Modelo Acao Obrigação Fazer

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MARIANA GARCIA VINGE ELAINE DE OLIVEIRA LEITE COLOMBO
ADVOGADA ADVOGADA
OAB/SP 376171 OAB/SP 386852
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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1042426-56.2019.8.26.0224 e código 5580DD5.
COMARCA DE GUARULHOS/SP.
Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por MARIANA GARCIA VINGE, protocolado em 05/11/2019 às 14:51 , sob o número 10424265620198260224.
TRANSPORTADORA TORNADO LTDA, pessoa jurídica do
direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 05.475.618/0001-21, com sede na Rua Paulo Rabelo
de Castro nº 115, Nova Esperança 3, na cidade de Cuiabá, MT, CEP 78098-970, representada
por seu sócio JORGE AMELIO MAIA, brasileiro, maior, casado, empresário, portador da
cédula de identidade RG nº 745996 SSP/PR e inscrito no CPF sob o nº 012.368.579-68, vêm
respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de sua advogada infra-assinado, propor
a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA COM

REPARAÇÃO DE DANOS
em face de T LIQ LOGISTICA E SERVICOS LTDA, pessoa

jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 19.924.788/0001-50, com endereço à
Estrada Guarulhos São Miguel nº 375, Sala 110, Jardim Santo Afonso, na cidade de
Guarulhos, SP, CEP 07215-240;
PETROLUZ TRANSPORTADORA LTDA, pessoa jurídica de

direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 00.976.717/0001-73, com endereço Avenida Julio
Domingos de Campos, nº 5111, Sala 6, Santa Isabel, na cidade de Várzea Grande, MT, CEP
78.150-850; e
GOL COMBUSTIVEIS S/A, inscrita no CNPJ sob o nº

06.983.874/0003-54, com endereço Avenida Sidney Cardon de Oliveira, nº 1723, Sala 05,
Cascata, na cidade de Paulínia, SP, CEP 13.146-052, pelas razões de fato e de direito que a
seguir passa aduzir:
__________________________________________________
Avenida Emilio Bosco, nº 694 – sala 3 –bairro Matão- Sumaré/SP
Telefone (19)4112 0189 - Celular (19) 9823 58169
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ADVOGADA ADVOGADA
OAB/SP 376171 OAB/SP 386852
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I - DOS FATOS
A Requerente fora contratada pela Segunda Requerida para
realização de Transporte Rodoviário de Carga, conforme DACTE’s números 6594, 6695, 6620,
6592, anexos. Assim prestaria serviços como empresa de transporte rodoviário de cargas
(ETC), sendo de responsabilidade da Autora, cumprir com os horários estipulados pelos
clientes da Ré e transportar as cargas ao seu destino.
Cabe esclarecer, que o motorista da Autora fez o carregamento na

cidade de Lucas do Rio Verde/MT e chegou no local indicado para descarga, qual seja, no
endereço da Primeira Requerida, nas seguintes datas:
- DACTE nº 6592 chegou no dia 21/10/2019 às 17h23, conforme

ticket anexo;
ticket anexo;
ticket anexo;
ticket anexo.
Entretanto, a Primeira Requerida informou aos motoristas da

Requerente que não seria possível a realizar a descarga, por questões de problemas internos
desta Requerida, informando que deveria aguardar até a questão fosse resolvida, porém nada
foi resolvido até a presente data, assim os veículos da Requerente continuam carregados com
a mercadoria, estando aguardando no pátio ao lado do endereço informado para entrega.
Dessa forma, a Autora cumpriu com suas obrigações e chegou no

dia e horário exigido para realizar a descarga do produto, ou seja, do DACTE nº 6592 chegou
no dia 21/10/2019 às 17h23, do DACTE nº 6594 chegou no dia 22/10/2019 às 21h35, do
DACTE nº 6620 chegou no dia 22/10/2019 às 20h08, do DACTE nº 6695 chegou no dia
21/10/2019 às 17h26, porém ao chegar no local da entrega da mercadoria, isso é, no endereço
da Primeira Requerida, não foi autorizado a realizar o descarregamento do produto até o
momento, por motivos internos desta última.
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Ademais, além da necessidade de realizar a descarga, a
Requerente teve que aguardar para que a descarga fosse realizada, gerando assim o direito do
recebimento das estádias após a 5ª hora de atraso para a descarga, conforme previsto em lei.
Outrossim, cabe mencionar que conforme e-mail anexo, os

veículos da Requerente estão parados em um pátio particular aguardando a autorização para
descarga, uma vez que a Primeira Requerida não dispõe de local para que os veículos fiquem
parados, existindo apenas o pátio particular ao lado da empresa da Primeira Requerida, sendo
que desde que chegaram no local estacionaram neste pátio, e gerando custo de R$ 70,00
(setenta reais) por dia, inclusive estando os motoristas em situação precária.
Deste modo, se faz necessário que a Primeira Requerida seja

obrigada a autorizar o descarregamento (obrigação de fazer), bem como diante das Requeridas
não realizaram o pagamento dessas horas excedentes até o presente momento, devendo o
valor ser atualizado até a efetiva descarga, bem com o reembolso os custos de pátio gerado
devido ao atraso por culpa excluída da Primeira Requerida, portanto, a Autora, a fim de ver seu
direito garantido, visto o descumprimento da legislação, propõe a presente ação.
II – LEGITIMIDADE PASSIVA DAS REQUERIDAS

As Requeridas têm legitimidade passiva para figurar no polo
passivo dessa demanda, uma vez que a segunda foi quem contratou a prestação de serviços, e
a terceira tomadora do serviço, e a primeira por ser recebedora da mercadoria, e ter gerado o
atraso na descarga.
Como preceitua o §2º do art. 5º-A da Lei 11.442/2007, todas as

Requeridas são responsáveis solidárias para o pagamento do serviço prestado, segue:
Art. 5º-A.
(...)
§ 2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte
rodoviário de cargas, assim como o cossignatário e o proprietário
da carga, são solidariamente responsáveis pela obrigação prevista
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no caput deste artigo, resguardado o direito de regresso destes
contra os primeiros.
(...)”
Nos Tribunais o entendimento é nesse sentido:
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. TRANSPORTE

RODOVIÁRIO DE CARGA. MOTORISTA AUTÔNOMO.
INDENIZAÇÃO PELO TEMPO EXCEDENTE DE CARGA E
DESCARGA. APLICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS PREVISTOS NA
LEI 11.442/07. REGULARIDADE DO CADASTRO DO
MOTORISTA JUNTO AOS ÓRGÃOS REGULADORES.
RESPONSABILIDADE PELO ATRASO. ÔNUS DAS RÉS.
APLICAÇÃO DO ART. 333, II, DO CPC. SOLIDARIEDADE
ENTRE AS REQUERIDAS PELO PAGAMENTO. PRINCÍPIO DA
IMEDIATIDADE. SENTENÇA MANTIDA 1. O autor comprovou
que, à época da prestação de serviço de transporte às requeridas,
estava regular junto aos órgãos fiscalizadores da atividade. Prova
em contrário cabia às recorrentes, ônus do qual não se
desincumbiram. 2. Tratando-se de contrato de transporte
rodoviário de carga, regido pela lei 11.442/07, há
responsabilidade entre as requeridas pelo pagamento do
serviço de transporte. Inteligência do art. 5º-A, § 2º, da lei
11.442/07. Legitimidade passiva reconhecida. 3. Observância
do Princípio da Imediatidade, que privilegia o juízo de valor
formado pelo Juiz Leigo que conduziu a instrução processual, em
contato direto com as partes e testemunha. RECURSOS
IMPROVIDOS. (Recurso Cível Nº 71005265269, Segunda Turma
Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Léo Romi Pilau Júnior,
Julgado em 28/01/2015). (grifo nosso)
Diante disso, as empresas Requeridas possuem legitimidades

para figurar no polo passivo, e devem responder solidariamente pelas condenações.
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III – DO DIREITO
a) DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
Conforme descrito acima, resta incontestável que a Requerente e
a Segunda Requerida celebraram contrato de prestação de serviço, sendo que como empresa
de transporte rodoviário de cargas cumpriu com suas obrigações, realizando as cargas e
chegando até o local de destino, previsto nos DACTE’s.
.
Pelo contrato firmado a carga transportada deveria ser entregue e
descarregada no local de destino, contudo, por motivos de culpa exclusiva da Segunda
Requerida não foi autorizado a realização da descarga, estando a Autora com seu veículo
carregado ao lado do local de destino do DACTE nº 6592 chegou no dia 21/10/2019 às 17h23,
do DACTE nº 6594 chegou no dia 22/10/2019 às 21h35, do DACTE nº 6620 chegou no dia
22/10/2019 às 20h08, do DACTE nº 6695 chegou no dia 21/10/2019 às 17h26 até a presente
data, conforme fotos anexos e informação de chegada no local.
Posto isto, as Requeridas deram causa ao não descarregamento,

já que a Primeira Requerida não autorizou a descarga motivos internos, e Segunda e Terceira
Requeridas nada resolvem a questão até o presente momento.
Cabe esclarecer, que a Requerente tentou diversos contatos com

as Requeridas antes de ingressar com a presente, na esperança de resolver sem litígio judicial,
contudo nada foi feito pelas Requeridas, deixando a Autora com seus veículos carregados até
a presente data, aguardando no endereço da destinatária sem que pudesse realizar novos
fretes.
Veja, Excelência, a má-fé por parte das Requeridas, por questões

internas destas, não autoriza a execução do descarregamento e faz que a Autora fique parada
com seus veículos mais de 10 (dez) dias, sem que consiga executar outros trabalhos, tendo um
prejuízo enorme.
Desta forma, patente a obrigação de autorizar a entrega das

mercadorias no destino final, sendo uma obrigação de fazer, de modo se não forem
descarregados no destino acarretará prejuízos maiores para a Autora.
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Caso a Primeira Requerida não autoriza a entrega, a lei é
expressa no sentido de que caso o devedor não cumpra a obrigação a ele imposta
corresponderá em descumprimento da obrigação e incorrerá no dever de indenizar, conforme
estabelece os 247 e 248 do Código Civil:
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o

devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele
exequível.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do

devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele, responderá
por perdas e danos.
Diante do exposto, requer a Autora que a Primeira Requerida seja

obrigada a autorizar a entrega imediata da carga dos DACTE nº 6592, nº 6594, nº 6620 e nº
6695 no endereço da Estrada Guarulhos São Miguel nº 375, Jardim Santo Afonso, na cidade
de Guarulhos, SP, conforme DACTE’s anexos, sob pena de suportarem com eventuais
prejuízos patrimoniais e extrapatrimoniais.
b) DO PEDIDO DE TUTELA EM CARÁTER DE URGÊNCIA

A tutela antecipada de urgência tem previsão legal no art. 300, do
CPC, que prevê:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver

elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,

conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
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§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou
após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos
da decisão.
Ademais, para a concessão da tutela antecipada de urgência, é

necessário o preenchimento dos seguintes requisitos: que haja a probabilidade do direito, e
que exista perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo.
Cabe mencionar que a tutela antecipada se apresenta como o

instrumento processual adequado a obstar que o lapso temporal que permeia a propositura da
ação e a prolação da sua respectiva sentença, torne a demanda judicial inócua do ponto de
vista de sua aplicabilidade concreta.
A probabilidade do direito para justificar o deferimento da tutela de

urgência aqui pleiteada, restou comprovada, quer com a exposição fática, quer com os
fundamentos jurídicos, juntamente com a prova documental anexada.
Outrossim, comprova-se a realidade dos fatos, uma vez que os

DACTE’s foram emitidos em 15/10/2019, 16/10/2019 e 18/10/2019, e a Autora chegou no local
de destino com seus veículos, do DACTE nº 6592 no dia 21/10/2019 às 17h23, do DACTE nº
6594 no dia 22/10/2019 às 21h35, do DACTE nº 6620 no dia 22/10/2019 às 20h08, do DACTE
nº 6695 no dia 21/10/2019 às 17h26, e até o presente momento por motivos alheios a vontade
da Autora, não houve autorização para a realizar a descarga.
O perigo de dano está no fato que a Autora já se encontra em

frente ao local de destino a mais de 10 (dez) dias por culpa exclusiva das Requeridas, estando
com seus veículos parados, sem que possa realizar outros fretes, causando graves prejuízos
para esta, além disso com risco de eventuais danos que a mercadoria posso sofrer.
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E ainda, por não dispõe de local para que os motoristas
aguardarem com os veículos até que sejam chamados, a Autora precisou parar no pátio
particular, uma vez que existe apenas esse local para estacionarem seus veículos, sendo que
desde que chegaram no local estacionaram neste pátio, gerando custo de R$ 70,00 (setenta
reais) por dia, inclusive estando os motoristas em situação precária.
Logo, o direito que resguarda a Autora, diante da não autorização

da descarga pela Primeira Requerida, é de concessão da tutela cautelar de urgência para que
seja obrigada a autorizar a entrega imediata das cargas dos DACTE’s nº 6592, nº 6594, nº
6620, e nº 6695, no endereço Estrada Guarulhos São Miguel nº 375, Jardim Santo Afonso, na
cidade de Guarulhos, SP, sob pena de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), não
havendo óbice no que concerne a constatação e a comprovação por parte deste Juízo em
reconhecer a veracidade do que foi alegado, uma vez que comprovado.
c) DANO MATERIAL
c.1) DAS ESTADIAS
Como narrado, as Requeridas não efetuaram o pagamento das
diárias devidas, não cumprindo o previsto na Lei 11.442/2007 em seu art. 11, §5º:
“Art. 11.
(...)
§ 5º O prazo máximo para carga e descarga do Veículo de
Transporte Rodoviário de Cargas será de 5 (cinco) horas,
contadas da chegada do veículo ao endereço de destino, após o
qual será devido ao Transportador Autônomo de Carga - TAC ou à
ETC a importância equivalente a R$ 1,38 (um real e trinta e oito
centavos) por tonelada/hora ou fração.
(...)”
Dessa maneira, a Requerente chegou ao local para descarga dos

transportes contratado, como pactuado, entretanto ficou aguardando no local acima do prazo
máximo previsto no parágrafo acima citado, sendo assim devido o valor pelas estádias.
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No presente caso deve ser aplicado o art. 11, §5º, da Lei
11.442/2007, deve a Requerente ser indenizada após a 5º hora de atraso na descarga, e com o
valor equivalente a R$ 1,38 (um real e trinta e oito centavos) por tonelada/hora ou fração,
devendo o valor ser atualizado de acordo com INPC (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor), como dispõe o § 6º, do art. 11, da Lei 11.442/2007, conforme planilha de cálculo
juntado nos autos.
Corroborando com esse entendimento:
RECURSO INOMINADO. COBRANÇA. TRANSPORTE DE

CARGAS. ATRASO NA DESCARGA DA MERCADORIA NO
DESTINO. LEI Nº 11.442/2007. 1. A prova documental conforta a
versão da parte autora. Consoante documentos das fls. 17-23, a
chegada ocorreu no dia 01/05/2012, a partir das 21h15min e a
saída deu-se em 03/05/2012, a partir das 07h. 2. Desse modo,
em face das 27 horas de espera, além do tempo razoável
fixado na Legislação adequada para descarga da mercadoria -
cabe à demandada a indenizar os prejuízos à parte autora, no
valor de R$ 5.872,50. Aplicação do disposto no artigo 11, § 5º,
da Lei nº 11.442/07. 3. Sentença reformada, para julgar
procedente a ação. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível Nº
71004765830, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: Eliane Garcia Nogueira, Julgado em 31/01/2014). (grifo
nosso).
RECURSO INOMINADO. COBRANÇA. PRELIMINAR DE

ILEGITIMIDADE PASSIVA, AFASTADA. TRANSPORTE
RODOVIÁRIO DE CARGA. VEICULO QUE PERMANECEU POR
PRAZO SUPERIOR A CINCO HORAS AGUARDANDO
DESCARREGAMENTO. APLICAÇÃO DO ART. 11, § 5º, LEI
11.442/07. Legitimidade passiva da ré para responder pela
cobrança do transportador da carga, ora autor, por ser destinatária
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da mercadoria. Parte autora comprova que se enquadra no
requisito do art. 2º, da Lei nº 11.477/2007. Atraso na descarga
de 30.510 toneladas de milho em grãos que ultrapassou 05
horas de tolerância. Chegada no destino dia 20/06/2014, às
9h, descarregamento dia 25/06/2014, às 11h11min. Ausência
de justificativa plausível. Responsabilidade da ré pelo atraso,
conforme do art. 11 da Lei 11.477/2007, a partir da 05ª hora de
espera para descarga do produto pelo autor. Incumbia à ré
comprovar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do
autor, ônus do qual não se desincumbiu. Sentença mantida por
seus fundamentos. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº
71005706338, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais,
Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 09/12/2015). (grifo
nosso).
AÇÃO DE COBRANÇA. Transporte rodoviário de carga.

Subcontratação da autora para a realização do transporte. Débito
oriundo de estadia paga pela autora, decorrente do atraso no
descarregamento da mercadoria que não deu causa.
Montante que é devido pela apelante nos termos do § 5º do
art. 11, da Lei n º 11.442/07. Decisão bem fundamentada.
Ratificação nos termos do artigo 252 do Regimento Interno deste
Tribunal. RECURSO DESPROVIDO. (APL
00059500220138260562 SP 0005950-02.2013.8.26.0562, Orgão
Julgador 17ª Câmara de Direito Privado, Relator Afonso Bráz,
julgamento 22/04/2015, publicação 22/04/2015). (grifo nosso)
Vale relatar, que a Requerente estava regular junto aos órgãos

fiscalizadores da atividade, conforme comprovante da inscrição no Registro Nacional de
Transportadores Rodoviários (RNTR), cumprindo o requisito necessário para o exercício da
atividade.
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Portanto, a parte Autora tem direito ao recebimento de estadias
pelo atraso na descarga, o qual chegaram no local da carga, DACTE nº 6592 no dia
21/10/2019 às 17h23, do DACTE nº 6594 no dia 22/10/2019 às 21h35, do DACTE nº 6620 no
dia 22/10/2019 às 20h08, e DACTE nº 6695 no dia 21/10/2019 às 17h26, e continuam
carregados até a presente data, por não ter sido autorizado pela Primeira Requerida, devendo
os valores das estadias serem calculas até a efetiva descarga.
Deste modo, deve ser as Requeridas condenadas ao pagamento

das estadias pelo atraso das descargas dos quatro transportes contratados, conforme cálculo
apresentado nos autos, estimando o valor de R$ 72.836,79 (setenta e dois mil, oitocentos e
trinta e seis reais e setenta e nove centavos) devidos até a data de distribuição da ação,
devendo ser acrescidos as horas até a data de cumprimento da decisão que determinar a
descarga da mercadoria.
c.2) DO CUSTO DE PÁTIO

Como explanado, por não ter local para aguardar a descarga, a
Autora parou seus veículos no pátio particular, único local disponível, uma vez que a Primeira
Requerida não possui estacionamento para que os veículos aguardem, caso contrário a Autora
teria que deixar seus veículos na rua, correndo risco, de assalto de seus motoristas, e da carga
carregada.
Assim, para evitar qualquer risco com as mercadorias, e por ser o

único local disponível para aguardar, a Autora estacionou seus veículos no Estacionamento
Canaã, conforme tickets anexos, e e-mail demonstrando os valores devidos até o dia
01/11/2019.
Outrossim, a Requerente está aguardando até a presente data por

culpa exclusiva da Primeira Requerida, que por não ter local para descarga e por não ter
autorizado a descarga, por problemas internos desta. Posto isto, não pode a Requerente ter
que custear um gasto que não deu causa, e só foi necessário devido ao atraso gerado na
descarga, devendo ser ressarcida com os valores pagos à titulo de estacionamento.
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ADVOGADA ADVOGADA
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Diante disso, deve as Requeridas serem condenadas ao
pagamento dos custos de pátio/estacionamento dos 4 (quatro) veículos parados da Autora,
gerados pelo atraso na descarga devido a culpa exclusiva das Requeridas com valor estimado
de R$ 3.780,00 (três mil, setecentos e oitenta reais) devidos até a data de distribuição da ação,
devendo serem atualizados até a data efetiva da descarga das mercadorias.
IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, vem respeitosamente à presença de Vossa
Excelência, requerer:
a) o deferimento da tutela cautelar de urgência, no sentido a

Primeira Requerida seja obrigada a autorizar a entrega imediata da carga dos DACTE nº 6592
(veículo placa PXI-1259), DACTE nº 6594 (veículo placa GEV-9820), DACTE nº 6620 (veículo
placa OAQ-2603), e DACTE nº 6695 (veículo placa MWY-5852), na Estrada Guarulhos São
Miguel nº 375, Jardim Santo Afonso, na cidade de Guarulhos, SP, CEP 07215-240, sob pena
de multa diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
b) a citação das Requeridas, para, no prazo legal, se desejar,

ofereçam defesa, sob pena de revelia;
c) seja julgado procedente confirmando a tutela cautelar

deferida, para torná-la definitiva, declarando a obrigação das Requeridas em realizarem o
descarregamento do caminhão no endereço do destinatário, conforme DACTE’s anexos;
d) a condenação das Requeridas ao pagamento das estadias

devidas com valor estimando de R$ 72.836,79 (setenta e dois mil, oitocentos e trinta e seis
reais e setenta e nove centavos) devidos até a data de distribuição da ação, devendo serem
acrescidos as horas de estadias até a data de cumprimento da decisão que determinar a
descarga da mercadoria, devidamente acrescido dos juros de mora, correção monetária, como
de direito;
e) a condenação das Requeridas pelos custos de

pátio/estacionamento dos 4 (quatro) veículos parados da Autora, gerados pelo atraso na
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descarga devido a culpa exclusiva das Requeridas com valor estimado de R$ 3.780,00 (três
mil, setecentos e oitenta reais) devidos até a data de distribuição da ação, devendo serem
atualizados até a data efetiva da descarga das mercadorias.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito

admitidos, em especial pela juntada de novos documentos, se houver, depoimento pessoal do
preposto das Requeridas, oitiva de testemunhas, prova documental e por todas que se fizerem
necessárias ao deslinde da questão.
Finalmente em cumprimento ao artigo 319, inciso VII do NCPC, a

Requerente esclarece que não tem interesse na realização de audiência de conciliação ou
mediação.
Dá-se a causa o valor de R$ 76.616,79 (setenta e seis mil,

setecentos e dezesseis reais e setenta e nove centavos) para efeitos legais.
Nesses termos,
pede deferimento.
Sumaré, 05 de Novembro de 2019.
Mariana Garcia Vinge – OAB/SP 376171
Elaine de Oliveira Leite Colombo – OAB/SP 386852
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AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DA TUTELA COM

em face de T LIQ LOGISTICA E SERVICOS LTDA, pessoa

PETROLUZ TRANSPORTADORA LTDA, pessoa jurídica de

GOL COMBUSTIVEIS S/A, inscrita no CNPJ sob o nº

Cabe esclarecer, que o motorista da Autora fez o carregamento na

- DACTE nº 6592 chegou no dia 21/10/2019 às 17h23, conforme

Entretanto, a Primeira Requerida informou aos motoristas da

Dessa forma, a Autora cumpriu com suas obrigações e chegou no

Outrossim, cabe mencionar que conforme e-mail anexo, os

Deste modo, se faz necessário que a Primeira Requerida seja

II – LEGITIMIDADE PASSIVA DAS REQUERIDAS

Como preceitua o §2º do art. 5º-A da Lei 11.442/2007, todas as

RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE COBRANÇA. TRANSPORTE

Diante disso, as empresas Requeridas possuem legitimidades

Posto isto, as Requeridas deram causa ao não descarregamento,

Cabe esclarecer, que a Requerente tentou diversos contatos com

Veja, Excelência, a má-fé por parte das Requeridas, por questões

Desta forma, patente a obrigação de autorizar a entrega das

Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o

Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do

Diante do exposto, requer a Autora que a Primeira Requerida seja

b) DO PEDIDO DE TUTELA EM CARÁTER DE URGÊNCIA

Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver

§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,

Ademais, para a concessão da tutela antecipada de urgência, é

Cabe mencionar que a tutela antecipada se apresenta como o

A probabilidade do direito para justificar o deferimento da tutela de

Outrossim, comprova-se a realidade dos fatos, uma vez que os

O perigo de dano está no fato que a Autora já se encontra em

Logo, o direito que resguarda a Autora, diante da não autorização

Dessa maneira, a Requerente chegou ao local para descarga dos

Corroborando com esse entendimento:

RECURSO INOMINADO. COBRANÇA. TRANSPORTE DE

RECURSO INOMINADO. COBRANÇA. PRELIMINAR DE

AÇÃO DE COBRANÇA. Transporte rodoviário de carga.

Vale relatar, que a Requerente estava regular junto aos órgãos

Deste modo, deve ser as Requeridas condenadas ao pagamento

c.2) DO CUSTO DE PÁTIO

Assim, para evitar qualquer risco com as mercadorias, e por ser o

Outrossim, a Requerente está aguardando até a presente data por

a) o deferimento da tutela cautelar de urgência, no sentido a

b) a citação das Requeridas, para, no prazo legal, se desejar,

c) seja julgado procedente confirmando a tutela cautelar

d) a condenação das Requeridas ao pagamento das estadias

e) a condenação das Requeridas pelos custos de

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito

Finalmente em cumprimento ao artigo 319, inciso VII do NCPC, a

Dá-se a causa o valor de R$ 76.616,79 (setenta e seis mil,

Sumaré, 05 de Novembro de 2019.

Mariana Garcia Vinge – OAB/SP 376171

Elaine de Oliveira Leite Colombo – OAB/SP 386852

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