberta da localização do
A biotecnologia envolve várias técnicas que gene causador do albinismo no cromossomo
utilizam seres vivos visando desenvolver pro- 11 humano se deve ao(a):
dutos ou processos para melhoria da qualida- a) técnica do DNA recombinante.
de de vida. Essas técnicas podem ser usadas b) clonagem terapêutica.
para obtenção de alimentos, drogas, sistemas c) projeto Genoma Humano.
de produção, entre outros. Um exemplo é a d) exame laboratorial do DNA.
285
9. (PUC-SP) “Para clonar animais, separa-se, A imagem e o texto acima fornecem um
artificialmente, as células de um embrião no exemplo de formação de clones de animais
começo do desenvolvimento. Nessa etapa, em laboratório. Entretanto, é possível a for-
cada célula é capaz de se tornar um embrião mação de clones humanos naturalmente, du-
caso seja separada das outras. (...) Uma téc- rante o processo reprodutivo, através da:
nica diferente foi criada por cientistas esco- a) Formação de gêmeos monozigóticos (idên-
ceses, que clonaram, em 1996, uma ovelha. ticos), que são formados quando o embrião
Para fazer o clone, eles usaram três ovelhas. gerado pela fecundação de um óvulo com um
Vamos chamá-las de 1, 2 e 3. Primeiro, pe- espermatozoide divide-se em dois ou mais,
garam um óvulo da ovelha 1 e retiraram o em fases iniciais do desenvolvimento.
núcleo, onde estão os genes. Depois, con- b) Formação de gêmeos dizigóticos (diferen-
seguiram uma célula da mama da ovelha 2. tes), que são formados a partir de fecunda-
Tiraram seu núcleo e o inseriram dentro do ções distintas de um óvulo com um esperma-
óvulo sem núcleo da ovelha 1. O óvulo da tozoide, gerando indivíduos geneticamente
ovelha 1 com o núcleo da célula da mama da distintos.
ovelha 2 foi posto no útero da ovelha 3, de- c) Ocorrência de anomalias, tal como a fissão
senvolveu-se e gerou uma ovelha com genes de um zigoto, formado pela fecundação de
iguais aos da ovelha 2: o clone, que recebeu um espermatozoide e de um óvulo, através
o nome de Dolly”. da ação de radiações UV e agentes químicos,
Fonte (texto adaptado e imagem): http:// como o tabaco.
chc.cienciahoje.uol.com.br/revista/ revista- d) Formação de gêmeos monozigóticos (idên-
chc-2002/122/copia-fiel/clones-de-laboratorio ticos), quando estes são formados pela fe-
cundação de um óvulo por dois esperma-
tozoides, gerando dois ou mais embriões
geneticamente idênticos.
1
0. (PUC-RJ) Sobre transgênicos, é errado afir-
mar que:
a) são organismos que recebem determinados
genes de interesse, através de plasmídeos de
bactérias.
b) não causam mal à saúde e ao ambiente, se-
gundo provas científicas incontestáveis.
c) são produzidos através do uso do Bacillus
thuringiensis, no caso de alguns transgêni-
cos de tomate, milho e batata.
d) são resistentes aos herbicidas, no caso da
soja produzida pela Embrapa (Empresa Bra-
sileira de Pesquisas Agropecuárias).
e) algumas contra argumentações sobre a sua
produção são: reduzir a diversidade genéti-
ca, promover o uso exagerado de herbicidas
e transmitir os genes modificados para po-
pulações naturais.
E.O. Fixação
1. (Cefet-MG) A Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) planeja trabalhar
na clonagem de espécies ameaçadas de ex-
tinção no Brasil, de animais como lobo-gua-
rá, onça pintada e veado catingueiro. No en-
tanto, esse projeto não pretende se tornar a
principal ferramenta de preservação dessas
espécies, mas, sim, complementar os esfor-
ços de conservação de matas, rios e reservas.
Disponível em: <http://www.estadao.com.br/
noticias/geral,embrapa-buscaclonagem- inedita-de-
animais-ameacados-de-extincao-no-brasil,960681,0.
htm.>. Acesso em: 08 Abril 2013 (adaptado).
286
A principal limitação dessa técnica, apesar a) à facilidade de manipulação em laboratório
dos seus benefícios ecológicos, é: do DNA cromossômico dessa bactéria não pa-
a) diminuir a variabilidade genética das popu- togênica.
lações. b) à incorporação de enzimas de restrição espe-
b) impedir a adaptação de animais nascidos em cíficas para o genoma da Escherichia coli, que
cativeiro. não podem ser utilizadas em outro material
genético.
c) necessitar de um grande número de óvulos
c) à presença do plasmídeo bacteriano, ao qual
do doador do DNA. são incorporados genes de interesse econômi-
d) requerer gametas masculinos compatíveis de co ou médico que passam a se expressar nas
diferentes espécies. bactérias geneticamente modificadas, acarre-
e) precisar de uma mãe de aluguel da mesma tando a produção de proteínas específicas.
raça para gerar o clone. d) ao fato de ser o único micro-organismo no
mundo com o genoma mapeado, o que facilita
2. (Cefet-MG) Chegou ao mercado o primeiro seu estudo por parte dos pesquisadores.
medicamento de terapia gênica – um marco
na história da medicina. A droga é a esperan- 5. (UEG) Pesquisas na área de genética têm de-
monstrado alternativas ao método de trans-
ça de uma vida sem sofrimento para milhares
plante de órgãos doados. Uma dessas alterna-
de pessoas que possuem uma doença genética tivas é a utilização de órgãos formados a partir
rara, caracterizada por um defeito no gene de células indiferenciadas, denominadas célu-
que determina a produção da enzima lipase, las-tronco. Para obtenção dessas células, é pre-
responsável pela digestão de gorduras. ciso retirá-las de embriões na fase de:
Disponível em: <http://www.istoe.com. a) nêurula.
br/reportagens/270736_A+REVOLUCAO+ b) mórula.
DA+TERAPIA+GENETICA.>. Acesso em: 18 fev. 2013. c) gástrula.
d) blástula
O uso de terapia gênica em indivíduos porta-
dores dessa doença tem por objetivo: 6. (UEG) Além de identificar um número repre-
a) impedir a absorção de lipídeos. sentativo de genes humanos e de outros or-
b) inserir uma cópia do gene saudável. ganismos, os cientistas brasileiros desenvol-
c) introduzir formas funcionais da enzima. veram uma estratégia de sequenciamento do
d) corrigir o defeito no gene que degrada a gor- genoma de uma bactéria que causa a doença
dura. conhecida como “amarelinho” e que atinge
e) ativar outros genes codificadores da mesma as plantações de frutos cítricos no Brasil. A
enzima. finalidade dos “projetos genômicos” dos di-
ferentes seres vivos permite:
a) identificar os organismos transgênicos e pos-
3. (UEG) A clonagem terapêutica é um possí-
sibilitar a reprodução sexuada em ambiente
vel recurso para o tratamento de vários tipos natural destes organismos.
de doenças. Sobre o uso de células-tronco, b) reconhecer as mutações como alterações no
pode-se concluir: código genético e os fatores radioquímicos que
a) as células transplantadas nos pacientes são geraram tais mutações.
obrigatoriamente pouco diferenciadas. c) identificar a posição de cada gene no cromos-
b) células clonadas do próprio paciente ofere- somo e estabelecer a sequência de base nitro-
cem reduzido risco de indução do sistema genada.
imune. d) manipular genes, corrigir defeitos no código
c) forma-se o zigoto com gametas do paciente genético e diminuir os efeitos dos genes letais.
e de um doador para originar a célula-tron-
co. 7. (Cesgranrio) A Lei de Biossegurança tenta
regulamentar duas questões polêmicas no
d) um óvulo anucleado é fecundado pelo núcleo
Brasil e no mundo: a produção e comerciali-
gamético de um doador saudável.
zação de organismos geneticamente modifi-
cados e a pesquisa com células-tronco. A esse
4. (UFU) A Escherichia coli é o micro-organis- respeito, analise as afirmações a seguir.
mo mais estudado por cientistas no mundo I. Células-tronco são células neutras que
todo, não somente pela importância de seu ainda não possuem características que
combate pelos órgãos promotores da saúde as diferenciem como uma célula especia-
pública, devido às doenças intestinais cau- lizada de um determinado tecido e que
sadas por essa bactéria, mas, fundamental- podem ser usadas para gerar outro órgão.
mente, porque a Escherichia coli é muito uti- II. Os transgênicos são aqueles produtos
lizada em técnicas de engenharia genética. acrescidos de um novo gene ou fragmento
Na técnica do DNA recombinante, a de DNA para que desenvolvam uma carac-
Escherichia coli é amplamente utilizada de- terística em particular, como mudanças do
vido valor nutricional ou resistência a pragas.
287
III. Muitos ambientalistas e alguns pesquisa- 1
0. (UFSM) Alguns grupos de pesquisa brasilei-
dores receiam que alimentos transgêni- ros estão investigando bactérias resistentes
cos possam prejudicar a saúde humana e a íons cloreto, como Thiobacillus prosperus,
modificar o meio ambiente. para tentar compreender seu mecanismo de
IV. O principal objetivo das pesquisas com resistência no nível genético e, se possível,
células-tronco é o seu uso para recuperar futuramente transferir genes relacionados
tecidos danificados por doenças cardio- com a resistência a íons cloreto para bacté-
vasculares, neurovegetativas, diabetes, rias não resistentes usadas em biolixiviação
acidentes cerebrais, traumas na medula (um tipo de biorremediação de efluentes),
espinhal, dentre outras. como Acidithiobacillus ferrooxidans. Con-
Está correto o que se afirma em: siderando as principais técnicas utilizadas
a) I e II, apenas. atualmente em biologia molecular e enge-
b) III e IV, apenas. nharia genética, a transferência de genes
c) I, II e III, apenas. específicos de uma espécie de bactéria para
d) I, III e IV, apenas. outra deve ser feita através:
e) I, II, III e IV. a) de cruzamentos entre as duas espécies, pro-
duzindo um híbrido resistente a íons clore-
8. (UEMG) Leia o trecho, a seguir. to.
“As mais versáteis são as células-tronco em- b) da transferência para a bactéria não resis-
brionárias (TE), isoladas pela primeira vez tente de um plasmídeo recombinante, que
em camundongos há mais de 20 anos. As cé- contenha o gene de interesse previamente
lulas TE vêm da região de um embrião muito isolado da bactéria resistente, produzindo
jovem que, no desenvolvimento normal, for- um Organismo Geneticamente Modificado
ma as três camadas germinativas distintas de (OGM).
um embrião mais maduro e, em última análi- c) da transferência de todo o genoma da bacté-
se, todos os diferentes tecidos do corpo.” ria resistente para a nova bactéria, formando
“Scientific American Brasil”, julho de 2004.
uma espécie nova de bactéria em que apenas
Com as informações contidas nesse texto, o gene de interesse será ativado.
juntamente com outros conhecimentos que d) da simples clonagem da bactéria resistente,
você possui sobre o assunto, só é possível sem a modificação da bactéria suscetível a
afirmar CORRETAMENTE que: íons cloreto.
a) as células-tronco embrionárias (TE), anterio- e) da combinação do genoma inteiro da bac-
res ao embrioblasto, são totipotentes, isto téria suscetível com o genoma da bactéria
é, capazes de se diferenciarem em qualquer resistente, formando um organismo quimé-
uma das células somáticas do indivíduo. rico, o que representa uma técnica muito
b) a legislação brasileira proíbe qualquer tipo simples em organismos sem parede celular,
de pesquisa com células-tronco embrioná- como as bactérias.
rias, porque a constituição brasileira consi-
dera que o zigoto já é um novo indivíduo e
tem que ser protegido. E.O. Complementar
c) as três camadas germinativas distintas a que
o texto se refere são os folhetos embrioná- 1. (Ufrgs) Uma das técnicas atualmente uti-
rios epiderme, derme e hipoderme. lizadas para analisar casos de paternidade
d) entre os tecidos do corpo, o tecido nervoso civil é o emprego de marcadores de micros-
se origina a partir do folheto germinativo satélites. Os microssatélites são repetições
ectoderma, enquanto o tecido muscular se de trechos de DNA que ocorrem em número
origina do endoderma. variável na população. O número de repeti-
ções é transmitido geneticamente.
9. (UCS) Pessoas que sofrem de leucemia e que A análise de microssatélites foi utilizada em
recebem os tratamentos convencionais sem um teste de paternidade. A tabela abaixo apre-
alcançar os resultados esperados necessitam senta os resultados relativos ao número de re-
de transplante de medula. O procedimento petições encontradas para a mãe, para o supos-
consiste em retirar parte do tecido de um to pai e para o filho, em diferentes locos.
doador compatível e introduzi-lo num recep-
tor. Esse tecido do doador geralmente é reti- Amostras de acordo
rado da medula: com o número Suposto
a) raquidiana. de repetições Mãe Filho
pai
b) espinhal. Locos
c) cerebral. 1 12 ; 13 9 ; 14 13 ; 14
d) óssea dos ossos curtos. 2 32 ; 35 29 ; 32 35 ; 35
e) óssea dos ossos do quadril.
288
Amostras de acordo 3. (UPE) O exemplo mostrado no texto a seguir
com o número Suposto revela o potencial que as ferramentas usadas
de repetições Mãe Filho em genética podem ter para inibir a explora-
pai
Locos ção e o comércio de produtos e espécimes da
3 8 ; 10 10 ; 12 10 ; 10 fauna, auxiliando na conservação das espé-
4 7;9 6;9 7;7
cies ameaçadas.
Um dos casos mais interessantes da genética
5 12 ; 14 11 ; 12 12 ; 14
molecular forense envolveu o comércio ile-
6 15 ; 17 15 ; 15 15 ; 15 gal de carne de baleias no Japão e Coreia.
7 18 ; 22 17 ; 19 21 ; 22 A pedido do Earthrust, Baker e Palumbi
(1996) desenvolveram um sistema para mo-
Com base nos dados apresentados na tabela,
nitorar esse comércio, utilizando sequências
é correto afirmar que
a) apenas um indivíduo, pela análise, é homozi- de DNAmt e PCR, que distinguiam, com con-
goto para o loco 6. fiança, uma variedade de espécies de baleias
b) os locos 2, 4 e 7 excluem a possibilidade de umas das outras e de golfinhos. As análises
paternidade do suposto pai. revelaram que parte das amostras obtidas
c) o filho é heterozigoto para a maioria dos locos em mercados varejistas não era de baleias
analisados. Minke, nas quais o Japão caçava para “fins
d) a mãe referida não é mãe biológica deste filho. científicos”, mas sim de baleias Azuis, Ju-
e) os locos 1 e 3 excluem a possibilidade de pa- bartes, Fin e de Bryde, as quais são protegi-
ternidade do suposto pai. das por lei. Além disso, parte da “carne de
baleia” era na realidade de golfinhos, botos,
2. (UFPI) Células microbianas, plantas e ani- ovelhas e cavalos. Assim, além da ilegalidade
mais são usados na produção de materiais da caça das baleias, os consumidores esta-
úteis às pessoas, tais como alimentos, remé- vam sendo ludibriados.
dios e produtos químicos. A respeito do DNA Fonte: Adaptado de Fankham et al.,
recombinante e da biotecnologia, analise as 2008 – Genética da Conservação.
proposições a seguir e marque a alternativa
que contempla somente informações corre- Leia as proposições abaixo sobre a reação em
tas. cadeia da polimerase (PCR):
a) Uma cópia de DNA pode ser feita a partir de I. Antes da PCR, para se detectarem genes
rRNA, constituindo uma biblioteca de DNA. ou VNTRs (número variável de repetições
Após a extração do rRNA de um tecido, este em sequência), havia a obrigação de se
é misturado com a enzima transcriptase re- ter grande quantidade de DNA alvo.
versa, um pequeno primer de oligo dT é adi- II. Pela PCR, promove-se a deleção de tre-
cionado e hibridiza-se com a cauda poli A, chos do DNA in vivo, usando polimerases
para a síntese do cDNA, pela transcriptase, de DNA.
em seguida o rRNA é removido, deixando a III. A técnica da PCR permitiu a obtenção de
fita única de cDNA. grandes quantidades de fragmentos es-
b) Fragmentos de DNA, gerados por clivagem pecíficos do DNA por meio da amplifica-
com o uso das enzimas de restrição, podem ção em ciclos.
ser separados com a técnica de eletroforese IV. O DNA a ser amplificado não pode ser
em gel e suas frequências identificadas por submetido a temperaturas altas, acima de
sonda de DNA, pela técnica de hibridização 40°C, sob pena de desnaturar e não mais
molecular. renaturar.
c) Cromossomos humanos, na construção de Apenas é correto afirmar o que está contido
nas proposições:
uma biblioteca gênica, são quebrados em
a) I e II.
fragmentos de DNA e inseridos em bactérias,
b) I e III.
que os replicam sem a necessidade de veto-
c) II e III.
res construídos por fragmentos de cromosso-
d) II e IV.
mos e plasmídeos. e) III e IV.
d) As endonucleases de restrição são usadas na
clivagem do DNA em sequências específicas e
são produzidas por vírus em defesas de inva- 4. (UFMG) No Brasil, travaram-se, recentemen-
sões de DNA, por meio das quais as referidas te, intensos debates a respeito das pesquisas
endonucleases, sem alterar o seu DNA, pro- que envolvem o uso de células-tronco para
duzem as enzimas que catalisam a clivagem fins terapêuticos e da legislação que regula-
de moléculas de DNA de dupla hélice. menta esse uso.
e) A produção comercial do hormônio do cresci- Assinale, entre os seguintes argumentos
mento humano é um exemplo de expressão de mais freqüentemente apresentados nesses
genes em camundongo, desde que o gene de in- debates, aquele que, do ponto de vista bioló-
teresse possa ser expresso durante a transcrição. gico, é INCORRETO.
289
a) O blastocisto a ser utilizado em tais pesquisas é um emaranhado de inúmeras células sem chance de
desenvolvimento.
b) O comércio de embriões assemelha-se muito àquele que põe à venda órgãos de crianças.
c) O embrião, apesar do pequeno tamanho, contém toda a informação genética necessária ao desenvol-
vimento do organismo.
d) O início da vida ocorre quando, a partir da fusão do óvulo com o espermatozoide, se forma o zigoto.
5. (UEL 2011) Pesquisas recentes mostraram que células-tronco retiradas da medula óssea de indi-
víduos com problemas cardíacos foram capazes de reconstituir o músculo do coração, o que abre
perspectivas de tratamento para pessoas com problemas cardíacos. Células-tronco também podem
ser utilizadas no tratamento de doenças genéticas, como as doenças neuromusculares degenerati-
vas.
A expectativa em torno da utilização das células-tronco decorre do fato de que essas células:
a) incorporam o genoma do tecido lesionado, desligando os genes deletérios.
b) eliminam os genes causadores da doença no tecido lesionado, reproduzindo-se com facilidade.
c) alteram a constituição genética do tecido lesionado, pelo alto grau de especialização.
d) sofrem diferenciação, tornando-se parte integrante e funcional do tecido lesionado.
e) fundem-se com o tecido lesionado, eliminando as possibilidades de rejeição imunológica.
E.O. Dissertativo
1. (UFRN) Para aumentar a produtividade, uma prática comum na horticultura é a clonagem de ve-
getais. O uso dessa técnica permite que, através de tecidos meristemáticos de uma planta matriz,
vários clones vegetais possam ser obtidos. As etapas dessa técnica estão representadas na figura a
seguir.
290
2. (UFPR) No desenvolvimento humano, após a) A qual dos suspeitos (S1, S2 ou S3) pertence
a fertilização, o zigoto entra em um proces- a prova (P)? Justifique a sua resposta.
so de sucessivas clivagens, produzindo um b) Que tipo de material pode ser coletado e ser-
embrião multicelular. Cerca de uma semana vir de prova em um caso como esse?
após a fertilização, o embrião consiste em c) Por que os resultados desse tipo de análise
uma esfera oca, denominada de blastocis-
têm alto grau de confiabilidade?
to, que irá se implantar na parede uterina
e prosseguir no desenvolvimento embrioná-
rio, passando pelos processos de gastrulação, 4. O que é Biotecnologia?
neurulação e organogênese. As células-tron-
co embrionárias são obtidas de embriões 5. O que são transgênicos?
humanos no estágio de blastocisto. Essas
células têm sido alvo de crescentes e polê-
6. Como os transgênicos podem ser utilizados?
micas investigações científicas, devido à sua
potencialidade de diferenciarem-se em qual-
quer um dos mais de 200 tipos celulares hu- 7. O que é CTNBio?
manos, havendo interesse na sua utilização
para fins terapêuticos. Devido à sua totipo- 8. Já existem produtos GM (geneticamente mo-
tência, possivelmente as células-tronco em- dificados) aprovados para cultivo comercial
brionárias possam funcionar como células
no Brasil?
substitutas em diversos tecidos lesionados
ou doentes.
a) Cite uma alteração importante que ocorre no
embrião durante: E.O. Enem
a.1) clivagem:
a.2) gastrulação: 1. O milho transgênico é produzido a partir da
a.3) neurulação: manipulação do milho original, com a transfe-
b) O que é totipotência? rência, para este, de um gene de interesse reti-
c) Por que geralmente são utilizadas células rado de outro organismo de espécie diferente.
provenientes do blastocisto, e não de uma A característica de interesse será manifesta-
gástrula ou nêurula, para produzir novas cé- da em decorrência:
lulas com fins terapêuticos? a) do incremento do DNA a partir da duplicação
do gene transferido.
3. (UFU) Dentre as aplicações atuais da ge- b) da transcrição do RNA transportador a partir
nética molecular, temos os testes de iden- do gene transferido.
tificação de pessoas por meio do DNA. Essa c) da expressão de proteínas sintetizadas a
partir do DNA não hibridizado.
técnica, que pode ser usada para identificar
d) da síntese de carboidratos a partir da ativa-
suspeitos em investigações policiais, consis-
ção do DNA do milho original.
te em detectar e comparar sequências repe-
e) da tradução do RNA mensageiro sintetizado
titivas ao longo de trechos da molécula de
a partir do DNA recombinante.
DNA, regiões conhecidas como VNTR (núme-
ro variável de repetições em sequência). A
figura a seguir ilustra os padrões de VNTRs 2. Um instituto de pesquisa norte-americano
de quatro pessoas envolvidas ( uma vítima divulgou recentemente ter criado uma “cé-
(V) e 3 suspeitos (S1, S2 e S3) em uma in- lula sintética”, uma bactéria chamada de
vestigação policial e de uma prova (P) cole- Mycoplasma mycoides. Os pesquisadores
tada no local do crime: montaram uma sequência de nucleotíde-
os, que formam o único cromossomo dessa
bactéria, o qual foi introduzido em outra
espécie de bactéria, a Mycoplasma caprico-
lum. Após a introdução, o cromossomo da M.
capricolum foi neutralizado e o cromossomo
artificial da M. mycoides começou a geren-
ciar a célula, produzindo suas proteínas.
GILBSON et al. Creation of a Bacterial Cell
Controlled by a Chemically synthesized Genome.
Science v. 329, 2010 (adaptado).
291
b) capacidade de criação, pela ciência, de novas A soja transgênica, segundo o texto, apre-
formas de vida, utilizando substâncias como senta baixo risco ambiental porque:
carboidratos e lipídios. a) a resistência ao herbicida não é estável e as-
c) possibilidade de produção em massa da bac- sim não passa para as plantas-filhas.
téria Mycoplasma capricolum para sua dis- b) as doses de herbicida aplicadas nas plantas
tribuição em ambientes naturais. são 3 vezes superiores às usuais.
d) possibilidade de programar geneticamente c) a capacidade da linhagem de cruzar com es-
microrganismos ou seres mais complexos pécies selvagens é inexistente.
para produzir medicamentos, vacinas e bio- d) a linhagem passou por testes nutricionais e
combustíveis.
após três anos foi aprovada.
e) capacidade da bactéria Mycoplasma caprico-
e) a linhagem obtida foi testada rigorosamente
lum de expressar suas proteínas na bactéria
em relação a sua segurança.
sintética e estas serem usadas na indústria.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO.
3. Um novo método para produzir insulina arti-
ficial que utiliza tecnologia de DNA recombi- A sequência a seguir indica de maneira sim-
nante foi desenvolvido por pesquisadores do plificada os passos seguidos por um grupo
Departamento de Biologia Celular da Univer- de cientistas para a clonagem de uma vaca:
sidade de Brasília (UnB) em parceria com a I. Retirou-se um óvulo da vaca Z. O núcleo
iniciativa privada. Os pesquisadores modifi- foi desprezado, obtendo-se um óvulo
caram geneticamente a bactéria Escherichia anucleado.
coli para torná-la capaz de sintetizar o hor- II. Retirou-se uma célula da glândula ma-
mônio. O processo permitiu fabricar insulina mária da vaca W. O núcleo foi isolado e
em maior quantidade e em apenas 30 dias, conservado, desprezando-se o resto da
um terço do tempo necessário para obtê-la célula.
pelo método tradicional, que consiste na ex- III. O núcleo da célula da glândula mamária
tração do hormônio a partir do pâncreas de foi introduzido no óvulo anucleado. A
animais abatidos. célula reconstituída foi estimulada para
Ciência Hoje, 24 abr. 2001. Disponível em:
entrar em divisão.
http://cienciahoje.uol.com.br(adaptado). IV. Após algumas divisões, o embrião foi im-
plantado no útero de uma terceira vaca Y,
A produção de insulina pela técnica do DNA
mãe de aluguel. O embrião se desenvol-
recombinante tem, como consequência:
veu e deu origem ao clone.
a) o aperfeiçoamento do processo de extração
de insulina a partir do pâncreas suíno.
b) a seleção de microrganismos resistentes a 5. Considerando-se que os animais Z, W e Y não
antibióticos. têm parentesco, pode-se afirmar que o ani-
c) o progresso na técnica da síntese química de mal resultante da clonagem tem as caracte-
hormônios. rísticas genéticas da vaca.
d) impacto favorável na saúde de indivíduos a) Z, apenas.
diabéticos. b) W, apenas.
e) a criação de animais transgênicos. c) Y, apenas.
d) Z e da W, apenas.
4. A Embrapa possui uma linhagem de soja e) Z, W e Y.
transgênica resistente ao herbicida IMAZA-
PIR. A planta está passando por testes de
segurança nutricional e ambiental, processo
que exige cerca de três anos. Uma linhagem
E.O. UERJ
de soja transgênica requer a produção inicial
de 200 plantas resistentes ao herbicida e des-
Exame de Qualificação
tas são selecionadas as dez mais “estáveis”,
com maior capacidade de gerar descendentes 1. (Uerj) Células adultas removidas de tecidos
também resistentes. Esses descendentes são normais de uma pessoa podem ser infectadas
submetidos a doses de herbicida três vezes com certos tipos de retrovírus ou com ade-
superiores às aplicadas nas lavouras con- novírus geneticamente modificados, a fim
vencionais. Em seguida, as cinco melhores de produzir as denominadas células-tronco
são separadas e apenas uma delas é levada a induzidas. Essa manipulação é feita com a
testes de segurança. Os riscos ambientais da introdução, no genoma viral, de cerca de qua-
soja transgênica são pequenos, já que ela não tro genes retirados de células embrionárias
tem possibilidade de cruzamento com outras humanas, tornando a célula adulta indife-
plantas e o perigo de polinização cruzada com renciada. O uso terapêutico de células-tronco
outro tipo de soja é de apenas 1%. induzidas, no entanto, ainda sofre restrições.
292
Observe a tabela a seguir: d) seria clone genético do homem que forneceu
o espermatozoide.
Consequências do uso de células-tronco em geral
e) seria clone genético do homem que forneceu
1. regeneração de 2. regeneração de a célula da pele.
qualquer tecido poucos tecidos
3. indução impossível 4. indução possível
de outras doenças de outras doenças
E.O. Dissertativas
5. compatibilida-
de imunológica
6. rejeição imunológica (Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp)
Células-tronco induzidas originárias de um 1. (Unifesp) Em abril de 2005, a revista Pes-
paciente, se usadas nele próprio, apresen- quisa FAPESP reforçava a importância da
tariam as consequências identificadas pelos aprovação da Lei de Biossegurança para as
números: pesquisas brasileiras com células-tronco e,
a) 1, 3 e 6 ao mesmo tempo, ponderava:
b) 1, 4 e 5 Nos últimos anos, enquanto os trabalhos
c) 2, 3 e 5 com células-tronco embrionárias de origem
d) 2, 4 e 6 humana permaneciam vetados, os cientistas
brasileiros não ficaram parados. Fizeram o
que a legislação permitia: desenvolveram li-
E.O. Objetivas nhas de pesquisa com células-tronco de ani-
mais e células-tronco humanas retiradas de
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) tecidos adultos, em geral de medula óssea e
do sangue de cordão umbilical.
1. (Unesp) Eu e meus dois papais (...) Não há evidências irrefutáveis de que as
No futuro, quando alguém fizer aquele velho células-tronco adultas possam exibir a mes-
comentário sobre crianças fofinhas: “Nossa, ma plasticidade das embrionárias. (...)
é a cara do pai!”, será preciso perguntar: “Do Menos versáteis que as embrionárias, as
pai número um ou do número dois?”. A ideia células-tronco adultas têm uma vantagem:
parece absurda, mas, em princípio, não tem parecem ser mais seguras. Nas terapias expe-
nada de impossível. rimentais são injetadas nos pacientes células-
A descoberta de que qualquer célula do nosso -tronco extraídas, em geral, deles mesmos.
corpo tem potencial para retornar a um esta- Marcos Pivetta (www.revistapesquisa.fapesp.br Adaptado.)
do primitivo e versátil pode significar que ho-
mens são capazes de produzir óvulos, e mu- Considerando o texto da revista, responda:
lheres têm chance de gerar espermatozoides. a) O que se quer dizer ao se afirmar que as
Tudo graças às células IPS (induced pluripo- células-tronco adultas são “menos versáteis
tent stem-cells*), cujas capacidades “miracu- que as embrionárias”?
losas” estão começando a ser estudadas. Elas b) Qual a vantagem de se injetar nos pacientes
são funcionalmente idênticas às células-tron- células-tronco extraídas deles mesmos?
co embrionárias, que conseguem dar origem a
todos os tecidos do corpo. Em laboratório, as 2. (Fuvest) Em vez de sequenciar as bases ni-
células IPS são revertidas ao estado embrio- trogenadas de todos os cromossomos de uma
nário por meio de manipulação genética. planta com um genoma muito grande, pes-
(Revista Galileu, maio 2009.) quisadores selecionaram partes desse geno-
* células-tronco pluripotentes induzidas ma para sequenciar. Somente as sequencias
Na reportagem, cientistas acenaram com a de DNA que correspondem ao conjunto dos
possibilidade de uma criança ser gerada com RNA mensageiros transcritos no fruto serão
o material genético de dois pais, necessitan- estudadas. O DNA a ser sequenciado foi sin-
do de uma mulher apenas para a “barriga de tetizado em laboratório, tendo como molde
aluguel”. as moléculas de RNA extraídas dos frutos.
Um dos pais doaria o espermatozoide e o ou- a) Se os cientistas fossem sequenciar todo o
tro uma amostra de células da pele que, re- genoma dessa planta, haveria diferença se o
vertidas ao estado IPS, dariam origem à um material genético viesse do fruto ou da folha
ovócito pronto para ser fecundado in vitro. da planta? Justifique.
Isto ocorrendo, a criança: b) No estudo das sequências que tiveram como
a) necessariamente seria do sexo masculino. molde RNA mensageiro, faria diferença se
b) necessariamente seria do sexo feminino. esse RNA mensageiro fosse extraído das fo-
c) poderia ser um menino ou uma menina. lhas ou dos frutos? Justifique.
293
3. (Unifesp) Louise Brown nasceu em julho de a) Explique como cada uma dessas doenças é
1978, em Londres, e foi o primeiro bebê de transmitida ao homem, identificando o or-
proveta, por fecundação artificial in vitro. A ganismo transmissor.
ovelha Dolly nasceu em 5 de julho de 1996, b) Como o organismo transmissor do T. cruzi
na Escócia, e foi o primeiro mamífero clona- adquire esse parasita?
do a partir do núcleo da célula de uma ove- c) Indique uma razão que demonstre a impor-
lha doadora. tância de se conhecer o genoma desses orga-
a) Qual a probabilidade de Louise ter o genoma nismos.
mitocondrial do pai? Explique.
b) O genoma nuclear do pai da ovelha doadora 7. (Unesp) Esforços de cientistas criaram a pri-
fará parte do genoma nuclear de Dolly? Ex- meira rosa do mundo com pigmento para cor
plique. azul. Anteriormente, rosas de coloração azul já
eram produzidas através de cruzamento, mas
4. (Unesp) Uma das preocupações dos ambien-
não eram consideradas azuis verdadeiras.
talistas com as plantas transgênicas é a possi-
Segundo o jornal “The Japan Times on line”,
bilidade de que os grãos de pólen dessas plan-
de 01.07.2004, a técnica recentemente utili-
tas venham a fertilizar plantas normais e,
zada consistiu no seguinte: o gene da enzi-
com isso, “contaminá-las”. Em maio de 2007,
ma que produz o pigmento azul, delfinidina,
pesquisadores da Universidade de Nebraska,
foi extraído do amor-perfeito e ativado nas
EUA, anunciaram um novo tipo de planta
rosas.
geneticamente modificada, resistente a um
a) Como se chamam as estruturas mais vistosas
herbicida chamado Dicamba. Um dos méri-
e atraentes destas flores, que passaram a ter
tos do trabalho foi ter conseguido inserir o
cor azul? Qual o significado biológico do fato
gene da resistência no cloroplasto das plantas
de certas plantas apresentarem flores com
modificadas. Essa nova forma de obtenção de
plantas transgênicas poderia tranquilizar os cores tão vistosas?
ambientalistas quanto a possibilidade de os b) Qual é a relação entre esta técnica recente
grãos de pólen dessas plantas virem a fertili- para a produção de flores azuis e aquela em-
zar plantas normais? Justifique. pregada para a produção de alimentos trans-
gênicos?
5. (Unicamp) Após um surto de uma doença mis-
teriosa (início com febre, coriza, mal-estar, 8. (Unicamp) Existem mecanismos que nor-
dores abdominais, diarreia, manchas averme- malmente impedem a troca de genes entre
lhadas espalhadas pelo corpo) que acometeu espécies distintas. Nos últimos anos, porém,
crianças com até cinco anos de idade em uma as fronteiras entre as espécies vêm sen-
creche, os pesquisadores da UNICAMP con- do rompidas com a criação de organismos
seguiram sequenciar o material genético do transgênicos. A introdução de soja e de ou-
agente causador da doença e concluíram que tras plantas transgênicas tem gerado muita
se tratava de um vírus. Um segmento dessa polêmica, pois, apesar de seus inúmeros be-
sequência era UACCCGUUAAAG. nefícios, não há ainda como avaliar os riscos
a) Explique por que os pesquisadores concluí- que os organismos transgênicos apresentam.
ram que o agente infeccioso era um vírus.
b) Dê duas características que expliquem por a) Cite dois mecanismos que impedem a troca
que os vírus não são considerados seres vi- de genes entre espécies distintas.
vos. b) Defina um organismo transgênico.
c) Sabendo-se que a sequência mostrada acima c) Indique um benefício decorrente da utilização
(UACCCGUUAAAG) dará origem a uma fita de de organismos transgênicos e um possível ris-
DNA, escreva a sequência dessa fita comple- co para o ambiente ou para a saúde humana.
mentar.
294
Gabarito univitelínicos), a quebra do DNA de uma
pessoa com enzimas de restrição pro-
duzirá um padrão de fragmentos típico
para cada pessoa, conferindo um grau de
E.O. Aprendizagem confiabilidade que ultrapassa 99,9% para
1. B 2. E 3. C 4. D 5. E esse tipo de análise.
4. Biotecnologia é um ramo da ciência que
6. C 7. B 8. C 9. A 10. B aplica os conceitos da moderna engenharia
genética na geração de novos produtos na
agricultura, nos processos industriais ou na
E.O. Fixação medicina. Na agricultura, por exemplo, te-
mos plantas geneticamente modificadas que
1. A 2. B 3. B 4. C 5. B ficaram conhecidas no jargão popular como
6. C 7. E 8. A 9. E 10. B plantas transgênicas.
5. Transgênico é sinônimo para a expressão "Or-
ganismo Geneticamente Modificado" (OGM).
É um organismo que recebeu um gene de ou-
E.O. Complementar tro organismo doador. Essa alteração no seu
1. B 2. B 3. B 4. B 5. D DNA permite que mostre uma característica
que não tinha antes. Na natureza, as altera-
ções ou mutações naturais ocorrem com fre-
E.O. Dissertativo quência. No caso de um OGM, os cientistas
controlam essa alteração e depois estudam
1.
a) Porque as células desse tecido são indi- a fundo se o produto final é equivalente ao
ferenciadas, assim podem se dividir e se produto não modificado.
diferenciar em diversos tecidos, forman- 6. As opções de aplicação são infinitas e podem
do um vegetal completo. cobrir as mais diversas áreas. Na agricultu-
b) A etapa 2 mostra a divisão mitótica das ra sustentável, por exemplo, a Biotecnologia
células meristemáticas retiradas da plan- permite produzir mais comida, com qualida-
ta-mãe, ocorrendo aumento da quanti-
de, a um custo menor e sem necessidade de
dade de células, que posteriormente so-
frerão diferenciação, podendo formar os aumentar a área de cultivo. Atualmente, os
OGMs já estão contribuindo significativamen-
tecidos e órgãos da planta-filha.
te para sustentar o aumento da demanda de
2.
produtividade por hectare, que é a área de
a) a.1. O aumento do número de células e
plantio utilizada pelo produtor. Como não res-
consequente aumento do tamanho do
tam muitas fronteiras agrícolas (terras novas
embrião.
para plantar), é necessário produzir mais em
a.2. O início da formação do tubo digesti-
vo e dos folhetos embrionários. cada hectare plantado. Mas, além do aumento
a.3. O início da formação do sistema ner- da produtividade, a Biotecnologia pode trazer
voso e a organogênese. outros benefícios como plantas mais nutriti-
b) É a capacidade de diferenciação em qual- vas ou com composição mais saudável.
quer tipo de célula, de diversos tecidos. 7. É a Comissão Técnica Nacional de Biossegu-
c) Porque a gástrula e a nêurula já possuem rança. Vinculada ao Ministério da Ciência
folhetos diferenciados, como a ectoder- e Tecnologia, essa comissão envolve espe-
me, portanto apresentam células já dife- cialistas em várias áreas do conhecimento
renciadas e com capacidade limitada de cientifico, que se reúnem mensalmente para
diferenciação, o que as impede de origi- analisar todas as propostas de pesquisas com
nar qualquer tecido; enquanto o blasto- o OGMs, em todas as áreas, não só na agri-
cisto apresenta células totipotentes. cultura. Esse grupo avalia cada produto ge-
3. neticamente modificado, considerando pos-
a) A prova (P) pertence ao suspeito 3 (S3), síveis impactos ao meio ambiente, à saúde
pois os padrões de VNTRs (bandas escu- humana e animal, e à agricultura. Ao final
ras) em P e S3 são iguais. de todas as análises, a CTNBio emite um pa-
b) Um teste como esse geralmente é feito a recer conclusivo, liberando ou não o referido
partir do DNA extraído de uma amostra de produto para a comercialização. Mais de 120
sangue, mas qualquer célula nucleada pode- instituições públicas e privadas já foram cre-
rá ceder material genético para esse exame. denciadas junto ao órgão para desenvolver
c) Como o padrão genético é diferente para pesquisas com organismos geneticamente
cada pessoa (com exceção dos gêmeos modificados. A Embrapa é uma delas.
295
8. A Embrapa já obteve aprovação da CTNBio para 5.
cultivo comercial de dois produtos GM: o fei- a) Porque alguns vírus podem apresentar
jão transgênico resistente ao vírus do mosaico como material genético uma molécula de
dourado e a soja transgênica tolerante a herbi- RNA – que é constituído pela base nitroge-
cidas da classe das imidazolinonas, denomina- nada uracila (U), não presente em DNA.
da Cultivance®, em parceria com a Basf. b) Por não possuírem estrutura celular e de-
penderem de células hospedeiras para se
reproduzir, não apresentando fora delas
qualquer metabolismo.
E.O. Enem c) ATGGGCAATTTC.
1. E 2. D 3. D 4. C 5. B 6.
a) Trypanosoma cruzi, transmitido, princi-
palmente, pelas fezes infectadas do bar-
beiro (Triatoma infestans); o Trypanoso-
E.O. UERJ ma brucei é transmitido pela picada da
Exame de Qualificação mosca tsé-tsé (gênero Glossina); Leishma-
nia major é transmitido pela picada do
1. B mosquito-palha ou birigui.
b) O barbeiro contamina-se picando pessoas
ou animais contaminados, ou ainda ani-
E.O. Objetivas mais silvestres (reservatórios naturais do
Trypanosoma cruzi).
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) c) É importante sequenciar os nucleotídeos,
1. C pois esse conhecimento favorece o enten-
dimento da doença e a possível obtenção
de vacinas e novos medicamentos.
E.O. Dissertativas 7.
a) As pétalas (corola). Quando coloridas ser-
(Unesp, Fuvest, Unicamp e Unifesp) vem para atrair agentes polinizadores.
1. b) A técnica utilizada é a mesma, a engenha-
a) As células-tronco adultas apenas podem ria genética, pela qual um gene de um or-
originar o tipo de tecido do qual são pro- ganismo é introduzido em outro onde passa
venientes, enquanto as embrionárias po- a expressar as características de interesse.
dem originar qualquer tecido. 8.
b) Essa técnica elimina a possibilidade de a) Podem ser citados os seguintes mecanismos:
rejeição pelo organismo do paciente às §§ a incompatibilidade anatômica de ór-
células injetadas. gãos genitais;
2. §§ as diferenças comportamentais duran-
a) Não haveria diferença, pois, de modo ge- te o período de corte e acasalamento;
ral, as células de todo o vegetal, apresen- §§ a ocorrência de período fértil em dife-
tam o mesmo genoma. rentes épocas do ano;
b) Sim, haveria, pois diferentes genes são §§ a inviabilidade do zigoto ou ado hibrido;
expressos nas folhas e nos frutos, devi- §§ ou ainda a infertilidade do híbrido.
do ao fato de que cada um deles precisar b) São aqueles que receberam e expressam de-
produzir diferentes moléculas de proteí- terminados genes de outras espécies, atra-
nas e logo, de RNA mensageiro. vés das técnicas de engenharia genética.
3. c) Podem ser citados com possíveis benefí-
a) Essa probabilidade é nula, pois durante a cios, a produção de vegetais resistentes
fecundação, apenas o núcleo do esperma-
a pragas, herbicidas e à seca, resultan-
tozoide penetra no óvulo, enquanto as mi-
tocôndrias, localizadas na peça intermedi- do em aumento na produção agrícola; a
ária, não adentram o gameta feminino. obtenção de organismos produtores de
b) Sim. A ovelha Dolly foi clonada a partir do substâncias usadas no tratamento de do-
núcleo de uma célula somática da ovelha enças ou deficiências; e a produção de
doadora, então o genoma dessa célula era vegetais enriquecidos nutricionalmente,
constituído em parte (metade) pelo ge- com vitaminas.
noma de origem paterna e em outra parte Podem ser citados como possíveis riscos:
desequilíbrios ecológicos; redução da
(metade) pelo genoma de origem materna.
biodiversidade; e ainda possíveis reações
4. Sim, por não portar cloroplastos, mas apenas
alérgicas causadas pelas novas substân-
os núcleos gaméticos, o grão de pólen não
cias presentes em alimentos.
contribui para a herança citoplasmática.
296