EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL

DA COMARCA DE RIO BRANCO – ACRE

Processo nº. 0705599-76.2017.8.01.0001

VANGELA MARIA LIMA DO NASCIMENTO, brasileira,

solteira, Bióloga, inscrita no CPF/MF sob o n.º 443.956.392-91, RG n°
362.765 SSP/AC, telefone (68)3228-0572, residente e domiciliada na
Rua Gaivota, n° 108, Bairro Conjunto Ouricuri, CEP: 69.903-236, na
cidade de Rio Branco, capital do Estado do Acre, por intermédio de seus
advogados e bastante procuradores (procuração anexa), com escritório
profissional situado na Rua Coronel Alexandrino, nº 325, Sala 2 (altos),
Bairro Bosque, na cidade de Rio Branco, Estado do Acre, onde recebe
notificações e intimações de praxe, vem mui respeitosamente à presença
de Vossa Excelência apresentar

CONTESTAÇÃO

na Ação Cautelar de Busca e Apreensão interposta por CIA DE

CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO RCI BRASIL, inscrita
no CNPJ/MF sob o nº 61.784.278/0001-91, com sede na Rua Pasteur, nº
463, 2º andar, conjunto 203, Batel, em Curitiba-PR, CEP: 80.250-080,
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

Rua Coronel Alexandrino, nº. 325 – Bairro Bosque – Sala 2 (altos)

Fones: (68) 2102-6882
E-mail: or.escritorio@gmail.com
 I – PRELIMINARMENTE

I.I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

A Requerida se encontra com situação financeira

deteriorada, além da constrição do bem na presente ação, não
possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais
e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua
família, conforme declaração de hipossuficiência anexa.

Por tais razões, REQUER os benefícios da Assistência

Justiça Gratuita, assegurados na Constituição Federal,
artigo 5º, LXXIV, pelo artigo 98 e seguintes do CPC e estatuídos no
artigo 1º da Lei Federal nº. 1.060/50.

I.II – DA DENUNCIAÇÃO DA LIDE

O instituto da denunciação à lide homenageia o princípio da

economia processual, pois visa à inserção do verdadeiro responsável
pelos efeitos da condenação no mesmo processo, dispensando a
propositura de ação regressiva.

O art. 125, inc. II, do NCPC institui a obrigatoriedade da

denunciação da lide nos casos em que o denunciado estiver obrigado,
por força de lei ou contrato, a indenizar o prejuízo daquele que perder a
demanda.

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 No caso vertente, em que pese o financiamento esteja no
nome da Requerida, a posse do veículo é de Gilmara Benício Maia,
porquanto repassei o automóvel àquela, o que pode já ser comprovado
de plano quando da apreensão do veículo e será cabalmente
comprovado quando de sua denunciação à lide.

Portanto, com base no disposto no art. art. 125, inc. II, c/c
art. 126, do CPC, impõe-se a denunciação à lide de Gilmara Benício
Maia, brasileira, solteira, inscrita no C.P.F. sob o nº 803.125.272-68, e
portadora do documento de identidade (RG) nº 423.180 SSP/AC, o
qual pode ser citada na Estrada Juarez Távora, Número 81, Quadra 02,
Casa 20, Rua Coração de Estudante, Bairro Alto Alegre.

II – DO DIREITO

Trata-se de Ação Cautelar de Busca e Apreensão

proposta por CIA de Crédito, Financiamento e Investimento RCI
Brasil, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 61.784.278/0001-91, com sede na
Rua Pasteur, nº 463, 2º andar, conjunto 203, Batel, em Curitiba-PR, CEP:
80.250-080, tendo por objeto um automóvel Renault Sandero Expression
H, Placa NXR-0055, CHASSI 93Y5SRD04GJ959467, fabricado em 2015,
Modelo 2016, cor branca, adquirido por meio de financiamento junto à
Requerente no valor de R$ 39.900,00 (trinta e novel mil, novecentos
reais), com entrada de R$ 9.000,00 (nove mil) e o restante, R$ 30.900,00
(trinta mil, novecentos reais) a serem pagos em 60 parcelas de R$
882,36.

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 Inobstante a intenção primeira da Requerida fosse a de
cumprir fielmente com as obrigações assumidas, notadamente com o
pagamento pontual das parcelas do financiamento, viu-se impedida de
prosseguir o pagamento das parcelas. Do mencionado contrato, a ré
pagou 17 (dezessete) parcelas de um total de 60 (sessenta).

A Requerida, já não mais podendo pagar as parcelas,

sobrecarregadas de encargos abusivos, foi alvo de expropriação do
veículo, através de medida liminar de busca e apreensão concedida
nestes autos.

É certo que a orientação para a purgação da mora enseja

o depósito integral dos valores contratados (parcelas vincendas e
vencidas), diante dos ditames previstos no art. 3º, § 2º, do Decreto-Lei
nº 911/69 e alterações, o que importaria na aquisição do bem objeto do
contrato à vista, restando alterado a natureza do contrato em espécie.

Entretanto, esta teratologia jurídica permanece em nosso

ordenamento como verdadeira afronta aos ditames consumeristas, em
favorecimento escancarado aos bancos em detrimento do consumidor e
devedor, hipossuficiente em qualquer relação com o sistema financeiro,
aberração essa chancelada pelos Tribunais Superiores.

III – DOS PEDIDOS

Em face do exposto, REQUER:

a) Preliminarmente seja denunciada à lide a Srª.

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 Gilmara Benício Maia, brasileira, solteira, inscrita
no C.P.F. sob o nº 803.125.272-68, e portadora
do documento de identidade (RG) nº 423.180
SSP/AC, o qual pode ser citada na Estrada Juarez
Távora, Número 81, Quadra 02, Casa 20, Rua
Coração de Estudante, Bairro Alto Alegre;

b) A concessão dos benefícios da Assistência

Justiça Gratuita, assegurados na Constituição
Federal, artigo 5º, LXXIV, pelo artigo 98 e
seguintes do CPC e estatuídos no artigo 1º da Lei
Federal nº. 1.060/50;

c) No MÉRITO, com fulcro nos fundamentos ora

expendidos, consolidada a propriedade fiduciária,
vindo o Credor a vender a coisa a terceiros, após
aplicar o preço da venda ao pagamento do
crédito, devolva ao Devedor o saldo apurado, se
houver, com a devida prestação de contas.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Rio Branco – Acre, 24 de julho de 2017.

Yonara Maria Cordeiro de Souza

Advogada
OAB/AC nº. 2849

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