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__________________________Administração Central
Unidade de Pós-Graduação, Extensão e Pesquisa

MBA Excelência em Gestão de Projetos e Processos Organizacionais - turma 29


Metodologia da Pesquisa Científica

Orientações gerais para elaboração e entrega do Projeto de Pesquisa

DATA DE ENTREGA
O Projeto de Pesquisa deverá ser depositado impresso na Secretaria de Pós-Graduação até
___/___/___.

EXEMPLO DE PROJETO DE PESQUISA

ALUNO: nononono
Fone: XXXX-XXXX
E-mail: nonon@nonon.com.br

TÍTULO: Gestão de Compras e Competitividade Empresarial: Estudo de Caso em Empresa


do Segmento Varejista

1. Introdução:
Recomendação: Texto com citações, que apresente:
- A contextualização do tema;
- A justificativa (justificar a importância e atualidade do tema de pesquisa);
- As contribuições esperadas (colocar quais são as contribuições que você espera oferecer à sua
área de estudos – Logística Empresarial).

Pode-se perceber, cada vez mais, que a competividade empresarial é definida pela forma
com que se realiza a gestão da cadeia de suprimentos. Os relacionamentos estabelecidos à
montante e à juzante da cadeia são determinantes para obterem-se produtos de maior qualidade,
com custos menores, garantindo-se as preferências dos consumidores.

Coletti et al. (2002) destacam que as facilidades das tecnologias de informação e


comunicação trouxeram às empresas vantagens consideráveis para a sua integração com clientes
e fornecedores, auxiliando-as na melhoria da qualidade de serviços e/ou produtos.

Neste contexto, ganha especial relevância os processos da gestão de compras de uma


empresa, que conforme Gaither e Frazier (2001 apud COLETTI, 2002), a área de compras
desempenha um papel fundamental na realização dos objetivos da empresa, tomando decisões,
que resultem em baixo custo, que satisfaçam as exigências de qualidade e que agreguem valor ao
negócio. Estes autores destacam que a missão da área de compras é perceber as necessidades
competitivas dos produtos e serviços, tornando-se responsável pela entrega no tempo certo, com
custos menores e com a qualidade requerida pelos consumidores e que os gestores desta área
devem agir como intermediários entre os fornecedores e a empresa.

Fleury (1999) revela que a pressão por maior competitividade exige o acompanhamento
das tecnologias, a especialização e a qualidade nos produtos e serviços e custos baixos e que a
área de compras tem função estratégica nestas questões.

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Com a produção em massa e a crescente complexidade da distribuição, o
desenvolvimento da área de compras as empresas devem ter consciência do importante papel a
ser desempenhado pela área de compras, que deve ter sob a dirigido por um executivo de
compras que conheça suas responsabilidades e que tenha essa função como o seu interesse
principal (BOWERSOX; CLOSS; COOPER, 2007).
Chaves (2002) afirma que a avaliação do posicionamento de uma empresa no mercado é
definida pelo resultado de suas ações, fruto de suas decisões operacionais e que ganha especial
relevância para o segmento varejista as decisões de compras, que devem estar pautadas na
obtenção de vantagens competitivas de longo prazo, obtidas por meio de parcerias com seus
fornecedores.
Neste trabalho o foco do estudo é a gestão de compras de um supermercado, no sentido
de identificar a estrutura da área, seus processos e por meio da comparação com o exposto na
literatura a ser pesquisada, definir as possíveis modificações, que podem trazer maiores
benefícios para a empresa objeto de estudo de caso, em termos de ganhos de resultados e maior
competitividade.
Com esta pesquisa, espera-se subsidiar as empresas do segmento supermercadista na
adoção de ações estratégicas na área de compras que possam aumentar seus resultados e
competitividade no mercado atual.

1.1 Questão de Pesquisa


Recomendação: Destacar o(s) problema(s) da pesquisa em forma de pergunta.
OBS: Pode haver um ou mais problemas a serem respondidos com a elaboração da pesquisa.

Quais são as modificações na gestão de compras de um supermercado possíveis de serem


implementadas para obter-se maiores resultados e maior competitividade?

1.2 Objetivo Geral da Pesquisa


Recomendação: Descrever de forma clara o objetivo geral da pesquisa.
OBS: Pode-se além do objetivo geral, descrever tb os objetivos específicos (caso queira detalhar
os resultados parciais da pesquisa).

Identificar as possíveis modificações, em termos de processos e atividades, a serem realizadas


em um supermercado para a obtenção de maiores resultados e maior competitividade.

1.3 Justificativa da Pesquisa


Recomendação: Descrever de forma clara qual a relevância do estudo a ser realizado, assim
como as potenciais contribuições que a pesquisa trará à área.

1.4 Metodologia da Pesquisa


Recomendações:
Deverá ser delineada a pesquisa que o aluno pretende desenvolver para atender aos objetivos do
projeto.
- Todo trabalho inclui uma pesquisa bibliográfica, para a discussão teórica do assunto
tratado. Caso não se tenha tempo para a coleta de dados empíricos ou ainda se queira tratar o
assunto de forma geral, pode-se definir apenas este tipo de pesquisa (bibliográfica). Neste caso,
deve-se estar detalhada com clareza (assuntos a serem discutidos) como se pretende chegar aos
resultados pretendidos;

- Se utilizar também de pesquisa empírica, apresentar o tipo de pesquisa que será


realizado (estudo de caso; levantamento de dados ou outro) e quais os instrumentos que se
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pretende utilizar: entrevista, questionário, análise documental, observações ou outro. Deve-se
apresentar as idéias iniciais para as perguntas que serão feitas e tipo de respondentes esperados
(os sujeitos da pesquisa), o que será observado, quando será realizada a pesquisa e por quem.

A metodologia a ser utilizada neste trabalho constará de pesquisa bibliográfica e de um


estudo de caso a ser realizado em um supermercado da cidade de São Paulo.
Escolheu-se o estudo de caso como o método de obtenção de dados, tendo em vista a
principal questão envolvida nesta pesquisa, que requer o entendimento de como se dão as ações
e decisões na área de compras de uma empresa supermercadista.
Yin (2005) afirma que se adota o estudo de caso quando se deseja obter dados sobre
questões contemporâneas, que envolvem o estudo de como e por que ações e decisões foram
realizadas e quando não se tem controle sobre os eventos pesquisados, o que torna este tipo de
método aos propósitos aqui colocados.
O estudo de caso a ser realizado pode ser caracterizado como uma pesquisa exploratória,
com a obtenção de dados qualitativos, a partir de três fontes de evidência: Análise Documental,
Observação Participante e Entrevistas semiestruturadas.
A pesquisa bibliográfica dará o embasamento teórico necessário ao assunto pesquisado,
além de permitir a escolha das variáveis a serem consideradas no estudo de caso.
O objeto de estudo de caso será um supermercado da cidade de São Paulo, do qual o
autor desta pesquisa é funcionário, já tendo sido solicitado o acesso aos dados e permitido pelos
gestores da empresa.
Numa primeira etapa serão analisados documentos da empresa sobre os processos da
área de compras e por meio destes dados e da observação direta será definido um primeiro
mapeamento com a finalidade de se definir a organização da área e como acontecem os
processos da gestão de compras da empresa.
Continuando-se o estudo de caso, serão selecionados os principais intervenientes
(profissionais) nesta área e com eles serão realizadas entrevistas semiestruturadas para obtenção
de dados qualitativos sobre os principais problemas desta área.

2. Fundamentação Teórica
Recomendações:

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Deverá ser definido o conteúdo esperado para a fundamentação teórica (revisão da literatura
relacionada com o problema de pesquisa).
Note-se que aqui se redige sobre os temas relevantes da literatura para o objetivo da sua
pesquisa. Os itens deverão ser desenvolvidos e não apenas descrever os itens do que se
pretende incluir no futuro documento.
Os itens de maior nível deverão conter um desenvolvimento de uma a duas páginas e os subitens
poderão estar apenas indicados.

2.1 O comércio Varejista e os Supermercados

Para Machado (1997), varejo é uma atividade de identificação e compra de determinada


mercadoria para atender aos consumidores finais, sendo ainda lhes prestados serviços
complementares no ato da transação.

Para Chaves (2002) o varejo está associado à atividade econômica de praticar o comércio
e diferencia-se do comércio atacadista por duas características principais:

A) Volume comercializado: no varejo os volumes comercializados são destinados ao uso


pessoal ou familiar e portanto em quantidades menores que o comércio atacadista, que
tem por finalidade suprir outros comerciantes;

B) Destino da Compra: no comércio varejista o destino final é o consumidor, no atacadista,


empresas.

O objeto de estudo deste trabalho é um supermercado da rede varejista, que possui uma
caracterização de independente, segundo a classificação proposta por Barmen e Evans (1998), ou
seja, possui uma única loja, com acompanhamento de gestão mais próxima, tem dificuldades de
poder de barganha com os fornecedores, mas em contrapartida possui maior agilidade no
atendimento da demanda, adequando-se rapidamente às novas necessidades do mercado.

De acordo com Morgado e Gonçalves (1999 apud CHAVES, 2000), os supermercados são
organizações de vendas predominantemente de alimentos frescos ou mercearia, artigos de
Negócios Inviáveis

Mercearias
Lojas de Departamentos, Boutiques,

higiene e limpeza, alto giro e baixa margem, mantêm preços competitivos, com o mínimo de dois
check-outs e uma área mínima de 350 m2. Na Figura 1, podem-se ver como estes autores
apresentam o posicionamento dos supermercados, em relação aos demais comércios varejistas:
rotatividade
Baixa
Baixa margem e

rotatividade
Baixa
Alta margem e

Figura 1: Classificação do Comércio Varejista


Margem
Supermercados e Hipermercados

Mercearias, Lojas especializadas


Lojas de Conveniências, Boutiques,

Alta rotatividade
Alta margem e
Alta rotatividade
Baixa margem e

Fonte: Adaptado de Morgado e Gonçalves (1999 apud CHAVES, 2000)


A gestão de compras de cada tipo de comércio varejista deverá considerar primordialmente esta
classificação, para que se possam definir ações no que tange às questões de seleção de
Rotatividade

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fornecedores, relacionamentos, prazos de entregas e rotatividade por tipo de mercadoria,
margens de resultados por produto, estocagem entre outras.

Os supermercados possuem o sistema de autosserviço, a possibilidade de expor grandes


variedades de produtos/marcas e ganhos de escala como suas principais características e sua
gestão de compras deve ser ágil e flexível para atender rapidamente as novas demandas de
mercado. Isso torna a gestão de compras foco da atenção das empresas supermercadistas que
vêem nela a possibilidade de redução de custos e melhoria no atendimento ao cliente pela
constante redefinição do mix de produtos e pelo preço competitivo a ser a ser ofertado nas lojas.

Estas considerações e ainda as consequências advindas das ações e decisões que


impactam e são impactas pela área de compras, como às referentes as áreas financeiras, vendas
e marketing é que podem definir a estruturação e composição da área de compras de uma
empresa supermercadista.

2.2 Gestão de Compras e a Competividade Empresarial

Pode-se notar na literatura consultada a unanimidade no que se refere a crescente


importância da área de compras como um setor estratégico empresarial. A área de compras vista
anteriormente como uma área que desempenhava somente a ação de suporte para a produção ou
serviços das empresas passou a ser vista como importante setor gerador de competitividade
empresarial.

Dias e Costa (2006) apresentam por meio de uma comparação, os conceitos relacionados
a esta evolução, conforme o Quadro 1, destacando a importante função da área de compras para
a aquisição de vantagens competitivas.

Quadro 1. Evolução de Compras


No Passado No Presente
- era um mal necessário - é vantagem competitiva
- função isolada, normalmente - função integrada, normalmente vinculada á alta
vinculada à produção direção
- objetivava a redução de custos - objetiva otimização de custos
- gerenciava crises - antevê problemas e busca soluções
- operava manualmente ou usava o - opera com sistemas integrados de gestão, e
computador precariamente muitos deles ligados aos fornecedores
- trabalhava com muitos fornecedores - trabalha com poucos fornecedores
- utilizava inspeções de qualidade - utiliza qualidade assegurada
- denominava o público interno de - denomina o público interno de clientes internos
usuários
- pedidos de compras isolados - contratos de longo prazo
- profissional: comprador - profissional: empreendedor
- informações dispersas - gerenciamento das informações
Fonte: Dias e Costa (2006)

Baily et al. (2000) afirmam que a área de compras passou de uma visão operacional e
quantitativa para a participação estratégica com a adequação de processos, sistemas, mudando o
seu papel de compra reativa à compra pró ativa, definindo estas mudanças conforme apresenta-
se no Quadro 2.
Quadro 2. Compra reativa versus compra Pró Ativa
Compra Reativa Compra Pró Ativa
- Compras é um centro de custo - Compras pode adicionar valor
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- Compras subordina-se à finanças ou - Compras é importante função
Produção gerencial
- Os compradores respondem às condições de - Compras contribui para o mercado
mercado
- Preço é variável chave - O custo total e o valor são
importantes
- Ênfase no hoje - Ênfase estratégica
- Sistema independente de fornecedores - 0s sistemas são integrados
- Negociação ganha – perde - Negociação ganha - ganha
- Muitos fornecedores = segurança - Muitos fornecedores = perda de
oportunidade
- Estoque excessivo = segurança - Estoque excessivo = desperdício
- Informação é poder -Informação é valiosa se
compartilhada
Fonte: Baily et al.(2000)

Nos dois quadros, o destaque para a necessidade de agregação de valor pela área de
compras, enfatiza a necessidade da disponibilidade de informações integradas e a as parcerias de
longo prazo com os fornecedores, afirmando que a colaboração mútua pode trazer ganhos de
competitividade para as empresas envolvidas.
Nesta direção, Chaves (2002) salienta que o foco atual da área de compras deve estar no
custo total da compra e não do produto ou serviço e no desenvolvimento de relacionamentos entre
compradores e fornecedores, destacando as questões estratégicas das atividades da área de
compras.
Ainda, Chaves (2002, p.55) afirma que o investimento em novas formas de gestão é antes
de tudo uma questão de sobrevivência das empresas e que grande parte das ações dizem
respeito à gestão logística:

As organizações estão investindo na educação continuada de seus


funcionários, no desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias,
otimização da gestão de estoques e logística, definição de metas
viáveis, desenvolvimento de indicadores de desempenho para
nortear as decisões com o objetivo de garantir sua continuidade.

Segundo Baily et al. (2000), as razões para o crescimento da participação de compras na


tomada de decisões estratégicas são as seguintes:
a. As compras passaram a ser vistas como uma área de agregação de valor.
b. A rápida inovação dos produtos exige equipes integradas, que adotem uma abordagem
de processo em vez de funcional.
c. A necessidade da visão holística em relação à integração de fluxos de materiais e de
informações, tanto interna quanto externamente.
d. O envolvimento ativo do fornecedor pode reduzir custos.
e. Empenho com os custos estratégicos de suprimentos em vez de com os preços a custo
prazo.
f. Benchmarking em relação às empresas japonesas que, por longo tempo, viram a
atividade como importante fator estratégico.
g. Crescimento do gasto em materiais e do potencial de lucro das compras
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Pelo exposto, fica clara a importância da estruturação e composição da gestão de compras


como setor estratégico das organizações, devendo-se treinar de forma continuada os funcionários
de forma a tornarem-se negociadores e parceiros dos fornecedores, agregando-se valor aos
produtos e serviços produzidos por uma empresa.

2.3 Função da área de Compras nas Organizações

Bowersox, Closs e Cooper (2007) definem para a área de compras de uma empresa as
seguintes funções:
a - comprar os materiais, suprimentos ou contratar atividades necessários aos diversos
setores da empresa;

b - negociar os melhores custos, prazos e condições de pagamento de acordo com as


estratégias da organização;

c - ter conhecimento do mercado e conhecimento técnico do que se compra e analisar as


propostas recebidas;

d - assegurar o bom relacionamento com os fornecedores e o seu desenvolvimento


contínuo;

e - administrar as reclamações resultantes de produtos danificados ou o baixo


desempenho no desenvolvimento da atividade;

f - apresentar relatórios que comprovem o ganho obtido nas negociações realizadas.

Figura 2. Função da área de compras

NÍVEL ESTRATÉGICO
NÍVEL TÁTICO/GERENCIAL
• Pesquisa de compra
• Planejamento a longo • Métodos de compra
NÍVEL OPERACIONAL
prazo • Negociação
• Previsão de • Orçamento •
disponibilidade • Desenvolvimento de •
• Determinação de política interface •
• Comercialização • Desenvolvimento de •
recíproca funcionários •
• Ética • Contratação •
• Negociação pós-acordo • Técnicas de redução de •
custos
Fonte: Baily et al., 2000

É importante dizer que a estas funções deve ser acrescido o compartilhamento de


informações com os demais setores da organização e com os fornecedores e clientes, para ações
e decisões que impliquem em maior qualidade dos produtos e serviços da empresa, menores
custos e maior satisfação dos clientes externos.

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Para Baily et al.(2000) as funções da área de compras podem ser classificadas segundo
os níveis estratégico, tático e operacional de uma organização, definindo-se as atividades por
nível de atuação conforme apresenta-se na Figura 2.
Os gestores da área de compras devem organizar a área e compor sua equipe de forma a
obter a maximização dos resultados globais da organização, definindo as ações de cada membro
da equipe e sua integração com os demais departamentos da empresa e ainda com as outras
organizações pertencentes à sua cadeia de valor.

É responsabilidade do gestor de compras a coordenação dos processos que envolvem


estas atividades e seu papel é fundamental para se garantir a efetividade e eficácia da área de
compras, que integrada às atividades logísticas e às demais áreas da organização definem a
competitividade de uma organização.

2.4 Logística e Processos da Gestão de Compras

Christopher (1997) define logística como:

o processo de gerenciar estratégicamente a aquisição,


movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos
acabados e os fluxos de informações correlatas através da
organização e seus canais de marketing, de modo a maximizar as
lucratividades presente e futura (p. 137).

Como integrante da gestão logística de uma empresa, cabe ao gestor de compras a


coordenação dos processos que envolvem estas atividades e seu papel é fundamental para se
garantir a efetividade e eficácia da área de compras, que integrada às demais atividades logísticas
e a todas as áreas da organização, definem a competitividade de uma organização.

Moya (1999 apud CHAVES, 2000, p.70) afirma que:

A direção de compras deve estar implicada em conhecer a fundo os


planejamentos estratégicos e as linhas mestras por onde vai se
desenvolver a empresa em seus próximos anos (novos produtos,
novos mercados, novas tecnologias, etc), com palavras de um
conhecido autor, a coerência faz passar ao primeiro plano, uma
função por muitos relegada, COMPRAS.

Segundo Framer e Baily (1979) os processos de compras envolvem:

- Definir as necessidades de produtos e serviços;


- Identificar e comparar os fornecedores disponíveis;
- Negociar com as fontes de suprimentos;
- Firmar contratos;
- Emitir ordens de Compras;
- Receber e conferir os bens e serviços.

E que esses processos devem ser realizados em compatibilidade com as estratégias


empresariais e em sintonia com as demais áreas da empresa, como marketing, vendas, finanças
e outros.

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Chaves (2000) propõe um fluxo operacional de compras, de acordo com o apresentado na
Figura 3. Percebe-se claramente, nesta estrutura a condição necessária da integração de
compras com departamentos internos da empresa e organizações externas.

Figura 3: Fluxo Operacional de Compras

Política de Compras Meta


Estoques
Negociação
Marketing e Compras

Pesquisa Necessidades Comprador Efetivação


Níveis
de do Consumidor Quantidade X da Compra
de
Mercado & Fornecedor
Estoques
Produto

Fonte: Chaves, 2000

Esta autora afirma que a área de compras deve participar ativamente em conjunto com a
área de marketing na elaboração da pesquisa de mercado para a identificação das necessidades
do consumidor, para assim definir-se o mix de produtos a serem adquirido dos fornecedores.
Participa, também, na definição de políticas de estoques e na definição dos níveis de segurança
para evitar a falta de produtos na empresa. Com estas definições é possível definir-se a meta de
compras, gerando-se as decisões de compras, sendo os passos seguintes a negociação e
efetivação das compras.

Já Arnold (1999), apresenta os seguintes processos para a área de compras:

a. Receber e avaliar as requisições de compras;


b. Selecionar fornecedores;
c. Solicitar cotações junto aos fornecedores;
d. Determinar o preço certo e negociação junto aos fornecedores;
e. Emitir ordens de compras;
f. Seguimento e entrega dos pedidos;
g. Recepção e aceitação das mercadorias;
h. Aprovação da fatura do fornecedor para o pagamento.

Neste contexto, é importante salientar que os processos da área de compras devem ser
desenvolvidos, tomando-se em conta o trabalho conjunto a ser realizados com outras áreas da
organização e ainda o compartilhamento de informações com as áreas internas da empresa e
com as demais organizações que fazem parte de sua cadeia de valor.

REFERÊNCIAS
Recomendação: Relacionar, de acordo com as normas da ABNT, as referências bibliográficas
utilizadas na elaboração da fundamentação teórica apresentada neste projeto.

ARNOLD, J.R.T. Administração de materiais. São Paulo: Editora Atlas, 1996.


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BAILY, P.; FARMER, D.; JESSOP, D.; JONES, D. Compras – Princípios e Administração. São
Paulo: Editora Atlas, 2000.
BERMAN, B.; EVANS, J. R. Retail management: a strategic approach. Upper Saddle River:
Prentice Hall, 1998.
BOWERSOX, J. D.; CLOSS, J. D.; COOPER, B. M. Gestão da cadeia de suprimentos e
logística. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2007.
CHAVES, A. F.A. R. Estudo das variáveis utilizadas na decisão de compras no comércio
varejista de alimentos de autosserviço – supermercados. 2002. Dissertação (Mestrado em
Contabilidade) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São
Paulo, São Paulo, 2002.
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégias para
redução dos custos e melhorias de serviços. São Paulo: Editora Pioneira,1997.
COLETTI, J. A.R.; CASTALLANELLI, C.; FRIES, M.G.M.; DIDONET, S.R. A importância da
gestão de compras para a competitividade das empresas: o caso da rede super. In: XXII
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, Anais... Curitiba, out 2002.
Dísponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2002_TR30_0408.pdf>. Acesso em:
10 abr. 2010.
DIAS, M.; COSTA, R. F. Manual do comprador. Editora Edicta. 4. ed. 2006.
FARMER, D.; BAILY, P. Compras: princípios e técnicas. São Paulo: Editora Saraiva, 1979.
FLEURY, P. F. Supply chain management: conceitos, oportunidades e desafios de
implementação. Revista Tecnologística, n. 39, fev.1999.
MACHADO, A.C. Sistemas de informações para gestão econômica no comércio varejista:
estudo dos principais modelos de decisões envolvidos. Dissertação (Mestrado em Contabilidade)
- Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São
Paulo, 1997.
YIN, R. (tradução de Daniel Grassi). Estudo de caso planejamento e métodos. 3. ed. Porto
Alegre: Bookman, 2005.

COMPROMISSO

Eu, _____________________________________, declaro que tomei conhecimento das


condições de elaboração da Monografia e que estou ciente de que deverei respeitar as datas
constantes do cronograma anexado.

Data: _____ / _____ / _____

Assinatura: _________________________________

OBS: Anexar o cronograma do projeto de pesquisa, devidamente assinado.

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