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Doença Inflamatória Pélvica

Enfermagem em Saúde da Mulher e do Neonato


Curso: Enfermagem

Turma: ENF218AM

Integrantes:

Jhenifer Rodrigues RGM: 2937480

Joyce Barbosa RGM: 2997620

Layane Golla RGM: 2984950

Luana Araujo RGM: 2986020


Definição

 A doença inflamatória pélvica (DIP) se caracteriza


por processos inflamatórios agudos ou crônicos
que acometem os órgãos do trato genital superior,
devido a colonização por microrganismos a partir
da vagina e colo do útero, podendo atingir as
trompas uterinas, o endométrio, o peritônio, os
ovários e estruturas adjacentes.
 A DIP, muitas vezes, se deve a complicações de
doenças sexualmente transmissíveis e por isso
pode-se citar como fatores de risco a vida
sexualmente ativa e os comportamentos sexuais,
como sexo desprotegido e múltiplos parceiros.
Etiologia

A doença inflamatória pélvica é geralmente causada por bactérias da vagina.


Mais comumente, as bactérias são transmitidas durante a relação sexual com
um parceiro que tem uma doença sexualmente transmissível. As bactérias
sexualmente transmissíveis mais comuns são:
 Neisseria gonorrhoeae, que causa a gonorreia
 Chlamydia trachomatis, que causa a infecção por clamídia
 Mycoplasma genitalium
Essas bactérias geralmente se disseminam da vagina para o colo do útero (a
parte inferior do útero que se abre para a vagina), onde elas causam infecção
(cervicite). Essas infecções podem permanecer no colo do útero ou se espalhar
para cima, causando a doença inflamatória pélvica.
Fatores de Risco

 Já ter tido uma DIP anteriormente (1 em 4 mulheres


voltam a ter um segundo episódio de DIP).
 Idade entre 15 e 25 anos.
 Vida sexual ativa.
 Múltiplos parceiros.
 Hábito de ter relações sexuais sem camisinha.
 Ter um parceiro infiel.
 Ter uma DST.
 Hábito de fazer ducha vaginal (a ducha empurra as
bactérias para o interior da vagina).
 Ter colocado um DIU recentemente (o risco só é
aumentado nas 3 primeiras semanas após a
colocação do dispositivo).
Sinais e Sintomas
 Dores locais: no abdômen, parte inferior das costas,
pélvis ou vagina;
 Dores circunstanciais: durante a micção ou durante
a relação sexual;
 Na região genital: corrimento vaginal, inflamação
na uretra, inflamação na vulva, odor vaginal ou
sensibilidade ao movimento cervical;
 No corpo: calafrios, fadiga ou febre;
 No aparelho gastrointestinal: náusea ou vômito;
 Também é comum: cólicas ou menstruação
dolorosa;
Os sintomas mais comuns incluem dor pélvica e febre.
Pode haver secreção vaginal.
Diagnóstico
O diagnóstico deve ser feito a partir de exame físico e
complementares. A anamnese e exame físico devem incluir
exame abdominal para investigação de dor na
descompressão súbita ou à pressão na região pélvica,
verificação de aumento da temperatura, observação da
presença de secreção purulenta, toque vaginal para avaliar a
presença de dor. Além disso, deve-se realizar exames
complementares para investigação do processo inflamatório
e diagnóstico diferencial, como hemograma completo,
exame de urina, exame bacterioscópico, teste de gravidez,
ultrassonografia transvaginal e em alguns casos tomografia
computadorizada do assoalho pélvico e ressonância
magnética, sendo a laparoscopia usada em alguns casos
para confirmação do diagnóstico da DIP. É preciso ressaltar,
que em caso de confirmação da DIP o teste de HIV deve ser
realizado.
Complicações
A doença inflamatória pélvica pode
causar outros problemas, incluindo:
 Bloqueio das trompas de Falópio
 Peritonite (uma infecção abdominal)
 Síndrome de Fitz-Hugh-Curtis (uma
infecção dos tecidos ao redor do
fígado)
 Abscesso (um acúmulo de pus)
 Adesões (faixas de tecido cicatricial)
 Uma gravidez em uma das trompas de
Falópio (gravidez ectópica)
Tratamento
 Antibióticos
 Drenagem do abscesso, se necessário
Assim que possível, antibióticos para gonorreia e infecção por clamídia são
geralmente administrados por via oral ou por injeção no músculo. Se necessário,
os antibióticos são alterados depois que os resultados estiverem prontos.
A maioria das mulheres é tratada em casa com antibióticos tomados por via
oral. No entanto, a internação hospitalizar é geralmente necessária nas seguintes
situações:
 A infecção não diminui dentro de 72 horas.
 A mulher tem sintomas graves ou febre alta.
 Talvez a mulher esteja grávida.
 Há suspeita de um abscesso.
 A mulher está vomitando e, portanto, não pode tomar antibióticos por via
oral em casa.
 O médico não consegue confirmar o diagnóstico da doença inflamatória
pélvica e não consegue descartar doenças que exigem cirurgia (como a
apendicite) como possíveis causas.
Conclusão

Fotografia laparoscópica, olhando


para baixo em direção ao útero
(assinalado pelas setas azuis). Na
trompa de Falópio esquerda está em
desenvolvimento uma gravidez
ectópica (assinalada pelas setas
vermelhas). A trompa direita
encontra-se normal.

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